Promovendo a Integração
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- Luana Raminhos Mirandela
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1 III Congresso Iberoamericano de Regulação Econômica 25 a 27 de Junho de 2008 São Paulo, Brasil Promovendo a Integração Energética na América do Sul: Questões Regulatórias Gisele Ferreira Tiryaki Universidade Salvador UNIFACS
2 Sumário Benefícios da Integração Energética Entraves Regulamentação Atual para as Interconexões Condicionantes Regulatórios Conclusões
3 Benefícios da Integração Energética Flexibilização do acesso a insumos essenciais Competitividade sistêmica Inovação Crescimento Econômico
4 Benefícios da Integração Energética Flexibilização viabilizada por... Preços mais competitivos: economias de escala e escopo Complementaridade na oferta e demanda por insumos energéticos Alocação mais eficiente do insumo Melhor confiabilidade dos sistemas elétricos nacionais Possibilidade de auto-suficiência regional
5 Complementaridade na Oferta e Demanda: Reservas Provadas de Gás G s Natural Argentina 6,1% Bolívia 10,3% Brasil 5,1% Colômbia 1,7% Venezuela 71,8% Peru 4,9% Fonte: BP (2008)
6 Complementaridade na Oferta e Demanda: Produção Interna e Consumo de Gás G Natural m 3 per capita Argentina Bolívia Brasil Chile Colôm bia Peru Venezuela Produção Consum o Fonte: BP (2008)
7 Benefícios da Integração Energética Flexibilização viabilizada pela... Eficiência na utilização dos recursos energéticos: aproveitamento da diversidade hidrológica Uso eficiente da capacidade ociosa regional Integração de regiões isoladas Atração de investimentos de global players: know-how tecnológico e capacidade de alavancagem financeira
8 Entraves à Integração Fragilidade institucional dos países da região Estabilidade política Participação civil Qualidade da regulação Tradição legal Controle da corrupção Políticas governamentais eficientes
9 Governança
10 Indicadores de Governança Part. Estab. Políticas Qualidade Trad. Controle Civil Política Governo Regulação Legal Corrupção Argentina 57,2 49,5 51,7 21,8 39,0 43,5 Bolívia 49,5 18,3 19,9 11,7 17,6 38,6 Brasil 59,1 36,5 52,6 53,4 43,3 52,2 Chile 76,9 65,9 85,8 91,3 88,1 90,3 Colômbia 39,4 7,7 57,8 59,2 35,7 50,2 Equador 41,3 18,8 12,8 14,6 14,8 19,8 Paraguai 37,0 27,9 18,0 28,2 16,2 14,0 Peru 49,0 20,2 37,9 57,8 26,7 47,8 Uruguai 76,0 79,8 71,6 57,3 63,3 81,2 Venezuela 38,8 12,0 16,6 4,9 3,3 10,1 EAP 49,4 59,7 48,1 45,2 54,9 45,2 OECD 91,4 81,4 88,7 91,1 90,3 90,5
11 Indicadores de Governança Venezuela Paraguai Equador Bolívia Peru Colômbia Brasil Argentina Uruguai Chile Fonte: BANCO MUNDIAL (2007)
12 Entraves à Integração Ambiente para o desenvolvimento de negócios desfavorável Custo de implantação de negócio Custo com operação de negócio Rigidez no mercado de trabalho Proteção à propriedade Obtenção de crédito Proteção ao investidor Carga tributária Liberdade no comércio exterior Garantia no cumprimento de contratos Custo de encerramento de negócio
13 Ambiente de Negócios na América do Sul Ranking de 178 países elaborado pelo Banco Mundial (2008)... Classificação Argentina 102 Bolívia 121 Brasil 114 Chile 41 Colômbia 84 Equador 123 Paraguai 98 Peru 74 Uruguai 94 Venezuela 151
14 Entraves à Integração Barreiras macroeconômicas: riscos cambial e de mercado Incertezas associadas a contratos internacionais de longo prazo: risco de oportunismo Ausência de mecanismos institucionais de distribuição dos custos e benefícios Assimetria regulatória e de política energética Ressurgimento de movimentos nacionalistas
15 Relação Reservas Provadas/ Produção de Gás G s Natural 600,0 500,0 400,0 1993: ,0 200,0 100,0 0, Argentina Bolívia Brasil Colôm bia Peru Venezuela Fonte: BP (2008)
16 Regulamentação para o Comércio Internacional de Gás G Natural na América do Sul Argentina Chile: Acordo Bilateral Protocolo No. 15 (1995): Eliminação de restrições à exportação de gás oriundo de reservas e disponibilidade certificadas Preços, prazos, volumes acordados, garantias e outras condições sujeitas à livre negociação entre vendedores e compradores Gasodutos internacionais: livre acesso Princípio de não-discriminação a quaisquer consumidores, independentemente da sua localização geográfica (situações de força maior: manter a proporcionalidade entre consumo interno e externo existente durante condições normais de operação) Tributação de exportação/importação: semelhante àquele dado aos derivados de petróleo
17 Regulamentação para o Comércio Internacional de Gás G s Natural na América do Sul Argentina Chile : Resolução 299/98: cabe à Secretaria de Energia da Argentina estabelecer e modificar as regras para exportação de gás natural Resolução 659/2004: privilegia o abastecimento do mercado interno Decreto 645/2004: imposto de 20% sobre as exportações de gás
