Cenários de um novo mercado

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Cenários de um novo mercado"

Transcrição

1 SUPLEMENTO ESPECIAL SEGUNDA-FEIRA, 9 DE JUNHO DE 2008 D1 ROGÉRIO MONTENEGRO/GAZETA MERCANTIL RETOMADA Total de empresas registradas na Bovespa * Fonte: Bolsa de Valores de São Paulo * Até maio Cenários de um novo mercado Com a conquista do grau de investimento, o Brasil atrairá novos investidores e os profissionais de RI ganham relevância como interlocutores entre as empresas e o mercado NELSON ROCCO A estabilidade econômica e a conquista do grau de investimento pelo Brasil têm estimulado o apetite dos investidores no mercado acionário. Prova disto é que em maio o volume médio negociado no pregão paulista esteve na casa dos R$ 7 bilhões. A capitalização das companhias com ações em bolsa acompanhou a evolução do mercado. Levando-se em conta as 398 empresas com negócios em maio, o valor chegou a US$ 1,58 trilhão. Esse desempenho do mercado acionário reflete a importância dos profissionais de Relações com Investidores (RI). Hoje, o mercado brasileiro de capitais é outro em comparação com onze anos atrás, exatamente o período de existência do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri), fundado em junho de A instituição reúne profissionais que, no dia-a-dia, traduzem os números das companhias abertas para os acionistas, tiram dúvidas e explicam o que acontece com as ações e os balanços das empresas. Com uma volta no tempo, pode-se constatar que nesses dez anos o total de companhias abertas negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo revelou uma nova tendência. Em 1998, eram 559 companhias. E as notícias eram apenas de fechamento de capital. Muitas empresas, compradas por multinacionais, preferiam pedir recursos às matrizes a buscá-los no mercado acionário. Esse movimento se intensificou até que o espaço do pregão ficou amplo demais para as 381 empresas existentes em O próprio mercado, no entanto, mudou de tônica. Novas empresas começaram a enxergar na Bovespa uma alternativa de capital para bancar seus investimentos. Os IPOs (ofertas públicas iniciais, na sigla em inglês) tomaram conta do noticiário. No ano passado, 64 empresas abriram capital, com uma capitalização de R$ 55,6 bilhões. Alguns críticos disseram que os empresários e os bancos de investimento estavam exagerando, levando ao mercado algumas empresas que ainda não estavam preparadas. Se os críticos estavam certos, só o tempo dirá. Neste ano, o movimento já está mais contido. Muito foi feito pelos agentes do mercado nesse período para seu amadurecimento. A Bovespa pode ser responsabilizada ao menos por dois fatores. A campanha de popularização do mercado de ações é uma delas, com visitas a empresas e pontos turísticos. A ação trouxe uma gama de investidores pessoa física para o pregão que, aliás, não é mais realizado viva-voz, mas apenas eletronicamente. A outra atitude foi a criação do Novo Mercado e os níveis diferenciados de negociação 1 e 2, no final de O segmento de listagem chamado Novo Mercado introduziu no pregão uma série de regras mais rígidas de governança corporativa, como ter o capital dividido apenas em ações ordinárias aquelas que dão direito de voto nas assembléias, tag along de 100% aos minoritários em caso de venda de controle da empresa e a exigência de contratação de conselheiros independentes, entre outros itens. O mais importante: aderir a essas regras não é obrigatório, cada empresa decide se vai ou não ao Novo Mercado. Esse novo ambiente foi fundamental para a atração de capital estrangeiro. No ano de sua criação, o Novo Mercado ajudou a Bovespa a atrair R$ 815 milhões em dinheiro de fora. Em abril passado esse saldo foi positivo em R$ 6 bilhões. Novo País O Brasil também mudou em dez anos. Conseguiu debelar a inflação, tem se mostrado um destino confiável para os investidores estrangeiros, mantido superávit fiscal sob controle e passou a ser exportador líquido de capital neste ano, deixando muito distante os tempos da dívida externa inadministrável e o calote nos credores externos. Com esse novo perfil, o País conquistou a confiança das agências de classificação de risco. No dia 30 de abril, a Standard & Poor s concedeu o grau de investimento aos títulos de dívida emitidos pelo Brasil no exterior. Menos de um mês depois foi a vez da Fitch Ratings conceder a nota BBB- aos papéis do Brasil. Com dois selos de garantia, o País deve se tornar um novo destino para os recursos externos, principalmente de fundos de pensão e de investimentos, que antes o olhavam com desconfiança. Na bolsa, o reflexo do novo status brasileiro foi imediato. O Ibovespa, índice que mede a variação dos preços das ações mais negociadas, bateu o recorde de 73,5 mil pontos em 20 de maio. Apenas como referência, há dez anos, o índice estava em 6,7 mil pontos. Ou seja, evoluiu mais de dez vezes no período.

2 D2 Segunda-feira, 9 de junho de 2008 GAZETA MERCANTIL Evento destaca a importância dos profissionais VENCEDORES As melhores práticas e estratégias Vale recebe sete prêmios na edição 2008 do IR Magazine Brazil Awards FOTOS ROMUALDO RIBEIRO/GAZETA MERCANTIL REDAÇÃO Para reconhecer a importância da atividade exercida pelos profissionais de relações com o mercado a IR Magazine Brazil Awards realizou no dia 2 de junho o evento de premiação da edição 2008 do prêmio IR Magazine Brazil Awards que mostrou as melhores práticas de relações com investidores e de comunicação com os acionistas. Este ano o destaque ficou com a Companhia Vale do Rio Doce, que sete prêmios. A atividade de Relações com Investidores no Brasil vem ano a ano ganhando relevância por sua missão de ser a voz das empresas para os acionista e o mercado. Borges Pacheco - Odontoprev Roberto Castelo Branco - Vale do Rio Doce Daniela Tinoco - Login Helmut Bossert - Natura Edina Biava, Marco França e Leopoldo Saboya - Perdigão Janaina São Felicio - Vivo Rosangela Sutil de Oliveira - GVT Tarcisio Beuren - Gerdau

