40 ANOS. 40 anos de inovações. Crise na Somália. Precisamos nos adequar aos tempos

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1 40 ANOS Médicos Sem Fronteiras - Ano 4 - Nº Roger Job Larry Towell Tomas van Houtryve / VII Network Dieter Telemans Christian Boisseaux-Chical Remco Bohle 40 anos de inovações As novidades de MSF que contribuíram para mudar o panorama da ajuda humanitária no mundo. Precisamos nos adequar aos tempos Presidente internacional de MSF fala dos desafios da organização. Crise na Somália Médica brasileira relata sua experiência no maior campo de refugiados do mundo.

2 MSF no Mundo Veja onde estão os 52 brasileiros que trabalham com MSF ao redor do mundo (setembro/20) De janeiro a setembro, MSF-Brasil enviou 46 brasileiros para mais de 20 países. São pediatras, enfermeiros, psicólogos, anestesistas, farmacêuticos, ginecologistas, cirurgiões, administradores e profissionais logísticos, que foram para países como Moçambique, Índia, Somália, Líbia, Haiti, Camarões, entre outros. Índice GALERIA DE FOTOS 04 ARTIGO ANOS DE INOVAÇÕES 05 OPINIÃO DO DOADOR ENTREVISTA 08 DIRETO DE DADAAB, QUÊNIA 2 InformAÇÃO é uma publicação semestral da organização Médicos Sem Fronteiras no Brasil. Tiragem: 5 mil exemplares. Distribuição gratuita. Jornalista responsável: Ana Rosa Reis (MTB. 2607/RJ) Redação: Alessandra Vila Boas, Ana Rosa Reis, João Pedro Alves, Larissa Rangel e Vânia Alves Colaboradores: Ana Paula Gouveia, Dorothy Bohme, Flavia Tenenabum, Heloisa Granja e Michele Braga Médicos Sem Fronteiras no Brasil - Diretor Executivo: Tyler Fainstat Endereço: Rua Santa Luzia, 65 Centro Rio de Janeiro RJ CEP: Tel info@msf.org.br 2 MSF INFORMAÇÃO

3 Editorial O ano 20 marca o aniversário de 40 anos da criação de Médicos Sem Fronteiras. Em 97, durante a Guerra de Biafra, na Nigéria, um pequeno grupo de médicos e jornalistas franceses percebeu a necessidade de criar uma nova organização de ajuda humanitária, que iria oferecer assistência livre da interferência de governos e denunciar as atrocidades testemunhadas no país. Hoje, MSF conta com mais de 25 mil profissionais em seus projetos, espalhados por mais de 60 países, e é financiada por,7 milhões de doadores privados em todo o mundo, que juntos são responsáveis por 90% de todos os recursos arrecadados pela organização. Essas contribuições permitem que nossas equipes estejam presentes rapidamente em situações de crise humanitária, independente de interesses políticos. Francesco Zizola / Noor Este ano marca, também, 20 anos desde a chegada de MSF ao Brasil. Do combate a uma epidemia de cólera na região amazônica em 99 à consolidação de um escritório ativo, que recruta profissionais qualificados e arrecada numerosas doações, o Brasil tem tido uma participação crescente no movimento global Médicos Sem Fronteiras. Aqui, percebemos o interesse cada vez maior do público em contribuir para aliviar o sofrimento de pessoas que não têm acesso a cuidados de saúde, em todo o mundo. Esta edição do InformAÇÃO lembra alguns dos momentos mais importantes dos 40 anos de MSF e reflete sobre os nossos desafios para o futuro. Uma reportagem especial lembra inovações colocadas em prática ao longo de 40 anos de trabalho; um artigo de Michel Lotrowska, responsável pelo primeiro projeto de MSF no Rio de Janeiro, em 99, relembra sua chegada ao Brasil e reflete sobre o que mudou para MSF no país; e uma entrevista com o presidente da organização, Dr. Unni Karunakara, faz um balanço atual e lança uma visão sobre os desafios e as perspectivas da organização nos próximos anos. Marleen Daniels / MSF Dentre os desafios, destaca-se a apropriação indevida dos princípios humanitários por agentes políticos. Os critérios de uma ação verdadeiramente humanitária são simples: ela deve ser realizada por agentes independentes, que não têm nada a ganhar ou perder com a crise e que norteiam suas ações apenas pelas necessidades das pessoas. Infelizmente, hoje há muitos exemplos de que a palavra humanitária está sendo utilizada para descrever ações que vão desde intervenções militares até programas de desenvolvimento de longo prazo. Nos próximos 40 anos, além de ações médicas essenciais, acreditamos que MSF terá um papel fundamental na defesa de ações humanitárias independentes e do respeito aos princípios humanitários uma necessidade observada pelos fundadores de MSF há exatos 40 anos, e que continua sendo extremamente importante na atualidade. Brendan Bannon Tyler Fainstat (diretor executivo MSF-Brasil) MSF INFORMAÇÃO

