EUA por tortura praticada pela CIA

Transcrição

1 China, Coreia do Norte e IrS atacam EUA por tortura praticada pela CIA Paises com histdrico de viola~bes dos direitos humanos comentam relatbrio do Senado americano

2 Relator da ONU afirma que EUA tcm de julgar autoridades envolvidas nas priticas ilegais da agcncia de inteligcncia GIULIANA VALLONE DE NOVAYORK

3 Paises com longo hist6rico de violaqiio dos direitos humanos aproveitaram a divulgaqiio do relat6rio do Senado que detalha as torturas realizadas por agentes da CIA ap6s o 11 de Setembro para criticar duramente o govemo americano nesta quarta (10). Lideres de regimes autoritirios, como China, Coreia do Norte e Irii, reagiram i divulgaqiio dos documentos. "A China se opde consistentemente i tortura. N6s acreditamos que os EUA deveriam refletir sobre isso, corrigir seus caminhos e e seguir as regras de convenq6es internacionais sobre o assunto", afirmou o porta-voz do ministro das Relaq6es Exteriores da China, Hong Lei. 0 site da agiincia estatal Xinhua trazia a chamada: "Por quanto tempo os EUA podem fingir ser os campedes dos direitos humanos?". A conta no Twitter do lider supremo iraniano, aiatoli Ali Khamenei, classificou as ordens do entiio presidente George W. Bush de "vergonhosas". "Hoje, o govern0 dos EUA e um simbolo de tirania contra a humanidade", afirmou a mensagem. A Coreia do Norte, cujas violaq6es dos direitos humanos foram alvo de uma resoluqiio aprovada em comitii da Assembleia-Geral da ONU no miis passado, criticou a "moral ambivalente" das Naqdes Unidas na hora de julgar o regime de Kim Jong-un. 0 ConSelho de Seguranqa da ONU "olha para o outro lado diante das torturas desumanas da CIA", disse um porta-voz de bongyang. 0 relat6rio de Mginas, das quais foram divulgadas 524, d% detalhes das tecnicas de tortura usadas para interrogar presos a partir de 2002 e informa que a CIA ocultou informaqdes sobre o programa em relat6rios para a Casa Branca e o Congresso. 0 caso gerou repercussdes em todo o mundo. 0 relator especial da ONU 'para direitos humanos e contraterrorismo, Ben Emmerson, disse que as autoridades americanas da CIA e do govemo que planejaram e sancionaram os crimes devem ser julgados.

4 "Por uma quest50 de direito internacional, os EUA s5o legalmente obrigados a levar os respons5veis 5 Justi~a", disse Emmerson em nota. QUESTAO DELICADA A quest50 e delicada para o presidente Barack Obama, que tenta se equilibrar entre dois aliados com posi~des opostas na discuss50: o dire- b%h.il'- ' tor da CIA, John Brennan, e os senadores democratas que produziram o documento. Em nota, afirmou que os americanos tem "divida de gratid5o profunda com os cidad5os que servem para mante-10s seguros", mas criticou a posi~5o em que deixaram os EUA perante o mundo. A conclus50 da nota 6 clara: "Em vez de ser outra ra- z5o para reacender antigas tos, afirmou a rede CNN: "Tediscussdes, espero que o re- mos sorte de ter homens e latbrio nos ajude a deixar es- mulheres que trabalham dusas tecnicas no lugar a que ro na CIA servindo a nbs". pertencem -0 passado." "S5o patriotas e, indepen- Obama evitou, porem, dizer dentemente do que o relatbque as a~des foram ilegais. rio diga, se diminuir as con- 0 ex-presidente George W. tribui~des [dos agentes da Bush, envolvido diretamente CIA] ao nosso pais, esta errapelas revela~des, n5o se pro- do", declarou Bush. nunciou. No domingo, antes da divulga~50 dos documen-.,-. sk,,r.x -e.- 2 1

5 Washington pagou para que Polbnia recebesse presos DAS AG~NCIAS DE NOT~CIAS Hh 11 anos, o governo da Pol6nia ameaqou suspender um acordo para receber suspeitos ligados a A1 Qaeda em uma pris3o secreta da CIA (a agencia de inteligenci8 dos EUA) em seu territ6rio. Mas o pais se tornou mais "flexivel" depois que a agencia ofereceu uma grande soma em dinheiro. A informaq30 esth em um relat6rio do Senado dos EUA. Na segunda-feira (8), Barack Obama discutiu o relat6ri0, ainda nio publicado, com a primeira-ministra polonesa, Ewa Kopacz. 0 texto n3o cita a Pol6nia, mas claramente se refere ao pais, pois o nome de tres detentos e as datas em que foram transferidos coincide com o que esth em outros documentos, incluindo um do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. A CIA se recusou a comentaro relatbrio, e o govemo polones sempre negou que a agencia americana tenha gerid0 uma pris3o no pais. Procurado pela agencia Reuters por , um porta-voz do governo polones n3o respondeu as perguntas sobre o relat6rio. Um porta-voz de Leszek Miller, primeiro-ministro polones na 6poca em que teriam funcionado as prisees, n3o quis fazer comenthrios. Nesta quarta, porkm, o expresidente Alexsander Kwasniewski ( ) disse que houve interrogat6rios violentos na Polbnia, mas que eles terminaram em 2003., Ele explicou ter levado a quest30 a George W. Bush, que defendeu as atividades da CIA, alegando que traziam "importantes beneficios em termos de seguranqa". "Mas eu disse a ele que deveria terminar com a cooperaq3o. E ela acabou", afirmou a rhdio TOK FM.

6 RESP~STA,INTE~~NACIONAL 1, ReUMrio da CIA provoca reag6bstanto de democracias..,,.>.,. ~- "....,,.. UNIAO EUROPEIA ' A porta-voz do bloco,,, catbirine Rey, afirmou que... cai?yero~ afirmou que - o relat6rio foi uni "passo : "db~iamente~de~ois dos.positive" para reconhecer as. :. agoritecimentos d?l$ de falhas'nos metodos adota-.'.,..* $$#&br~'a?onieceiam dos pela CIA, e que a Uniao. ''&@as coisai erradas no Europeia "condena todasas..:.c$@a~~$qtefrorisind"... formas deiortura,inclusive. kg+ ohre a tortiira: afjpnpu.,? no combate ao terrorismo" -*$...q&...,,. e>p$@prrado"... -,..y...\ '...,...,, i('.....,....:a

7 > Programa de prisdes secretas da CIA durou de 2002 a 2008 A investigafao dos senadores durou cinco anos 119 presos passaram pelo sistema 39 presos foram alvo de metodos duros de interrogathrio Principais conclus6es > Interrogathios e condifdes de vida de presos foram mais brutais do que o admitido pela CIA > CIA enganou Casa Branca e Congresso e exagerou resultados de interrogatories violentos