ALTERAÇÕES AO IRC BRAGA, 13 DE NOVEMBRO DE 2009
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- Manoel Cerveira da Silva
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1 Mário Guimarães1 ALTERAÇÕES AO IRC BRAGA, 13 DE NOVEMBRO DE Introdução MÁRIO DA CUNHA GUIMARÃES (ROC, TOC, Docente do IPCA, Consultor Fiscal) ÍNDICE Mário Guimarães2 2. Regulamentos comunitários 3. Legislação interna 4. A Contabilidade e o CIRC 5. Conclusão 6. Bibliografia 1
2 ÍNDICE 4. A contabilidade e o Código do IRC 4.1. Contratos de construção 4.2. Rédito 4.3. Inventários Mário Guimarães Activos fixos tangíveis / Perdas por imparidade 4.5. Propriedades de investimento 4.6. Activos não correntes detidos para venda 3 ÍNDICE Mário Guimarães Activos intangíveis 4.8. Provisões, passivos contingentes e activos contingentes 4.9. Benefícios dos empregados Subsídios do governo Regime transitório Dossier Fiscal 4 2
3 Mário Guimarães5 1. INTRODUÇÃO 5 1. INTRODUÇÃO Mário Guimarães6 ELEMENTOS FISCAIS DE BASE: O livro IMPACTO FISCAL DA ADOPÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE Relatório do Grupo de Trabalho criado por Despacho de 23 de Janeiro de 2006 do SEAF (Caderno de Ciência e Técnica Fiscal, n.º 200 do Centro de Estudos Fiscais), editado em Dezembro de ESTEVE NA BASE DAS RECENTES ALTERAÇÕES AO CIRC INTRODUZIDAS PELO DL 159/2009, DE 13/7 6 3
4 1. INTRODUÇÃO Mário Guimarães7 ELEMENTOS FISCAIS DE BASE: O DECRETO-LEI N.º 159/2009, de 13/7, que procede à adaptação do Código do IRC (CIRC) às NIC adoptadas pela UE e ao SNC; A DECLARAÇÃO DE RECTIFICAÇÃO N.º 67-A/2009, de 11/9, ao DECRETO-LEI N.º 159/2009, de 13/7; O DECRETO REGULAMENTAR N.º 25/2009, de 14/9 Novo Regime de Depreciações e Amortizações, o qual revoga o DR 2/90, de 12/1, com efeitos a partir dos exercícios que iniciem em ou após 1/1/ INTRODUÇÃO ELEMENTOS CONTABILÍSTICOS DE BASE: Mário Guimarães8 O DECRETO-LEI N.º 158/2009, DE 13/7, que aprovou o SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA (SNC), a vigorar nos exercícios que iniciem em ou após 1/1/2010; A DECLARAÇÃO DE RECTIFICAÇÃO N.º 67-B/2009, DE 10/9, que rectifica algumas inexactidões do DL 158/2009, de 13/7. 8 4
5 1. INTRODUÇÃO ELEMENTOS CONTABILÍSTICOS DE BASE: Mário Guimarães9 Os INSTRUMENTOS JURÍDICOS CONEXOS com o SNC: PORTARIA N.º 986/2009, DE 7/9: Aprova os Modelos de DF (MDF) AVISO 15652/2009, DE 7/9: Aprova a Estrutura Conceptual (EC) AVISO 15653/2009, DE 7/9: Aprova as Normas Interpretativas (NI) AVISO 15654/2009, DE 7/9: Aprova a NCRF-PE AVISO 15655/2009, DE 7/9: Aprova as NCRF 9 PORTARIA N.º 1011/2009, DE 9/9: Aprova o Código de Contas (CC) Mário Guimarães10 2. REGULAMENTOS COMUNITÁRIOS 10 5
6 2. REGULAMENTOS COMUNITÁRIOS Mário Guimarães11 Podemos afirmar que a um dos principais motivos para que se procedesse às recentes alterações ao Código do IRC, se prende com a publicação do REGULAMENTO (CE) N.º 1606/2002 REGULAMENTO NIC - do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de 2002, relativo à aplicação das NIC REGULAMENTOS COMUNITÁRIOS Mário Guimarães12 Este Regulamento, para além de estabelecer, no n.º 3 do seu artigo 3.º, que cabe à Comissão decidir da aplicabilidade na Comunidade das NIC, requeria, em relação a cada exercício financeiro COM INÍCIO EM OU APÓS 1 DE JANEIRO DE 2005, que as sociedades regidas pela legislação de um EM cujos valores mobiliários estivessem admitidos à negociação num mercado regulamentado elaborassem as suas CONTAS CONSOLIDADAS em conformidade com as NIC que obedecessem aos requisitos previstos no seu art.º 2.º. 12 6
7 2. REGULAMENTOS COMUNITÁRIOS Mário Guimarães13 Além disso, deixava ao livre arbítrio (opção) dos Estados-Membros permitir ou obrigar aquelas sociedades a elaborar as suas contas individuais em conformidade com as NIC e ainda outras sociedades relativamente às suas contas consolidadas e ou individuais. Através do REGULAMENTO (CE) N.º 1725/2003 da Comissão, de 21 de Setembro de 2003, foram adoptadas todas as NIC vigentes em 14 de Setembro de 2002, com excepção das IAS 32 e 39 e das interpretações conexas, que estavam na altura em fase de revisão REGULAMENTOS COMUNITÁRIOS Mário Guimarães14 Como, entretanto, este Regulamento foi alterado de forma a incluir integralmente todas as normas apresentadas pelo IASB, bem como todas as interpretações apresentadas pelo IFRIC adoptadas na Comunidade até 15 de Outubro de 2008, excepto a IAS 39, da qual foram omitidas pequenas partes, TORNOU-SE NECESSÁRIO INCORPORAR NUM ÚNICO TEXTO AS NORMAS INTERNACIONAIS ADOPTADAS E OS RESPECTIVOS ACTOS MODIFICATIVOS. 14 7
8 2. REGULAMENTOS COMUNITÁRIOS Mário Guimarães15 Assim, foi publicado o REGULAMENTO (CE) N.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro de 2008, que vem adoptar as normas internacionais de contabilidade em conformidade com o anexo, revogando o Regulamento (CE) n.º 1725/ Mário Guimarães16 3. LEGISLAÇÃO INTERNA 16 8
9 3. LEGISLAÇÃO INTERNA Mário Guimarães17 Para além de proceder a diversas alterações legislativas necessárias por força da transposição de Directivas comunitárias para a ordem jurídica interna, o DECRETO-LEI N.º 35/2005, DE 17/2, vem obrigar as entidades cujos valores mobiliários estejam admitidos à negociação num mercado regulamentado a elaborar as suas contas consolidadas em conformidade com as NIC adoptadas nos termos do art.º 3.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, a partir do exercício que se inicie em LEGISLAÇÃO INTERNA Mário Guimarães18 E tendo por base a possibilidade prevista no referido Regulamento, este DL vem permitir (OPÇÃO) às entidades atrás referidas que elaborem também as suas contas individuais em conformidade com as NIC, desde que as suas demonstrações financeiras sejam objecto de Certificação Legal das Contas (CLC). Vem, ainda, possibilitar (OPÇÃO) as restantes empresas obrigadas a aplicar o POC a utilizar as NIC nas suas contas individuais, desde que sujeitem as suas demonstrações financeiras a CLC. 18 9
