P.º R. P. 122/2007 DSJ-CT:

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "P.º R. P. 122/2007 DSJ-CT:"

Transcrição

1 P.º R. P. 122/2007 DSJ-CT: Capacidade das sociedades comerciais para fazer doações, face ao disposto no artigo 6.º do Código das Sociedades Comerciais. DELIBERAÇÃO Em 15 de Março de 2007, sob a Ap. n.º89, foi requisitado na Conservatória recorrida o registo de aquisição a favor de Gonçalo, solteiro, menor, da fracção A do prédio n.º 05326, da freguesia de, que lhe foi doada pela sociedade comercial, Limitada, com sede na Avenida. Instruíram o pedido de registo uma fotocópia da escritura de doação lavrada em 1 de de 2007 no Cartório Notarial Privado, sito na Avenida, a cargo da Notária,, e a certidão comprovativa da declaração para inscrição ou actualização de prédio urbano na matriz, emitida em 19/01/06, pelo Serviço de Finanças do e lá revalidada em 1/02/07. O solicitado registo foi recusado com fundamento na respectiva nulidade e apoio legal no artigo 69.º, n.º 1, alínea d) do Código do Registo Predial -, considerando que a doadora é uma sociedade que, face ao disposto no artigo 6.º do Código das Sociedades Comerciais, não dispõe de capacidade para fazer doações, já que, nos termos do previsto no n.º 1 do dito preceito, tal capacidade compreende os direitos e obrigações necessários e convenientes à prossecução dos seus fins, exceptuando-se aqueles que lhe sejam vedados por lei ou inseparáveis da personalidade singular, não sendo havidas, de acordo com o seu n.º 2, como contrárias ao fim da sociedade, as liberalidades que possam ser consideradas como usuais segundo as circunstâncias da época e as condições da própria sociedade. Ora conclui a Sr.ª Conservadora recorrida não se pode considerar uma doação de um bem imóvel uma liberalidade. 1

2 Em 26 de Abril de 2007, foi tempestivamente interposto, sob a Ap. n.º 14, recurso hierárquico do referenciado despacho de qualificação, no qual se contesta a invocada nulidade do acto praticado pela sociedade em favor do menor interessado no registo, alegando-se, no sentido da defesa da tese contrária, nomeadamente, que, sendo as sociedades entidades privadas com personalidade e capacidade jurídica, e não considerando o Código das Sociedades Comerciais ou qualquer lei avulsa que as sociedades comerciais estão impedidas de fazer doações, a elas não está vedado o negócio formal da doação previsto no Código Civil, pois que, tendo capacidade para fazer doações todos os que podem contratar e dispor dos seus bens, nos termos do previsto no artigo 948.º do mesmo Código, não se acredita que uma sociedade comercial esteja impossibilitada de dispor dos seus bens. Não compete à Conservadora - continua o recorrente - pronunciar-se sobre a forma como a sociedade prossegue os seus fins ou gere o seu património já que para isso lá estão os gerentes, depois os sócios ou outros interessados na sua boa ou má gestão. A recusa só poderia encontrar justificação nalguma anomalia formal ou caso o acto ofendesse qualquer interesse público. Diferente seria se na doação fossem apenas os gerentes a obrigar a sociedade, podendo dizer-se que, face ao objecto social da sociedade, a doação de um bem imóvel ultrapassava o simples acto da gerência. Acontece que, no caso concreto, quem outorgou a escritura de doação, representando a sociedade, foi a totalidade dos sócios que são também sócios-gerentes. Trata-se, pois, de uma deliberação da sociedade que, atenta a presença de todos os sócios na escritura e o facto do conteúdo da deliberação, pela sua natureza, não estar vedado aos sócios, só poderia estar inquinado de nulidade por força do disposto na alínea d) do artigo 56.º do Código das Sociedades Comerciais, ou seja, pela circunstância do seu conteúdo ser ofensivo dos bons costumes o que, no caso, é por demais evidente, que não sucede -, ou de preceitos legais que não possam ser derrogados sendo certo que não existe nenhum que impeça a realização da doação, nem é crível que um preceito legal e abstracto como o plasmado no artigo 6.º do Código das Sociedades Comerciais possa ser 2

3 interpretado no sentido de que as sociedades comerciais não têm capacidade para fazer uma doação. Em sustentação da recusa, a Sr.ª Conservadora recorrida reitera o entendimento de que, nos termos do disposto no n.º 1 do referido artigo 6.º, uma sociedade não dispõe de capacidade para fazer doações de imóveis, dado que a capacidade da sociedade compreende os direitos necessários e suficientes à prossecução do seu fim e uma doação feita a um menor não pode ser aí enquadrada. O contrato de sociedade pressupõe, entre outros elementos, o objectivo da realização de lucros e da sua repartição. Assim, uma doação feita a um menor deve ser considerada contrária ao fim da sociedade, não sendo possível, de resto, incluir a doação em causa nas liberalidades excepcionadas no n.º 2 do artigo citado, a saber, as que são consideradas usuais segundo as circunstâncias da época e as condições da própria sociedade. Considerando que o processo é o próprio e válido, as partes são capazes e legítimas, inexistem nulidades, excepções ou questões prévias que obstem ao conhecimento do mérito e o recurso foi interposto em tempo, a posição do Conselho vai expressa na seguinte Deliberação 1 A sociedade comercial por quotas é um dos tipos de sociedades comerciais que, como os demais, tem por fim mediato, através do exercício da actividade delimitada pelo objecto social (fim imediato) a obtenção de lucros ganhos consistentes num aumento do património social e neste formados - e a sua atribuição 1 aos sócios (cfr. art.º980.º, C. Civil, aplicável subsidiariamente, ex vi art.º 2.º, C.S.C.). 1 Falamos de atribuição e não de repartição (como decorre da terminologia legal adoptada no citado art.º 980.º) porque, não obstante o paradigma ser, tanto no Código Civil, como no Código das Sociedades Comerciais, o das sociedades pluripessoais, não pode ser olvidada a realidade das sociedades unipessoais. Cfr., a propósito, Coutinho de Abreu, in Curso de Direito Comercial, vol. II, 2.ª edição, pág.15. 3

