Diga-me algo sobre alguma coisa para que eu aprenda: redes sociais e Matemática

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1 Diga-me algo sobre alguma coisa para que eu aprenda: redes sociais e Matemática Profa. Dra. Luciane Mulazani dos Santos UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina Departamento de Matemática

2 Temas que PRECISAMOS esclarecer? Redes Sociais Matemática

3 Algumas compreensões Uma rede social é uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns. Uma das características fundamentais na definição das redes é a sua abertura e porosidade, possibilitando relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os participantes. As redes não são, portanto, apenas uma outra forma de estrutura, mas quase uma não estrutura, no sentido de que parte de sua força está na habilidade de se fazer e desfazer rapidamente (DUARTE e FREI, 2008).

4 Algumas compreensões Definimos websites de redes sociais como serviços estabelecidos na rede mundial que permitem que indivíduos (1) construam um perfil público ou semipúblico dentro das fronteiras do sistema, (2) articular uma lista de usuários com os quais eles compartilham uma conexão, e (3) ver e percorrer a sua lista de conexões e aquelas feitas por outros incluídos no sistema. (BOYD & ELLISON, 2007, p. 2)

5 Algumas compreensões As redes sociais na internet constituem-se como metáfora dos padrões de conexão dos grupos sociais, sendo um espaço virtual de comunicação entre usuários, onde é possível estabelecer diálogo entre indivíduos próximos ou distantes (RECUERO, 2009).

6 Algumas compreensões As redes sociais online podem operar em diferentes níveis, como, por exemplo, redes de relacionamentos (Facebook, Twitter, Instagram, Google+, M yspace, Badoo), redes profissionais (Linkedin), redes comunitárias (redes sociais em bairros ou cidades), redes políticas, redes militares, dentre outras, e permitem analisar a forma como as organizações desenvolvem a sua atividade

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8 Algumas compreensões A Língua e a Matemática constituem os dois sistemas básicos de representação da realidade. São instrumentos de expressão e de comunicação e, conjuntamente, são uma uma condição de possibilidade do conhecimento em qualquer área. (MACHADO, 1998, p. 28)

9 Exemplos da prática

10 Educação ao longo da vida Os processos de ensino e aprendizagem ocorrem no decorrer da vida por meio da educação. Gohn (2008), Ghanem e Trilla (2008) e Afonso (1989) dizem que essa educação pode ser de três tipos: formal, informal e não formal.

11 Educação formal: desenvolvida nas instituições escolares regulamentadas por leis e organizadas de acordo com diretrizes nacionais. Possuem conteúdos préestabelecidos ensinados por professores em ambientes que têm normas e padrões de comportamento definidos previamente. Requer local específico e tempo, além de exigir pessoas capacitadas e especializadas, organização curricular, disciplina e atividades sistematizadas e normatizadas por Leis. Educação informal: ocorre em diferentes núcleos sociais nas relações intra e extrafamiliares tais como: a família, o bairro, o clube, os amigos, a igreja. Nela, vêm embutidos valores, regras e normas de uma determinada cultura. Nesse caso, os educadores são os membros da família em geral, os amigos da escola, do clube, da igreja e os meios de comunicação de massa. Pode ocorrer em casa, na rua, no bairro, na cidade, nos diferentes espaços sociais como: o clube, a igreja, a escola de natação, de idiomas etc.. Educação não formal: é aquela que se aprende no cotidiano, na relação com diferentes pessoas, pela experiência e em espaços fora da escola, em locais informais onde há processos de interação e intencionalidade na ação, na participação, na aprendizagem e na troca de saberes. A educação não formal abre possibilidades de conhecimento sobre o mundo que rodeia os indivíduos e suas relações sociais. Pode acontecer no museu, planetário, jardim zoológico etc.. Gohn (2008), Ghanem e Trilla (2008) e Afonso (1989)

12 Com a internet......esses espaços se ampliam ainda mais, ressignificando a Educação.

13 E isso vale para a Matemática! E nesse mundo de possibilidades, não vou falar sobre como ensinar Matemática usando as redes sociais! Não vou falar sobre como ensinar sobre as redes sociais usando a Matemática! Não vamos entrar na discussão do ensino De/Para......vamos pensar sobre aprendizagem na/com a vida e tentar entender como isso pode ajudar na aprendizagem de conteúdos escolares como a Matemática!

14 E como a vida se apresenta? Vamos fazer um experimento?

15 E como a vida se apresenta? Imagem de solidão Quem não

16 Desespero e solidão pela falta? E como a vida se apresenta?? São essas as sensações que vivemos hoje. Se o mundo está assim, se essa é a vida, por que não deixar que as tecnologias (equipamentos, redes, softwares) entrem na sala de aula, de verdade, a ponto de se fazerem tão importantes a ponto de nos causarem a falta?

17 O estado de São Paulo é pioneiro na proibição do uso de celular nas escolas e tem uma lei que regulamenta a utilização de equipamentos eletrônicos desde Santa Catarina e Rio Grande do Sul aprovaram lei semelhantes em Ceará, Mato Grosso, Bahia, Rondônia, Goiás e Rio de Janeiro são estados onde o uso de celular em sala de aula também é proibido. Por quê?

18 E como a vida se apresenta? Crianças ''do futuro'' encontram tecnologias do passado Alunos da escola São George le Grand (França) fizeram uma experiência colocando várias coisas dos anos 70, 80 e 90 em frente a crianças do século XXI. Criança de 1 ano usando tablet Revista é tablet que não funciona

19 Ideias? Exemplos? Propostas?

20 Ideias? Exemplos? Propostas?

21 Ideias? Exemplos? Propostas?

22 Ideias? Exemplos? Propostas? Facebook? Twitter? You tube? O que mais?

23 Ideias? Exemplos? Propostas? Aprendizagem de Matemática com a vida em diferentes espaços: Onde podemos aprender Matemática Como podemos aprender matemática?

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25 Uma conclusão? E precisa? Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso, aprendemos sempre. Paulo Freire em "A importância do ato de ler: em três artigos que se completam", São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989, p. 31 OBRIGADA! luciane.mulazani@udesc.br

26 Referências AFONSO, A. J. Sociologia da educação não formal. Reactualizar um objeto ou construir uma nova problemática? IN A. J. Esteves; S. R. Stoer. A Sociologia na escola. Porto: Afrontamento, BOYD, Danah; ELLISON, N. Social network sites: definition, history, and scholarship. Journal of Computer Mediated Communication, Pensilvânia, v. 13, n. 1, p DUARTE, Fábio e FREI, Klaus. Redes Urbanas. In: Duarte, Fábio; Quandt, Carlos; Souza, Queila. O Tempo Das Redes. Editora Perspectiva, GHANEM, Elie; TRILLA, Jaume. Educação formal e não-formal. São Paulo: Summus Editorial, GOHN, Maria da Glória Marcondes. Educação Não- formal e cultura política. São Paulo: Cortez, MACHADO, Nilson José. Matemática e Língua Materna: análise de uma Impregnação Mútua. 4. ed. São Paulo: Cortez, RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Editora Sulina, 2009.