TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº /2003 ACÓRDÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 20.471/2003 ACÓRDÃO"

Transcrição

1 TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº /2003 ACÓRDÃO Lancha MAR DE ESPANHA. Colisão com mergulhador. Deficiência de sinalização de mergulho. Exculpar o 1º representado e condenar o 2º. Condenação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos No dia 5 de janeiro de 2003, cerca das 14h15min, na área de aproximação da ilha de Santo Aleixo, Barra de Sirinhaém PE ocorreu a colisão da lancha MAR DE ESPANHA com o mergulhador Cláudio Manoel Teixeira, que efetuava pesca submarina (apnéia), provocando-lhe ferimento no músculo tibial anterior. No inquérito, realizado pela CPPE, foram ouvidas 5 testemunhas, realizado laudo pericial e juntada a documentação de praxe. Consta que Cláudio Manoel Teixeira, conhecido por Cal, marinheiro auxiliar de convés, que, por ocasião do acidente, fazia pesca submarina, no peito (apnéia), pescando polvo; que utilizava pé de pato, máscara, respirador, bicheiro, arpão (espingarda Cobra), defensa ou bóia de borracha para sinalizar o local do mergulho; que, tem experiência neste tipo de pesca, cerca de 18 anos; que o acidente ocorreu na frente da ilha de Santo Aleixo, cerca de 200 metros; que a distância da ilha ao Continente é de 6 quilômetros; que a profundidade do local do acidente é de 2 metros e meio em fundo de pedra; que o seu colega estava pescando a mais ou menos 15 metros do depoente, em fundo de areia numa profundidade de 3 metros e meio; que desconhece o nome do proprietário da embarcação de apoio, sendo a mesma emprestada por um colega; que o depoente, juntamente com seu filho Francisco e um amigo, Roberto, foram à remo, até o local da pescaria, saindo da Barra de Sirinhaém; que o material de

2 salvatagem constava de 2 coletes salva-vidas e 3 defensas que serviam de bóia; que começaram a pescar por volta das 9h e o acidente aconteceu cerca das 14h40min; que a maré estava com uma hora de enchente, sol muito bonito, tempo limpo; que a distância do local do acidente em relação ao barco de apoio era cerca de 20 metros; que a bóia era utilizada para marcar o ponto de mergulho e amarrar os peixes em um arame de aço inox; que a mesma estava amarrada a espingarda; que tinha ferrado um polvo e viu outro, porém o fôlego não dava para pegar o segundo; que foi até a superfície respirar, quando escutou um barulho muito forte, subindo rápido para ver o que era, quando viu uma lancha se aproximando a cerca de 3 metros; que largou a espingarda, o bicheiro e desceu, sentido o pé de pato raspar no fundo da lancha e a hélice pegando no pé esquerdo; que subiu rapidamente, ficando chamando a pessoa da lancha, acenando com o pé de pato, porém a pessoa não atendeu; que nadou em direção a bateira e seu filho veio remando lhe encontrar; que embarcou na mesma colocou a perna para cima apoiando em um tambor plástico, parando o sangramento e amarrando uma camisa abaixo do corte maior; que solicitou a um amigo, Falcão, que ia passando, para pegar o nome da lancha; que o dito amigo passou um rádio pedindo socorro e foi até a lancha que estava parada na praia da ilha, falando para o proprietário prestar socorro; que a lancha rebocou a bateira até a entrada da Barra de Sirinhaém, onde foi transferido para um barco, uma vez que a pessoa da lancha não conhecia o local; que foi levado até Barra de Sirinhaém onde recebeu os primeiros socorros; que em seguida a ambulância da Prefeitura o transferiu para o Hospital Getúlio Vargas; que entre os dias 7 ou 8 de janeiro, o proprietário da lancha compareceu na casa do depoente, acompanhado do escrivão da Delegacia de Sirinhaém e de um policial com roupa civil e o conduziu a uma Clínica particular em Recife, onde realizou exame médico; ao ser perguntado se o local onde ocorreu o acidente era de tráfego rotineiro de embarcações, respondeu: passa embarcação pequena; que as maiores passam pelo sul da ilha, onde tem baliza e o 2

3 calado é maior; ao ser perguntado, a qual distância a bóia se encontrava do local estava mergulhando, respondeu: mais ou menos 15 metros; que na sua opinião a causa determinante do acidente foi a falta de atenção do piloto da lancha, pois passaram em direção a ilha de Santo Aleixo, mais ou menos 20 lanchas e vários barcos de pesca e todos passaram pelo lado do sul; que sempre pescou naquele local sem nenhum problema e que conhece a ilha e toda região como a palma da mão. Que o depoente fez anexar ao seu depoimento, cópia de uma declaração de sua autoria, sem assinatura, relatando a assistência prestada ao mesmo pelo senhor Cláudio Cabral Simões, ver folha nº 13. Francisco Cardoso da Silva Filho, conhecido por Falcão, marinheiro auxiliar de convés, que estava em seu barco de passeio, navegando em direção a ilha de Santo Aleixo, quando viu pela sua proa uma bateira e duas bóias de sinalização a mais ou menos 10 metros da bateira; que por BB viu se aproximando duas embarcações, sendo uma maior e outra menor; que a maior ao ver o seu bardo, passou pela popa e a menor entre a sua proa e a bateira e as bóias; isto a mais ou menos 20 metros; que a sua embarcação embora sendo de passeio é pesada, navega a baixa velocidade e tem um calado de 1 metro e meio; que por conta deste fato não passa sobre as pedras, desviando para BE para entrar pela baliza; que a embarcação de pouco calado pode na maré de enchente passar sobre as pedras, local onde se encontrava o mergulhador; que, após a lancha passar, viu um dos mergulhadores fazendo sinal para a lancha; que ao se aproximar mais, o mergulhador fez sinal e o depoente se aproximou mais ainda; que quando chegou no local o mergulhador estava subindo na bateira e viu que estava ferido na perna esquerda; que falou para ele fazer um torniquete e folgar a cada 5min, enquanto iria pedir ajuda a uma embarcação mais veloz; que fez comunicação por rádio pedindo socorro a uma embarcação mais próxima da ilha de Santo Aleixo; que se dirigiu a lancha Mar de Espanha, que já estava fundeada na ilha, distante em linha 3

4 reta, aproximadamente 100 metros do local onde estava o mergulhador; que falou para o responsável da embarcação, que tinha passado por cima de um mergulhador, ele ficou com voz alterada dizendo que não tinha culpa; o depoente falou que não estava ali para julgar, e sim, querendo um socorro para um acidentado; que o responsável pela lancha escutou pelo rádio as transmissões; que algumas pessoas que estavam na embarcação procuraram acalmá-lo e encontrar uma solução; que ele falou que não sabia entrar na Barra de Sirinhaém; o depoente falou para socorrer o rapaz que ele por rádio mandaria outra lancha para Boca da Barra indicar o caminho; que o condutor da lancha fez o reboque da bateira até a Boca da Barra; acrescentou ainda o depoente que a lancha MAR DE ESPANHA passou entre a bateira e as duas bóias; que no local onde ocorreu o acidente é comum o tráfego de embarcações de menor calado, na maré de enchente; que as embarcações aumentam a velocidade para praticamente planar na água; que aquela embarcação vinha em velocidade normal para aquele local. Roberto Belo da Silva, conhecido por Betinho, que faz pesca de mergulho, por esporte, no local onde ocorreu o acidente a mais ou menos 3 anos; ao ser perguntado qual a distância do local do acidente em relação a bateira, respondeu; da bateira para o Cal, uns 17 metros; que se encontrava a mais ou menos 10 metros do Cal; que não viu a lancha bater nele, pois estava mergulhado; que ao subir viu o Cal pedindo socorro para o depoente e para o seu filho; que chegou na bateira, remaram até ele e o puxaram para cima; que na hora que ele estava gritando, a lancha seguia para Santo Aleixo; que as bóias ou defensas são amarradas nas espingardas e ficavam a mais ou menos 10 metros do depoente e do Cal; que as lanchas passavam pelo lado sul, entrando pela baliza e a lancha que atingiu Cal, veio em linha reta, passando entre a bóia e a bateira; acrescentou o depoente que após Falcão pedir apoio, o condutor da lancha voltou para prestar socorro; que o proprietário da lancha pediu desculpa ao Cal e foi saindo, quando o Cal 4