10 3. LEGISLAÇÃO INTERNA Mário Guimarães19 Procurando que a coexistência de NIC e POC no universo dos sujeitos passivos de IRC não redundasse em desigualdade tributária, o mesmo diploma prevê, no seu art.º 14.º - O NÓ DO ART.º 14.º -, uma norma que estabelece que, para efeitos fiscais, nomeadamente de apuramento do lucro tributável, as entidades que passassem a elaborar as suas contas individuais de acordo com as NIC eram obrigadas a manter a contabilidade organizada de acordo com a normalização contabilística nacional e demais disposições legais em vigor para o respectivo sector de actividade. 19 Dupla contabilidade!!! 3. LEGISLAÇÃO INTERNA Mário Guimarães20 Os normativos contabilísticos já existentes, bem como a publicação do DL 158/2009, DE 13/7, que colocará em vigor o SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA (SNC), nos exercícios que se iniciem ou em após 1/1/2010, aplicável à generalidade das empresas obrigadas ao POC, obrigou a alterações relevantes no CIRC, as quais se materializaram através da publicação do DL 159/2009, de 13/7, cuja entrada em ocorrerá nos exercícios que se iniciem ou em após 1/1/
11 Mário Guimarães21 4. A CONTABILIDADE E O CÓDIGO DO IRC A CONTABILIDADE E O CÓDIGO DO IRC Mário Guimarães22 Uma das alterações relevantes que foi introduzida no CIRC, prende-se com ALTERAÇÕES DE TERMINOLOGIA que nele é usada e que, não raros casos, difere não só do disposto no actual POC o CIRC não foi alterado com a entrada em vigor do DL 35/2005, de 17/2 que procedeu a alterações, designadamente, ao POC como também do SNC
12 4. A CONTABILIDADE E O CÓDIGO DO IRC Mário Guimarães23 Terminologia SNC Activos biológicos Activos intangíveis Activos fixos tangíveis Perdas por imparidade Depreciação Deperecimento Terminologia Fiscal Existências Imobilizado incorpóreos Imobilizados corpóreos Provisões (Activo) Reintegração e amortização Reintegração e amortização Desreconhecimento - Gastos Custos A CONTABILIDADE E O CÓDIGO DO IRC Mário Guimarães24 Terminologia SNC Terminologia Fiscal Imparidade - Inventários Existências Mensuração Valorização Reconhecimento Registo Rédito Proveito Rendimento Proveito e ganho Revalorização Reavaliação Reversões de ajustamentos Reposições de provisões (Activo) Valor presente Valor actual 24 12
13 4. A CONTABILIDADE E O CÓDIGO DO IRC Mário Guimarães25 Relativamente às alterações mais ou menos significativas, verifica-se, analisando os elementos conhecidos, que HÁ UMA PREOCUPAÇÃO CADA VEZ MAIOR DE APROXIMAR A FISCALIDADE DA CONTABILIDADE, procurando que a elaboração desta não fique condicionada à observância de regras que, embora de natureza contabilística, têm sido impostas pelo próprio CIRC e por legislação complementar A CONTABILIDADE E O CÓDIGO DO IRC Mário Guimarães26 Para permitir uma melhor interligação entre os normativos contabilísticos e os fiscais, vamos, para cada tema que consideramos mais importante, começar por fazer uma breve ALUSÃO AO TRATAMENTO CONTABILÍSTICO QUE OBRIGOU A REPENSAR O TRATAMENTO FISCAL, após o que abordaremos o tratamento fiscal actualmente em vigor e o que será aplicável a partir de 1/1/
14 4. A CONTABILIDADE E O CÓDIGO DO IRC Mário Guimarães27 Em relação a outros temas que CONSIDERÁMOS MAIS SIMPLES, apenas será efectuada uma referência ao enquadramento tributário a partir de 1/1/2010. Com o objectivo de aplicação prática das novas regras, apresentamos alguns EXERCÍCIOS, que se destinam tão só a tentar consolidar as ideias que formos transmitindo. 27 Mário Guimarães CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO 28 14
15 Mário Guimarães CONTABILIDADE CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO CONTABILIDADE Mário Guimarães30 Este tema vem tratado na NIC 11 e na NCRF 19. Segundo estas normas, CONTRATO DE CONSTRUÇÃO «é um contrato especificamente negociado para a construção de um activo ou de uma combinação de activos que estejam intimamente interrelacionados ou independentes em termos da sua concepção, tecnologia e função ou do seu propósito ou uso final.» 30 15
16 4.1 CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO CONTABILIDADE Mário Guimarães31 Numa grande parte dos casos, a actividade de um contrato de construção é iniciada num PERÍODO CONTABILÍSTICO DIFERENTE daquele em que a actividade fica concluída. Daí que se tenham criado regras que vão permitir a imputação do rédito do contrato e dos custos do contrato aos períodos contabilísticos em que é executado o trabalho de construção. 31 Regime de Acréscimo (periodização económica) 4.1 CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO CONTABILIDADE Mário Guimarães32 As referidas normas estabelecem que quando o desfecho de um contrato de construção puder ser fiavelmente estimado, O RÉDITO E OS CUSTOS do contrato devem ser reconhecidos como rédito e gastos, respectivamente, COM REFERÊNCIA À FASE DE ACABAMENTO À DATA DO BALANÇO. Método da Percentagem de Acabamento ou Método do Progresso Físico 32 16
17 4.1 CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO CONTABILIDADE Mário Guimarães33 E quando for provável que os custos totais do contrato excedam o rédito total do contrato, a PERDA ESPERADA deve ser reconhecida de imediato como um gasto. PROVISÃO Assim, comparando estas normas com a DC n.º 3/91, verificamos que o MÉTODO DO CONTRATO COMPLETADO nela previsto tem de ser definitivamente abandonado CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães34 CÓDIGO DO IRC ACTUAL O CONCEITO UTILIZADO NÃO SE COMPAGINA COM O DE CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO PRESENTE NA NIC 11 E NA NCRF 19 CÓDIGO DO IRC DL 159/2009 O DL 159/2009 NÃO ADOPTOU O CONCEITO CONTABILÍSTICO DE CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO. O CICLO DE PRODUÇÃO CONTINUA A TER QUE SER > 12 MESES. ACEITA-SE, EM DETERMINADAS SITUAÇÕES, O CRITÉRIO DE ENCERRAMENTO DA OBRA ESTE CRITÉRIO É DEFINITIVAMENTE ABANDONADO, POR NÃO TER QUALQUER SUPORTE CONTABILÍSTICO COMPARA A PERCENTAGEM DE ACABAMENTO COM A PERCENTAGEM DE FACTURAÇÃO (CIRCULAR N.º 5/90) 34 APENAS A PERCENTAGEM DE ACABAMENTO PODE SER USADA NO CÁLCULO ANUAL DOS RÉDITOS E DOS GASTOS DO CONTRATO 17
