Livro do Professor. Módulos Introdução ao Ecoturismo Paisagens Naturais Brasileiras Planejamento do Ecoturismo em áreas protegidas

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1 O M S I R U T O C E Módulos Introdução ao Ecoturismo Paisagens Naturais Brasileiras Planejamento do Ecoturismo em áreas protegidas Autores Pedro de Alcântara Bittencourt César Beatriz Veroneze Stigliano Sidnei Raimundo João Carlos Nucci Livro do Professor Coordenação Regina Araujo de Almeida Luiz Gonzaga Godoi Trigo Édson Leite Maria Ataíde Malcher

2 APRESENTAÇÃO O Ministério do Turismo está lançando a coleção de livros de educação para o turismo, um produto do projeto Caminhos do Futuro. Trata-se de mais uma iniciativa para envolver toda a sociedade no esforço de dar qualidade e aumentar a competitividade do turismo brasileiro, com vistas no desenvolvimento econômico e social do Brasil. Neste caso, com os olhares voltados para professores e alunos do ensino fundamental e médio da rede pública. Os livros abordam temas relevantes para o turismo no país. Mostram caminhos e a importância de se desenvolver o turismo de forma sustentável e inclusiva, gerando renda e benefícios para todos os brasileiros. O desafio é capacitar professores em conteúdos de turismo, para que absorvam novos conhecimentos e despertem nas crianças e jovens o interesse pela conservação do patrimônio natural e cultural e também pelas carreiras emergentes no mercado do turismo. O projeto Caminhos do Futuro se insere nas diretrizes do Plano Nacional de Turismo, que reconhece o turismo como atividade econômica e incentiva parcerias para o desenvolvimento do setor. A coleção de educação para o turismo é um exemplo da união de esforços entre o Ministério do Turismo, o Instituto de Academias Profissionalizantes, a Academia de Viagens e Turismo e a Universidade de São Paulo, com apoio da Fundação Banco do Brasil. Esse esforço conjunto de agentes públicos e privados vai permitir dotar as escolas brasileiras de material didático-pedagógico de qualidade, democratizando para todo o País o conhecimento sobre as várias faces do turismo e suas potencialidades. As crianças e jovens terão a oportunidade de vislumbrar no turismo um fator de construção da cidadania e de integração social. A possibilidade de um futuro melhor para todos. Walfrido dos Mares Guia Ministro do Turismo

3 Ministério do Turismo Ministro Walfrido dos Mares Guia Secretaria Executiva Secretário Márcio Favilla Lucca de Paula Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo Secretária Maria Luisa Campos Machado Leal República Federativa do Brasil Presidente: Luiz Inácio Lula da Silva Departamento de Qualificação e Certificação e de Produção Associada ao Turismo Diretora Carla Maria Naves Ferreira Coordenação-Geral de Qualificação e Certificação Coordenadora-Geral Tânia Mara do Valle Arantes Consultoria Técnica do Projeto Consultora da UNESCO Maria Aparecida Andrés Ribeiro Revisão Técnica e Adequação de Textos Acompanhamento e Avaliação do Projeto Consultora do PNUD Stela Maris Murta IAP Instituto de Academias Profissionalizantes Conselho Presidente Tasso Gadzanis Vice-Presidente Flávio Mendes Bitelman Secretário Nilton Volpi Tesoureiro Osmar Malavasi Diretora Acadêmica Regina Araujo de Almeida Conselho Consultivo Caio Luiz de Carvalho Luís Francisco de Sales Manuel Pio Corrêa Equipe Academia de Viagens e Turismo - AVT Coordenação Prof. Dr. Luiz Gonzaga Godoi Trigo Assistente Administrativo Silvânia Soares Assistente Financeiro Carmen Marega Assistente Técnico Marcelo Machado Silva Material Didático do Projeto Caminhos do Futuro Equipe de Coordenação Regina Araujo de Almeida Luiz Gonzaga Godoi Trigo Edson R. Leite Maria Ataíde Malcher Revisão de Português Celina Maria Luvizoto Laura Cristo da Rocha Vanda Bartalini Baruffaldi Revisão Editorial Débora Menezes Consolidação Final dos textos Silvânia Soares Núcleo de Turismo da Universidade de São Paulo Coordenação Geral: Profa. Dra. Beatriz H. Gelas Lage Coordenação de Projetos Prof. Dr. Ricardo Ricci Uvinha Coordenação Documentação Profa. Dra. Regina A. de Almeida Coordenação de Marketing Prof. Dr. Luiz Gonzaga Godoi Trigo Coordenação de Eventos Prof. Dr. Edson R. Leite Apoio FBB Fundação Banco do Brasil USP Universidade de São Paulo FFLCH Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Diretor: Gabriel Cohn Departamento de Geografia - Chefe: Jurandyr Ross LEMADI - Laboratório de Ensino e Material Didático Coordenador: Prof. Dr. Francisco Capuano Scarlato Técnica Responsável: Waldirene Ribeiro do Carmo GTTP Global Travel & Tourism Partnership Diretora: Dra. Nancy Needham Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH Curso de Lazer e Turismo Diretor: Dante De Rose Júnior Coordenadora: Beatriz H. Gelas Lage MTUR/AVT/IAP/USP 2007 Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida para fins educacionais e institucionais, desde que citada a fonte.

4 PREFÁCIO Prezado Professor, Você está recebendo o livro Ecoturismo, volume do aluno e do professor, com temas para abrir a discussão sobre a relação entre meio ambiente e turismo, todos organizados com textos e atividades. No intuito de facilitar o seu trabalho de orientação junto aos alunos, alguns textos e atividades complementares, foram inseridos neste livro. Parte das atividades apresenta sugestões de respostas no Livro do Professor, a outra parte depende das pesquisas a serem realizadas conjuntamente com o grupo de alunos, considerando a realidade cultural que o grupo vivencia e as peculiaridades regionais. O sucesso deste trabalho depende muito da pesquisa; o livro é apenas um impulso e o caminho a ser trilhado é o da busca de informações. Algumas figuras destacadas no estudo estão disponíveis em formato digital para serem reproduzidas de acordo com a necessidade, podendo compor painéis e incorporar-se ao ambiente de trabalho, juntamente com a produção dos alunos. O CD Kit Pedagógico contém, ainda, apresentações em Power Point de alguns temas, com músicas que poderão complementar as aulas. Procure sempre estar em sintonia com o trabalho dos professores dos outros módulos, pois muitas atividades podem ser realizadas em conjunto. Equipe de Coordenação

5 SUMÁRIO MÓDULO I: INTRODUÇÃO AO ECOTURISMO TEMA 1 - CONTEXTUALIZANDO O ECOTURISMO NO MUNDO ATUAL O aparecimento do ecoturismo no turismo Conceituação do ecoturismo Modalidades ou segmentos associados ao ecoturismo TEMA 2 - IMPACTOS PRODUZIDOS PELO ECOTURISMO Efeitos da atividade turística em ambientes naturais: os impactos do ecoturismo Avaliando os impactos do ecoturismo Algumas técnicas de avaliação de impacto da atividade ecoturística TEMA 3 - CONDIÇÕES ATUAIS E TENDÊNCIAS DO ECOTURISMO NO SÉC. XXI Os pólos de ecoturismo e a agenda Ecoturismo: um mercado em expansão no Brasil e no mundo Detalhes que fazem a diferença MÓDULO II - PAISAGENS NATURAIS BRASILEIRAS TEMA 1 NATUREZA E PAISAGEM TEMA 2 PAISAGEM E VISÃO SISTÊMICA TEMA 3 ANALISANDO A PAISAGEM TEMA 4 AVALIANDO A PAISAGEM TEMA 5 PAISAGENS BRASILEIRAS Domínio Amazônico Domínio Tropical Atlântico Domínio dos Planaltos Subtropicais com Araucárias Domínio das Pradarias Mistas Domínio dos Cerrados Domínio dos Sertões Secos: Caatingas Zonas de transição BIBLIOGRAFIA DE APOIO Glossário... 57

6 MÓDULO III PLANEJAMENTO DO ECOTURISMO EM ÁREAS PROTEGIDAS TEMA 1 - ECOTURISMO EM ÁREAS PROTEGIDAS (UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) Unidades de Conservação e o Turismo TEMA 2 - PLANEJAMENTO DO ECOTURISMO Premissas do planejamento Etapas do planejamento do ecoturismo A questão da sustentabilidade Inventário do potencial ecoturístico Caracterização da oferta e da demanda Roteiro para Inventário da oferta turística Parte I - Caracterização Geral Parte II - Aspectos Turísticos Anexo 1 formulário de demanda turística Anexo 2 pesquisa de opinião pública... 79