4 2 - De acordo com o chamado princípio da especialidade 2, hoje plasmado no artigo 6.º do Código das Sociedades Comerciais, é o referenciado escopo lucrativo, não o respectivo objecto social (cfr. n.º 4, art.º cit.) 3 que estabelece os limites da capacidade jurídica ou 2 A ideia deste princípio terá tido uma origem dupla: a doutrina ultra vires anglo-saxónica a personalidade colectiva iniciou-se por concessão do Parlamento, com base em lei definidora do objectivo da entidade a criar, fixando os poderes que, em função deste, lhe eram reconhecidos e que, na prática, a entidade em causa não poderia ultrapassar; e as restrições continentais aos bens de mão-morta, ou seja, aqueles que nos países latinos, especialmente em França, tinham saído do mercado normal, por virtude de doações feitas, ao longo de toda a Idade Média, a conventos e ordens religiosas, e que não eram transaccionados, nem pagavam impostos, em razão dos privilégios da igreja. Entre nós, a preocupação de limitar a capacidade das pessoas colectivas prende-se também com o problema destes bens e com as leis de desamortização destinadas a evitálos, combatendo, desde o tempo de D.Dinis, a acumulação de bens nas corporações religiosas. Com o Código Civil de Seabra, por força do previsto nos artigos 34.º e 35.º, assistiu-se à limitação da capacidade das associações ou corporações perpétuas aos interesses legítimos do instituto, impedindo-se as associações não lucrativas de deter bens imóveis que não fossem indispensáveis ao desempenho dos seus deveres. Fechavase, mesmo sem autoconsciência, o princípio da especialidade como refere António Menezes Cordeiro, in Manual de Direito das Sociedades, I, 2.ª edição, 2007, pág.334. Fundado no desaparecimento dos dois pilares histórico-dogmáticos em que tal princípio assentava, apoiado na solução preconizada por Ferrer Correia relativamente à capacidade das pessoas colectivas ( estende-se a todos os direitos e obrigações que, segundo a natureza das coisas ou a índole da sua disciplina legal, não forem inseparáveis da personalidade singular. ) e na explicação fornecida por Antunes Varela sobre o artigo 160.º, n.º 1, C.Civil consagração legal tardia do princípio da especialidade de que o mesmo, facultando os direitos e deveres convenientes à prossecução dos fins da pessoa colectiva, atenuou largamente o rigor da especialidade, chegando a uma solução aparentemente mais ampla do que a do Código de Seabra, Meneses Cordeiro defende o entendimento de que a capacidade das pessoas colectivas só poderá ser limitada através de leis específicas, tendendo, assim, a ser abandonado o aludido princípio como meio de consecução de tal objectivo; e conclui, a págs. 338, ob.cit., que: o denominado princípio da especialidade não restringe, hoje, a capacidade das pessoas colectivas: tal como emerge do artigo 160.º/1, ele diz-nos, no fundo, que todos os direitos e obrigações são, salvo excepções, acessíveis às pessoas colectivas.. 3 Face ao texto do invocado n.º 4 As cláusulas contratuais e as deliberações sociais que fixem à sociedade determinado objecto ou proíbam a prática de certos actos não limitam a capacidade da sociedade, mas constituem os órgãos da sociedade no dever de não excederem esse objecto ou de não praticarem esses actos resulta claro (o que não sucedia antes do Código das Sociedades Comerciais) que o objecto social não limita a capacidade, como, a propósito, refere, após cotejo das disposições dos n.ºs 1 e 4 do preceito em apreço, Henrique Mesquita, in R.O.A., Ano 57, pág.731 a capacidade de gozo das sociedades comerciais não é limitada pelo respectivo objecto mas é sempre limitada pelo seu fim. Um acto social excede ou é alheio ao objecto da respectiva sociedade quando, atendendo ao momento da sua prática, não sirva à realização da actividade que, nos termos estatutários, a sociedade pode exercer., não ocorrendo, assim, entre os dois momentos, uma relação de instrumentalidade. O que não significa que os órgãos sociais não tenham o dever de não excederem esse objecto, dever cuja violação implica sanções diversas da nulidade. Assim, por exemplo, nas sociedades por quotas, os gerentes têm, em regra, poderes suficientes para as vincularem por actos alheios ao objecto social, podendo, todavia, a sociedade invocar a ineficácia, em relação a ela, dos actos que ultrapassem o objecto social, quando faça a prova de que o terceiro conhecia ou não podia ignorar, tendo em conta as circunstâncias, que o acto excedia o objecto social, não tendo o mesmo sido, entretanto, assumido pelos sócios (n.º2, art.º 260.º). Outras possíveis sanções pela prática de actos estranhos ao objecto social são a responsabilidade civil da administração para com a sociedade (arts. 6.º, n.º 4, 64.º e 72.º), e a destituição com justa causa de membros da administração (arts. 6.º e 64.º, cits., 191.º, 4-7, e 257.º). 4

5 de gozo de direitos da sociedade comercial 4, face ao teor literal do seu n.º 1: A capacidade da sociedade compreende os direitos e as obrigações necessários ou convenientes à prossecução do seu fim, de tal sorte que, em regra, estarão fora da capacidade da sociedade os actos gratuitos, os actos pelos quais a mesma dá a outrem uma prestação ou contrapartida. 3 Mas, desde logo e porque a capacidade de gozo das pessoas colectivas não é idêntica à das pessoas singulares, ela sofre de limitações legais (direitos e obrigações vedados por lei 5, v. g. os direitos de uso e de habitação que a nossa lei arts º e segs. do Código Civil reserva para as pessoas humanas) e das limitações ditadas pela natureza das coisas, ou sejam, os direitos e obrigações inseparáveis da personalidade singular (situações jurídicas familiares ou sucessórias que, pela sua natureza, visam apenas pessoas singulares; situações de personalidade, também nestas centradas: direito à saúde, à vida e à integridade física; situações patrimoniais que pressupõem a intervenção de uma pessoa singular, v. g., a qualidade de trabalhador subordinado; e várias situações de direito público contemplando pessoas singulares, v.g. o direito ao voto em eleições públicas), consoante a previsão contida no aludido n.º 1 do citado artigo 6.º. 4 Autores há que, não obstante, defendem a capacidade jurídica geral ou genérica da sociedade, entendendo que o afastamento do fim traduz uma mera irregularidade e não um vício fundamental do acto v.g., Oliveira Ascensão, in Direito Civil-Teoria Geral, vol.i, pág. 266, e Luís Serpa Oliveira, in R.O.A., 59.º, I, Jan./99, págs. 389 a 412, Prestação de Garantias por Sociedades a Dívidas de Terceiros, estudo de que nos permitimos transcrever as seguintes conclusões que bem ilustram o referido entendimento: 1.ª - A 1.ª Directiva comunitária sobre direito das sociedades estabeleceu, no seu art.º 9.º, a regra da vinculação à sociedade dos actos praticados pelos seus órgãos sociais, dentro das competências que a lei lhes confere ou permite conferir, mesmo que tais actos sejam considerados ultra vires; 2.ª - Em consequência desta regra, e do modo como ela foi transposta para o direito nacional, a doutrina passou a considerar que, em matéria da capacidade das pessoas colectivas existe uma atribuição genérica, mesmo que para determinados actos de um certo tipo, a pessoa colectiva careça de legitimidade a determinação, em concreto, de tais actos apura-se através do fim imediato da pessoa colectiva ou da sociedade comercial, sendo a legitimidade respectiva atribuída em concreto; 3.ª - Assim, é desadequado afirmar, pelo menos em tese geral, que as pessoas colectivas e, em especial, as sociedades comerciais estão sujeitas a uma incapacidade, podendo suceder, em casos muito determinados, que exista apenas um desvio em relação ao fim da pessoa colectiva, já que a respectiva capacidade é genérica e não específica.. 5 A este respeito, defende Menezes Cordeiro, in ob. cit., pág. 343, que não há aqui um verdadeiro problema de (in)capacidade: há, sim, uma proibição legal, sendo que a inobservância das limitações legais à possibilidade da prática pelas pessoas colectivas, de certos actos, conduz, em princípio, à nulidade do acto por violação de lei expressa (294.º) ou por ilicitude (280.º, n.º1): não por incapacidade. 5