3 GAZETA MERCANTIL Segunda-feira, 9 de junho de 2008 D3 Uma das dificuldades dos profissionais de RI é a comunicação C O N TA B I L I D A D E Conversão à lei fortalece profissionais Novos papéis foram dados aos RIs com , cujo conteúdo aproxima País do IFRS LUCIANO FELTRIN Os departamentos de Relações com Investidores (RI) das principais empresas brasileiras ganharam novos desafios a partir deste ano. O maior deles está ligado ao processo de convergência contábil a que as companhias estão sendo submetidas desde a aprovação, no fim do ano passado, da Lei , cujo conteúdo deverá aproximar as normas praticadas no País àquelas aceitas nas principais praças acionárias mundiais:o IFRS (International Financial Reporting Standards). Uma das maiores dificuldades dos profissionais de RI ao longo da adaptação será comunicar-se adequadamente com analistas, investidores e imprensa. Somente assim os efeitos causados pelas alterações poderão ser mensurados e a cobertura das ações no mercado ser a mais próxima possível da realidade das companhias. Empresas de setores que fizeram diversos IPOs (ofertas públicas iniciais de ações, na sigla em inglês) nos últimos anos estão atentas a essa oportunidade. E querem destacar-se com a adoção da nova métrica. É o caso da consultoria de imóveis Lopes, que quer aproveitar a adoção do IFRS para mostrar suas diferenças em relação à concorrência. A convergência contábil fez com que os RIs ganhassem uma responsabilidade adicional. Desde quando foi decidido que as empresas brasileiras teriam de adequar-se reforçamos o comprometimento de comunicação com investidores e mercado. É um processo de alinhamento assumido pela alta administração e será muito útil para mostrar nossas estratégias para os interessados pela empresa. A grande vantagem que o IFRS agrega às empresas é a possibilidade de comparação de balanços, diz o coordenador da área de RI da Lopes, Diego Barreto. De acordo com o executivo, a companhia está na 1ª fase da conversão contábil. Dela devem constar uma avaliação sobre os principais impactos no balanço. As próximas etapas envolverão alterações em sistemas de tecnologia da informação e capacitação de pessoal. A Lopes decidiu que, ao avançar em cada um desses passos, comunicará imediatamente ao mercado, exemplifica. Diferenças Companhias que têm pouca ou nenhuma concorrência em seu segmento de atuação dentro da Bovespa também vêem no IFRS um bom instrumento de governança corporativa. Trata-se de uma linguagem contábil universal e que nos será de grande utilidade, principalmente quando outras empresas do setor passarem a negociar ações na bolsa, projeta Claudio Ely, diretor-executivo e de relações com investidores da Drogasil, 2ª maior rede de drogarias de São Paulo e 4ª do País, com mais de 240 lojas. Estamos naquele que é considerado o 2º passo do processo de convergência, que é aquele que envolve a capacitação de nosso pessoal e de sistemas de TI (Tecnologia da Informação) da empresa, relata. A rede de farmácias, cujo ingresso no Novo Mercado da bolsa ocorreu em julho de 2007, não prevê alterações relevantes em seus balanços durante o processo de convergência. Percebemos que, quanto mais longo o prazo das operações financeiras nas contas, maiores podem ser os impactos. Como nossa atividade envolve geração de fluxo de caixa de curto prazo, não devemos sofrer com isso, afirma Ely. As grandes empresas de auditoria e contabilidade com atuação no País têm procurado aproveitar experiências de implemantação do IFRS ao redor do globo para evitar os erros já cometidos. Em especial na comunicação. A adaptação traz como imperativo a transferência de conhecimento. É um exercício contínuo que tem de ocorrer ao longo do processo da coleta das informações contábeis que serão alteradas, explica o sócio da PriceWaterhouseCoopers de Londres, Alex Finn. Na avaliação do executivo, a comunicação inadequada causou a queda de até 25% no valor das ações de algumas empresas eu ropéias. Houve um ou dois exemplos catastróficos, quando a má qualidade das informações fornacidas não deu boas condições de análise ao mercado, diz Finn. O especialista, que está envolvido no processo de introdução do IFRS no Canadá, cita aquele que considera ser o erro mais comum cometido naquele país durante a adequação contábil. Muitas empresas européias acreditaram que, em meio período, os funcionários de contabilidade dariam conta da tarefa, lembra. A comunicação eficaz dependerá de uma visão estratégica do RI. A opinião é da presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), Maria Helena Santana. As principais decisões do núcleo administrativo das companhias têm de ser compartilhadas com os profissionais de RI, afirma. ROMUALDO RIBEIRO/GAZETA MERCANTIL Diego Barreto, coordenador de relações com investidores da Lopes: alinhamento é essencial A adaptação nos bancos Os bancos com atuação no mercado brasileiro começaram a preparar-se antes para o IFRS. Afinal, um comunicado emitido em 2006 pelo (BC) Banco Central já previa a necessidade de conversão. As normas de Basiléia 2, que referem-se a riscos operacionais das instituições financeiras, já citavam a qualidade das elaborações financeiras como algo extremamente importante, afirma o chefe do departamento de normas do sistema financeiro do BC, Amaro Luiz Gomes. O IAS 39 (capítulo do IFRS que trata da mensuração e reconhecimento de instrumentos financeiros), é o normativo que terá os maiores impactos para o setor, embora muitos bancos do País já adotem várias de suas diretrizes, afirma. A necessidade de adequação iniciada pelo BC foi reforçada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) no caso de bancos cujas ações são listadas na Bovespa. Somente durante o ano passado, 10 bancos de médio e pequeno portes fizeram IPO. O último deles foi o Panamericano, controlado pelo empresário e apresentador de TV Silvio Santos. Hoje, sua a base de investidores é formada em grande maioria 85% de estrangeiros, que demandam a maior parte da atenção do departamento de RI. Em média, todas as semanas dois ou três desses investidores são atendidos pelos profissionais da área. Eles mantêm um contato bastante ativo com a instituição. Sempre que estão no Brasil fazemos o possível para que venham até nossa sede, o que é muito saudável, diz o diretor financeiro e de relações com investidores, Wilson de Aro, que também frequenta eventos com os principais bancos de investimentos, cujos participantes são investidores ou potenciais investidores do Panamericano. A agenda da adaptação ao IFRS no Brasil será bastante movimentada até Até lá, diversos temas serão colocados em período de audiência pública pela CVM e o CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), órgão que congrega diversas entidades do setor e entre cujas principais funções estão o estudo, preparação e emissão de pronunciamentos técnicos sobre o tema. O calendário é bastante apertado, reconhece o coordenador de relações institucionais do CPC, Alfried Plöger. O pronunciamento sobre a estrutura conceitual que traz as diretrizes sobre a conversão foi aprovado em março. Uma minuta sobre como deverão ser as demonstrações de fluxos de caixa das companhias com as novas regras está em audiência pública. Os novos princípios contábeis fortalecerão o papel da contabilidade como instrumento de informação e governança corporativa, projeta o vice-coordenador técnico do CPC, Eliseu Martins. A REVISTA RI parabeniza a todos os indicados e vencedores do IR Magazine Awards Brazil 2008, e se orgulha de patrocinar este importante - evento que celebra a excelência da comunicação e as boas práticas de relações com investidores no Brasil.

