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2 Ao fim desta apresentação os estudantes devem ser capazes de: Entender as implicações da exploração comercial sobre o bem-estar e a preservação dos animais silvestres. Usar este conhecimento e saber aplicá-lo à situação de outras espécies. 2

3 Esta apresentação discute a exploração comercial de espécies de animais silvestres e o comércio internacional feito a partir deles. Diversos fatores favorecem esta exploração, mas, como o próprio termo sugere, o interesse financeiro é o fatorchave, seja para o sustento de algum caçador individual ou para o lucro de uma empresa multinacional. Existem diferentes tipos de exploração com diversos efeitos sobre o bem-estar dos animais envolvidos. Alguns animais são capturados na natureza, outros são criados em cativeiro. Eles podem ser comercializados vivos ou mortos (inteiros, em partes ou como produtos manufaturados). Muitos tipos de exploração envolvem alto grau de sofrimento animal. Algumas formas de exploração da vida silvestre também têm implicações severas sobre a preservação das espécies. 3

4 Antes de apreciarmos os exemplos de espécies individuais, é importante analisarmos os regulamentos e diretrizes referentes ao transporte e comércio de espécies de animais silvestres. Além das legislações nacionais que podem cobrir o assunto, existem acordos internacionais específicos e associações relevantes. Estas incluem: A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens em Perigo de Extinção (CITES) A Associação de Transporte Animal (AATA) A Associação de Transporte Aéreo Internacional (IATA) É importante lembrar que a implementação destes acordos depende não só da introdução de legislação nacional adequada incorporando as recomendações, como também da fiscalização efetiva desta legislação. 4

5 A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens em Perigo de Extinção (CITES) é um acordo internacional para o controle do comércio internacional de espécies ameaçadas de animais e plantas. Foi criado originalmente para ajudar a proteger as espécies ameaçadas da comercialização internacional excessiva. O texto da convenção foi aprovado em 1973 e o acordo entrou em vigor em Começou com 25 países membros e em novembro de 2006 contava com 169 países membros. Estes são chamados Partidos da Convenção. 5

6 As espécies são categorizadas de acordo com o grau de ameaça imposto pelo comércio internacional e de acordo com sua susceptibilidade a ele. A convenção tem três anexos: o Anexo I confere o maior grau de proteção e o Anexo III, o menor. O Anexo I proíbe qualquer comércio de uma espécie e se refere às espécies ameaçadas de extinção. Espécies ainda não ameaçadas, mas exigindo monitoramento, estão relacionadas no Anexo II, o qual permite a comercialização, porém a sujeita a determinados controles. O Anexo III destina-se a auxiliar certos países a proteger espécies nativas ameaçadas em seu território. Esta relação somente permite o comércio com licença de exportação do país que incluiu o animal na relação ou certificado de origem de um país que não o incluiu como ameaçado. Apesar da existência da CITES, a sua força depende da introdução e aplicação/fiscalização de leis nacionais pelos países membros. Muitos dos signatários da CITES aprovaram leis rigorosas e criaram órgãos de fiscalização nacionais para executar os regulamentos da CITES. Entretanto, ainda existe um comércio extenso, organizado, lucrativo e ilegal da vida silvestre, estimado em mais de 10 bilhões de dólares anuais. O comércio ilegal de animais silvestres é quase tão lucrativo quanto o tráfico de drogas, mas as penalidades para os contrabandistas são muito mais leves. 6

7 O texto original da convenção não pode ser alterado. Os documentos de trabalho da CITES são as resoluções e decisões. As resoluções podem referir-se tanto a espécies individuais (ex.: ursos) quanto a temas (ex.: reprodução em cativeiro). Esses documentos podem ser modificados nas reuniões do Comitê dos Membros, realizadas a cada 2 ou 3 anos. As decisões orientam os signatários e diversos comitês da CITES no sentido de desenvolver determinadas ações durante o intervalo entre as reuniões. Além das reuniões do Comitê dos Membros, os outros comitês da CITES, entre eles o Comitê Permanente e os Comitês de Fauna e Flora, reúnem-se com mais freqüência, em geral uma vez por ano. A reunião do Comitê dos Membros é a maior da CITES, geralmente contando com a representantes de países membros, organizações intergovernamentais e não-governamentais. Conforme explicado antes, as espécies estão relacionadas em três anexos, de acordo com o grau de ameaça imposto pelo comércio internacional. Na reunião do Comitê dos Membros, uma determinada espécie pode ser mudada para outro anexo que confere um grau maior ou menor de proteção. 7

8 Os diversos órgãos dentro da CITES desempenham diferentes papéis no processo de tomada de decisões. O direito a voto cabe principalmente aos membros da convenção. No entanto, os representantes dos países membros no Comitê Permanente e nos Comitês de Fauna e Flora também têm direito de votar sobre determinados assuntos. 8

9 Apesar da principal preocupação da CITES se dirigir à preservação das espécies, o texto original da convenção, assim como as resoluções relativas à criação animal em fazendas e reprodução em cativeiro, contemplam o bem-estar animal. Apesar deste assunto não estar coberto pela convenção, a forma pela qual um animal é preparado para o transporte internacional vai determinar se ele sobreviverá a este processo. Para dar um exemplo, entre 100 indivíduos de uma espécie de répteis capturados no ambiente natural, somente 10 podem chegar vivos ao seu destino em outro continente se não forem tratados corretamente antes e durante o transporte. Um exemplo mais detalhado da importância da CITES para a preservação e o bemestar de uma determinada espécie será dado quando, mais adiante, discutirmos a criação de ursos em fazendas. 9

10 A Associação de Transporte Animal foi criada em 1976, como resposta às preocupações de líderes da indústria, funcionários do governo e representantes de associações humanitárias. A AATA divulga informação e estimula colaboração para garantir um transporte de animais seguro e humanitário. Os membros da AATA incluem companhias aéreas, de transporte rodoviário e de navegação e agências governamentais 10

11 A Associação de Transporte Aéreo Internacional (IATA) tem por objetivo assegurar a facilitação do transporte de pessoas, mercadorias e de correio ao redor do mundo. Criada originalmente em 1919, a IATA agrega aproximadamente 280 companhias aéreas. Os vôos dessas companhias aéreas compreendem mais de 95% de todo o tráfego aéreo internacional planejado. Podem se associar à IATA todas as transportadoras que operam em nível internacional (ou internacional e doméstico) oferecendo serviços aéreos planejados ou fretados para o transporte aéreo de passageiros, correio ou cargas. Os Regulamentos para Animais Vivos da IATA são padrão mundial para o transporte de animais por companhias aéreas comerciais e disponibilizam diretrizes específicas quanto ao tamanho dos recintos para transportar animais. 11