6 4 A despeito da afirmação contida na parte final da conclusão 2, certo é que parece não bastar a simples gratuitidade dos actos praticados pela sociedade para que os mesmos sejam colocados fora da respectiva capacidade, uma vez que e cada vez mais na conjuntura actual 6 as sociedades lançam mão de actos desse tipo, que validamente podem praticar, desde que, segundo a terminologia legal, eles se mostrem necessários ou, pelo menos, convenientes à prossecução do fim societário. 5 A latitude com que o preceito legal (art.º 6.º, n.º 1, C.S.C.) intenta, assim, definir o âmbito da capacidade da sociedade é de tal modo ampla que pode conduzir a que, na prática, seja postergado o dito princípio da especialidade, sendo certo que, no limite, defere a qualificação do acto praticado para a apreciação casuística das circunstâncias que envolveram a respectiva formalização, a tal não escapando, a nosso ver, as liberalidades 7 que possam ser consideradas usuais, segundo as circunstâncias da época e as condições da própria sociedade 8, eleitas pelo n.º 2 do mesmo artigo como não contrárias ao fim da mesma. 6 É cada vez mais frequente as empresas intervirem, sem contraprestação, na promoção de objectivos culturais, desportivos, assistenciais, o que não prejudicará a finalidade geral da sociedade, que não demanda que todo e qualquer acto seu produza lucro, antes requer que tais actividades se insiram em objectivos genericamente lucrativos. 7 Pese embora estas liberalidades serem identificadas geralmente como donativos conformes aos usos integrados no conjunto de técnicas e métodos usados na definição da estratégia comercial nos seus diversos aspectos, particularmente, nos estudos de mercado ( Vide P.º C.P. n.º 106/2003 DSJ-CT, nota 9 de rodapé). 8 Enquanto para alguns ( vide Osório de Castro, in R.O.A., 1998, pág.579), falta a estas liberalidades o espírito de liberalidade pelo que justamente não são doações, sendo as doações altruístas válidas apenas se se verificar o requisito do justificado interesse próprio da sociedade previsto no n.º 3 do artigo 6.º, para outros ( vide Coutinho de Abreu, in ob. cit., págs. 195 e segs.), a disposição contida no invocado n.º 2 do artigo 6.º é uma norma essencialmente dirigida a doações. Nem todas as liberalidades ou actos gratuitos são doações (v.g., não são doações o mútuo gratuito, o comodato, a prestação gratuita de penhor). Mas as liberalidades-não doações, podem não ser nulas, podem entrar no círculo da capacidade das sociedades mesmo que não sejam consideradas usuais. Este preceito já é necessário para considerar válidas, não contrárias ao fim social, certas doações. Toda a doação requer, além do espírito de liberalidade, uma atribuição patrimonial ao donatário sem correspectivo, de que resulta imediatamente uma diminuição do património do doador (art.º 940.º, n.º 1, C.C.). Ora, há doações feitas habitualmente por sociedades com finalidade (ou também com finalidade) interesseira para promover as vendas dos seus produtos, aumentar a produtividade, acreditar o nome e a imagem, pagar menos impostos.tendo em vista os tempos que correm, todas estas doações, quando a situação patrimonial das sociedades o permita, hão-de ser consideradas usuais ; entram, pois, no campo de aplicação do n.º 2 do art.º 6.º. Não obstante, mesmo sem esta norma, elas incluir-se-iam na capacidade societária - mostram-se convenientes à prossecução do fim social (n.º 1, art.º 6.º). Onde 6

7 6 A circunstância de, no caso sub judice, se estar em presença de uma doação pura feita a menor parece excluir, à partida, a possibilidade de se tratar de um dos figurados actos gratuitos susceptíveis de cabimento na esfera da capacidade de gozo da sociedade doadora, justificáveis à luz do fim lucrativo societário. Acontece que mesmo assim, não olvidando as contraditórias interpretações doutrinárias de que o preceito legal em apreço tem sido alvo, e tendo embora presente a dificuldade em configurar uma situação na qual a doação de um imóvel a menor se insira no fim social de obtenção de lucro entendemos que, face à indisponibilidade dos elementos objectivos capazes de nos permitir a apreciação de tal facto, não deverá ser recusado o ingresso no registo como já não o foi a titulação do respectivo negócio jurídico, por não ser manifesta a sua nulidade. 9 Face ao exposto, entendemos que o recurso merece provimento. Deliberação aprovada em sessão do Conselho Técnico de 31 de Janeiro de anexo. Maria Eugénia Cruz Pires dos Reis Moreira, relatora. Maria Madalena Rodrigues Teixeira, vencida, com declaração de voto em Esta deliberação foi homologada pelo Exmo. Senhor Presidente em se revela a plena utilidade do n.º 2 do art.º 6.º é no campo das doações feitas com espírito altruísta.. 9 Acompanhamos, deste modo, na situação concreta, a orientação sufragada (por unanimidade), em tese geral, por este Conselho no atrás citado P.º C. P. 106/2003 DSJ-CT. 7

8 Proc. R.P. 122/2007 DSJ-CT Declaração de voto 1. Voto vencida o parecer com base no seguinte entendimento: Considerando o disposto no artigo 6º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), do título deveriam constar, pelo menos, a invocação de um fim interessado ou interesseiro que, em abstracto, permitisse arredar o ânimo ou escopo altruísta artigo 6º, nº1, do CSC - ou quaisquer elementos que, no entender da sociedade doadora permitissem classificar a doação como usual, segundo as circunstâncias da época e as condições da sociedade artigo 6º, nº2, do CSC. Na verdade, não compete ao conservador apreciar em concreto das razões da doação ou liberalidade e, designadamente, decidir se preenchem ou não os requisitos de validade do acto contidos no artigo 6º do CSC, porquanto, tratando-se de conceitos amplos e sem definição legal, na livre apreciação de prova a que estes requisitos naturalmente se achariam sujeitos em sede judicial poder-se-ia, efectivamente, chegar a resultado ou conclusão diversos. A meu ver, a diferença está em que, se nada constar no título o valor negativo do acto pode oscilar entre o ser inequivocamente nulo porque inexiste interesse - e o poder ser nulo porque existe interesse, ainda que o mesmo possa vir a ser julgado como juridicamente irrelevante. Parece-me, por isso, que atenta a finalidade do registo, a exigência de indicação no título de um interesse na liberalidade ou de uma perspectiva de usualidade na doação não visam habilitar o conservador a decidir em definitivo sobre a validade do negócio jurídico - tratando-se de um acto que pode provocar a diminuição do património afecto à garantia do passivo, caberia, em primeira linha, aos credores demonstrar a falta de interesse ou a impossibilidade da doação poder ser considerada conforme aos usos sociais e às condições da sociedade antes se justifica como um mínimo de controlo de legalidade artigo 68º do Código do Registo Predial - pela necessidade de vincular o doador a uma finalidade ou propósito 8

9 capazes de eliminar, à partida, a falta de um escopo susceptível de ser discutido e provado para efeitos do disposto no artigo 6º do CSC e, com isso, a nulidade inequívoca da doação. Em súmula, trata-se de distinguir entre um acto que está definitivamente fora do âmbito da capacidade da sociedade (artigos 160º e 980º do Código Civil, e artigo 6º do CSC) e um acto que, em abstracto, se situa nos limites definidos nos ns. 1 e 2 do referido artigo 6º em face da invocação de um interesse societariamente relevante ou de uma qualificação da liberalidade conforme os usos e as circunstâncias da época e as condições da sociedade. No caso em apreço, não creio que o facto do donatário ser um menor possa determinar a opção pela manifesta nulidade da doação, colocando-a em definitivo no âmbito da incapacidade societária. Na verdade, se ao menor não pode ser reconhecida uma incapacidade de exercício absoluta, não se vê que o negócio jurídico em causa não possa representar um interesse ou uma finalidade interesseira a operar numa relação jurídica em que o menor possa validamente intervir como sujeito activo ou passivo. Propendo, por isso, para a provisoriedade por dúvidas a remover mediante declaração de enquadramento do acto no artigo 6º do CSC. Maria Madalena Rodrigues Teixeira 9

P.º R. P. 22/2009 SJC-CT-

P.º R. P. 22/2009 SJC-CT- P.º R. P. 22/2009 SJC-CT- Averbamento de rectificação da descrição quanto à área, fundado em erro de medição. Enquadramento do respectivo pedido na previsão legal do artigo 28.º-C do CRP ou no processo

Leia mais

P.º R. P. 301/04 DSJ-CT

P.º R. P. 301/04 DSJ-CT P.º R. P. 301/04 DSJ-CT - Registo de hipoteca legal por dívidas à Segurança Social sobre bens dos gerentes da sociedade devedora. Documentos instrutórios : certidão comprovativa da dívida e cópia autenticada

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Do despacho de recusa foi interposto recurso hierárquico, cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos.

