COMPARAÇÃO DA INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CANCRO NOS MUNICÍPIOS DO PORTO E SÃO PAULO. Flávia João Sousa Lopes Alves da Costa

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1 Mestrado Integrado em Medicina Ano Letivo 2013/2014 Artigo de Investigação Médica COMPARAÇÃO DA INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CANCRO NOS MUNICÍPIOS DO PORTO E SÃO PAULO Flávia João Sousa Lopes Alves da Costa Orientadora: Professora Doutora Corália Maria Fortuna de Brito Vicente Coorientador: Professor Doutor Paulo César Koch Nogueira Porto, 2014

2 Mestrado Integrado em Medicina Ano Letivo 2013/2014 Artigo de Investigação Médica COMPARAÇÃO DA INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CANCRO NOS MUNICÍPIOS DO PORTO E SÃO PAULO Flávia João Sousa Lopes Alves da Costa Aluna do Mestrado Integrado em Medicina 6º ano profissionalizante Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar Universidade do Porto Rua de Jorge Viterbo Ferreira nº 228, Porto, PORTUGAL Corália Maria Fortuna de Brito Vicente Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar Universidade do Porto Rua de Jorge Viterbo Ferreira nº 228, Porto, PORTUGAL Professor Doutor Paulo César Koch Nogueira Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de São Paulo Rua Botucatu, 740, Vila Clementino, São Paulo CEP:

3 Resumo Introdução: A incidência e mortalidade por cancro, apresenta variações, consoante as populações mundiais em estudo. As diferenças são notórias aquando da comparação entre um país desenvolvido e um país em desenvolvimento, pela existência de fatores socioeconómicos distintos. Neste estudo, apresentam- se as taxas de mortalidade e incidência por neoplasias malignas para dois municípios de dois países diferentes: Porto, Portugal e São Paulo, Brasil. Objetivo: Comparar as taxas de incidência e mortalidade por cancro entre Porto e São Paulo e relacionar as variações com os fatores socioeconómicos. Métodos: Colheita de informações de incidência e mortalidade para todas as neoplasias, (exceto neoplasias de pele não melenoma) e para as 5 neoplasias malignas mais frequentes em ambos os sexos (estômago, pulmão, colorretal, mama e próstata) a partir de bases de dados públicas para os dois municípios no período compreendido entre 2008 e O significado estatístico das diferenças observadas nas duas populações foi avaliado através da determinação do intervalo de confiança de 95% para as taxas de incidência e mortalidade padronizadas pela idade segundo a população mundial. Os fatores socioeconómicos para efeitos comparativos são a esperança de vida à nascença e os gastos em saúde de cada uma das cidades. Resultados: Diferenças estatísticamente significativas da incidência e mortalidade por neoplasias foram observadas entre as duas cidades. Palavras-Chave: Cancro; Incidência; Mortalidade; Epidemiologia; Porto; São Paulo. 3

4 Abstract: Introduction: Incidence and mortality by cancer, varies according to the world populations in study. Notorious differences are recognized through comparisons between developed and developing countries, due to different socioeconomic factors. This study presents the incidence and mortality rates for malignant neoplasms in two cities, in two different countries: Porto, Portugal and São Paulo, Brazil. Aim: To compare the differences in mortality and incidence rates by cancer between Porto and São Paulo and relate them to socioeconomic factors. Methods: Gathering of information about the incidence and mortality rates to all neoplasms, (except non- melanoma skin cancer) considering the five most frequent malignant neoplasms in both sexes (stomach, lung, colorectal, breast and prostate) from public data basis of both cities, from 2008 to The statistical significance of observed differences of the age- adjusted (according to world population) incidence and mortality rates of the two cities was evaluated with a 95% confidence interval. The socioeconomic factors researched are life expectancy at birth, and expenditures on health in each city. Results: Significant differences between the two cities were observed for all cancers studied. Keywords: Cancer; Incidence; Mortality; Epidemiology; Porto; São Paulo. 4

