O analista entre o social e o inconsciente

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1 III Congresso Internacional de Psicopatologia Fundamental e IX Congresso Brasileiro de Psicopatologia Fundamental 2008 O analista entre o social e o inconsciente Elisa Rennó dos Mares Guia 1 Introdução No último século a sociedade tem passado por profundas transformações que vêm abalando os alicerces dos mais diversos campos do saber. Frente às grandes mudanças, já no início do século XIX Freud se deparava com discursos que questionavam o papel do inconsciente na formação do pathos: desde aquela época, o processo civilizatório, mudanças sociais, assim como a modernidade, eram apontados como fatores decisivos do adoecer psíquico e dos modos de subjetivação. Embora tal relação não seja completamente infundada, já em 1908 Freud nos mostra que a psicanálise possui uma relação particular com a cultura e suas mutações. É importante que a psicanálise esteja atenta ao que se passa em seu tempo, que discorra sobre questões relativas ao social: mudanças na cultura, novos paradigmas, diferentes questões que emergem do mundo moderno e ao que à clínica chega através de certos pacientes, podem nos levar a questionar e a elaborar novos saberes. Porém, tudo indica que existe um deslocamento quase permanente dos discursos sociais à clínica psicanalítica, em especial ao que toca a questão do pai. A figura do pai tem estado ao centro de debates e construções psicanalíticas atuais. Todavia, tais discussões já se mostravam presentes desde os anos 30. De maneira geral, a figura paterna está relacionada a uma figura de autoridade, de lei, de poder. Contudo, nos mais diversos âmbitos, muito se tem debatido sobre a eficiência deste lugar, tanto no que tange ao lugar do pai no campo social quanto à instância do pai no inconsciente. Mas afinal, de que pai se ocupa a psicanálise? Muitos apontam que socialmente o pai vem deixando de ocupar este lugar e, com freqüência, tal idéia é levada ao campo da subjetividade, tornando-se ponto de apoio central daqueles que discorrem sobre o declínio da função paterna, novos sintomas, entre outras leituras classificadas como contemporâneas. O intercâmbio entre a cultura, suas mutações e a psicanálise é fundamental não somente para a teorização, como também para a prática analítica uma vez que nossa disciplina também trata do coletivo. Porém, é igualmente importante interrogar o modo pelo 1 Doutoranda pela École Doctoral Recherches en Psychanalise Universidade Paris VII Denis-Diderot

2 qual tais construções e questionamentos devem ser tratados e incorporados à teoria psicanalítica. Assim, tendo como ponto de partida as interfaces entre a psicanálise e a cultura, o presente trabalho pretende abordar a relação entre a subjetividade e o âmbito social, focalizando a questão do pai para a psicanálise. Buscaremos investigar as origens da idéia de perda de poder do pai em nossa disciplina e analisar a relação entre o discurso social e o estatuto do inconsciente. Desta forma, iremos refletir sobre a posição do analista frente a esta relação tanto em suas construções teóricas quanto em seu trabalho na clínica. Sobre a origem da doença nervosa moderna É sempre interessante (re)visitar a teoria freudiana, tanto ao trabalhar questões relativas a cultura, ao social, quanto para evidenciar a relação singular que a psicanálise estabelece com a cultura e suas mutações. Desde o início de sua obra Freud coloca que a vida em sociedade implica em renúncia pulsional. Em Totem e Tabu (Freud, ), por exemplo, Freud defende a tese de que um grupo não pode viver em sociedade se não for regido por organizações, códigos, leis, proibições, interditos que passam necessariamente pelo sexual e que esta seria a condição mínima para o estabelecimento do laço social, ou seja, para a vida em sociedade. Todavia A moral sexual civilizada e doença nervosa moderna (Freud, 1908), parece ter sido o primeiro texto no qual Freud aborda explicitamente a relação entre a psicanálise e a cultura, e seria também o ponto de partida para entendermos o interesse freudiano pelas questões sociais. Tal artigo foi escrito no início do século XX, época marcada por grandes progressos nos mais diversos campos do conhecimento e pelo surgimento das grandes cidades. Novas descobertas científicas, assim como a segunda revolução industrial, também compõem o cenário da época. O declínio da religião e a crise de ideais pareciam estar ao centro das preocupações daquele tempo, bem como a denominada tristeza na modernidade. Este momento também se caracterizou por debates sobre a noção de patologia social e sobre a chamada neurose moderna.