DELIBERAÇÃO. Do despacho de recusa foi interposto recurso hierárquico, cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos. Pº R.P. 16/2008 SJC-CT- Registo de hipoteca legal nos termos do artº 195º do CPPT Título Suficiência Despacho do Chefe de Serviço de Finanças competente que a requerimento do executado autorize a substituição

Leia mais

ESTATUTOS DA TINIGUENA. (Revisão aprovada pela 9ª Assembleia Geral da Tiniguena reunida em Bissau a 30 de Agosto de 2003)

ESTATUTOS DA TINIGUENA. (Revisão aprovada pela 9ª Assembleia Geral da Tiniguena reunida em Bissau a 30 de Agosto de 2003) ESTATUTOS DA TINIGUENA (Revisão aprovada pela 9ª Assembleia Geral da Tiniguena reunida em Bissau a 30 de Agosto de 2003) Bissau, 30 de Agosto de 2003 Capítulo I (Denominação, Natureza, Sede, Âmbito e Objecto)

Leia mais

Pº R.P.135 136 /2009 SJC-CT-

Pº R.P.135 136 /2009 SJC-CT- Pº R.P.135 e 136 /2009 SJC-CT- (Im)possibilidade legal de incluir a cláusula de reversão dos bens doados em contrato de partilha em vida. DELIBERAçÃO Relatório 1. Os presentes recursos hierárquicos vêm

Leia mais

CONTRATO DE SOCIEDADE DA IMPRESA SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. I Denominação, objecto e sede

CONTRATO DE SOCIEDADE DA IMPRESA SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. I Denominação, objecto e sede CONTRATO DE SOCIEDADE DA IMPRESA SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A I Denominação, objecto e sede ARTIGO 1º A sociedade adopta a firma IMPRESA - Sociedade Gestora de Participações Sociais,

Leia mais

POC 13 - NORMAS DE CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

POC 13 - NORMAS DE CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS POC 13 - NORMAS DE CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS 13.1 - Aspectos preliminares As demonstrações financeiras consolidadas constituem um complemento e não um substituto das demonstrações financeiras individuais

Leia mais

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa MARIA LÚCIA AMARAL * Introdução 1. Agradeço muito o convite que me foi feito para participar neste colóquio luso-italiano de direito

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 9º; 18º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 9º; 18º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA 9º; 18º. Intermediação - em crédito à habitação; leasing imobiliário; conta empréstimo; crédito automóvel; produtos estruturados; leasing equipamentos e

Leia mais

2- Com o devido respeito, esta é uma falsa questão. Senão vejamos:

2- Com o devido respeito, esta é uma falsa questão. Senão vejamos: Pº CP 3/06 DSJ-CT: Desjudicialização - Processo especial de justificação - Acção declarativa comum para reconhecimento do direito de propriedade - Competência material dos julgados de paz CONSULTA: Parecer

Leia mais

DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872

DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872 DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872 Revista em Março de 2009 Entidades Municipais, Intermunicipais e Metropolitanas ÍNDICE Parágrafos INTRODUÇÃO 1 8 OBJECTIVO 9 FUNÇÕES EQUIVALENTES AO COMPROMISSO DO REVISOR

Leia mais

PARECER N.º 40/CITE/2006

PARECER N.º 40/CITE/2006 PARECER N.º 40/CITE/2006 Assunto: Parecer prévio nos termos do n.º 1 do artigo 51.º do Código do Trabalho e da alínea c) do n.º 1 do artigo 98.º da Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho Processo n.º 44 DG-E/2006

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0347/13 Data do Acordão: 03-07-2013 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: FERNANDA MAÇÃS Descritores: GRADUAÇÃO DE CRÉDITOS Sumário: Nº Convencional: JSTA000P16033 Nº do Documento: SA2201307030347

Leia mais

Fórum Jurídico. Junho 2013 Direito do Trabalho INSTITUTO DO CONHECIMENTO AB. www.abreuadvogados.com 1/5

Fórum Jurídico. Junho 2013 Direito do Trabalho INSTITUTO DO CONHECIMENTO AB. www.abreuadvogados.com 1/5 Junho 2013 Direito do Trabalho A Livraria Almedina e o Instituto do Conhecimento da Abreu Advogados celebraram em 2012 um protocolo de colaboração para as áreas editorial e de formação. Esta cooperação

Leia mais

Assunto: Acção de divisão de coisa comum. Direito de preferência. Comproprietário.

Assunto: Acção de divisão de coisa comum. Direito de preferência. Comproprietário. Processo n.º 14/2012. Recurso jurisdicional em matéria cível. Recorrente: B. Recorrido: A. Assunto: Acção de divisão de coisa comum. Direito de preferência. Comproprietário. Coisa. Venda. Dação em cumprimento.

Leia mais

ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO PORTA DO MAIS CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO, FINS, DURAÇÃO E SEDE

ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO PORTA DO MAIS CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO, FINS, DURAÇÃO E SEDE ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO PORTA DO MAIS CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO, FINS, DURAÇÃO E SEDE Artigo 1º Denominação, sede e duração 1. A Associação Porta do Mais é uma Associação sem fins lucrativos e existe por

Leia mais

SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL PARECER N.º 27/2011. Cartas de Condução. Avaliação Médica. Carreira Especial Médica. Medicina Geral e Familiar

SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL PARECER N.º 27/2011. Cartas de Condução. Avaliação Médica. Carreira Especial Médica. Medicina Geral e Familiar 1 PARECER N.º 27/2011 Referência: SM/53/2011.LS.0808 (CJ) Médico(a): Local de Trabalho: Assunto: Legislação: Cartas de Condução. Avaliação Médica. Carreira Especial Médica. Medicina Geral e Familiar Lei

Leia mais

No âmbito deste procedimento, foram recebidas respostas da Tele2 e da PTC (em anexo ao presente relatório):

No âmbito deste procedimento, foram recebidas respostas da Tele2 e da PTC (em anexo ao presente relatório): http://www.anacom.pt/template31.jsp?categoryid=246205 RELATÓRIO DA AUDIÊNCIA PRÉVIA A QUE FOI SUBMETIDO O PROJECTO DE DECISÃO RELATIVO À RESOLUÇÃO DE UM LITÍGIO ENTRE A TELE2 E A PT COMUNICAÇÕES QUANTO

Leia mais

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 841

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 841 Directriz de Revisão/Auditoria 841 1 Dezembro de 2001 Verificação das Entradas em Espécie para Realização de Capital das Sociedades ÍNDICE Parágrafos INTRODUÇÃO 1-6 OBJECTIVO 7-8 PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO

Leia mais

REGULAMENTO FINANCEIRO DO CDS/PP

REGULAMENTO FINANCEIRO DO CDS/PP DO CDS/PP (APROVADO EM CONSELHO NACIONAL A 24 DE NOVEMBRO DE 2007) Capítulo I Disposições Gerais Artigo 1º (Âmbito de aplicação) 1. O presente Regulamento aplica-se a todos os órgãos nacionais, regionais

Leia mais

PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS E NÃO FINANCEIROS. Nota justificativa

PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS E NÃO FINANCEIROS. Nota justificativa PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS E NÃO FINANCEIROS Nota justificativa A prossecução do interesse público municipal nas áreas da cultura, da acção social, das actividades

Leia mais

PARECER N.º 37/CITE/2007

PARECER N.º 37/CITE/2007 PARECER N.º 37/CITE/2007 Assunto: Parecer prévio nos termos do n.º 1 do artigo 51.º do Código do Trabalho e da alínea b) do n.º 1 do artigo 98.º da Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho Processo n.º 151 DL-C/2007

Leia mais

e) A sustentação das vertentes científica e técnica nas actividades dos seus membros e a promoção do intercâmbio com entidades externas.

e) A sustentação das vertentes científica e técnica nas actividades dos seus membros e a promoção do intercâmbio com entidades externas. ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DISTRIBUIÇÃO E DRENAGEM DE ÁGUAS Capítulo I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Natureza 1. A Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA) é uma associação sem fins