18 Regulamentação para o Comércio Internacional de Gás G s Natural na América do Sul Bolívia Brasil: Contrato take-or-pay de exportação de gás natural Lei 3058/2005 da Bolívia: Ativos de exploração e produção de gás natural: propriedade da YPFB; empresas devem assinar novos contratos de produção compartilhada, operação ou associação com a YPFB Metade do valor da produção passou a ser direcionada para o governo boliviano, sendo 18% em royalties e 32% em impostos diretos sobre hidrocarbonetos Oferta de gás natural no mercado doméstico: permanente e ininterrupta, mas contratos de exportação devem ser respeitados Gasodutos: livre acesso Decreto /2006: incidência tributária adicional de 32% (remuneração para a YPFB)
19 Regulamentação para o Comércio Internacional de Gás G s Natural na América do Sul Colômbia Venezuela: Contrato com duração de 20 anos: volume transacionado e preços Propriedade, construção, manutenção e operação do gasoduto: PDVSA Até 2011: Colômbia exportará para a Venezuela
20 Regulamentação para o Comércio Internacional de Eletricidade na América do Sul Argentina Paraguai/Uruguai: Acordos Bilaterais Gerenciamento conjunto Isenção de impostos, taxas e empréstimos compulsórios A parte que não consumir os 50% da energia gerada que lhe é de direito tem que dar prioridade, na venda do excedente, para a outra parte Argentina Brasil/Chile: contratos específicos
21 Regulamentação para o Comércio Internacional de Eletricidade na América do Sul Brasil Paraguai: acordo bilateral (mesmo modelo utilizado na Argentina) Brasil Uruguai/Venezuela: contratos específicos entre empresas estatais dos países envolvidos Suprimento ao Uruguai: condicionado... Segurança do abastecimento interno Atendimento prioritário aos contratos bilaterais firmados por compradores em território brasileiro Manutenção dos preços internos de energia Programação de operação do ONS Venezuela: volume/preço/prazo estabelecidos em contrato
22 Condicionantes Regulatórios Necessidade de... Tratado internacional vislumbrando: Modificações no marco regulatório que tornem as regras de atuação no setor homogêneas em todos os países, promovendo a competição e a integração, mas considerando, obviamente, as especificidades de cada país da região Regras claras e mecanismos para resolução de conflitos Planejamento e operacionalização regional das interconexões de energia
23 Condicionantes Regulatórios Necessidade de... Tratamento isonômico para os mercados externo e interno Maioria dos países prioriza, em lei, o abastecimento do mercado interno Exceção: Colômbia, Peru, Equador
24 Condicionantes Regulatórios Decisão 536 da CAN Não-discriminação de preços entre os mercados nacionais e mercados externos Livre acesso às interconexões internacionais O uso físico das instalações de transmissão sujeito ao despacho econômico coordenado entre os mercados Legislação no mercado doméstico deve estimular condições competitivas no mercado de eletricidade: preços e tarifas que reflitam custos econômicos eficientes; prevenção de práticas de discriminação de preços e abuso de poder de mercado Respeito aos contratos estabelecidos Estímulo à participação privada em projetos de interconexão internacional.
25 Experiências Internacionais SIEPAC (2006) Tentativas de implementar reformas, privatizar e integrar simultaneamente: Plano Puebla- Panamá É preciso ainda estabelecer: Marco regulatório claro Mecanismos eficiente de determinação de tarifas e despacho de eletricidade Procedimentos para resolução de conflitos Garantias que a entidade reguladora supranacional tenha poder de decisão
26 SIEPAC Fonte: uta_siepac_transmision_cos ta_rica.htm
27 Experiências Internacionais Diretiva de Eletricidade EU (2003) Liberalizar e estimular a competição no mercado de eletricidade regional Liberdade regulatória, desde que Consumidores possam escolher a empresa distribuidora Segmentação legal das atividades de geração, transmissão, comercialização e distribuição de eletricidade Segmentação dos monopólios nacionais Livre acesso de terceiros Diretiva de Gás EU (2003): abertura progressiva do mercado à competição
28 Experiências Internacionais NORDPOOL (1993): Noruega, Suécia, Finlândia e Dinamarca Primeiro mercado de compra e venda internacional de eletricidade Utilizado quando há problemas de abastecimento interno Fatores determinantes do sucesso: Histórico de cooperação entre países nórdicos Reformas setoriais com um intuito de promover maior competição Regras específicas para a comercialização de eletricidade Problemas: volatilidade de preço, manipulação de mercado, colusão e predomínio de entidades estatais
29 Conclusões Sucesso da Integração requer... Instituições de governança robustas Ambiente para desenvolvimento de negócios favorável Visão regionalista do processo de integração Tratado internacional entre os diversos países Reforma regulatória: regras claras e homogêneas Tratamento isonômico dos mercados interno e externo Resolução de conflitos: autoridade central com legitimidade Centralização das decisões de planejamento e coordenação da operacionalização das interconexões
30 Obrigado! Gisele Ferreira Tiryaki Mestrado em Regulação da Indústria de Energia Universidade Salvador UNIFACS G-RGC: Grupo de Pesquisa em Regulação, Gestão, Defesa da Concorrência e Desenvolvimento Sustentável Contato: gisele_fsilva@unifacs.br
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