Direitos Humanos e Policia Comunitária: indícios de uma segurança pública baseada em princípios democráticos. Sérgio da Silva Santos

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1 8º Encontro da ANDHEP - Políticas Públicas para a Segurança Pública e Direitos Humanos 28 a 30 de abril de 2014, Faculdade de Direito, USP, São Paulo, SP. Grupo de Trabalho: Violência, Segurança Pública e Direitos Humanos. Direitos Humanos e Policia Comunitária: indícios de uma segurança pública baseada em princípios democráticos. Sérgio da Silva Santos Universidade Federal de Sergipe

2 Introdução O presente artigo tem o objetivo de realizar uma reflexão sobre os pressupostos teóricos em torno dos direitos humanos, articulando com as produções sobre policiamento comunitário. Como também, abordar de forma paralela a experiência desenvolvida pela Policia Militar do Estado de Alagoas, no Conjunto Selma Bandeira, tendo como objeto analítico a base comunitária atuante naquela localidade. Para esse artigo, utilizamos da pesquisa bibliográfica e entrevista semi-diretiva com possíveis membros do Conselho de Segurança Comunitária do Selma Bandeira. Optamos por essa abordagem por compreender que é de fundamental importância na atualidade observar as novas dinâmicas desenvolvidas pelas instituições para reproduzir códigos e significados que dão ênfase aos direitos sociais e democráticos. Nesse sentido, o policiamento comunitário nos apresenta como um mecanismo importante nesse processo em que não apenas a policia, mas também as comunidades estão imersas nesta construção que é complexa e se apresenta como um desafio permanente em nossa sociedade, marcada fortemente pela cultura antidemocrática e de desrespeito aos direitos humanos. O Complexo Benedito Bentes é um bairro de Maceió que conta com 27 comunidades, entre elas, estão os conjuntos residências Carminha e Selma Bandeira. Ambas possuem bases comunitárias de segurança pública e ambas possuem respectivamente 4 mil habitantes e 9 mil habitantes. O complexo Benedito Bentes, segundo dados do IBGE (2010) possui uma população de aproximadamente 220 mil habitantes. O Conjunto Habitacional Selma Bandeira surgiu em meio a algumas politicas habitacionais desenvolvidas pela Prefeitura Municipal de Maceió no final da década de Majoritariamente ocupada por moradores retirados da região do Centro da cidade, especificamente moradores da área lagunar da cidade, que anteriormente moravam em comunidades de pescadores, esse bairro não possui equipamentos públicos suficientes para a comunidade. O histórico de violência do Complexo Benedito Bentes, e principalmente os constantes homicídios ocorridos especificamente no Conjunto Selma Bandeira fez com que em 2009 o Governo Federal promovesse algumas iniciativas que pudessem minimizar os crimes ocorridos neste bairro. Desde então, o Complexo Benedito Bentes se tornou parte do programa Território de Paz. A partir de então surgiram as Bases Comunitárias de Segurança, e a primeira experiência ocorreu no Selma Bandeira.