3 Neste texto Freud dialoga com diversos autores 2 que se interessavam por tais mudanças, mas seu ponto de partida foi Beard 3, psiquiatra americano que se destacou em seu meio profissional em função de sua teoria sobre a neurastenia. Segundo ele, a neurastenia devia ser considerada como um distúrbio neurótico atribuído à modernidade. Aliás, este parece ter sido o primeiro conceito psicopatológico a portar uma conotação social. As grandes mudanças que tiveram lugar nesse período da segunda revolução industrial são apontadas por Beard como causa direta das psicopatologias, ou seja, a responsabilidade pela doença é atribuída a certas influências nocivas da civilização. De acordo com ele, a modernidade vinha produzindo grandes mudanças no ritmo de vida, e tais mudanças se encontravam na origem de sintomas por ele apontados à época: cansaço, ansiedade, impotência sexual, depressão, etc. De acordo com o psiquiatra o processo de modernização estava dando origem ao surgimento de um mal, ou seja, a modernidade produziria a neurose. Tudo indica que assim nascia a primeira concepção de doença social: a neurose atribuída à modernidade. Porém, já nessa época, Freud possuía uma postura crítica com relação a tais teorias que apontavam a modernidade como responsável pelos distúrbios neuróticos. Segundo ele, embora tal relação não seja completamente infundada, a essência desses distúrbios não teria se alterado em função dos tempos modernos. Para Freud esta visão ignorava o fator etiológico chave, o fato de que a cultura é fundada sobre a repressão pulsional. Assim, dentro da lógica freudiana, a causa principal das neuroses reside na dicotomia entre, de uma parte, um fator sexual e, de outra parte, as diversas formas de renúncia e repressão pulsional que a cultura impõe na tentativa de dominar o sexual. Maria Teresa Carvalho (2004) nos chama a atenção para o fato de que provavelmente, a maior parte das constatações de Freud sobre a moral sexual e os preceitos que compunham a repressão sexual dominante em sua época (recato, tabu da virgindade, entre outros) não seriam facilmente transpostos para os dias de hoje. Segundo a psicanalista, mesmo que os tempos tenham mudado, Esse texto freudiano pode guardar sua atualidade se lido como uma afirmação que permaneceu por toda sua obra - do papel preponderante concedido a repressão pulsional e ao recalcamento da sexualidade na etiologia das neuroses, uma vez que, por trás da repressão da vida sexual, está a sexualidade infantil recalcada. 2 Entre eles, W. Erb (Sur l accroissement de la maladie nerveuse à notre époque, 1985), discorre sobre os tempos modernos, assim como sobre as crescentes exigências impostas às eficiências do individuo. Freud também faz referência à Kraft-Ebing ( Nevrosität und neurathenishe Zustände, 1895, p.ii in: Nothnagel, Handbuch der spez. Pathologie und Therapie), que acreditava que, à época, o modo de vida dos inúmeros povos civilizados estava diretamente relacionado com o nocivo incremento de doenças nervosas que se propagavam fatalmente. 3 George Miller Beard: sua teoria foi questionada por Freud à partir da obra «Die Pathologie und Therapie der Neurasthenie (Patologia e terapia da neurastenia), 1896» de Binswagner.