4 D4 Segunda-feira, 9 de junho de 2008 GAZETA MERCANTIL O País poderia ser melhor com a redução de gastos públicos ENTREVISTA Geraldo Soares A hora e a vez dos profissionais de RI Com a crescente oferta de ações por empresas de diferentes tamanhos e o fortalecimento da área de Relações com Investidores, profissionais desse segmento se tornaram peças fundamentais ROMUALDO RIBEIRO/GAZETA MERCANTIL IVONÉTE DAINESE O recente grau de investimento concedido ao Brasil pelas agências de classificação de risco Standard & Poor s e Fitch Ratings é um dos principais indicadores de que a economia brasileira está fortalecida. Com o anúncio dessa nova classificação, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) viveu momentos de euforia, registrando altas nos fechamentos e voltando a bater recordes. Isso tudo em meio às atuais incertezas sobre a economia global, que enfrenta a crise nos Estados Unidos decorrente de empréstimos imobiliários (a crise do subprime) e a alta das taxas de inflação nos quatro cantos do mundo. Com esse selo de garantia dado ao País pelas classificadoras de risco, mais empresas, mesmo as pequenas e médias, passaram a olhar o mercado de capitais de outra maneira e, por conta disso, os profissionais da área de Relações com Investidores (RI) - poucos ainda em atividade no Brasil - terão muito trabalho pela frente. Essa é a expectativa do presidente do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI), Geraldo Soares. Abaixo, trechos da entrevista concedida por Soares à G az et a Mercantil. Gazeta Mercantil Qual é o papel e o valor da área de Relações com Investidores para as empresas? É muito importante, porque se consideramos que para uma empresa o valor de mercado que ela tem em bolsa, ou em várias bolsas, é um diferencial competitivo, ela consegue ser uma empresa melhor, mais eficaz, mais competitiva tendo um valor de mercado alto com a RI. Esta área serve como interlocutor entre a empresa, os investidores e analistas porque faz a comunicação da empresa com o mercado. Portanto, é uma peça fundamental para se entender o que está acontecendo com a empresa, suas as operações e as estratégias. Ao mesmo tempo, o profissional ouve o que o mercado deseja, as reclamações e as críticas. Ele é quem traz as sugestões para a companhia. GZM Quais as competências exigidas de um profissional de RI e como as empresas escolhem o executivo exercerá essa função? Posso classificar duas competências. Primeiro, o profissional tem que ser muito bom na comunicação, porque vai ter que interagir com investidores pessoa física e acionistas minoritários que conhecem muito pouco de mercado de capitais. Ao mesmo tempo, terá que tratar com especialistas no tema, ou o trader de Londres, por exemplo. Sempre faço uma comparação com o aposentado de Peruíbe (cidade do litoral paulista), que tem suas ações, e de um "trader que recebe dividendos de uma empresa londrina. Para esse último tudo tem que ser rápido, instantâneo, enquanto o aposentado, quando liga, tem tempo para ficar ao telefone discutindo o assunto. Por isso, o profissional de RI precisa ter uma comunicação muito boa e interpessoal. A segunda questão: tem que conhecer finanças, porque o público com o qual ele lida são contadores e analistas de finanças e que conversam muito sobre isso. E tem de saber línguas estrangeiras. Eu diria então que tem que saber contabilidade, finanças e uma língua estrangeira, no mínimo o inglês. GZM Essas exigências têm aumentado, já que muitas empresas estão abrindo capital? Na verdade essa é uma profissão nova no País. Temos o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI) como parâmetro, porque ele só tem 11 anos e por isso, existem poucos profissionais. Os mais experientes são poucos, infelizmente, mas esse número está crescendo. GZM De que forma o IBRI mostra para as empresas a importância do profissional de Relações com Investidores? Estamos tomando várias iniciativas. Para se ter uma idéia, há dois anos, quando assumi a presidência, eram apenas 250 associados e agora são 550. Fizemos um evento nos dias 2 e 3 de junho último em que houve recorde de inscrições, de cobertura pela mídia especializada e de patrocinadores, porque o mercado está crescendo e o profissional está assumindo uma posição estratégica dentro da empresa. Uma das estratégias de sucesso do IBRI foi a parceria com a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) para montar o Guia de Relações com Investidores, que é distribuído para a empresa que pensa em abrir capital, no qual constam informações básicas e o mínimo que uma empresa precisa ter para se relacionar com o mercado. Uma outra ação que fizemos com a Bovespa, neste ano, foi um curso em que convidamos empresas que recentemente abriram capital e outras que pretendem abrir. É fundamental que o profissional tenha um bom conhecimento da empresa e do mercado balhando e procurando o aperfeiçoamento, melhorando assim a qualidade do profissional da área. Este ano vamos lançar mais um livro voltado para a relação com investidores no Brasil, e nele vamos mostrar quais são as melhores práticas. GZM Atualmente, quais são os principais desafios do profissional de RI? É sempre bom lembrar que no passado, o departamento de Relações com Investidores não era importante, o empresariado não via uma empresa como competitiva, com valor de mercado diferenciado na comparação com outras empresas. Hoje, há esse diferencial, com algumas empresas comprando outras e usando como base a troca de ações, ou seja, eu compro uma empresa e troco ações, não há desembolso de dinheiro, capital etc. GZM Apesar da obrigatoriedade de as empresas de capital aberto constituirem um departamento de RI, algumas ainda preferem a contratação de empresas de consultoria. Qual sua avaliação sobre isso? A terceirização é uma questão inexorável, vai existir sempre nas relações com investidores, porque a questão é muito técnica e estratégica. Você sempre contrata empresas para ajudar a fazer um relatório. O que acho positivo é que a terceirização pode ajudar em muitas questões e uma delas é quando é necessário Geraldo Soares, presidente-executivo do IBRI, lembra que o mercado precisa de profissionais com potencial e motivação GZM Quais os temas que o IBRI pretende colocar em discussão neste ano? Um dos temas importantes é o da padronização contábil, a IFRS (International Financial Reporting Standard). O Brasil vai ter que se adaptar ao padrão europeu, o que vai mexer muito nas demonstrações contábeis e, justamente por isso, estamos desenvolvendo também outros cursos para discutir essa padronização. Essa mudança é muito boa para o País, é mais um marco que interessa a todos, porque vai nos colocar em igualdade com outros países. Com isso, qualquer investidor vai conseguir, através de dados contábeis, comparar uma empresa brasileira com uma estrangeira. É um grande desafio que nós temos para os próximos anos e evidentemente para a formação do profissional. O IBRI sempre está trafazer pesquisa de mercado, porque é muito ruim a empresa fazer isso. Se eu perguntar diretamente sobre minha empresa, é claro que a resposta é que estamos bem, que tudo está ótimo sempre, só para haja um bom relacionamento comigo. Mas se eu contrato uma consultoria, ela vai me dizer exatamente a verdade. O que eu acho negativo é que pelo menos cem empresas brasileiras têm uma postura de companhia aberta e as demais utilizam muito o serviço terceirizado para tratar do relacionamento delas com o mercado. Isso eu acho ruim. Informação não é commodity, informação é algo elaborado, algo criativo. Se terceirizar a comunicação da empresa com o mercado você não está criando, você não está repetindo a identidade que a empresa tem no seu marketing, no relacionamento com o mercado. Terá uma outra identidade, ou seja, é a identidade da empresa que foi contratada. É justamente por isso que é preciso tomar muito cuidado, porque a informação a ser passada para o mercado tem que ser elaborada, sofisticada e tem que refletir a identidade da empresa. GZM Qual é o percentual das empresas que ainda recorrem à consultoria? Toda empresa depende de algum tipo de consultoria ou de serviços, sendo que as grandes empresas usam mais os serviços de relações com investidores, utilizam para uma pesquisa, ou a impressão de material, uma consulta de uma ferramenta no site. Um exemplo, do que elas não fazem é um mailing list, que é um dos principais documentos de uma empresa. Hoje encontramos empresas novas que estão deixando o mailing list nas mãos de terceiros e isso é um risco. Podemos considerar um mailing list como um ativo de uma empresa GZM Qual a maior dificuldade enfrentada pelas empresas para montar a área de RI? É importantíssimo que os profissionais sejam dinâmicos porque o mercado de capitais é dinâmico. Para montar um departamento de RI é preciso conhecer muito a empresa e o seu setor de atuação. É fundamental que o profissional tenha um bom conhecimento do mercado. GZM Quais são as ferramentas de comunicação que o RI deve utilizar para manter um canal de comunicação com os acionistas? Hoje, um dos principais é um website de relações com investidores, que é um canal de comunicação essencial, fundamental para a área. Outro canal utilizado pelas grandes empresas é um informativo trimestral, usando uma linguagem didática com os seus acionistas. O terceiro canal, e que está em expansão, são as reuniões promovidas pelo mercado de capitais. GZM Atualmente, no mercado brasileiro, apenas a Fipecafi tem um MBA específico para RI. É pouco, não? O mercado está crescendo e nós temos na Fundação de Pesquisas Contábeis, Atuarias e Financeiras (Fipecafi) um MBA, pelo qual já foram formadas nove turmas e a oitava está cursando agora. Isso vem ajudando no desenvolvimento desses profissionais. Com relação ao aumento da qualificação desse profissional, o mercado está se sofisticando. O profissional enfrenta novos desafios, principalmente agora com o grau de investimento do Brasil e com a padronização das informações contábeis. Esse processo já está em curso. Até 2010, as empresas terão que divulgar as informações contábeis pelo novo modelo europeu, o que vai exigir do profissional um grande conhecimento desses novos mecanismos. O grau de investimento está atraindo um público novo para o mercado brasileiro, que são os A IFRS exigirá do profissional um grande conhecimento dos novos mecanismos investidores estrangeiros. Muitos não aplicavam num país que não tinha grau de investimento. A tendência é crescente para que venha um novo tipo de investidor e um, que considero importante, é o da pessoa física. Então há dois públicos que precisam interagir: de um lado existe o profissional especializado e do outro lado essa pessoa que não é especializado. São novas linguagens, ou seja, desafios que precisam ser aprimorados. GZM Como e onde o profissional de RI busca formação? Existem cursos no exterior? O próprio IBRI faz eventos para aperfeiçoar os profissionais com temas e desafios da profissão. Este ano já fizemos um debate técnico que muito contribuiu para esses profissionais. E pretendemos ainda realizar muitos trabalhos com relação a temas de in- teresse de mercado. Em junho, por exemplo, vamos discutir sustentabilidade no mercado de capitais, que é uma questão importantíssima e que será um tema recorrente daqui para frente. GZM Com o grau de investimento, o que muda nas atribuições do RI? Vem por aí um novo público de investidores, principalmente, do exterior, como grandes fundos de pensão internacionais e que não podiam investir no País porque seus estatutos não permitiam investir em países que não tinham grau de investimento. Agora vamos ter um grande número de investidores que vão olhar para o País com mais carinho, pensando em alocar capital aqui. Outra questão é que nos países que tiveram grau de investimento a taxa de juros caiu 2 pontos percentuais no prazo de um ano. É apenas uma média, eu não estou dizendo que no Brasil essa taxa poderá cair dessa forma, mas o estudo mostra que há uma tendência nesse sentido. Se isso ocorrer, as pessoas físicas começarão a olhar com mais atenção para o mercado de capitais, porque vão ver a rentabilidade. A possibilidade de você aumentar essa migração é uma perspectiva do futuro próximo. GZM Há espaço para jovens recém-formados na área de RI? Com certeza. O mercado precisa de profissionais com potencial e motivação. E dou um conselho: aprenda tudo sobre o mercado de capitais, estude, se informe, conheça tudo sobre a empresa em que trabalha, monte sua estratégia e leia balanços. Hoje existe espaço para esse profissional, mas com potencial. GZM Quais as vantagens para os pequenos e médios empreendedores abrirem capital? Nos últimos IPOs (ofertas iniciais públicas, na sigla em inglês), que aconteceram em 2007, já pudemos perceber empresas de menor porte entrando nesse mercado. Essa decisão é muito boa para o empresário que pretende capitalizar uma empresa desse porte. Ao tomar dinheiro no mercado, investir, adquirir outras empresas e se consolidarem elas podem sair desse patamar para outro mais alto. Sabemos de algumas que estão obtendo grandes rendimentos. É muito bom utilizar o mercado de capitais, porque vai conseguir recursos mais baratos para investir nos projetos da sua empresa. Se o mercado acreditar em seus projetos, com certeza eles vão crescer. Para pequenas empresas, um dos melhores mecanismos é o modelo Bovespa Mais, que vem acontecendo como se fosse uma participação, uma joint venture, iniciando por vários caminhos. Hoje, existe uma pesquisa sendo realizada no Brasil que visa mostrar para o empresariado o potencial do mercado e o que ele pode ganhar com isso. Sempre gosto de frisar que, se for abrir capital, o empresário deve pensar muito, estruturar sua empresa, porque é um enorme compromisso. GZM Qual a importância da Apimec para RI? As reuniões da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) são importantes e passaram a ser mais importantes ainda com a interiorização da localização dos investimentos. A expansão já se estendeu para várias regiões do País como Ribeirão Preto (SP), Florianópolis, Belo Horizonte, Recife e Salvador. No ano passado foram quinze reuniões. As apresentações nessas cidades ajudaram muito o empresariado, que está diretamente em contato com os acionistas, porque expande o conhecimento deles. O foco é apenas a relação com investidores, porém, é interessante porque qualquer um pode participar. É um ótimo canal de discussão apropriado para se participar. GZM Que avaliação o senhor faz sobre a sinalização das principais consultorias internacionais de que o Brasil é um dos melhores países, pelo menos no momento, para investir? É um momento bom e poderia ser melhor se o gasto público fosse discutido. Mas se olharmos para o mercado de capitais, podemos considerar que é um dos melhores momentos que já vivemos no Brasil. Acreditamos que no segundo semestre deste ano muitas empresas deverão voltar a abrir capital. Passamos pelo pior da crise mundial, principalmente do setor imobiliário norte-americano, e isso não afetou o Brasil. Porém, temos duas preocupações na linha de frente: o gasto público do governo e a inflação mundial. Neste momento estamos importando inflação, de commodity, de petróleo e de todas as preocupações. O Banco Central está fazendo um ótimo trabalho, porém, ressalto que a questão que precisa ser discutida é a dos gastos públicos. Isso é uma preocupação e precisamos ficar atentos a ela, pois têm que ser minimizados, porque o Brasil precisa consolidar esse grande momento pelo qual está passando.

