Relatório. Palestra com Embaixador Clodoaldo Hugueney
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- Jónatas Canela Gonçalves
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1 Relatório Palestra com Embaixador Clodoaldo Hugueney São Paulo, 22 de março de 2013
2 Agradecemos a BRF pelo apoio na organização deste evento. Embaixador Clodoaldo Hugueney 2
3 Embaixador Sergio Amaral e Embaixador Clodoaldo Hugueney. Luiz Fernando Furlan, Embaixador Sergio Amaral, Wilson Mello Neto, Vice-Presidente de Assuntos Corporativos da Embaixador Li Jinzhang BRF. Deputado Osmar Junior, Presidente do Grupo Parlamentar Brasil- China. Público. Embaixador Sergio Amaral, Presidente do Conselho Empresarial Brasil-China. 3
4 Wilson de Mello Neto, Vice-Presidente de Assuntos Corporativos da BRF, Embaixador Sergio Amaral, Presidente do Conselho Empresarial Brasil-China, Embaixador Clodoaldo Hugueney, Deputado Osmar Junior, Presidente do Grupo Parlamentar Brasil-China. Palestra com Embaixador Clodoaldo Hugueney SP, 22 de março de 2013 No último dia 22 de março, o CEBC organizou, em parceria com a BRF, uma palestra com o Embaixador Clodoaldo Hugueney, que acaba de retornar da China após cinco anos à frente da Embaixada do Brasil, em Pequim. Na ocasião, o Embaixador falou sobre a nova liderança do governo chinês, as perspectivas da economia chinesa e as expectativas para a relação bilateral. Em seu discurso, Hugueney destacou que não seria tão relevante analisar o perfil dos novos líderes do governo, sendo mais útil olhar para o que a quarta geração deixou para o país e quais são os próximos desafios que o novo governo terá pela frente. Segundo sua análise, os líderes anteriores, que enfrentaram uma crise internacional, foram muito bem sucedidos, tendo conseguido manter o crescimento do país. No entanto, as reformas previstas nos 11º. e 12º. Planos Quinquenais não foram realizadas, pois a crise acabou por postergá-las. 4
5 O Embaixador afirmou, também, que um crescimento da China em dois dígitos não deve mais ser visto. Assim, a taxa de crescimento deverá permanecer entre 7-7.5% na próxima década. Uma vez que o modelo de crescimento chinês está se esgotando, ele precisa ser mudado, deixando de ser quantitativo e passando para um crescimento qualitativo da economia chinesa, ou seja, com maior qualidade do investimento, com maior inovação tecnológica e mais criatividade. No entanto, apesar de inadiável, a mudança no modelo de desenvolvimento econômico da China não será um processo radical, pois os chineses têm uma visão estratégica de longo prazo e de conjunto. Além disto, eles seguem à risca a ideia de que o desenvolvimento é fundamental. Sobre a relação Brasil-China, o Embaixador Clodoaldo Hugueney afirmou que, nos últimos anos, ela alcançou uma nova dimensão. Quando assumiu a Embaixada, não existia um plano organizado com a China; a COSBAN não se reunia desde 2006; e não havia reuniões com autoridades de forma frequente. Por isto, foi preciso desenvolver um Plano de Trabalho que buscasse pautar as principais áreas da relação bilateral com suas prioridades e metas. O Embaixador afirmou que é possível e fundamental ter uma relação próxima com a China e a vantagem para o Brasil é a ausência de problemas políticos com o país. Para ele, é perfeitamente viável chegar a um equilíbrio de interesses, pois não há discussão de soberania, território ou outros temas de cunho político. Como as questões são econômico-comerciais, basta haver diálogo e negociação. Porém, ele reforçou que é preciso coordenação na hora de negociar. Não se pode ter uma visão apenas setorial. Mais que isto, é preciso haver uma visão de conjunto entre os setores público e privado. Por fim, o Embaixador afirmou que falta um planejamento brasileiro de longo prazo com a China. Caso isto não ocorra, o país continuará fornecendo matérias-primas para a China, o que, segundo ele, é positivo, porém, não suficiente para a relação comercial entre os países. É necessário explorar as áreas de ciência, tecnologia, inovação e educação com a implementação do Plano de Ação Conjunta entre Brasil e China, assinado em 2012, o Brasil já possui os instrumentos e os mecanismos para realizar isto. É importante, agora, moldar a relação bilateral também sob uma visão brasileira. 5
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