4 É possível concluir que teorias que apontam a modernidade, as mudanças culturais como responsáveis únicas pelas chamada neurose moderna ou sintomas atuais contradizem a lógica Freudiana, uma vez que, como ressalta Paul Laurent Assoun (1984), a coisa (sexual) é irrecusável, assim como a existência do interdito, aonde quer que haja civilização. Ao discorrer sobre a relação entre pulsão e cultura, entre interditos culturais e neurose, a intenção de Freud era de mostrar que existe uma relação entre a produção do sintoma e a contradição social. Uma contradição entre desejo, pulsão e interditos. A origem desta idéia em psicanálise O debate ideológico sobre a neurose moderna teve lugar pela primeira vez em psicanálise no início do século XX, época em que o declínio da religião, a crise de ideais e a denominada tristeza na modernidade pareciam estar ao centro das preocupações. Apesar das constantes mudanças no campo social, para Freud a importância do papel do sexual na etiologia das neuroses, assim como a primazia do inconsciente nas formações subjetivas, continuava a ser um dos pontos centrais da teorização psicanalítica. Porém, no final dos anos 30, o então jovem Lacan, em seu texto Os complexos familiares na formação do indivíduo (1939) 4, retoma o debate sobre a neurose moderna, apresentando uma leitura diferente daquela que Freud fizera em Os Complexos Familiares foi um texto de grande importância, uma vez que aborda não somente a própria fundação da psicanálise, mas também a relação entre determinações sociais e a evolução das neuroses, como nos aponta Zafiropoulos (2001). Segundo ele, nesta época a obra de Lacan parecia estar diretamente ligada às ciências sociais de seu tempo. «tudo indica que desde muito cedo Lacan freqüentava textos da escola francesa de sociologia, ao primeiro rang estão E. Durkheim e M. Mauss, assim como a leitura de etnólogos...» (Zafiropoulos, 2001, p.9). Naquele texto Lacan fizera um diagnóstico do mal-estar contemporâneo e este parece ter sido o primeiro trabalho psicanalítico a sugerir uma relação direta entre mudanças sociais e seus impactos na subjetividade. Segundo Zafiropoulos, assim parecia surgir a primeira concepção da clínica sócio-histórica em psicanálise e, de acordo com o psicanalista, Lacan teria escrito seu artigo sob a influência do sociólogo francês Émile Durkheim. Durkheim, nascido no século XIX, ministrou em Bordeaux um curso sobre a família - no qual abordava a evolução do modelo da família e as conseqüências advindos desta 4 Jacques Lacan, [1939] 2001 pp.23-84

5 evolução - e em uma de suas lições apresentou sua idéia sobre a família conjugal 5. Segundo ele, o modelo de família em vigor naquela época não mais consistia na família paternal, que teria prevalecido até então, e sim na família conjugal, o que traria conseqüências nocivas para o indivíduo e a sociedade. Enquanto a primeira compreende o pai, a mãe e todas as gerações deles advindas, com exceção das filhas e seus descendentes, a segunda consiste em marido, esposa e filhos menores e solteiros, pois, uma vez casados, o filho faria seu foyer independente. Mesmo que os filhos continuem ligados a seus pais e que deles recebam algum tipo de ajuda, não mais se observaria entre eles um estado de dependência perpétua, o que, segundo Durkheim, consistiria na base da família paternal e patriarcal. De acordo com Durkheim, estaríamos, então, frente a um novo tipo de família, na qual os únicos elementos permanentes seriam o marido e a esposa, uma vez que mais cedo ou mais tarde os filhos deixariam a casa. Durkheim aponta que este novo tipo de família se caracterizaria também pela crescente intervenção do Estado na vida familiar, ou seja, o Estado teria se tornado um fator a ser considerado na vida doméstica. Seria através dele que se exerceria o direito de correção do pai quando ele ultrapassa certos limites 6, o que para Durkheim demonstraria a dimensão da transformação da família. Assim, ele remarca a importância da intervenção do Estado no funcionamento da família conjugal, mais especificamente no que concerne a autoridade do pai, assim como o declínio jurídico de sua autoridade. E mais: para Durkheim, o declínio da autoridade do pai consiste em um elemento decisivo nas mudanças observadas no que tange ao poder social do grupo familiar. De acordo com Zafiropoulos (2001, p.79), Lacan utiliza o saber sociológico articulado por Durkheim sobre a evolução da família e suas conseqüências, para fundar uma clínica psicanalítica dependente desta forma. Assim, a noção de família conjugal teria sido trazida por Lacan do campo da sociologia para o das formações subjetivas. Naquela época, Lacan acreditava que as figuras inconscientes se encontram diretamente ligadas ao social e, nesse sentido, as grandes mudanças então observadas no cenário social iriam repercutir na subjetividade. Nesse contexto, a contração familiar traria como conseqüência a degradação da imagem do pai no inconsciente o que, naquela época, Lacan colocava como condição social do edipismo. 5 Émile Durhkeim, La famille conjugale (1892) in Texte, Paris, Les Éditions de Minuit, Durkheim aponta que naquela época (final do século XIX), na França, uma lei autorizara, em certos casos, o tribunal a anunciar a decadência do poder paterno.