5 falou, como é que vai ficar, eu tenho família, tendo ele falado, você tem que andar com sinalização, tendo o depoente dito que tinha duas bóias na água. Claudio Cabral Simões, Arrais Amador, proprietário da lancha de nome fantasia MAR DE ESPANHA, o mesmo disse que, como não há qualquer prova contundente sobre a conclusão do choque da lancha com o pescador, declara que prestará rigorosamente todas as informações necessárias com base nos fatos que permeiam esta possibilidade; que antes de possuir embarcação já freqüentava a ilha de Santo Aleixo, junto com amigos; que em 1999 adquiriu a 1ª embarcação e desde então, rigorosamente em todo verão, de acordo com as condições do mar que entendia como boas, saía da ponta de Serrambi para a citada ilha; ao ser perguntado, no momento que o senhor não tem certeza que foi o autor da colisão com o pescador, por que assumiu ou custeou parcialmente as despesas decorrentes do ferimento sofrido pelo pescador, respondeu: sendo esta uma possibilidade, preferiu por questões de princípio e formação dar ajuda ao pescador; que foi informado quando da sua chegada a praia da ilha, através de um barco utilizado em passeios turísticos que havia um bote com um pescador lhe solicitando socorro, uma vez que dizia ele ter sido tocado quando mergulhava, por sua embarcação; que imediatamente recolheu âncora e rumou ao bote citado para observar o que havia acontecido; que naquele momento foi informado pelo pescador de que não havia observado sua bóia, bóia esta que se tratava de um pedaço de isopor bastante deteriorado que possivelmente se confundia com a cor do mar; que informou ao pescador que a sinalização correta para o mergulho não era aquela e sim, sinalização bandeirada, ou seja, acima do nível do mar, de qualquer forma por uma questão humanitária, rebocou o pequeno bote onde ele se encontrava com o pé para cima, aparentemente, com pequeno sangramento; que não conhecia a entrada da barra que da acesso a praia de Sirinhaém, rebocando o bote até a entrada da barra, quando foi ajudado por uma embarcação que deu continuidade ao socorro; que assim que o 5

6 pescador passou para a outra embarcação, solicitou ao filho dele que fornecesse o nome do acidentado e telefone de contato; que a partir daquele momento, ainda no mar, fez contato com a Capitania dos Portos, relatando o ocorrido e prestando as primeiras informações; ao ser perguntado se no trajeto em direção a ilha de Santo Aleixo, viu um bote com um possível pescador e nas proximidades do mesmo, bóias sinalizadoras ou mesmo pedaços de isopor, demonstrando a presença de rede de pesca ou mergulhador em operação, respondeu: viu o bote com duas pessoas dentro, a BB, aproximadamente a 100 metros, com uma bóia a cerca de 2 metros do referido bote, o que lhe garantia a distância suficiente para passar com a sua embarcação. Paulo Roberto Chaves Vieira, publicitário, declarou que saíram de Serrambi em direção a ilha de Santo Aleixo; que quando chegaram na ilha e desceram da lancha, chegou uma embarcação informando que nós havíamos passado por cima de um pescador; que foram até o local indicado por aquela embarcação e viram que havia um bote sendo puxado por uma lancha; que naquele bote havia uma pessoa com o pé para cima; que perguntaram o que houve, tendo aquela pessoa falado que a nossa lancha havia passado por cima dele; acrescentou o depoente que na sua opinião, foi uma falta de responsabilidade estar naquele local, sem nenhuma sinalização, no meio do nada; que não sabe se foi a lancha que o atingiu, porque ninguém viu nada. Francisco Neves Teixeira, conhecido por Manga Rosa, ajudante de pedreiro, que, por ocasião do acidente com o seu pai, conhecido por Cál, estava secando a água da canoa (bateira); que, quando levantou a vista, viu o seu pai lhe chamando e o sangueiro na água, e a lancha já estava a uns 20 metros de distância; que a mesma era branca, com cabine branca, com uma cobertura tipo lona e tinha mais ou menos 6 pessoas; que o seu pai ao ser atingido, estava bem em frente a bateira, uns 20 metros; que havia duas bóias indicando a presença de mergulhadores, na cor branca com as pontas azuis, de material tipo borracha; que a distância do local onde seu pai foi 6

7 atingido e as bóias era cerca de 8 metros; que o Cál usava roupa de mergulho na cor cinza; que a embarcação que atingiu seu pai, passou próximo ao bico da bateira e próximo das bóias; ao ser perguntado se tem certeza que a lancha que atingiu o seu pai foi a mesma que voltou para prestar socorro, respondeu, tenho, porque tinha um moreno forte e uma pessoa mais magra e reconheceu também por conta da capota tipo lona com armação de alumínio. Foi procedida perícia, conforme o laudo de exame pericial, folhas nº 74/76, onde os peritos afirmam que a embarcação de esporte e/ou recreio de nome fantasia MAR DE ESPANHA, encontrava-se em bom estado de conservação, apresentando ranhuras no hélice de 3 pás e algumas no casco pela proa; que os coletes salva-vidas estavam sem marcação, contrariando o preconizado na NORMAM 03 de 2002; que, segundo informação da vítima, Sr. Cláudio Manoel Teixeira, no momento do acidente encontrava-se pescando de mergulho em apnéia; que os pescadores utilizaram como meio de transporte para o local do acidente, uma bateira de 3,5 metros de comprimento, de fundo chato, inadequada para navegação na área em ocorreu o acidente; que o material de sinalização era composto de duas defensas de cor branca e a própria bateira; que foi emitido um laudo preliminar a respeito das lesões sofridas pelo Sr. Cláudio Manoel Teixeira, em decorrência do acidente, do Hospital Getúlio Vargas, onde consta, lesão do músculo tibial anterior esquerdo, ver folha nº 52. Que a comissão de peritos, complementando o laudo de exame pericial, utilizando-se de uma embarcação da inspeção naval, realizou o trajeto empreendido pela Lancha MAR DE ESPANHA, nas condições aproximadas de maré por ocasião do acidente. Verificando que o local onde ocorreu o acidente, tem uma profundidade na baixa mar, cerca de 4 metros e é considerado área navegável, mesmo em fundo de pedra. Que o fator material contribuiu para o acidente, por falta de bóia de sinalização adequada para a prática de mergulho (bóia de marcação de mergulho autônomo, que 7