5 Abreviaturas: CID- Classificação Internacional de Doenças. DATASUS - Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. EP- Erro Padrão. IARC- Agência Internacional para Pesquisa sobre Cancro. IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IC 95%- Intervalo de confiança de 95%. IDH- Índice de Desenvolvimento Humano. INE- Instituto Nacional de Estatística LIC- Limite Inferior de Confiança. LSC- Limite Superior de Confiança. N- Número de eventos. OMS- Organização Mundial de Saúde. ONU- Organização das Nações Unidas. Pi- Proporção por Estrato Específico da População Padrão. PIB- Produto Interno Bruto. 5

6 PPC Paridade do Poder de Compra PPM- População Padrão Mundial. RCBP- Registro de Cancer de Base Populacional. RORENO- Registo Oncológico Regional do Norte. SIM- Sistema de Informação sobre Mortalidade. SNS Serviço Nacional de Saúde SUS- Sistema Único de Saúde. T(a)- Taxa ajustada á idade. TI (a)- Taxa de Incidência ajustada á idade. Ti- Taxa de Incidência. TI(b)- Taxa de Incidência Bruta. TM(a)- Taxa de Mortalidade ajustada á idade. TM(b)- Taxa de Mortalidade Bruta. UN- Nações Unidas. 6

7 Introdução: A doença oncológica sobressai entre as principais preocupações da Saúde Mundial. As estimativas (1) mais recentes de incidência, mortalidade e prevalência de 28 tipos de cancro em 184 países, apresentadas pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Cancro (IARC), apuraram no ano de 2012 um total de 14,1 milhões de novos casos de cancro e 8,2 milhões de mortes associadas a esta patologia. Comparando com o ano de 2008 (2), regista- se um aumento de 11% e 8% respetivamente, evidenciando uma tendência de crescente impacto a nível mundial. Com base no envelhecimento da população, prevê- se para a próxima década um aumento de 13,7% para a União Europeia e de 12,6% para Portugal de novos casos de cancro (1). A importância da realização de estudos epidemiológicos comparativos e precisos sobre o ónus da doença neoplásica maligna é irrefutável para a pesquisa de causas, prevenção, tratamento, avaliação dos programas de controle de cancro desenvolvidos e planeamento de novas estratégias a implementar. Vários estudos comprovam a existência de uma relação entre a incidência e mortalidade por cancro e variáveis macroeconómicas, como o nível de riqueza do país e, consequentemente, o capital investido em saúde pública (3-6). Os gastos em saúde de cada país estão intrinsecamente dependentes da sua riqueza, variando consoante os fatores sociais e a estrutura organizacional do sistema nacional de saúde (7). O presente estudo efetua uma comparação entre Brasil e Portugal, incidindo no Município de São Paulo e no distrito do Porto respetivamente. 7

8 Procura estabelecer uma relação entre fatores socioeconómicos - Esperança de vida à nascença e Investimentos em saúde - e as taxas de incidência e mortalidade por neoplasia maligna. A ONU, tendo como referência o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), classifica Portugal como país desenvolvido e o Brasil como país em desenvolvimento. A maioria das fatalidades por cancro (56,8%) no ano de 2012, foram registadas em países em desenvolvimento, proporção que tende a aumentar até 2025 (1). A doença oncológica representa a segunda principal causa de morte no Porto após as doenças cardiovasculares e a terceira em São Paulo - antecedida pelas doenças circulatórias e causas externas. Além da incidência e mortalidade geral por neoplasias malignas, são avaliadas as taxas específicas das cinco neoplasias mais frequentes nestas sociedades: estômago, brônquios e pulmão, colorretal, mama e próstata. Os estudos serão realizados de acordo com os dados referentes à população em geral, ao sexo masculino e feminino. Na literatura científica não há registo de estudos comparativos entre as duas cidades tendo como variáveis as taxas de incidência e mortalidade e os fatores socioeconómicos da doença oncológica, pelo que esta análise de dados se reverte de particular interesse pelas conclusões nela implícitas. 8