12 A WSPA patrocinou recentemente uma pesquisa das questões de bem-estar mais críticas que afetam mamíferos de vida livre terrestres e ribeirinhos, pássaros, répteis e anfíbios na África, ao sul do deserto do Sahara, e na América Latina. Apesar dos especialistas terem classificado uma grande variedade de questões de bem-estar como críticas nessas duas diferentes regiões, todas essas questões poderiam ser amplamente classificadas em 3 categorias: Armadilha, caça e pesca Comércio de animais silvestres vivos ou de suas partes Invasão humana no habitat de animais silvestres (veja Módulo 23) Apesar de, nessa pesquisa, essas 3 categorias de questões de bem-estar serem classificadas como críticas para as espécies e áreas concernentes, essas questões também se aplicam/afetam todas as espécies de animais silvestres de vida livre pelo mundo. 12

13 O mapa mostra os países membros da CITES, que hoje abrange quase todo o globo (somente as áreas em branco representam países não membros). O Brasil é membro da CITES desde novembro de 1975, desta forma demonstrando intenção de consenso com suas diretrizes. As autoridades responsáveis pela administração das regulamentações pertencem ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBAMA, Departamento de Vida Silvestre (DEVIS). Também existe legislação nacional sobre o assunto. Trata-se da Lei Federal nº 9.605, de fevereiro de 1998, conhecida como Lei de Crimes Ambientais. Leitura adicional Oliveira, M. A. A importância da perícia na elucidação dos crimes cometidos contra a fauna. Revista do Conselho Federal de Medicina Veterinária, n. 28 e 29, p , º Relatório Nacional sobre o Tráfico de Fauna Silvestre RENCTAS (Rede Nacional contra o Tráfico de Animais Silvestres). Pedidos: RENCTAS Caixa Postal 6231 Brasília Cep: renctas@renctas.org.br 13

14 A Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (RENCTAS) é uma ONG ativa na coibição do tráfico de nossos animais silvestres. Ainda coleta, organiza e disponibiliza, através de sua página da Internet, uma gama de dados sobre a situação brasileira. Alguns deles: O tráfico de animais silvestres movimenta aproximadamente 1,5 bilhão de dólares por ano no Brasil; Cerca de 90% dos 38 milhões de animais capturados anualmente por traficantes morrem antes de chegar ao destino. O criador da RENCTAS, o carioca Dener Giovanini, ganhou em 2003 o mais importante prêmio ambiental da Organização das Nações Unidas (ONU), o prêmio Sasakawa. Leitura adicional: A SOS Fauna é outra organização não governamental que trabalha no combate a crimes contra a fauna silvestre no Brasil, realizando trabalhos de investigação, operações de repressão em conjunto com as autoridades, orientação e apoio técnico no cuidado de animais apreendidos e encaminhamento dos animais. Leitura adicional: Fotos 1) Aves apreendidas em feira livre pela Polícia Ambiental, levadas para delegacia da Cidade de São Paulo. 2) Interior de bolsa abandonada na rodoviária de São Paulo onde a polícia encontrou 15 canários-da-terra, escondidos dentro de alçapão, lata de leite em pó, lata de achocolatado e frasco de tempero. 3) Detalhe de um dos frascos mostrados na foto anterior, com a ave tentando desesperadamente sair. 14

15 Pegar em armadilha refere-se ao impacto das práticas que envolvem a captura e/ou matança de animais-alvo ou não para alimento, lucro financeiro ou diversão, utilizando um dos muitos tipos de armadilhas existentes. A caça refere-se a vigiar, perseguir e matar utilizando uma variedade de armas (rifles, lanças, etc.) e/ou cães para perseguir e abater animais. 15

16 A pesca refere-se à caça e à matança específicas de peixes, crustáceos, cefalópodes, anfíbios e alguns invertebrados por anzol, armadilha ou coleta desses animais. Foto: Digital Vision 16

17 Foto: Digital Vision Armadilha, caça e pesca podem afetar quase todos os animais silvestres: Quer por serem alvo primário de caçadores e pescadores: Exemplo: animais que são caçados por tribos indígenas para comida, pele, etc.; por exemplo, a caça de várias espécies de antílopes pelos homens da mata da África do Sul Exemplo: pescadores de pesca esportiva que saem em busca de peixes troféu, ex.: marlin, tubarão, etc. Indiretamente, por serem animais não alvo pegos e mortos e que, todavia, não se tinha intenção primária de caçá-los. Por exemplo, um grande número de grandes mamíferos africanos, incluindo-se: gorilas, chimpanzés, leões, cães-do-mato, elefantes, etc., são pegos em armadilhas para pequenos antílopes Por exemplo, a grande variedade de cetáceos, ex.: golfinhos, que são pegos em redes de pesca de atum. 17

18 Existem muitas razões pelas quais animais são pegos em armadilhas, caçados ou pescados, razões essas que são, de certa maneira, dependentes da espécie e localização, e todas podem ser classificadas em 3 grandes categorias. 1. Utilização de animais para alimento e outros produtos (ex.: couro, pele, marfim, óleo de baleia, etc.), quer para subsistência, quer para lucros comerciais Subsistência: freqüentemente refere-se à caça, armadilha e pesca tradicionais para prover uma fonte de carne para comunidades locais. Por exemplo, a caça de várias espécies de antílopes pelos homens da mata da África do Sul Lucro comercial: refere-se a pegar em armadilha, caçar e pescar para fornecer produtos animais, geralmente carne, que são vendidos comercialmente para prover mercados locais, nacionais e internacionais. Por exemplo, mamíferos africanos pegos em armadilhas na África para fornecer carne para o comércio mateiro; a caça a baleias para prover a demanda por carne, óleo e outros produtos; pesca comercial de atum e caça aos elefantes para o comércio de marfim 2. Remoção da vida silvestre devido à competição ou a conflitos com comunidades locais. Os principais tipos de competições ou conflitos são: Competição por fontes de alimento (ex.: se animais silvestres caçam as mesmas presas que humanos; elefantes que invadem as plantações; se animais silvestres matam o gado) Competição por terra e outros recursos (ex.: todos os animais silvestres) Espécies que são ameaça física às populações humanas locais (ex.: lobos, tigres, leões, leopardos, jaguares, elefantes, búfalos) Controle populacional, onde as populações de animais silvestres crescem em abundância para seu habitat e o número aumentado de animais são uma ameaça, tanto para outras espécies quanto para o ambiente. Por exemplo, elefantes refugados na África do Sul em anos recentes 3. Recreação e esporte onde animais são caçados como troféus ou como passatempo. Por exemplo, caça a grandes carnívoros (ex.: urso, leão, leopardo) e herbívoros (ex. búfalo, alce, etc.) e pesca esportiva (ex. marlim, tubarão, carpa, etc.) 18