8 poderia ser de qualquer cor, porém deveria ter a devida bandeira na cor vermelha e branca, indicativa de mergulhador na área). Acrescentou ainda a comissão de peritos, que o fator operacional contribuiu para o acidente, tendo em vista o descumprimento da Regra 5 do RIPEAM, por parte do condutor da lancha MAR DE ESPANHA. Concluído que as causas determinantes do acidente estão contidas nos fatores material e operacional citados. Que a embarcação (bateira) utilizava pelos pescadores/mergulhadores no trajeto entre Barra de Sirinhaém e as imediações da ilha de Santo Aleixo, era incompatível, para navegação em mar aberto. No relatório o encarregado do inquérito concluiu: Fator material contribuiu, tendo em vista a ausência de bóia de marcação de mergulho autônomo, muito embora a vítima estivesse utilizando uma defensa de cor branca para marcar o local do mergulho e amarrar os peixes; e Fator operacional contribuiu, deficiência de vigilância, por parte do condutor da lancha MAR DE ESPANHA, tendo em vista o descumprimento da Regra 5 do RIPEAM (Vigilância Toda embarcação deverá manter, permanentemente, vigilância apropriada, visual e auditiva, bem como, através e todos os meios apropriados às circunstâncias e condições predominantes, a fim de obter inteira apreciação da situação e do risco de colisão ). Vale ressaltar que nas proximidades do local onde se encontrava a vítima, havia outro mergulhador, também com uma defensa e a bateira, que indicava no mínimo, a presença de rede de pesca/pescadores e ou mergulhadores. Que, em face do que foi dito e apurado, permite considerar como possíveis responsáveis pela colisão, a própria vítima, o Senhor Claudio Manoel Teixeira, por imprudência em mergulhar em área considerada navegável, sem utilizar a correta bóia de marcação para mergulho autônomo; e 8

9 O condutor da lancha MAR DE ESPANHA, Senhor Claudio Cabral Simões, por descumprir a Regra 5 do RIPEAM. A PEM, em uniformidade de entendimento com o relatório, ofereceu representação em face dos indiciados com fulcro nos arts. 14, letra a (colisão) e 15, letra e (todos os fatos) da Lei nº 2.180/54. Cláudio Manoel Teixeira, alega em sua defesa que o requerente foi vítima de colisão no dia 5 de janeiro de 2003, quando pescava em sua bateira nas proximidades da ilha de Santo Aleixo, pela lancha MAR DE ESPANHA cuja hélice lhe causou profundo ferimento na perna esquerda com lesão do músculo tibial anterior conforme doc 2, ora acostado, bem como lesão dos extensores dos dedos do pé (doc. 3). Convém salientar, Doutor julgador, que conforme se verifica na própria representação (3) o requerente utilizava material de sinalização duas defensas de cor branca e a própria bateira (grifo nosso) além de também próximo ao requerente encontrarem-se outros 2 pescadores efetuando o mesmo mister e que, por pouco não foram atingidos. Sendo, pois, impossível que uma qualquer pessoa sóbria, atenta, vigilância e devidamente qualificada (grifo nosso) não visualizasse o grupo. Corrobora o que se explicita o depoimento do Sr. Francisco Cardoso da Silva Filho às fls. 16. É ainda importante e necessário salientar que até 2 meses antes do acidente a lancha MAR DE ESPANHA era pilotada por marinheiros já que o proprietário não tinha prática, tendo o filho do requerente Severino dos Ramos de Assis, trabalhado com o referido dono. No item 7 da representação convém destacar a afirmação dos peritos de que o local deve ser evitado pelas embarcações. Não procede o que consta no item 6 da representação pois o requerente jamais foi transferido para Clínica particular em Recife pelo primeiro representado. Este lhe 9

10 omitiu socorro só retornando quando a lancha TORTUGA foi ao seu encalço. Todo tratamento foi no Hospital Getúlio Vargas e sua lesão dos dedos do pé é irreversível. Por todo o exposto espera ter demonstrado que não houve negligência de sua parte pois estava sinalizado e foi uma vítima dos que fazem do mar sua recreação contra os que buscam nele sua sobrevivência. Já a defesa de Cláudio Cabral Simões, argumentou que as defensas utilizadas para sinalização pelo pescador Claudio Manoel (2º representado), estavam conforme comprovado pelas fotos, com sua cor bastante alterada, ou seja, fora do seguro e recomendável, sendo perfeitamente possível não serem percebidas ou mesmo confundidas com objetos que são lançados ao mar. Não havia portanto, sinalização própria e definitiva de que havia presença de homens mergulhando naquela área. No momento em que foi avisado pelo piloto de uma embarcação de passeio, que alguém pedia socorro, mesmo não havendo qualquer certeza de que realmente o acidente havia sido provocado por sua embarcação, prestou imediato socorro à vítima. O trajeto realizado por embarcações pelo lado sul da ilha de Santo Aleixo, conforme citado por um pescador no laudo, é normalmente feito por embarcações que partem de Toquinho e Barra de Serinhaém ou mesmo embarcações de menor porte que encontram dificuldade em navegar em mar aberto. O trajeto pelo lado norte, é comumente utilizado por barcos que partem de porto de Galinhas e Serrambi (local de partida da embarcação). No tocante ao descumprimento à regra nº 5 do RIPEAM citado no laudo, a utilização de material impróprio para mergulho além da localização arriscada e imprudente do pescador, poderiam ter motivado sobremaneira o citado descumprimento. A partir de tais ponderações e dentro do melhor direito de defesa, baseado no mandado de citação, torna-se imperioso ratificar os seguintes pontos: 10

11 1 Apesar de ter prestado socorro à vítima, não há provas contundentes e definitivas de que o acidente tenha sido provocado pela embarcação em questão. 2 Ainda assim considerando essa possibilidade, conforme o próprio mandato de citação aponta em um de seus parágrafos, a forma de sinalização utilizada pelo mergulhador, foi considerada marcação imprópria para indicação de mergulhador na área. 3 Também com base na perícia, a sinalização inadequada e, em péssimo estado de conservação, contrapõe a idéia de sua fácil visualização. Conforme as fotos da perícia, as ditas defensas de cor branca se tratavam de 2 pedaços de isopor sem forma definida, bastante corroídos pela ação do tempo, cuja coloração e tamanho em nada se aproximam, conforme comprovado, da sinalização exigida para a prática de mergulho em condições minimamente seguras. 4 Em outra prova pericial, constatou-se que: o local do acidente é considerado área navegável, apesar de possuir fundo de pedra, porém, segundo os peritos, por questões de segurança e, quando devidamente balizado, o local deve ser evitado pe las embarcações.. Sobre este ponto, cabem as seguintes considerações: a) Com base na perícia realizada no material utilizado pelo mergulhador, pode-se concluir em definitivo, que não havia balizamento adequado; b) Não existe qualquer apontamento formal, sobre qual o momento exato em que as embarcações devem evitar aquele local, considerado área navegável, e na ocasião com profundidade suficiente para tal; e c) Vale observar que o litoral nordestino, em particular o Pernambucano é conhecido por possuir o fundo do mar com formação de pedras e arrecifes, em praticamente toda sua extensão. 11

12 5 Quanto ao descrito no 12º ponto do mandado de citação, vale salientar que em qualquer momento o 1º representado reconhece aquele trecho de navegação, como sabidamente utilizado por mergulhadores para pesca submarina. Por todo o exposto, requer à esta corte considerar que, os fatos que levaram à esse processo, além de não evidenciarem responsabilidade do 1º representado, em última análise foram causados por uma atitude inconseqüente e imprópria do 2º representado. Na fase de instrução nenhuma prova foi produzida. Em alegações finais, manifestaram-se as partes. De tudo o que consta nos presentes autos, verifica-se que a causa determinante da colisão da lancha com mergulhador foi a prática de mergulho, em área navegável, sem a utilização de bóia indicativa de mergulho autônomo. A unanimidade da prova produzida nos autos, inclusive o depoimento da própria vítima, são contundentes em afirmar que o mergulho era praticado em área navegável e não possuía bóia de marcação, com bandeira na cor vermelha e branca indicativa de mergulhador na área. Ao contrário, o mergulhador acidentado utilizava-se de dois pedaços de isopor sem forma definida, corroídos pela ação do tempo. Assim não se pode afirmar que houve falta de vigilância por parte do condutor da lancha diante da precariedade da sinalização de mergulho e mais a embarcação utilizada como apoio para o mergulho era inadequada para navegar no local onde encontrava-se. Diante do exposto, deve ser julgado parcialmente procedente a representação, considerando-se responsável o 2º representado, diante de suas condutas imprudentes e exculpando-se o 1º representado uma vez que a sua defesa deu conta de demonstrar que não houve deficiência de vigilância praticada pelo mesmo. 12

