LOGÍSTICA REVERSA: UM ESTUDO DE CASO EM INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA. André Kenreo Goto UNINOVE

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1 LOGÍSTICA REVERSA: UM ESTUDO DE CASO EM INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA André Kenreo Goto UNINOVE Eduardo Koiti Koga UNINOVE Raquel da Silva Pereira UNINOVE Resumo Este artigo aborda a logística reversa no processo de remanufatura de peças do setor automotivo, reduzindo os impactos ambientais que ocorreriam com o descarte sem cuidado. Sob o ponto de vista econômico há benefícios diretos auferidos com a reutilização de componentes, além de ganhos indiretos, advindos da percepção dos consumidores em reconhecer a empresa como ambientalmente consciente. A estratégia de pesquisa adotada foi o estudo de caso na divisão de remanufatura da empresa ZF Sachs, abordando as dificuldades enfrentadas no processo de reaproveitamento de componentes para a confecção de produtos remanufaturados. 1. Introdução As ações antrópicas de exploração e do uso desordenado de recursos naturais têm afetado drasticamente o meio ambiente. Dentro desta realidade, muitas empresas têm empreendido esforços para a redução dos impactos ambientais gerados por seus processos e produtos. A logística reversa atua através da política de deposição dos materiais e produtos no seu pós-uso, para não serem descartados de forma indesejável e desordenada na natureza (LACERDA, 2002). Objetiva a redução de resíduos na fonte, a reciclagem, a substituição, a reutilização de materiais, reforma e remanufatura, sempre com a visão da cadeia, desde o ponto de consumo até o ponto de origem. A prática de remanufatura é antiga, tendo sido criada com a existência da manufatura, pois quando ocorriam imperfeições no processo primário de manufatura, surgiam as necessidades de retrabalhos. Antigamente não ocorria outra forma específica de reaproveitar o produto, durante o seu processo normal de produção e sim num produto que já havia sido utilizado anteriormente (pós-consumo), dando uma sobre-vida, por meio do processo de remanufatura. Atualmente, há uma crescente preocupação com a preservação dos recursos ambientais e com a busca de certificações. São encontrados diversos estudos e teorias que tratam de produtividade, logística empresarial e qualidade na produção baseada em matérias-primas

2 primárias ou virgens, mas ainda há pouca literatura que trate a respeito do processo produtivo de remanufatura. No planejamento tradicional, os produtos possuem uma lista técnica contendo a estrutura de componentes e a ficha de processos de fabricação. Com base nessas informações, conforme Correa, Gianesi e Caon (1999), juntamente com uma previsão de vendas mensais, por meio da utilização de um sistema informatizado Enterprise Resource Planning - ERP é confrontada a posição dos estoques de produtos acabados e de componentes, recursos fabris, humanos e financeiros, onde é verificada a necessidade de materiais e de recursos para o cumprimento da previsão de vendas. Após análise criteriosa são efetuados os ajustes necessários em função dos recursos disponíveis, sendo então elaborado um plano de produção. No caso de remanufatura, opera-se em cenário de muitas incertezas. A começar pelas previsões de vendas que, assim como na produção tradicional, dificilmente consegue-se vender exatamente o que é previsto inicialmente. Além disso, para iniciar a execução do plano de produção na remanufatura, é necessário captar produtos no mercado de venda de sucatas, onde se buscam produtos que já tenham chegado ao final do ciclo de vida, pois estes seriam as principais matérias-primas de novo processo produtivo. O objetivo geral deste trabalho é investigar e avaliar as principais dificuldades encontradas na estruturação, planejamento e programação da produção de uma divisão de remanufatura que utiliza os mesmos recursos humanos e sistemas informatizados disponíveis na organização para as demais divisões do grupo e ainda verificar a importância da logística reversa contribui no processo de remanufatura. Os objetivos específicos são: fazer uma revisão bibliográfica sobre logística reversa e pesquisar sobre a aplicação do processo de logística reversa no setor automobilístico, por meio de um estudo de caso na ZF Sachs. A escolha do tema se justificativa pela importância da análise para que se possa identificar até que ponto a relação meio ambiente e desenvolvimento são conflitantes. Trata-se de uma relação sinérgica, em que se destaca a possibilidade de desenvolvimento econômico sustentável, com a redução do impacto sobre o meio ambiente, por meio da utilização da logística reversa e de processos de recuperação dos materiais utilizados, com a remanufatura. O problema a ser investigado refere-se à análise de pontos fortes e frágeis encontrados na utilização da logística reversa. 2. Metodologia Dentre os procedimentos qualitativos adotados, destacam-se a observação participante, a análise de documentos internos da empresa objeto de estudo de caso e portal intranet, bem como a pesquisa bibliográfica para embasamento conceitual em livros e artigos acadêmicos sobre o tema. Todos estes elementos constituíram subsídios para a confecção de um roteiro semi-estruturado de perguntas, que serviu para a realização de entrevistas com colaboradores da empresa, envolvidos com o trabalho de logística reversa, corroborando com as idéias de Yin (2005), que recomenda a utilização de várias fontes de evidência, de forma a desenvolver linhas convergentes de investigação, obedecendo a um estilo sinérgico de pesquisa. Segundo Yin (2005, p.20): o estudo de caso permite uma investigação para aprender as características significantes e holísticas de eventos da vida real tais como, ciclos de vida individuais, processos organizacionais e administrativos, mudanças de vizinhanças, relações internacionais e a maturação de setores.