18 4.1 CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães35 CÓDIGO DO IRC ACTUAL EM CADA ANO SÃO DIFERIDOS 5% DOS PROVEITOS IMPUTÁVEIS PARA FAZER FACE A CUSTOS DE GARANTIA CÓDIGO DO IRC DL 159/2009 O DIFERIMENTO DO RÉDITO ACABA MAS, EM CONTRAPARTIDA, ESTÁ PREVISTA A DEDUTIBILIDADE FISCAL DA PROVISÃO PARA GARANTIAS, AINDA QUE SUJEITA A LIMITES (ART.º 39.º, N.º 5) A PROVISÃO PARA PERDAS ESPERADAS A PERDA ESPERADA RECONHECIDA NÃO É ACEITE COMO CUSTO PARA CONTABILISTICAMENTE CONTINUA A NÃO EFEITOS FISCAIS SER DEDUTÍVEL FISCALMENTE (ART.º 19.º, N.º 3) CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO Mário Guimarães36 EXERCÍCIO 36 18
19 4.1 CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO EXERCÍCIO 1 Mário Guimarães37 No período de tributação N, a sociedade X, Lda., celebrou um contrato com uma Câmara Municipal para a construção de uma escola. A construção vai ser efectuada durante o período de 2 anos, o preço de venda estabelecido com o cliente foi de e os custos estimados são de No Ano N, os custos incorridos ascenderam a e o montante facturado foi de Determine o rédito e os gastos fiscalmente imputáveis ao período de tributação N, tendo em consideração o disposto no DL 159/2008, de 13/ CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO Mário Guimarães38 RESOLUÇÃO 38 19
20 4.1 CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO RESOLUÇÃO Rédito do contrato: Custos do contrato (estimados): Mário Guimarães39 Ano N Custos incorridos: Montante facturado: % F = / = 48,8% % Acabamento = / = 50% Gastos do período: * 50% = Rédito do período: * 50% = Acréscimo de rédito: ( ) 39 Deixa de existir Impostos Diferidos Mário Guimarães RÉDITO 40 20
21 Mário Guimarães CONTABILIDADE RÉDITO CONTABILIDADE Mário Guimarães42 O rédito vem tratado na NIC 18 e na NCRF 20. Em termos gerais, estas normas são aplicadas na contabilização do rédito proveniente de VENDA DE BENS produzidos pela entidade com a finalidade de serem vendidos ou adquiridos para revenda, de PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS e do uso por outros de activos da entidade que produzam JUROS, ROYALTIES e DIVIDENDOS. Ficam afastados do âmbito destas normas os réditos que sejam especificamente tratados noutras normas
22 4.2. RÉDITO CONTABILIDADE Mário Guimarães43 Um rédito proveniente da VENDA DE BENS só é reconhecido como tal se forem verificadas, EM SIMULTÂNEO, determinadas condições associadas à transferência dos riscos e vantagens significativos inerentes à propriedade dos bens transferidos, ao não controlo efectivo dos bens por parte do vendedor, à probabilidade de benefícios económicos futuros fluirem para a empresa e à fiabilidade da quantia do rédito e dos custos incorridos ou a incorrer RÉDITO CONTABILIDADE Mário Guimarães44 Sendo uma PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, o reconhecimento do rédito depende da probabilidade dos benefícios económicos fluirem para a empresa, da mensuração fiável da FASE DE ACABAMENTO, da quantia do rédito e dos custos incorridos e a incorrer
23 4.2. RÉDITO CONTABILIDADE Mário Guimarães45 No caso dos JUROS, ROYALTIES e DIVIDENDOS, em termos gerais, o rédito deve ser reconhecido quando for provável que benefícios económicos fluam para a empresa e possa ser fiavelmente medida a quantia do rédito. No caso dos JUROS, o reconhecimento deve ser feito utilizando o MÉTODO DO JURO EFECTIVO, tal como vem definido na NCRF 20. Os ROYALTIES devem ser reconhecidos segundo o REGIME DO ACRÉSCIMO de acordo com a substância do acordo relevante RÉDITO CONTABILIDADE Mário Guimarães46 Os DIVIDENDOS devem ser reconhecidos quando for estabelecido o direito do accionista a receber o pagamento. Quanto à mensuração, referem os normativos contabilísticos que o rédito deve ser mensurado pelo JUSTO VALOR DA RETRIBUIÇÃO RECEBIDA OU A RECEBER, líquida de descontos comerciais e de quantidade concedidos pela entidade. VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO Porém, quando o influxo de dinheiro ou equivalentes de dinheiro for diferido, o justo valor da retribuição pode ser menor que a quantia nominal de dinheiro recebido ou a receber
24 4.2. RÉDITO CONTABILIDADE Mário Guimarães47 Neste caso, há situações em que o JV deve ser determinado descontando todos os recebimentos futuros usando uma taxa de juro imputada. A diferença entre o JV e a QUANTIA NOMINAL é reconhecida como RÉDITO DE JUROS. Estabelece-se, ainda, que quando o desfecho de uma transacção que envolva uma prestação de serviços NÃO PUDER SER ESTIMADO COM FIABILIDADE deve reconhecerse o rédito somente na medida em que sejam recuperáveis os gastos reconhecidos CONTRATOS 4.2. RÉDITO DE CONSTRUÇÃO CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães48 CÓDIGO DO IRC ACTUAL SEGUE O PRINCÍPIO DA REALIZAÇÃO PARA O RECONHECIMENTO DOS PROVEITOS DE VENDAS E DE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS (ART.º18.º) CÓDIGO DO IRC DL 159/2009 É MANTIDO O PRINCÍPIO DA REALIZAÇÃO (ART.º18.º). O PROVEITO É CONSIDERADO PELA QUANTIA NOMINAL OU BRUTA DA QUANTIA RECEBIDA OU A RECEBER MANTÉM-SE ESTA REGRA, OBRIGANDO A CORRECÇÕES NO ANOS EM QUE SE RECONHECE O RÉDITO DA VENDA E O RÉDITO DOS JUROS
25 4.1 CONTRATOS 4.2. RÉDITO DE CONSTRUÇÃO CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães49 CÓDIGO DO IRC ACTUAL EM CASO DE INCERTEZAS NO DESFECHO DA TRANSACÇÃO, NÃO É ACEITE O RECONHECIMENTO DO RÉDITO ATÉ AO MONTANTE DOS CUSTOS RECUPERÁVEIS CÓDIGO DO IRC DL 159/2009 MANTÉM-SE ESTA IMPOSSIBILIDADE, SENDO DE CONSIDERAR O RÉDITO PELO VALOR BRUTO. MAS PODE SER DEDUTÍVEL A PERDA DECORRENTE DO RISCO DE INCOBRABILIDADE, NOS TERMOS PREVISTOS NO CÓDIGO (ART.ºS 34.º E 35.º) 49 - SÃO CONSIDERADOS RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS, OS RESULTANTES DA APLICAÇÃO DO MÉTODO DO JURO EFECTIVO AOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS VALORIZADOS PELO CUSTO AMORTIZADO (ALÍNEA C), N.º 1, ART.º 20.º CIRC). Mário Guimarães RÉDITO EXERCÍCIO 50 25
26 4.2. RÉDITO EXERCÍCIO Mário Guimarães51 No final do período de tributação N, uma empresa vendeu um determinado bem dos seus inventários a crédito (prazo de 2 anos), sem juros, por Sabendo que o justo valor da contraprestação/retribuição é de e que nos anos N+1 e N+2 reconheceu, em partes iguais, o rédito de juros, refira quais as consequências deste procedimento em termos fiscais RÉDITO Mário Guimarães52 RESOLUÇÃO 52 26