Leia mais

ARBITRAGEM VOLUNTÁRIA

ARBITRAGEM VOLUNTÁRIA (Até às alterações do Decreto Lei n.º 38/2003, de 08 de Março) ARBITRAGEM VOLUNTÁRIA CAPÍTULO I Artigo 1.º Convenção de arbitragem 1 - Desde que por lei especial não esteja submetido exclusivamente a tribunal

Leia mais

Procedimento de Contratação. (artº 5º do CCP Contratação Excluída) Procedimento 5/2013

Procedimento de Contratação. (artº 5º do CCP Contratação Excluída) Procedimento 5/2013 Procedimento de Contratação (artº 5º do CCP Contratação Excluída) Procedimento 5/2013 Aquisição de Serviços de Consultores-formadores de Ligação e Especialistas para a execução do Projecto nº 084749/2012/831

Leia mais

APCMG - Associação Portuguesa de Clínicas Médicas, Clínicas de Medicina Dentária, Médicos, Médicos Dentistas e Gestores de Clínicas NIPC: 508826020

APCMG - Associação Portuguesa de Clínicas Médicas, Clínicas de Medicina Dentária, Médicos, Médicos Dentistas e Gestores de Clínicas NIPC: 508826020 ESTATUTOS Artigo Primeiro (Denominação e sede social) 1 - A associação, sem fins lucrativos, adopta a denominação de APCMG - Associação Portuguesa de Clínicas Médicas, Clínicas de Medicina. 2 - A sociedade

Leia mais

Processo nº 677/2014. Data: 15 de Janeiro de 2015. ASSUNTO: - Marca - Capacidade distintiva SUMÁ RIO:

Processo nº 677/2014. Data: 15 de Janeiro de 2015. ASSUNTO: - Marca - Capacidade distintiva SUMÁ RIO: Processo nº 677/2014 (Autos de Recurso Civil e Laboral) Data: 15 de Janeiro de 2015 ASSUNTO: - Marca - Capacidade distintiva SUMÁ RIO: - A marca é um sinal distintivo de produtos e serviços de uma empresa

Leia mais

PARECER N. 12/PP/2010-P CONCLUSÃO:

PARECER N. 12/PP/2010-P CONCLUSÃO: PARECER N. 12/PP/2010-P CONCLUSÃO: 1. O direito de retenção obedece aos requisitos, positivos e negativos previstos, respectivamente, no art.º 755.º, n.º 1, alínea c) do Código Civil e no art.º 96.º, n.º

Leia mais

(a) O julgador violou o art. 9º CC, na medida em que cingiu a interpretação

(a) O julgador violou o art. 9º CC, na medida em que cingiu a interpretação PN. 939.00 1 ; Ag: TC Porto, 7º j; Ag.e: Condomínio do Edifício Dallas, rep. Andargest, Soc. Gest. Condomínios, Lda 2 ; Ag.o: MP. Em Conferência, no Tribunal da Relação do Porto 1. O Ag.e, em acção que

Leia mais

N/Referência: PROC.: C. Bm. 12/2014 STJ-CC Data de homologação: 15-05-2014. Relatório. Pronúncia

N/Referência: PROC.: C. Bm. 12/2014 STJ-CC Data de homologação: 15-05-2014. Relatório. Pronúncia N.º 26/ CC /2014 N/Referência: PROC.: C. Bm. 12/2014 STJ-CC Data de homologação: 15-05-2014 Consulente: Serviços Jurídicos. Assunto: Palavras-chave: Compra e venda entre cônjuges nulidade. Parâmetros da

Leia mais

Processos apensos T-6/92 e T-52/92. Andreas Hans Reinarz contra Comissão das Comunidades Europeias

Processos apensos T-6/92 e T-52/92. Andreas Hans Reinarz contra Comissão das Comunidades Europeias Processos apensos T-6/92 e T-52/92 Andreas Hans Reinarz contra Comissão das Comunidades Europeias «Funcionários Acto que causa prejuízo Reembolso das despesas com auxiliares médicos e enfermagem Redução

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 9º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 9º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA 9º. Enquadramento - Concessão do Direito de Construção, Gestão e Exploração Comercial, em Regime de Serviço Público, da Plataforma Logística. Processo:

Leia mais

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO Recentemente foi publicado o Decreto-Lei n.º 220/2006 de 3 de Novembro, o qual alterou o quadro legal de reparação da eventualidade do desemprego dos trabalhadores por conta de outrem.

Leia mais

Colóquio anual sobre Direito do Trabalho Outubro/2009 Despedimento para a Reestruturação (da empresa) Intervenção em mesa redonda

Colóquio anual sobre Direito do Trabalho Outubro/2009 Despedimento para a Reestruturação (da empresa) Intervenção em mesa redonda Colóquio anual sobre Direito do Trabalho Outubro/2009 Despedimento para a Reestruturação (da empresa) Intervenção em mesa redonda Quero começar por agradecer ao Supremo Tribunal de Justiça, por intermédio

Leia mais

Regulamento do Fundo de Responsabilidade Social do Hospital Vila Franca de Xira

Regulamento do Fundo de Responsabilidade Social do Hospital Vila Franca de Xira Regulamento do Fundo de Responsabilidade Social do Hospital Vila Franca de Xira 1 de 9 Regulamento do Fundo de Responsabilidade Social do Hospital Vila Franca de Xira PREÂMBULO O Hospital Vila Franca de

Leia mais

Avisos do Banco de Portugal. Aviso nº 2/2007

Avisos do Banco de Portugal. Aviso nº 2/2007 Avisos do Banco de Portugal Aviso nº 2/2007 O Aviso do Banco de Portugal nº 11/2005, de 13 de Julho, procedeu à alteração e sistematização dos requisitos necessários à abertura de contas de depósito bancário,

Leia mais

Organização e Gestão de Cooperativas ESAPL / IPVC

Organização e Gestão de Cooperativas ESAPL / IPVC Organização e Gestão de Cooperativas ESAPL / IPVC O Código Cooperativo Lei n.º 51/96 de 7 de Setembro Algumas notas sobre o Capítulo I Disposições Gerais Artigo 2º Noção 1. As cooperativas são pessoas

Leia mais

ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS

ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS Mantido pelo acórdão nº 34/10, de 17/12/10, proferido no recurso nº 14/10 Não transitado em julgado ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS Processo nº 187/2010 I OS FACTOS 1. O Município de Gondomar remeteu,

Leia mais

ASSUNTO - Ocupação do terreno - Usucapião do terreno sem titularidade registada

ASSUNTO - Ocupação do terreno - Usucapião do terreno sem titularidade registada Processo nº 740/2010 (Autos de Recurso Contencioso) Data: 17 de Novembro de 2011 ASSUNTO - Ocupação do terreno - Usucapião do terreno sem titularidade registada SUMÁ RIO - Quer no âmbito do Diploma Legislativo

Leia mais

LIVRO VERDE SOBRE UMA MAIOR EFICÁCIA DAS DECISÕES JUDICIAIS NA UNIÃO EUROPEIA: PENHORA DE CONTAS BANCÁRIAS

LIVRO VERDE SOBRE UMA MAIOR EFICÁCIA DAS DECISÕES JUDICIAIS NA UNIÃO EUROPEIA: PENHORA DE CONTAS BANCÁRIAS LIVRO VERDE SOBRE UMA MAIOR EFICÁCIA DAS DECISÕES JUDICIAIS NA UNIÃO EUROPEIA: PENHORA DE CONTAS BANCÁRIAS PARECER SOLICITADO PELO CESE CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL EUROPEU CONTRIBUTO DA CTP CONFEDERAÇÃO

Leia mais

C N INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 2. Assunto: RESERVA FISCAL PARA INVESTIMENTO Cumprimento das obrigações contabilísticas I. QUESTÃO