3 São abordados os aspectos de competitividade empresarial, aliada às questões ambientais tais como: produção mais limpa, logística reversa, ciclo de vida do produto, e sistema de gestão ambiental. O método de estudo de caso objetiva a obtenção de conhecimento aprofundado de uma realidade delimitada (TRIVINÕS, 1990). Realizou-se uma pesquisa para identificar aspectos relativos ao processo de remanufatura da empresa, sediada em São Bernardo do Campo SP, por meio de entrevistas semi-estruturadas, direcionadas aos coordenadores de produção da divisão de remanufaturados, objetivando levantar aspectos relevantes da empresa e do segmento. Conforme Yin (2005), a maior limitação do método de estudo de caso, é que esse método não permite generalização para a população, da qual foi extraída a amostra para pesquisa. Embora o estudo tenha sido realizado com profundidade adequada, ainda se mostra em pequeno número e o seu objetivo de uso é a replicação, e não a generalização. O referido autor ainda afirma que essa limitação é comum a outros métodos de pesquisa. 3. Referencial Teórico Grisi et al (2003) apontam vários autores que têm buscado caracterizar a logística reversa e sua abrangência nas empresas: Murphy e Poist (1989) apud Grisi et al (2003), em uma abordagem funcional, definem a logística reversa como sendo a movimentação de produtos do consumidor em direção ao produtor, na cadeia de distribuição. Stock (2001) apud Grisi et al (2003), amplia essa definição afirmando que o termo faz referência ao papel da logística no retorno dos produtos oriundos de devolução, redução de materiais/energia, reciclagem, substituição, reutilização de materiais, tratamento de resíduos, conserto ou remanufatura, sob a ótica de engenharia. A logística reversa é um modelo de negócio sistêmico que aplica os melhores métodos de engenharia e administração logística na empresa, de forma a resultar em lucro o ciclo do supply chain. No âmbito da gestão das operações da empresa, Rogers e Tibben-Lembke (1999) apud Grisi et al (2003) definem a logística reversa como um processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de matérias-primas, estoque em processo e produtos acabados, incluindo todo o fluxo de informação, do ponto de consumo ao ponto de origem, objetivando a recuperação de valores ou um descarte adequado. Para a Reverse Logistics Executive Councill (2003) apud Grisi et al (2003), a definição de logística reversa é similar a de Rogers e Tibben-Lembke (1999), considerado o processo de movimentação de produtos da sua destinação final para um ponto diverso, objetivando capturar valor ou enviá-lo para destinação segura. As atividades da logística reversa incluem processar a mercadoria retornada por razões como dano, sazonalidade, reposição, recall ou excesso de inventário; reciclar materiais de embalagem e re-usar containers; recondicionar, remanufaturar e reformar produtos; dar disposição a equipamentos obsoletos; elaborar programa para materiais perigosos e ainda recuperação de ativos. Para Dornier (2000) apud Grisi et al (2003), a logística reversa implica num processo de integração funcional, melhorando a gestão dos fluxos de materiais e informações. As responsabilidades da gestão das operações e logística atuam na coordenação dos fluxos físicos relacionados à produção, distribuição ou serviços pós-vendas e se

4 expandem englobando funções adicionais, como pesquisa, desenvolvimento e marketing no projeto e gestão dos fluxos. Ao se mencionar logística reversa, não se pode deixar de citar a preocupação com o meio-ambiente, uma vez que se trata de um dos principais fatores que a motivam, conforme as próprias definições apresentadas evidenciam. Assim, para Lacerda (2002), a questão ambiental vem ganhando importância crescente desde a década de 70, quando os consumidores desenvolveram maior consciência ambiental, e naturalmente passaram a cobrar postura similar das indústrias de bens de consumo ou serviços. A relevância do tema foi se acentuando no início da década de 80, mas somente a partir da década de 90 é que sua influência se mostrou mais intensamente, com a crescente preocupação sobre os impactos ambientais causados por materiais e produtos, que no seu pós-uso são depositados de forma inadequada e indesejável na natureza. Outro motivo é a compressão crescente nas margens de rentabilidade acarretada pela internacionalização da economia, o que levou muitas empresas a buscarem oportunidades em focos não explorados por meio de operações inovadoras e mais competitivas. Neste aspecto, a logística reversa atua como diferencial, com a crença dos varejistas, de que os clientes valorizam as empresas que possuem políticas de retorno de produtos, e que essa é uma tendência que se reforça pela existência de legislação de defesa do consumidor, garantindo-lhes o direito de devolução ou troca. Existem, entretanto, alguns fatores modificadores da logística reversa, que são aqueles que influenciam diretamente nas ações implementadas pelas empresas (LEITE, 2000). A figura 1 busca relacionar esses elementos nos fluxos de distribuição reversa. Fatores Modificadores Ecológicos e Governamentais Condições Essenciais Tecnológica, Logística e Mercado Condições do Fluxo de Materiais Custos, Ofertas e Qualidade Pós-consumo e Pós-venda Reciclagem/Reutilização Retorno ao Mercado Figura 1: Canais de Distribuição reversos e os fatores modificadores. Fonte: adaptado de Leite (2000). Leite (2000), afirma que há dois pontos modificadores básicos da logística reversa: o primeiro, de origem ecológica, com manifestações dos mais diversos setores da sociedade ONGs, associações, cidadãos, consumidores) e o segundo, de origem governamental, que se apresenta nas mais diferentes formas (normas, legislação, incentivos fiscais ou outros