7 MÓDULO I INTRODUÇÃO AO ECOTURISMO Pedro de Alcântara Bittencourt César Beatriz Veroneze Stigliano Sidnei Raimundo APRESENTAÇÃO Este material compõe-se de livro do professor e do livro do aluno, sendo que o livro do professor traz maior aprofundamento do conteúdo em relação ao livro do aluno, assim como textos complementares. Apresenta enfoque voltado à reflexão sobre modalidades de turismo em ambientes naturais. O material, em seu conjunto, pretende oferecer ao aluno um referencial teórico que permita a compreensão do fenômeno turístico em ambientes naturais, trazendo, além de textos conceituais, sugestões de exercícios e atividades a serem desenvolvidas pelos estudantes, de forma a fixar conteúdos e aumentar a interação do aluno com o contexto apresentado. Cada abordagem do livro do aluno, então, possui um capítulo correspondente neste manual do professor, contendo textos e atividades. Parte das atividades apresenta sugestões de respostas no Livro do Professor, a outra parte depende das pesquisas a serem realizadas conjuntamente com o grupo de alunos, considerando a realidade local. Acompanha este material um Kit pedagógico que serve de subsídio ao professor. Bom trabalho! TEMA 1 CONTEXTUALIZANDO O ECOTURISMO NO TURISMO Bagagem do Professor Para começarmos nossa caminhada é importante contextualizar o turismo no mundo atual e verificar, neste amplo campo, como ele se expressa em ambientes naturais. Assim sendo, segue uma breve delimitação do assunto, abordando o conceito principal a partir do qual os vários capítulos deste material se desenvolvem o turismo - e sua modalidade na natureza o ecoturismo. O aparecimento do ecoturismo no turismo O turismo é uma atividade socioeconômica, sendo sua expansão uma tendência contemporânea, tanto no Brasil quanto em diversas partes do mundo. Segundo dados da EMBRATUR Instituto Brasileiro de Turismo (2001) e do WTTC World Travel & Tourism Council (2002), o número de estrangeiros que visitam o Brasil, anualmente, é de cerca de cinco milhões de pessoas, das quais mais de metade são provenientes de países da América do Sul, principalmente Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai; seguidos de Estados Unidos, Alemanha, Espanha, França, Inglaterra, Itália e Portugal. A França se destaca como o maior receptor de turistas no mundo, recebendo mais de 70 milhões de visitantes por ano, fato que demonstra a existência de um vasto mercado mundial potencial a ser explorado. Entre os anos de 1995 e 1999, conforme dados da EMBRATUR, os investimentos privados em novos projetos turísticos somaram US$ 6 bilhões, englobando a construção de 300 hotéis, 10 parques temáticos, além de centros de convenções, pousadas e flats, gerando 140 mil empregos diretos e 420 mil empregos indiretos (O Estado de S.Paulo, 11/3/2001). Outro indicador da crescente importância do setor é o aumento do número de títulos de revistas, jornais, livros, guias, ou seja, material acadêmico e não acadêmico disponível para os leitores interessados. Além disso, verifica- 7

8 se, no Brasil, a criação de inúmeros cursos voltados à formação em turismo, desde cursos rápidos e técnicos até graduações (que atualmente são mais de 500, em todo o país) e pós-graduações. Desta forma, o turismo é uma área que requer do profissional constante aperfeiçoamento, sem contar que, por ser um setor de serviços, em que se trata diretamente com o cliente o turista a comunicação é extremamente importante, por vezes em idioma estrangeiro. Posto dessa maneira, o turismo é uma atividade característica do homem moderno, e este livro abordará tais características a partir do entendimento de Turismo construídos a partir de meados do século XIX. Isso não quer dizer que antes deste período as pessoas não viajassem. Alguns livros trazem uma abordagem do turismo anterior ao advento da Revolução Industrial, associado às peregrinações religiosas, às viagens comerciais, aos deslocamentos às termas, entre muitos outros tipos de viagens. Entretanto, o turismo modernamente entendido é uma atividade iniciada em 1841, com a realização da primeira viagem organizada de que se tem registro. Foi uma excursão, na Inglaterra, entre as cidades de Leicester e Loughborough. Um jovem pregador batista, Thomas Cook, teve a idéia de alugar um trem a fim de levar os fiéis de sua igreja a um congresso antialcoólico. Para aprofundar as questões até aqui tratadas, veja o livro 1, Aprendiz de Lazer e Turismo e o livro 2, Passaporte para o Mundo. Vale ressaltar que a conceituação de turismo adotada oficialmente pelo Brasil é a da Organização Mundial do Turismo, na qual o turismo é uma atividade econômica representada pelo conjunto de transações compra e venda de serviços turísticos efetuados entre os agentes econômicos do turismo, gerado pelo deslocamento voluntário e temporário de pessoas para fora dos limites da área ou região em que têm residência fixa, por quaisquer motivos, excetuando-se o de exercer alguma atividade remunerada no local que visita. Portanto, ao longo do século XIX e XX, mas notadamente a partir do pós-segunda guerra mundial, o turismo se estrutura como atividade e passa a ser um importante segmento econômico e social. Nesse momento, o turismo passa a contribuir para a transformação do modo de vida da sociedade contemporânea, resultando em sua inserção nas práticas cotidianas das pessoas. Para Célia Serrano (1998) o turista na modernidade apresenta uma dupla característica: ele é ator e é espectador consciente e feliz de sua condição de consumidor. Com isso, influenciado pela estruturação de roteiros turísticos massificados, ocorre uma perda de especificidade da prática turística na viagem, em virtude da disseminação de uma conduta rotineira de se mover, olhar e estar no mundo como turista. Com isso, o turista subordina-se ao turismo, ou seja, inventa-se uma industria do turismo e o turista passa a consumir as paisagens que o mercado lhe oferece (KRIPPENDORF, 1977). De acordo com essa estruturação focada no consumo, mergulha-se numa fase de intensa transformação dos destinos turísticos, adaptando-os às exigências do mercado e, conseqüentemente, promovendo grandes descaracterizações às paisagens naturais e culturais destes destinos. Krippendorf (op. cit.) elenca uma série de problemas causados pela ocupação dos espaços com finalidade turística, indicando que o turismo consome e devora as paisagens que ele mesmo constrói. Ruschmann (1997) indica que esse modelo iniciou-se a partir dos anos 1950 e atingiu seu apogeu nos anos 1970 e Houve uma expansão sem precedentes das localidades turísticas. Com isso, preenchem-se os vazios em áreas litorâneas, por exemplo, saturando-os de infra-estrutura, equipamentos e serviços de apoio ao turismo. Segundo Ruschmann (op.cit.) é um período brutal do turismo sobre a natureza e as comunidades receptoras. Trata-se de uma fase de excessos, acentuada pela qualidade medíocre da arquitetura das localidades turísticas. Predominam o concreto, o crescimento desordenado, a arquitetura urbana, falta de controle de efluentes... Em resumo, um período catastrófico para a proteção do meio ambiente. Com isso, o turismo tem na especulação imobiliária uma grande parceira nas alterações de paisagens, a qual transforma grandes destinações turísticas em espaços de segundas residências, desabitadas fora da temporada de visitação. 8

9 Nesse contexto, Bernaldéz (1994) elencou os possíveis impactos negativos do turismo na natureza e na comunidade local. São eles: incremento do consumo de recursos naturais, podendo levar ao seu esgotamento; consumo do solo e transformação negativa da paisagem pela implantação de construções e infraestrutura; aumento da produção de lixo e resíduos sólidos e efluentes líquidos; alteração de ecossistemas naturais devido à introdução de espécies exóticas de animais e plantas; estímulo ao consumo de souvenirs produzidos a partir de elementos naturais escassos; perda de valores tradicionais em conseqüência da homogeneização das culturas; aumento do custo de vida, supervalorização dos bens imobiliários e conseqüente perda da propriedade de terras, habitações e meios de produção por parte das populações locais; geração de fluxos migratórios para áreas de concentração turística; e adensamentos urbanos não planejados e favelização. Embora seja apontado até aqui um caráter negativo da relação entre o turismo e a natureza, é importante mencionar que esse modelo está se esgotando e novas formas de praticar o turismo, respeitando a natureza e a comunidade local começa a se consolidar. Essa nova abordagem será discutida no tópico 2 e no Módulo III deste livro. Contudo, é ainda nesse contexto de grandes transformações da paisagem promovidas pelo turismo que o ecoturismo se insere e tem suas raízes. Quer dizer, a maneira massificada de praticar turismo, governada pelos padrões de consumo, nunca foi idealizada por parte de alguns turistas que possuíam outras motivações e aspirações de viagem. No dizer de Ruschmann (1997) após a década de 1980, ocorreu uma renovação do turismo, com o enaltecimento da calma, das aventuras e aspirando um conhecimento mais aprofundado das regiões visitadas. Esses fatos deram abertura para outras práticas turísticas associadas ao turismo na natureza ou turismo alternativo. Assim, foi durante as duas últimas décadas do século XX que o Ecoturismo, ou seja, o turismo baseado na natureza, passou a ser visto como possibilidade de proporcionar benefícios tanto para a natureza quanto para a sociedade o mercado que trabalha com o turismo, assim como as comunidades anfitriãs. Essas mudanças inseriam-se em um novo entendimento sobre o uso dos recursos praticados pela sociedade até meados de O fato de que o planeta Terra apresenta limitações para a manutenção de uma população crescente, foi amplamente discutido no século passado, durante os anos 1970 e 1980, sendo mundialmente evidenciado pelo Relatório Brundtland (conhecido como Our Common Future - Nosso Futuro Comum ), em Nesse relatório, elaborado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, evidenciou-se que a relação entre a destruição da natureza, que sustenta toda a vida e o bem-estar humano, e o concomitante aumento das demandas humanas, era algo insuportável. Esse fato, entre outros, foi um grande estímulo para a busca de alternativas de desenvolvimento sustentável, ou seja, um desenvolvimento no qual o crescimento econômico seja compatível com a conservação da natureza e de suprimento das necessidades básicas dos mais pobres (países periféricos, subdesenvolvidos e, particularmente, os povos autóctones, ou seja, os nativos dessas áreas). Este desenvolvimento denominado de sustentável teria como objetivo promover o bemestar no presente mas também para as gerações futuras. Para se aprofundar sobre as premissas do desenvolvimento sustentável, veja o livro 3, Ética, Meio Ambiente e Cidadania para o Turismo. O aprimoramento do conceito de sustentabilidade é um reflexo e, ao mesmo tempo, reflete uma mudança fundamental no modo como os seres humanos enxergam e se relacionam com a natureza, o que acabou por estimular o interesse global e o grande crescimento do ecoturismo, como uma estratégia de desenvolvimento sustentável. 9