C N INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 2. Assunto: RESERVA FISCAL PARA INVESTIMENTO Cumprimento das obrigações contabilísticas I. QUESTÃO C N C C o m i s s ã o d e N o r m a l i z a ç ã o C o n t a b i l í s t i c a INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 2 Assunto: RESERVA FISCAL PARA INVESTIMENTO Cumprimento das obrigações contabilísticas I. QUESTÃO

Leia mais

PARECER N.º 40/CITE/2012

PARECER N.º 40/CITE/2012 PARECER N.º 40/CITE/2012 Assunto: Parecer prévio ao despedimento de trabalhadora puérpera, por extinção do posto de trabalho, nos termos do n.º 1 e da alínea c) do n.º 3 do artigo 63.º do Código do Trabalho,

Leia mais

Porto de Leixões. Capítulo I. Princípios Gerais. Artigo 1.º. (Funções do Provedor)

Porto de Leixões. Capítulo I. Princípios Gerais. Artigo 1.º. (Funções do Provedor) Estatuto do Provedor do Cliente do Transporte Marítimo do Porto de Leixões Capítulo I Princípios Gerais Artigo 1.º (Funções do Provedor) 1. O Provedor do Porto de Leixões, adiante designado como Provedor,

Leia mais

REGIMENTO DO CONSELHO DO INSTITUTO

REGIMENTO DO CONSELHO DO INSTITUTO Instituto de Ciências Sociais REGIMENTO DO CONSELHO DO INSTITUTO O Conselho do Instituto, em reunião de 21 de Julho de 2010 deliberou aprovar o presente regulamento de funcionamento. Capítulo I (Natureza

Leia mais

ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DA ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL (ALUMNI- ESHTE)

ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DA ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL (ALUMNI- ESHTE) ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DA ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL (ALUMNI- ESHTE) CAPÍTULO I Da denominação, sede e âmbito de actividade Artigo 1.º Designação 1. É constituída,

Leia mais

ESCOLA DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DO MINIJO CURSO DE DIREITO CADEIRA OPCIONAL RECURSOS E PROCESSOS ESPECIAIS ANO LECTIVO 2005-2006 5º ANO 2º SEMESTRE

ESCOLA DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DO MINIJO CURSO DE DIREITO CADEIRA OPCIONAL RECURSOS E PROCESSOS ESPECIAIS ANO LECTIVO 2005-2006 5º ANO 2º SEMESTRE ESCOLA DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DO MINIJO CURSO DE DIREITO CADEIRA OPCIONAL RECURSOS E PROCESSOS ESPECIAIS ANO LECTIVO 2005-2006 5º ANO 2º SEMESTRE 6 de Junho de 2006 Nome: N.º Leia atentamente as questões

Leia mais

P.º 110.SJC.GCS/2010

P.º 110.SJC.GCS/2010 PARECER: DESPACHO: P.º 110.SJC.GCS/2010 ASSUNTO: Disposição transitória do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 20/2008, de 31 de Janeiro. 1. O Senhor Chefe do Gabinete de Sua Excelência, o Secretário de Estado

Leia mais

Regulamento n.º 1 /2007 BANCO DE CABO VERDE. Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários. Auditores dos Organismos de Investimento Colectivo

Regulamento n.º 1 /2007 BANCO DE CABO VERDE. Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários. Auditores dos Organismos de Investimento Colectivo Regulamento n.º 1 /2007 BANCO DE CABO VERDE Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários Auditores dos Organismos de Investimento Colectivo Com a criação dos Organismos de Investimento Colectivo (OIC),

Leia mais

RELATÓRIO. O presente RELATÓRIO é elaborado nos termos do disposto no artigo 155º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas CIRE.

RELATÓRIO. O presente RELATÓRIO é elaborado nos termos do disposto no artigo 155º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas CIRE. Procº de insolvência n.º 560/13.6 TBVNG 4º Juízo Cível Insolvente: ELIANE MARGARETE MOREIRA DA ROCHA Tribunal Judicial de Vila Nova de Gaia RELATÓRIO O presente RELATÓRIO é elaborado nos termos do disposto

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo. Acordam na Secção do Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo. Acordam na Secção do Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Processo: 0252/14 Data do Acordão: 23-04-2014 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: PEDRO DELGADO Descritores: Sumário: GRADUAÇÃO DE CRÉDITOS IRS HIPOTECA

Leia mais

Tribunal de Contas. ACÓRDÃO N.º 2/2003 1.ª S/PL de 28 de Janeiro de 2003. R.O. n.º 20/02 Processo n.º 1779/2002 SUMÁRIO:

Tribunal de Contas. ACÓRDÃO N.º 2/2003 1.ª S/PL de 28 de Janeiro de 2003. R.O. n.º 20/02 Processo n.º 1779/2002 SUMÁRIO: ACÓRDÃO N.º 2/2003 1.ª S/PL de 28 de Janeiro de 2003 R.O. n.º 20/02 Processo n.º 1779/2002 CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO / ENCARGO FINANCEIRO / ENDIVIDAMENTO MUNICIPAL / DÉFICE PÚBLICO / MUNICÍPIO /

Leia mais

Regulamento de Associados/as. Art. 1º. (Admissão e Recusa de Associados)

Regulamento de Associados/as. Art. 1º. (Admissão e Recusa de Associados) Regulamento de Associados/as Art. 1º (Admissão e Recusa de Associados) 1 Sobre proposta de um associado, qualquer pessoa pode solicitar à Direção a sua admissão como associado da Associação Fermentelense

Leia mais

Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, 1169-060 Lisboa Tel.: 218823550 Fax: 218862403 odc@cg.oa.pt www.oa.pt/odc

Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, 1169-060 Lisboa Tel.: 218823550 Fax: 218862403 odc@cg.oa.pt www.oa.pt/odc Ficha Informativa 3 Março 2015 Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, 1169-060 Lisboa Tel.: 218823550 Fax: 218862403 odc@cg.oa.pt www.oa.pt/odc SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS Quais são os serviços

Leia mais

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil Interpretação do art. 966 do novo Código Civil A TEORIA DA EMPRESA NO NOVO CÓDIGO CIVIL E A INTERPRETAÇÃO DO ART. 966: OS GRANDES ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA DEVERÃO TER REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL? Bruno

Leia mais

ESTATUTO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS CAPÍTULO X. Benefícios fiscais relativos ao mecenato. Artigo 61.º. Noção de donativo. Artigo 62.º

ESTATUTO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS CAPÍTULO X. Benefícios fiscais relativos ao mecenato. Artigo 61.º. Noção de donativo. Artigo 62.º ESTATUTO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS CAPÍTULO X Benefícios fiscais relativos ao mecenato Artigo 61.º Noção de donativo Para efeitos fiscais, os donativos constituem entregas em dinheiro ou em espécie, concedidos,

Leia mais

Regimento do Conselho Municipal de Educação

Regimento do Conselho Municipal de Educação Considerando que: 1- No Município do Seixal, a construção de um futuro melhor para os cidadãos tem passado pela promoção de um ensino público de qualidade, através da assunção de um importante conjunto

Leia mais

L 343/10 Jornal Oficial da União Europeia 29.12.2010

L 343/10 Jornal Oficial da União Europeia 29.12.2010 L 343/10 Jornal Oficial da União Europeia 29.12.2010 REGULAMENTO (UE) N. o 1259/2010 DO CONSELHO de 20 de Dezembro de 2010 que cria uma cooperação reforçada no domínio da lei aplicável em matéria de divórcio

Leia mais

- REGIMENTO - CAPITULO I (Disposições gerais) Artigo 1.º (Normas reguladoras)

- REGIMENTO - CAPITULO I (Disposições gerais) Artigo 1.º (Normas reguladoras) - REGIMENTO - Considerando que, a Lei 159/99, de 14 de Setembro estabelece no seu artigo 19.º, n.º 2, alínea b), a competência dos órgãos municipais para criar os conselhos locais de educação; Considerando