4 Galeria de Fotos 2 4 Remco Bohle. Brasil, 99 Em 99, Médicos Sem Fronteiras realiza a primeira ação no Brasil. O objetivo era combater a epidemia de cólera que atingia a região amazônica. Ao todo, mais de 60 mil pessoas foram afetadas pela doença. Após o controle do surto, a organização permaneceu na região até 2002, promovendo um trabalho de medicina preventiva com tribos indígenas. Ulger. Ruanda, 994 Conflitos entre os grupos étnicos hútus e tútsis levam ao massacre de mais de 500 mil pessoas em apenas três meses. Os sobreviventes tiveram de lidar com problemas psicológicos, graves lesões físicas e perda de todos os seus recursos. Profissionais de MSF, presente em Ruanda desde 99, atuaram antes, durante e após o genocídio. Katrijn Van Giel 2. Haiti, 200 O terremoto de janeiro de 200 devasta o Haiti e deixa centenas de milhares de vítimas, transformando a capital, Porto Príncipe, em um enorme campo de desabrigados. MSF realiza a maior ação de ajuda médico-humanitária da sua história, contando com a dedicação de mais de 8 mil profissionais, que atenderam cerca de 50 mil pessoas. Sebastião Salgado / Amazonas images 4. Etiópia, 985 Entre 984 e 985, conflitos restringem o acesso a alimentos na Etiópia. Além disso, uma forte seca contribui para agravar ainda mais a situação, culminando em uma das maiores crises alimentares da história. No total, a fome fez aproximadamente milhão de vítimas no período de um ano. MSF inicia, então, projetos de nutrição intensiva no país, no qual atua até hoje. 4 MSF INFORMAÇÃO

5 Frederic Sautereau 40 anos de inovações Criar soluções para atender a um número cada vez maior de pessoas com serviços médicos de qualidade tem sido um grande desafio para Médicos Sem Fronteiras Desde que foi criada por um pequeno grupo de médicos e jornalistas, em 97, Médicos Sem Fronteiras sempre buscou a melhor forma de realizar sua ação médico-humanitária. Ainda durante os anos 970, ficou claro que, nos locais remotos e inseguros onde MSF atuava, alguns obstáculos prejudicavam o impacto do trabalho nas vidas das pessoas que precisavam de ajuda. Com o objetivo de adaptar sua ação às demandas específicas dos países onde atua, MSF criou e implementou, ao longo de sua história, diversas inovações. Uma das primeiras novidades trazidas por MSF para o trabalho em emergências aconteceu ainda nos anos 980. Em uma tentativa de uniformizar procedimentos médicos e simplificar as atividades, MSF introduziu diretrizes e padronizou medicamentos e equipamentos usados em situações de emergências. A organização desenvolveu, então, kits personalizados, pré-embalados e prontos para viagem contendo os medicamentos, suprimentos e equipamentos básicos e adaptados a situações, climas e doenças específicos do campo. Avanços como esse resultaram em um aumento na capacidade de intervenções rápidas em um nível técnico elevado, o que anteriormente só existia entre as forças de defesa civis e militares de MSF INFORMAÇÃO 5

6 países desenvolvidos. Médicos Sem Fronteiras só consegue responder tão rápido a uma emergência porque tem todos os kits sempre embalados, preparados para viagem e em grande quantidade, diz Jean Pletinckx, diretor de logística da organização. Foram desenvolvidos kits para campanhas de vacinação, cirurgias e até para montar um hospital inflável, como o usado na ocasião do terremoto do Haiti em 200. As tecnologias que compõem os kits não são uma inovação de Médicos Sem Fronteiras. Tudo está disponível no mercado e pode ser usado pelo setor privado. A inovação foi adaptar esses itens para serem usados em contextos difíceis, como os que trabalhamos, esclarece Pletinckx. Para fazer um hospital funcionar em uma região remota, por