9 Materiais e Métodos: Para a execução deste estudo, foram pesquisadas informações de diversas fontes para o cálculo de taxas de incidência e mortalidade por cancro nestes dois municípios. Para tal, foi necessário estabelecer um intervalo temporal para a inclusão da informação, dado que não existiam informações de todas as variáveis para um ano específico. Determinou- se o período entre 2008 e 2012 para a colheita de dados, dando prioridade aos dados publicados mais recentemente. Para a análise, foram utilizados os seguintes indicadores: população residente por local de residência, sexo e grupo etário; população padrão mundial; taxa bruta de mortalidade por neoplasia maligna; taxa padronizada de mortalidade por neoplasia maligna; taxa de incidência por neoplasia maligna; taxa de incidência por neoplasia maligna. Fontes de Informação: Incidência e Mortalidade: Os valores de incidência de neoplasia maligna no Porto foram obtidos através do Registo Oncológico Regional do Norte (RORENO). O Roreno mantém uma base de dados de todos os casos de doença oncológica ocorridos na região Norte de Portugal, incluindo o município do Porto. Os dados publicados mais recentemente para a incidência de neoplasia maligna específicos para o município do Porto são prévios ao período estabelecido para este estudo, tendo sido utilizados os de 2008 referentes ao distrito do Porto. Os dados de incidência 9

10 do município de São Paulo, foram obtidos através do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) de São Paulo que colhe informação sobre os casos novos de cancro no município de São Paulo, possibilitando a obtenção da incidência de cancro no espaço territorial estudado. Os dados estão disponíveis por ano e sexo, tendo sido utilizados os referentes a Os dados de mortalidade para o Município do Porto foram obtidos através da informação estatística disponível na página de Internet do Instituto Nacional de Estatística (INE), que inclui as taxas anuais de mortalidade por tumores malignos por local de residência, sexo e grupo etário. O local de residência está apresentado de acordo com as Unidades Territoriais Estatísticas de Portugal, que divide o país em sub- regiões estatísticas, sendo os dados mais específicos referentes à região Norte do País que inclui o Grande Porto e outras 7 sub- regiões. Estes valores foram utilizados como representativos do município do Porto. Os valores de mortalidade específicos por neoplasia maligna no município de São Paulo estão disponíveis na página da Internet do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) - Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Os dados apresentam- se de acordo com local de residência, sexo e faixa etária. Para efeitos de comparação, utilizaram- se as taxas de mortalidade dos dois municípios do ano 2011, o ano comum mais recente para o qual os municípios apresentam dados. População: A população residente por sexo e faixa etária no Município do Porto foi obtida através dos valores definitivos dos estudos censitários de 2011, disponibilizados pelo INE. No município de São Paulo, os últimos estudos 10

11 censitários foram realizados em 2010, no entanto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibiliza anualmente estimativas da população por sexo e faixa etária. A População Padrão Mundial (PPM) utilizada foi a da OMS, que se baseia nas projeções da população mundial para o período entre o ano de 2000 e Métodos: Os resultados para cada localização de cancro estão apresentados de acordo com a 10ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID- 10)*: ), estômago (C16), colorretal (C18-20), brônquios e pulmões (C34), mama (C50), próstata (C61) e todas a neoplasias malignas excluindo as neoplasias da pele não melanoma (C00-97, exceto C44). Os dados neoplasia maligna da mama e da próstata são calculados de acordo com a população femina e masculina respetivamente. Para o cálculo da taxa de incidência no município de São Paulo a partir do número de casos reportados foi utilizada a estimativa da população residente em São Paulo no respetivo ano, disponibilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As taxas de incidência e mortalidade por neoplasia maligna numa população estão diretamente relacionadas com a distribuição etária da mesma. Para a comparação das duas populações realizaram- se taxas de padronização ajustadas à idade, utilizando a população padrão mundial da OMS. Calcularam- se as taxas ajustadas à idade (T(a)) pela soma dos produtos da taxa de mortalidade 11