Leia mais

Contrato de Sociedade COMPTA EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DE INFORMÁTICA, SA. Aprovado pela Assembleia Geral de 23 de Agosto de 2004

Contrato de Sociedade COMPTA EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DE INFORMÁTICA, SA. Aprovado pela Assembleia Geral de 23 de Agosto de 2004 Contrato de Sociedade da COMPTA EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DE INFORMÁTICA, SA Aprovado pela Assembleia Geral de 23 de Agosto de 2004 Capítulo I Denominação, Sede, Duração e Objecto Artigo 1º A sociedade adopta

Leia mais

P.º R.P. 161/2006 DSJ-CT-

P.º R.P. 161/2006 DSJ-CT- P.º R.P. 161/2006 DSJ-CT- Compatibilização do regime legalmente previsto (D. L. n.º 68/04, de 25/03) que exige a certificação pelo notário na celebração de qualquer escritura pública que envolva a aquisição

Leia mais

CAPÍTULO I DENOMINAÇÃO, SEDE E FINS ARTIGO 1º

CAPÍTULO I DENOMINAÇÃO, SEDE E FINS ARTIGO 1º ESTATUTOS CAPÍTULO I DENOMINAÇÃO, SEDE E FINS ARTIGO 1º (Denominação, constituição e duração) É constituída e reger-se-á pelos presentes Estatutos e pela Lei aplicável, uma Associação de âmbito nacional,

Leia mais

Nós Servimos ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE INTER-LIONS. Distrito Múltiplo 115 de Lions Clubes ESTATUTOS

Nós Servimos ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE INTER-LIONS. Distrito Múltiplo 115 de Lions Clubes ESTATUTOS Nós Servimos ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE INTER-LIONS Distrito Múltiplo 115 de Lions Clubes ESTATUTOS Associação de Solidariedade Inter - Lions ESTATUTOS Capítulo I Disposições Gerais Artigo 1.º Denominação,

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO I. DENOMINAÇÃO / SEDE

REGULAMENTO INTERNO I. DENOMINAÇÃO / SEDE I. DENOMINAÇÃO / SEDE Art.º 1.º A Instinto, Associação Protetora de Animais da Covilhã, é uma associação sem fins lucrativos, que se rege pelos Estatutos, pelo presente Regulamento Interno e demais disposições

Leia mais

PARECER N.º 1/CITE/2003

PARECER N.º 1/CITE/2003 PARECER N.º 1/CITE/2003 Assunto: Direito ao gozo da licença por maternidade, no caso de nascimento de nado-morto e morte de nado-vivo Processo n.º 56/2002 I - OBJECTO 1.1. Em 22 de Novembro de 2002, a

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório:

DELIBERAÇÃO. Relatório: P.º n.º R. P. 234/2007DSJ-CT:Contrato de arrendamento comercial incidente sobre parte de prédio urbano, com duração superior a seis anos - Sua registabilidade. DELIBERAÇÃO Relatório: 1 Em 28 de Setembro

Leia mais

PARECER N.º 175/CITE/2009

PARECER N.º 175/CITE/2009 PARECER N.º 175/CITE/2009 Assunto: Parecer prévio nos termos do n.º 1 e da alínea b) do n.º 3 do artigo 63.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro Despedimento colectivo

Leia mais

Proc. nº 101/96 Jurisdição voluntária Alimentos Alteração. Acordam, em conferência, na Secção Cível do Tribunal Supremo:

Proc. nº 101/96 Jurisdição voluntária Alimentos Alteração. Acordam, em conferência, na Secção Cível do Tribunal Supremo: Proc. nº 101/96 Jurisdição voluntária Alimentos Alteração Sumário: I. A jurisdição de menores reveste as características de jurisdição voluntária, na qual o tribunal não se acha circunscrito à prova apresentada

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 1º, 2º, 3º e 4º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 1º, 2º, 3º e 4º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA 1º, 2º, 3º e 4º Mercado interno do gás e da electricidade Contratos de concessão Taxa de ocupação de solos. Processo: nº 2258, despacho do SDG dos Impostos,

Leia mais

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia, nomeadamente o terceiro parágrafo do artigo 159º,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia, nomeadamente o terceiro parágrafo do artigo 159º, REGULAMENTO (CE) Nº 1082/2006 DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 5 de Julho de 2006 relativo aos agrupamentos europeus de cooperação territorial (AECT) O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Leia mais

DIRETIVA n.º 3/2014. Novo Regime Jurídico do Processo de Inventário. A intervenção do Ministério Público

DIRETIVA n.º 3/2014. Novo Regime Jurídico do Processo de Inventário. A intervenção do Ministério Público DIRETIVA n.º 3/2014 Novo Regime Jurídico do Processo de Inventário. A intervenção do Ministério Público A entrada em vigor do Regime Jurídico do Processo de Inventário, aprovado pela Lei n.º 23/2013, de

Leia mais

Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de São Pedro do Sul ESTATUTOS

Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de São Pedro do Sul ESTATUTOS Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de São Pedro do Sul ESTATUTOS Os presentes Estatutos da APAESUL - Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas de São Pedro do Sul,

Leia mais

Comunicação de Instalação, Modificação ou Encerramento de Estabelecimento (Declaração Prévia) Qualidade do Requerente

Comunicação de Instalação, Modificação ou Encerramento de Estabelecimento (Declaração Prévia) Qualidade do Requerente Ex.mo(a) Senhor(a) Presidente da Câmara Municipal de Odivelas (A preencher pelos serviços) Processo n.º / / Comunicação de Instalação, Modificação ou Encerramento de Estabelecimento (Declaração Prévia)

Leia mais

ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE BOVINOS DE RAÇA BARROSÃ ESTATUTOS

ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE BOVINOS DE RAÇA BARROSÃ ESTATUTOS ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE BOVINOS DE RAÇA BARROSÃ ESTATUTOS 2011 AMIBA ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE BOVINOS DA RAÇA BARROSÃ CAPÍTULO PRIMEIRO DESIGNAÇÃO, SEDE E AFINS Artigo primeiro: É constituída, por

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA Artigo: 18º

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA Artigo: 18º Diploma: CIVA Artigo: 18º Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Isenções Coop. de Serviços - Impossibilidade de aplicação da al. 21) do art. 9º Processo: nº 4185, por despacho de.., do SDG do IVA, por delegação do

Leia mais

PROGRAMA DE INTRODUÇÃO AO DIREITO

PROGRAMA DE INTRODUÇÃO AO DIREITO PROGRAMA DE INTRODUÇÃO AO DIREITO 12ª Classe 2º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO Área de Ciências Económico-Jurídicas Ficha Técnica TÍTULO: Programa de Introdução ao Direito - 12ª Classe EDITORA: INIDE IMPRESSÃO:

Leia mais

Orientações sobre o tratamento de dados dos documentos de identificação dos titulares de cartão de pagamento por parte das firmas comerciais

Orientações sobre o tratamento de dados dos documentos de identificação dos titulares de cartão de pagamento por parte das firmas comerciais Orientações sobre o tratamento de dados dos documentos de identificação dos titulares de cartão de pagamento por parte das firmas comerciais Muitas firmas comerciais de Macau solicitam o fornecimento de

Leia mais

Julho 2009 IRECTIVA 2008/48/CE? QUEM GANHA COM A TRANSPOSIÇÃO DA DIRECTIVA

Julho 2009 IRECTIVA 2008/48/CE? QUEM GANHA COM A TRANSPOSIÇÃO DA DIRECTIVA Julho 2009 A LOCAÇÃO FINANCEIRA E O NOVO REGIME DOS CONTRATOS DE CRÉDITO A CONSUMIDORES: QUEM GANHA COM A TRANSPOSIÇÃO DA DIRECTIVA IRECTIVA 2008/48/CE? Para impressionar um potencial cliente numa reunião

Leia mais

REAL PPR Condições Gerais

REAL PPR Condições Gerais Entre a, adiante designada por Segurador, e o Tomador do Seguro identificado nas Condições Particulares, estabelece-se o presente contrato de seguro que se regula pelas Condições Particulares e desta apólice,

Leia mais

MANUAL DE CORPORATE GOVERNANCE Conselho Fiscal. Pág. 1. OBJECTIVO DO DOCUMENTO 2 2. COMPOSIÇÃO 2 3. COMPETÊNCIAS 3 4. DEVERES 4 5.