5 GAZETA MERCANTIL Segunda-feira, 9 de junho de 2008 D5 A visão global de negócios é prioridade dos empregadores TRABALHO Ofertas de emprego sinalizam que o mercado está aquecido Com demanda maior do que a oferta, nunca um profissional foi tão disputado CINTIA SHIMOKOMAKI Com a chegada das companhias à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), surgiu um novo filão que ainda não mostra sinais de esgotamento no mercado de trabalho: o profissional de Relações com Investidores (RI). Numa área onde a demanda é maior do que a oferta, nunca um profissional foi tão disputado. As oportunidades são imensas, mas vale destacar: mais do que um mero passador de informações, é preciso ser altamente especializado para ter sucesso na carreira. Considerado o elo de ligação entre o mercado e a empresa, o profissional de RI ocupa uma posição cada vez mais estratégica. Ele é responsável por manter a imagem de sucesso da empresa, explica Marina Yamamoto, coordenadora do MBA de Mercados de Capitais da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi). Segundo Marina, o mercado de trabalho para o setor vem despontando desde 1999, quando departamentos de RI foram criados em empresas brasileiras para atender às demandas para emitir American Depositary Receipts (ADRs, ou recibos de ações) nos Estados Unidos. Desde então, as ofertas de emprego não param de crescer, especialmente a partir da onda de abertura de capitais em Para se ter uma idéia, somente em 2007, 63 empresas realizaram ofertas públicas de ações (IPOs, na sigla em inglês) na Bovespa. Além disso, o surgimento João Pinheiro Nogueira Batista, do Ibri de novos concorrentes obrigou as empresas que já possuíam um departamento de RI a injetarem mais recursos na área. Em 2003, 52% das empresas possuíam até dois funcionários de RI, segundo pesquisa mais recente do Ibri/Fipecafi sobre o profissional de RI. As empresas começaram a contratar mais e, em 2006, 5% já possuíam mais de dez funcionários em seus quadros - faixa até então inexistente. O mercado está aquecido, mas para se destacar na área, é preciso ter jogo de cintura para lidar com os diferentes agentes do mercado de capitais: investidores institucionais e individuais, analistas e os órgãos reguladores. O profissional de RI é multifacetado, explica João Nogueira, presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri). Um dos requisitos mínimos para qualquer profissão - a fluência em inglês - pesa ainda D I V U LG A Ç Ã O mais no caso de RI, que lida com capital estrangeiro. Além disso, o setor exige conhecimentos em diversas áreas, como contabilidade, mercado financeiro, comunicação e direito. A abrangência de conhecimentos reflete a diversidade nas origens do profissional de RI. Apesar da predominância de pessoas formadas em economia e administração, é cada vez maior a presença de advogados e jornalistas na área. A visão global de negócios é uma das habilidades procuradas pelos empregadores - e também uma das mais difíceis de se encontrar. Ao sair da graduação, não existe uma pessoa completa (para fazer o trabalho de RI), diz Marina. É preciso ter treinamento à parte, acrescenta. Além da experiência obtida no dia-a-dia, os profissionais recorrem a cursos para se aperfeiçoar. Segundo pesquisa do Ibri/Fipecafi de 2007, mais de 80% do setor possui pós-graduação. Pioneira no setor, a Fipecafi oferece um MBA voltado a RI desde A demanda pelo curso só tem crescido: em 2008, a fundação foi obrigada a abrir duas turmas pela primeira vez. A procura por cursos de pós-graduação também reflete o desconhecimento da carreira entre os alunos de graduação. Segundo Nogueira, o interesse por RI é adquirido dentro da empresa e o remanejamento interno de profissionais é comum. É o caso de Leticia Wrege, superintendente de RI do Banco Pine. Formada em administração de empresas, Leticia trabalhou em várias áreas do setor bancário e se interessou por RI após trabalhar na área de Planejamento e Controladoria. A ligação com RI é muito próxima, explica. A experiência foi adquirida ao longo de sete anos, mas Leticia também buscou se qualificar com um MBA em Finanças. Com a demanda por gente especializada em alta, crescem também os salários. Em 2003, 53% dos entrevistados pela pesquisa Ibri/Fipecafi recebiam de R$ 8 mil a R$ 12 mil por mês. Já em 2006, 33% recebiam entre R$ 12 mil e R$ 16 mil e 16% já ultrapassavam a faixa de R$ 16 mil mensais. O aperfeiçoamento constante também é uma exigência do mercado. Quando comecei na área, em 2001, a procura por informação era menor, diz Leticia. Hoje, as pessoas acessam mais o mercado de ações e o nível de informação é muito superior, afirma. A professora da Fipecafi também destaca a importância das informações. Com a procura cada vez maior por dados, Marina aponta uma recente tendência no setor: a segmentação da informação. É preciso direcionar a informação de acordo com o interessado: analistas, pessoas físicas ou institucionais, diz. Para Marina, um bom profissional de RI é ser fundamental para o sucesso da empresa, podendo, inclusive, influenciar o preço de suas ações. Um dos maiores desafios, diz Marina, é transmitir aos investidores uma imagem fidedigna da empresa. Outro desafio ocorre dentro das próprias empresas. A área de RI pode contribuir para o sucesso da empresa, mas ela não é a única responsável. RI não é milagreiro. Não há milagre que venda produtos ruins, acredita. GOVERNANÇA CORPORATIVA Transparência, a nova alma dos negócios LUCIA REBOUÇAS Nos últimos anos, as empresas vêm se deparando com novos desafios ao seu crescimento e consolidação no mercado. Um desses desafios é a comunicação se destaca. De alma do negócio, a comunicação passou a ser a alma da transparência, um dos quatro pilares das boas práticas de governança, o caminho para assegurar a viabilidade e perpetuidade dos negócios. Essa situação ficou bem visível este ano no comportamento dos preços das ações negociadas na Bovespa. Embora o mercado brasileiro tenha sofrido com crise do crédito hipotecário americano (subprime), que derrubou as bolsas ao redor do mundo, parte das perdas registradas pelas companhias brasileiras foi creditada a problemas de comunicação. Segundo agentes do mercado, investidores têm reclamado que não conseguem obter das companhias as informações solicitadas. Na cabeça do investidor, se a comunicação falha é sinal de que outras coisas na empresa não andam bem. Essa percepção levou a um movimento de vendas de ações, com quedas nos preços. Foram mais afetadas ações de empresas que abriram o capital nos últimos dois anos, que têm entre seus acionistas uma grande massa de estrangeiros. Em 2007, os estrangeiros compraram entre 70% e 80% das ações das empresas que abriram o capital. Hoje não basta uma boa comunicação com os principais clientes, todos os stakeholders precisam de atenção. Para atender a esse requisito, as companhias têm procurado repaginar sua comunicação e valorizar a figura do profissional de RI (Relações com os Investidores). Introduzida no Brasil, pela Aracruz, em 1992, a atividade de RI cresceu muito nos últimos dois anos acompanhando, o crescimento e a sofisticação do mercado de capitais. Atualmente, a contratação de RI é uma das exigências do Novo Mercado, o nível mais exigente de governança corporativa da Bovespa. Todo RI, hoje, no Brasil está pensando cada vez mais em governança corporativa. Antes a preocupação principal eram as questões financeiras e de contabilidade. Agora, além de conhecer muito de finanças, contabilidade e marketing, o RI tem que ser um comunicador capaz de atender tanto um fazendeiro do interior do Brasil, quanto um investidor em Nova York. Para isso, o RI precisa conhecer profundamente não só a empresa como os mercados onde ela atua. O aumento da presença das pessoas físicas na bolsa também impôs uma nova postura ao profissional de RI. Numa reunião de acionistas ele não pode mais falar no dialeto do mercado. Não pode simplesmente falar tag along, sem dizer o que é isso (direito dos acionistas de receber valor semelhante ao dos donos no caso de venda da empresa), afirma Geraldo Soares presidente executivo IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores). Não opinião de profissionais do mercado, a principal dificuldade que o RI enfrenta no momento é a dinâmica complexa da atividade, que foi amplificada com a discussão das questões sobre comunicação em sustentabilidade. As questões ligadas ao tema passaram a ser discutidas no dia a dia da empresa e o RI é um agente fundamental dessa discussão porque ele é o porta-voz da empresa no mercado e o porta-voz do mercado na empresa, afirmam.