3 Discussões em torno dos direitos humanos e policiamento comunitário Pensar sobre as novas formas de interação social aplicada pelo policiamento comunitário em Alagoas, na base comunitária do Conjunto Selma Bandeira, localizada no Complexo Benedito Bentes, nos é entendido como uma forma de refletir sobre as mudanças que recentemente tomaram formas em Alagoas, como também, nos serve como um pressuposto para reflexões sobre direitos humanos. Pensar também sobre esse modelo de policiamento comunitário nos permite adentrar em um universo inteiramente desenvolvido por práticas controladas sobre as premissas teóricas dos direitos humanos. Há no contexto de discussão sobre policia comunitária, variáveis importantes que devem ser discutidas, mas nosso interesse principal é evidenciar os discursos atualmente hegemônicos no debate entorno dos direitos humanos e formulações de política de segurança pública, especificamente o modelo de policiamento comunitário. O modelo de policiamento comunitário foi desenvolvido para atender localidades onde a violência estaria descontrolada, como também, onde as relações entre a polícia tradicional (ostensiva) e as comunidades estivessem desgastadas. É nesse contexto que surgi o policiamento comunitário, a partir do discurso da diferença, da necessidade de uma nova forma de se relacionar com um local diferente. Mas, sobretudo está imerso em um contexto de práticas sociáveis de policiamento e de respeito a normas que pretendem potencializar as relações de alteridade, ou seja, policia e sociedade, no intuito de dar direção à humanização e legalidade às ações da policia, como agentes do estado dentro de um contexto de direitos humanos. Quando nos remetemos à polícia estamos marcando todo um processo de institucionalização e também de um modus operandi, que nos permite reconhecer o local de onde se fala e se representa as ações. E a polícia comunitária surge a partir de um discurso de mudança, de valorização dos direitos humanos e de integração com as comunidades em que se insere. É nesse contexto que, pensar sobre alteridade nos permite discutir criticamente sobre o modelo tradicional de policia, e transgredir um universo de determinismo que permeia a produção de políticas públicas na área de segurança, para enfatizar as novas práticas desenvolvidas em áreas em que foram introduzidas o modelo de policiamento comunitário. É pensando no processo de reconhecimento do outro, na relação policia e sociedade, que as ideias sobre direitos humanos tomam fôlego e força, evocando a

4 comunidade e as instituições com o objetivo de construir novas formas e novos ritos, e construindo novos significados no contexto da segurança pública. A emergência de uma policia voltada para o respeito os direitos humanos, advindas de um histórico marcado por exemplos de violência e desrespeitos aos direitos humanos, possibilitou a tentativa contemporânea de humanizar a policia. Sendo assim, o governo brasileiro, fomentou a criação da polícia comunitária. Um modelo baseado no exemplo americano e japonês, que enfatiza a ação policial em locais específicos e de um modo diferenciado. Utilizando policiais militares que são capacitados, a partir de cursos, para agir em áreas determinadas por superiores hierárquicos. A polícia comunitária está presente em diversas comunidades do país, e esses lugares atendem um critério para que sejam beneficiadas por uma Base Comunitária, que tem como referência um modelo chamado Koban 1 É importante ressaltar que nos Estados Unidos, esse tipo de sistema de policiamento, foi direcionado em muitos casos, a cidades com altos índices de imigrantes e um caso famoso é da cidade denominado Santa Ana que habita imigrantes de origem hispânicas. Uma das perspectivas adotadas nessa cidade se baseava na ideia de ensinar a língua inglesa para os imigrantes ilegais, para que houvesse por esses, um entendimento das leis, culturas e hábitos do país e da cidade especifica, com objetivo de diminuir os índices de ações conflituosa com as leis. Sobre essa experiência de uma policia de diferença, podemos nos remeter a David H. Bayley e Jerome H.skolnick, Parece que, quando está envolvida a comunidade de Santa Ana ou, melhor, as subcomunidades dentro da comunidade os empresários, os hispânicos, os negros, as mulheres, os idosos a combinação singular do valor orientação para a comunidade e do valor alta tecnologia sugere uma história rara e retumbante de sucesso da polícia (BAYLEY; SKOLNICK, 2002, p. 62). A ideia de política para a diferença presente no caso acima, nos possibilita pensar que diante do sucesso dessa política de segurança, houve, em menor ou maior sentido, um processo de alteridade, o que ocasionou a possibilidade de redução de crimes. Permitimosnos pensar que os significados foram negociados e contextualizado dentro de uma conjuntura de redução de conflitos diante das leis e dos costumes. Para nosso objeto de análise, é possível identificar elementos semelhantes e que fortalecesse nossa ideia de que 1 Por sistema Koban entende-se uma modalidade de policiamento peculiar do Japão. Os Kobans são pequenos postos policiais localizados preferencialmente em áreas urbanas e servem a comunidades na preservação da ordem pública