5 benefícios). Estes fatores influenciam algumas condições do fluxo dos materiais, alterando a forma como os produtos retornam ao mercado. A logística reversa preocupa-se também com os retornos quando de uma não conformidade ou mesmo de um defeito, além da destinação do produto: se para uma reciclagem ou para descarte em local apropriado como, por exemplo, um aterro. 3.1 Logística Reversa: Motivos e Causas De acordo com o Lacerda (2002), o escopo e a escala das atividades de reciclagem e reaproveitamento de produtos e embalagens tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. Algumas das causas para isto são discutidas abaixo: Questões ambientais. A legislação ambiental tende a caminhar no sentido de tornar as empresas cada vez mais responsáveis por todo o ciclo de vida de seus produtos, inclusive pelo seu destino após a entrega dos produtos aos clientes e pelo impacto que estes produzem no meio ambiente. Um segundo aspecto relaciona-se ao aumento de consciência ecológica dos consumidores, que esperam que as empresas reduzam os impactos negativos de sua atividade no meio ambiente, gerando ações por parte de algumas empresas que visam transmitir ao público uma imagem institucional "ecologicamente correta". Concorrência - diferenciação por serviço. Os varejistas acreditam que os clientes valorizam as empresas que possuem políticas de retorno de produtos. Esta é uma vantagem percebida quando os fornecedores ou varejistas assumem os riscos pela existência de produtos danificados. Isto envolve uma estrutura para recebimento, classificação e expedição de produtos retornados. Esta é uma tendência que se reforça pela legislação de defesa dos consumidores, que lhes garante o direito de devolução ou troca. Redução de Custo. As iniciativas relacionadas à logística reversa têm trazido consideráveis retornos financeiros para as empresas, seja na economia com a utilização de embalagens retornáveis ou com o reaproveitamento de materiais para produção. Estes ganhos têm estimulado cada vez mais novas iniciativas. Desta forma, considera-se que os esforços em desenvolvimento e melhorias nesses processos apresentam potencial de obtenção de retornos interessantes, que justificam os investimentos realizados. De acordo com o grupo RevLog (2005), um grupo de trabalho internacional para o estudo da logística reversa, envolvendo pesquisadores de várias universidades em todo o mundo, as principais razões que levam as empresas a atuarem mais fortemente na logística reversa são: legislação ambiental, que força as empresas a retornarem seus produtos à origem e cuidar do tratamento necessário; benefícios econômicos do uso de produtos que retornam ao processo de produção, ao invés dos altos custos do correto descarte do lixo; e a crescente conscientização ambiental dos consumidores (DAHER; SILVA; FONSECA, 2003). Além destas razões, Rogers e Tibben-Lembke (1999) apud Grisi et al (2003) também apontam motivos estratégicos, tais como: razões competitivas diferenciação por serviço; limpeza do canal de distribuição; proteção de margem de lucro e; recaptura de valor e recuperação de ativos. Estes fatores são citados como direcionadores: de origem legal, que impõe o tratamento adequado dos materiais descartados; de origem econômica, que se referem à rentabilidade que a logística reversa proporciona; de defesa da imagem corporativa ou