10 Nesse contexto, novas aspirações dos turistas por ambientes mais bem conservados são captadas paulatinamente por instituições responsáveis pelas diretrizes políticas do turismo. Paulo Pires (2002) indica alguns encontros ao longo da década de 1970 e 1980 que contribuíram, junto com as novas aspirações dos turistas, para a estruturação de um turismo alternativo ou brando. Têm-se ai, através desses fatores, as raízes do ecoturismo. Os encontros destacados por Pires são: em 1976, um seminário sobre Impactos sociais e culturais do turismo, promovido pelo Banco Mundial e Unesco; em 1980, uma conferência da OMT, que é considerada um marco nas mudanças de direção do turismo; em 1981, é estabelecido em Bancoc, na Tailândia, a Comissão Ecumênica em Turismo do Terceiro Mundo (ECTWT), que propões apoio aos modelos de turismo alternativo desses países; Em 1986 realiza-se evento internacional em Bad Boll, na Alemanha, que tinha como objetivos a construção de uma nova ordem do turismo; Em 1989, na Polônia ocorre um encontro sobre perspectivas teóricas em formas alternativas de turismo e Também em 1989, na Argélia, um seminário sobre turismo alternativo da OMT, do qual surgiu a proposta de turismo sustentável. Com base nesse contexto, outras formas de praticar o turismo ganharam força. E o turismo praticado em ambientes naturais passa a ser considerada uma forma alternativa de turismo, realizado em pequena escala, servido por pequenos negócios e, normalmente, sem uma estação dominante. Para que ocorresse o aparecimento destas formas alternativas, foi fundamental que os turistas (razão de ser do turismo), começassem a exigir novas maneiras de praticar o turismo. Assim, os turistas alternativos passam a ser pessoas que procuravam experiências diferentes e não buscavam apenas os principais cartões-postais de uma localidade, pois desejavam descobrir coisas novas, sejam elas, ligadas à natureza, cultura local e aventura, representadas nos novos destinos. A atividade turística em ambientes naturais segue a tendência de crescimento geral do turismo. Dados mundiais indicam que o ecoturismo chega a se expandir a uma taxa que gira em torno de 20% ao ano. No Brasil, em 2001, 13,2% dos estrangeiros que visitaram o país, tiveram, como principal motivação, essa modalidade turística (EMBRATUR, 2001). Esse crescimento do turismo na natureza reflete mudanças muito importantes na forma como os seres humanos observam e interagem com o ambiente natural. Neste contexto, deve-se atentar para o papel do Ministério do Turismo, como formulador de políticas públicas de turismo, com relevante papel no desenvolvimento de modalidades de turismo na natureza no Brasil, à frente de ações como o Programa de Desenvolvimento do Ecoturismo na Amazônia Legal (PROECOTUR), o Programa de Regionalização do Turismo, o Programa de Segmentação, além de um Programa de Certificação, ação fundamental para a sustentabilidade da atividade e para a segurança do turista, entre outras ações, que, conjuntamente, contribuem para o desenvolvimento da atividade turística no país de maneira organizada. No entanto, deve-se ter atenção com relação a um fato importante: o turismo em ambientes naturais ainda vem sendo desenvolvido de forma bastante restrita e com ações isoladas. Desta forma, o vasto potencial natural e cultural existente, ainda não é plenamente aproveitado como alternativa de desenvolvimento econômico e social para as comunidades locais e, como propulsor da conservação e da proteção do ambiente natural. Por isso, faz-se necessária a ação conjunta de governantes, iniciativa privada, entidades do terceiro setor e comunidades, de forma que os recursos existentes nos ambientes naturais sejam aproveitados de maneira sustentável. Diante destas informações, cabe indagar se os termos ecoturismo e turismo na natureza possuem definições similares. Embora utilizem o mesmo potencial paisagístico, é oportuno discutir as diferenças mais marcantes entre eles. O ecoturismo pressupõe uma série de princípios que não se restringem apenas a atividades de lazer e recreação em espaços abertos e áreas verdes com pouca interferência humana na paisagem, Desta forma, é oportuno melhorar o entendimento sobre a idéia de ecoturismo, apontando suas dimensões conceituais. Passamos a tratar disso no próximo tópico 10

11 CONCEITUANDO ECOTURISMO Ecoturismo Objetivo Caracterizar o ecoturismo, apontando suas dimensões ambientais e socioculturais; O termo ecoturismo foi cunhado apenas no início da década de 1980, sendo seu uso, portanto, muito recente. Ecoturismo é uma atividade turística desenvolvida em áreas naturais em que o visitante procura algum aprendizado sobre os componentes do local visitado. Safáris fotográficos, estudos do meio e observação da fauna são algumas das possibilidades que o ecoturismo oferece. É baseado, assim, em atrativos naturais variados como cachoeiras, rios, lagos, grutas, montanhas, fauna e flora. Necessita, portanto, de um ambiente pouco alterado pela sociedade. Em agosto de 1994, formou-se um Grupo de Trabalho Interministerial em Ecoturismo, que reuniu o Ministério da Indústria, Comércio e Turismo (MICT) e o Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal (MMA), além dos Institutos Brasileiro de Turismo (EMBRATUR) e Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), empresários e consultores. Esse grupo formulou as Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo, na qual o ecoturismo foi assim definido: Segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações (MICT/MMA,1994). Dessa definição, alguns elementos se destacam, e cabe aqui uma análise mais aprofundada que traz em seu bojo uma série de princípios que diferenciam o ecoturismo de outras modalidades turísticas. Podemos destacar: Esta definição traz a indicação do termo utilização sustentável do patrimônio natural e cultural. Desta forma, o ecoturismo só pode ser desenvolvido respeitando os preceitos da sustentabilidade. O termo sustentabilidade é bastante abrangente e passível de muitas interpretações. Para uma utilização sustentável dos recursos naturais pelo Turismo é preciso ter um entendimento sistêmico da natureza e considerar seus limites ou capacidade de suportar interferências. Os equipamentos e atividades turísticas projetadas não podem suplantar a capacidade dos elementos da natureza (os fluxos de energia e matéria) que compõem a área de se regenerarem. Diz-se que é a capacidade de resiliência da natureza frente à ação humana. Esse tema será mais aprofundado no Módulo II. A utilização sustentável tem também como princípio, atividades que incorporem a comunidade local nas estratégias de planejamento e de tomada de decisão. A comunidade local que será afetada por um equipamento ou serviço turístico não pode ser alijada do processo de planejamento. Ao contrário, elas precisam participar. Técnicas de planejamento participativo são necessárias a fim de eliminar ou reduzir a distância entre os interesses do pesquisador ou empreendedor e as aspirações da comunidade. Essas informações são mais bem trabalhadas no Módulo III. Importante destacar que para ser sustentável há a necessidade de uma mudança da filosofia comercial do investidor. A natureza tem limites, que resultam na necessidade de interferências menores no ambiente. Da mesma forma, as comunidades locais merecem ser beneficiadas pela implantação de um projeto ou roteiro ecoturístico. Com isso, os lucros não terão a magnitude nem uma taxa de retorno como no turismo de massa, mas espera-se uma perenidade na utilização dos recursos e do equipamento. Ao contrário do turismo de massa, no qual há uma vida útil do equipamento. Depois disso, o mesmo se deteriora e processos de re- 11

12 funcionalização da paisagem, ou do destino, precisam ser levados a cabo, freqüentemente com grande ônus político, econômico, social e ambiental. Ressalta-se também que a visitação, segundo a definição, se dá num Patrimônio Natural e Cultural. Portanto, a natureza não está vazia de pessoas. Ao contrário, além da comunidade local ser envolvida no planejamento do ecoturismo, seus saberes tradicionais, ou seja, suas manifestações culturais merecem respeito e devem ser incentivadas nas práticas ecoturística. Segundo a UNESCO (1972), Patrimônio cultural inclui monumentos, grupos de edifícios e áreas que têm valor histórico, estético, arqueológico, científico, etnológico ou antropológico. Patrimônio natural compreende formações físicas, biológicas e geológicas excepcionais, hábitat de espécies animais e vegetais ameaçadas e zonas que tenham valor científico, de conservação ou estético. Então, pode-se dizer que o patrimônio histórico, cultural e artístico de um povo é mais do que um conjunto de antiguidades, ele é responsável pela continuidade histórica de uma comunidade que se reconhece como tal e corporifica seus ideais e valores, ao longo das gerações, expressam a memória e a identidade das populações e comunidades. Desta forma, além da natureza, a cultura faz parte das aspirações de viagens dos ecoturístas. Além disso, segundo essa definição de ecoturismo aqui comentada, as práticas ecoturística devem estar apoiadas em três bases principais. A primeira é o ambiente. Assim, qualquer atividade de visitação à natureza que não contribua para a sua conservação não pode ser entendida como ecoturística. A segunda base é o próprio turista, ou ecoturista, o qual deve ser sensibilizado para uma consciência ambientalista, promovendo a reflexão e a integração homem e ambiente, em uma inter-relação vivencial com o ecossistema, os costumes e a história local. Desta forma, espera-se das práticas ecoturísticas o respeito à natureza e interação com ela, através de técnicas de interpretação ambiental. Interpretação ambiental é uma das alternativas para potencializar impactos positivos da atividade ecoturística. O tema 2 Avaliando os impactos do ecoturismo, traz um aprofundamento destas técnicas. A terceira base está centrada nas comunidades locais, reforçando o que já havia sido mencionado, ou seja, que o turismo, através da participação da comunidade, contribua para seu bem estar. É nesse conjunto de procedimentos e preocupações que o ecoturismo se embasa. Não respeitar quaisquer destes preceitos é praticar um turismo na natureza e não um ecoturismo. O ecoturismo, além de buscar a conservação ambiental, visa a geração de recursos econômicos para a manutenção do ambiente natural, bem como de oportunidades de geração de trabalho e renda para a população local, de maneira direta ou indireta. Vale ressaltar que, associados ao ecoturismo, muitas vezes são praticados esportes de aventura. O ecoturismo tem um fim contemplativo; através dele, busca-se aprender algo sobre o ambiente visitado. Pode-se dizer que esta é a principal diferença com relação ao turismo de aventura, já que, na busca pela aventura, o visitante procura outros valores, que serão apresentados mais adiante, no tópico 1.3 deste Módulo. No entanto, deve-se ter em mente que as emoções desencadeadas por esses esportes são meios de se atingir o objetivo maior da viagem: aprender sobre o ambiente e sua necessidade de conservação. É nesse sentido que esportes de aventura e ecoturismo se relacionam. Além disso, se o turismo de aventura for praticado com o envolvimento da comunidade local, fornecendo a ela alternativas de renda, essa modalidade estará respeitando aqueles princípios do ecoturismo. E, portanto, será uma forma de ecoturismo com a complementação da aventura proporcionada pela modalidade. Aprofundando um pouco mais essas informações, vamos ler um trecho escrito por um pesquisador do tema: 12