13 Assim, A C O R D A M os Juízes do Tribunal Marítimo, por unanimidade: a) quanto à natureza e extensão do acidente: colisão de lancha com mergulhador, provocando lesões corporais no mesmo; b) quanto à causa determinante: inexistência de sinalização adequada de mergulhador na área; c) decisão: julgar o acidente da navegação, previsto no art. 14, letra a, da Lei nº 2.180/54, como decorrente da imprudência do 2º representado CLAUDIO MANOEL TEIXEIRA (MAC), mergulhador acidentado, deixando-se de lhe aplicar pena diante do que preceitua o art. 143, da Lei supra, exculpando-se o 1º representado. Isento de custas. Oficiar à Diretoria de Portos e Costas informando as infrações aos arts. 16 e 17 do RLESTA, da responsabilidade do proprietário da lancha MAR DE ESPANHA.P.C.R. Rio de Janeiro, RJ, em 15 de fevereiro de MARCELO DAVID GONÇALVES Juiz-Relator WALDEMAR NICOLAU CANELLAS JÚNIOR Almirante-de-Esquadra (RM1) Juiz-Presidente 13

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 21.065/04 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 21.065/04 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 21.065/04 ACÓRDÃO B/P TOCANTINS. Trumatismo sofrido por pescador que caiu no convés principal. Sendo a causa determinante provável descuido da própria vítima. Arquivamento.

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 17.884/98 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 17.884/98 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 17.884/98 ACÓRDÃO Moto-aquática VIPER. Colisão com altos fundos de corais, resultando em lesões corporais nos dois ocupantes, adolescentes inabilitados, e em avarias na embarcação.

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 20.438/2003 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 20.438/2003 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 20.438/2003 ACÓRDÃO Lancha "FARUSCA". Explosão seguida de incêndio. Causa não apurada. Arquivamento. Vistos os presentes autos. Consta dos Autos que, no dia 13 outubro de

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 19.230/01 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 19.230/01 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 19.230/01 ACÓRDÃO Comboio integrado R/M ARENA III / Balsas NAVEZON 53, NAVEZON 25 e NBI X Canoa motorizada sem nome. Abalroação resultando em naufrágio da canoa, com posterior

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 20.446/03 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 20.446/03 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 20.446/03 ACÓRDÃO B/P DOM ISAAC V. Abordagem de barco pesqueiro em plena viagem por pessoas desconhecidas que roubaram toda a carga. Delito cuja materialidade foi comprovada,

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 20.092/2002 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 20.092/2002 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 20.092/2002 ACÓRDÃO Jet-sky VADIO x veleiro BONS VENTOS I. Abalroação envolvendo veleiro e jet-sky não identificado. Causa indeterminada devido a falta de elementos de prova

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 19.093/2000 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 19.093/2000 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 19.093/2000 ACÓRDÃO Comboio Integrado pelas Chatas TQ-61 / TQ-38 com o empurrador TQ-25 e o batelão areeiro ER-II. Abalroação provocando avarias e o naufrágio parcial do batelão,

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 21.874/06 ACÓRDÃO Canoa sem nome. Naufrágio de embarcação a remo com exposição a risco da referida embarcação e das vidas e fazendas de bordo, provocando a morte de uma passageira

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO N 0 20.018/02 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO N 0 20.018/02 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO N 0 20.018/02 ACÓRDÃO N/M "ASTERI". Morte de trabalhador em operação de raspagem no casco de navio mercante quando em faina de mergulho no porto de Sepetiba, RJ. Condenação.

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 21.726/05 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 21.726/05 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 21.726/05 ACÓRDÃO Catamarã JUMBO CAT II. Colisão de catamarã com pedras, seguida de encalhe, provocando avarias na embarcação, sem ocorrência de vítimas. Avaria sofrida no

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 20.822/2004 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 20.822/2004 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 20.822/2004 ACÓRDÃO L/M LAGOMAR II. Avaria no motor, deixando a embarcação á deriva, com assistência de reboque. Danos materiais, sem ocorrência de acidentes pessoais ou danos

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 20.689/04 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 20.689/04 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 20.689/04 ACÓRDÃO REM JEAN FILHO XXXIV e Balsa CONAVE XVII. Colisão de comboio com muro de marina. Possíveis influência de fortes ventos. Arquivamento. Vistos os presentes

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 18.855/2000 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 18.855/2000 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 18.855/2000 ACÓRDÃO B/P DONA NORIS. Interceptação e apresamento de pesqueiro venezuelano por prática de pesca não autorizada na zona econômica exclusiva brasileira, aplicação

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 21.419/05 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 21.419/05 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 21.419/05 ACÓRDÃO N/T MARTA. Acidente de Trabalho com trabalhador durante a montagem de andaime no tanque do navio que se encontrava docado no estaleiro. Não configurada a

Leia mais

Número de inscrição: 443-004663-8; e Proprietário/armador: Alcione Catarina Bacheschi Sponton. Documentação de praxe anexada.

Número de inscrição: 443-004663-8; e Proprietário/armador: Alcione Catarina Bacheschi Sponton. Documentação de praxe anexada. TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 21.383/05 ACÓRDÃO B/P GLORIA I. Naufrágio de barco de pesca que fica sem governo. Quebra da haste do leme manual. Arquivamento. Vistos os presentes autos. Consta dos autos

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO N0 19.663/01 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO N0 19.663/01 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO N0 19.663/01 ACÓRDÃO Aerobarco FLECHA DE IPANEMA e Chata DIALCAR II. Abalroação entre aerobarco e comboio formado por rebocador e chata, provocando avarias na proa do aerobarco,

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO JP//MDG PROCESSO Nº. 22.804/07 ACORDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO JP//MDG PROCESSO Nº. 22.804/07 ACORDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO JP//MDG PROCESSO Nº. 22.804/07 ACORDÃO Catamarã TURISMANDO. Avaria deixando a embarcação à deriva. Deficiência de manutenção. Condenação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.

Leia mais

UNESC Faculdades Integradas de Cacoal Mantidas pela Associação Educacional de Rondônia E-mail: unesc@unescnet.br - Internet: www.unescnet.

UNESC Faculdades Integradas de Cacoal Mantidas pela Associação Educacional de Rondônia E-mail: unesc@unescnet.br - Internet: www.unescnet. NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA (NPJ) ANEXO VI (Edital n. 02/2014-2) CRONOGRAMA SEMESTRAL 9.º PERÍODO DEPENDÊNCIA N. DATAS ATIVIDADES EQUIVALÊNCIA Disponibilização do Cronograma Semestral de atividades no átrio

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO N0 20.113/02 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO N0 20.113/02 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO N0 20.113/02 ACÓRDÃO Jangada "CARINA". Emborcamento quando navegava a 05 milhas da praia de Ponta Negra, Natal, RN. Sem vítimas. Condenação. Vistos, relatados e discutidos os

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 18.116/99 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 18.116/99 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 18.116/99 ACÓRDÃO Moto-aquática não identificada X flutuante tipo BANANA BOAT, rebocado pela moto-aquática SPX-I. Abalroação resultando em lesões corporais de natureza grave

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 18.911/2000 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 18.911/2000 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 18.911/2000 ACÓRDÃO B/M JOSILANDE. Água aberta seguida de naufrágio com perda total da embarcação e sua carga. Não houve acidentes pessoais e/ou danos ao meio ambiente marinho.