6 ecológica, que reflete a importância da atividade perante a percepção dos consumidores com consciência ecológico-ambiental; e aos relacionados à competitividade porque a empresa encara os reparos, retornos e processos de remanufatura como um diferencial de competitividade (CARDOSO e ASSI, 2005). Geralmente o planejamento logístico prioriza apenas o estudo do fluxo de produtos no sentido empresa-cliente, contudo Bowersox (1986) apud Daher et al (2003) colocam a importância de também se olhar o fluxo reverso quando se considera a logística reversa de pós-venda e pós-consumo, que por diferentes motivos retornam aos diferentes elos da cadeia de distribuição direta. Essa importância deve-se ao fato que a logística reversa surge desses dois grandes eixos representados pelo pós-venda e pós-consumo (CARDOSO e ASSI, 2005). Dentre os motivos citados, consideram-se: os recalls efetuados pela própria empresa; o vencimento de produtos; a responsabilidade pelo correto descarte de produtos perigosos após seu uso; produtos defeituosos e devolvidos para troca; desistência da compra por parte do cliente; e imposição da legislação. Tradicionalmente, a logística apresentava como foco uma direção única, considerando o processo de movimentação de produtos na sua cadeia de sua origem até o destino final, desconsiderando o tratamento de resíduos gerados, tais como a movimentação; a reutilização; e a reciclagem. O resultado era um acúmulo de milhões de toneladas de resíduos, sem uma devida destinação. Visando reduzir esse impacto negativo, de modo especial das embalagens, a Comunidade Européia adotou a Diretiva 94/62, para resíduos sólidos, visando harmonizar as normas dos países membros. Outra finalidade foi de caráter comercial, viabilizando o livre comércio na União Européia. Uma hierarquia de medidas foi estabelecida compreendendo os seguintes pontos: reduzir os resíduos na origem dos mesmos; utilizar materiais recicláveis; reutilizar os materiais, maximizando o nível de rotação; implementar sistemas de recuperação e reciclar continuamente os materiais. Desta forma, ocorreu uma ampliação da atuação da logística, que passou a controlar atividades ocorridas após a entrega do produto ao cliente, passando a gerir também os fluxos reversos (SLIJKHUIS, 2000 apud MAIA, 2001). Isto leva a definir a logística reversa como a parte da logística que objetiva relacionar tópicos como: redução; conservação da fonte; reciclagem; substituição; e descarte às atividades logísticas tradicionais de compras, como suprimentos, tráfego, transporte, armazenagem, estocagem e embalagem (LAMBERT, 1998 apud MAIA, 2001). Atualmente, existe uma tendência mundial em utilizar embalagens retornáveis, reutilizáveis ou de múltiplas viagens, tendo em vista o aumento da quantidade de resíduos a cada ano, causando impacto negativo ao meio ambiente (LIVA; PONTELO; OLIVEIRA, 2003). A fim de reduzir o receio do consumidor, muitas empresas varejistas estabeleceram garantias superiores às do varejo tradicional, consentindo devoluções de qualquer produto, em quaisquer circunstâncias (PYKE; DESMOND, 2000 apud FUCHS, 2002). Para Harrington (2000) apud Fuchs (2002), uma questão que já vem tomando grandes proporções é a devolução dos produtos comprados através do comércio eletrônico, fato este que tem ocorrido em taxas superiores às observadas nas compras por catálogo. A questão não se relaciona ao fato da empresa efetuar a troca ou não, mas sim à forma como isto vem acontecendo. De acordo com Bayles (2001) apud Fuchs (2002), ainda não foi encontrada uma solução definitiva para este problema. Atualmente, existem apenas algumas alternativas em uso, como a devolução direta; a coleta domiciliar; o centro de devoluções; e a devolução em

7 rede já existente, implicando em elevados custos para as operações realizadas no comércio virtual, que não evoluiu muito desde o início das atividades do comércio eletrônico no país. 3.2 O conceito de ciclo de vida O conceito de ciclo de vida é mais amplo que o de logística reversa (LACERDA, 2002). Sob o ponto de vista logístico, a vida de um produto não termina com sua entrega ao cliente. Produtos que se tornam obsoletos, danificados, ou que não funcionam, devem retornar ao seu ponto de origem para serem adequadamente descartados, reparados ou reaproveitados. Do ponto de vista financeiro, fica evidente que além dos custos de compra de matériaprima, de produção, de armazenagem e estocagem, o ciclo de vida de um produto inclui também outros custos, relacionados a todo o gerenciamento do seu fluxo reverso. Do ponto de vista ambiental, esta é uma forma de avaliar qual o impacto de um produto sobre o meio ambiente, durante toda a sua vida. Esta abordagem sistêmica é fundamental para planejar a utilização dos recursos logísticos de forma a contemplar todas as etapas do ciclo de vida dos produtos. A figura 2 mostra uma representação esquemática dos processos logísticos direto (tradicional) e reverso. Materiais Novos Processo Logístico Direto Suprimento Produção Distribuição Materiais Reaproveitados Processo Logístico Reverso Figura 2: Representação Esquemática dos Processos Logísticos Direto e Reverso Fonte: Lacerda (2002) Neste contexto, podemos então definir logística reversa como sendo o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de matérias-primas e estoque de produtos em processo de reutilização e remanufaturados acabados, do ponto de consumo até o ponto de origem, objetivando recapturar valor ou realizar um descarte adequado.