19 Carne silvestre (bushmeat) é o termo usado para a carne de animais silvestres, muitas vezes de espécies ameaçadas (ex.: chimpanzés e gorilas), para ganho comercial. Originalmente, somente os caçadores de subsistência consumiam carne de espécies silvestres. Hoje, no entanto, esta carne é vendida nas grandes cidades e metrópoles, não somente no país de origem mas no mundo inteiro. Muitas áreas são invadidas por ladrões de caça de outras regiões ou países, o que leva à perda de fontes de alimento para a população local. Além do mais, à medida que muitas regiões são progressivamente urbanizadas, a carne silvestre é consumida por motivos de tradição ou como produto de luxo, não para a subsistência. O crescente desmatamento das florestas para obtenção de madeira e atividades de mineração facilitou o acesso e a caça de animais silvestres na África, Ásia e América do Sul. O comércio de carne silvestre causa grande sofrimento e morte de animais individuais e leva espécies ameaçadas, como os gorilas das planícies do leste, bonobos e chimpanzés, à extinção. A foto mostra a cabeça de um chimpanzé sobre um prato. Muitos dos animais caçados por sua carne são protegidos pela CITES. Todos os países do Leste da África e África Central são signatários da CITES. Porém, a CITES não pode intervir na caça e no consumo dentro de um país; ela só pode agir sobre a comercialização internacional. Falta de recursos e questões de ordem política também dificultam a imposição dos regulamentos da CITES e dos regulamentos e legislações nacionais. O comércio internacional de carne silvestre aumentou devido aos altos preços que se conseguem nas cidades de determinados países algumas carnes atingem preços de 10 a 20 libras esterlinas por quilo. A CITES, governos e organizações nãogovernamentais (ONGs) trabalham em conjunto para administrar a questão da carne silvestre, graças às severas implicações deste comércio para a preservação e o bem-estar animal. 19

20 Pegar em armadilha, caçar e pescar afetam o bem-estar de animais individuais. A principal questão de bem-estar é a dor severa freqüente, sofrimento e agonia sofridos pelos animais quando caçados, pegos em armadilhas ou presos ao ponto de morrer ou escapar. Animais que são pegos em armadilhas ou em redes de pesca são, freqüentemente, presos de modo que quaisquer tentativas de resistência ou fuga levam a dano físico severo (ex.: dano ou perda de membros). Geralmente resulta em uma morte lenta e muito dolorosa para aqueles que permanecem presos; por exemplo, afogamento de mamíferos marinhos em redes de pesca e sufocação de animais pegos em armadilhas. Adicionalmente, incapazes de escapar por longos períodos, quer eles escapem ou morram ou sofram quaisquer ferimentos, é provável que passem por agonia, medo e frustração. Para aqueles animais que escapam, tais ferimentos podem levar a problemas futuros, como ficarem debilitados devido a lesões ou infecção subseqüente, o que pode não permitir que funcionem normalmente (ex.: não podem se alimentar adequadamente, alvo para predadores, não podem se reproduzir, etc.). Em muitos casos, pode levar a uma morte ainda mais longa, lenta e mais dolorosa que quando pegos em armadilhas. Animais que escapam podem ficar separados de seus grupos sociais, aumentando sua angústia e vulnerabilidade. Quanto a animais que são caçados, o ato de vigiar e perseguir os animais antes de serem pegos e mortos pode levar a ferimentos físicos ao tentarem escapar, o que pode causar problemas similares àqueles detalhados acima. Além disso, vigia e perseguição produzem medo e angústia consideráveis para muitos animais devido à presença do predador, separação do grupo e da cria, realocação para um ambiente distinto, etc. 20

21 O método pelo qual os animais silvestres são mortos, depois de serem pegos em armadilhas, caçados e pescados, também pode ter impacto considerável no bem-estar se o ato de matar não é feito de modo rápido e humanitário. Detalhes de métodos humanitários de abate e morte são apresentados em outros módulos. Resumidamente, métodos de matança não humanitários levam ao aumento do período em que os animais se mantêm conscientes e, assim, têm dor e medo. Quando peixes são pegos em um anzol, mostram sinais de angústia na tentativa de escapar. Também têm dor. Para uma discussão detalhada de bem-estar de peixes, veja o Módulo

22 O comércio de animais silvestres refere-se às práticas que envolvem captura, transporte, abrigo e venda de animais silvestres pegos em seu ambiente natural, que são vendidos para fomentar o comércio de animais de estimação exóticos, pesquisa biomédica, caça em área reservada* e coleções de zoológicos. O comércio de animais silvestres vivos pode afetar uma grande variedade de espécies, incluindo mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes de todo o mundo. No entanto, o comércio de animais silvestres aparenta ser um problema, em particular, na América Latina, no Sudeste Asiático e no Extremo Oriente. * Operações de caça em áreas reservadas, também consideradas reservas de caça ou fazendas de jogos de caça, são locais privados de caça esportiva que oferecem aos seus clientes a oportunidade de matar animais exóticos e nativos que são encurralados em determinados cercos. Alguns locais ainda permitem que seus clientes matem animais à distância via internet ( Animais silvestres, como leões, são mantidos cercados em locais dos quais não podem escapar. Turistas/caçadores atiram nos mesmos a uma distância (relativamente) curta. Muitos desses animais não têm medo de humanos por serem acostumados a serem alimentados pelos mesmos. Quando os caçadores tentam atirar nesses animais, eles podem, na verdade, nem sequer tentar se esconder ou escapar. Esta prática tem sido condenada por organizações de proteção animal, políticos e muitos cientistas conservacionistas por todo o mundo. 22

23 O comércio de animais silvestres vivos pode ser separado em duas categorias amplas: Comércio local, onde os animais são capturados por membros das comunidades locais para mantê-los ou vendê-los para outros membros da comunidade local, o que parece ser restrito ao suprimento de animais exóticos. Por exemplo, pequenos primatas são freqüentemente pegos e mantidos como animais de estimação por comunidades locais em alguns países da América Latina Comércio nacional ou internacional, onde os animais são capturados, quer por (i) membros da comunidade local que vendem os animais a um intermediário, ou por (ii) grupos de captura profissionais que capturam animais silvestres de seu meio e os vendem a comerciantes. Os animais são, então, transportados nacional ou internacionalmente (ex. RU, Europa, EUA, Japão, etc.) e vendidos. Por exemplo, muitas espécies de papagaios são pegos em países da América Latina e comercializados tanto nacionalmente, quanto para a Europa e os EUA. 23

