Diarreias epidêmicas dos suínos: TGE, PED, SDCo
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1 Diarreias epidêmicas dos suínos: TGE, PED, SDCo Daniel Linhares, M.Vet, MBA, PhD Gerente de Serviços Técnicos e Gestão Sanitária Génétiporc Agroceres PIC Mapa IMA ASEMG UFMG
2 Agradecimento Pelas Informações Dr Albert Rovira, VDL UMN Dr Montse Torremorell, SDEC UMN Dr Cesar Corzo, PIC EUA / América Latina José Piva, PIC EUA Dr Jer Geiger, PIC China Matt Ackerman, SVS Dr Han Soo Joo, UMN Márcio Gonçalves, KSU Dane Goede, UMN Dr. Bob Morrison, UMN Dr Fabio Vannucci, Microvet Websites interessantes e atualizados: AASV, ISU VDL, SDEC/UMN
3 Fotos cortesia do Dr Matt Ackerman, Swine Vet Services (EUA) Foto cortesia José Piva (EUA)
4 Todas as Idades são Susceptíveis Foto cortesia Dr Han Soo Joo, Univ. Minnesota
5 Impacto econômico para granja e para a suinocultura (alteração na oferta de suínos ao mercado) Impacto moral e pessoal envolvido Fotos cortesia José Piva, PIC EUA
6 Creche, Recria e Terminação Fotos cortesia do Dr Matt Ackerman, Swine Vet Services (EUA) 6
7 Introdução Vantagens competitivas da suinocultura brasileira: Livre dos vírus da Síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos, Peste Suína Africana, Gastroenterite transmissível, Deltacoronavírus e Diarréia epidêmica dos suínos, entre outros Patógenos emergentes são coisa do Passado Presente Futuro (novos patógenos, novas variantes )
8 Siglas TGE Transmissible Gastroenteritis (Gastroenterite transmissível) PED Porcine Epidemic Diarrhea (Diarréia epidêmica dos suínos) PEDv vírus causador da PED SDCov Swine Deltacoronavirus (Deltacoronavírus suíno) SECoV Swine Enteric Coronvaviruses (Coronavirus entéricos dos suínos)
9 PEDv Global Maio 2013 Jul-Ago 2014 Janeiro Março Abril 2013 Outubro? Adaptado de Dr Corzo, 2014
10 Coronavirus Família: Coronaviridae Diarreia epidêmica suína (PEDv) Gastroenterirte Transmissível (TGEv) Encefalomielite aglutinante (HEv) Coronavirus respiratório suíno (PRCv) Deltacoronavírus suíno (SDCv) Genoma: RNA - Envelopado Proteínas: 4 estruturais: (S: spike), (N: nucleocapsídeo), (E: envelope), (M: membrana) 3 não estruturais
11 Prevalência por Status de PEDv nos EUA 2M mtz, 738 granjas Goede & Morrison, Novembro 2014
12 Queda da incidência de PEDv nos EUA: Clima ou POA na Ração?
13 Cadê o Milho? Preocupação PEDv?
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15 No final do dia, ainda precisamos alimentar os suínos Dr Tokach
16 Possíveis Posturas de Produtores Sobre Riscos de PEDv via Ração/Ingredientes: Postura Avestruz Uso com cautela Não na minha ração Não aqui, não lá, não em lugar nenhum
17 Perguntas Sobre PEDv e Ração: Como descontaminar ração? Temperatura? Irradiar? Formol? Onde estocar ração, e a qual temperatura?? Quarentenar ração (silos adicionais)? Descontaminação de caminhões de ração? Lavadores de caminhão dedicados à fábricas de ração? Pedilúvio??
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20 PEDv: epidemiologia aplicada Infectada em todas idades níveis de excreção (contaminação ambiental) transmissibilidade (R) período infeccioso no ambiente (T 1/2 ) Imunidade protetora ~ curta duração (?) = Potencial de transmissão indireta = necessidade de BIOSSEGURANÇA!