8 O processo de logística reversa gera materiais reaproveitados que retornam ao processo tradicional de suprimento, produção e distribuição, conforme indicado na figura apresentada. Este processo é geralmente composto por um conjunto de atividades que uma empresa realiza para coletar, separar, embalar e expedir itens usados, danificados ou obsoletos, dos pontos de consumo até os locais de re-processamento, revenda ou de descarte. Existem variantes com relação ao tipo de reprocessamento que os materiais podem ter, dependendo das condições em que estes entram no sistema de logística reversa, conforme verificado na figura 3. Retornar ao Fornecedor Materiais Secundários Revender Recondicionar Expedir Embalar Coletar Reciclar Descarte Processo Logístico Reverso Figura 3: Atividades Típicas do Processo Logístico Reverso Fonte: Rogers, D. S.; Tibben-Lembke, R. S. (1998) Os materiais podem retornar ao fornecedor quando existirem acordos neste sentido; serem revendidos, se ainda estiverem em condições adequadas de comercialização; serem recondicionados, desde que haja justificativa econômica; serem reciclados, se não houver possibilidade de recuperação. Todas estas alternativas geram materiais reaproveitados, que novamente entram no sistema logístico direto. Quando não são reaproveitados, o destino deve ser o descarte final adequado. 3.3 Fatores críticos que influenciam a eficiência do processo de logística reversa Lacerda (2002) afirma que a obtenção de maior ou menor grau de eficiência a ser alcançado depende de como o processo de logística reversa é planejado e controlado. Segundo o autor, os fatores identificados como sendo críticos e que contribuem para o desempenho do sistema de logística reversa são: Bons controles de entrada. Inicialmente é preciso identificar corretamente o estado dos materiais que retornam, para que estes possam seguir o fluxo reverso correto ou mesmo impedir que materiais que não deveriam entrar no fluxo o façam. Sistemas de

9 logística reversa que não possuem bons controles de entrada dificultam todo o processo subseqüente, gerando trabalhos adicionais nestas etapas. Pode também se constituir em fonte de atritos entre fornecedores e clientes, quando não estão transparentes os motivos que geraram o retorno. Treinamento de pessoal é questão chave para obtenção de bons controles de entrada. Processos padronizados e mapeados. Um das maiores dificuldades na logística reversa é que ela é tratada como um processo esporádico, contingêncial e não como um processo regular. Ter processos corretamente mapeados e procedimentos formalizados é condição fundamental para se obter controle e conseguir melhorias. Tempo de ciclo reduzidos. Tempo de ciclo se refere ao tempo entre a identificação da necessidade de reciclagem, disposição ou retorno de produtos e seu efetivo processamento. Tempos de ciclos longos adicionam custos desnecessários, pois atrasam a geração de caixa (pela venda de sucata, por exemplo) e causam necessidades de ocupação de espaço para a armazenagem, dentre outros aspectos. Fatores que levam a altos tempos de ciclo são controles de entradas ineficientes; falta de estrutura (equipamentos e pessoas) e falta de procedimentos claros para tratar as exceções. Sistemas de informação. A capacidade de rastreamento de retornos, medição dos tempos de ciclo, medição do desempenho de fornecedores (avarias nos produtos, por exemplo) permitem obter informações cruciais para negociação, melhoria de desempenho e identificação de abusos dos consumidores no procedimento de retorno de produtos. Construir ou mesmo adquirir estes sistemas de informação é um grande desafio, pois praticamente inexistem no mercado sistemas capazes de lidar com os níveis de variação e flexibilidade exigidos pelo processo de logística reversa. Rede Logística Planejada. Da mesma forma que no processo logístico direto, a implementação de processos logísticos reversos requer a definição de uma infraestrutura adequada para lidar com os fluxos de entrada de materiais usados e fluxos de saída de materiais reprocessados. Instalações de processamento e armazenagem e sistemas de transporte devem ser desenvolvidos para ligar, de forma eficiente, os pontos de consumo onde os materiais usados devem ser coletados, até as instalações onde serão utilizados no futuro. Questões de escala de movimentação e até mesmo falta de correto planejamento podem fazer com que as mesmas instalações usadas no fluxo direto sejam utilizados no fluxo reverso, o que nem sempre é a melhor opção. Instalações centralizadas dedicadas ao recebimento, separação, armazenagem, processamento, embalagem e expedição de materiais retornados são uma solução viável, desde que haja escala suficiente. Relações colaborativas entre clientes e fornecedores. No contexto dos fluxos reversos existentes entre varejistas e indústrias, onde ocorrem devoluções motivadas por produtos danificados, surgem questões relacionadas ao nível de confiança entre as partes envolvidas. São comuns conflitos relacionados à interpretação sobre de quem é a responsabilidade quando há produtos danificados. Os varejistas tendem a considerar que os danos são causados por problemas no transporte ou mesmo por defeitos de fabricação. Por outro lado, os fornecedores podem suspeitar que esteja havendo abuso por parte do varejista ou que o fato é conseqüência de um inadequado planejamento. Em situações extremas, isto pode gerar disfunções como a recusa em aceitar devoluções, atrasos para creditar as devoluções e adoção de medidas de controle dispendiosas.