exemplo, além dos equipamentos médicos, o kit precisa conter sistemas sanitários, depósitos e, se a temperatura média do local for muito alta, sistema para refrigerar a farmácia. Em uma tentativa contínua de encontrar formas inovadoras de fornecer os melhores medicamentos aos pacientes e reconhecendo a necessidade de mais pesquisas, MSF criou a organização Epicentre, em 987. A meta era fornecer evidências científicas que apoiariam as operações, sistematizando a pesquisa sobre a incidência, prevalência e causas das epidemias e doenças contagiosas tratadas por MSF. Na época, poucas outras organizações não governamentais eram capazes de fazer pesquisa em situações de emergência em que MSF operava. Por meio de estudos e experimentos clínicos sobre o tratamento de malária, o centro provou oficialmente a resistência aos medicamentos mais frequentemente usados na época e contribuiu para demonstrar o quanto as terapias combinadas com base em artemisinina (ACT, da sigla em inglês) eram muito mais eficientes. Em muitos países com endemia de malária, esses resultados ajudaram a apoiar as Mads Nissen Ao longo de seus 40 anos, Médicos Sem Fronteiras teve de superar diversos obstáculos para garantir que populações vulneráveis tivessem acesso a cuidados de saúde. Mas, além das barreiras mais óbvias, que se traduzem em questões políticas, geográficas ou financeiras, há uma que não se limita aos países onde MSF desenvolve seus projetos: o desinteresse de grandes indústrias farmacêuticas na pesquisa e desenvolvimento de novos tratamentos para as chamadas doenças negligenciadas. Enfermidades como Chagas, calazar (leishmaniose visceral), doença do sono e malária recebem o nome negligenciadas porque atingem principalmente populações mais pobres que vivem em países em desenvolvimento, e os tratamentos disponíveis são caros, ineficazes, altamente tóxicos ou de difícil administração. No cenário atual, as inovações tecnológicas na área dependem da existência de um mercado consumidor que seja interessante em termos financeiros para as empresas, e não para as necessidades de saúde dessas pessoas, explica Gabriela Chaves, farmacêutica da Campanha de Acesso a Medicamentos Essenciais de MSF. Para suprir essa lacuna e tentar alterar a lógica financeira que alimenta esse cenário, MSF criou, em parceria com instituições de saúde de diversos países, como a Fiocruz do Brasil e o Instituto Pasteur da França, a iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês). A DNDi vem se dedicando à pesquisa e ao desenvolvimento de alternativas de tratamento e medicamentos para as doenças negligenciadas, investindo em inovações tecnológicas e trabalhando juntamente com indústrias, centros acadêmicos e organizações não governamentais. Uma das conquistas mais recentes da DNDi é a inovadora formulação pediátrica do benzonidazol, um medicamento utilizado para o tratamento da doença de Chagas, que afeta mais de 0 milhões de pessoas no mundo todo. O tratamento para as crianças era feito apenas com a maceração, a diluição em água ou o fracionamento do medicamento para adultos em pequenos e imprecisos fragmentos. Isso causa um sério risco de efeitos adversos (se a dose ingerida for maior do que a indicada) ou da ausência de efeitos terapêuticos (se a dosagem for insuficiente), uma vez que a medida exata depende do peso do paciente. Foi com a união da DNDi e do Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe) que a produção da formulação pediátrica do benzonidazol pôde ser realizada. O medicamento, destinado a pacientes de até dois anos de idade e com 20 quilos, será disponibilizado em dezembro de MSF INFORMAÇÃO