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22 PEDv pode infectar macrófagos alveolares
23 PEDv: até 28 dias a 25ºC, 10 dias a 37ºC (Nelson et al., 2014) PEDv adaptado à cultura celular: seco em placas de petri e mantidos na temperatura indicada por até 49 dias. Amostras foram resuspensas e submetidos a re-isolamento em cultivo celular (cada ponto foi representado por 4 replicados).
24 IMPACTO DO PEDV NA PRODUTIVIDADE
25 Quantificando as Perdas Gráficos de controle estatístico de processo 1. Tempo para recuperar produtividade 2. Perdas totais (leitões não desmamados) Métodos detalhados: Linhares et al. Prev Vet Med (v116, P )
26 PEDv: Original vs. INDEL PEDv Original (124 granjas) Variante PEDv INDEL (3 granjas) Med TTBP (3DP) = 72% 12.6 sem Perda líq 2,6 leitões/mtz Méd TTBP (100%) = 38% 15.4 sem Perda líq 4,7 leitões/mtz Med TTBP (3DP) = 100% 4.3 sem Perda líq 0,4 leitões/mtz Med TTBP (100%) = 100% 6 sem Perda líq 0,9 leitões/mtz Dane Goede & Bob Morrison, 25 Julho 2014
27 Week 4 Week 5 Week 6 Week 7 Week 8 Week 9 Week 10 Week 11 Week 12 Week 13 Week 14 Week 15 Week 16 Week 17 Week 18 Week 19 Week 20 Week 21 Week 22 Week 23 Week 24 Week 25 Week 26 Week 27 Tempo para Estabilidade Weeks Post-Exposure Site 1 Site 2 Site 3 Site 4 Site 5 Site 6 Site 7 Site 8 Site 9 Site 10 Site 11 Site 12 Site 13 Site 14 Site 15 Site 16 Site 17 Site 18 Site 19 Site 20 Site 21 Site de 26 UPLs atingiram estabilidade Tempo para Estabilidade médio foi de 16,7 semanas (95%CI: 13,8-19,5 ) Tested: Positive Tested: Neg (too few litters) Tested: Negative Stable Dane Goede & Bob Morrison, 25 Julho 2014
28 Como Será a Recuperação da Produtividade a Nível Nacional??
29 Número de Desmamados/Parto nos EUA Whole Hog, 11 de Julho de 2014
30 Modos de Transmissão: Individual e Regional 1. Excretado pela via fecal, infecção pela via oral 2. Vírus altamente infeccioso e transmissível Permanece infeccioso em condições ambientais que outros vírus como PRRSv, TGEv, Aujeszky não toleram (14d, temperatura ambiente) Dose infecciosa mínima muito baixa 3. Transmissão indireta Caminhões (biossegurança do transporte) Pessoas Ar (até 16 Km) Pássaros! Ração, ingredientes???
31 Biossegurança Reversa: Roupas Descartáveis e Desinfecção do Carro Fotos Assayag Jr, 2014
32 Fatores de risco (24 granjas pareadas) Granjas positivas: > visitas de veterinários antes do surto 2x número de visitantes (empresa ou terceiros ) x entrada de veículos (troca gás, retirar carcaças/compostagem/lixo, etc) 10x maior introdução de animais de outros sítios 3.5x compartilhamento de equipamentos entre granjas 2.5x mais pássaros nas instalações Granjas negativas: 20% mais uso de desinfetante na rampa embarque após cada retirada leitões
33 PRINCÍPIOS PARA CONTROLE
34 Controle em Granja Sítio 1 Não existem vacinas eficazes Historicamente, vacinas contra Coronavírus tem baixa eficácia A melhor solução imunológica hoje é o feedback Controle é uma combinação entre 1. Fechamento de granja 2. Feedback a todos reprodutores 3. Limpeza e desinfecção 4. Redução da disseminação viral
35 Princípio de Fechamento de Granja Suscetíveis Infectados (infecciosos) Imunes Ausência de transmissão
36 Controle na Fase de Crescimento Biocontenção (!) Biossegurança Transporte Evitar contaminar frigoríficos Dedicar uma planta para sacrifício de animais PEDv positivos? Dedicar carretas para fluxos positivos?