12 específica por estrato para a população em ajustamento (ti) e a proporção por estrato específico da população padrão (Pi ). T(a)= (ti x Pi) Os resultados expressam as taxas que seriam esperadas na população padrão se as taxas por idade específica tivessem prevalecido. Este procedimento anulou a influência da distribuição etária nas comparações entre as populações. Para comparação da incidência e mortalidade entre as duas populações, calcularam- se os intervalos de confiança a 95% (IC95%) das taxas ajustadas à idade dos dois municípios. Para a obtenção do IC a 95% é necessário determinar o erro padrão (EP) que define a variabilidade da taxa. Para o cálculo do erro padrão da taxa ajustada à idade foi utilizada a seguinte fórmula (Keyfitz, 1966) que inclui o nº de eventos (N) que representa o número de óbitos e o nº de novos casos na taxa de mortalidade ajustada à idade (TM(a)) e na taxa de incidência ajustada à idade (TI(a)) respetivamente: EP = T(a) / N Este cálculo assume as taxas como uma proporção binominal. Com o EP é possível determinar o IC a 95% através da segunite fórmula: T(a) ± 1,96 x EP As taxas são consideradas significativamente diferentes se os seus valores de IC a 95% não se sobrepuserem. 12

13 Resultados: Incidência As taxa de incidência bruta e padronizada de neoplasias malignas (todas as localizações, excepto neoplasia de pele não melanoma) e específica por localização (estômago, colorretal, pulmão, mama e próstata) estão apresentadas na Tabela I para cada município. Neoplasia)(CID.10) Município TI(b) TI(a) LIC LSC Estômago0(C16) Colorretal0(C18?20) Pulmão0(C34) Mama0(C50) Próstata0(C16) Todas*0(C00?97/C44) Porto 38,30 23,51 22,90 24,12 São0Paulo 11,27 10,90 9,93 11,87 Porto 74,20 45,47 44,86 46,08 São0Paulo 29,96 28,90 27,94 29,86 Porto 37,40 24,05 23,41 24,69 São0Paulo 12,86 12,50 11,53 13,47 Porto 103,56 72,59 71,89 73,29 São0Paulo 44,32 42,07 41,12 43,02 Porto 95,80 64,13 63,46 64,80 São0Paulo 34,28 83,20 80,77 85,63 Porto 422,80 281,07 280,41 281,73 São0Paulo 192,46 152,88 152,09 153,67 Tabela I: Taxa de incidência bruta, taxa de mortalidade padronizada por idade e seus limites inferior e superior de confiança a 95%, por habitantes. A taxa de incidência de todas as neoplasias malignas é superior no Porto (281,07) comparada com São Paulo (152,88), o mesmo se constata em todas as neoplasias específicas, exceto na neoplasia maligna da próstata. No Porto, entre as doenças avaliadas para ambos os sexos, o cancro colorretal obteve a maior taxa de incidência padronizada (45,47), seguido do pulmão (24,05) e do estômago (23,51). O mesmo padrão se verificou em São Paulo com taxas de incidência de cancro colorretal de (28,90), pulmonar (12,50) e estômago(10,90). A incidência do cancro da mama foi superior no Porto (72,59). e a da próstata em São Paulo (89,20). A padronização das taxas brutas para a população mundial, aproximou os valores do dois municípios, no entanto, não 13