5 há um processo de alteridade no campo a partir de uma ótica que valoriza os direitos humanos, ou seja, a participação dos moradores da comunidade e das instituições presentes na comunidade no processo de construção de novas dinâmicas e relações com a segurança pública. Entendemos e concordamos com a autora Ruth Vasconcelos (2011) que afirma que a efetividade prática da democracia social e política garante uma convivência social pautada no respeito à liberdade, à igualdade e à justiça social, assim como introduz o elemento da responsabilidade social como um dever extensivo a todos os cidadãos. (p.25) Para que esse processo de efetivação dos direitos humanos seja garantido no contexto das Bases Comunitárias de segurança é preciso que os policiais e a comunidade compreendam o sentido e as dinâmicas que emanam das práticas valorizadas nas reflexões sobre direitos humanos, sendo assim, o estado deve garantir esse acesso de forma indiscriminada e igual para os atores sociais envolvidos nesses cenários. O conceito de policiamento comunitário para o Ministério da Justiça nos diz o seguinte: Policiamento comunitário é um conceito de segurança pública que se baseia na interação constante entre a corporação policial e a população. Os policiais comunitários farão ronda na mesma região e serão capacitados em temas como direitos humanos, ética e cidadania construindo, assim, uma relação de confiança com a população (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA) O conceito nos apresenta uma forma de se pensar o policiamento comunitário, ou seja, passando pela capacitação de policiais na área de direitos humanos, para que a comunidade possa confiar na mesma como detentora de um significado marcado pelas relações de respeito e reconhecimento de moradores que possuem culturas diferentes, cotidiano diferente e formas de compreender a vida diferente, e que de certa forma ver a policia de forma diferente. Sendo assim, são as perspectivas dos direitos humanos que dar luz as novas relações, e que toca de forma incisiva a sociedade, que historicamente vive em nosso país com um imaginário violento sobre a polícia. O que o policiamento comunitário enfatiza no cotidiano é justamente o que Vasconcelos (2011) enfatiza: A construção da vida em coletividade, dentro de parâmetros pacificadores, pressupõe a comunhão de leis, normas e regras, bem como a pactuação de códigos, crenças e valores que orientem respeito e responsabilidade em relação ao outro e si mesmo. (p.27)

6 A garantia da participação da comunidade em decisões no que concerne a praticas de segurança na comunidade é a garantia de que os valores, crenças e códigos, construídos por determinada comunidade sejam respeitados, como também que esses estejam expostos a uma possibilidade de resignificação. Esse mesmo processo quando invertido a policia também deve estar em jogo, ou seja, representações violentas, que desrespeitam os pressupostos dos direitos humanos e que são exalados pela policia também devem estar expostos a uma resignificação, com o objetivo de serem sanados. É nesse contexto e para realinhar as relações entre comunidade e policia que são previstos no processo de construção de policiamento comunitário em determinada localidade a efetivação de fóruns, como por exemplo, o Conselho Comunitário de Segurança. Esses conselhos são espaços de diálogos e negociações sobre códigos, crenças e valores, e que tem como objetivo processar e efetivar as perspectivas dos direitos humanos. Base comunitária do Selma Bandeira: uma analise do objeto a partir dos direitos humanos. O policiamento comunitário em Alagoas está presente em cinco bairros da capital: o Complexo Benedito Bentes, o Clima Bom, o Vergel do Lago, o Jacintinho e Cidade Universitária. Esses bairros foram contemplados por uma base comunitária de policia, por estarem dentro do contexto e dos pré-requisitos básicos para tal aquisição, ou seja, segundo os dados estatísticos, são ou foram os mais violentos, principalmente casos de violência letal e onde o tráfico de droga se concentra mais frequentemente. E um dado que não se pode esquecer, são considerados bairros de periferia. Nesse sentido, ser um bairro de periferia nos parece o dado mais importante, já que observamos atualmente índices altos de problemas sociais nessas áreas. Do ponto de vista analítico podemos compreender que a periferia é diferente, porque dentro de um contexto de políticas públicas observamos que há uma necessidade de contextualização especifica para essa localidade. Nesse sentido, a ideia de diferença está presente no pensamento dos que reproduzem o policiamento comunitário. Acompanhando a polícia comunitária implantada no Benedito Bentes em 2009, especificamente no Conjunto Selma bandeira, podemos observar a partir da historia oral, condições de vida que são comuns a lugares que carregam marcas de periferia, ou seja, está localizada longe do centro, não ter boas condições de infraestrutura, etc. Nossas entrevistas com moradores e representantes do conjunto constatam essas questões, como também relatam as diferenças temporais do antes e do