7 mudanças nos protocolos nacionais de tratamento da doença. O processo de convencer um governo a mudar o padrão nacional de tratamento para uma determinada doença combina prática médica e ação política, envolvendo, por vezes, um confronto entre poderes políticos, econômicos e médicos. Foram esses poderes que MSF também desafiou no final da década de 990, quando criou a Campanha de Acesso a Medicamentos Essenciais. Por meio dela, MSF chamou a atenção para o fato de que seus médicos perdiam pacientes porque os medicamentos necessários para tratá-los não existiam ou eram caros demais para as pessoas em países em desenvolvimento. Na época, o tratamento antirretroviral (ARV) para pacientes com HIV/Aids custava de US$ 0 mil a US$ 5 mil anuais por paciente, tornando o tratamento um privilégio dos países ricos e inacessível na África, onde a epidemia fazia o maior número de vítimas. A Campanha de Acesso a Medicamentos Essenciais de MSF usou o exemplo do Brasil, que já fabricava medicamentos antirretrovirais genéricos, para exercer pressão sobre organizações mundiais a fim de que adotassem mecanismos que possibilitassem a fabricação de versões genéricas, e mais acessíveis, de ARVs. O preço Peter DiCampo anual do tratamento hoje é 99% mais barato. Mais de 6 milhões de pacientes estão sendo tratados com ARV no mundo. O precedente de países como Brasil e Tailândia na garantia do acesso aos medicamentos para o controle do HIV contribuiu para uma ampliação do tratamento no mundo, contando com uma resposta global de vários atores. A nossa luta agora é fazer com que os medicamentos mais modernos, muitas vezes caros, passem pelo mesmo processo, diz Gabriela Chaves, coordenadora da campanha no Brasil. MSF começou a tratar pacientes com ARVs no continente africano em 200 e trata hoje 70 mil pessoas em 9 países. Mas, diante da realidade dos sistemas de saúde locais, ficou claro que, para implementar programas de tratamento eficazes, era necessário criar modelos de tratamento descentralizados e adaptados. Na Suazilândia e em Moçambique, por exemplo, onde faltam profissionais de saúde qualificados, os enfermeiros são treinados para iniciar o tratamento com ARVs e pessoas da comunidade são treinadas para realizar tarefas de aconselhamento e acompanhamento dos pacientes. Com essa abordagem, é possível ampliar o número de pessoas atendidas e garantir a continuidade do trabalho depois da partida de MSF. Todos os dias, precisamos nos reinventar e adaptar nossa ação à realidade que encontramos nos países onde trabalhamos. É graças a essa capacidade de inovar que conseguimos chegar aos 40 anos como uma organização ágil e eficaz, diz Tyler Fainstat, diretor executivo de Médicos Sem Fronteiras no Brasil. Brendan Bannon MSF INFORMAÇÃO 7

8 Entrevista Um outro jeito de ser médico O presidente internacional de MSF, Unni Karunakara, faz um balanço das atividades da organização nos últimos 40 anos e fala dos próximos desafios. Sven Torfinn Em 97, ser sem fronteiras era uma grande novidade. O que significava, naquela época, não ter fronteiras, e por que foi importante criar uma organização assim? É preciso entender o contexto em que fomos criados. Alguns médicos franceses que trabalhavam com a Cruz Vermelha durante a crise de Biafra estavam insatisfeitos com a forma como a ajuda humanitária estava sendo praticada, pois não podiam prestar assistência sem a autorização expressa do governo ou falar publicamente sobre as situações que estavam presenciando. Esses médicos criaram, então, Médicos Sem Fronteiras, que seria uma organização mais ágil em sua resposta à crise e que poderia denunciar o que acontecia ali. Trabalhar com MSF e prestar assistência a pessoas em situações difíceis era um jeito novo de ser médico. Ou seja, há um elemento geográfico, pois pessoas de diferentes países podiam expressar seu impulso humanitário e sua crença de que ninguém deve ser privado de assistência médica. Mas há também uma noção mais ampla: MSF possibilitava uma nova forma de praticar a medicina. Dr. Unni Karunakara é presidente internacional de Médicos Sem Fronteiras. Seu envolvimento com a organização começou em 995, em um programa de controle de tuberculose na Etiópia. Desde então, ele já participou de dezenas de projetos e trabalhou em escritórios de MSF em diversos países. Nesta entrevista, Dr. Karunakara faz um balanço do que mudou nos 40 anos desde a criação de MSF e fala dos desafios a seguir. MSF passou, então, de um pequeno grupo de médicos e jornalistas em 97 a uma organização com mais de 25 mil pessoas, presente em mais de 60 