13 Na perspectiva de oferecer mais uma solução possível à questão da preservação ambiental, adquiriu grande expansão um conjunto de novas práticas turísticas sob essa denominação. Como alternativa ao trade, tende a privilegiar áreas de natureza praticamente intocada, adotando o discurso preservacionista e da sustentabilidade, conforme pronunciam entidades de referência internacional como a Ecotourism Society ( (...). O ecoturismo delimita, a princípio, uma ruptura com as formas tradicionais de visitar a natureza, ao pautar-se pela busca prioritária da preservação dos ecossistemas e pela sustentabilidade da atividade, tomada inclusive como forma de viabilizar economicamente a própria preservação ecológica. (Jesus, 2003: 81-82) O autor comenta ainda que: No final do século XX, o amplo debate em torno de temas como a poluição urbana, o estresse cotidiano, a valorização da biodiversidade e a preservação ambiental, possibilitaram o advento de novas práticas e discursos no âmbito do turismo direcionado à natureza. Intensifica-se progressivamente a busca de áreas naturais, para muito além das zonas costeiras tropicais (o tradicional binômio praia-sol) (...). (Jesus, 2003: 83) Reforçando essas características e as premissas do ecoturismo até aqui comentadas, o quadro a seguir, apresenta uma lista dos princípios básicos para a implantação de uma atividade ecoturística. Princípios básicos do ecoturismo O ecoturismo estimula a compreensão dos impactos do turismo sobre o meio natural, cultural e humano. O ecoturismo assegura uma distribuição justa dos benefícios e custos. O ecoturismo gera empregos no local, tanto diretamente no setor do turismo, como em diversos setores da administração de apoio e de recursos. O ecoturismo estimula as indústrias locais rentáveis hotéis e outras instalações de alojamento, restaurantes e outros serviços de alimentação, sistemas de transporte, produção de artesanato e serviços de guia. O ecoturismo gera divisas estrangeiras para o país e injeta capital e dinheiro novo na economia local. O ecoturismo diversifica a economia local, particularmente nas áreas rurais, onde o emprego agrícola pode ser esporádico ou insuficiente. O ecoturismo busca a tomada de decisões em todos os segmentos da sociedade, inclusive nas populações locais, de modo que o turismo e outros usuários dos recursos possam coexistir. O ecoturismo incorpora o planejamento e o zoneamento, assegurando o desenvolvimento turístico apropriado para a capacidade de sustentação do ecossistema. O ecoturismo estimula a melhoria do transporte, da comunicação e de outros elementos da infra-estrutura comunitária social. O ecoturismo cria instalações recreativas que podem ser usadas pelas comunidades locais, pelos visitantes domésticos e internacionais. Também estimula, auxiliando seu custeio, a preservação dos sítios arqueológicos e de edifícios e bairros históricos. O turismo local estimula o uso produtivo das terras marginais para a agricultura, permitindo que grandes áreas conservem sua cobertura de vegetação natural. O turismo cultural aumenta a auto-estima da comunidade local proporciona a oportunidade de maior entendimento e comunicação entre pessoas de diversas origens. O turismo ambiental sustentável demonstra a importância dos recursos naturais e culturais para o bemestar econômico e social da comunidade, podendo ajudar a preservá-los. O ecoturismo monitora, avalia e administra os impactos do turismo, desenvolve métodos confiáveis de contabilidade ambiental e calcula qualquer efeito negativo. (Princípios Básicos do Ecoturismo: Adaptação da Conferência Global 90, Corrente Turística, Estratégia de Ação, adotada em Vancouver, Canadá apud WEARING & NEIL, 2001 p.13). Além do mais, o ecoturismo é um segmento relativamente novo do turismo de natureza. O que o diferencia dos outros segmentos é que ele abrange, em sua conceituação, a experiência educacional interpretativa, a valorização das culturas tradicionais locais, a promoção da conservação da natureza e do desenvolvimento sustentável. A atividade apresenta afinidade 13

14 incontestável com Unidades de Conservação (UCs), como se verá no Módulo III. Envolve atividades como caminhada, contemplação, observação da fauna e flora, entre outras. Da mesma forma que o ecoturismo constitui-se num conjunto de princípios de respeito à natureza e à cultura local, para ser seu praticante também é preciso compreender e respeitar essas dimensões. Assim, é possível apontar algumas características mais marcantes sobre o perfil destas pessoas que se lançam a visitar e se envolver com ambientes ainda pouco transformados pela sociedade. Os ecoturistas, geralmente, apresentam elevado grau de instrução, muitos concluíram um curso superior e gastam mais em serviços e produtos oferecidos por fornecedores que respeitam as culturas tradicionais e os limites da natureza. Apresentam uma forte orientação científica e focalizam suas preferências no estudo e aprendizado, buscando informações e esclarecimentos nas destinações visitadas. Os esclarecimentos requisitados pelos ecoturistas dizem respeito, principalmente, às características da natureza, ou seja, se apresentam motivados para aprender sobre rios, montanhas, oceanos, florestas, árvores, flores e fauna silvestres. No entanto, não se preocupam apenas em observar um cenário ou um objeto, mas também em sentir e perceber alguma coisa do seu valor, de acordo com vários critérios, como por exemplo, com base nos serviços executados pela natureza para o bem do ser humano, como valor histórico, produção de recursos (alimentos e matéria-prima), oportunidades de reflexão, contemplação, controle de processos (regulação do escoamento superficial da água e das inundações, formação do solo, fotossíntese e produção de biomassa), entre outros. Os ecoturistas procuram, além do rico contato com a natureza, vivenciar novos estilos de vida e esperam ver o dinheiro que gastam em suas viagens contribuindo para a conservação e para o benefício da economia local. Outro aspecto importante diz respeito ao mercado turístico. Para relacionar as aspirações de viagens de ecoturistas em locais de grande singularidade natural e cultural, respeitando os princípios dessa atividade, as empresas devem também modificar sua maneira de trabalhar tornando a montagem de roteiros menos impessoal. O ecoturista aceita um guia mais descritivo e espera o fornecimento de um nível apropriado de explicação sobre a natureza e a cultura das localizações visitadas. Sendo assim, o operador de ecoturismo deve ser capaz de explanar conceitos, significados e interrelacionamentos do fenômeno natural, de entender a estrutura e a dinâmica básica dos sistemas ecológicos e das paisagens naturais em visitação, e ser capaz de explanar sobre as conseqüências das mudanças promovidas pelo ser humano, considerando os princípios básicos da conservação da natureza. É bom lembrar que os conhecimentos necessários adquiridos por meio de livros e cursos devem estar associados e não substituir a familiaridade com o meio, que é uma ferramenta poderosa para os guias de ecoturismo. Os conhecimentos já existentes na comunidade local devem ser reconhecidos, valorizados e utilizados na interpretação da natureza. Desta forma, é importante resgatar interpretações culturais sobre o ambiente visitado. Não se prender apenas a explicações técnico-científicas, mas procurar relacionar os significados e o simbolismo da área visitada para o morador local. Buscar atividades lúdicas ao ar livre que acentuem a percepção do meio, aguçando os outros sentidos além da visão também contribui para uma experiência rica e agradável do ecoturista. Modalidades ou segmentos associados ao ecoturismo Objetivos Conceituar o turismo desenvolvido em áreas naturais; Diferenciar os diversos tipos de turismo desenvolvidos em ambientes naturais. Com base nos princípios e premissas do ecoturismo apontados no tópico anterior, é possível ainda verificar algumas especializações ou atividades a ele associadas. Com já apontado, o turismo em ambientes naturais, ou turismo na natureza, é uma tendência verificada mundialmente. Ele se mostra de diversas formas, através de inúmeras possibilidades e atividades a serem desenvolvidas, e com uma vasta gama de termos específicos. É aquele que faz 14

15 uso de recursos naturais relativamente bem preservados como, por exemplo, águas (mar, rios, cachoeiras, corredeiras), vegetação e vida silvestre. Ressalta-se que há inúmeros conceitos e abordagens a respeito das modalidades de turismo na natureza. Assim sendo, não se busca, aqui, esgotar as possibilidades de discussão, apenas indicar caminhos para uma reflexão inicial sobre alguns dos conceitos mais aceitos no setor. Deve-se, também, ter em mente que as possibilidades de turismo na natureza são variadas, indo do ecoturismo, ao turismo rural, ao de aventura e outros, como o turismo cultural e o turismo de pesca, por exemplo. Assim, uma das formas de turismo na natureza é o turismo rural, que designa o deslocamento de pessoas a espaços rurais, em roteiros programados ou espontâneos, para fruição dos cenários e instalações rurais. Em termos de permanência e de utilização de equipamentos, tanto pode apresentar instalações de hospedagem em casas de antigas colônias de trabalhadores e imigrantes dos distintos períodos agrários do Brasil, como em sedes de fazendas e casas de engenho dos ciclos do café e da cana de açúcar, que tipificam o patrimônio histórico-arquitetônico e étnico-cultural de muitos estados brasileiros, quanto também em propriedades modernas, complexos turísticos e hotéis-fazenda, particularmente voltados aos turistas que buscam lazer e recreação em atividades agropastoris (Beni, 1998). Comporta possibilidades como pesque-pague, colha e pague, restaurante rural, passeios a cavalo, observação e participação em atividades agropastoris. Um outro tipo de turismo aqui apresentado é o turismo de aventura, uma modalidade de turismo na natureza na qual o viajante participa de maneira ativa no conhecimento (descoberta) do território visitado. Soma-se a isso a prática de atividades esportivas que, de certo modo, são arriscadas. Essa definição é abrangente, pois leva em conta a forma de participação do viajante nas possíveis atividades a serem desenvolvidas em um local, não apenas onde este turista irá pernoitar ou que tipo de infra-estrutura utilizará. Refere-se à intenção que leva uma pessoa a ir a determinada localidade, e essa intenção reflete o desejo de realização de esportes, atividades físicas, movimentação e, conseqüentemente, trará riscos, pois são práticas que, em grande parte, lidam com as forças da natureza e com equipamentos, que podem causar inconvenientes. O turismo de aventura define-se pela prática. Atividades como moutain bike, rafting, arvorismo, escalada, trekking, bóia-cross, canoagem, mergulho, rapel, asa delta, acqua ride, balonismo, páraquedismo, off-road (Ver definições no Glossário), entre outras, que implicam em um contato direto com a natureza, procuradas por pessoas com ímpeto aventureiro, buscando por emoções que propiciem altas descargas de adrenalina no organismo, possibilitam o reconhecimento do Turismo de Aventura (Stigliano, 2000; Stigliano e César, 2002). Contudo, é importante destacar que estas especificidades do Turismo de Aventura devem estar inseridas e respeitar os princípios do Ecoturismo. Vale a pena ressaltar que um princípio básico de qualquer modalidade de turismo que se desenvolva na natureza deve ser o compromisso com a conservação do patrimônio natural, o que implica no cumprimento da legislação ambiental. Assim sendo, nenhuma propriedade rural, por exemplo, será sustentável se não cumprir com suas obrigações legais, como manter sua reserva legal, preservar os mananciais, obter licenciamento ambiental e respeitar a Área de Preservação Permanente (APP) 1. Passamos agora a aprofundar as características de cada uma dessas modalidades de turismo na natureza associadas ao ecoturismo 1 No Código Florestal, criado pela Lei Federal N 4.771, de 15 de setembro de 1965, foram criadas as áreas de preservação permanentes (APPS), que são as florestas e demais formas de vegetação situadas ao longo dos rios; ao redor de lagoas, lagos ou reservatórios d água naturais ou artificiais; nas nascentes; nos topos de morros, serras e montanhas; nas bordas dos tabuleiros ou chapadas; nas encostas acima de 45º; nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; e em altitudes superiores a 1800 metros. Considera-se, ainda, como APPS, as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas: a atenuar a erosão, a fixar dunas, a formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias, a proteger sítios de excepcional beleza, ou de valor cientifico ou histórico, a abrigar fauna e flora ameaçados de extinção, a assegurar o bem estar público, se assim forem declaradas pelo poder público. 15