6 Vale lembrar que para a psicanálise o complexo de Édipo possui um papel central na dialética da subjetivação e se, para Lacan, a figura do pai seria determinada pelas condições sociais, a anomalia da situação familiar por ele apontada, colocaria em xeque a constituição do sujeito e seria igualmente responsável pela evolução das neuroses e pela grande neurose contemporânea. Zafiropoulos nos diz que isto explicaria as razões pelas quais Lacan evocava, de forma um pouco disjunta, o declínio do poder do pai na família como uma nova condição social do edipismo. Ou seja, se a imagem social do pai estava em declínio, o valor inconsciente do pai também estaria em decadência e, de acordo com Lacan, este declínio estaria intimamente ligado à dialética da família conjugal. Um grande número de efeitos psicológicos parece-nos decorrer de um declínio social da imago paterna. Um declínio condicionado por se voltarem contra o indivíduo alguns efeitos extremos do progresso social: um declínio que se marca sobretudo, em nossos dias, nas coletividades mais desgastadas por esses efeitos: as concentrações econômicas, as catástrofes políticas. (Lacan, 1938, P.67) De acordo com Zafiropoulos (2001), assim surgia a teoria do declínio da imago paterna. Como Lacan aponta em 1938, grande parte das neuroses estaria relacionada - ou poderia até mesmo ser imputada - a este declínio. Nesse sentido a estruturação inconsciente estaria submissa a uma condição social, uma vez que, naquela época, Lacan aponta um relativismo sociohistórico na estruturação subjetiva, contrapondo-se ao universalismo de Freud. «Segundo essa teoria dos anos , o sintoma dependeria daquilo que Lacan nomeia claramente em 1950 «as condições sociais do edipismo», constituindo um eixo de uma teoria da maturação subjetiva que gira essencialmente em torno da imago paternal, imago cujo valor da estruturação esta diretamente relacionada ao valor social do pai de família, e a integração social da própria família.» (Zafiropoulos, 2001 p.14) O início do século XX, quando Freud empreende debates sobre a neurose moderna, foi uma época marcada pela crise de ideais, não muito diferente da insegurança que rondava os anos 30, o que também não se distancia tanto do que se tem sido dito sobre a figura do pai nos dias de hoje. Muito se tem debatido sobre este lugar: novas formas de filiação, novas configurações familiares, a revolução feminina, entre inúmeras mudanças. Tudo isso teria abalado o lugar social do pai. Nesse contexto, o momento atual de nossa cultura é freqüentemente entendido como um momento de crise, no qual o declínio do poder paterno ocupa lugar central. Segundo Paulo Ceccarelli,... se existe declínio, é um declínio do patriarcado devido às transformações, sobretudo econômicas, que produziram o homem moderno. (Ceccarelli, 2002)

7 Caberia então identificar uma relação entre o declínio do modelo de patriarcado e o declínio do valor do pai no inconsciente? Antes de responder a esta pergunta voltemos àquela questão colocada no início deste artigo: afinal, de que pai a psicanálise se ocupa? De que pai trata a psicanálise e o estatuto inconsciente do pai De que pai trata a psicanálise? Essa é uma questão bastante complexa e difícil de ser respondida de forma precisa, uma vez que a psicanálise aborda o pai em diversos registros: o pai do Édipo, o pai totêmico, o pai das fantasias histéricas, o pai simbólico, o pai real... entre outras diversas leituras e teorizações que implicam o pai. Todavia, o ponto aqui em questão nos parece ser pensar em que medida a presença física do pai implica em sua presença simbólica, ou em que medida a falência social desse lugar implica em seu