10 Assim, fica evidente, que práticas mais avançadas de logística reversa só poderão ser implementadas se houver o desenvolvimento de relações colaborativas entre as organizações envolvidas na logística. 4. O Estudo de Caso As raízes da ZF Sachs originam-se no ano de 1895 com o estabelecimento de uma empresa industrial que produzia rolamentos e cubos para veículos automotivos, em Schweinfurt, na Alemanha, por Karl Fichtel e Ernst Sachs, que vislumbraram as oportunidades que esse segmento emergente ofereceria, devido aos avanços tecnológicos que estavam por vir nos anos seguintes. Por conta disso, em 1937, o lendário veículo Mercedes Silver rodava pela Europa com as embreagens e amortecedores produzidos pela empresa Sachs. Em 1987, o grupo Mannesmann assume a organização, como parceria importante resultante da busca por melhores soluções competitivas. Em novembro de 2001, o Grupo ZF Friedrichshafen, líder mundial no fornecimento de sistemas de transmissão e tecnologia de chassis, adquire o grupo e a empresa passou a chamar-se ZF Sachs. Atualmente a empresa está presente em 16 países, mantendo 21 unidades fabris, nas quais conta com mais de 10 mil funcionários (ZF SACHS, 2005). A empresa iniciou suas atividades no Brasil no ano de 1953, originando-se da fusão das empresas Amortex e Borg & Beck e tornando-se a primeira fornecedora de embreagens para as recém-chegadas empresas montadoras de veículos, a Ford e a Volkswagen. No presente, a ZF Sachs conta com unidades fabris em São Bernardo do Campo e Araraquara, ambas no estado de São Paulo e fornece seus produtos para as principais montadoras, como GM, Volkswagen, Ford entre outras, acumulando prêmios e certificações como a ISO 14000, QS 9000, TS, SA A unidade de São Bernardo do Campo detém o Centro de desenvolvimento de materiais de fricção (revestimentos de embreagem), que atua como centro mundial de referência para todo o grupo ZF Sachs. A unidade brasileira é uma das poucas do mundo com tal autonomia (ZF SACHS, 2005). Há diversos produtos, com determinadas aplicações, para os quais a empresa é responsável pelo abastecimento de grande parte do mercado, por meio de uma produção local ou via importações de outras plantas da empresa. Esses produtos, após sua utilização, são reaproveitados pela própria empresa com as atividades da divisão de produtos remanufaturados. O principal motivo apontado pela empresa para investir e atuar no mercado de produtos remanufaturados é a lucratividade do setor, o que vai ao encontro do conceito de aumento de rentabilidade de Rogers e Tibben-Lembke (1999) apud Grisi et al (2003). Outro motivo é o reconhecimento de uma demanda em constante crescimento, acompanhando o crescimento da frota de veículos usados do país (LACERDA, 2002). Atualmente a empresa recupera peças que originalmente são de sua fabricação, facilitado pelo domínio da tecnologia do produto e da manufatura, bem como por poder utilizar os mesmos equipamentos e ferramentas utilizadas na fabricação e montagem, adotando um modelo de negócio sistêmico para se fechar lucrativamente o ciclo do supply chain. Em geral a sucata, que é a principal matéria-prima na remanufatura, se constitui de peças que serão reaproveitadas parcialmente. Mesmo quando o índice de reaproveitamento é baixo, ainda se consegue alguma vantagem, uma vez que a sucata é constituída por materiais

11 nobres, com maior valor e por materiais mais comuns, que alcançam preços menores. Esse é um dos fatores que também contribuem na formação da lucratividade do processo de logística reversa, pois os componentes que não são reaproveitados no processo são adquiridos por valores que se baseiam nos materiais de menor valor. Um problema do segmento de produtos remanufaturados, apontado nas entrevistas realizadas, é a presença de concorrentes no mercado. Estes concorrentes são classificados em duas categorias bastante distintas: um pequeno número de grandes empresas, que produzem produtos remanufaturados de boa qualidade e preços competitivos, com estruturas de produção semelhantes à ZF Sachs e uma grande quantidade de empresas minúsculas que produzem produtos remanufaturados de qualidade duvidosa, a preços reduzidos. Aparentemente o problema concorrencial seria com as empresas de grande porte, que também produzem produtos remanufaturados de boa qualidade e com preços razoáveis, contudo, o que foi verificado é justamente o oposto, pois as pequenas empresas apresentam produtos remanufaturados sem um processo adequado de recuperação e aproveitamento das peças usadas. Os pequenos concorrentes contam com apenas alguns equipamentos, como lavadora, jateadora, furadeira, torno e prensa para a desmontagem e montagem dos componentes automotivos. Muitas destas empresas, simplesmente melhoram apenas a aparência do produto por meio de um processo de lavagem e apresentam o mesmo produto sem reposição de componentes novos, sem aplicar nenhum processo de remanufaturamento. Isto implica num problema, na medida em que há uma tendência dos consumidores associarem a má qualidade a todos os produtos remanufaturados, sem distinguirem qual a origem da peça remanufaturada que normalmente possuem as marcas originais estampadas no processo de fabricação, confundindo ainda mais o consumidor, fato esse que induziria o cliente a associar a marca original à má qualidade do produto. Outro fator que pode afetar este mercado é a situação de informalidade que leva muitas empresas a operarem com custo fixo inferior, efetuando práticas ilegais, como sonegação de impostos, que possibilitam diminuírem mais ainda seus preços de venda, afetando negativamente o preço praticado pelas empresas que trabalham de forma correta. Ocorre que a maior parte das atividades de logística reversa é feita de forma absolutamente precária, em função da existência de um alto índice de informalidade na atividade (CARDOSO e ASSI, 2005). Para combater o problema de preços reduzidos desses concorrentes, um diferencial competitivo apresentado pela empresa estudada é a garantia dos produtos remanufaturadas por ela. As sucatas com pouco desgaste requerem a aplicação de menos recursos de mão-deobra, equipamento, e de componentes a serem substituídos, ocasionando redução no custo de remanufatura e melhora na performance de aproveitamento de componentes no processo. Por esse motivo, a concorrência pelas sucatas de boa qualidade é muito elevada. Dessa forma, a empresa adota políticas visando estratégias que garantam o suprimento e uma maior captação de sucatas, subdividindo o mercado de produtos remanufaturados quanto à aquisição de sucatas e venda: mercado de frotistas: foram firmados convênios com as empresas que possuem frotas com grandes quantidades de veículos, que geralmente possuem oficinas próprias para a manutenção de seus veículos. Nesses casos, quando um produto chega ao final do ciclo de vida, o veículo é retirado da frota e, posteriormente, é solicitada a coleta dessa sucata para a remanufatura. Após a recuperação ocorre o retorno desta peça para a utilização nos