16 TURISMO RURAL Objetivo Caracterizar o turismo rural. Bagagem do Professor Segundo a EMBRATUR, turismo rural é: O conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade. Ainda com relação à definição de turismo rural, pode-se dizer que: Constitui uma atividade que une a exploração econômica a outras funções como a valorização do ambiente rural e da cultura local que, não raras vezes, são alguns de seus atrativos principais. Em uma conceituação mais ampla, pode-se afirmar que o turismo rural consiste de atividades de lazer realizadas nesse ambiente. (SILVA, VILARINHO e DALE, 1998; CAMPANHOLA, GRAZIANO DA SILVA, 1999; SCHNEIDER, Sérgio FIALHO, Marco Antonio VERARDI, 2000). Deve-se ter em vista a sazonalidade da atividade agrícola e que, de acordo com a estação do ano, o fluxo de turistas pode sofrer variações, devido às características climáticas de cada região, os períodos de férias e feriados, etc., ou seja, a atividade turística também pode ser sazonal. Dessa forma, o turismo vem a complementar a renda dos proprietários rurais, não devendo ser, no entanto, a única fonte da qual dependem. Além disso, a criação de meios para manter o homem no campo proporciona a resolução de dois problemas cruciais: desacelerar o crescimento urbano e frear o êxodo rural dos pequenos municípios e vilarejos. Neste contexto, a atividade turística contribui para alguns dos problemas encontrados no campo. No Brasil, um novo perfil agrário surge com o turismo rural. Alguns exemplos de locais que vêm desenvolvendo o turismo rural são: Domingos Martins (PORTUGUEZ, 1999) e Venda Nova do Imigrante (GATTI, 2001), ambos no estado do Espírito Santo; a cidade de Lages (ZIMERMANN, 1996), em Santa Catarina, entre outras inúmeras experiências que merecem um estudo mais apurado, como as Quebradeiras de Coco de Babaçu, no Tocantins, região do alto Araguaia, ou a Comunidade alternativa Hare Krishna da Fazenda Nova Gokula, em Pindamonhangaba, no estado de São Paulo. Inúmeras tendências relacionadas ao aumento da procura pelo ambiente rural vêm se fortalecendo: O aumento do tempo livre, devido às facilidades que o mundo moderno proporcionou através dos avanços tecnológicos em diversas áreas, aliados às conquistas trabalhistas; A ampliação e melhoria das estradas e dos meios de comunicação que ligam os centros urbanos ao meio rural, reduzindo o tempo de deslocamento e o isolamento entre esses espaços; A expansão das residências secundárias e dos sítios voltados ao lazer e condomínios; O stress e o crescente custo de vida urbano decorrentes do crescimento intenso e desordenado das cidades; A busca pela volta às origens rurais dos antepassados. 16

17 O que se destaca, no turismo rural, é a prática da atividade turística que envolve os elementos do campo, do rural ou do agrário. Lembrando que estes elementos são o homem, seus costumes, tradições e produção, a paisagem, entre outros. Alguns termos como hospedagem, marketing, técnicas de venda, gastronomia, serviço de alimentação, sistema de manuseio e higiene, precisam fazer parte do dia-a-dia da propriedade com vocação turística. Além disso, fatores como capacidade de carga e impactos ambientais devem ser analisados nas áreas turísticas para que a otimização do lucro não signifique a deterioração de suas características. Pescaria, rodeio, culinária, festas temáticas, lida com o gado e colheita, são algumas das possibilidades para se atrair e manter o visitante em propriedades rurais. Atividades e Respostas 1. Pesquise uma propriedade rural que ofereça atividades de turismo. Caracterize-a, levantando seus atrativos, serviços existentes e mão-de-obra (É do local? Recebe algum treinamento específico? Trabalha com atividades não turísticas na propriedade?). Verifique, também, as características dos visitantes. Resposta: Dependendo das condições existentes, é aconselhável realizar a visita de todo o grupo a uma propriedade, ou dos vários grupos de estudantes a várias propriedades, sendo que cada grupo deve pesquisar uma propriedade e apresentar os dados obtidos para o restante da sala. Se possível, é interessante comparar mais de uma propriedade que desenvolva o turismo rural, para uma melhor avaliação. Finalizar com uma discussão sobre o que foi visto, levantando pontos fortes e fracos e sugerindo melhorias. Sugestão: Pode-se, na pesquisa sobre o visitante, utilizar o Anexo 1. TURISMO DE AVENTURA Objetivo Caracterizar o turismo de aventura; Bagagem do Professor A busca por atividades de aventura em ambientes naturais é uma tendência verificada, com maior destaque, nos últimos 30 anos. O maior desenvolvimento, entretanto, deu-se a partir dos anos 90, quando foram criadas diversas empresas que têm como produto inúmeras práticas, ou esportes, chamados de aventura, como rafting, canyoning, rapel, pára-quedismo, vôo livre, conjugados a estruturas de serviços e equipamentos turísticos voltados para atender a essa clientela de aventura. Em oficina realizada pela Embratur, em 2001, em Caeté (MG), o turismo de aventura foi definido como: "Segmento do mercado turístico que promove a prática de atividades de aventura e esporte recreacional ao ar livre, envolvendo emoções e riscos controlados e exigindo o uso de técnicas e equipamentos específicos, a adoção de procedimentos para garantir segurança pessoal e de terceiros e o respeito ao patrimônio ambiental e sociocultural". 17

18 Segundo Marinho, uma pesquisadora do tema: Tais atividades de aventura são entendidas como as diversas práticas esportivas manifestadas, privilegiadamente, nos momentos de lazer, com características diferenciadas dos esportes tradicionais, pois as condições de prática, os objetivos, a própria motivação e os meios utilizados para sua realização são outros. Além disso, há também a presença de equipamentos tecnológicos inovadores, permitindo uma fluidez entre o praticante e o espaço da prática terra, água ou ar. São atividades cerceadas por riscos e perigos, na medida do possível, calculados, não ocorrendo, na maioria das vezes, treinos prévios (como no caso dos esportes tradicionais e de práticas corporais como a ginástica, o vôlei, a musculação). A experimentação ocorre de maneira mais direta, havendo afastamento de rendimentos planejados. (Marinho, 2003). E continua... Há um consenso por parte dos estudiosos do tema (Pociello, 1995; Betrán, 1995 e outros) no que se refere à década de 1970 como apogeu das atividades de aventura, destacando, dentre outras, duas principais e mais difundidas: o surfe e o skate, ambas caracterizadas pela utilização de pranchas e pelo domínio corporal na tentativa de desbravar ondas e asfalto, respectivamente. Ao longo da década de 1980 e até nossos dias, tais atividades foram se desenvolvendo conforme níveis de organização e controle acerca dos perigos inerentes à prática, tendo como respaldo significativo o avanço tecnológico voltado para os equipamentos esportivos específicos, os diversos recursos empregados e os meios de comunicação (Marinho, 2003:4-5). Pode-se dizer que o crescimento das viagens junto à natureza relacionadas ao turismo de aventura resulta do cruzamento de duas tendências atuais: a expansão dos esportes de aventura e a valorização do consumo de cenários naturais, através da atividade turística. A superação de limites, juntamente com a busca por novas emoções e adrenalina são objetivos comuns entre os adeptos. Vale a pena ressaltar que tem se tornado cada vez mais comum a organização de viagens envolvendo a prática de atividades de aventura visando desenvolver o espírito de equipe entre os participantes. Estas viagens vêm sendo utilizadas como instrumento para motivar funcionários de empresas de vários setores, estimulando a integração, desenvolvendo paciência, tolerância e companheirismo, além de outras habilidades como equilíbrio, força, coordenação, estratégia, etc. Vejamos um texto sobre Brotas (SP), um dos maiores destinos de turismo de aventura do Brasil, muito conhecida pela prática de rafting, entre outras atividades de aventura: Em 1993, um grupo local de ecologistas fundou em Brotas a agência Mata dentro Ecoturismo. Oferecendo leque sortido de opções de esportes de aventura, com trinta guias especializados, a cidade recebe seiscentos turistas mensalmente, tornando-se na opinião de diversas agências a capital paulista dos esportes radicais. Funciona ali o Raid Brotas Discovery, uma espécie de escola de esportes de aventura, destinada a iniciar novos adeptos, ou seja, novos consumidores do produto oferecido naquela região. Pensa-se em se fundar na cidade uma biblioteca/videoteca pública temática, dedicada exclusivamente aos esportes de aventura. (...) A pequena cidade vem se reestruturando completamente para atender à nova demanda. (JESUS, 2003: 85) É interessante notar que, do fluxo de turistas de aventura em Brotas, 80% provêm da capital paulista. 18