6 GAZETA MERCANTIL Segunda-feira, 9 de junho de 2008 D6 A chegada de novos empreendedores exige nova linguagem CARREIRA Qualificação e versatilidade são os grandes desafios profissionais Os cursos nas áreas de Avaliações das Empresas e IPOs têm sido os mais procurados VÍVIAN TEIXEIRA Executivo experiente, com sólidos conhecimentos em finanças, bom comunicador e versátil. Esse é o currículo ideal de um profissional de Relações com Investidores (RI), profissão que exige uma formação generalista, mas focada na área de atuação da empresa e sempre de olho na linguagem do mercado. Investir na carreira, para o RI, nem sempre significa fazer um MBA ou uma especialização na área de relações com o mercado. Isso porque, enquanto uma qualificação específica é um diferencial essencial para a maior parte das carreiras, para o profissional de Relações com Investidores ela é apenas mais um item da lista de habilidades. Para os especialistas de mercado, uma atividade relativamente nova como a de RI nem mesmo pode ser considerada uma profissão, no sentido estrito da palavra. É o que afirma o diretor de comunicação do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI), Luís Fernando Moran de Oliveira. "Não dá para exigir uma formação acadêmica específica desse profissional. É muito mais uma função de comunicação do que uma profissão", explica. Por este motivo, o único curso no mercado com foco especializado em Relações com Investidores é oferecido pelo próprio IBRI, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi). O MBA em Finanças, Comunicação José Rogério Luiz considera saudável o acúmulo de funções e Relações com Investidores, segundo Oliveira, possui uma estrutura que confirma a tendência do mercado. O curso fortalece o treinamento generalista, oferecendo um programa variado e extenso, passando por disciplinas na área de comunicação, contabilidade e legislação, enumera. Mesmo apontando um perfil generalista, uma pesquisa do próprio IBRI, realizada em 2006 com profissionais de RI, confirma que a grande maioria das posições de relacionamento com o mercado nas empresas é ocupada por profissionais formado em economia e administração. Sólidos conhecimentos em finanças são imprescindíveis, afirma o superintendente da FGV Management, Paulo Mattos. Para ele, a maior demanda dos profissionais de RI é por cursos de curta D I V U LG A Ç Ã O duração na área de economia e finanças e de comunicação. Por este motivo, muitos vice-presidentes e diretores financeiros de empresas brasileiras acabaram acumulando também o cargo de RI, graças a seus conhecimentos especializados nessas áreas. É o caso do vice-presidente executivo e financeiro e também diretor de RI da Totvs, José Rogério Luiz, que considera saudável o acúmulo de funções. Isso é uma tendência mundial. Nos EUA, os presidentes de empresas gastam mais de 40% do seu tempo falando com o mercado, afirma. Luiz, que tem formação de economista pela USP e pós-graduação internacional em Gerenciamento Geral, acredita que a formação do profissional de RI se dá muito mais pela experiência e conhecimento do setor do que pelas horas gastas em uma especialização. Um curso na área de RI é muito valioso, mas tanto quanto na área de contabilidade ou na área de atuação da empresa, por exemplo, acredita. É o que confirma o diretor financeiro e de RI da Equatorial Energia, Leonardo Dias. Com formação em Economia pela UnB e MBA internacional em Finanças, ele atua como profissional de RI há oito anos. E acredita que um bom RI deve ter, prioritariamente, conhecimento do setor em que atua. A especialização tem um peso importante, mas não o suficiente. A capacidade analítica e de planejamento, por exemplo, são essenciais e estão presentes na maioria dos especialistas da área, argumenta. Para Valter Faria, professor de Marketing do IPO da Fundação Instituto de Administração (FIA) e diretor-presidente da Total RI, empresa especializada no setor, os profissionais da área tendem a procurar cada vez mais qualificação. Apesar de ser uma função que envolve muitas habilidades pessoais, o interesse por conhecimento na área é cada vez maior, diz. Inteligência de mercado Com o crescimento do setor e da remuneração desse profissional, a procura por cursos na área de Avaliações de Empresas ou de IPOs está cada vez maior. Com um mercado cada vez mais exigente, a tendência é que os investidores não se contentem somente com informações financeiras, mas cobrem também dados sobre o valor futuro das empresas. O profissional de RI precisará, a partir de agora, extrair inteligência do mercado. Esse é o novo desafio de qualificação, prevê. ÉTICA Marina Mitiyo Yamamoto* Desafio do Profissional de RI e Gerenciamento O grande desafio do mercado de capitais brasileiro e dos profissionais de Relações com Investidores é identificar os limites em que a utilização do gerenciamento de resultados é responsável e a partir de que momento se torna nociva, constituindo na tênue separação do comportamento ético e não ético dos executivos das empresas. Gerenciamento de resultados contábeis constitui um conjunto de ações intencionais, com impactos sobre a situação patrimonial, econômica e financeira das empresas dentro dos limites permitidos pelas normas e padrões contábeis com o objetivo de atender os interesses dos gestores. Inclui tanto esforços legítimos quanto medidas menos lícitas para ajustar os resultados ao longo do período contábil ou obter um resultado esperado. Alguns exemplos de técnicas legítimas de gerenciamento de resultados incluem adiar uma aquisição ou venda de ativos, ou acelerar o ritmo de gastos em momentos de alta de lucros e postergar as despesas quando o faturamento cai (adiantando ou atrasando gastos com reorganização). Como exemplo de práticas permitidas, mas não adequadas têm-se, superestimar deliberadamente despesas de reestruturação para gerar gordura financeira e confirmar estimativas de ganhos feitas por analistas e uso excessivo de provisões no passivo quando a empresa apresenta-se rentável para manter os lucros lineares, quando a situação se inverter - técnica conhecida como cookie jar reserves. As expectativas do mercado, analistas e investidores institucionais em relação aos resultados das empresas exercem forte pressão sobre os executivos, que em alguns casos, recorrem a uma série de técnicas de gerenciamento de resultados para produzir números e conseqüentemente demonstrações financeiras publicadas que não refletem uma visão "real e justa" da situação da empresa. A tentação de administrar os resultados sempre existirá, uma vez que a confirmação de projeções favorece a todos, de executivos a titulares de opções e analistas de mercado que ratificam suas projeções e valor da empresa. A dificuldade está em encontrar o limite entre aquilo que é justo e lícito e o que é prejudicial para o mercado. Os esforços de gerenciamento de resultados não são realizados apenas pelos contadores, exigem cooperação de outros executivos e, muitas vezes, incluem o Conselho e a direção da companhia. No recente escândalo da WorldCom, o ex-diretor financeiro da empresa admitiu ter falsificado as demonstrações financeiras para poder acompanhar as expectativas de analistas e, segundo um ex-funcionário de baixo escalão da empresa, preso por fraude, "quando o Conselho abre a porta para o comportamento não ético... deixa espaço para interpretações variadas para quem está abaixo na hierarquia" * Coordenadora de MBA - FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) e Professora da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo)

FIPECAFI e IBRI divulgam resultado da 5ª Pesquisa sobre o Perfil e a Área de Relações com Investidores

FIPECAFI e IBRI divulgam resultado da 5ª Pesquisa sobre o Perfil e a Área de Relações com Investidores FIPECAFI e IBRI divulgam resultado da 5ª Pesquisa sobre o Perfil e a Área de Relações com Investidores Os resultados da 5ª Pesquisa sobre o perfil e a área de Relações com Investidores no Brasil divulgado

Leia mais

IFRS A nova realidade de fazer Contabilidade no Brasil

IFRS A nova realidade de fazer Contabilidade no Brasil Ano X - Nº 77 - Julho/Agosto de 2014 IFRS A nova realidade de fazer Contabilidade no Brasil Profissionais da Contabilidade deverão assinar prestações de contas das eleições Ampliação do Simples Nacional

Leia mais

Aula 5 Ferramentas Estratégicas em RI. Geraldo Soares

Aula 5 Ferramentas Estratégicas em RI. Geraldo Soares Aula 5 Ferramentas Estratégicas em RI Gestão de Base Acionária Targeting Formador de Mercado Acompanhamento de Mercado com Analistas Estudos de Percepção Geraldo Soares Boas Vindas Geraldo Soares Ferramentas

Leia mais

GOVERNANÇA CORPORATIVA

GOVERNANÇA CORPORATIVA GOVERNANÇA CORPORATIVA O que é governança corporativa? Qual o motivo do crescente interesse pela governança corporativa? A quem interessa a governança corporativa? Trata-se de apenas mais um modismo? Francisco

Leia mais

Abertas inscrições para o MBA em IFRS da FIPECAFI

Abertas inscrições para o MBA em IFRS da FIPECAFI Abertas inscrições para o MBA em IFRS da FIPECAFI A FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) está com as inscrições abertas para a primeira turma do MBA em IFRS (Normas

Leia mais

Os desafios do Bradesco nas redes sociais

Os desafios do Bradesco nas redes sociais Os desafios do Bradesco nas redes sociais Atual gerente de redes sociais do Bradesco, Marcelo Salgado, de 31 anos, começou sua carreira no banco como operador de telemarketing em 2000. Ele foi um dos responsáveis

Leia mais

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental O momento certo para incorporar as mudanças A resolução 4.327 do Banco Central dispõe que as instituições

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

1. A retomada da bolsa 01/02/2009 Você S/A Revista INSTITUCIONAL 66 à 68

1. A retomada da bolsa 01/02/2009 Você S/A Revista INSTITUCIONAL 66 à 68 1. A retomada da bolsa 01/02/2009 Você S/A Revista INSTITUCIONAL 66 à 68 Data de geração: 12/02/2009 Página 1 Data de geração: 12/02/2009 Página 2 A retomada da bolsa No ano passado, a bolsa de valores

Leia mais

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Autor: Dominique Turpin Presidente do IMD - International Institute for Management Development www.imd.org Lausanne, Suíça Tradução:

Leia mais

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C Mídias sociais como apoio aos negócios B2C A tecnologia e a informação caminham paralelas à globalização. No mercado atual é simples interagir, aproximar pessoas, expandir e aperfeiçoar os negócios dentro

Leia mais

Como Investir em Ações Eduardo Alves da Costa

Como Investir em Ações Eduardo Alves da Costa Como Investir em Ações Eduardo Alves da Costa Novatec CAPÍTULO 1 Afinal, o que são ações? Este capítulo apresenta alguns conceitos fundamentais para as primeiras de muitas decisões requeridas de um investidor,

Leia mais

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Melhor método para avaliar investimentos 16 perguntas importantes 16 respostas que todos os executivos devem saber Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

PESQUISA CENÁRIO 2010-2015: DESAFIOS ESTRATÉGICOS E PRIORIDADES DE GESTÃO

PESQUISA CENÁRIO 2010-2015: DESAFIOS ESTRATÉGICOS E PRIORIDADES DE GESTÃO PESQUISA CENÁRIO 2010-2015: DESAFIOS ESTRATÉGICOS E PRIORIDADES DE GESTÃO PESQUISA RESPONDENTES 1065 executivos (as) PERÍODO De 02 a 17 (Novembro de 2009) CEOs Diretores UNs Diretores Funcionais QUESTIONÁRIO

Leia mais

Por que abrir o capital?