12 veículos da frota. Essa sistemática apresenta a vantagem de eliminar intermediários e possibilitar custos inferiores aos frotistas. Nesse processo todos ganham: segundo os entrevistados, a empresa ganha captando matéria-prima para remanufaturar e os consumidores ganham ao adquirir produtos de qualidade a um preço inferior, pois o preço de venda é baseado nos custos de mão-de-obra somados aos dos componentes trocados, acrescido da margem para a indústria; mercado de distribuidores: os distribuidores dos produtos da empresa recebem as sucatas como parte de pagamento das vendas e as encaminham como remessa de beneficiamento, para que posteriormente se efetue o remanufaturamento. Neste caso, o preço de venda representa um valor aproximado de 70% do preço de uma peça nova; mercado de reposição: o cliente compra a embreagem remanufaturada sem fornecer a sucata. Para atender a esse mercado, a empresa compra as sucatas no mercado ofertante. No processo de compra das sucatas, o fornecedor inicialmente encaminha o material até a empresa para uma análise do nível de desgaste e, após o laudo técnico, o fornecedor emite uma fatura, para que possa ser agregado ao estoque da empresa. Os níveis de desgaste dessas sucatas são classificados em sucatas de 1ª, 2ª ou de 3ª qualidade, e é feito um pagamento diferenciado para cada nível avaliado, de acordo com essa classificação. Os componentes dessas sucatas negociadas junto aos sucateiros servem também para abastecer o processo de remanufatura dos produtos destinados aos mercados anteriores, que desta forma deixam de adquirir componentes novos, reduzindo o consumo de matérias-primas primárias e de energia elétrica na produção, além de contribuir na redução do volume de materiais a serem descartados, tanto nos retalhos/cavacos provenientes do processo de fabricação dos componentes novos, quantos dos provenientes dos componentes do produto a ser remanufaturado. 4.1 Operacionalização Foi constatado que, depois de definida a entrada da matéria-prima básica, que é a sucata, o remanufaturamento inicia-se com o processo de desmontagem. Após a desmontagem, são segregados os componentes com condições de recuperação, dos que serão descartados em definitivo. Os materiais descartados, na maioria compostos de materiais ferrosos, são negociados juntos aos fornecedores de materiais fundidos, para reaproveitamento no seu processo produtivo. Os componentes a serem recuperados são destinados aos respectivos setores de remanufatura, onde passam por um processo de limpeza e jateamento. Posteriormente, é feito um controle visual do aspecto externo e dimensional para segregar os componentes que estão dentro dos limites possíveis de recuperação, sem descaracterizar sua funcionalidade. Somente então é que esses componentes selecionados são disponibilizados à montagem final. No processo de remanufatura, ocorre a substituição obrigatória de determinados componentes por materiais novos, critério determinado pela prática adquirida ao longo do tempo. Essa prática visa oferecer aos clientes a mesma qualidade de um produto fabricado com todos os componentes novos. Na montagem, os componentes recuperados são complementados com alguns novos, em substituição àqueles que foram descartados e montados conforme a carteira de pedidos dos clientes, sendo encaminhados à expedição para serem faturadas. Outro problema apontado no processo de remanufatura é a dificuldade que a falta de padronização nas especificações dos componentes apresenta, afirma Lacerda (2002). Cada

