Arquitetura de ambientes

Transcrição

1 Arquitetura de ambientes Sustentabilidade em arquitetura: um olhar do presente para o futuro Setembro 2014

2 A RRA

3 Edifício Cidade Nova Universidade Petrobras A RRA 1987 Ano de Fundação 1999 Alinhamento com Agenda 21 Parque Madureira Rio o LEED NC Core & Shell da América Latina % dos projetos em andamento são verdes 1 a Certificação Ambiental de Espaço Público no Brasil: AQUA Somos 50 pessoas pensando em Urbanismo e Arquitetura.

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5 Arte de projetar A arquitetura é uma ciência, surgida de muitas outras, e adornada com muitos e variados ensinamentos: pela ajuda dos quais um julgamento é formado daqueles trabalhos que são o resultado das outras artes. Marco Vitrúvio Polião Século I, a.c.

6 Arte de projetar Arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção. E nesse processo fundamental de ordenar e expressar-se ela se revela igualmente e não deve se confundir com arte plástica, [...] cabendo então ao sentimento individual do arquiteto, no que ele tem de artista, portanto, escolher na escala dos valores contidos entre dois valores extremos, a forma plástica apropriada a cada pormenor em função da unidade última da obra idealizada. Lucio Costa, Século XX, d.c.

7 Arquitetura = Arkhi + Têkton Primeiro + Construção Em contraponto ao pensamento arquitetônico que nos foi legado, sempre centrado na construção como ilimitado, devemos perceber que o momento atual, ao exigir consciência sobre a finitude dos recursos, questiona todas as atividades antrópicas. Buscamos então ampliar o conhecimento holístico sobre a nossa existência e a nossa permanência no planeta, entendendo que ao arquiteto cabe provocar e catalisar todos os pensamentos e movimentos pró-existência. Neles, antes da construção, devemos concentrar nosso conhecimento. Ruy Rezende

8 prática de projeto

9 Do pensamento à construção Construção Arquitetura Programa Condições Socioambientais Consultorias Engenharias Pré Construção Conhecimento e Pesquisas Pensamento Holístico

10 Metodologia geral aplicada à sustentabilidade Questões Culturais Responsabilidade Sócio-Ambiental Pesquisa e Divulgação Entendimento status-quo Resultados apurados Normas e Referências Conhecimento Sustentável

11 Processo cíclico da sustentabilidade Emissão de Carbono Saúde e conforto Preservação de Recursos Naturais Extração, reciclados e reciclagem Projetos Impactos Ambientais Desmonte Custos de Investimento Gestão da Energia, Implantação, Operação, Manutenção e Serviços Transporte e Mobilidade Construção Responsabilidade e Inclusão Social Aspectos Sócio- Ambientais

12 Metodologia de desenvolvimento de Projetos Sustentáveis pelo LEED Criatividade e Inovação Inserção urbana Terreno, implantação, áreas verdes, gestão da permeabilidade Orientação e controle da insolação, iluminação natural e artificial, ventos Conforto acústico, térmico e qualidade do ar Gestão das águas Gestão da eficiência energética Gestão do uso de materiais e resíduos Energia renovável Responsabilidade Sócio Ambiental

13 Metodologia de desenvolvimento de Projetos Sustentáveis pelo AQUA AQUA Alta Qualidade Ambiental - Fase Programa Relação do edifício com o seu entorno Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos Canteiro de obras com baixo impacto ambiental Gestão de energia Gestão da água Gestão dos resíduos de uso e operação do edifício Manutenção - permanência do desempenho ambiental Conforto higrotérmico Conforto acústico Conforto visual Conforto olfativo Qualidade sanitária dos ambientes Qualidade sanitária do ar Qualidade sanitária da água

14 Sustentabilidade na construção

15 Impacto atual das construções no Brasil 21% 25% 42% 65% consumo de água Emissão de CO2 Consumo de Energia Geração de Resíduos Fonte: GBC Brasil