Por que abrir o capital? Por que abrir capital? Por que abrir o capital? Vantagens e desafios de abrir o capital Roberto Faldini Fortaleza - Agosto de 2015 - PERFIL ABRASCA Associação Brasileira de Companhias Abertas associação

Leia mais

Rodobens é destaque no website Infomoney

Rodobens é destaque no website Infomoney Rodobens é destaque no website Infomoney Por: Conrado Mazzoni Cruz 19/04/07-09h55 InfoMoney SÃO PAULO - Atualmente, falar sobre o mercado imobiliário brasileiro é entrar na discussão sobre um possível

Leia mais

COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO

COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO Por que ler este livro? Você já escutou histórias de pessoas que ganharam muito dinheiro investindo, seja em imóveis ou na Bolsa de Valores? Após ter escutado todas essas

Leia mais

Investimentos O Governo Federal oferece 1.047 vagas de até R$ 8.300,00

Investimentos O Governo Federal oferece 1.047 vagas de até R$ 8.300,00 Investimentos Segundo pesquisas, ao se fazer um curso de graduação, por exemplo, a média salarial aumentará cerca de 168%, ou seja, quem ganha R$ 1000,00, ao terminar um curso de graduação tem grandes

Leia mais

Risco na medida certa

Risco na medida certa Risco na medida certa O mercado sinaliza a necessidade de estruturas mais robustas de gerenciamento dos fatores que André Coutinho, sócio da KPMG no Brasil na área de Risk & Compliance podem ameaçar a

Leia mais

Auditoria Efeitos da Convergência. FERNANDO CALDAS Sócio da 100PORCENTO AUDIT, CONSULT, SOLUÇÕES S.A. www.100porcento.srv.br

Auditoria Efeitos da Convergência. FERNANDO CALDAS Sócio da 100PORCENTO AUDIT, CONSULT, SOLUÇÕES S.A. www.100porcento.srv.br Auditoria Efeitos da Convergência FERNANDO CALDAS Sócio da 100PORCENTO AUDIT, CONSULT, SOLUÇÕES S.A. www.100porcento.srv.br Final do Século XX Início do processo de globalização Diminuição das fronteiras

Leia mais

O Grupo Gerdau incentiva o trabalho em equipe e o uso de ferramentas de gestão pela qualidade na busca de soluções para os problemas do dia-a-dia.

O Grupo Gerdau incentiva o trabalho em equipe e o uso de ferramentas de gestão pela qualidade na busca de soluções para os problemas do dia-a-dia. O Grupo Gerdau incentiva o trabalho em equipe e o uso de ferramentas de gestão pela qualidade na busca de soluções para os problemas do dia-a-dia. Rio Grande do Sul Brasil PESSOAS E EQUIPES Equipes que

Leia mais

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING 1 ÍNDICE 03 04 06 07 09 Introdução Menos custos e mais controle Operação customizada à necessidade da empresa Atendimento: o grande diferencial Conclusão Quando

Leia mais

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses Estudo de Caso Cliente: Rafael Marques Duração do processo: 12 meses Coach: Rodrigo Santiago Minha idéia inicial de coaching era a de uma pessoa que me ajudaria a me organizar e me trazer idéias novas,

Leia mais

Discurso 04/12/2003. Dr. Alfredo Setubal

Discurso 04/12/2003. Dr. Alfredo Setubal Discurso 04/12/2003 Dr. Alfredo Setubal Presidente do Conselho de Administração do IBRI - Instituto Brasileiro de Relações com Investidores Boa Noite! Esta cerimônia de final de ano é a minha última à

Leia mais

Visão estratégica para compras

Visão estratégica para compras Visão estratégica para compras FogStock?Thinkstock 40 KPMG Business Magazine Mudanças de cenário exigem reposicionamento do setor de suprimentos O perfil do departamento de suprimentos das empresas não

Leia mais

Melhores práticas. Cada vez mais cientes das

Melhores práticas. Cada vez mais cientes das Número de empresas brasileiras que procuram se aprimorar em governança corporativa aumentou na última edição do estudo Melhores práticas Estudo aponta que as empresas investem mais no aprimoramento dos

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 O RISCO DOS DISTRATOS O impacto dos distratos no atual panorama do mercado imobiliário José Eduardo Rodrigues Varandas Júnior

Leia mais

O Comitê de Pronunciamentos - CPC. Irineu De Mula Diretor da Fundação Brasileira de Contabilidade - FBC

O Comitê de Pronunciamentos - CPC. Irineu De Mula Diretor da Fundação Brasileira de Contabilidade - FBC O Comitê de Pronunciamentos - CPC Irineu De Mula Diretor da Fundação Brasileira de - FBC Objetivo: O estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de e a divulgação de informações

Leia mais

O papel do CRM no sucesso comercial

O papel do CRM no sucesso comercial O papel do CRM no sucesso comercial Escrito por Gustavo Paulillo Você sabia que o relacionamento com clientes pode ajudar sua empresa a ter mais sucesso nas vendas? Ter uma equipe de vendas eficaz é o

Leia mais

Governança Tributária é tema de palestra na FIPECAFI

Governança Tributária é tema de palestra na FIPECAFI Governança Tributária é tema de palestra na FIPECAFI O Prof. Dr. Jorge de Souza Bispo realizou palestra de abertura do MBA Gestão Tributária da FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais

Leia mais

W W W. G U I A I N V E S T. C O M. B R

W W W. G U I A I N V E S T. C O M. B R 8 DICAS ESSENCIAIS PARA ESCOLHER SUA CORRETORA W W W. G U I A I N V E S T. C O M. B R Aviso Importante O autor não tem nenhum vínculo com as pessoas, instituições financeiras e produtos, citados, utilizando-os

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 Índice 1. Orçamento Empresarial...3 2. Conceitos gerais e elementos...3 3. Sistema de orçamentos...4 4. Horizonte de planejamento e frequência

Leia mais

Pesquisa do IBRI é matéria de capa da revista Exame

Pesquisa do IBRI é matéria de capa da revista Exame Pesquisa do IBRI é matéria de capa da revista Exame Prezados (as) Associados (as), O IBRI realizou pesquisa publicada na revista Exame de 31 de dezembro de 2007 que envolveu 34 principais executivos de

Leia mais

ÍNDICE. Introdução. Os 7 Segredos. Como ser um milionário? Porque eu não sou milionário? Conclusão. \\ 07 Segredos Milionários

ÍNDICE. Introdução. Os 7 Segredos. Como ser um milionário? Porque eu não sou milionário? Conclusão. \\ 07 Segredos Milionários ÍNDICE Introdução Os 7 Segredos Como ser um milionário? Porque eu não sou milionário? Conclusão 3 4 6 11 12 INTRODUÇÃO IMPORTANTE Neste e-book você terá uma rápida introdução sobre as chaves que movem

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Segurança nos investimentos Gestão dos recursos financeiros Equilíbrio dos planos a escolha ÍNDICE INTRODUÇÃO...3 A POLÍTICA DE INVESTIMENTOS...4 SEGMENTOS DE APLICAÇÃO...7 CONTROLE

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

#10 PRODUZIR CONTEÚDO SUPER DICAS ATRATIVO DE PARA COMEÇAR A

#10 PRODUZIR CONTEÚDO SUPER DICAS ATRATIVO DE PARA COMEÇAR A #10 SUPER DICAS PARA COMEÇAR A Pantone 715 C 100% Black 80% Black C: 0 M: 55 Y: 95 K: 0 C: 0 M: 0 Y: 0 K: 100 C: 0 M: 0 Y: 0 K: 80 PRODUZIR CONTEÚDO ATRATIVO DE Confira estas super dicas para você produzir

Leia mais

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs Vendas - Cursos Curso Completo de Treinamento em Vendas com - 15 DVDs O DA VENDA Esta palestra mostra de maneira simples e direta como planejar o seu trabalho e, também, os seus objetivos pessoais. Através

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 16 Perguntas Importantes. 16 Respostas que todos os executivos devem saber. Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) Administrador de Empresas graduado pela EAESP/FGV. É Sócio-Diretor

Leia mais

MBA IBMEC 30 anos. No Ibmec, proporcionamos a nossos alunos uma experiência singular de aprendizado. Aqui você encontra:

MBA IBMEC 30 anos. No Ibmec, proporcionamos a nossos alunos uma experiência singular de aprendizado. Aqui você encontra: MBA Pós - Graduação QUEM SOMOS Para pessoas que têm como objetivo de vida atuar local e globalmente, ser empreendedoras, conectadas e bem posicionadas no mercado, proporcionamos uma formação de excelência,

Leia mais

COMO CALCULAR A PERFORMANCE DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS - PARTE II

COMO CALCULAR A PERFORMANCE DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS - PARTE II COMO CALCULAR A PERFORMANCE DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS - PARTE II O que é o Índice de Treynor? Índice de Treynor x Índice de Sharpe Restrições para as análises de Sharpe e Trynor A utilização do risco

Leia mais

MBA. Controladoria PÚBLICO-ALVO COMPLEMENTAÇÃO ACADÊMICA MATERIAL DIDÁTICO. Controladoria

MBA. Controladoria PÚBLICO-ALVO COMPLEMENTAÇÃO ACADÊMICA MATERIAL DIDÁTICO. Controladoria MBA Controladoria Controladoria O MBA Controladoria une a tradição do Ibmec em pesquisas avançadas em Administração, Economia e Finanças com a Controladoria. Com este embasamento, propõe-se desenvolver

Leia mais

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação Pesquisa realizada com os participantes do de Apresentação O perfil do profissional de Projetos Pesquisa realizada durante o 12 Seminário Nacional de, ocorrido em 2009, traça um importante perfil do profissional

Leia mais

CURSO FERRAMENTAS DE GESTÃO IN COMPANY

CURSO FERRAMENTAS DE GESTÃO IN COMPANY CURSO FERRAMENTAS DE GESTÃO IN COMPANY Instrumental e modular, o Ferramentas de Gestão é uma oportunidade de aperfeiçoamento para quem busca conteúdo de qualidade ao gerenciar ações sociais de empresas

Leia mais

Melhores Práticas para a Elaboração e Divulgação do Relatório Anual

Melhores Práticas para a Elaboração e Divulgação do Relatório Anual Melhores Práticas para a Elaboração e Divulgação do Relatório Anual Pronunciamento de Orientação CODIM COLETIVA DE IMPRENSA Participantes: Relatores: Edina Biava Abrasca; Marco Antonio Muzilli IBRACON;

Leia mais

FIPECAFI e CFC renovam convênio de capacitação de profissionais de Contabilidade

FIPECAFI e CFC renovam convênio de capacitação de profissionais de Contabilidade FIPECAFI e CFC renovam convênio de capacitação de profissionais de Contabilidade A FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) e o CFC (Conselho Federal de Contabilidade)

Leia mais

PLANO DE NEGÓCIOS. O QUE É?