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO N.º 20.561/03 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO N.º 20.561/03 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO N.º 20.561/03 ACÓRDÃO B/M VOVÔ ORLANDO CIDADE. Queda de tripulante na água, estando a embarcação atracada, da prancha de embarque/desembarque, colocada conforme os usos e costumes,

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 19.897/2002 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 19.897/2002 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 19.897/2002 ACÓRDÃO L/M CAVITOS. Impropriedade da embarcação para o serviço em que era utilizada e empregada para prática de ato ilícito previsto em lei como crime (descaminho).

Leia mais

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br A U A UL LA O céu Atenção Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, mas ficava

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 18.183/99 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 18.183/99 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 18.183/99 ACÓRDÃO Lancha de passageiros COMDUSA XII. Queda de passageira a bordo, provocando-lhe ferimentos graves, com fraturas múltiplas no ombro. Desequilíbrio sofrido

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 19.043/00 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 19.043/00 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 19.043/00 ACÓRDÃO Veleiro NIGHT JAR. Encalhe em banco de areia, resultando em naufrágio com perda total da embarcação, sem vítimas. Tráfego da embarcação em região de bancos,

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 21.366/05 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 21.366/05 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 21.366/05 ACÓRDÃO R/E ASSO VENTI. Ferimento em tripulante durante faina de reinstalação de rede de resfriamento do diesel-gerador, provocando-lhe a amputação traumática parcial

Leia mais

RASCUNHO QUESTÃO DISSERTATIVA 1

RASCUNHO QUESTÃO DISSERTATIVA 1 PROVA DISCURSIVA P 2 Nessa prova, faça o que se pede, usando, caso deseje, os espaços para rascunho indicados no presente caderno. Em seguida, transcreva os textos para o CADERNO DE TEXTOS DEFINITIVOS

Leia mais

Notas técnicas. Introdução

Notas técnicas. Introdução Notas técnicas Introdução As Estatísticas do Registro Civil são publicadas desde 1974 e fornecem um elenco de informações relativas aos fatos vitais, casamentos, separações e divórcios ocorridos no País.

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO JP/ET PROCESSO Nº 23.325/08 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO JP/ET PROCESSO Nº 23.325/08 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO JP/ET PROCESSO Nº 23.325/08 ACÓRDÃO Embarcação sem nome. Colisão com banhista na praia Mar de Minas, represa de Três Marias, no município de Três Marias, MG, com vítima. Arquivamento.

Leia mais

APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0025401-51.2009.8.19.0205

APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0025401-51.2009.8.19.0205 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0025401-51.2009.8.19.0205 Apelante : Ministério Público Apelado : FABIO DE SOUZA MESQUITA Relatora : Desembargadora Maria Angélica G. Guerra Guedes APELAÇÃO CRIMINAL. FURTO TENTADO.

Leia mais

Legislação e tributação comercial

Legislação e tributação comercial 6. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 6.1 Conceito Na terminologia adotada pelo CTN, crédito tributário e obrigação tributária não se confundem. O crédito decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (CTN, 139).

Leia mais

RESOLVE expedir a presente resolução, conforme articulados abaixo:

RESOLVE expedir a presente resolução, conforme articulados abaixo: RESOLUÇÃO Nº 001/99 O Conselho Estadual de Trânsito de Goiás - CETRAN-GO, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, em específico pelo artigo 14, inciso II do Código de Trânsito Brasileiro;

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 18.821/2000 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 18.821/2000 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 18.821/2000 ACÓRDÃO Moto-aquática SP 2318-01 X flutuante tipo banana boat, rebocado pela L/M KATITA. Abalroação resultando em lesões corporais em dois ocupantes do flutuante.

Leia mais

1.º Curso de Estágio de 2006 TESTE DE DEONTOLOGIA PROFISSIONAL

1.º Curso de Estágio de 2006 TESTE DE DEONTOLOGIA PROFISSIONAL 1.º Curso de Estágio de 2006 TESTE DE DEONTOLOGIA PROFISSIONAL Analise a hipótese que a seguir se enuncia e responda, depois, às questões suscitadas sobre a mesma, fundamentando as respostas com as disposições

Leia mais

Copyright Proibida Reprodução.

Copyright Proibida Reprodução. PROCEDIMENTO PADRÃO PERÍCIA AMBIENTAL Prof. Éder Responsabilidade Clementino dos civil Santos INTRODUÇÃO BRASIL: Perícia Ambiental É um procedimento utilizado como meio de prova; Fornecimento de subsídios

Leia mais

Promoção de Arquivamento n.º 005.2016.54.1.1.1043822.2015.38276

Promoção de Arquivamento n.º 005.2016.54.1.1.1043822.2015.38276 INQUÉRITO CIVIL Nº 4152/2015 PROMOTORIA: 54ª PRODHSP. OBJETO: Apurar suposta ocorrência de desvio de função de servidores ocupantes do cargo de Investigador de Polícia Civil do Estado do Amazonas que realizam

Leia mais

Psicologia Educacional I. Violência nas escolas

Psicologia Educacional I. Violência nas escolas Psicologia Educacional I Violência nas escolas Objectivos Analisar algumas das causas que levam à violência nas escolas. Analisar a forma como esta se manifesta, nomeadamente nas relações professor/aluno,

Leia mais

NOME: Nº. ASSUNTO: Recuperação Final - 1a.lista de exercícios VALOR: 13,0 NOTA:

NOME: Nº. ASSUNTO: Recuperação Final - 1a.lista de exercícios VALOR: 13,0 NOTA: NOME: Nº 1 o ano do Ensino Médio TURMA: Data: 11/ 12/ 12 DISCIPLINA: Física PROF. : Petrônio L. de Freitas ASSUNTO: Recuperação Final - 1a.lista de exercícios VALOR: 13,0 NOTA: INSTRUÇÕES (Leia com atenção!)

Leia mais

Petição Inicial MERITÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DO JUÍZO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE UBERABA-MG.

Petição Inicial MERITÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DO JUÍZO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE UBERABA-MG. MERITÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DO JUÍZO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE UBERABA-MG. Petição Inicial xxxxxx, menor absolutamente incapaz, neste ato representado por sua mãe Lara ccccccc, brasileira, solteira,

Leia mais

Processo n.º 662/2013 Data do acórdão: 2013-11-28. manifesta improcedência do recurso rejeição do recurso S U M Á R I O. O relator, Chan Kuong Seng

Processo n.º 662/2013 Data do acórdão: 2013-11-28. manifesta improcedência do recurso rejeição do recurso S U M Á R I O. O relator, Chan Kuong Seng Processo n.º 662/2013 Data do acórdão: 2013-11-28 (Autos em recurso penal) Assuntos: manifesta improcedência do recurso rejeição do recurso S U M Á R I O É de rejeitar o recurso em conferência, quando

Leia mais

Preenchimento do Formulário 2.01

Preenchimento do Formulário 2.01 Preenchimento do Formulário 2.01 O primeiro passo para o preenchimento formulário de Depósito de Pedido de Registro de Desenho Industrial é o download do formulário correto. A certeza de que o usuário

Leia mais

2. -Porém, os documentos adunados ao laudo pericial contrariam a conclusão do Sr. Expert, senão vejamos:

2. -Porém, os documentos adunados ao laudo pericial contrariam a conclusão do Sr. Expert, senão vejamos: PROCESSO N 000.97.721736-9 (CONTROLE 1679) CIGNA SEGURADORA S.A., por sua advogada e bastante procuradora que esta subscreve, vem, nos autos da ação ORDINÁRLA que move contra ARMAZÉNS GERAIS COLUMBIA S.A.