16 Registros e Certificações LEED no Brasil jul/2013 Registered during year Cumulative Registrations Fonte: EY and Green Building Council Brasil

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18 Motivos que estão levando os decisores a desenvolver edifícios verdes Melhor qualidade do ar interno e do meio ambiente Comprometimento ambiental corporativo Valor de relações públicas e publicidade grátis Maior produtividade da força de trabalho Economia de custo operacional de eficiência energética Atração e retenção da qualidade da força de trabalho Melhora geral do valor do edifício Ocupações de taxas mais altas Economia de custo operacional de eficiência da água Redução de responsabilidade de gases de efeito estufa 0% 25% 50% 75% 100% percentual de entrevistados Fonte: Sustentech / Deloitte and Charles Lockwood The dollars and sense of green retrofits, 2008

19 Motivos que estão levando os decisores a ocupar edifícios verdes Considerações de ecologia e biodiversidade Design do edifício (considerando o ciclo de vida do edifício) Flexibilidade do espaço 99% 21% 31% 36% Material de construção (considerando o ciclo de vida do edifício) 40% Uso de tecnologias específicas Energia 75% 40% Certificação do edifício Eficiência dos serviços 72% 53% 45% Uso do terreno Água Monitoramento eficaz da performance do edifício 70% 66% Resíduos Fonte: Sustentech / URS Corporation

20 Custos no ciclo de vida dos edifícios 100% 90% 80% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 14% 10% 0% 0,2% 0,8% Idealização Concepção e Projeto Construção Uso e Operação 5% Adaptação para reuso Fonte: Sustentech

21 A operação, uso e manutenção predial (O&M) sustentável trazem benefícios como a minimização da obsolescência precoce dos edifícios, a economia na operação e o atendimento às necessidades quantitativas e qualitativas dos usuários. Os benefícios das intervenções em O&M podem chegar a: Comparado ao ano anterior: economia do consumo de energia economia no consumo de água das torres de resfriamento economia de água potável utilizada para irrigação 20% 35% 100% Fonte: Sustentech

22 Benefícios de um edifício sustentável Valorização no aluguel: 3% - 8%; Valorização do edifício: 8% - 30%; Aumento na taxa de ocupação: 3,5%; Redução no custo de operação: 8%; Redução na depreciação do edifício, redução no risco de investimento (edifícios certificados estão à frente da média de mercado em termos de desempenho); Aumento na produtividade: 5%; Melhoria na satisfação dos colaboradores; Melhoria dos relatórios corporativos e imagem da empresa; Capacidade de benchmarking. Fonte: Sustentech

23 A arquitetura é uma forma de promover a busca pela igualdade social, valorização dos aspectos culturais, maior eficiência econômica e menor impacto ambiental nas soluções adotadas nas fases de projeto, construção, utilização, reutilização e reciclagem da edificação, visando a distribuição equitativa da matéria-prima e garantindo a competitividade do homem e das cidades. Roberta Kronka Fonte:

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25 A nova sede da Infoglobo foi projetada para refletir o dinamismo do jornal O Globo e Extra e a imagem atual da empresa: interativa, integrada, on-line, on time, full time. Cliente: Infoglobo LTD Localização: Centro, Rio de Janeiro, RJ Ano: Área Construída: m 2 Área do terreno: m 2 Postos de trabalho: Certificação: LEED Silver Fase: Em Construção Tipo: Nova Construção Serviços: Projeto / Compatibilização / Coordenação / Gerenciamento

26 Redução de 20% no consumo de energia através das persianas automatizadas nas fachadas JORNAL E FACHADA EM CONSTANTE MUDANÇA Verão Assim como o jornal chega à casa dos leitores cada dia com uma notícia nova, a fachada terá brises motorizadas que se movimentam de acordo com a incidência solar e darão ao prédio uma cara nova todo dia. 6h 8h 10h 12h 14h 16h 18h Inverno 6h 8h 10h 12h 14h 16h 18h