países. Esse crescimento afetou a forma como MSF responde às crises? Esse crescimento trouxe muita credibilidade, mas também responsabilidade. Acho que temos uma influência muito forte na maneira como a ajuda humanitária é oferecida hoje. Há 40 anos, entrar em um avião com uma caixa de medicamentos era considerado uma ação humanitária. Hoje, isso é visto de uma forma muito diferente, que inclui respeito pelos pacientes, rigor e qualidade nas atividades. Além disso, há 5 anos, estávamos mais propensos a aceitar as restrições que existiam nos locais onde trabalhávamos, em sua maioria países menos desenvolvidos. Hoje, estamos menos dispostos a aceitar, por exemplo, que as pessoas nesses locais sejam privadas de medicamentos que estão disponíveis em países ricos, e assim desafiamos algumas barreiras globais que impedem o acesso a melhores cuidados de saúde. Também implementamos uma série de inovações 8 MSF INFORMAÇÃO

9 nos últimos 40 anos que mudaram o panorama de ajuda humanitária. Nós percebemos que, para prestar atendimento, precisávamos de evidências científicas. Assim, criamos o instituto de pesquisa Epicentre. Na área de logística, criamos kits padronizados, que nos permitem estar presentes e atuantes na maioria das emergências entre 24 e 6 horas. Outra inovação foi a DNDi, criada para fomentar o esforço de pesquisa e desenvolvimento para doenças negligenciadas. Esses são apenas alguns exemplos de como MSF cresceu e assumiu gradativamente mais responsabilidades. Nos últimos anos, MSF tem investido na abertura de escritórios em novas partes do mundo, como Brasil e África do Sul, onde também arrecada recursos e recruta profissionais. Qual a razão desse movimento? Para atingir os nossos objetivos operacionais, precisamos de recursos, financeiros e humanos. Países como Brasil e Índia, por exemplo, apesar de terem problemas que podem requerer respostas humanitárias, são também países de onde vêm os medicamentos que usamos, onde podemos arrecadar recursos que nos permitem realizar nossas ações e onde há médicos familiarizados com os problemas com os quais estamos tentando lidar, como as doenças tropicais. Precisamos nos adequar aos tempos. MSF só continuará sendo uma organização forte se estiver aberta a pessoas que tragam novas ideias, nova energia. O que nasceu de uma noção essencialmente francesa com o tempo se tornou uma expressão global de ação humanitária, de modo que hoje há pessoas do mundo todo que se sentem parte do movimento e querem contribuir. As crises humanitárias às quais MSF responde mudaram ao longo dos anos? Os contextos em que trabalhamos mudaram muito. No Afeganistão, por exemplo, a politização da ajuda humanitária é muito forte, e fica difícil distinguir as verdadeiras organizações humanitárias de outras ditas humanitárias, como grupos que, para oferecer assistência, recebem recursos de uma das partes envolvidas no conflito, como o governo norte-americano. Há uma grande diferença entre a ajuda humanitária que se baseia apenas nas necessidades das pessoas e ações que têm motivações imediatas. Apesar de todas essas mudanças, os princípios de neutralidade, imparcialidade e independência ainda são importantes hoje, 40 anos depois? Ser neutro, independente e imparcial é mais importante do que nunca. Mas o que entendemos por esses princípios muda com o tempo, e é importante colocá-los no contexto dos tempos em que vivemos e questioná-los. Ser neutro quer dizer não poder denunciar atrocidades cometidas em um conflito, quando estamos bem diante delas? Quando vemos que as necessidades médicas estão apenas em um dos lados de um conflito, trabalhar apenas desse lado nos torna uma organização parcial? Independência não é apenas financeira, mas de pensamento e de ação também. Hoje, acreditamos que independência significa que somos capazes de dialogar com outras organizações, seja a Fundação Gates, o Banco Mundial ou a Organização Mundial da Saúde, mas somos independentes na hora de agir, graças à origem dos nossos recursos. Esses princípios são tão importantes agora quanto há 40 anos. E, todos os dias, tentamos encontrar