27 4.2. RÉDITO RESOLUÇÃO Mário Guimarães53 Quantia nominal ou bruta da retribuição: (Valor Fiscal) Justo valor da retribuição: (Valor contabilizado) Ano Contabilisticamente Fiscalmente Q07 DRM22 N Reconhece como rédito Acresce N+1 Reconhece como rédito (juro) Deduz N+2 Reconhece como rédito (juro) Deduz Mário Guimarães INVENTÁRIOS 54 27
28 Mário Guimarães CONTABILIDADE INVENTÁRIOS CONTABILIDADE Mário Guimarães56 O tratamento contabilístico dos inventários consta da NIC 2 e da NCRF 18. INVENTÁRIOS (Existências) são activos: detidos para venda no decurso ordinário da actividade empresarial; no processo de produção para tal venda; ou na forma de materiais ou fornecimentos a serem consumidos no processo de produção ou na prestação de serviços
29 4.3. INVENTÁRIOS CONTABILIDADE Mário Guimarães57 Segundo estas normas, «os inventários devem ser mensurados pelo custo ou o valor realizável líquido, dos dois o mais baixo». O custo dos inventários inclui todos os custos de compra, custos de conversão e outros custos incorridos para colocar os inventários no local e condições actuais. Devem ser deduzidos descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes INVENTÁRIOS CONTABILIDADE Mário Guimarães58 Quando os inventários requererem um período substancial de tempo para atingirem a sua condição de uso pretendido ou de venda - nas condições da NIC 23 e da NCRF 10 Custos de empréstimos obtidos - permite-se que os custos de empréstimos obtidos possam ser incluídos no custo de aquisição ou de produção. O custo dos inventários pode ser atribuído pelo uso da identificação especifica dos seus custos individuais ou, não sendo possível, pelo uso da fórmula FIFO ou do custo médio ponderado. Foi abandonada a fórmula LIFO
30 4.3. INVENTÁRIOS CONTABILIDADE Mário Guimarães59 Quando o custo dos inventários FOR SUPERIOR ao valor realizável líquido(*) é feito o correspondente ajustamento, o qual deve ser revertido quando as circunstâncias anteriores deixarem de existir ou quando houver uma clara evidência de um aumento do valor realizável líquido. (*) O VRL é «o preço de venda estimado no decurso ordinário da actividade empresarial menos os custos estimados de acabamento e os custos necessários para acabar a venda» - cf. tb ponto do POC CONTRATOS 4.3. INVENTÁRIOS DE CONSTRUÇÃO CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães60 CÓDIGO DO IRC ACTUAL O AJUSTAMENTO DAS EXISTÊNCIAS NÃO TOMA EM CONSIDERAÇÃO OS GASTOS ESTIMADOS DE ACABAMENTO E DE VENDA TEM SIDO PERMITIDO O USO DA FÓRMULA LIFO OS CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS NÃO SÃO INCLUÍDOS NO CUSTO DE AQUISIÇÃO CÓDIGO DO IRC DL 159/2009 PREVÊ-SE ALGUMA APROXIMAÇÃO ENTRE O CÁLCULO FISCAL DO AJUSTAMENTO E O CÁLCULO CONTABILÍSTICO, CONSIDE- RANDO JÁ OS GASTOS ESTIMADOS DE ACABAMENTO E DE VENDA, MAS SEM DETERMINAR QUALQUER REGRA. ESTA FÓRMULA FOI ABANDONADA PREVÊ-SE A SUA INCLUSÃO NO CUSTO DE AQUISIÇÃO NOS CASOS PERMITIDOS PELOS NORMATIVOS CONTABILÍSTICOS 60 30
31 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE 61 Mário Guimarães CONTABILIDADE 62 31
32 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS 4.3. INVENTÁRIOS / PERDAS POR IMPARIDADE CONTABILIDADE O tratamento contabilístico destes activos encontra-se regulado na NIC 16 e na NCRF 7, enquanto que as perdas por imparidade estão previstas na NIC 36 e na NCRF 12. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS são aqueles que sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a outros, ou para fins administrativos e se espera que sejam usados durante mais do que um período. 63 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE CONTABILIDADE Aquando do RECONHECIMENTO INICIAL como AFT, o activo deve ser mensurado pelo seu CUSTO. No RECONHECIMENTO SUBSEQUENTE, a entidade pode optar pelo MODELO DO CUSTO ou pelo MODELO DE REVALORIZAÇÃO
33 CONTABILIDADE Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE Pelo MODELO DO CUSTO, o activo é escriturado pelo seu custo menos qualquer depreciação acumulada e quaisquer perdas por imparidade acumuladas. Pelo MODELO DE REVALORIZAÇÃO, usado apenas nos casos em que o justo valor possa ser mensurado fiavelmente, o activo é escriturado por uma quantia revalorizada, que é o seu justo valor à data da revalorização menos qualquer depreciação acumulada subsequente e perdas por imparidade acumuladas subsequentes. 65 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE CONTABILIDADE PERDA POR IMPARIDADE é definida nos normativos contabilísticos como sendo o excedente da quantia escriturada de um activo, ou de uma unidade geradora de caixa, em relação à sua quantia recuperável. De acordo com a NIC 36 e a NCRF 12 um activo está em imparidade quando a quantia escriturada do activo excede a sua quantia recuperável, que é definida como a quantia mais alta de entre o justo valor de um activo ou de uma unidade geradora de caixa menos os custos de vender e o seu valor de uso
34 CONTABILIDADE Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE QUANDO É QUE SE VERIFICA UMA PI DE UM ACTIVO? VALOR DE BALANÇO 100 MAIOR QUE PI =20 VALOR RECUPERÁVEL 80 MAIOR DE 67 PREÇO DE VENDA LÍQUIDO VALOR USO Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE CONTABILIDADE Uma PERDA POR IMPARIDADE deve ser imediatamente reconhecida como um gasto, EXCEPTO se se tratar de um activo revalorizado em que a perda por imparidade deve ser reconhecida, primeiramente, através de um decréscimo dessa revalorização (no capital próprio)