Leia mais

2015 O ANO DE COLHER ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO

2015 O ANO DE COLHER ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO Texto: Apocalipse 22:1-2 Então o anjo me mostrou o rio da água da vida que, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro, no meio da RUA principal da cidade. De

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 21.149/04 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 21.149/04 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 21.149/04 ACÓRDÃO Plataforma P-31. Incêndio no motor gerador da praça de máquinas a bordo de plataforma, tendo como causa determinante o rompimento de uma conexão da rede

Leia mais

BREVE MANUAL PARA USO DE ALGEMAS

BREVE MANUAL PARA USO DE ALGEMAS BREVE MANUAL PARA USO DE ALGEMAS Recordando do curso de Direitos Humanos e Direito Internacional Humanitário para Forças Policiais e de Segurança, que fiz pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha CICV,

Leia mais

Tribunal de Contas da União

Tribunal de Contas da União Tribunal de Contas da União Dados Materiais: Decisão 307/98 - Plenário - Ata 19/98 Processo TC nº 014.188/97-0 Interessado: Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. Entidade:

Leia mais

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO, ACTUALIZAÇÃO E AVALIAÇÃO ÁRBITROS ASSISTENTES DE 2.ª CATEGORIA Futebol de 11 TESTE ESCRITO PERGUNTAS

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO, ACTUALIZAÇÃO E AVALIAÇÃO ÁRBITROS ASSISTENTES DE 2.ª CATEGORIA Futebol de 11 TESTE ESCRITO PERGUNTAS FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL CONSELHO DE ARBITRAGEM CURSO DE APERFEIÇOAMENTO, ACTUALIZAÇÃO E AVALIAÇÃO ÁRBITROS ASSISTENTES DE 2.ª CATEGORIA Futebol de 11 Fátima, 6 de Agosto de 2006 ÉPOCA 2006/2007

Leia mais

Rio de Janeiro, 09 de março de 2016. DECISÃO DA 2ª COMISSÃO DISCIPLINAR REGIONAL - CDR - TJD/RJ

Rio de Janeiro, 09 de março de 2016. DECISÃO DA 2ª COMISSÃO DISCIPLINAR REGIONAL - CDR - TJD/RJ Rio de Janeiro, 09 de março de 2016. COMUNICAÇÃO Nº 040 /2016 TJD/RJ DECISÃO DA 2ª COMISSÃO DISCIPLINAR REGIONAL - CDR - TJD/RJ Sob a Presidência da Dra. Renata Mansur F. Bacelar, presentes os Auditores

Leia mais

Processo n.º 363/2014

Processo n.º 363/2014 Processo n.º 363/2014 (Recurso Cível) Relator: Data : João Gil de Oliveira 16/Outubro/2014 ASSUNTOS: - Julgamento da matéria de facto SUMÁ RIO : Não é pelo facto de algumas testemunhas, empregados de uma

Leia mais

RELATÓRIO DE AUDITORIA Nº 05/2014. Suprimento de Fundos - CPGF

RELATÓRIO DE AUDITORIA Nº 05/2014. Suprimento de Fundos - CPGF RELATÓRIO DE AUDITORIA Nº 05/2014 Suprimento de Fundos - CPGF 1. INTRODUÇÃO Em atenção ao preceituado no item 11 do PAINT/2014, devidamente aprovado pela Controladoria Geral da União Controladoria Regional

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 17.994/98 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 17.994/98 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 17.994/98 ACÓRDÃO N/M BETELGEUSE. Não configurada a ocorrência de acidente e/ou fato da navegação elencados na Lei nº 2.180/54. Infração ao artigo 378 do RTM. Arquivamento.

Leia mais

Nº 70028459576 COMARCA DE PORTO ALEGRE KELLY BORCHARDT GREGORIS CLARO DIGITAL S/A A CÓRDÃO

Nº 70028459576 COMARCA DE PORTO ALEGRE KELLY BORCHARDT GREGORIS CLARO DIGITAL S/A A CÓRDÃO APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE CANCELAMENTO DE DÉBITO E INDENIZAÇÃO. TELEFONE MÓVEL. SERVIÇO DE ACESSO À INTERNET. Não foi comprovado o satisfatório esclarecimento da consumidora sobre os termos da contratação,

Leia mais

ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 09 DE JUNHO DE 2014 Às vinte horas do dia nove de junho de dois mil e quatorze, na sede da Câmara Municipal, reuniu-se

ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 09 DE JUNHO DE 2014 Às vinte horas do dia nove de junho de dois mil e quatorze, na sede da Câmara Municipal, reuniu-se ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 09 DE JUNHO DE 2014 Às vinte horas do dia nove de junho de dois mil e quatorze, na sede da Câmara Municipal, reuniu-se em Sessão Ordinária a totalidade dos Vereadores, sob

Leia mais

PARECER N.º 104/CITE/2014

PARECER N.º 104/CITE/2014 PARECER N.º 104/CITE/2014 Assunto: Parecer relativo a queixa sobre a recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível, pedido pela trabalhadora com responsabilidades familiares ao Laboratório,

Leia mais

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS Acórdão: 20.514/14/2ª Rito: Sumário PTA/AI: 15.000017859-30 Impugnação: 40.010135173-41 Impugnante: Proc. S. Passivo: Origem: EMENTA Daniel dos Santos Lauro CPF: 084.807.156-50 Karol Araújo Durço DF/Juiz

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon)

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon) 1 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon) Acrescenta e altera dispositivos na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para incluir no ensino fundamental e médio, e nos

Leia mais

Tribunal de Contas da União

Tribunal de Contas da União Tribunal de Contas da União Dados Materiais: Acórdão 291/96 - Segunda Câmara - Ata 17/96 Processo nº TC 399.124/93-4 Responsável: Sebastião Fernandes Barbosa Entidade: Prefeitura Municipal de Minas Novas

Leia mais

RECUPERAÇÃO DE IMAGEM

RECUPERAÇÃO DE IMAGEM RECUPERAÇÃO DE IMAGEM Quero que saibam que os dias que se seguiram não foram fáceis para mim. Porém, quando tornei a sair consciente, expus ao professor tudo o que estava acontecendo comigo, e como eu

Leia mais

2006-02-17 - PGT-CCR-67-2006

2006-02-17 - PGT-CCR-67-2006 Processo-PGT-CCR - 67/2006 Interessado 1: Ofícios de Uberlândia e Juiz de Fora(PRT 3ª Região) Interessado 2: PRT 3ª Região Assunto: Conflitos de atribuições entre Ofício e Sede (3ª Região) VOTO I - RELATÓRIO

Leia mais

DETALHES IMPORTANTES PARA ATINGIR A BOA COMUNICAÇÃO

DETALHES IMPORTANTES PARA ATINGIR A BOA COMUNICAÇÃO Página 1 de 7 INDICE Nenhuma entrada de sumário foi encontrada. Página 2 de 7 Autor: Alkíndar de Oliveira (alkindar@terra.com.br) Dentre outros atributos, o exercício da oratória exige o conhecimento e

Leia mais

O momento do gol. Parece muito fácil marcar um gol de pênalti, mas na verdade o espaço que a bola tem para entrar é pequeno. Observe na Figura 1:

O momento do gol. Parece muito fácil marcar um gol de pênalti, mas na verdade o espaço que a bola tem para entrar é pequeno. Observe na Figura 1: O momento do gol A UU L AL A Falta 1 minuto para terminar o jogo. Final de campeonato! O jogador entra na área adversária driblando, e fica de frente para o gol. A torcida entra em delírio gritando Chuta!

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 3.278, DE 2012 (Do Sr. Guilherme Mussi)

PROJETO DE LEI N.º 3.278, DE 2012 (Do Sr. Guilherme Mussi) CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI N.º 3.278, DE 2012 (Do Sr. Guilherme Mussi) Acrescenta o art. 8º-A à Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 - Código de Defesa do Consumidor. DESPACHO: APENSE-SE À(AO)

Leia mais

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Impugnação: 48.386 Impugnante: Metalgráfica São Miguel Ltda PTA/AI: 02.