27 Solstício de verão Solstício de inverno Zona de sombreamento Estudo para aplicação de serigrafia nos vidros da cobertura do átrio, com o objetivo de diminuir a radiação solar incidente em seu interior e, consequentemente, melhorar o seu conforto térmico. ÁTRIO: CENTRO GRAVITACIONAL A edificação gira em torno do átrio central, em uma nova maneira de viver o trabalho, espaço criativo, amplamente iluminado por uma cobertura de cabos tensionados e vidros. Formam uma estrutura mista de alta eficiência energética que, somado a um paisagismo integrado, proporciona o conforto ambiental necessário. OPENSPACE NEWSROOM COM LAYOUT 360º CIRCULAÇÃO PERIMETRAL OPENSPACE ÁREA DE TRABALHO CAFE

28 Serigrafia A partir da zona de sombreamento determinada pelo resultado do estudo de radiação, criou-se um desenho de serigrafia para diminuir a radiação nessa área, sem afetar a iluminação natural do átrio. Com a ajuda de uma ferramenta de modelagem paramétrica Grasshopper foi possível criar os parâmetros necessários para interpretar essa mancha, utilizando suas variações, distribuir os círculos da serigrafia, de maneira que mudassem de tamanho segundo a necessidade de sombreamento. As duas opções ao lado foram criadas a partir da mesma mancha de sombreamento. Foi adicionado à segunda opção um grupo de parâmetros - mostrados no quadro lilás - que criam 5 zonas com percentual de sombreamento específico, visando a otimização na execução.

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30 Acesso da rua Marquês de Pombal Auditório Redação ÁTRIO Sala de reunião CAFÉS Estúdios de vídeo e fotografia áreas técnicas Estacionamento diretores área de trabalho acesso Da rua do santana B1 B2

31 PROGRAMA m 2 Auditório para 150 pessoas Laboratório de Usabilidade INFOGLOBO Postos de trabalho Estúdios fotografia e vídeo Call Center 8 Diretorias Academia Café interativo METODOLOGIA DO PLANO DE OCUPAÇÃO etapa 1 compreender coleta de dados entendimento da empresa: presente e futuro etapa 2 discutir elaboração de premissas proposta de modelos e padrões de ocupação etapa 3 implementar plano de ocupação proposta de layout de ocupação do prédio INÍCIO PDO TOMO I TOMO II TOMO III QUESTIONÁRIOS COM DADOS GERAIS DA EMPRESA ENTREVISTAS VISITA DE APROFUNDAMENTO ANÁLISE DO PROGRAMA SOLICITADO ANÁLISE DE ÁREAS DISPONÍVEIS DIRETRIZES A SEREM ADOTADAS PREMISSAS E PADRÕES DE OCUPAÇÃO MACRO-OCUPAÇÃO DISCUSSÃO E APROVAÇÃO PADRÕES DE OCUPAÇÃO LAYOUT DO EDIFÍCIO DISCUSSÃO E APROVAÇÃO MEMORIAIS DESCRITIVOS VALIDAÇÃO IFG

32 REDAÇÃO INTEGRADA Um modelo de redação inovador em que as novas ferramentas tecnológicas possam trabalhar de maneira integrada. tv studio E um openspace com layout 360º que promovesse melhor comunicação entre todos, facilitando o processo de decisões - cada vez mais rápido. DEP. Planta do 4º Pavimento Redação m

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34 STAFF REUNIÃO INTEGRADA FOCO REUNIÃO INFORMAL REUNIÃO FORMAL CAFÉ ÁREA DE TRABALHO: DO CONVENCIONAL AO COLABORATIVO I WORK WE WORK Mobilidade e flexibilidade são as palavras que norteiam o futuro dos espaços de trabalho. Tendo em conta estes dois conceitos chave, o plano de ocupação da Infoglobo definiu as seguintes diretrizes de projeto: Promover trabalho colaborativo / em equipe: Atender as diferentes exigências de cada tipo de trabalho Tecnologia interconectada Contínua evolução