35 CONTABILIDADE Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE Os CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS (*), de acordo com o tratamento alternativo permitido na NCRF 10, podem ser reconhecidos na quantia escriturada do activo, quando os mesmos forem directamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um activo que se qualifica, isto é, de «um activo que leva necessariamente um período substancial de tempo para ficar pronto para o seu uso pretendido ou para venda». (*) Os custos de empréstimos obtidos incluem, por exemplo, os juros de empréstimos obtidos a curto e longo prazo e as diferenças de câmbio provenientes de empréstimos obtidos em moeda estrangeira até ao ponto em que sejam vistos como um ajustamento do custo de juros. 69 CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE CÓDIGO DO IRC ACTUAL CÓDIGO DO IRC DL 159/2009 OS ACTIVOS SÃO VALORIZADOS AO CUSTO HISTÓRICO CONTINUA A SER APENAS ACEITE O MODELO DO CUSTO NA VALORIZAÇÃO DOS ACTIVOS A VARIAÇÃO PATRIMONIAL POSITIVA RESULTANTE DE REAVALIAÇÃO LIVRE NÃO É ACRESCIDA, MAS É ACRESCIDO O AUMENTO DAS REINTEGRAÇÕES NO MODELO DE REVALORIZAÇÃO (JUSTO VALOR), OS GANHOS E PERDAS DE JUSTO VALOR NÃO SÃO ACEITES 70 35
36 CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE CÓDIGO DO IRC ACTUAL AS REINTEGRAÇÕES CONTABILIZADAS QUE EXCEDAM OS LIMITES NÃO SÃO ACEITES EM EXERCÍCIOS POSTERIORES, A NÃO SER QUE A EMPRESA PROCEDA À REGULARIZAÇÃO CONTABILÍSTICA CÓDIGO DO IRC DL 159/2009 AS DEPRECIAÇÕES CONTABILIZADAS QUE EXCEDAM OS LIMITES PODEM SER DEDUZIDAS EM EXERCÍCIOS POSTERIORES, DESDE QUE A QUOTA ANUAL NÃO EXCEDA A QUOTA MÁXIMA PERMITIDA AS QUOTAS DE REINTEGRAÇÃO INFERIORES À QUOTA MÍNIMA GERAM QUOTAS PERDIDAS PODE SER REQUERIDA PREVIAMENTE À DGCI A UTILIZAÇÃO DE QUOTAS DE DEPRECIAÇÃO INFERIORES À MÍNIMA 71 CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE CÓDIGO DO IRC ACTUAL A UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS DE REINTEGRAÇÃO OU AMORTIZAÇÃO DIFERENTES DOS LEGALMENTE PREVISTOS OBRIGA A SOLICITAR AUTORIZAÇÃO PRÉVIA À DGCI CÓDIGO DO IRC DL 159/2009 PODEM SER APLICADOS MÉTODOS DIFERENTES, SUJEITO A RECONHECIMENTO PRÉVIO DA DGCI. CONTUDO, SE A QUOTA ANUAL NÃO EXCEDER A QUOTA MÁXIMA PERMITIDA NO DR 25/2009, NÃO É NECESSÁRIO PEDIR AUTORIZAÇÃO (N.º 3 DO ART.º 30.º) 72 36
37 CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE CÓDIGO DO IRC ACTUAL AS DESVALORIZAÇÕES EXCEPCIONAIS PODEM SER ACEITES, NOS TERMOS DO ART.º 10.º DO DR 2/90 CÓDIGO DO IRC DL 159/2009 AS PERDAS POR IMPARIDADE (PI) NÃO SÃO DEDUTÍVEIS NO PERÍODO EM QUE OCORREM, A NÃO SER AS ACTUALMENTE PREVISTAS NO ART.º 10.º DO DR 2/90. NO ENTANTO, AS PI DOS ACTIVOS DEPRECIÁVEIS, NAS CONDIÇÕES DO 27 DA NCRF 12, PODEM SER DEDUZIDAS, EM PARTES IGUAIS, DURANTE A VIDA ÚTIL REMANESCENTE DO BEM (N.º 4 DO ART.º 35.º) 73 CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE CÓDIGO DO IRC ACTUAL OS ENCARGOS FINANCEIROS COM A PRODUÇÃO DE IMOBILIZADO SÓ PODEM SER ADICIONADOS AO CUSTO DE PRODUÇÃO QUANDO O PERÍODO DE FABRICAÇÃO OU CONSTRUÇÃO FOR IGUAL OU SUPERIOR A 2 ANOS (ART.º 2.º, N.º 6 DO DR 2/90) OS QUE NÃO FOREM INCLUÍDOS NO CUSTO DE PRODUÇÃO TÊM DE SER REPARTIDOS POR TRÊS ANOS (ART.º 17.º, N.º 4, B) DO DR 2/90) 74 CÓDIGO DO IRC DL 159/2009 NAS CONDIÇÕES PREVISTAS NOS NORMATIVOS CONTABILÍSTICOS, PODEM SER INCLUÍDOS NO CUSTO DE AQUISIÇÃO, CONSTRUÇÃO OU PRODUÇÃO OS CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS SE DIRECTAMENTE ATRIBUÍVEIS À AQUISIÇÃO, PRODUÇÃO OU CONSTRUÇÃO DE UM ACTIVO QUE SE QUALIFICA, SE O PERÍODO ANTERIOR À ENTRADA EM FUNCIONAMENTO FOR > 1 ANO [ART.º 2.º, N.º 5 DO DR 25/2009] NÃO SENDO INCLUÍDOS NO CUSTO DO ACTIVO, SÃO GASTOS DO RESPECTIVO PERÍODO 37
38 CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE CÓDIGO DO IRC ACTUAL O CUSTO DE AQUISIÇÃO DOS ELEMENTOS DE REDUZIDO VALOR É DE 199,52 (art.º 33.º ; art.º 19.º DR 25/2009) CÓDIGO DO IRC DL 159/2009 ESTE VALOR É AUMENTADO PARA (art.º 34.º, n.º 1, al. e); art.º 11.º DR 25/2009) O VALOR DEPRECIÁVEL DAS VIATURAS LIGEIRAS DE PASSAGEIROS OU MISTAS É DE ,87 O VALOR DEPRECIÁVEL DESTES BENS PASSA A SER DE CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE CÓDIGO DO IRC ACTUAL PARA EFEITOS DE CÁLCULO DAS MAIS- VALIAS E MENOS-VALIAS FISCAIS, O CÓDIGO UTILIZA A EXPRESSÃO REINTEGRAÇÕES OU AMORTIZAÇÕES PRATICADAS AS MENOS-VALIAS FISCAIS REALIZADAS EM BARCOS DE RECREIO, AVIÕES DE TURISMO E VIATURAS LIGEIROS DE PASSAGEIROS OU MISTAS PODEM SER, EM PRINCÍPIO, DEDUZIDAS 76 CÓDIGO DO IRC DL 159/2009 O CÓDIGO PASSA A MENCIONAR QUE PARA ESSE CÁLCULO RELEVAM AS DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES FISCALMENTE ACEITES EXCEPTO QUANDO ESTES ACTIVOS ESTEJAM AFECTOS À EXPLORAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSPORTES OU SE DESTINEM A SER ALUGADOS NO EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE DA EMPRESA, SÓ SÃO DEDUTÍVEIS AS MENOS-VALIAS FISCAIS CALCULADAS SOBRE O VALOR FISCALMENTE DEPRECIÁVEL AINDA NÃO ACEITE COMO GASTO 38
39 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE EXERCÍCIO N.º 1 (PI NO MESMO ANO DA VENDA) 77 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE EXERCÍCIO N.º 1 Uma entidade adquiriu no ano 2010 uma máquina que reconheceu como activo fixo tangível. O custo desse activo ascendeu a Tendo optado pelo modelo do custo para a mensuração do activo, a quantia escriturada em 2012 era de , ou seja, menos de depreciações acumuladas fiscalmente aceites (efectuadas em 2010 e 2011 à taxa de 20%) e de uma perda por imparidade não prevista no CIRC e reconhecida em resultados em Sabendo que alienou o activo em 2012 por e que o coeficiente de correcção monetária é de 1,1, determine a mais-valia contabilística e fiscal
40 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE RESOLUÇÃO 79 RESOLUÇÃO Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE Ano 2010 Custo do activo: Deprec. Acumuladas: Ano 2011 Deprec. Acumuladas: Quantia escriturada: Ano 2012 (ANO VENDA) Deprec. Acumuladas: Perda por imparidade: (acrescida no Q07 da DR Mod. 22) Quantia escriturada: XPTO 438- XPTO Quantia escriturada: XPTO 438- XPTO 439- XPTO Quantia escriturada: Ano 2012 (ANO VENDA) Valor de realização: Mais-valia contabilística = = Mais-valia fiscal = ( ) * 1,1 = A PI nunca foi dedutível. Deduz no Q07 Acresce no Q07 40