13 peça desmontada tem componentes com diferentes tamanhos, estados de conservação e desgaste variáveis, que pode inclusive, já ter passado por algum processo de reaproveitamento, ou seja, não existe uma padronização, cada peça ou componente tem um caminho diferente no processo de recuperação, em decorrência das diferenças apresentadas. O processo operacional de remanufatura é representado na figura 4, elaborada, de acordo com o observado na empresa estudada. Matéria Prima originada da sucata Componentes novos em substituição aos descartados Processo de desmontagem Sim Sim Material aproveitável Processo limpeza/jateamento Limites recuperação Processo de montagem produto remanufaturado Não Não Produto a Reciclar Figura 4: Representação do processo operacional de remanufatura. Produto remanufaturado O fluxo apresentado nessa figura é aparentemente bastante simples, porém, a operacionalização dos processos é complexa, haja vista a variedade de materiais constantes da sucata e o grau de desgaste dos mesmos, que apresenta grande variabilidade de um para o outro. A previsão de vendas é tratada como no modelo tradicional, utilizando-se de médias de vendas passadas, tendências do mercado, promoções e outros. Conforme apontam Lacerda (2002) e Cardoso e Assi (2005), dentre os fatores críticos que influenciam a eficiência da logística reversa, estão a falta de padronização e mapeamento dos processos, com a utilização do sistema integrado SAP, voltado ao modelo tradicional de manufatura, que não contempla as particularidades que o processo de remanufatura exige, necessitando assim de uma ferramenta mais adequada para o controle físico do chão de fábrica. Pode-se utilizar um sistema Materials Requirement Planning MRP que permite calcular quantidades e tipos de materiais necessários a cada momento do processo (SLACK, 2002). Devido às estruturas do produto, parte-se da premissa de uma porcentagem média de reaproveitamento de componentes da sucata, o sistema acaba gerando uma necessidade de materiais que, na maioria das vezes, não corresponde à real necessidade, pois baseia-se em estoques incorretos, uma vez que a baixa dos estoques de componentes é realizada pelo sistema backflashing, ou seja, a baixa ocorre conforme a estrutura do produto, cujo consumo físico nem sempre corresponde ao estruturado, na empresa estudada. 5. Considerações Finais A sucata (matéria-prima) utilizada na logística reversa da empresa estudada tem uma qualidade variável, podendo demandar menor ou maior volume de componentes a serem

14 remanufaturados ou substituídos, bem como de recursos de mão-de-obra, equipamentos, ferramental e componentes novos para a substituição dos descartados. Nesse cenário, há uma grande incerteza gerada pela falta de condições de padronização das matérias-primas e pelo uso de sistemas operacionais inadequados, adaptados originalmente dos processos de produção tradicionais e não de produtos remanufaturados, que podem ter como conseqüência alguns desvios. Dessa forma, como as listas das estruturas dos produtos e as fichas de processos estão cadastradas através de médias, operando com sistemas informatizados (SAP, ERP, MRP), dificilmente se atingirá uma boa acuracidade nos estoques, uma vez que o consumo dos materiais é variável em função do estado do lote de peças que está sendo processado, havendo uma variação dos recursos fabris em relação ao planejado. Um outro ponto a ser considerado refere-se à gestão da cadeia de suprimentos, que conforme Slack (2002) inclui a gestão de todo o ciclo, desde o fornecedor da matéria-prima bruta, no caso a sucata, até o consumidor final. Em particular, há uma forte relação entre o mercado de frotistas e o mercado de distribuidores que fornecem a matéria-prima para o remanufaturamento, uma vez que também são consumidores e adquirentes dos produtos. Esse inter-relacionamento é implementado por meio da aplicação de uma política de relacionamentos de longo prazo e parcerias. O grande desafio é como manter o negócio de remanufatura competitivo, face ao mercado e aos concorrentes, num ambiente cercado de incertezas, desde a previsão de vendas, passando pelo controle no chão de fábrica, chegando ao consumidor (LACERDA, 2002; CARDOSO e ASSI, 2005). Na empresa estudada, o negócio de remanufatura é uma divisão ligada a uma empresa multinacional, cujo negócio principal é a fabricação de produtos novos, e que possui uma marca consolidada no mercado mundial. Dessa forma, para manter a imagem de qualidade associada à empresa, foi estabelecido que os produtos remanufaturados devem ter o mesmo nível de qualidade apresentado por um produto novo. No caso do setor como um todo, a grande ameaça para a empresa não é pela compressão crescente nas margens de rentabilidade e pela concorrência por preços reduzidos. Identificou-se um possível desgaste que possa ocorrer por uma generalização da imagem do produto remanufaturado de baixa qualidade e com preços inferiores, fornecidos por microempresas. A pesquisa realizada leva ao entendimento de que há, na empresa estudada, pontos fortes e pontos fracos no trabalho de logística reversa, entretanto, dada a importância da atividade para o desenvolvimento econômico sustentável e a possibilidade de gerar receitas, é viável. Sugere-se a comparação deste estudo em indústria automobilística com estudos em outros tipos de indústrias. Referências Bibliográficas BAYLES D. L., D. L., E-Commerce logistics & fulfillment, Prentice Hall PTR, Inc., Upper Saddle River In FUCHS, A. G. P. Evolução das práticas logísticas do comércio eletrônico B2C brasileiro: um estudo de caso. Dissertação de Mestrado da COPPEAD/UFRJ. Rio de Janeiro: BOWERSOX, D. J.; Logistical Management a system integration of physical distribution, manufacturing support and materials procurement. New York: MacMillan, In DAHER, C. E.; SILVA, E. P. S.; FONSECA, A. P. Logística reversa: oportunidade para redução de

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