PLANO DE NEGÓCIOS. O QUE É? NE- CACT O Núcleo de Empreendedorismo da UNISC existe para estimular atitudes empreendedoras e promover ações de incentivo ao empreendedorismo e ao surgimento de empreendimentos de sucesso, principalmente,

Leia mais

Transcrição da Teleconferência Resultados do 3T09 - Inpar 18 de novembro de 2009

Transcrição da Teleconferência Resultados do 3T09 - Inpar 18 de novembro de 2009 Transcrição da Teleconferência Resultados do 3T09 - Inpar 18 de novembro de 2009 Bom dia, e obrigada por aguardarem. Sejam bem-vindos à teleconferência da Inpar para discussão dos resultados referentes

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, NOTA - A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Interpretação de IT 12 para ITG 12 e de outras normas citadas: de NBC T 19.1 para NBC TG 27; de NBC T 19.7 para NBC TG 25; de NBC

Leia mais

Você é comprometido?

Você é comprometido? Você é comprometido? Não, isso não é uma cantada. O que o seu chefe quer saber é se você veste a camisa da organização. Você adora seu trabalho e desempenha suas funções com eficiência, mas não aposta

Leia mais

18/06/2009. Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. Blog: www.tudibao.com.br E-mail: silvia@tudibao.com.br.

18/06/2009. Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. Blog: www.tudibao.com.br E-mail: silvia@tudibao.com.br. Marketing Ambiental Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. O que temos visto e ouvido falar das empresas ou associado a elas? Blog: www.tudibao.com.br E-mail: silvia@tudibao.com.br 2 3 Sílvia

Leia mais

O Administrador e a Magnitude de sua Contribuição para a Sociedade. O Administrador na Gestão de Pessoas

O Administrador e a Magnitude de sua Contribuição para a Sociedade. O Administrador na Gestão de Pessoas O Administrador e a Magnitude de sua Contribuição para a Sociedade Eficácia e Liderança de Performance O Administrador na Gestão de Pessoas Grupo de Estudos em Administração de Pessoas - GEAPE 27 de novembro

Leia mais

Rumo à abertura de capital

Rumo à abertura de capital Rumo à abertura de capital Percepções das empresas emergentes sobre os entraves e benefícios 15º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais 4 de julho de 2013 Pontos de partida

Leia mais

Perfil de investimentos

Perfil de investimentos Perfil de investimentos O Fundo de Pensão OABPrev-SP é uma entidade comprometida com a satisfação dos participantes, respeitando seus direitos e sempre buscando soluções que atendam aos seus interesses.

Leia mais

Sistemas de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (Customer Relationship Management CRM)

Sistemas de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (Customer Relationship Management CRM) CRM Definição De um modo muito resumido, pode definir-se CRM como sendo uma estratégia de negócio que visa identificar, fazer crescer, e manter um relacionamento lucrativo e de longo prazo com os clientes.

Leia mais

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV INVESTIMENTOS Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV Uma questão de suma importância para a consolidação e perenidade de um Fundo de Pensão é a sua saúde financeira, que garante

Leia mais

Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC Origem

Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC Origem 1 * Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC Origem Em função das Necessidades de: - convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração de relatórios contábeis, redução de riscos

Leia mais

Melhores práticas no planejamento de recursos humanos

Melhores práticas no planejamento de recursos humanos Melhores práticas no planejamento de recursos humanos Planejamento Performance Dashboard Plano de ação Relatórios Indicadores Preparando a força de trabalho para o futuro Planejamento de recursos humanos

Leia mais

"O MEC não pretende abraçar todo o sistema"

O MEC não pretende abraçar todo o sistema "O MEC não pretende abraçar todo o sistema" Data: 30/11/2008 Veículo: O Globo Editoria: Boa Chance Ministro diz que governo não vai regular MBAs e que empresas já mantêm certo controle sobre a qualidade

Leia mais

CARTA DE OPINIÃO - IBGC 1 Comitê de Auditoria para Instituições Financeiras de Capital Fechado

CARTA DE OPINIÃO - IBGC 1 Comitê de Auditoria para Instituições Financeiras de Capital Fechado CARTA DE OPINIÃO - IBGC 1 Comitê de Auditoria para Instituições Financeiras de Capital Fechado Em maio de 2004 foi publicada a Resolução 3.198 do Conselho Monetário Nacional, que trouxe, entre outras novidades,

Leia mais

SONHOS AÇÕES. Planejando suas conquistas passo a passo

SONHOS AÇÕES. Planejando suas conquistas passo a passo SONHOS AÇÕES Planejando suas conquistas passo a passo Todo mundo tem um sonho, que pode ser uma viagem, a compra do primeiro imóvel, tranquilidade na aposentadoria ou garantir os estudos dos filhos, por

Leia mais

Mercantil do Brasil: retendo clientes pelo atendimento nas redes sociais

Mercantil do Brasil: retendo clientes pelo atendimento nas redes sociais Mercantil do Brasil: retendo clientes pelo atendimento nas redes sociais Os bancos nas redes sociais Os bancos, assim como grande parte das empresas, vêm se tornando cada vez mais presentes nas redes sociais,

Leia mais

1 a Jornada de Contabilidade Práticas de Governança Corporativa e Transparência 22 de setembro de 2005

1 a Jornada de Contabilidade Práticas de Governança Corporativa e Transparência 22 de setembro de 2005 1 a Jornada de Contabilidade Práticas de Governança Corporativa e Transparência 22 de setembro de 2005 Agenda Introdução Demandas do mercado de capitais Governança corporativa Governança corporativa no

Leia mais

Analista de Sistemas S. J. Rio Preto - 2009

Analista de Sistemas S. J. Rio Preto - 2009 CERTIFICAÇÃO ITIL V3. Desde o final de maio de 2007, quando o Office of Government Commerce (OGC) do Reino Unido lançou a versão ITIL V3, houve mudanças nas certificações para os profissionais de TI. A

Leia mais

SÉRIE IPO s: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE ABERTURA DE CAPITAL. Parte 4: Como tornar sua Empresa uma Companhia de Capital Aberto

SÉRIE IPO s: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE ABERTURA DE CAPITAL. Parte 4: Como tornar sua Empresa uma Companhia de Capital Aberto SÉRIE IPO s: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE ABERTURA DE CAPITAL Parte 4: Como tornar sua Empresa uma Companhia de Capital Aberto o O que é Abertura de Capital o Vantagens da abertura o Pré-requisitos

Leia mais

O RH dos sonhos dos CEOs

O RH dos sonhos dos CEOs O RH dos sonhos dos CEOs Expectativas e estratégias da liderança para os Recursos Humanos Presidentes de empresas de todos os portes falaram sobre a importância dos Recursos Humanos para as suas empresas

Leia mais

GUIA DO SGD. Transformação SISTEMA ELETROBRÁS. Conheça mais sobre o novo Sistema de Gestão do Desempenho (SGD) que entrará

GUIA DO SGD. Transformação SISTEMA ELETROBRÁS. Conheça mais sobre o novo Sistema de Gestão do Desempenho (SGD) que entrará GUIA DO SGD Conheça mais sobre o novo Sistema de Gestão do Desempenho (SGD) que entrará em vigor em todas as empresas do Sistema Eletrobrás ainda este ano. Transformação SISTEMA ELETROBRÁS A T R A N S

Leia mais

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA MANUAL DE VISITA DE ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA Material exclusivo para uso interno. O QUE LEVA UMA EMPRESA OU GERENTE A INVESTIR EM UM ERP? Implantar um ERP exige tempo, dinheiro e envolve diversos

Leia mais

TAM: o espírito de servir no SAC 2.0

TAM: o espírito de servir no SAC 2.0 TAM: o espírito de servir no SAC 2.0 Os primeiros passos do SAC 2.0 da TAM A trajetória da TAM sempre foi guiada pela disponibilidade de servir seus clientes; nas redes sociais, essa filosofia não poderia

Leia mais

VISÃO. Nossa visão é agregar valor sustentável ao cliente, desenvolvendo controles e estratégias que façam com que o crescimento seja contínuo.

VISÃO. Nossa visão é agregar valor sustentável ao cliente, desenvolvendo controles e estratégias que façam com que o crescimento seja contínuo. QUEM É A OMELTECH? VISÃO Nossa visão é agregar valor sustentável ao cliente, desenvolvendo controles e estratégias que façam com que o crescimento seja contínuo. missão A Omeltech Desenvolvimento atua

Leia mais

S E M A N A D O COACHING

S E M A N A D O COACHING Para que você perceba todas as possibilidades que o mercado oferece, precisa conhecer as 3 leis fundamentais para o sucesso no mercado de coaching: 1 É muito mais fácil vender para empresas do que pra

Leia mais

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.0 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Qual o objetivo das empresas para a administração financeira? Maximizar valor de mercado da empresa; Aumentar a riqueza dos acionistas.