7 depois da instalação da base comunitária nessa localidade. Segundo a liderança comunitária do conjunto: (...) o conjunto tinha ruas de terra, não havia pontos de ônibus determinado. Havia muitos roubos e assaltos, e vários homicídios, havendo mais ou menos de seis a oito homicídios por semana. O conjunto foi desvalorizado, todos queriam sair daqui, vendes as casas ou alugar. Foi perdendo valor. As pessoas não ficavam na porta de casa, e dormiam cedo, havia muitos tiros.(entrevista concedida pelo Líder comunitário do conjunto Selma Bandeira em dezembro de 2012) Esse trecho acima, nos apresenta uma serie de problemas enfrentados por essa comunidade, a presença do estado é mínima, ou nenhum. Os direitos fundamentais não foram garantidos e o direito a segurança foram negados totalmente. A sensação de medo, de insegurança foram marcas desse lugar. Nesse sentido, podemos pensar na impossibilidade de ter nessa localidade a presença de equipamentos que valorizam o ser humano? Que marque a sociedade por códigos dos direitos humanos? Pensamos que sim, e é nessa perspectiva que pensamos a instalação da uma base comunitária, como um mecanismo de reprodução de ações que evidenciam os direitos humanos e a democracia. A presença do estado é moldada nesse caso pela presença da policia comunitária, com preceitos que passam pela resolução de problemas de variadas espécies, ou seja, do ponto de vista objetivo, de segurança, como também de uma possibilidade de articular outras instituições para a resolução de problemas de infraestrutura, como iluminação, campanhas de saúde, etc. Outro importante dado colhidos a partir das entrevistas são as diferenças da ação policial no cotidiano do conjunto a partir da implantação da base comunitária. Essa diferença pode ser notada em duas entrevistas concedidas por moradores. Segundo o líder comunitário: (...) a policia só vinha aqui quando morria gente. Ou então, quando a viatura da policia parava todo mundo corria, hoje não é mais, há uma diferença muito grande daquela policia repressiva e da policia comunitária. Há um respeito muito grande da comunidade pela policia, e da policia pela comunidade. Ela tá mais presente, faz visitas. (Morador do Conjunto Selma Bandeira, 2012)