41 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE EXERCÍCIO N.º 2 81 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE EXERCÍCIO N.º 2 No balanço do ano de 2010, a entidade SNC, SA tem no seu activo fixo tangível uma máquina cuja quantia escriturada ascende a A vida útil estimada foi de 8 anos, encontrando-se depreciada em 50% pelo método da linha recta (quotas constantes). No final do ano de 2011, como resultado do teste de imparidade anual que efectuou, determinou uma quantia recuperável de Enquadre a situação exposta de acordo com as seguintes hipóteses: HIP. 1: O bem não foi alienado durante toda a sua vida útil e a perda por imparidade não corresponde a uma desvalorização excepcional. HIP.2: Em 2013, a entidade alienou a referida máquina por Assumindo que o coeficiente de correcção monetária (ccm) é de 1,2, determine a mais(menos)-valia contabilística e fiscal
42 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE RESOLUÇÃO (HIP 1: O bem não foi alienado durante toda a sua vida útil) 83 RESOLUÇÃO (HIPÓTESE 1) Ano 2010 Custo do activo: ( ,5) Taxa de depreciação = 12,5% (vida útil: 8 anos, de 2007 a 2014) Ano 2011 Quantia escriturada: [ ( * 12,5% * 5 anos)] Quantia recuperável: (Nova quota depreciação: /ano) Perda por imparidade: Acrescer no Q07 (PI não aceite) Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE Anos 2012, 2013 e 2014 Deduzir no Q07: anos = / ano HÁ ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS NOTA: A PI não aceite fiscalmente em 2011 e que foi acrescida nesse ano, é fiscalmente 84 dedutível, em partes iguais, durante a vida útil remanescente do bem. 42
43 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE RESOLUÇÃO (HIP 2: O Bem é alienado durante a sua vida útil em 2013) 85 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE Custo do activo: ( ,5) 86 RESOLUÇÃO (HIPÓTESE 2) Ano 2010 Taxa de depreciação = 12,5% (vida útil: de 2007 a 2014); Depreciação/ano: Ano 2011 Quantia escriturada: [ ( * 12,5% * 5 anos)] Quantia recuperável: (Nova quota depreciação: /ano) Perda por imparidade: Acrescer no Q07 Ano 2013 (alienação) MV Contabilística = ( ) = MV Fiscal = ( ) * 1,2 = Depreciação do ano de 2012 Deduz no Q07 Acresce no Q07 PERDA POR IMPARIDADE ACEITE FISCALMENTE EM 2012 ATRAVÉS DE CORRECÇÃO FISCAL NEGATIVA NO Q07 43
44 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE EXERCÍCIO N.º 3 (Viatura ligeira de passageiros de valor de aquisição superior ao limite máximo aceite fiscalmente ) 87 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE EXERCÍCIO N.º 3 Um sujeito passivo de IRC adquiriu uma viatura ligeira de passageiros no ano 2010 por , tendo-a depreciado pelo método das quotas constantes, à taxa de 25%. No ano 2012 alienou-a por : HIP1: ; HIP2: ; HIP3: Admitindo que o coeficiente de correcção monetária (ccm) é 1, refira quais as correcções a fazer no Q07 da DRM22 do IRC dos anos 2010, 2011 e 2012 relativamente a esta viatura
45 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE RESOLUÇÃO (HIP1: VR = ) 89 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE RESOLUÇÃO Anos 2010 e 2011 Depreciação contabilística * 25% = HÁ PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS Depreciação aceite fiscalmente * 25% = Acresce no Q07 nos anos 2010 e 2011 Ano 2012 Depreciações praticadas Mais-valia contabilística ( ) = Deduz no Q07 Mais-valia fiscal ( ) * 1 = Regime 2009 Mais-valia fiscal aceite ( ) * 1 = Acresce no Q07 90 DEPRECIAÇÕES ACEITES FISCALMENTE EM 2010 E 2011 ( X 2 ANOS) 45
46 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE RESOLUÇÃO (HIP2: VR = ) 91 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE RESOLUÇÃO Anos 2010 e 2011 Depreciação contabilística * 25% = HÁ PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS Depreciação aceite fiscalmente * 25% = Acresce no Q07 nos anos 2010 e 2011 Ano 2012 Depreciações praticadas Menos-valia contabilística ( ) = Acresce no Q07 Menos-valia fiscal ( ) * 1 = Regime 2009 Menos-valia fiscal aceite ( ) * 1 = Deduz no Q07 92 DEPRECIAÇÕES ACEITES FISCALMENTE EM 2010 E 2011 ( X 2 ANOS) 46
47 Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE RESOLUÇÃO (HIP3: VR = ) 93 RESOLUÇÃO Mário Guimarães ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS / PERDAS POR IMPARIDADE Anos 2010 e 2011 Depreciação contabilística * 25% = HÁ PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS Depreciação aceite fiscalmente Ano 2012 Art.º 45.º, n.º 1, al. l): Não são dedutíveis as mvf.., excepto na parte em que corresponda ao valor fiscalmente depreciável ( ) ainda não aceite como gasto. Neste caso * 25% = Acresce no Q07 nos anos 2010 e 2011 Depreciações praticadas Menos-valia contabilística ( ) = Acresce no Q07 Menos-valia fiscal ( ) * 1 = Regime 2009 Menos-valia fiscal aceite ( ) * 1 = DEDUZ NO Q07 DEPRECIAÇÕES ACEITES FISCALMENTE EM 2010 E 2011 ( X 2 ANOS) 94 APENAS !!! 47
48 Mário Guimarães PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO 95 Mário Guimarães CONTABILIDADE 96 48
49 4.5. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO CONTABILIDADE Mário Guimarães97 O tratamento contabilístico das propriedades de investimento encontra-se previsto na NIC 40 e na NCRF PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO CONTABILIDADE Mário Guimarães98 As propriedades de investimento estão definidas nestes normativos como sendo as propriedades (terrenos ou edifícios ou parte de edifícios, ou ambos) detidas (pelo dono ou pelo locatário numa locação financeira) para obter rendas ou para valorização do capital ou para ambas as finalidades, e não para: uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou venda no curso ordinário do negócio
50 4.5. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO CONTABILIDADE Mário Guimarães99 Estes activos devem ser MENSURADOS INICIALMENTE pelo seu CUSTO. APÓS O RECONHECIMENTO INICIAL, a empresa deve escolher ou o modelo do JUSTO VALOR ou o MODELO DO CUSTO, devendo aplicar a política contabilística que escolheu a todas as suas propriedades de investimento (consistência) PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO CONTABILIDADE Mário Guimarães100 Se for adoptado o MODELO DO CUSTO, ao custo do activo são deduzidas as depreciações e as eventuais perdas por imparidade acumuladas. Pelo MODELO DO JUSTO VALOR, devem ser reflectidas as condições de mercado à data do balanço. O ganho ou a perda proveniente de uma alteração no justo valor deve ser reflectida nos resultados do período em que ocorra