24 Animais silvestres são comercializados porque existe um mercado para tal: pessoas pagarão dinheiro por eles. Quanto ao lado da demanda, os mercados são: Mercado de animais de estimação: a maioria dos animais é comercializada para suprir o mercado de animais de estimação, que é impulsionado pela demanda por vida silvestre e animais exóticos. Muitas pessoas consideram que grandes fornecedores de animais de estimação em países ocidentais fez aumentar esta demanda. Por exemplo, a demanda por papagaios como animais de estimação em muitos países ocidentais intensificou o comércio dessas aves de muitos países latino-americanos, incluindo Brasil, Colômbia, etc. Acervos de zoológicos: muitos animais silvestres são vendidos a acervos de zoológicos, que inclui tanto os privados quanto os públicos. Neste caso, a demanda é impulsionada pela nossa necessidade de ver animais silvestres em cativeiro. Por exemplo, muitos cetáceos em cativeiro ainda são capturados no meio silvestre, pois a reprodução em cativeiro ainda tem pouco sucesso. Pesquisa biomédica: animais também são comercializados para suprir a pesquisa biomédica, já que, em muitos casos, a reprodução em cativeiro ou é insuficiente, ou é onerosa para atender à demanda, ou para fornecer novos animais para o pool genético. Por exemplo, algumas espécies de primatas, pássaros silvestres e marsupiais são pegos para fomentar a pesquisa biomédica. Caça em área reservada: alguns animais são comercializados para suprir a caça em áreas reservadas, predominantemente em alguns países ao sul do deserto do Saara e EUA. Por exemplo, chitas, leões e leopardos pegos e vendidos a fazendas na África do Sul para caça em área reservada. Ao lado do fornecimento do mercado de animais silvestres está o incentivo econômico. Em muitos países, o comércio de animais silvestres oferece às comunidades locais uma fonte de renda relativamente fácil, disponível e geralmente necessária. Muitos dos países mais ricos em biodiversidade têm uma grande abundância de espécies animais silvestres, mas, economicamente, são os mais pobres; assim, é tanto tentador quanto fácil para as pessoas locais se envolverem no comércio de animais silvestres. 24

25 As principais questões de bem-estar quanto ao comércio de animais silvestres dependem do estágio do processo: captura, transporte e abrigo/cativeiro. As condições dos abrigos nos quais os animais silvestres são mantidos antes, durante e depois da venda podem causar dor severa, sofrimento e estresse se inadequados, o que pode levar à frustração e ao tédio devido às condições inadequadas e a uma inabilidade de se adaptar ao cativeiro, ao risco aumentado de doenças, transmissão de parasitos, dieta pobre, superpopulação, isolamento social e, em muitos casos, mortalidade. Veja slide

26 A captura de animais na selva tem muitas implicações sobre o seu bem-estar. Técnicas de captura brutais podem resultar em estresse, lesões ou morte. Os animais podem ser capturados em armadilhas não-humanitárias, tirados à força das suas tocas, o que resulta em forte estresse e lesões. Após a captura, os animais freqüentemente são amontoados em gaiolas por dias ou semanas, com acesso limitado à água e comida, até que um número suficiente de animais para uma remessa seja capturado. A foto mostra pássaros amontoados em uma gaiola. Em termos de preservação, a captura de animais na selva pode resultar em desequilíbrio da ecologia local, com possíveis danos ao meio ambiente. Se ocorre captura acima de um determinado número de animais de uma população limitada, esta espécie pode desaparecer daquela região. A captura de espécies ameaçadas pode ser desastrosa para a sobrevivência da espécie no mundo inteiro. A captura também pode estimular que animais de espécies diferentes sejam mortos ou feridos, pode levar à ruptura de organizações sociais e à separação de espécies sociais. Muitos animais necessitam ser contidos, uma vez pegos, o que pode ser bastante aflitivo. As questões de bem-estar no transporte de animais capturados incluem: Longas distâncias, até mesmo internacionalmente. Possivelmente, em condições de superlotação extrema. Com acesso a pouca ou nenhuma comida e água. Animais famintos e desidratados pesam menos, assim, o custo com seu transporte é mais baixo. Estas condições podem comprometer o bem-estar desses animais severamente e a supressão do sistema imune devido ao estresse pode predispor os animais à doença e à mortalidade. Diferentes espécies podem ser transportadas juntas, o que pode resultar em brigas e lesões. (Muitos animais reproduzidos em cativeiro, mantidos em sistemas de criação intensivos e em condições muito estressantes também são transportados ao redor do mundo, o que causa problemas parecidos em termos de transporte.) As questões acima se aplicam ao transporte de animais em geral. Este tópico é abordado no Módulo 15, com respeito ao gado. 26

27 Uma vez que o animal silvestre é vendido como animal de companhia, para zoológicos ou para caça, os problemas de bem-estar podem continuar: O animal não é domesticado e é pouco provável que ajuste seu temperamento ao propósito esperado. Como é possível que o animal tenha sido sujeitado a altos níveis de estresse e, provavelmente, tenha lesões e doenças, pode não sobreviver por muito tempo. O novo proprietário pode não ter conhecimento sobre necessidades de manejo e nutricionais. As condições podem não permitir que o animal expresse seu comportamento natural, o que pode levar a alterações físicas e mentais, ex.: automutilação papagaios cinza que arrancam suas próprias penas, macacos que mastigam seus membros ou cauda. Pode ser bastante oneroso e demandar bastante tempo para que animais exóticos sejam mantidos adequadamente; uma vez que não são mais novidade, os animais podem ser negligenciados e acabar doentes ou, até mesmo, abandonados. Tal abandono é, obviamente, prejudicial ao animal em um ambiente estranho, as chances de sobrevivência são baixas e o animal pode morrer por desnutrição, doença ou ferimento. Animais exóticos abandonados podem disseminar doenças à população animal silvestre local. Se grandes números de animais exóticos são abandonados, também podem criar um desequilíbrio no ecossistema local. Mesmo que o proprietário procure assistência veterinária quando o animal está doente, muitos médicos veterinários podem não ter o conhecimento adequado. Ainda, existe pouca informação com base científica sobre o diagnóstico e tratamento de doenças que podem afligir animais exóticos. E é improvável que exista qualquer tratamento licenciado para tais espécies. Em muitos casos, a farmacocinética e o protocolo de segurança da maior parte dos medicamentos veterinários de espécies animais silvestres são desconhecidos. 27