8 A fala do morador reflete justamente o que nos propomos a refletir, a participação e as mudanças nas ações policiais são baseadas em preceitos a partir da ótica dos direitos humanos, ou seja, o respeito ao ser humano e construção de um processo de alteridade. Sendo assim, pensamos que a comunitarização do serviço de polícia vem para corrigir os erros cometidos pelo praticas policias tradicionais ou autoritárias, que tanta antipatia causa as comunidades que necessitam diretamente do serviço policial. A transformação do comportamento, tanto da policia, através da policia comunitária, e da comunidade, a partir das reivindicações por uma policia que respeite os direitos humanos possibilita o avanço no dialogo e nas garantias de participação direta do cidadão em eventos que antes eram apenas conduzidas pela polícia. No que concerne a questão do policiamento comunitário e dos direitos humanos, assim como, a participação da comunidade, podemos encontrar construções imaginarias que nos dão elementos para uma discussão complexa sobre a relação entre polícia comunitária e comunidade. Sendo assim, destacamos a entrevista de um morador do conjunto Selma Bandeira para discutir sobre essa questão. Perguntado sobre a função da polícia o morador respondeu da seguinte forma: (...) A função da policia era pra pegar gente que não merecia conselho e meter o cacete, porque se for pra passar a mão por cima, cabou-se. Pega hoje, solta amanha, ele vai fazer a mesma coisa. Pegou, roubou, bota aqui. Ah...amanha solta! Num vai fazer a mesma coisa? Volta pro mesmo lugar. Vai fazer o mesmo roubo, vai matar, vai pintar o escambal, eu acho que meu acordo era esse! Eu acho que sou da lei de antigamente. (morador do Selma Bandeira, 2012) O pensamento do entrevistado nos mostra um ponto importante da analise sobre direitos humanos. Ou seja, como podemos a partir de mecanismos de reprodução de praticas de direitos humanos contribuírem para a efetivação de direitos. O policiamento comunitário é um instrumento fundamental para tal. Como? O policial que trabalha na base comunitária não deve reproduzir em suas ações no cotidiano, práticas violentas e desrespeito ao ser humano. Ao produzir ações violentas o policia estará legitimando o imaginário ontológico da policia que o cidadão guarda em seu pensamento, ou seja, uma policia que bate e não valoriza o dialogo. O entrevistado no final de sua fala, diz que seu pensamento é de antigamente, ou seja, mesmo defendendo o uso da violência, ele reconhece que esse seu modo de pensar não corresponde com a realidade em que ele vive no conjunto Selma bandeira. Esse reflexo de admitir que seu pensamento é de antigamente acontece justamente por ele não presenciar e nem relatar na entrevista atos

9 de violência por parte dos policiais que trabalham na base comunitária do Conjunto Selma Bandeira. Nesse sentido, compreendemos que o papel da comunitarização do policiamento denota uma responsabilidade em efetivar os pressupostos dos direitos humanos. O papel do imaginário social na efetivação dos direitos humanos passa também pela compreensão de que as ações, seja dos policiais comunitários ou da comunidade, estejam sempre em vigilância. Não podemos negar a existência de fatos que podem levar ao desrespeito dos preceitos dos direitos humanos. Sendo assim, cabem às instituições que fazem parte dos mecanismos de reprodução dos direitos humanos, capacitar, e promover atividades que possam potencializar as praticas que humanizam as relações. As reflexões em torno da policia comunitária são cada vez mais influenciadas por novos olhares, novos tipos de abordagens. Esse fato dimensiona uma maior problemática sobre o tema e constrói definitivamente vários pontos de vista. Pensar sobre policia e sociedade, dentro de uma perspectiva dos direitos humanos se faz necessário para nossa sociedade, que é marcada por uma cultura de desrespeito aos direitos fundamentais e humanos. As políticas públicas na área de segurança pública segue esse sentido avançando, já que propõe um olhar a partir dos direitos humanos e da democracia. Um ponto importante a ser discutido são as relações de disputas entre a polícia comunitária e jovens moradores que estimulam o surgimento de novas formas de relações. A compreensão desse fenômeno nos possibilita também realizar propostas de reformulações em alguns pontos de políticas públicas na área de segurança, e discutir sobre novas perspectivas teóricas que permite uma abordagem diferente e alternativa as formas deterministas de analises. O local onde a base comunitária está localizada trata-se de um terreno em que muitos jovens realizam atividades esportivas e de lazer. Por quê? O Conjunto Selma Bandeira não possui equipamentos de lazer, ou praças esportivas. Sendo assim, o único local em que há possibilidade pratica esportiva é em frente a Base comunitária. Antes havia um estranhamento entre jovens e policiais já que os segundos, ainda alimentavam o pensamento de que naquele local seria uma área militar. Esse pensamento de área militar acabou por ocasionar um pensamento de estranhamento e de disputa, que foram negociados a partir do entendimento e dos significados presentes no local. Atualmente o espaço é usado por jovens moradores de forma livre e respeitosa. O avanço no pensamento dos policiais em relação a esse fato especifico, se deu a partir da compreensão de que na comunidade há códigos que devem ser interpretado pelo estranho, ou seja, quem chega depois ao lugar. O policiamento comunitário é regido pelos preceitos