o equilíbrio entre eles e as necessidades práticas das pessoas. Quais são os maiores desafios para MSF nos próximos anos? De um ponto de vista médico, em muitos países onde trabalhamos, a população está envelhecendo, e seu perfil epidemiológico está mudando de doenças infecciosas para doenças crônicas. É claro que continuaremos tratando doenças tropicais e vacinando grupos mais vulneráveis, mas em alguns países estamos vendo cada vez mais pessoas com condições crônicas, como diabetes e transtornos de saúde mental. Precisamos encontrar novas formas de responder a essas necessidades. O acesso a medicamentos é outro desafio, e devemos continuar buscando formas de desafiar as barreiras globais que impedem a redução de preços de medicamentos necessários para salvar vidas. Trabalhar em países com governos fortes, como Etiópia, Sudão e Nigéria, também é um desafio. É cada vez mais difícil atuar sem um diálogo com as autoridades, ainda que nós não necessariamente estejamos de acordo com algumas políticas desses governos. É em momentos assim que nossos princípios de imparcialidade e independência são testados. Finalmente, do ponto de vista organizacional, temos que continuar sendo uma organização inovadora e ágil. Mesmo crescendo cada vez mais, precisamos manter sempre o foco desse crescimento nas necessidades dos projetos e dos pacientes. MSF INFORMAÇÃO 9

10 Artigo MSF no Brasil: 20 anos depois Michel Lotrowska é economista, sanitarista e músico. Em 992, quando um responsável por uma organização brasileira foi visitar o escritório de Médicos Sem Fronteiras na Bélgica e pedir que fôssemos ajudar a população vivendo na rua, e mais especificamente os meninos de rua no Rio de Janeiro, não se pensava muito no Brasil como campo de atuação da organização. Porém, os efeitos da urbanização crescente nas grandes cidades associada à violência urbana e doméstica estavam cada vez mais se mostrando como um possível campo de atuação para MSF. Novos projetos foram iniciados nas Filipinas, em Madagascar e também no Rio de Janeiro logo em seguida. No Brasil da hiperinflação da época, foi um desafio para a organização trabalhar com um assunto tão longe dos tradicionais campos de refugiados, das catástrofes naturais, epidemias e situações de conflitos. Além disso, o Brasil de 99 era um Brasil complexo, que incluía uma nova Constituição bastante progressista, organizações conceituadas criadas por pessoas que haviam retornado do exílio e que faziam florescer uma sociedade civil dinâmica, além de uma presença quase nula de entidades estrangeiras. Após um trabalho em parceria com entidades locais junto aos meninos e meninas de rua da cidade do Rio de Janeiro, vieram o projeto de posto de saúde montado por Médicos Sem Fronteiras em Vigário Geral e o trabalho na favela do Coqueirinho, que ficava no asfalto embaixo do viaduto da estação da Leopoldina. Apesar de serem projetos pequenos no panorama internacional da organização, eles trouxeram novas formas de atuação, de reflexão e de colaboração com as autoridades e parceiros locais. Trouxeram, também, uma nova interpretação da noção de crise humanitária. Naquela época, do início dos anos 990, o Brasil se abria ao mundo globalizado, entrando na Organização Mun- MSF dial do Comércio (OMC), criando um programa público e gratuito de Aids e começando a ser referência de saúde pública em alguns campos. A batalha contra a privatização total dos serviços básicos de saúde e o desenvolvimento do conceito do Sistema Único de Saúde, assim como um programa de Aids universal, eram novidades para Médicos Sem Fronteiras em uma época em que os antirretrovirais custavam ainda US$ 0 mil por ano por paciente na maioria dos países onde trabalhávamos. Um dos efeitos da globalização foi a globalização das crises humanitárias, seu uso político pelas grandes potências e blocos e a participação de militares nas intervenções humanitárias. Deste lado do oceano, assistimos a um Brasil livre da inflação galopante, transformando-se em potência econômica e política. MSF, então, reformulou aos poucos sua forma de atuar no Brasil. Se, por um