51 4.5. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães101 CÓDIGO DO IRC ACTUAL OS INVESTIMENTOS EM IMÓVEIS SÃO VALORIZADOS AO CUSTO HISTÓRICO AS REINTEGRAÇÕES CONTABILIZADAS QUE EXCEDAM OS LIMITES NÃO SÃO ACEITES EM EXERCÍCIOS POSTERIORES, A NÃO SER QUE A EMPRESA FAÇA A REGULARIZAÇÃO CONTABILÍSTICA CÓDIGO DO IRC DL 159/2009 APENAS SE ACEITA O MODELO DO CUSTO PARA A MENSURAÇÃO DAS PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO. TAL COMO ACONTECE COM OS ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS, AS DEPRECIAÇÕES CONTABILIZADAS QUE EXCEDAM OS LIMITES PODEM SER ACEITES EM EXERCÍCIOS POSTERIORES AS DESVALORIZAÇÕES EXCEPCIONAIS AS PERDAS POR IMPARIDADE NÃO SÃO PODEM SER ACEITES, NOS TERMOS DO DEDUTÍVEIS, EXCEPTO AS QUE VIEREM A ART.º 10.º DO DR 2/90 SER EXPRESSAMENTE CONSAGRADAS 102 NO CIRC PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães102 CÓDIGO DO IRC ACTUAL CÓDIGO DO IRC DL 159/2009 NO MODELO DE JUSTO VALOR, O GANHO --- OU A PERDA RESULTANTE DA ALTERAÇÃO DO JUSTO VALOR NÃO É FISCALMENTE ACEITE O REGIME DE REINVESTIMENTO NÃO SE APLICA ÀS PROPRIEDADES DE PASSA A SER APLICADO O REGIME DE REINVESTIMENTO A ESTES BENS INVESTIMENTO
52 Mário Guimarães ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA 103 Mário Guimarães CONTABILIDADE
53 4.6. ACTIVOS NÃO CORRENTES 4.3. INVENTÁRIOS DETIDOS PARA VENDA CONTABILIDADE Mário Guimarães105 Os activos não correntes detidos para venda encontram-se previstos na NIRF 5 e na NCRF 8. De acordo com estes normativos, uma empresa deve classificar um ACTIVO NÃO CORRENTE (ou um grupo para alienação) COMO DETIDO PARA VENDA se a sua quantia escriturada é recuperada principalmente através de uma transacção de venda em lugar de o ser pelo uso continuado ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA CONTABILIDADE Mário Guimarães106 Este activo deve, portanto, estar disponível para venda imediata na sua condição presente e tem de existir uma GRANDE PROBABILIDADE de a sua venda se vir a concretizar no prazo de um ano a partir da data da sua classificação contabilística. Estes activos são mensurados pelo MENOR valor entre a quantia escriturada e o justo valor menos os custos de vender
54 4.6. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães107 CÓDIGO DO IRC ACTUAL CÓDIGO DO IRC FUTURO NÃO ESTÁ PREVISTO REGIME FISCAL ESPECÍFICO, PELO QUE MANTÊM O REGIME QUE LHES ERA APLICÁVEL ANTES DA RECLASSIFICAÇÃO CONTABILÍSTICA COMO NÃO PODEM SER DEPRECIADOS, A EMPRESA NÃO É OBRIGADA A CONSIDERAR A QUOTA MÍNIMA DE DEPRECIAÇÃO NO CÁLCULO DA MAIS- VALIA FISCAL 107 Mário Guimarães ACTIVOS INTANGÍVEIS
55 Mário Guimarães CONTABILIDADE ACTIVOS INTANGÍVEIS CONTABILIDADE Mário Guimarães110 O tratamento contabilístico destes activos encontra-se contemplado na NIC 38 e na NCRF 6. De acordo com estes normativos, ACTIVO INTANGÍVEL é definido como sendo um activo não monetário, identificável e sem substância física. E porque é um activo, representa, portanto, um recurso controlado pela empresa como resultado de acontecimentos passados e do qual se espera que fluam para a empresa benefícios económicos futuros
56 4.7. ACTIVOS INTANGÍVEIS CONTABILIDADE Mário Guimarães111 Por conseguinte, um ACTIVO INTANGÍVEL só deve ser reconhecido como tal se for provável que benefícios futuros atribuíveis ao activo fluam para a empresa e desde que seu custo possa ser fiavelmente mensurado. Daí que já não possam ser reconhecidas como activo intangível, por exemplo, as despesas de instalação que eram registadas na conta 431 do POC. O AI pode ser adquirido ou gerado internamente ACTIVOS INTANGÍVEIS CONTABILIDADE Mário Guimarães112 Quando um activo é gerado internamente, torna-se necessário avaliar se ele satisfaz ou não os critérios de reconhecimento, para o que devemos separar a a sua formação em duas fases: FASE DE PESQUISA E FASE DE DESENVOLVIMENTO
57 4.7. ACTIVOS INTANGÍVEIS CONTABILIDADE Mário Guimarães113 Durante a FASE DE PESQUISA ainda não há perspectivas de benefícios económicos futuros. Os dispêndios incorridos nesta fase não podem ser reconhecidos como um activo => SÃO UM GASTO DO PERÍODO ACTIVOS INTANGÍVEIS CONTABILIDADE Mário Guimarães114 Na FASE DE DESENVOLVIMENTO, é maior o grau de certeza ligado ao fluxo de benefícios económicos futuros atribuíveis ao activo. No entanto, a ENTIDADE TEM DE SER PRUDENTE, pelo que só deve reconhecer as despesas com projectos de desenvolvimento como um activo intangível se puder demonstrar, por exemplo:
58 4.7. ACTIVOS INTANGÍVEIS CONTABILIDADE Mário Guimarães115 (1) que é viável, em termos técnicos e financeiros que o activo venha a ser concluído, de modo a que possa ser usado ou vendido; (2) que existe mercado para a produção ou aquisição desse activo; e (3) que pode mensurar fiavelmente o dispêndio atribuível ao activo durante a fase de desenvolvimento ACTIVOS INTANGÍVEIS CONTABILIDADE Mário Guimarães116 APÓS O RECONHECIMENTO INICIAL de um activo intangível (ao custo de aquisição), este deve ser escriturado pelo MODELO DO CUSTO (custo de aquisição menos as amortizações acumuladas e quaisquer perdas por imparidade acumuladas) ou pelo MODELO DE REVALORIZAÇÃO (quantia revalorizada que seja o seu justo valor à data da revalorização deduzido de amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas)
59 4.7. ACTIVOS INTANGÍVEIS CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães117 CÓDIGO DO IRC ACTUAL ACEITES AS AMORTIZAÇÕES EM CASO DE DEPERECIMENTO EFECTIVO CÓDIGO DO IRC FUTURO ACEITES AS AMORTIZAÇÕES EM CASO DE DEPERECIMENTO EFECTIVO E AS PERDAS POR IMPARIDADE EM CASO DE DESVALORIZAÇÕES EXCEPCIONAIS NÃO SENDO DESVALORIZAÇÕES EXCEPCIONAIS, SEGUEM O MESMO REGIME DAS PERDAS POR IMPARIDADE DOS ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS AS DESPESAS DE INSTALAÇÃO E AS DESPESAS DE INVESTIGAÇÃO SÃO AMORTIZÁVEIS EM TRÊS ANOS 117 CÓDIGO DO IRC RESUMO ESTAS DESPESAS JÁ NÃO CONSTITUEM UM ACTIVO PELO QUE SÃO GASTO DO RESPECTIVO PERÍODO PROPRIEDADES 4.7. ACTIVOS INTANGÍVEIS DE INVESTIMENTO Mário Guimarães118 CÓDIGO DO IRC ACTUAL AS DESPESAS DE DESENVOLVIMENTO SÃO AMORTIZÁVEIS EM TRÊS ANOS, MAS PODEM SER CUSTO DO EXERCÍCIO EM QUE SÃO SUPORTADAS CÓDIGO DO IRC FUTURO AINDA QUE RECONHECIDAS COMO ACTIVO INTANGÍVEL, ACEITAM-SE COMO GASTO FISCAL NO PERÍODO EM QUE SÃO SUPORTADAS OS ENCARGOS COM PROJECÇÃO PLURIANUAL, EMBORA NÃO SENDO IMOBILIZADO CORPÓREO, SÃO REPARTIDOS POR TRÊS ANOS, NO MÍNIMO É ABANDONADA A OBRIGAÇÃO DE REPARTIR OS CUSTOS RELATIVOS A ESTES ENCARGOS, SEGUINDO, REGRA GERAL, O TRATAMENTO CONTABILÍSTICO