35 3 2 1 RUA CLEMENTINO FRAGA B A B Hall Auditório Centro de Treinamento Centro Médico Café Laboratório de Usabilidade Elevador Hall Call Center Centro de Documentação e Informação Rampa Estacionamento Acesso Rua Marquês do Pombal Entrada Principal Acesso Rua do Santana Call Center A B 6 Planta 1º Pavimento m RUA DO SANTANA A RUA MARQUÊS DO POMBAL 4

36 Átrio Data Center Salas de Reunião Área de Trabalho Plenário Centro de Documentação e Informação Jardim Call Center Café Elevador Hall Planta 2º Pavimento m

37 Modelo Baseline Principais características (vidro, Iluminação, Ar condicionado) Vidro FS = 0.25; LPD Escritórios: 12,0 W/m 2 ; Sistema 8: Central de água gelada Eficiência Chiller: COP = 4,9 / IPLV = 5,6 Sistema 4: Sistema de expansão direta COP médio = 2,97 Consumo (kwh) Tarifa A4 Verde Tarifa A4 Azul Custo (R$) Economia (%) Custo (R$) Economia (%) Projeto Vidro FS = 0.31; LPD Escritórios: 10W/m 2 com sistema DALI e dimerização em alguns ambientes; Sistema único Central de água gelada Eficiência Chiller: COP = 5,59 / IPLV = 10, ,5% LEED EAc1: 3 pontos no EAc ,8% LEED EAc1: 5 pontos no EAc1 Notas FS: Fator Solar LPD: Lighting Power Density (densidade de potência de iluminação) COP: Coefficient of Performance (coeficiente de performance) IPLV: Integrated Part Load Value

38 DALI - Digital Addressable Lighting Interface Iluminação somente quando necessária Um grande potencial para economia de energia é a atualização de sensores de luz e presença. Estes possibilitam que a luz natural disponível no ambiente seja complementada pela luz artificial proveniente das luminárias equipadas com reatores eletrônicos dimerizáveis, além de permitir o acionamento da iluminação apenas quando haja pessoas no recinto. Os sensores de luz detectam o nível de iluminação, considerando a luz artificial e a natural. Assim, os grupos de luminárias podem ser controlados de acordo com sua posição no ambiente e a quantidade de luz disponível, permitindo que um nível de iluminação predefinido (de 500 lux, por exemplo) seja mantido. Os usuários ainda podem ajustar a iluminação a qualquer momento para um nível que satisfaça suas necessidades específicas. Sensores

39 Consumo de Energia Anual (MWh) comparação entre o consumo anual de energia HVAC 33.7% Iluminação Interna 14% Iluminação Externa 0.7% Equipamentos Tomada + CPD 40.9% Elevadores e ventilação 10.7% Baseline Projeto O modelo proposto apresentou, no total, 17,5% de economia em custo anual em relação ao baseline para a tarifa verde e 20,8% para a tarifa azul. Contribuiu para esta economia em custo os seguintes fatores: Luminotécnico: sistema DALI com dimerização nas áreas de escritório; Luminotécnico: sensor de presença nas garagens e em áreas comuns; Ar Condicionado: Chiller com compressor VSD e bombas primárias de água gelada variáveis (dispensa bombas secundárias); Ar Condicionado: sistema UFAD (insuflamento pelo piso), que melhor eficiência de ventilação e reduz carga de resfriamento; Ar Condicionado: recuperadores entálpicos (calor e umidade) servindo 27% do total de ar externo; Ar Condicionado: fancoil dedicado para tratamento de ar externo (100%) servindo área de conforto.

40 Essa palestra se encontra disponível na biblioteca de nosso site Muito Obrigado!