Leia mais

Estimativas Profissionais Plano de Carreira Empregabilidade Gestão de Pessoas

Estimativas Profissionais Plano de Carreira Empregabilidade Gestão de Pessoas By Marcos Garcia Como as redes sociais podem colaborar no planejamento e desenvolvimento de carreira (individual e corporativo) e na empregabilidade dos profissionais, analisando o conceito de Carreira

Leia mais

Fonte: AZ Investimentos / Andima. Fonte: AZ Investimentos / Andima

Fonte: AZ Investimentos / Andima. Fonte: AZ Investimentos / Andima ANÁLISE CAPTAÇÃO DE RECURSOS VIA OFERTAS PUBLICAS DE AÇÕES Por: Ricardo Zeno 55 21 3431 3831 27 de Fevereiro, 2008 Em 2007, o destaque foi para as emissões de Renda Variável, o volume total das ofertas

Leia mais

O VALOR DO CONTROLE PARTE 2

O VALOR DO CONTROLE PARTE 2 O VALOR DO CONTROLE PARTE 2! O valor do controle acionários! O problema da liquidez Francisco Cavalcante (francisco@fcavalcante.com.br) Sócio-Diretor da Cavalcante Associados, empresa especializada na

Leia mais

Introdução. 1. Introdução

Introdução. 1. Introdução Introdução 1. Introdução Se você quer se atualizar sobre tecnologias para gestão de trade marketing, baixou o material certo. Este é o segundo ebook da série que o PDV Ativo, em parceria com o Agile Promoter,

Leia mais

www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com

www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com 7 DICAS IMPERDÍVEIS QUE TODO COACH DEVE SABER PARA CONQUISTAR MAIS CLIENTES www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com As 7 dicas imperdíveis 1 2 3 Identificando seu público Abordagem adequada

Leia mais

POLÍTICA DE TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS BB SEGURIDADE PARTICIPAÇÕES S.A.

POLÍTICA DE TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS BB SEGURIDADE PARTICIPAÇÕES S.A. POLÍTICA DE TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS BB SEGURIDADE PARTICIPAÇÕES S.A. 28.03.2013 1. OBJETIVO 1.1 A presente Política de Transações com Partes Relacionadas da BB Seguridade Participações S.A.

Leia mais

Retorno dos Investimentos 1º semestre 2011

Retorno dos Investimentos 1º semestre 2011 Retorno dos Investimentos 1º semestre 2011 Cesar Soares Barbosa Diretor de Previdência É responsável também pela gestão dos recursos garantidores dos planos de benefícios administrados pela Sabesprev,

Leia mais

experiência Uma excelente alternativa em serviços de auditoria

experiência Uma excelente alternativa em serviços de auditoria experiência Uma excelente alternativa em serviços de auditoria A Íntegra é uma empresa de auditoria e consultoria, com 25 anos de experiência no mercado brasileiro. Cada serviço prestado nos diferentes

Leia mais

O Segredo do Sucesso na Indústria da Construção Civil

O Segredo do Sucesso na Indústria da Construção Civil O Segredo do Sucesso na Indústria da Construção Civil Planejamento estratégico pode ser o grande diferencial para a empresado ramo da construção civil, imobiliário e arquitetura que deseja obter mais sucesso

Leia mais

O Processo de Convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade e Auditoria às Normas Internacionais VERÔNICA SOUTO MAIOR

O Processo de Convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade e Auditoria às Normas Internacionais VERÔNICA SOUTO MAIOR O Processo de Convergência das Normas Brasileiras e Auditoria às Normas Internacionais VERÔNICA SOUTO MAIOR Professora do DCCA/UFPE, Conselheira do CFC, Coordenadora do Comitê Gestor da Convergência no

Leia mais

Prepare-se para uma viagem em

Prepare-se para uma viagem em Prepare-se para uma viagem em que você poderá:. conhecer diversas culturas e perspectivas,. desenvolver novas competências,. participar de uma organização estadual,. obter uma rede de contatos diferenciada,

Leia mais

ENTENDENDO COMO FUNCIONA A RENDA FIXA. Renda Fixa Plano B 124,0 % 10,0 % Renda Fixa Plano C 110,0 % 9,1 % Selic 71,0 % 6,5 %

ENTENDENDO COMO FUNCIONA A RENDA FIXA. Renda Fixa Plano B 124,0 % 10,0 % Renda Fixa Plano C 110,0 % 9,1 % Selic 71,0 % 6,5 % ENTENDENDO COMO FUNCIONA A RENDA FIXA A partir de 2005 foi iniciado um processo de alongamento dos prazos das carteiras de renda fixa da PSS, que propiciou bons ganhos por oito anos seguidos até o final

Leia mais

O IFRS e as cooperativas de crédito no Brasil - Efetividade das ações das auditorias internas e externas

O IFRS e as cooperativas de crédito no Brasil - Efetividade das ações das auditorias internas e externas O IFRS e as cooperativas de crédito no Brasil - Efetividade das ações das auditorias internas e externas JOÃO PAULO VIANA MAGALHÃES Departamento de Supervisão de Cooperativas de Crédito e Instituições

Leia mais

Mensagem do presidente

Mensagem do presidente Mensagem do presidente A giroflex-forma está em um novo momento. Renovada, focada em resultados e nas pessoas, ágil e mais competitiva no mercado de assentos e de mobiliário corporativo. Representando

Leia mais

Amanda Oliveira. E-book prático AJUSTE SEU FOCO. Viabilize seus projetos de vida. www.escolhas-inteligentes.com

Amanda Oliveira. E-book prático AJUSTE SEU FOCO. Viabilize seus projetos de vida. www.escolhas-inteligentes.com E-book prático AJUSTE SEU FOCO Viabilize seus projetos de vida CONTEÚDO À QUEM SE DESTINA ESSE E-BOOK:... 3 COMO USAR ESSE E-BOOK:... 4 COMO ESTÁ DIVIDIDO ESSE E-BOOK:... 5 O QUE É COACHING?... 6 O SEU

Leia mais

Os investimentos no Brasil estão perdendo valor?

Os investimentos no Brasil estão perdendo valor? 1. Introdução Os investimentos no Brasil estão perdendo valor? Simone Maciel Cuiabano 1 Ao final de janeiro, o blog Beyond Brics, ligado ao jornal Financial Times, ventilou uma notícia sobre a perda de

Leia mais

CRM estratégico criamos uma série de 05 artigos 100

CRM estratégico criamos uma série de 05 artigos 100 Sabemos que muitas empresas enfrentam sérios problemas na administração de suas carteiras e no relacionamento com seus clientes e que apesar de conhecerem os problemas e até saberem que uma iniciativa

Leia mais

Excelência em gente. Espírito de donos

Excelência em gente. Espírito de donos Excelência em gente Espírito de donos A seleção e formação de pessoas é um dos aspectos estratégicos para que a atuação da GP Investments no mercado de private equity proporcione o alcance de resultados

Leia mais

Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais

Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais Lustre sem graxa Engenharia de Produção Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais Falo sempre com a minha família que não

Leia mais

Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI. Prof. Fernando Rodrigues

Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI. Prof. Fernando Rodrigues Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI Prof. Fernando Rodrigues Nas empresas atuais, a Tecnologia de Informação (TI) existe como uma ferramenta utilizada pelas organizações para atingirem seus objetivos.

Leia mais

Como economizar dinheiro negociando com seu banco. negociecomseubanco.com.br 1

Como economizar dinheiro negociando com seu banco. negociecomseubanco.com.br 1 negociecomseubanco.com.br 1 Sumário Negocie Com Seu Banco... 3 Quem Somos... 3 Nossa Missão... 3 Este Ebook... 3 Introdução... 4 Como negociar... 6 1. Pesquise as taxas de juros na Negocie Com Seu Banco...

Leia mais

POR QUE PRECISAMOS SER RACIONAIS COM O DINHEIRO?

POR QUE PRECISAMOS SER RACIONAIS COM O DINHEIRO? ORGANIZE SUA VIDA POR QUE PRECISAMOS SER RACIONAIS COM O DINHEIRO? - Para planejar melhor como gastar os nossos recursos financeiros QUAIS OS BENEFÍCIOS DE TER UM PLANEJAMENTO FINANCEIRO? - Para que possamos

Leia mais

Guia de Métricas. Quais métricas acrescentam para a diretoria da empresa?

Guia de Métricas. Quais métricas acrescentam para a diretoria da empresa? Guia de Métricas Quais métricas acrescentam para a diretoria da empresa? QUAIS MÉTRICAS ACRESCENTAM PARA A DIRETORIA DA EMPRESA? Quem trabalha com marketing digital sabe que nem sempre é tão fácil provar

Leia mais

Otimismo desenvolvedoras de softwares

Otimismo desenvolvedoras de softwares Otimismo nas nuvens Ambiente favorável alavanca negócios das empresas desenvolvedoras de softwares, que investem em soluções criativas de mobilidade e computação em nuvem para agilizar e agregar flexibilidade

Leia mais

46 KPMG Business Magazine. Corrida contra o tempo

46 KPMG Business Magazine. Corrida contra o tempo 46 KPMG Business Magazine Corrida contra o tempo Impacto das novas tecnologias no vazamento de receitas preocupa empresas de telecomunicações O desenvolvimento econômico do país e a evolução do mercado

Leia mais