60 4.7. ACTIVOS INTANGÍVEIS CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães119 CÓDIGO DO IRC ACTUAL AS DIFERENÇAS DE CÂMBIO DESFAVORÁVEIS RELACIONADAS COM O IMOBILIZADO E RELATIVAS AO PERÍODO ANTERIOR AO DA SUA ENTRADA EM FUNCIONAMENTO SÃO REPARTIDAS POR TRÊS ANOS [ART.º 17.º, N.º 4, C) DO DR 2/90] CÓDIGO DO IRC DL 159/2009 AS DIFERENÇAS DE CÂMBIO DESFAVORÁVEIS SEGUEM O PROCEDIMENTO CONTABILÍSTICO PREVISTO NOS RESPECTIVOS NORMATIVOS, OU SEJA, SÃO GASTOS DO PERÍODO ACTIVOS INTANGÍVEIS Mário Guimarães120 EXERCÍCIO
61 4.7. ACTIVOS INTANGÍVEIS EXERCÍCIO Mário Guimarães121 Uma empresa farmacêutica suportou no ano N os seguintes encargos, num total de : Campanha publicitária Aq. do direito de uso de uma marca por 5 anos Pesquisa de um medicamento eficaz para a gripe A Projecto de desenvolvimento de um aparelho para os asmáticos, técnica e financeiramente viável Refira qual o montante que podia considerar como gasto fiscal no ano N, face às futuras regras do CIRC e legislação complementar ACTIVOS INTANGÍVEIS Mário Guimarães122 RESOLUÇÃO
62 4.7. ACTIVOS INTANGÍVEIS RESOLUÇÃO Mário Guimarães123 Encargos Gasto fiscal Campanha publicitária Aquisição de direito de uso de marca x 20% Pesquisa de novo medicamento Projecto de desenvolvimento x 33,33% (*) (*) O n.º 1 do art.º 32.º do CIRC permite a amortização num só exercício (100%), pelo que a ser exercida esta opção o gasto fiscal ascenderia Mário Guimarães PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES
63 Mário Guimarães CONTABILIDADE 125 Mário Guimarães PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES CONTABILIDADE A NIC 37 e a NCRF 21 têm por objecto prescrever o tratamento contabilístico das provisões, dos passivos e dos activos contingentes, exceptuando, nomeadamente, os casos que são regulados por outras normas. Uma PROVISÃO só deve ser reconhecida (em resultados) se se verificarem cumulativamente as seguintes condições:
64 Mário Guimarães PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES CONTABILIDADE Uma entidade tiver uma obrigação presente (legal ou construtiva) em resultado de um acontecimento passado; For provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será necessário para liquidar a obrigação; Puder ser feita uma estimativa fiável da quantia da obrigação. 127 Mário Guimarães PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES CONTABILIDADE PRINCIPAIS REQUISITOS DE RECONHECIMENTO DA NCRF 21, PARA PROVISÕES E PASSIVOS CONTINGENTES COMEÇO Obrigação presente como consequência de um acontecimento que cria obrigações? Não Obrigação possível? Não Sim Sim Exfluxo possível? Não Remoto? Sim Sim Estimativa fiável? Não (raro) Não Sim Provisionar Divulgar passivo contingente Não fazer nada
65 CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES CÓDIGO DO IRC ACTUAL PROVISÕES DEDUTÍVEIS ESTÃO EXPRESSAMENTE ENUMERADAS NO CÓDIGO A PROVISÃO PARA DEPRECIAÇÃO DE EXISTÊNCIAS É CALCULADA TENDO POR BASE O PREÇO DE MERCADO (PREÇO DE VENDA OU CUSTO DE REPOSIÇÃO) CÓDIGO DO IRC DL 159/2009 ADOPTOU-SE O MESMO MÉTODO DA ENUMERAÇÃO EXPRESSA PASSA A DESIGNAR-SE POR AJUSTAMENTO EM INVENTÁRIOS E O PREÇO DE MERCADO É SUBSTITUÍDO PELO VALOR DE REALIZAÇÃO LÍQUIDO, EMBORA COM A DEFINIÇÃO CONSTANTE DO ARTIGO. Mário Guimarães130 A PARTE NÃO UTILIZADA É PROVEITO A PARTE NÃO UTILIZADA É RENDIMENTO PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES CÓDIGO DO IRC RESUMO CÓDIGO DO IRC ACTUAL A PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE COBRANÇA DUVIDOSA É ACEITE, DESDE QUE SEJAM OBSERVADAS DETERMINADAS CONDIÇÕES E NÃO EXCEDA DETERMINADOS LIMITES. CÓDIGO DO IRC FUTURO PASSA A DESIGNAR-SE POR PERDA POR IMPARIDADE EM CRÉDITOS E FICA SUJEITA ÀS MESMAS CONDIÇÕES E LIMITES. A PROVISÃO QUE NÃO DEVA SUBSISTIR É PROVEITO DO EXERCÍCIO A REVERSÃO DA PERDA POR IMPARIDADE É RENDIMENTO DO PERÍODO FOI CRIADA A PROVISÃO PARA GARANTIAS A CLIENTES AINDA QUE SUJEITA A LIMITES 65
66 CÓDIGO DO IRC RESUMO Mário Guimarães PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES CÓDIGO DO IRC ACTUAL ---- CÓDIGO DO IRC FUTURO QUANDO QUALQUER PROVISÃO FOR RECONHECIDA PELO VALOR PRESENTE, OS GASTOS FINANCEIROS SÃO CONSIDERADOS COMO REFORÇO DA PROVISÃO AS PROVISÕES QUE NÃO DEVAM SUBSISTIR E AS QUE FOREM UTILIZADAS PARA FINS DIFERENTES SÃO PROVEITO DO EXERCÍCIO AS PROVISÕES QUE NÃO DEVAM SUBSISTIR E AS QUE FOREM UTILIZADAS PARA FINS DIFERENTES SÃO RENDIMENTO DO PERÍODO 131 Mário Guimarães PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES EXERCÍCIO
67 Mário Guimarães PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES EXERCÍCIO Uma empresa que comercializa electrodomésticos apurou nos anos N-1, N-2 e N-3 os seguintes montantes em termos de vendas e de custos de garantia: Vendas Custos de garantia N N N Sabendo que no ano N as vendas ascenderam a e que efectuou uma provisão para garantias de clientes de , refira se a empresa terá de proceder a alguma correcção para efeitos de 134 determinação do lucro tributável PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES Mário Guimarães134 RESOLUÇÃO
68 Mário Guimarães PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES RESOLUÇÃO SOMATÓRIO DAS VENDAS SOMATÓRIO DOS CUSTOS DE GARANTIA PROVISÃO FISCALMENTE ACEITE EM N = 5% * 5% = Acrescer no Q HÁ ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS Mário Guimarães BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS
Portaria n.º 92-A/2011, de 28 de Fevereiro - 41 SÉRIE I, 1º SUPLEMENTO
Define os elementos que integram o dossier fiscal, aprova novos mapas de modelo oficial e revoga a Portaria n.º 359/2000, de 20 de Junho A Nos termos do artigo 129.º do Código do Imposto sobre o Rendimento
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