declínio no inconsciente. Freud parece ter sido claro com relação ao seu posicionamento frente às teorias que apontam um relativismo entre mudanças sócio-históricas e subjetividade. Também Lacan, diferentemente de sua posição teórica de 1938, acaba por abandonar suas referências durkheimianas, assim como a teoria do declínio da imago paternal a partir dos anos 50, quando inicia o que ele chama de justo retorno a Freud 7. Assim, nos anos 50 ocorre o que Zafiropoulos (2003) chama de morte epistemológica do pai da família para Lacan. Segundo ele, nessa época Lacan passa a se interessar pela idéia do estruturalismo, recém-trazida dos Estados Unidos por Claude Lévi-Strauss 8, que acreditava que a função simbólica organiza as sociedades à partir daquilo que ele chamava de significante zero. Segundo Lévi-Struass, o significante zero seria um ponto de exceção que permite que o universo cultural funcione, que permite que o pensamento simbólico se exerça. Lacan se interessa pela noção de função simbólica e passa a defender a tese de que, essa sim, organizaria a sociedade - e não o contrário. Segundo Zafiropoulos (2003), a teoria do nome do pai de Lacan, além da influência freudiana, teria suas raízes nessas idéias. Ou seja, de um significante específico que ocupa este lugar. Ao longo de sua obra Freud trata exaustivamente da questão do pai. Porém, para abordar a questão em foco, iremos nos ater ao texto Totem e Tabu ( ) onde, ao discorrer sobre o pai morto que esta introduzido no inconsciente, Freud já partilhava de um 7 Termos utilizados por Jacques Lacan em Fonction et champ de la parole et du langage en Psychanalyse, Rapport du Congrès de Rome tenu a l Instituto Di Psicologia della Universitá di Roma les 26 et 27 septembre 1953, in: Écrits, Paris, Le Seuil, Sobre este assunto ver: Lévi-Strauss, C. As estruturas elementares do parentesco Petrópolis/São Paulo: Vozes/EDUSP, 1976.

8 posicionamento próximo do chamado pai simbólico. Nesse texto Freud aborda a questão do simbólico a partir do totem 9. O Totem consiste em um objeto vivo, em geral animais, escolhido como mítico pelo grupo. Dentro do mito freudiano, o laço social seria estabelecido através da veneração totêmica, uma vez que o totem se torna o significante do grupo. O pai totêmico freudiano representaria a lei, a castração no Édipo. Assim, a castração traduziria as restrições dos processos civilizatórios e poderia ser compreendida como limite, como não completude, como a entrada no universo simbólico. Nesse sentido, consistiria também na entrada na renuncia pulsional exigida pela cultura, sem a qual não seria possível o estabelecimento do laço social e, por conseqüência, a manutenção dos processos civilizatórios - sem a qual o sujeito não teria acesso ao universo simbólico. Segundo Zafiropoulos (2003) é, então, sob a influencia de Freud e dessas idéias defendidas por Lévi-Strauss, dentre outros, que Lacan abandona a noção de pai de família e adota o pai simbólico.... passando pela teoria freudiana do pai simbólico, o totem, e a teoria de Lévi-Strauss do símbolo zero, é possível reconhecer no totem este símbolo ao principio dos sistemas completamente inconscientes que constituem os destinos subjetivos dos indivíduos como sua implementação no coletivo. (Zafiropoulos 2003, p.166) O pai simbólico - que Lacan 10 chama de metáfora Nome-do-Pai - seria responsável pela estruturação do sujeito na trajetória edipiana. Na teoria defendida por Lacan, o advir do sujeito, ou seja, sua constituição se dá a partir da separação da célula narcísica mãe-filho, em um processo no qual é essencial que haja algo que intervenha, que promova esta separação. O Nome-do-Pai