14 houve sobreposição dos limites de confiança, concluindo- se que as diferenças entre as duas cidades são estatisticamente significativas. Mortalidade: As taxa de mortalidade bruta e padronizada de neoplasias malignas (todas as localizações, excepto neoplasia de pele não melanoma) e específica por localização (estômago, colorretal, pulmão, mama e próstata) estão apresentadas na Tabela II para cada município. Neoplasia)(CID.10) Município TM(b) TM(a) LCI LCS Estômago.(C16) Colorretal.(C18<20) Pulmão.(C34) Mama.(C50) Próstata.(C16) Todas*.(C00<97/C44) Porto 26,6 14,27 14,26 14,28 São.Paulo 8,6 8,24 8,23 8,25 Porto 31,4 15,62 15,61 15,63 São.Paulo 14 13,46 13,45 13,47 Porto 35,7 19,96 19,94 19,98 São.Paulo 15,5 14,99 14,98 15,00 Porto 22,7 12,79 12,77 12,81 São.Paulo 21,3 18,40 18,39 18,41 Porto 26,2 11,28 11,27 11,29 São.Paulo 13,7 16,54 16,52 16,56 Porto 216,9 117,54 117,53 117,55 São.Paulo 127,6 118,73 118,72 118,74 Tabela II: Taxa de mortalidade bruta, taxa de mortalidade padronizada por idade e seus limites inferior e superior de confiança a 95%, por habitantes. A neoplasia com a maior taxa de mortalidade no Porto é a pulmonar (19,96), seguida da colorretal (15,62), do estômago (14,27), da mama (12,79) e próstata (11,28). Em São Paulo, a realidade é diferente: os cancros específicos por sexo apresentam uma mortalidade superior às neoplasias que afetam ambos os sexos. Em primeiro lugar encontra- se a neoplasia da mama (18,40) e da 14

15 próstata (16,54), seguidos pela pulmonar (14,99), colorretal (13,46) e do estômago (8,24). As taxas de mortalidade padronizadas de todas as neoplasias malignas para o Porto (117,54) e São Paulo (118,73) são muito próximas, no entanto, os intervalos de confiança são muito estreitos. Tal como nas neoplasias de localização espeecífica estudadas, após a padronização por idade, a diferença entre as taxas reduziu, mas os limites de confiança estabelecidos não se sobrepuseram, indicando uma diferença estatísticamente significativa entre os dois municípios. Razão Incidência Mortalidade A razão entre incidência e mortalidade, apresentada na Tabela III, estabelece uma relação entre o número de novos casos e o número de óbitos registados nos dois municípios, permitindo avaliar a gravidade de cada tipo de neoplasia. Neoplasia)(CID.10) Município TI(a) TM(a) TI(a)/TM(a) Estômago/(C16) Colorretal/(C18?20) Pulmão/(C34) Mama/(C50) Próstata/(C16) Todas*/(C00?97/C44) Porto 23,51 14,27 1,65 São/Paulo 10,90 8,24 1,32 Porto 45,47 15,62 2,91 São/Paulo 28,90 13,46 2,15 Porto 24,05 19,96 1,20 São/Paulo 12,50 14,99 0,83 Porto 72,59 12,79 5,68 São/Paulo 42,07 18,40 2,29 Porto 64,13 11,28 5,69 São/Paulo 83,20 16,54 5,03 Porto 281,07 117,54 2,39 São/Paulo 152,88 118,73 1,29. Tabela III: Razão das taxas de incidência e mortalidade padronizadas. 15

16 No Porto, os tumores da mama e da próstata apresentam as maiores razões incidência mortalidade, tendo um melhor prognóstico. As neoplasias de maior gravidade são as de pulmão, estômago e colorretal. Em São Paulo, a razão incidência- mortalidade para a neoplasia pulmonar é <1, que se traduz numa taxa de mortalidade superior à de incidência. O cancro da próstata apresenta uma razão alta, mas a neoplasia da mama está mais próxima das neoplasias de pior prognóstico como as de colorretal, estômago e pulmão. Esperança de vida à nascença: A esperança de vida à nascença é o indicador de saúde mais utilizado mundialmente, embora apenas considere a longevidade e não a qualidade de vida (8). Este parâmetro tem aumentado significativamente nas últimas décadas em ambos os municípios. A esperança de vida à nascença calculada no ano de 2012 para o Porto é de 80 anos e de 76 anos para São Paulo, superior ao valor calculado para o Brasil (73). Investimento em Saúde e Sistemas Governamentais de Saúde: O investimento em saúde varia entre países e regiões. Para comparações económicas entre países que utilizam moedas corrente diferentes, pode utilizar- - se a paridade do poder de compra por unidade de dólar dos Estados Unidos (USD PPPS). Em 2011 o Brasil investiu 1043 USD PPPs per capita, enquanto que, 16