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Impugnação: 48.386 Impugnante: Metalgráfica São Miguel Ltda PTA/AI: 02. Acórdão: 13.535/99/3 a Impugnação: 48.386 Impugnante: Metalgráfica São Miguel Ltda PTA/AI: 02.000111093-91 Origem: UF/Betim Rito: Sumário EMENTA Base de Cálculo Subfaturamento. Emissão de nota fiscal,

Leia mais

Origem : 01920050029000 Machadinho do Oeste/RO (1ª Vara Criminal)

Origem : 01920050029000 Machadinho do Oeste/RO (1ª Vara Criminal) TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE RONDÔNIA Câmara Criminal Data de distribuição :31/07/2007 Data de julgamento :25/09/2008 100.019.2005.002900-0 Apelação Criminal Origem : 01920050029000 Machadinho do Oeste/RO (1ª

Leia mais

IV - APELACAO CIVEL 2007.51.05.000235-5

IV - APELACAO CIVEL 2007.51.05.000235-5 Relatora : Desembargadora Federal SALETE MACCALÓZ APELANTE : CARMEM LUCIA LOPES TEIXEIRA Advogado : Paulo Roberto T. da Costa (RJ141878) APELADO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF Advogado : Gerson de Carvalho

Leia mais

MINISTÉRIO DA FAZENDA Secretaria Federal de Controle Interno

MINISTÉRIO DA FAZENDA Secretaria Federal de Controle Interno MINISTÉRIO DA FAZENDA Secretaria Federal de Controle Interno ORIENTAÇÃO NORMATIVA n.º 02 SFC/MF Em, 21 de dezembro de 2001. Assunto: Orientações técnicas sobre as normas dispostas na Instrução Normativa

Leia mais

Em Despacho nº 715/2011/GFIS/SER/ANAC, de 11/05/2011 (fls. 12 do processo

Em Despacho nº 715/2011/GFIS/SER/ANAC, de 11/05/2011 (fls. 12 do processo DECISÃO JR Nº PROC. ADM.: 60800.084264/2011-85 Nº PROC.: 619.177/08-0 Nº DATA AI/NI: 141 e 142/SAC-GR/2006 31/08/2006 NOME DO INTERESSADO: S.A VIAÇÃO AEREA RIO-GRANDENSE EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL Nº DATA

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 19.281/01 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 19.281/01 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 19.281/01 ACÓRDÃO B/P BRUCUTU. Naufrágio com perda total e vítimas fatais. Condenação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Trata-se de analisar o naufrágio

Leia mais

EMPREGO DE LINHAS DE POSIÇÃO DE SEGURANÇA

EMPREGO DE LINHAS DE POSIÇÃO DE SEGURANÇA 7 Emprego de linhas de posição de segurança EMPREGO DE LINHAS DE POSIÇÃO DE SEGURANÇA 7.1 CONCEITO DE NAVEGAÇÃO DE SEGURANÇA O emprego de linhas de posição (LDP) como limite de segurança é comum em navegação

Leia mais

A CURA DE UM MENINO Lição 31

A CURA DE UM MENINO Lição 31 A CURA DE UM MENINO Lição 31 1 1. Objetivos: Mostrar o poder da fé. Mostrar que Deus tem todo o poder. 2. Lição Bíblica: Mateus 17.14-21; Marcos 9.14-29; Lucas 9.37-43 (Leitura bíblica para o professor)

Leia mais

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente da 9ª Vara Da Fazenda Pública de São Paulo.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente da 9ª Vara Da Fazenda Pública de São Paulo. 7/7/2014 Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente da 9ª Vara Da Fazenda Pública de São Paulo. Processo: 053.08.039345-4 Requerente: Zap Exemplo - ME Requerida: Empresa Exemplo S/A MARCELO GONÇALVES

Leia mais

22/05/2006. Discurso do Presidente da República

22/05/2006. Discurso do Presidente da República , Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de assinatura de protocolos de intenções no âmbito do Programa Saneamento para Todos Palácio do Planalto, 22 de maio de 2006 Primeiro, os números que estão no

Leia mais

JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1

JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1 1 JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1 ENTREGADOR DE CARGAS 32 ANOS DE TRABALHO Transportadora Fácil Idade: 53 anos, nascido em Quixadá, Ceará Esposa: Raimunda Cruz de Castro Filhos: Marcílio, Liana e Luciana Durante

Leia mais

CONSTRUTORA ANDRADE GUTIERREZ S.A.

CONSTRUTORA ANDRADE GUTIERREZ S.A. PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO - 4ª REGIÃO RIO GRANDE DO SUL 8ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE Processo nº 0000962-46.2012.5.04.0008 Reclamante: EDELVANI CARLOS PAIM CANABARRO Reclamado:

Leia mais

SENTENÇA. Maxcasa Xii Empreendimentos Imobiliários Ltda

SENTENÇA. Maxcasa Xii Empreendimentos Imobiliários Ltda fls. 1 SENTENÇA Processo nº: 0008740-84.2013.8.26.0100 Classe Assunto: Procedimento Ordinário - Perdas e Danos Requerente: Fernando Albieri Requerido: Maxcasa Xii Empreendimentos Imobiliários Ltda Juiz(a)

Leia mais

INDICE 1 APURAÇÃO DE IRREGULARIDADES...2

INDICE 1 APURAÇÃO DE IRREGULARIDADES...2 INDICE 1 APURAÇÃO DE IRREGULARIDADES...2 1-1 DO PROCESSO ADMINISTRATIVO...2 1-2 - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR RITO SUMÁRIO...2 1-3 INSTRUÇÃO DOS PROCESSOS...3 1-4 - DA PRORROGAÇÃO DO PRAZO...4

Leia mais

CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR PROCESSO Nº. 17/2005. (REPRESENTAÇÃO 54, de 2005)

CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR PROCESSO Nº. 17/2005. (REPRESENTAÇÃO 54, de 2005) CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR PROCESSO Nº. 17/2005 (REPRESENTAÇÃO 54, de 2005) REPRESENTANTE: MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REPRESENTADODEPUTADO: VADÃO GOMES RELATOR: DEPUTADO EDUARDO VALVERDE

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete do Desembargador Federal Marcelo Navarro

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete do Desembargador Federal Marcelo Navarro APELAÇÃO CRIMINAL (ACR) Nº 11490/CE (0002186-09.2010.4.05.8103) APTE : MANOEL CAMELO FILHO ADV/PROC : JOSE NILSON FARIAS SOUSA JUNIOR E OUTROS APDO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL ORIGEM : 18ª VARA FEDERAL

Leia mais

COMANDO DE OPERAÇÕES DE BOMBEIROS MILITARES COMANDO DE OPERAÇÕES DE BOMBEIROS MILITARES DO INTERIOR 5º GRUPAMENTO DE BOMBEIROS MILITAR - GBM

COMANDO DE OPERAÇÕES DE BOMBEIROS MILITARES COMANDO DE OPERAÇÕES DE BOMBEIROS MILITARES DO INTERIOR 5º GRUPAMENTO DE BOMBEIROS MILITAR - GBM COMANDO DE OPERAÇÕES DE BOMBEIROS MILITARES COMANDO DE OPERAÇÕES DE BOMBEIROS MILITARES DO INTERIOR 5º GRUPAMENTO DE BOMBEIROS MILITAR - GBM RELATÓRIO TÉCNICO DO LEVANTAMENTO DE ÁREAS DE RISCO NO MUNICÍPIO

Leia mais

SLEA SISTEMA DE LICENCIAMENTO ELETRÔNICO DE ATIVIDADES DA PREFEITURA DE SÃO PAULO

SLEA SISTEMA DE LICENCIAMENTO ELETRÔNICO DE ATIVIDADES DA PREFEITURA DE SÃO PAULO SLEA SISTEMA DE LICENCIAMENTO ELETRÔNICO DE ATIVIDADES DA PREFEITURA DE SÃO PAULO Manual passo-a-passo para obtenção do Auto de Licença de Funcionamento/ Auto de Licença de Funcionamento Condicionado Eletrônico