lado, os projetos no país se restringem hoje a eventuais emergências, a população brasileira contribui cada vez mais para o esforço internacional de MSF no mundo. Cada vez mais médicos e outros profissionais de saúde atuam nos projetos da organização, que passou a mandar brasileiros qualificados e motivados para os quatro cantos do mundo. O Brasil se torna, assim, fonte de recursos humanos e financeiros, apesar de ainda existirem desigualdades no país. Essa sua característica ser receptor de projetos e também fornecedor de recursos humanos e financeiros faz com que ele tenha sido sempre ambíguo para a organização, pois se trata de caso atípico. No decorrer dos anos 2000, MSF sentiu a necessidade de focar novamente o seu esforço principalmente no objeto pelo qual foi criado, ou seja, trazer ajuda humanitária para vítimas de catástrofes naturais, epidemias, fome e conflitos. As lições aprendidas nos projetos urbanos foram incorporadas no trabalho de campo, trazendo uma ênfase maior, por exemplo, nas questões de saúde mental. Com a consolidação do escritório de MSF no Brasil e um grupo grande de médicos e outros profissionais experientes voltando dos projetos, certamente a organização vai crescer ainda mais. A economia brasileira, longe da crise europeia ou norte-americana, permite arrecadar fundos provenientes da solidariedade brasileira com as causas humanitárias, e MSF-Brasil pode passar a contribuir ainda mais para projetos da organização no mundo. Tenho orgulho de ter chegado ao Brasil em 99 para iniciar projetos que levaram hoje a esta organização consolidada, profissional e respeitada. 0 MSF INFORMAÇÃO

11 Opinião do Doador Heitor Bastos Tigre Doador desde novembro de 2007 Acho que precisamos tomar atitudes individuais que venham a somar na ajuda aos necessitados no mundo. De alguma forma, cada um precisa fazer a sua parte. Decidi participar como doador de MSF por acreditar e principalmente confiar nessa organização. Eu me sinto orgulhoso em poder ajudar (mesmo com pouco) e participar de um projeto responsável e reconhecido mundialmente por sua dedicação e seriedade. A força de vontade e determinação desses médicos voluntários, que não medem esforços para ajudar tantas vidas ameaçadas pelo mundo afora, enfrentando as maiores adversidades e condições muitas vezes insalubres, abrindo mão da família, do conforto de suas casas e consultórios pela nobre causa da ajuda aos necessitados, a coragem e a dedicação desses médicos emocionam. Acho importante que MSF se mantenha firme em seus ideais e tente uma maior divulgação do trabalho da organização, o que poderá atrair novos doadores para a luta da assistência humanitária. Simone Nogueira, Diretora de Comunicação Corporativa da L Oréal Empresa doadora desde fevereiro de 200 Ser uma empresa altamente eficiente e a líder mundial em cosméticos não é suficiente para a L Oréal. Nossa ambição reflete nossa responsabilidade de sermos uma das empresas mais exemplares do século XXI. Por meio da Fundação L Oréal, sediada na França, o grupo tem o objetivo de incrementar os esforços de responsabilidade social em todo o mundo em três linhas de atuação: Promoção de pesquisas científicas; Apoio à educação; e Ajuda a pessoas em situações vulneráveis. Instituições sérias e comprometidas, como Médicos Sem Fronteiras, são muito importantes para nos ajudar a alcançar nosso compromisso. Em casos críticos, como o do Haiti e, mais recentemente, da região Serrana, a L Oréal, juntamente com seus colaboradores, se mobilizou para realizar uma doação que pudesse ajudar essas populações. No caso do Haiti, não só a L Oréal Brasil, mas todas as filiais do mundo se engajaram, e foram doados mais de milhão de euros. Estamos com uma novidade em nosso site, exclusiva para nossos doadores: a Área do Doador. Lá você pode acessar nossos relatórios, atualizar seus dados de contato ou pagamento e muito mais. Cadastre-se agora mesmo em e aproveite o seu espaço! MSF Responde Este espaço foi criado para responder as dúvidas frequentes dos doadores de MSF. Sua participação é muito importante para nós. Eu faço doações para