17 no mesmo período Portugal investiu 2619 USD PPPs, um valor que diminui 2,2% em relação a 2009 pela desaceleração da economia, que impôs reduções dramáticas. O estado de São Paulo é a maior área urbana do Brasil e representa 33,1% do PIB nacional, sendo um importante impulsionador da economia Brasileira. O sistema de saúde brasileiro é composto pelo Sistema Único de Saúde (SUS), um programa controlado pelo Governo Brasileiro acessível a toda a população. O Porto e a sua área metropolitana constituem o núcleo estrutural da região Norte, correspondendo a 37% da população de Portugal Continental. O Estado Português assegura o direito à saúde a todos os cidadãos portugueses através do Serviço Nacional de Saúde nas despesas em saúde (9). 17

18 Discussão: A doença oncológica é uma preocupação mundial pela sua elevada incidência e mortalidade. A análise das tendências mundiais, demonstra que os países em desenvolvimento com elevado índice de crescimento económico, têm sofrido alterações sociais que os aproximam do estilo de vida dos países industrializados. Estas mudanças socioeconómicas têm sido acompanhadas por um aumento da doença oncológica. O investimento em saúde em Portugal é 2,5 vezes superior ao do Brasil. Um estudo prévio demonstrou que na generalidade, a sobrevivência por cancro, e consequente diminuição das taxas de mortalidade, aumenta com o aumento do investimento em saúde (3). Os países que investem mais em saúde, têm, por norma, à disposição dos doentes equipamentos e tratamentos mais avançados e eficazes, facultando diagnóstico precoces e prognósticos superiores (3). São Paulo apresenta um esperança de vida à nascença inferior à do Porto. As duas cidades têm demonstrado tendências de crescimento deste parâmetro. O aumento da longevidade evidencia aumento da qualidade de prestação de cuidados de saúde e redução de fatores de risco para mortalidade precoce (7). As neoplasias malignas apresentam uma incidência significativamente superior no Município do Porto relativamente ao de São Paulo. As baixas taxas de incidência obtidas em São Paulo podem dever- se à baixa notificação de novos casos de neoplasia confirmados às secretarias de saúde do município e pela pobre implementação de programas de rastreio da doença oncológica. A taxa de 18

19 mortalidade por todas as neoplasias (exceto neoplasia da pele não- melanoma) entre as duas cidades é muito próxima. A neoplasia do pulmão suscita muitas preocupações, devido aos alarmantes números desta doença mundialmente. Estabeleceu- se uma relação entre a incidência de neoplasias pulmonares desde 1956 com o tabagismo (10). Os efeitos do tabaco e as consequências a nível da saúde foram ao longo das últimas décadas exaustivamente estudadas e documentadas. Em Portugal, fumar é o fator de risco modificável com o maior número de mortes atribuídas (11). Neste país verifica- se um aumento do tabagismo no sexo feminino, diminuição no masculino e crescimento do ex- tabagismo (12). A superioridade da taxa de mortalidade sobre a de incidência registada em São Paulo para esta neoplasia tem como provável explicação os avanços na política de controlo do uso de tabaco no Brasil. Desde a implantação, em 1989, do Programa Nacional de Controle do Tabagismo, ocorreu um acentuado declínio da prevalência de fumadores no país em ambos os sexos. (13) Na cidade de São Paulo, a redução do número de fumadores na população foi expressiva (35%) entre 1990 e Desde 2003 há acentuada diminuição do tabagismo nas faixas etárias mais jovens da população e entre as mulheres (13). A mortalidade por todos os tipos de neoplasia no país tanto entre os homens como entre as mulheres está a estabilizar (14). Considerando a existência de um vínculo entre o tabagismo e a maioria das neoplasias malignas, com esta tendência de diminuição da prevalência do tabagismo são expectáveis reduções nas taxas de incidência e mortalidade por cancro na população brasileira nas próximas décadas (13). Os 19