28 O comércio de animais de estimação envolve a compra e venda de animais para servirem de companhia no mundo inteiro. O comércio de espécies exóticas como animais de estimação é uma indústria enorme que envolve o comércio ilegal de vida silvestre. Esses animais às vezes são capturados na selva ou criados para fins comerciais em estabelecimentos lembrando fazendas. Esse comércio floresce tanto legal como ilegalmente. Essa indústria está criando uma demanda enorme para animais silvestres, os quais muitas vezes são vendidos por preços exorbitantes. A captura, o transporte, a venda e a manutenção doméstica desses animais têm muitas implicações negativas sobre o seu bem-estar e a sua preservação. 28

29 Animais silvestres que são vendidos para companhia são conhecidos como animais exóticos. Em lojas de animais, eles podem sofrer devido a: Gerente, proprietário ou empregados da loja podem não ter qualquer conhecimento sobre os requerimentos da espécie. O proprietário pode manter os animais em condições prejudiciais ao seu bem-estar. Por exemplo, os animais podem sofrer de desnutrição, se alimentados inapropriada ou inadequadamente, e podem ser mantidos em condições em desacordo com seus requerimentos de temperatura e luz. Os animais podem ser mantidos com outros da mesma espécie ou diferente, aumentando o estresse, doenças e propagação de parasitos. Freqüentemente, ocorre superlotação, o que também aumenta o nível de estresse e de doença. O estresse também aumenta com o manejo dos animais pelo proprietário da loja ou dos consumidores. O proprietário da loja ou seus empregados podem não dar orientação apropriada ou não vender produtos adequados para a espécie para o novo proprietário devido à falta de conhecimento. 29

30 O comércio global de animais exóticos também leva à disseminação de doenças a diferentes países e pode trazer doenças desconhecidas à população de vida silvestre indígena e para seres humanos. O conhecimento dessas doenças pode não ser adequado em novos países e pode não haver tratamento ou prevenção adequados, criando condições para epidemias em potencial. Por exemplo: em 2003, irrompeu uma epidemia de varíola dos macacos em cães das pradarias e em seres humanos nos EUA. A doença fora introduzida por diversas espécies de roedores que haviam sido importados de Gana. Southern Cooperative Wildife Disease Study Monkeypox introduced with exotic pets. SCWDS Briefs 19:2 30

31 Tartarugas são caçadas por sua carne e seu casco. Além de serem capturadas no ambiente, tartarugas também são reproduzidas em cativeiro para fins comerciais, por seus ovos, sua carne e seu casco. As populações de tartarugas bico-de-açor (do inglês hawksbill), por exemplo, estão diminuindo no mundo inteiro. Diversos fatores estão relacionados com esse declínio. Entre os fatores identificados estão a exploração excessiva dos ovos desta tartaruga, a destruição do seu habitat, a poluição marinha e a pesca acidental. Entretanto, uma das mais significativas causas do declínio destas tartarugas é o comércio de seu casco. O casco da tartaruga bico-de-açor é usado em muitos produtos diferentes, incluindo artigos de artesanato, jóias e outros acessórios. A procura de cascos de tartarugas bico-de-açor continua alta e, apesar dos números decrescentes, ainda estão sendo caçadas e mortas ativamente para satisfazer a demanda de consumidores no mundo inteiro. Depois da introdução da CITES, o comércio internacional de tartarugas bico-de-açor vem sendo rigorosamente regulamentado. Graças à forte evidência de declínio em nível mundial, o grupo marinho IUCN/SSC classificou a tartaruga bico-de-açor como criticamente ameaçada. Apesar disso, o comércio de tartarugas bico-de-açor continua uma ameaça constante. As tartarugas bico-de-açor habitam uma área extensa do globo e, assim, a caça ilegal destas tartarugas constitui um problema mundial. Os problemas de bem-estar associados à caça e subseqüente matança de tartarugas são motivo de séria preocupação. 31

32 Tartarugas são répteis. Têm um conjunto de características fisiológicas próprias dos répteis, que as leva a sérios problemas de bem-estar durante a captura e o abate, comparando-se com mamíferos: O metabolismo dos répteis é lento em comparação ao dos mamíferos, o que significa que a perda de sangue causada por ferimentos é relativamente lenta. O tecido nervoso também é extremamente resiliente e pode permanecer viável por muito tempo sem abastecimento de oxigênio. Na verdade, diversos estudos demonstraram que répteis muitas vezes podem permanecer conscientes por muito tempo depois de serem decapitados. Acredita-se hoje que, além de uma injeção letal, a única maneira humanitária de se matar um réptil seja a destruição rápida e completa do cérebro. Lesões sofridas durante a captura, especialmente aquelas causadas por arpão, não matam o animal de imediato e causam dor e sofrimento prolongados. Uma vez a bordo, as tartarugas são colocadas de costas e deixadas expostas ao sol tropical. Muitas vezes, elas alcançam temperaturas críticas e morrem ou ficam debilitadas por causa da insolação. Os animais sobreviventes freqüentemente são deixados deitados de costas, sem comida, desidratados e cobertos de excrementos dos mortos e moribundos por duas semanas ou mais, até que a pesca seja trazida à terra. Estima-se que 25% das tartarugas capturadas morram antes de chegar à costa, onde são examinadas por compradores potenciais. O processo de matança é motivo de preocupação adicional. A tartaruga é virada de costas ainda completamente consciente e as partes macias inferiores e superiores do casco são cortadas com uma faca. Depois da faca ter feito seu caminho ao redor do casco, a capa dura é removida e os órgãos internos e músculos da tartaruga são expostos. Durante toda esta tortura, a tartaruga pode ver e sentir tudo que se passa em torno dela, até o momento de sua morte. 32