37 RECADOS FINAIS
38 Diagnóstico no Brasil PCR: Microvet, UFMG, CEDISA/Embrapa Concórdia Dr Vannucci et al., 2014 SBSS
39 Fechar as Portas de Entrada Suínos importados: Quarentena: isolamento, sintomatologia Epidemiologia: saber status das origens Diagnóstico: PCR (excreção) & Sorologia (exposição prévia) Já disponívies no Brasil! Pessoas Vazio mínimo 10 dias (vírus permanece viável em temperatura ambiente por 1-2 semanas) Suprimentos Própria desinfecção Produtos de origem animal na ração sangue, plasma, farinhas: cautela neste momento (testes, procedimentos) Cercas, controle possível contato com Silvestres
40 Soluções Produtor: Implementação Boas Práticas de Biossegurança Fortalecer cultura de biossegurança em granjas Cultura de hoje: minha granja já é positiva Necessidade sim de quarentenas, avaliações sanitárias, Fluxos unidirecionais e em camadas Lavação (e descontaminação) apropriada de salas Biossegurança de transporte (abate, refugos, ) Limitar ao máximo entrada de animais! E de pessoas Conhecer vizinhos, estabelecer canais de comunicação veterinário-para-veterinário (Vet-to-Vet) Auditor biossegurança sistema Atento/educado sobre sinais clínicos suspeitos de desafios exóticos (pronto Dx) Outros: manejo eficiente de colostro, exposição de leitoas, troca de agulhas, tratamento individual de animais, manejo vacinações, todos dentro-todos fora, partos em banda, etc
41 Soluções e Contigências Setor Comércio ilegal subprodutos, carnes, animais, alimentos (caso PSA) Suídeos selvagens Profissionais da suinocultura em contato com Silvestres (Caça, Acampamentos, Fazendas, etc) Ingredientes de origem animal na ração (?): monitoramento, e ações baseadas em ciência Uso de subprodutos orgânicos para alimentação de suínos Uso consciente antimicrobianos Soluções imunológicas Sistema rastreabilidade animais de produção (granjas até frigorífico) Treinamento profissionais de campo e produtores
42 Soluções e Contigências Setor Monitoramento ativo patógenos: suínos e outras espécies Quem paga a conta? Granja, - Estudos genômicos de patógenos (circulação da mesma E.coli ou Staphylococcus em suínos comerciais vs. selvagens?) Estado, Associação Sequenciamento genômico de amostras estratégicas: estamos deixando de detectar algo importante? - Equipagem de laboratórios para testes rápidos e kits pré-validados para uma bateria de patógenos exóticos Produtores? Amostragem estratégica de pessoas e animais de alto risco Capitalização de - Vindos exterior, contato com silvestres (caça, pesquisa, trabalho), vet. campo multi espécies, animais domésticos em contato com natureza Capacitação de rede de Laboratórios Diagnóstico Veterinário Associação(ões) (ex.: ABCS, - Testes rápidos, precisos, baratos, a nível de baia, modernização contínua Contingências: definições de casos suspeitos, positivos e ações a serem desencadeadas ABEGS, ABPA...) para viabilizar - Estímulo e facilitação da identificação precoce
43 Muito obrigado pela atenção Os homens de grande sucesso no mundo usaram sua imaginação eles pensaram no amanhã, e desenharam um plano, que foi sendo melhorado aqui e ali, mas sempre avançando, sempre avançando Veja as coisas como você gostariam que elas fossem ao invés de como elas de fato são -Robert Collier Daniel Linhares, M.Vet, MBA, PhD daniel.linhares@agroceres.com
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