Médicos Sem Fronteiras de vez em quando. Por que vocês sempre insistem para eu me tornar um doador mensal? Muito obrigado por sua doação. Antes de esclarecer sua dúvida, gostaria de ressaltar que toda doação é muito importante para Médicos Sem Fronteiras! Com doações regulares, conseguimos nos planejar melhor e assim salvar mais vidas. Essas doações possibilitam uma rápida atuação de MSF em situações de emergência, como terremotos, em que cada minuto pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Além disso, para tratar diariamente mais de 0 mil pacientes pelo mundo, precisamos comprar vacinas, medicamentos e insumos hospitalares. E isso é feito com antecedência e responsabilidade, de acordo com os recursos que esperamos receber de nossos doadores mensais. Com essas doações mensais, também conseguimos tratar pacientes com doenças que exigem tratamentos de longo prazo, como Aids, malária e chagas. Por tudo isso, pedimos que, se possível, torne-se um Doador Sem Fronteiras, contribuindo mensalmente com a nossa causa. Seja qual for a sua decisão, sempre seremos gratos pela sua ajuda! É muito fácil tornar-se um Doador Sem Fronteiras. Entre em contato com o Atendimento ao Doador pelo telefone (2) ou pelo doador@msf.org.br. MSF INFORMAÇÃO

12 Direto de Dadaab, Quênia Luana Fagundes Lima Pediatra A pediatra Luana Fagundes Lima trabalhou três meses no atendimento de crianças desnutridas no maior campo de refugiados do mundo, em Dadaab, no Quênia. Dadaab é o destino das pessoas que fogem da violência e da seca que atingem a Somália. Elas andam dias, e até semanas, de um país a outro. Sem comer e sem beber direito, chegam ao acampamento exaustas e com a saúde comprometida. As crianças são as que mais sofrem. Em julho, em média 7% das crianças recém-chegadas, com idades entre seis meses e cinco anos, eram diagnosticadas com desnutrição. Luana deu este depoimento em agosto, na sua última semana em Dadaab. Terminei meu primeiro trabalho com Médicos Sem Fronteiras muito satisfeita com os resultados. No meu primeiro mês, registramos 20 admissões no Centro de Nutrição Terapêutica e 2 mortes. Ou seja, 7% de mortalidade. No mês seguinte, a crise piorou e o número de pacientes aumentou para 476, mas a mortalidade caiu para,4% (seis perdas), porque iniciamos um centro de terapia intensiva, treinamos pessoal e adequamos protocolo. As crianças desnutridas ficam internadas quando têm outras complicações, como pneumonia e gastrenterite. Na primeira fase do tratamento, recebem um leite especial, um pouco menos calórico um hidrolisado proteico, fácil de digerir. Depois de três ou quatro dias, quando já não apresentam diarreia ou gastrenterite, passamos para o leite normal. Depois, damos o Plumpy Nut, um concentrado bem calórico, à base de pasta de amendoim. Após a alta, a criança continua inserida no sistema de saúde. Ela é acompanhada em ganho ponderal, ganho de peso, e recebe suporte nutricional em um dos seis postos de MSF. Nesses postos, as mães pegam o Pumply Nut diariamente, até que a criança atinja uma faixa de peso normal. Cada criança tem que comer dois ou três Pumply Nuts por dia, dependendo do peso. Um deles ela come no posto, na nossa frente, para assegurarmos que ela comerá pelo menos a metade da necessidade calórica diária, porque é comum as mães dividirem com as outras crianças. Para evitar que isso aconteça, a família recebe alimentação suplementar (feijão, lentilha e alguns cereais). Trabalhar para MSF foi um grande aprendizado. No Rio de Janeiro, eu trabalhava em grandes hospitais. Em lugares assim, quando precisamos de um medicamento, ele está na mão em um segundo, e contamos com equipes superqualificadas. Aqui, temos que ensinar e aprender o tempo inteiro. Temos que perder a postura do médico que organiza o setor e colocar a mão na massa em tempo integral. É bem gratificante perceber como um pequeno gesto modifica todo um ambiente e se transforma em vidas salvas. SUDÃO ERITREIA DJIBOUTI ETIÓPIA SOMÁLIA UGANDA QUÊNIA DADAAB Brendan Bannon TANZÂNIA OCEANO ÍNDICO 2 MSF INFORMAÇÃO

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