33 Uma grande variedade de soluções potenciais foram propostas e implementadas na tentativa de reduzir ou prevenir as 3 categorias amplas de questões de bem-estar que afetam os animais silvestres de vida livre: 1. Caçar, pegar em armadilha e pescar; 2. Comércio de animais silvestres e suas partes e 3. Interferência humana veja Módulo 23. Muitas dessas soluções são aplicáveis a quaisquer dessas categorias de questões de bem-estar. Promoção de educação e de consciência entre todas as partes relacionadas, que são: comunidades locais; aqueles que cuidam e preservam a vida silvestre (ex.: médicos veterinários); governos dos países afetados por essas questões; organizações não-governamentais e compradores (potenciais) de animais silvestres e suas partes. Todos esses grupos e as comunidades locais deveriam ser informados sobre as questões que afetam a vida silvestre. Além disso, perspectivas melhores deveriam ser estimuladas nas comunidades locais, assim, as pessoas dependeriam menos dos animais silvestres para sua sobrevivência. Promoção de gerenciamento com base na comunidade e posse de vida silvestre. Deste modo, comunidades locais têm a oportunidade de gerenciar e, potencialmente, tomar posse dos recursos naturais que os cercam para utilização de modo mais sustentável. Alguns especialistas em vida silvestre argumentam que isso pode ser conseguido através de uso consumista humanitário (ex.: subsistência & caça comercial, comércio controlado de produtos animais), apesar de outros poderem duvidar que isso possa ser verdadeiramente humanitário ou sustentável. Caça a baleias é um exemplo: durante a caça, o bem-estar não pode ser garantido durante a captura ou a morte; não existem métodos humanitários de matar uma baleia em movimento no mar a partir de uma plataforma móvel. Algumas baleias demoram até uma hora para morrer, o que não seria aceitável para um animal de criação: o critério para este é que sejam atordoados e colocados em estado de inconsciência imediatamente antes de serem mortos. Utilização não consumista (ex.: ecoturismo) de animais silvestres; esta parece ser uma forma mais promissora de gerenciamento, com base na comunidade, do que 33

34 As soluções específicas para reduzir ou parar a colocação de armadilhas, a caça e a pesca incluem: Remoção permanente de armadilhas, fios, etc. do ambiente. Para que isso aconteça, deve-se encontrar as armadilhas e o material utilizado na sua composição e removê-los permanentemente. A utilização de redes de pesca apropriadas para que não prendam outros animais além daqueles que se almeja capturar. Implementar projetos não relacionados com vida silvestre que beneficiem comunidades locais, como o planejamento de pequenas construções, estabelecendo indústrias de chalés; isso irá encorajar as pessoas a não capturar animais em armadilha ou caçar animais silvestres. Recrutar pessoas de comunidades locais para proteger animais silvestres de caçadores. Tais unidades também devem ter acesso a recursos apropriados para fazer seu trabalho efetivamente, ex.: equipamentos, veículos, etc. (veja a foto de uma equipe que desfaz armadilhas no Quênia). Prover com fontes de proteína alternativas e seguras, para que a comunidade local não tenha que capturar em armadilha, caçar ou pescar animais silvestres. Isto pode ser conseguido pela introdução de técnicas de permacultura que não utilizem métodos de abrir clareira e queimar mas, ao contrário, trabalhem em harmonia com o ambiente, desenvolvendo uma agricultura sustentável (plantações de alimentos ricos em proteína e produção de animais produtores de carne não confinados). Outras medidas incluem carne embalada em plástico a vácuo e controles sobre o preço da carne, para que a carne produzida de modo humanitário seja acessível. Aumentar os fundos para projetos e campanhas de vida silvestre. Alguns recursos poderiam ser provenientes de doações voluntárias se as pessoas tivessem consciência do dilema dos animais silvestres e entendessem que, sem apoio financeiro, os animais silvestres continuarão a sofrer. 34

35 Soluções potenciais para o comércio de animais silvestres incluem: Focar no mercado final para desencorajar as pessoas a manterem animais de companhia exóticos: educar aqueles que vendem vida silvestre, os próprios consumidores e as crianças (foto de um membro de um time anti-caça explicando o uso de armadilhas em uma escola no Quênia). Reprodução sustentável de vida silvestre para prover a demanda por animais de companhia exóticos. Os animais devem ser criados de modo sustentável em condições de cativeiro adequadas. Para muitas espécies, isto não é factível, posto que não são adaptados à vida em cativeiro, podem sofrer de uma série de doenças e de estresse e podem ter baixas taxas reprodutivas. Comércio sustentável de vida silvestre para prover a demanda por animais de companhia exóticos. Novamente, os animais devem ser capturados, alojados e transportados de modo apropriado, humanitário, sustentável e com custo eficiente. No entanto, isto pode afetar as populações silvestres negativamente e, provavelmente, ainda cause algum estresse e medo para os animais capturados. Pesquisas adicionais sobre todos os aspectos do comércio de animais silvestres vivos são necessárias para prover informação acurada e objetiva que possa ser utilizada para desenvolver estratégias efetivas. 35

36 Há uma série de exemplos de exploração comercial de animais silvestres. Esta apresentação concentrar-se-á nas seguintes espécies silvestres de produção : Ursos para produção Civetas (almiscareiros) para produção Comércio e produção de peles 36

37 Vesículas e bílis de ursos são usadas na medicina tradicional chinesa. A criação de ursos para obtenção de vesículas e bílis começou na China, no início da década de 1980, como iniciativa do governo para preservar as populações de ursos silvestres. A justificativa dada era que a bílis extraída durante um ano de um único urso criado em cativeiro evitaria a matança de 40 ursos silvestres para obter suas vesículas. Na China, existem ursos em 167 fazendas (dados do fim do ano de 2002). Estima-se que ursos são criados em fazendas na Coréia e mantidos em gaiolas até os 10 anos de idade. Depois, são mortos e sua bile coletada. Graças à pressão pública, as autoridades vietnamitas proibiram a extração de bílis. Aproximadamente ursos com micro-chips, no entanto, continuam nas fazendas. A foto é de um urso jovem no Vietnã. 37

38 Os ursos nas fazendas estão sujeitos a uma variedade de condições que excedem seus limites de adaptação. Os fatores específicos incluem: 1) Os alojamentos para ursos adultos e jovens são inadequados no que se refere ao tamanho das gaiolas, espaço entre as gaiolas e material com que são construídas 2) Ocorrem anormalidades comportamentais, como estereotipias, inatividade excessiva e automutilação 3) Taxa de reprodução baixa 4) Desmame e separação da mãe precoces 5) Muitas fazendas não têm assistência de um médico veterinário, outras apenas empregam técnicos. As cirurgias, muitas vezes, não são executadas por especialistas nem em condições estéreis 6) Os ursos mostram sinais claros de saúde debilitada em conseqüência direta das intervenções cirúrgicas, apesar da introdução do novo método de extração sem cateter 7) Os ursos sofrem de úlceras, doenças de pele, ectoparasitas, perda de pêlo, deformações ósseas, ferimentos, membros inchados, problemas dentais e respiratórios, diarréia e fibroses 8) Em muitas fazendas as populações criadas em cativeiro são complementadas com animais capturados no ambiente natural. A criação de ursos em cativeiro para extração de bílis, que requer a manutenção dos animais permanentemente com fístulas ou cânulas, é incompatível com as práticas modernas de criação, desenhadas para assegurar a saúde física e mental dos animais. Por este motivo, esta prática deve ser abandonada. Na China, a bílis é extraída usando um cateter de aço ou através de uma fístula tecidual artificial entre a vesícula biliar e a parede externa do abdômen. O método de extração via fístula tecidual é a técnica mais recente de extração de bílis. Ela dispensa o cateter de aço. Esta foto mostra um exemplo do método de extração através da fístula tecidual, às vezes chamado de método de goteira livre. A bílis pode ser vista pingando a partir da fístula tecidual aberta. Apesar da ausência de qualquer material estranho, ainda há complicações fisiológicas consideráveis envolvidas neste processo de extração e muitos ursos sofrem de infecções severas e peritonite. 38