MANUAL DE CORPORATE GOVERNANCE Conselho Fiscal. Pág. 1. OBJECTIVO DO DOCUMENTO 2 2. COMPOSIÇÃO 2 3. COMPETÊNCIAS 3 4. DEVERES 4 5. ÍNDICE Pág. 1. OBJECTIVO DO DOCUMENTO 2 2. COMPOSIÇÃO 2 3. COMPETÊNCIAS 3 4. DEVERES 4 5. PODERES 4 6. FUNCIONAMENTO 5 7. REMUNERAÇÃO 5 8. ALTERAÇÕES AO PRESENTE MANUAL 6 SAG GEST SOLUÇÕES AUTOMÓVEL GLOBAIS,

Leia mais

COMPETÊNCIAS E FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS

COMPETÊNCIAS E FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS Validade Válido JURISTA MARTA ALMEIDA TEIXEIRA ASSUNTO COMPETÊNCIAS E FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS QUESTÃO A autarquia pretende que a CCDR LVT se pronuncie relativamente à possibilidade de existência

Leia mais

Tribunal de Contas. ACÓRDÃO N.º 01/2008-08.Jan.2008-1ªS/SS. (Processo n.º 1392/2007) SUMÁRIO:

Tribunal de Contas. ACÓRDÃO N.º 01/2008-08.Jan.2008-1ªS/SS. (Processo n.º 1392/2007) SUMÁRIO: ACÓRDÃO N.º 01/2008-08.Jan.2008-1ªS/SS (Processo n.º 1392/2007) SUMÁRIO: 1. A contracção de um empréstimo com a finalidade de consolidar dívida de curto prazo, viola o disposto no art.º 38, n.º 12 da Lei

Leia mais

REGULAMENTO DE SÓCIOS (Artigo 4º dos Estatutos) ADMISSÃO DE SÓCIO EFECTIVO

REGULAMENTO DE SÓCIOS (Artigo 4º dos Estatutos) ADMISSÃO DE SÓCIO EFECTIVO REGULAMENTO DE SÓCIOS (Artigo 4º dos Estatutos) ADMISSÃO DE SÓCIO EFECTIVO Artigo 1º (Disposições estatutárias) 1. Poderão filiar-se na Associação como sócios efectivos quaisquer empresas, singulares ou

Leia mais

Ministério da Administração do Território

Ministério da Administração do Território Ministério da Administração do Território A Lei da Observação Eleitoral LEI N.º 4/05 De 4 de Julho Convindo regular a observação eleitoral quer por nacionais quer por estrangeiros; Nestes termos, ao abrigo

Leia mais

Acórdão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Rugby

Acórdão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Rugby Acórdão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Rugby Processo CJ n.º: 38/2015 Jogo: Recorrente Relator: GD Direito / CDUL (Campeonato da Divisão de Honra) Lino António Salema Noronha Tudela

Leia mais

AUDIÇÃO NA COMISSÃO PARLAMENTAR DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E PODER LOCAL. Projeto de Lei Nº 368/XII

AUDIÇÃO NA COMISSÃO PARLAMENTAR DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E PODER LOCAL. Projeto de Lei Nº 368/XII AUDIÇÃO NA COMISSÃO PARLAMENTAR DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E PODER LOCAL Projeto de Lei Nº 368/XII Protecção dos direitos individuais e comuns à água O projecto de Lei para Protecção dos direitos

Leia mais

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISCIPLINA: ESTRUTURA E ANÁLISE DE CUSTO CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO

Leia mais

Programa de Formação para Profissionais

Programa de Formação para Profissionais Programa de Formação para Profissionais 1 O ACESSO À INFORMAÇÃO DE SAÚDE DIREITOS, PROCEDIMENTOS E GARANTIAS Sérgio Pratas smpratas@gmail.com Maio e Junho 2015 2 Programa: 1. O acesso à informação de saúde

Leia mais

JUNTA DE FREGUESIA DE ALMADA

JUNTA DE FREGUESIA DE ALMADA JUNTA DE FREGUESIA DE ALMADA REGULAMENTO PARA A CONCESSÃO DE APOIOS A ENTIDADES E ORGANISMOS QUE PROSSIGAM NA FREGUESIA FINS DE INTERESSE PÚBLICO 1 - Nota Justificativa A prossecução do interesse público

Leia mais

REGULAMENTO DA FEIRA DE ANTIGUIDADES E VELHARIAS DO MUNICÍPIO DE SETÚBAL

REGULAMENTO DA FEIRA DE ANTIGUIDADES E VELHARIAS DO MUNICÍPIO DE SETÚBAL REGULAMENTO DA FEIRA DE ANTIGUIDADES E VELHARIAS DO MUNICÍPIO DE SETÚBAL 1 Índice PREÂMBULO... 4 CAPÍTULO I... 5 DISPOSIÇÕES GERAIS... 5 Artigo 1.º... 5 (Âmbito)... 5 Artigo 2.º... 5 (Objectivo)... 5 Artigo

Leia mais

As E.P.E. S do Sector da Saúde:

As E.P.E. S do Sector da Saúde: As E.P.E. S do Sector da Saúde: A) O que são. B) A função que desempenham. C) O Sector Público de que não fazem parte. D) Onde estão integradas. E) Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas. F) Síntese.

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: nº 8 e / ou nº 19 do artº 9º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: nº 8 e / ou nº 19 do artº 9º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA nº 8 e / ou nº 19 do artº 9º Associação desportiva - Pessoa coletiva de utilidade publica - Organismo sem finalidade lucrativa Processo: nº 2981, despacho

Leia mais

Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente. Regulamento

Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente. Regulamento Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente Regulamento Artigo 1.º Objecto O presente regulamento define o processo de avaliação do desempenho do pessoal docente a

Leia mais

Recomendação n.º 8 /B/2004 [art.º 20.º, n.º 1, alínea b), da Lei n.º 9/91, de 9 de Abril]

Recomendação n.º 8 /B/2004 [art.º 20.º, n.º 1, alínea b), da Lei n.º 9/91, de 9 de Abril] Número: 8/B/2004 Data: 17-06-2004 Entidade visada: Ministra da Justiça Assunto: Código das Custas Judiciais Prazo de validade dos cheques. Decreto n.º 12 487, de 14 de Outubro de 1926 Prazo de reclamação

Leia mais

ESTATUTOS CAPITULO I. Disposições Gerais. Artigo 1º

ESTATUTOS CAPITULO I. Disposições Gerais. Artigo 1º ESTATUTOS CAPITULO I Disposições Gerais Artigo 1º 1 É constituída a partir desta data e por tempo indeterminado uma associação de solidariedade social que adopta a denominação Associação de Idosos de Santa

Leia mais

Regulamento para a Concessão de Subsídios a Entidades e Organismos que Prossigam Fins de Interesse Público da Freguesia de Areeiro CAPÍTULO I

Regulamento para a Concessão de Subsídios a Entidades e Organismos que Prossigam Fins de Interesse Público da Freguesia de Areeiro CAPÍTULO I Regulamento para a Concessão de Subsídios a Entidades e Organismos que Prossigam Fins de Interesse Público da Freguesia de Areeiro CAPÍTULO I Disposições Gerais Artigo 1º Objecto O presente regulamento

Leia mais