Leia mais

OAB 2ª FASE PENAL PROF. SIDNEY FILHO

OAB 2ª FASE PENAL PROF. SIDNEY FILHO OAB 2ª FASE PENAL PROF. SIDNEY FILHO MEMORIAIS (OAB/SP 133 - ADAPTADO) Pedro foi acusado de roubo qualificado por denúncia do Promotor de Justiça da comarca, o dia 1 de julho de 2006. Dela constou que

Leia mais

O passageiro. 1.Edição. Edição do Autor

O passageiro. 1.Edição. Edição do Autor 1 1.Edição Edição do Autor 2012 2 3 Jonas de Paula Introdução Esse conto relata um mal entendido que poderia acontecer com qualquer pessoa em qualquer lugar, tem haver com a questão da globalização e seu

Leia mais

Não será de responsabilidade da ACADEMIA qualquer tipo de acidente que ocorra durante a prática de atividade física.

Não será de responsabilidade da ACADEMIA qualquer tipo de acidente que ocorra durante a prática de atividade física. REGRAS BÁSICAS O aluno tem o direito, desde que devidamente cadastrado no Plano contratado e com o pagamento em dia, de freqüentar as aulas oferecidas pela Academia. Os horários e profissionais serão definidos

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo. Apelação nº 0198645-79.2011.8.26.0100 - São Paulo - VOTO Nº 4/9. fls. 4

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo. Apelação nº 0198645-79.2011.8.26.0100 - São Paulo - VOTO Nº 4/9. fls. 4 fls. 4 da cláusula porque realizado somente por ocasião da apelação, No recurso a autora passou a dizer que o pedido de indenização por danos morais é motivado pela privação da coisa, enquanto na inicial

Leia mais

COMO COMEÇAR 2016 se organizando?

COMO COMEÇAR 2016 se organizando? COMO COMEÇAR 2016 se organizando? Como começar 2016 se organizando? Conheça estratégias simples para iniciar o novo ano com o pé direito Você sabia que, de acordo com o Sebrae, os principais motivos que

Leia mais

Processo de arbitragem. Sentença

Processo de arbitragem. Sentença Processo de arbitragem Demandante: A Demandada: B Árbitro único: Jorge Morais Carvalho Sentença I Processo 1. O processo correu os seus termos em conformidade com o Regulamento do Centro Nacional de Informação

Leia mais

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER Referência: 2380.009009/201-30 Assunto: Restrição de acesso: Ementa: Órgão ou entidade recorrido (a): Recorrente: Recurso contra Informação

Leia mais

TRIBUNAL MARÍTIMO WM/MCP PROCESSO Nº 24.137/09 ACÓRDÃO

TRIBUNAL MARÍTIMO WM/MCP PROCESSO Nº 24.137/09 ACÓRDÃO TRIBUNAL MARÍTIMO WM/MCP PROCESSO Nº 24.137/09 ACÓRDÃO Moto aquática RAFAEL ELITE X Moto aquática D FORÇA. Abalroação entre motos aquáticas nas proximidades da ilha do Sol, canal de Marapendi, Barra da

Leia mais

curiosidade. Depois desta aula toda, só posso dizer que também

curiosidade. Depois desta aula toda, só posso dizer que também James recém havia saído de férias. Seu pai havia prometido que, se fosse bem aplicado na escola, passaria alguns dias na companhia do vô Eleutério. O avô de James era um botânico aposentado que morava

Leia mais

Energia Eólica. Atividade de Aprendizagem 3. Eixo(s) temático(s) Ciência e tecnologia / vida e ambiente

Energia Eólica. Atividade de Aprendizagem 3. Eixo(s) temático(s) Ciência e tecnologia / vida e ambiente Energia Eólica Eixo(s) temático(s) Ciência e tecnologia / vida e ambiente Tema Eletricidade / usos da energia / uso dos recursos naturais Conteúdos Energia eólica / obtenção de energia e problemas ambientais

Leia mais

Exemplo: O pedido tem a finalidade de atender as necessidades previstas. O pedido tem a finalidade de atender às necessidades previstas.

Exemplo: O pedido tem a finalidade de atender as necessidades previstas. O pedido tem a finalidade de atender às necessidades previstas. Projeto Falar Bem O projeto Falar Bem está sendo desenvolvido na ECEME, no corrente ano, com o objetivo de observar e analisar palestras e instruções, a fim de reunir dados para a elaboração de uma crítica

Leia mais

ESTADO DO RIO DE JANEIRO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 1.ª CÂMARA CRIMINAL ACÓRDÃO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 1.ª CÂMARA CRIMINAL ACÓRDÃO APELAÇÃO. PENAL E PROCESSUAL PENAL. Apropriação indébita. Causa especial de aumento de pena. Sentença condenatória. Recurso defensivo que visa obter a des0classificação da conduta para a de estelionato

Leia mais

Campeonato Nacional Access 2016

Campeonato Nacional Access 2016 Campeonato Nacional Access 2016 INSTRUÇÕES DE REGATA A autoridade organizadora constituída pelo Marina Yate Club de Albufeira e pela Associação Portuguesa da Classe Access, anuncia a realização da 1ª Prova

Leia mais

NOTA INFORMATIVA. 3. Como se constata, as modificações introduzidas reconduzem-se aos seguintes aspectos:

NOTA INFORMATIVA. 3. Como se constata, as modificações introduzidas reconduzem-se aos seguintes aspectos: NOTA INFORMATIVA Face às notícias que tem vindo a ser publicadas na imprensa, relacionadas com alegadas dificuldades na obtenção da isenção de Imposto sobre Veículos (ISV) pelas pessoas portadores de deficiência,

Leia mais

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS Acórdão: 14.617/01/3 a Impugnação: 40.010053619-40 Impugnante: Lojas Recanto Ltda Advogado: Gilberto Asdrúbal Neto/Outro PTA/AI: 01.000110872-83 Inscrição Estadual: 313.436155.0085 (Autuada) Origem: AF/Ipatinga

Leia mais

1.000 Receitas e Dicas Para Facilitar a Sua Vida

1.000 Receitas e Dicas Para Facilitar a Sua Vida 1.000 Receitas e Dicas Para Facilitar a Sua Vida O Que Determina o Sucesso de Uma Dieta? Você vê o bolo acima e pensa: Nunca poderei comer um doce se estiver de dieta. Esse é o principal fator que levam

Leia mais

Colégio Sagrado Coração de Maria - Rio. Arca de Noé

Colégio Sagrado Coração de Maria - Rio. Arca de Noé Colégio Sagrado Coração de Maria - Rio Rua Tonelero, 56 Copacabana RJ site:www.redesagradorj.com.br / e-mail:cscm@redesagradorj.com.br Arca de Noé Turma: Maternal I A Professora Gisele Data: 1º trimestre/2011

Leia mais

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 0342384-90.2009.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é apelante MINISTERIO

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 0342384-90.2009.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é apelante MINISTERIO Registro: 2013.0000257478 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 0342384-90.2009.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é apelante MINISTERIO PUBLICO, é apelado PANDURATA

Leia mais

Meu nome é Rosângela Gera. Sou médica e mãe de uma garotinha de sete anos que é cega.

Meu nome é Rosângela Gera. Sou médica e mãe de uma garotinha de sete anos que é cega. Prezado Editor, Meu nome é Rosângela Gera. Sou médica e mãe de uma garotinha de sete anos que é cega. Gostaria de compartilhar com os demais leitores desta revista, minha experiência como mãe, vivenciando

Leia mais