39 Na China, a indústria de ursos está passando por um processo de consolidação e expansão. As fazendas menores estão fechando e as maiores estão se expandindo. Por isso, há menos fazendas mas com mais ursos. Em 1992, existiam 600 fazendas com aproximadamente ursos. No fim de 2002, existiam 167 fazendas com ursos. Em 2006 estimava-se que o número de ursos na China excedesse 7.000, apesar de existirem apenas 68 fazendas registradas remanescentes. Este número é maior, provavelmente, todavia são as únicas estatísticas oficiais concedidas pelo governo chinês. 39

40 A China está produzindo quantidades enormes, mais de quilos de bílis por ano. Antes da introdução das fazendas de ursos, a indústria da medicina tradicional chinesa utilizava somente 500 kg de vesículas e bílis por ano. Entretanto, kg de bílis anuais são utilizados; os kg excedentes são armazenados ou exportados ilegalmente. Atualmente, uma grande parte da bílis produzida é usada em produtos nãotradicionais, como vinhos, tônicos e pomadas. 40

41 Esta é uma seleção de produtos de bílis de urso. Os pequenos frascos de vidro contêm pó de bílis de urso puro. Por causa da massiva produção de bílis de urso, há procura ativa por novos produtos e mercados. Atualmente, usa-se bílis de urso em produtos não-tradicionais, como vinhos, tônicos e pomadas. Produtos de bílis de urso foram encontrados à venda nos seguintes países: Austrália, Canadá, Indonésia, Japão, Malásia, Cingapura, Taiwan e EUA. Esse comércio internacional é totalmente ilegal porque todos os ursos mantidos nas fazendas chinesas (ursos tibetanos, malaios e pardos chineses) fazem parte do Anexo I da CITES. O extenso comércio ilegal em nível internacional também exerce efeito negativo sobre as populações de ursos silvestres. Vesículas de ursos silvestres de países como Reino do Butão, Canadá, China, Índia, Indonésia, Japão, Coréia, Malásia, Nepal, Paquistão, Rússia, Tibet, EUA e Vietnã estão à venda em lojas de medicina tradicional chinesa em diversos países do mundo. 41

42 O urso negro da Ásia, a principal espécie mantida em fazendas de ursos na China, está incluído no Anexo I da CITES. Existem três resoluções da CITES referentes à criação de ursos: 1) Resolução 10.8 Preservação e comércio de ursos. 2) Resolução Diretrizes para um procedimento visando ao registro e ao monitoramento de locais onde se realize a reprodução de espécies de animais listados no Anexo I para propósitos comerciais. 3) Resolução Medicamentos tradicionais. O urso negro da Ásia está enquadrado no Anexo I da CITES e, portanto, todo tipo de comércio internacional de espécimes vivos desses animais, partes de seus corpos ou produtos derivados dos mesmos está proibido. A resolução 12.10, no entanto, abre uma exceção quando permite o comércio internacional de animais e/ou produtos provenientes de unidades de produção credenciadas pela CITES, que atendam a certas exigências. Uma dessas exigências estabelece que todos os estágios do procedimento precisam ser executados de maneira humanitária (não cruel). Se a China credenciasse uma das suas fazendas de ursos para o comércio legal internacional, essa resolução poderia ser aplicada. O estabelecimento teria de cumprir com todas as exigências estabelecidas pela resolução. Atualmente, nenhuma fazenda de ursos satisfaz essas exigências e muitos cientistas afirmam que, no que se refere ao procedimento de extração de bílis, elas nunca poderão ser satisfeitas. Além disso, a resolução 10.8 da CITES (preservação e comércio de ursos) recomenda aos membros da CITES pesquisar e promover o uso de alternativas aos ursos em medicamentos tradicionais. Recomendações parecidas são feitas na resolução (Medicamentos tradicionais). 42

43 As fazendas de ursos devem acabar por causa da extrema crueldade, dos efeitos negativos sobre a preservação de ursos silvestres e da existência de alternativas de herbário para a medicina tradicional chinesa e sintéticas para a bílis de urso. 43

44 A procura por produtos feitos com bílis de urso precisa parar e isso pode ser alcançado através da promoção ativa de alternativas de herbários e sintéticas. Foi desenvolvido pela WSPA e por consultores científicos um kit-urso, que detecta proteínas de urso em amostras selecionadas. Foi lançado durante a conferência da CITES em junho de 2007 e obteve grande respaldo positivo de consumidores na Austrália, Canadá e outros países para onde os produtos a base de bílis de urso são importados ilegalmente, o que ajudará a aplicar a legislação e, assim se espera, reduzir a importação de produtos com bílis de ursos para muitos países ao redor do mundo. (Mais informações através de 44

45 Almíscar de civeta ou almiscareiro é usado por diversas indústrias de perfumes francesas. Almíscar de civetas é produzido na Etiópia, onde, aproximadamente, animais são mantidos em condições primitivas em mais de 200 fazendas. O nome comercial de perfumes comercializados pode incluir a palavra musk, que significa almíscar em inglês. A Etiópia exporta mais de kg de almíscar por ano para a França, onde a maior parte é usada na indústria de perfumes. As fazendas de civetas têm implicações consideráveis para o bem-estar desses animais. 45

46 Os animais são capturados na selva e mantidos em pequenas gaiolas feitas de madeira, recebendo alimentação e material de cama inadequado. Quase 40% das civetas morrem dentro das primeiras três semanas após a captura. O almíscar é extraído comprimindo a glândula perineal na base da cauda. Trata-se de um processo muito doloroso e traumático que, freqüentemente, resulta em lesões físicas. Almíscar de civeta é absolutamente desnecessário para a indústria de perfumes. O almíscar pode ser sintetizado artificialmente e essa forma já está sendo usada em muitos perfumes comercialmente disponíveis. 46