10 dos direitos humanos e dessa forma, deve refletir cotidianamente sobre os valores culturais do local em que está inserido. O reconhecimento de que há problemas a serem enfrentados deve está acima de um significado ontológico. Conclusão A policia comunitária desenvolvida pela Policia Militar de Alagoas, carrega em seu bojo elementos fundamentais dos direitos humanos, ou seja, o respeito a diferença e a participação democrática. Esses elementos são fundamentais para o enfrentamento de dificuldades ocasionadas historicamente por um tipo de policiamento voltado exclusivamente para a repressão. Em 2009, com a instalação da base comunitária do Conjunto Selma Bandeira, os moradores puderam participar diretamente do processo de policiamento, dando sugestões, dialogando e discutindo qual a melhor forma de prevenção a crimes e resoluções de problemas. Em torno dessas possibilidades, pudemos observar um novo comportamento, tanto da policia como da comunidade, e essas mudanças são claramente elucidadas a partir dos discursos que são emanados pelos direitos humanos. As entrevistas que foram realizadas com moradores do Conjunto Selma Bandeira mostram como há esperança na comunidade que esse tipo de policiamento tenha sucesso, como também demonstra que esse tipo de ação policial é de fato importante e eficiente, se não um tipo ideal de policiamento. O cidadão se torna, nesse caso, o principal ator no processo de mudança e no processo de elaboração de políticas de segurança, indica os problemas e possibilita o dialogo permanente. Doutro lado, temos a instituição que diante desse processo aumenta sua responsabilidade, como detentora da legitimidade do uso da forma e que se apropria de preceitos de direitos humanos para qualificar o serviço para a comunidade. Esse deslocamento aumenta a responsabilidade como também valoriza o âmago da instituição. As experiências de policiamento comunitário em Alagoas tem mostrado que a sociedade não permite outro tipo de ação da policia se não em função da ótica dos direitos humanos. Experiências recentes em outros estados também segue a mesma dimensão. Dessa forma, compreendemos que não há como pensar em redução de crimes, sem falar em mudança no paradigma no policiamento, sendo essas mudanças sempre baseada em preceitos de democracia e direitos humanos.

11 Bibliografia CASTORIADIS, Cornelius. A instituição Imaginaria da sociedade. Tradução de Guy Reynaud; revisão técnica de Luiz Roberto Salinas Fortes. Rio de Janeiro: Paz e Terra IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo, MARCINEIRO, Nazareno. Polícia Comunitária: construindo segurança nas comunidades. Florianópolis: Insular, MARCINEIRO, Nazareno; PACHECO, Giovanni. Polícia Comunitária: evoluindo para a polícia do século XXI. Florianópolis: Insular, MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Valorização Profissional. Acessado em 22 de julho de 2012 PINC, Tânia Maria. Treinamento Policial: um meio de difusão de políticas públicas que incidem na conduta individual do policial de rua Tese (doutorado) Universidade de São Pulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. São Paulo. SKOLNICK, Jerome e BAYLEY, David H. Policiamento comunitário: Questões e Praticas através do Mundo. Trad. Ana Luísa Amêndola Pinheiro. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2002 TROJANOWICZ, Robert; BUCQUEROUX, Bonnie. Policiamento comunitário como começar. Rio de Janeiro: Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro P. 4. PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA E REDUÇÃO DE HOMICÍDIOS DE ADOLESCENTES E JOVENS NO BRASIL / organizadores: Raquel Willadino, João Trajano Sento-Sé, Caio Gonçalves Dias, Fernanda Gomes. Rio de Janeiro : Observatório de Favelas, VASCONCELOS, Ruth; PIMENTEL, Elaine. As faces da segurança pública e dos direitos humanos em Alagoas. Ed. EDUFAL, Maceió-Alagoas.

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