20 índices de mortalidade pelo cancro pulmonar ainda são altos, apesar de apresentarem tendência decrescente (15). O Cancro da mama é o cancro mais comum na população feminina nas duas cidades. Na cidade do Porto constatou- se uma taxa de incidência de neoplasia da mama, superior a todas as restantes neoplasias, contudo, a taxa de mortalidade não é tão elevada. Em São Paulo, a taxa de incidência é inferior à do Porto, mas a de mortalidade superior, revelando uma maior mortalidade por menor número de casos registados. Os fatores de risco para o cancro da mama estão muito associadas aos estilos de vida e características reprodutivas inerentes à vida moderna e ocidentalizada. Existe uma associação entre a idade em que ocorre a primeira gravidez, o número de gestações e o risco de cancro da mama. Um estudo realizado em São Paulo concluiu que as mulheres que engravidaram antes dos 20 anos apresentavam um risco 66% inferior de desenvolver cancro da mama quando comparadas com as mulheres primíparas após os 25 anos (16). Em Portugal foi implementado um programa de rastreio do cancro da mama, que atualmente tem cobertura nacional. O programa tem como objetivo antecipar o momento do diagnóstico para que o prognóstico seja melhorado através de uma intervenção terapêutica precoce (17,18). O diagnóstico precoce leva a um aumento aparente na incidência do cancro da mama e um aumento do tempo entre o diagnóstico e a morte. O principal problema do rastreio é o sobrediagnóstico, definido como a deteção por rastreio de cancros que nunca teriam sido detetados clinicamente durante o tempo de vida da mulher (19). 20

21 No Brasil não está implementado nenhum programa nacional regionalizado para a deteção precoce do cancro da mama. É frequente a migração de pacientes provenientes de áreas com atendimento deficiente, sobrecarregando e onerando os centros com mais recursos materiais e humanos, como ocorre na capital de São Paulo, contribuindo para um maior número de óbitos decorrentes de cancro da mama, e consequentemente, uma alta taxa de mortalidade (20). Os dois municípios obtiveram altas taxas de incidência para a neoplasia prostática, com taxas de mortalidade 5 vezes inferior à incidência. De momento não existem programas nacionais de rastreio, pela inexistência de informação suficiente para defender a implementação destes programas em larga escala em ambos os países (21,22). Os países têm relevado um aumento das taxas de incidência por neoplasia maligna da próstata na última década, que pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos, melhoria na qualidade dos sistemas de informação do pais e do aumento da expectativa de vida (23). Os resultados do presente estudo ilustram uma diferença estatisticamente significativa no risco de incidência e mortalidade por cancro, entre os municípios do Porto e de São Paulo. As prioridades nestas regiões deverão ser um cada vez maior investimento em saúde, através de programas de capacitação médica, politicas de facilitação de acesso aos centros de saúde, proporcionando condições de fluxo efetivo para o rastreamento das doenças, objetivando a médio prazo uma efetiva redução da mortalidade. Em São Paulo este investimento afigura- se como prioritário, em regiões dotadas de infra- 21

22 estruturas ágeis e capacitadas na investigação, no rastreio e no tratamento, assegurando recursos económicos adicionais para as terapêuticas. 22

23 Referências Bibliográficas: 1. Globocan 2012 Ferlay J,Soerjomataram I, Ervik M, Dikshit R, Eser S, Mathers C.Rebelo M, Parkin DM, Forman D, Bray, F. (2012) Cancer Incidence and Mortality Worldwide, IARC CancerBase. 2. Globocan Ferlay J. Parkin D.M., Steliarova Foucher E. (2010) Estimates of cancer incidence and mortality in Europe in 2008, European Journal of Cancer 46: Michel A, Coebergh J W Mugno E, ( ) European health system and cancer care. Annals of Oncology. (5)v 41- v Michelli A. Gatta G, Verdecchia A.( ) Studying survival of cancer patients in different populations; it s potential and role.tumori: (1): Michelli A, Capocaccia R,Martinez C. (2003;2013) Cancer control in Europe.A proposed set of European Cancer Health Health Indicators. Eur J Public Health: Kogevinas M, Pearce N, Susser M, Boffeta P. (1997)Social inequalities and cancer, Lyon, France: International Agency for Research on Cancer (IARC); IARC scientific publications No

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