19 Um indicador do crescimento do turismo de aventura é refletido nos números de freqüentadores de eventos de aventura como a Adventure Sports Fair, feira anual do setor que acontece em São Paulo, no Pavilhão da Bienal do Parque Ibirapuera, desde 99, quando recebeu 42 mil visitantes. Outro indicativo é o aumento do número de empresas e do volume de vendas no setor de equipamentos, vestuário e calçados para aventura ao ar livre. Existe, também, um número crescente de corridas de aventura como a EMA Expedição Mata Atlântica e a Ecomotion, que contribuem para a divulgação de esportes de aventura. Atividades e Respostas 1. Com os alunos divididos em grupo, discutir sobre viagens feitas, localidades visitadas, tipos de atividades desenvolvidas, se já estiveram em algum destino de turismo na natureza, que atrativos conheceram. Abordar como foi a experiência. Resposta: O exercício pode ser acrescido de outros itens que venham a enriquecer a discussão, buscando entrosar o grupo com a temática das viagens e a pensar sobre o turismo na natureza. 2. Pesquise se há alguma modalidade de turismo em ambiente natural em sua cidade ou região. 3. Se existir, descreva as principais características da área e as atividades oferecidas. Resposta: Para descobrir a existência de atividades de turismo na natureza, as características da área e as atividades oferecidas, os estudantes podem perguntar a um funcionário de agência de viagem da cidade, se houver, ou a algum guia ou a outros moradores. 4. Busque imagens dessas várias modalidades de turismo na natureza e identifique as principais características presentes nelas. Resposta: A Internet é uma ótima fonte de imagens das várias modalidades de turismo na natureza. 5. Discutir: O que você entende por patrimônio? Dê exemplos de patrimônios culturais e naturais de sua localidade. (Para esse assunto, consultar o livro Cultura e Turismo) Resposta: Esta questão visa reforçar junto ao aluno a noção de patrimônio, que permeia qualquer discussão sobre turismo, em suas inúmeras modalidades. Os exemplos de patrimônio podem, inclusive, ser desenhados pelos estudantes. TEMA 2 IMPACTOS PRODUZIDOS PELO ECOTURISMO Nesse tema, procuramos destacar como a atividade turística e ecoturística produzem impactos positivos e negativos ao meio (nesse último caso, se não forem respeitados os princípios mencionados no Tema 1). Primeiramente elencamos as multiplicidades de impactos que podem ocorrer nessa relação turismo x meio. Posteriormente apontamos algumas ferramentas ou técnicas de avaliação de impactos para aumentar os positivos, como a interpretação ambiental, e para reduzir os negativos, como os estudos de capacidade de carga e o manejo do impacto da visitação (VIM, da sigla em inglês). Efeitos da atividade turística em ambientes naturais: os impactos do ecoturismo Objetivos Apresentar os possíveis efeitos da atividade turística sobre os ambientes naturais; Conduzir à reflexão sobre maneiras de diminuição dos efeitos negativos da atividade. Bagagem do Professor Qualquer atividade humana tem efeitos sobre a área em que é realizada. A natureza deste efeito pode ser econômica, sociocultural, ambiental, entre outras. Da mesma forma, o turismo gera efeitos, ou impactos, sobre a localidade visitada e sobre os recursos naturais, especificamente, pois estes constituem a base para o desenvolvimento do ecoturismo. 19

20 Os possíveis efeitos ou impactos da atividade turística sobre um ambiente natural são vários. Eles não são, necessariamente, negativos. Podem também ser positivos, além de incidir sobre aspectos econômicos, ambientais (ou físicos) e sócio-culturais da localidade visitada. Devemos, então, cuidar para que os efeitos negativos sejam controlados, de forma que a área seja conservada e que sejam gerados benefícios a todos os elementos envolvidos (natureza e comunidade local). Há que se ressaltar que alguns autores utilizam o termo impacto como sinônimo de efeito, enquanto outros utilizam impacto apenas com o significado de efeito negativo. Há também autores que se referem a benefícios e problemas resultantes da atividade turística. Neste trabalho, optou-se pelo uso do termo efeito, por permitir ser utilizado tanto no sentido positivo quanto no negativo. A fragilidade dos ecossistemas naturais, muitas vezes, não comporta um número elevado de visitantes e, menos ainda, suporta o tráfego excessivo de veículos. Por outro lado, a infra-estrutura necessária, se não atendidas normas pré-estabelecidas, pode comprometer de maneira acentuada o meio ambiente, com alterações na paisagem, na topografia, no sistema hídrico e na conservação dos recursos naturais (fauna e flora) (EMBRATUR, 1994). Igualmente relevante é o cuidado com as populações locais, a fim de que elas não sejam segregadas do processo de desenvolvimento e implementação da atividade e colham os frutos que o turismo pode propiciar. A busca de alternativas ao turismo tradicional, ou de massa, tem levado à exploração de lugares novos, em muitos casos, com ecossistemas frágeis que correm o risco de uma rápida e irreversível degradação. É certo que os turistas são cada vez mais esclarecidos e exigentes, manifestando motivações mais complexas e variadas. A fórmula sol e preços baixos, que deu bons resultados nas décadas anteriores, está sendo substituída por caminhos alternativos, capazes de responder às expectativas de um entorno natural não degradado. Como um paradoxo, essa mudança de interesse pode voltar-se contra os espaços com um elevado valor ecológico (OMT, 2001). Seguem alguns dos possíveis efeitos da atividade turística em ambientes naturais (Mathieson e Wall, 1982; Bernaldéz, 1992; Western, 1995; Lage e Milone, 2001): Efeitos econômicos positivos: Geração de empregos; Diversificação da economia regional, através da criação de micro e pequenos negócios; Fixação da população no local; Desenvolvimento e melhoria da infra-estrutura de transportes, comunicações, saneamento, iluminação, etc.; Melhoria da qualidade de vida da população. Efeitos econômicos negativos: Mudanças nas ocupações tradicionais, prejudicando outras fontes de renda da população; Possíveis desvios dos recursos econômicos gerados na localidade através do envio de divisas para fora da localidade (através do pagamento de salários de trabalhadores de outras cidades, ou de produtos comprados fora do município, por exemplo); Aumento de preços de produtos em geral inflação; Especulação imobiliária; Dependência e vulnerabilidade econômica. Efeitos socioculturais positivos: Valorização da herança cultural material e imaterial (festas, costumes, danças, culinária, artesanato); Orgulho étnico; Intercâmbio cultural; Conservação de locais históricos, preservando a arquitetura local; Resgate e perpetuação de atividades típicas da comunidade; Fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. 20

21 Efeitos socioculturais negativos: Descaracterização da vida social local; Relacionamento precário entre turistas e moradores, gerando tensões; Aumento de problemas sociais como uso de drogas, prostituição e violência; Degradação do patrimônio histórico e cultural; Efeito imitação moradores buscam copiar hábitos e comportamentos do visitante. Efeitos ambientais positivos: Diminuição do impacto sobre o patrimônio natural; Criação de alternativas de arrecadação para as Unidades de Conservação; Aumento da consciência da população local e dos turistas sobre a necessidade de proteção do meio ambiente; Ajuda na conservação das áreas naturais; Criação de novas áreas protegidas; Conservação da biodiversidade; Melhoria da infra-estrutura nas áreas naturais; Maior fiscalização por parte dos moradores, turistas e órgãos competentes. Efeitos ambientais negativos: Poluição sonora, visual e auditiva; Desmatamento; Introdução de espécies animais e vegetais exóticas; Prejuízos a espécies em seus hábitos alimentares, migratórios, etc.; Aumento na geração de lixo e esgoto e problemas com saneamento básico; Ocupação inadequada do solo; Compactação do solo e aumento da erosão com a abertura de trilhas e acessos inadequados. De forma geral, os principais aspectos a que se deve atentar quando do desenvolvimento da atividade turística em ambientes naturais são: a necessidade de instalações e infra-estrutura adequadas e incorporadas à paisagem do local; a preocupação com a coleta e tratamento dos dejetos líquidos e sólidos gerados; a poluição sonora e do ar; o tipo de atividade a ser desenvolvida, de acordo com as características do meio e dos recursos naturais. Do ponto de vista das comunidades, deve haver o envolvimento da população local, com participação ativa no planejamento, organização e execução do turismo, para que sejam gerados benefícios; sendo que a evolução dos efeitos da interação com os turistas devem ser constantemente acompanhados. Alguns destinos turísticos no mundo mostram sinais de crise e estresse que exigem uma mudança de atitude dos agentes envolvidos na atividade turística como: empresas, autoridades, população moradora e visitantes. Vários exemplos existem em que a atividade turística vem aumentando e ameaçando a qualidade do ambiente natural. O entorno das metrópoles e a orla brasileira, nas quais aparece uma vocação de turismo e veraneio (2ª residência e chácaras de final de semana) com instalação de infra-estrutura e melhoria dos meios de comunicação são grandes exemplos brasileiros. Há que se lembrar, entretanto, que tanto os benefícios do ecoturismo como os problemas dele decorrentes são potenciais, isto é, dependem fundamentalmente do modo como seu planejamento, implantação e monitoramento forem organizados e realizados. Sabendo-se que o turismo em ambientes naturais pode trazer conseqüências indesejadas, deve-se sempre ter em mente que há necessidade de constante monitoramento. Alem disso, o plano diretor e o zoneamento ecológico e econômico são importantes aliados na minimização de impactos, no planejamento turístico e de uso do solo. Deve-se, da mesma forma, atentar para o fato de que o grau dos efeitos gerados pelos visitantes pode variar, dependendo da sensibilização e conhecimento do turista, do tamanho do grupo, do preparo dos guias e monitores 2, do aparelhamento do atrativo com estruturas receptivas adequadas 2 Guia de turismo é o profissional que, devidamente cadastrado na EMBRATUR, exerce as atividades de acompanhamento, orientação e transmissão de informações a pessoas ou grupos, em visitas, excursões urbanas, 21