47 O comércio de peles é uma indústria mundial multibilionária. Diversos setores da indústria de peles estão envolvidos no caminho que vai do animal ao casaco de pele. O criador ou o caçador mata os animais e tira a pele. As peles são vendidas através de revendedores ou em leilões. Os compradores são negociantes ou fabricantes maiores, que as compram para produzir casacos e outros artigos. Peles manufaturadas e casacos são negociados principalmente nas feiras de peles ao redor do mundo. Depois, as peles são vendidas ao público em lojas especializadas ou nas grandes redes de lojas de departamentos. Em algumas regiões do mundo, peles também são usadas por necessidade econômica, embora isto esteja se tornando cada vez mais raro graças à disponibilidade de produtos de outras partes do país ou do mundo. O uso de peles na indústria da moda é completamente não-essencial, existindo uma grande variedade de alternativas e imitações de pele. Há severas implicações para o bem-estar e a preservação, tanto para os animais de pele capturados na selva quanto para os animais criados em cativeiro, ex.: os tipos de armadilhas usadas, as condições de criação em cativeiro e os métodos de matança. A indústria de peles usa animais de diversas fontes: Animais silvestres capturados em armadilhas ou caçados Espécies criadas em cativeiro Animais de estimação roubados Animais excedentes de programas de controle de animais nas ruas Nesta apresentação nós nos concentraremos na vida silvestre e não discutiremos gatos e cães, apesar de estes também serem usados na indústria de peles com graves implicações para o seu bem-estar. 47

48 15% de toda a indústria de pele é proveniente de animais que foram pegos no meio silvestre. Aqui as principais questões de bem-estar são os métodos não-humanitários usados na captura e matança dos animais. Existem diversos tipos de armadilhas, incluindo laços, armadilhas debaixo d água e armadilhas Conibear, porém, a armadilha de mandíbulas é a mais amplamente usada. A Associação de Medicina Veterinária Americana classificou esse tipo de armadilha como não-humanitária. Espera-se que o animal pise no gatilho dessa armadilha para que duas mandíbulas de metal se fechem fortemente ao redor de sua perna. Isto causa lesões graves e estresse severo (pelo fato de o animal não poder escapar). Nas tentativas de fuga, o animal se fere ainda mais os animais tentam morder a armadilha, quebrando os dentes e ferindo a boca e, às vezes, até roem ou puxam a perna presa até conseguir se livrar. O animal, muitas vezes, morre de infecção mesmo que consiga escapar desta maneira. Quando o animal não consegue escapar, ele pode morrer de choque, hemorragia, hipotermia, desidratação ou exaustão antes de o caçador voltar, o que pode levar dias ou semanas. O animal também pode ser morto ou mutilado por predadores. A armadilha de mandíbulas é universalmente conhecida como cruel e seu uso está proibido em mais de 60 países, inclusive na União Européia. As vítimas de armadilhas colocadas na água, entre elas castores e ratos almiscareiros, podem levar mais de vinte minutos para morrer afogados. Outras armadilhas não-humanitárias são armadilhas de tronco (que são armadilhas de mandíbulas com laço que içam o animal para o ar) e armadilhas Conibear (que esmagam o pescoço do animal). Animais que não morrem antes da volta do caçador muitas vezes sofrem para serem mortos de modo não-humanitário os caçadores matam a paulada, afogando, estrangulando etc. para evitar danificar a pele. Apesar de armadilhas alternativas, como as de mandíbula acolchoadas ou gaiolas, terem sido propostas, animais silvestres ainda assim tentarão escapar quebrando seus dentes e sofrendo outros ferimentos graves. Outras questões envolvidas no uso de armadilhas incluem o grande número de espécies que são presas, feridas e morrem nas armadilhas sem ser o alvo da caça e a destruição de populações sadias da vida silvestre. 48

49 A maioria dos animais mortos por suas peles é criada em fazendas de peles, porém, todo ano, caçadores matam 10 milhões de quatis, coiotes, lobos, linces, marsupiais de pequeno porte, castores, lontras e outros animais de pele. Na maioria das vezes, animais silvestres são capturados com armadilhas ou laços. A captura comercial de animais em armadilhas é feita principalmente nos Estados Unidos, Canadá e na Rússia, e números menores de animais são capturados em países como a Argentina e Nova Zelândia. Quatro milhões de animais silvestres são mortos, a cada ano, nos Estados Unidos por caçadores em tempo parcial, que fornecem peles à indústria da moda. Essas peles são usadas para a confecção de casacos e, cada vez mais, para adornos de pele em vestidos, acessórios ou brinquedos. Há uma década, a situação era ainda pior: 17 milhões de animais de pele eram mortos ao ano por 300 mil caçadores. 49

50 Cerca de 85% das peles usadas na indústria vêm de animais criados em fazendas de peles. Essas fazendas de criação intensiva são administradas de forma semelhante no mundo inteiro e podem manter milhares de animais. O animal de pele mais criado em fazendas é a marta, seguida pela raposa. Coelhos, chinchilas, linces e até hamsters também são criados por suas peles. 64% das fazendas de peles estão localizadas no norte da Europa, 11% nos Estados Unidos e o resto está distribuído pelo mundo inteiro, em países como a Argentina e a Rússia. Tais criações e matanças envolvem severos problemas de bem-estar, entre outros: Cativeiro e superlotação em pequenas gaiolas causando frustração, levando a automutilação e a comportamento estereotipado Aumento da susceptibilidade a doenças e parasitas devido à má nutrição, causada por uma dieta inadequada e não balanceada, superlotação e estresse elevado, levando à queda de resistência Ambiente sem estímulos sem enriquecimento, pouco abrigo e sem proteção contra o clima Métodos de abate não-humanitários porque o fazendeiro quer preservar a qualidade da pele. Outros fatores são facilidade de administração e custo. Os métodos não-humanitários usados incluem eletrocussão, envenenamento, câmaras de descompressão e deslocamento cervical. 50

51 Muitos exemplos de exploração comercial de animais silvestres levam a sofrimento animal considerável e também têm efeitos negativos (muitas vezes insustentáveis) sobre as populações selvagens. A exploração comercial de animais silvestres precisa ser rigorosamente controlada, com base em consenso internacional e em implementação de legislações nacionais efetivas. Regulamentos de bem-estar animal adicionais têm de ser introduzidos, onde for preciso, para evitar o sofrimento de animais. Caso não seja possível aliviar o sofrimento, a exploração comercial tem de acabar. Produtos alternativos devem ser promovidos e formas alternativas não-invasivas de comercialização, como ecoturismo, devem ser pesquisadas. 51

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