seria, então, responsável por este corte, pelo estabelecimento deste limite que marca a passagem da natureza à cultura, ou seja, o acesso ao universo simbólico. Esta passagem estabeleceria a eficiência da Função Paterna. Observe-se que ao sistematizar este conceito, mesmo que o tenha nomeado Nome-do- Pai, Lacan trata de uma função que não vai de encontro à presença paterna, ou seja, não significa que este lugar passe, necessariamente, pelo pai da família, e sim, por uma figura ou algo que possibilite esta separação, esta passagem. Assim, o pai não mais consistiria em uma instância real pois o significante nome do pai é um significante que possui um estatuto inconsciente para Lacan. Nesse contexto ele passa a descartar a idéia de que as figuras inconscientes se encontram diretamente ligadas à esfera social, de que um determinado modelo de família seria responsável pela eficiência do Édipo. 9 O totemismo consiste em um sistema adotado por alguns povos primitivos que, de certa forma, ocupa o lugar da religião e fornece os princípios de organização social. 10 Ver Jacques Lacan, Seminário Livro 5 - As formações do inconsciente, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Edit. 1999

9 O Nome-do-Pai corresponde, então, ao suporte da função simbólica, ao reconhecimento desta função circunscrita no lugar aonde se exerce a lei. Desta forma, a metáfora do Nome-do-Pai vem testemunhar a atualização da castração que intervém sob a única forma em que é inteligível: a castração simbólica. Assim, a metáfora paterna tem uma função estruturante, na medida em que é responsável pelo advento do sujeito. A posição do analista e considerações finais Mesmo que Lacan tenha retificado sua posição frente ao estatuto do pai para a psicanálise, a idéia de uma clínica sócio-histórica, assim como a teoria do declínio do pai, têm rondado a psicanálise. Talvez face aos desafios, ou mesmo face aos seus limites, ou até como forma de defesa, haja uma tendência a recorrer a estas idéias na busca por resposta. As colocações de Lacan nos anos 30 se baseiam em construções advindas da sociologia que, do ponto de vista jurídico, questionam a perda de poder do pai. Embora tais construções não devam, de forma alguma, ser ignoradas - uma vez que a sociologia e a psicanálise são disciplinas que possuem vários interesses em comum -, estabelecer um relativismo sócio-histórico dos modos de subjetivação parece não consistir em uma posição analítica. Os riscos de tal posicionamento são vários, dentre os quais podemos os seguintes: muitos analistas, ao abordarem a questão do coletivo, transportam suas conclusões para o campo do caso-a-caso sem passar pelo inconsciente. Ou seja, ao tomar como base o terreno social para definir algo da subjetividade, o analista corre o risco de tornar-se rígido e deixar de lado a verdade que mais interessa à psicanálise: a do sujeito. Como nos lembra Ana Cecília Carvalho (2006, p.22) A história construída ou reconstruída em uma psicanálise nem sempre é aquela relativa aos acontecimentos empíricos da realidade concreta, mas uma que retira seu valor traumático justamente do fato de às vezes nunca pôde ser verbalizado e, desse modo, integrado numa cadeia de sentido. Desta forma, consideramos que as construções psicanalíticas devem consistir em um processo de abertura. Abertura de sentido e não um fechamento. Abertura que permita a transformação, a produção de algo novo. Partindo desta lógica, o analista deve ser um objeto transformador, estando aberto aos diversos pontos de vista e não se atendo a uma única verdade. Quando o analista é maleável o paciente poderá utilizá-lo para a produção de algo novo, ou seja, para forjar uma diferente resposta. Se o pathos pode ser pensado como a repetição da mesma resposta poderíamos, então, pensar a saúde como a tolerância do sujeito frente aos diversos acontecimentos, tolerância no sentido de possibilitar uma diferente