22 como sanitários, cestos de lixo, sistema de coleta do lixo gerado, corrimões, trilhas definidas, cuidados com a contenção do solo para evitar erosão e deslizamentos, uso de fontes renováveis e alternativas de energia, etc. Deve-se, assim, atentar para as várias maneiras de diminuir os efeitos negativos da atividade. Atividades e Respostas 1. Que tipo de cuidados você acredita serem importantes quando se faz uma atividade (uma caminhada, por exemplo) em um ambiente natural? Resposta: O aluno deve responder livremente à questão. O professor pode, na discussão das respostas, fornecer subsídios ao grupo. 2. Cite outros exemplos de efeitos da atividade turística sobre uma área natural, tanto positivos, quanto negativos. Resposta: Resposta livre. Usar a criatividade e mesmo exemplos de localidades que tenham sido visitadas pelos alunos. 3. Se houver turismo em ambientes naturais em seu município (ou na região), pesquise quais são seus principais efeitos. Resposta: Lembrar que os efeitos podem ser sobre as águas, a vegetação, o solo, o ar, os animais e também sobre os moradores da área, envolvendo aspectos socioculturais e econômicos. AVALIANDO OS IMPACTOS DO ECOTURISMO Para entender o significado dos impactos da recreação em áreas naturais é importante avaliar as características dessas áreas. Alguns impactos recreacionais poderão ser tolerados, desde que (1) maior parte dos ecossistemas seja mantida sem qualquer distúrbio e (2) a evidência dos impactos não seja notada pelos visitantes. O primeiro pressuposto relaciona-se com a proteção da área e o segundo com a proteção da qualidade da experiência dos visitantes. Ambos são importantes, mas a questão principal, consiste na manutenção da integridade dos ecossistemas (Cole, 1993). Para uma primeira abordagem sobre a avaliação desses impactos, Cole (1993) indica duas características para análise: I. impactos que interrompem seriamente as funções dos ecossistemas e que também ocorrem sobre áreas muito extensas ou que afetam ecossistemas raros; II. impactos que alteram uma grande porção de um tipo de ecossistema, relativamente raro. O uso de áreas naturais com atividades ecoturística não afeta substancialmente os ecossistemas, pois na maioria dos casos, ocorre de forma concentrada em algumas porções como trilhas ou destinações mais populares. Entretanto, algumas outras ameaças não direta ou exclusivamente relacionadas ao turismo, como: a poluição causada pela chuva ácida e despejo de efluentes em corpos d água, incêndios, caça, introdução de espécies exóticas, pastoreio excessivo ou ainda, acampamento em faixas marginais de rios, em áreas secas, podem causar impactos substanciais sobre os ecossistemas delicados. Os impactos causados pela recreação afetam a paisagem de uma determinada área, interagindo com todos os seus elementos (Cole, 1987), sendo que a água, a fauna, a flora e o solo são os elementos naturais que possuem maiores estudos na área de impactos da recreação em áreas naturais. Desta forma, é importante que cada elemento seja estudado e compreendido como um elemento interagindo em determinado ecossistema, auxiliando desta forma em uma melhor gestão e administração de cada recurso natural, principalmente no que se refere às áreas de uso público. Desta forma, uma série de técnicas foram desenvolvidas para potencializar os impactos positivos e reduzir os negativos. Passamos agora a discutir as principais técnicas. municipais, estaduais, interestaduais, internacionais ou especializadas, de acordo com as classes: guia regional, guia de excursão nacional, guia de excursão internacional, guia especializado em atrativo turístico. Por sua vez, o guia local ou monitor é um condutor de visitantes não credenciados pela EMBRATUR. O monitor ambiental é uma figura muito presente nas atividades de turismo na natureza e, quando residente no local visitado, é conhecido também como monitor local. 22

23 ALGUMAS TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS DA ATIVIDADE ECOTURÍSTICA A melhoria de padrões sociais e econômicos, que refletem no aumento do consumo, dentro do modo de produção capitalista, assim como o aparecimento e crescimento do tempo livre, tem contribuído para o incremento do ecoturismo, como já se apontou no Tema I. Contudo, esse aumento pode e, em alguns casos, tem gerado problemas a áreas destinadas à visitação. Estudos mais recentes visam garantir espaços para visitação e para conservação de recursos naturais e culturais, focados principalmente no manejo 3 do visitante. Levam-se em consideração informações como o comportamento do visitante, o tipo de infra-estrutura construída para o atendimento, o tipo de ambiente visitado e as comunidades residentes. Desta forma, para minimizar os impactos negativos do turismo, é necessário utilizar instrumentos de controle, através de um planejamento sério do turismo. Existem diversas metodologias que objetivam contribuir para o controle de impactos, utilizadas em áreas naturais de países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Costa Rica e Brasil, entre outros. Elencamos, a seguir, algumas técnicas mais consagradas para o manejo do visitante e avaliação de impactos à natureza e à cultura do local visitado. Capacidade de Carga Turística Objetivos Definir capacidade de carga turística; Apresentar casos de localidades que vêm desenvolvendo estudos sobre a capacidade de carga turística. Bagagem do Professor O primeiro método aplicado ao controle de impactos da visitação foi a capacidade de carga. O conceito de capacidade de carga envolve considerações científicas e julgamentos de valor, apresentando uma vasta gama de variáveis que devem ser avaliadas de acordo com os diferentes objetivos de manejo de cada área. Definições de capacidade de carga recreativa ou turística 4 geralmente incorporam dois aspectos centrais: primeiro, o componente biofísico que se refere à integridade dos recursos, o que implica num certo grau de tolerância ou limite, após o qual, a exploração e o uso continuados podem impor extenuação do ecossistema natural; segundo, o aspecto comportamental, que reflete a qualidade da experiência turística. Desta forma, a capacidade de carga turística pode ser definida como: O número máximo de pessoas que podem utilizar um ambiente de lazer sem causar um declínio inaceitável na qualidade da experiência recreativa (Mathieson e Wall, 1982:184). Ou seja, a capacidade de carga turística é a quantidade máxima de pessoas que podem utilizar um atrativo de forma a não superar o limite de visitantes que a área comporta, a fim de não causar efeitos negativos excessivos sobre o ambiente e sobre a experiência do visitante. Estudos de capacidade de carga turística em áreas naturais, segundo Costa (2002), em geral, levam em conta os seguintes fatores: Tamanho da área e espaço utilizável pelo turista; Fragilidade do ecossistema a ser visitado; 3 Manejo: conjunto de medidas e ações para gerenciar ou administrar uma determinada atividade. 4 Os dois termos são, normalmente, utilizados como sinônimos. Vamos aqui, apenas para facilitar a leitura, optar por utilizar o termo capacidade de carga turística. 23

24 Recursos naturais: número, diversidade e distribuição das espécies vegetais e animais; Topografia, relevo e hidrografia; Sensibilidade e mudanças de comportamento de espécies animais diante dos visitantes; Percepção ambiental dos turistas; Disponibilidade de infra-estrutura e facilidades; Oportunidades existentes para que os visitantes desfrutem dos recursos. É possível dizer que os níveis de capacidade são influenciados por dois grupos de fatores: Características dos visitantes/turistas (quantidade de visitantes, atividades praticadas, etc.) Características da área de destinação e da população local (nível de dificuldade de acesso, características naturais, grau de isolamento dos habitantes, etc.) Geralmente, em uma área com o objetivo de fornecer atividades de lazer aos visitantes, a capacidade de carga é maior do que se a mesma fosse destinada à educação ambiental. Os seis princípios básicos que permeiam o conceito de capacidade de carga são: 1. A capacidade de carga somente pode ser definida de acordo com os objetivos gerenciais da área em questão. Em outras palavras, deve haver uma área geograficamente delimitada gerenciada por uma autoridade, para que haja controle da capacidade de carga; 2. Uma série de métodos para o planejamento da capacidade de carga vem sendo aplicada. Todos especificam indicadores e padrões, e monitoram se as condições aceitáveis foram excedidas; 3. Conhecer as opiniões e preferências de usuários de lazer, e também de não-usuários, pode ajudar os administradores a estabelecerem objetivos (indicadores e padrões) e sugerir modificações à política vigente; 4. Uma ampla gama de oportunidades de lazer deve estar disponível para satisfazer aos diversos gostos; 5. Uma vez que existem inúmeras técnicas para o gerenciamento de uma área de acordo com sua capacidade de carga, as técnicas selecionadas devem ser adequadas aos objetivos e à representatividade da área; 6. Finalmente, a autoridade administrativa decide quais são os níveis apropriados de uso de uma área (Lime, 1995). Há dois tipos principais de capacidade de carga turística. Uma refere-se ao espaço físico onde acontece a atividade; a outra é a capacidade de carga psicológica, que diz respeito à sensação que o visitante tem sobre o local, se sente que está cheio demais, ou se o número de pessoas está adequado, ou mesmo baixo. Com relação à segunda forma de capacidade de carga mencionada, por ser bastante subjetiva, não será detalhada neste material, enfatizando-se o enfoque físico, apresentado a seguir, conforme um dos principais autores sobre o assunto. Estabelecimento da capacidade de carga turística Para Miguel Cifuentes (1992), a capacidade de carga turística relativa ao espaço físico pode ser considerada em três níveis: Capacidade de Carga Física (CCF); Capacidade de Carga Real (CCR); e Capacidade de Carga Efetiva ou Permissível (CCE). O método descrito por Cifuentes para o estabelecimento da capacidade de carga é apresentado em seis passos: 1. Análise de políticas sobre turismo e manejo de áreas protegidas nos níveis nacional, regional e local; 2. Análise dos objetivos da área avaliada; 3. Análise da situação das áreas de uso público, dentro da área analisada e de seu zoneamento; 4. Definição, fortalecimento ou modificações de políticas e decisões com relação ao manejo e zoneamento da área; 5. Identificação das características que influem em cada local de uso público; 6. Determinação da capacidade de carga para cada um desses locais. A CCF é dada pela relação simples entre o espaço disponível e a necessidade de espaço do visitante; a CCR é obtida ao submeter a CCF a uma série de fatores de correção que são particulares a cada área; e a CCE leva em conta o Limite Aceitável de Modificação, ao considerar a capacidade de manejo da administração da área (Cifuentes, 1992). 24

25 O quadro a seguir, indica os procedimentos para o estabelecimento da capacidade de carga. A Capacidade de Carga Real é estabelecida considerando 1m 2 de área para cada visitante. E, a partir disso, verifica-se o espaço (S) e o tempo (T) destinado a uma atividade. Por exemplo, uma área de 100 m 2 aberta 8 horas por dia para visitantes possui uma CCF de 800 visitantes (8 x 100). A Capacidade de Carga Real é uma subtração de fatores de risco a partir da Capacidade de Carga Física. Assim, no exemplo acima, se existem 200 m 2 de área com algum problema ambiental: por exemplo, áreas susceptíveis à erosão, ou de abrigo e reprodução de espécies ameaçadas, ela terá um fator de correção de 0,25. Ou seja, 200 em relação aos 800 visitantes. FC= 200/800 = 0,25. Desta forma, a Capacidade de Carga Real será de 600 pessoas (já excluído o percentual referente ao fator de correção). Finalmente, a Capacidade de Carga Efetiva é a análise da Infra-estrutura, recursos humanos e serviços destinados à visitação. Ainda, no exemplo acima, se a área possui 5 sanitários, quando o necessário são 20, ela apresenta apenas 0,25 de capacidade de manejo (CM). Desta forma, a CCE será de 450 visitantes (600 x 0,25). Este é, então, o número máximo permitido de visitantes nessa localidade. Existem no Brasil alguns casos com indicadores de sucesso na aplicação de métodos de controle da visitação, devido à fragilidade de seus ecossistemas. Os principais são Fernando de Noronha-PE, Bonito-MS e o Parque Estadual da Serra do Mar/Santa Virgínia (SP). Em Fernando de Noronha, por exemplo, uma das medidas estabelecidas é a cobrança de uma taxa diária ao turista, cujo valor aumenta à medida que a permanência na ilha se estende, além de haver também um número máximo de visitantes que podem chegar até ela. Em Bonito, há formas de controle como o estabelecimento de um limite para o tamanho de grupos e o espaço de tempo entre a entrada e saída destes para desfrutar dos atrativos. Em Sant Virgínia há controle de botes infláveis de Rafting, alternando os finais de semana, assim como estabelecendo um conjunto de procedimentos para o visitante durante o passeio. Existem outras localidades, como o PETAR - Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (SP), que vêm desenvolvendo estudos para determinar o número máximo de visitantes que deve ser permitido nas trilhas. É importante, no entanto, ressaltar que não basta apenas se preocupar em limitar o número de visitantes a uma destinação ou atrativo, pois este pode não constituir o maior problema para os atrativos de uma área. Deve-se atentar para o fato de que o comportamento do turista é elemento 25

26 fundamental para a determinação de impactos. É também fundamental o papel do monitor ambiental, que deve participar de todas as etapas do processo de desenvolvimento do turismo na região. A monitoria ambiental é uma forma de controle dos impactos causados pelo turismo, pois torna mais fácil controlar e minimizar os problemas, orientando os visitantes. Alguns exemplos de medidas que costumam ser tomadas para restringir o uso de algum atrativo são: cobrança de ingresso; elaboração de um sistema de cotas, em que apenas um determinado número de pessoas possa entrar no atrativo; determinação de intervalo de tempo entre a entrada de grupos diferentes; limitação do tamanho de grupos, etc. Mas, atenção, nem sempre o maior problema de um atrativo é causado pelo número de turistas! Pode acontecer que uma área seja pouco visitada, mas, mesmo assim, sofra muitos impactos. Isso depende muito do grau de conscientização dos visitantes, do tipo de atividade desenvolvida e do preparo dos condutores. Atividades e Respostas 1. Discuta com seus colegas sobre a capacidade de carga. Anote exemplos de situações em que a capacidade de carga física de um lugar foram atingidas. Pense em algum atrativo turístico que costuma visitar e analise sua capacidade de carga turística. Resposta: Essa questão demanda discussão entre os estudantes. Se desejar, o professor pode dividir a sala em pequenos grupos e, depois, cada grupo defende, perante os demais, suas argumentações. 2. Que medidas poderiam ser adotadas para diminuir a pressão causada pela visitação a atrativos que você conhece? Resposta: Aqui vale levantar as sugestões dos estudantes, baseadas em suas opiniões e pesquisas efetuadas. Manejo do Impacto da Visitação (VIM 5 ) Objetivos Definir o método VIM e apresentar seus procedimentos; É um método desenvolvido por GRAEFE et al., 1990 e foca a relação entre a capacidade de carga e o impacto da visitação. Essa técnica é dividida em três questões relacionadas ao impacto: Identificação do problema e seu estado ou condição; Determinação das causas potenciais; Seleção das estratégias de manejo potenciais. A primeira questão, ou seja, a identificação dos problemas é talvez a fase mais importante, pois abrange cinco das oito etapas do método VIM. O objetivo desta técnica é manter os impactos dentro de níveis aceitáveis, a partir de critérios préestabelecidos. Para tanto, é necessário o estabelecimento de indicadores de impacto. Um dos princípios dessa técnica é de que as decisões de manejo para redução de impactos necessitam de conhecimento das prováveis fontes e de sua relação com o impacto. Desta forma, o VIM se foca na identificação das relações entre o impacto e os padrões de visitação. O VIM considera então a Capacidade de Carga como uma das estratégias para minimizar o impacto da visitação, contudo Desta forma,segundo Freixedas et al (2000), o papel do VIM é identificar, de forma clara, as relações entre indicadores-chave de impacto e os variados aspectos dos padrões de uso da visitação em áreas naturais. Fatores que determinam a durabilidade de uma área e sua autoregulação são fundamentais para determinar como a mesma deve ser manejada.. 5 Sigla do nome em inglês Visitor Impact Management 26

27 Etapas do Método VIM Etapas 1 e 2 Revisão de informações e dos objetivos da área de estudo As etapas 1 e 2 tratam do levantamento de informações que possam estar disponíveis sobre a área. A leitura dos documentos oficiais inclui: Planos de Manejo, Planos Emergenciais, Planos Operativos, Planos de Uso Público, etc. Estes documentos, além da descrição do local, apresentam os objetivos gerais e específicos da área, que serão utilizados posteriormente para definir as condições desejáveis dos indicadores selecionados. No caso de áreas particulares, entrevistas, com o proprietário ou responsável pelo local, podem fornecer informação sobre os objetivos da área. As normas a serem seguidas podem ser obtidas no SNUC e no Código Florestal, e/ou outras legislações atualizadas que orientem sobre as atividades e estruturas pertinentes para a área a ser avaliada (vide Módulo III). Outras informações necessárias para uma análise completa do uso público são: i) registros - acidentes, animais atropelados, ocorrência de extração ilegal de recursos, etc.; ii) demanda de visitação - dados de fluxo e perfil de visitantes; iii) questionários - percepção dos visitantes sobre a lotação e impacto do uso sobre os recursos da área. Etapas 3 e 4 Seleção dos indicadores de impacto e de seus padrões Aqui se deve saber identificar os problemas relevantes que dificultam o manejo da área. Isso pode se constituir numa tarefa difícil. Inicialmente, há uma tendência a levantar-se uma longa lista de fatores que refletem os impactos no ambiente. Uma análise crítica auxilia o agrupamento destes diversos fatores (verificadores) em grupos maiores (indicadores). Para Freixedas et al (2000), indicadores são variáveis que podem representar condições ambientais e experienciais que se deseja avaliar e/ou medir. Verificadores são parâmetros que permitem avaliar em campo as condições em que se encontra o indicador selecionado. Como exemplo de um indicador para se avaliar a qualidade de trilhas, podemos selecionar leito da trilha. Como exemplo de verificadores para o indicador leito da trilha, podemos citar: largura, profundidade, risco oferecido ao visitante, etc. É importante lembrar que os indicadores devem refletir a condição desejada com relação aos recursos da área e que foram previamente definidos e identificados através da análise de documentos ou de conversas com o administrador da área. Um bom exemplo seria: objetivo - proteger o ninhal de garças e o equilíbrio da população de filhotes. O indicador seria o sucesso reprodutivo das aves com o verificador contagem de ninhos e de filhotes em locais com e sem visitação pública. A etapa 4 refere-se à definição de padrões (mínimos e máximos aceitáveis) para cada um dos indicadores. Os padrões estabelecidos nesta fase deverão ser revisados à medida que os conhecimentos dos efeitos do uso sobre os recursos da área forem sendo aprofundados. A mudança dos objetivos da área, além da mudança no atual zoneamento também são fontes de alteração dos padrões desejados para o futuro. 27

28 O quadro a seguir sugere uma lista de possíveis indicadores para o estabelecimento do VIM. Etapa 5 Comparação de padrões e condições existentes Nesta etapa deve-se realizar a comparação das condições atuais com os padrões definidos. Sempre que os dados levantados em campo excederem os limites estabelecidos pelos padrões, terá sido localizado um impacto, conforme exemplo indicado no quadro, a seguir: 28

29 QUADRO: EXEMPLO DE LOCALIZAÇÃO DOS IMPACTOS DA VISITAÇÃO NAS TRILHAS segundo Freixedas et al (2000) Etapas 6 e 7 Identificação das causas prováveis dos impactos e das estratégias de manejo Uma vez localizados os impactos indesejados em cada um dos locais de uso público, devem-se diagnosticar suas possíveis causas. Estas informações são primordiais para se estabelecer estratégias de manejo para todas as situações encontradas, conforme Quadro a seguir. 29

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