10 resposta. Mas, para tal, o analista deve adotar uma postura desprendida, sendo capaz de abandonar seus pré-julgamentos. A psicanálise deve se ocupar de questionamentos que envolvam o sujeito, e não somente de uma conjuntura social. Sabe-se que, muitas vezes, ao procurar um analista o próprio sujeito já esta se interrogando sobre si mesmo. Dentro da lógica freudiana, por exemplo, é importante que se entenda o pathos, o sintoma, como algo que, de certa forma, denuncia a repressão pulsional imposta pela cultura. Ao discorrer sobre a relação entre pulsão e cultura, entre interditos culturais e neurose, Freud também nos mostrou que seria fundamental considerar as soluções individuais de cada sujeito que, em sua singularidade, irá buscar uma forma de lidar com tal impasse. Porém, o fato de que este impasse é inerente à existência humana não isenta o sujeito de sua responsabilidade frente a seu sintoma. Poderia ser dito que explicar o sintoma somente pelo viés do social seria o mesmo que des-implicar o sujeito de sua questão. Ou, como o próprio Lacan coloca em seu texto sobre os Complexos Familiares: Freud realizou uma obra revolucionária uma vez que estava mais preocupado com o doente do que com a doença, e procurou compreendê-lo para curá-lo. Para tanto, é importante adotar uma postura crítica em relação às inúmeras perspectivas teóricas, realizar comparações, bem como buscar sempre compreender o contexto no qual determinada teoria foi construída. O analista deve estar livre de certezas antecipadas. Este movimento certamente contribui para a constituição de um caminho possível para que o analista não se distancie do inconsciente, e também não deixe de se questionar sobre fenômenos sociais. Referências Bibliográficas - ASSOUN, Paul Laurent, C est, donc, la chose, toujours in : Nouvelle Revue de Psychanalyse (La chose sexuelle), nº29, Paris, Gallimard, Printemps p.34-p CARVALHO, Maria Teresa Melo, Sobre o alcance e os limites do recalcamento nas chamadas psicopatologias da contemporaneidade in: Marta Rezende Cardoso. (Org.). Limites, 1 ed. São Paulo, Escuta, 2004, v. 1, p CARVALHO, Ana Cecília, O ofício do psicanalista in: Percurso, Revista de Psicanálise, ano XIX, nº37, 2º semestre de 2006, p CECCARELLI, Paulo Roberto, Configurações edipicas da Contemporaneidade : reflexões sobre as novas formas de filiação» in Pulsional Revista de Psicanálise, São Paulo, ano XV, 161, 88-98, set DURHKEIM, Émile, La famille conjugale (1892) in Texte, Paris, Les Éditions de Minuit, FREUD, Sigmund, La morale sexuelle civilisée et la nervosité moderne (1908), in La vie sexuelle ( ), Paris, PUF, 1973, p.28-46

11 - FREUD, Sigmund, Totem et Tabou ( ). Paris : Petite Bibliothèque Payot, LACAN, Jacques, Fonction et champ de la parole et du langage en Psychanalyse, Rapport du Congrès de Rome tenu a l Instituto Di Psicologia della Universitá di Roma les 26 et 27 septembre 1953, in: Écrits, Paris, Le Seuil, LACAN, Jacques, Les complexes familiaux dans la formation de l individu : essai d analyse d une fonction en psychologie in : Autres écrits, Paris, Seuil, 2001, pp LACAN, Jacques, O Seminário Livro 5 - As formações do inconsciente, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Edit ZAFIROPOULOS, Markos, Lacan et Lévi-Strauss ou le retour à Freud , PUF, Paris, ZAFIROPOULOS, Markos, Lacan et les sciences sociales, PUF, Paris, elisarmg@hotmail.com

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