UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES CAMPUS DE ERECHIM DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS VANESSA MENDES

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1 UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES CAMPUS DE ERECHIM DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS VANESSA MENDES COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS: ÊNFASE EM TRICHOPTERA KIRBY, 1813 (INSECTA) (FAXINALZINHO/RS) ERECHIM/RS 2010

2 VANESSA MENDES COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS: ÊNFASE EM TRICHOPTERA KIRBY, 1813 (INSECTA) (FAXINALZINHO/RS) Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões Campus de Erechim, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Ciências Biológicas. Orientador: Profª Rozane Maria Restello ERECHIM/RS 2010

3 AGRADECIMENTOS Muitos foram aqueles com quem, ao longo dos últimos anos, trabalhei, troquei opiniões, partilhei idéias, aprendi. Tantos amigos me apoiaram, ouviram as minhas alegrias, tristezas, anseios... A todos agradeço cada ensinamento, cada palavra de ânimo. A muitos quero agradecer de forma especial, porque especial é também o que me têm dado. À professora Rozane Maria Restello, minha orientadora, pessoa admirável a qual tenho como espelho. Obrigada por ter acreditado em mim, pelos ensinamentos, disponibilidade de tempo, sugestões sempre pertinentes, pela amizade, por ter me mostrado que sou capaz... enfim por todos os bons momentos... espero um dia ser a metade daquilo que você me ensinou. Ao professor Luiz Ubiratan Hepp, que me apresentou à limnologia, me orientou nos primeiros estágios, sempre presente no laboratório para tirar minhas dúvidas e dar sugestões e palpites todos bem vindos, pelos primeiros ensinamentos sobre macroinvertebrados e pela paciência. Aos meus pais, Regisselem e Osvaldo e minha irmã Jacqueline! Como é bom chegar a casa e ter um abraço à espera e saber que aí será sempre o porto de abrigo! Quero agradecer-lhes por tanto, tanto... A quem devo o que sou e como sou que sempre compreenderam apoiar e, apesar dos sacrifícios, não hesitaram em me ajudar a concretizar um sonho. Vocês sabem o quanto foram e continuam sendo importantes nessa caminhada. Agradeço ao restante da família que de alguma forma ou outra sempre deram suporte aos meus estudos. Como é bom chegar ao laboratório e encontrar amigos e não apenas colegas de trabalho! É por isso que aqui lembro, em especial, a colega Cristiane Biasi, que me acolheu no laboratório, e se tornou uma grande amiga, obrigada pela amizade e cumplicidade verdadeira, que com certeza jamais esquecerei. A todos do laboratório: Silvia, Alan, Débora, Rodrigo, Fred e Jessé pelo companheirismo, disponibilidade em ajudar, pela amizade, pelo chimarrão, pelo café, pelos lanches... À professora Elisabete Maria Zanin, agradeço a amabilidade com que sempre me transmitiu ensinamentos e a sua própria experiência e a amizade que sempre me manifestou.

4 A todos os amigos e colegas de turma, em especial Franciele Prichoa, Adriano Ziger, Thomaz Tomazoni pelos momentos de descontração, incentivo, conselhos e amizade, ao quais nunca quero perder. Como teria ultrapassado os momentos de desânimo, as incertezas e decepções se não tivesse uma boa amiga? É por isso que aqui lembro, em especial, a amiga e colega Daliane Faturi, que em pouco tempo se tornou uma grande amiga, com quem tenho partilhado conhecimentos, interesses e experiências, mas também dúvidas, alegrias e algumas tristezas, e que, com a sua amizade, me têm ajudado a superar os momentos difíceis. Muito obrigada a todos!

5 RESUMO O objetivo deste estudo foi conhecer a diversidade da comunidade de macroinvertebrados bentônicos e de larvas de Trichoptera em riachos de baixa ordem, como subsídio para a implantação de uma Unidade de Conservação no município de Faxinalzinho/RS. Os organismos foram amostrados com um coletor Surber (malha de 250 µm; área de 0,1 m²) em diferentes substratos (terra, folhas, pedra e lajedo). Os macroinvertebrados bentônicos foram identificados até nível taxonômico de família e os Trichoptera até gênero. Para a análise da estrutura da comunidade de macroinvertebrados bentônicos e de Trichoptera foram estimados os valores de abundância, densidade, riqueza, diversidade e equitabilidade. Para avaliar diferenças entre essas métricas, utilizou-se uma ANOVA. Para a distribuição das comunidades foi utilizada uma NMDS. Variáveis físico-químicas da água também foram analisadas. Foram coletados organismos bentônicos, distribuídos em 42 taxa. Chironomidae, Hydropsychidade e Elmidae, foram os taxa mais abundantes. Para a comunidade de macroinvertebrados bentônicos, abundância, densidade, diversidade e equitabilidade foram semelhantes entre os riachos, enquanto que a riqueza foi significativamente diferente. Não foi possível observar um padrão nítido de ordenação entre a comunidade bentônica dos riachos e o substrato de coleta, sendo o stress resultante no final da análise de 18,5 %. As principais variáveis que influenciaram a comunidade bentônica foram altitude, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica, sólidos dissolvidos totais, velocidade de correnteza e largura. Foram identificadas 10 famílias de Trichoptera, pertencentes a 23 gêneros. Smicridea (Hydropsychidae) representou 80,84% das larvas identificadas, seguido de Marilia (Odontoceridae) com 8,80%. Para os Trichoptera, abundância, densidade e riqueza foram semelhantes entre os riachos, enquanto que a diversidade e equitabilidade foram significativamente diferentes. Verificou-se que há uma tendência ao agrupamento dos pontos em função do substrato formado por lajedo, tanto para família quanto para gênero. Os parâmetros temperatura da água, ph, turbidez e profundidade influenciaram a distribuição de Trichoptera para os dois níveis de identificação. O stress resultante no final desta análise foi 12,3% para família e 10,9% para gênero. Pelo padrão de ordenação observado, pode-se dizer que os riachos são similares e estão dentro de uma área com boa capacidade de manutenção da biodiversidade aquática, e que, portanto precisam ser preservados. Palavras-chave: Unidade de Conservação. Riqueza. Smicridea.

6 ABSTRACT The aim of this study was to know the diversity of the benthic macroinvertebrates community and Trichoptera larvae in streams of low-order, as subsidy for the implantation of a unit of conservation area in the of Faxinalzinho/RS city. The organisms were collected with a Surber sampler (250 µm mesh; area: 0,1 m²) on different substrates (land, leaves, rock and flooring). The benthic macroinvertebrates were identified at taxonomic level of family and Trichoptera to genus. To analyze the structure of the benthic macroinvertebrate community and Trichoptera have been estimated values of abundance, density, richness, diversity and evenness. To evaluate the differences among these metrics, an ANOVA was used. To the distribution of communities a NMDS was used. Physico-chemical variables of water were also analyzed benthic organisms had been collected, distributed in 42 taxa. Chironomidae, Hydropsychidade and Elmidae, were the most abundant. For the benthic macroinvertebrates assemblages, the abundance, density, diversity and evenness were similar among the streams, whereas richness was significantly different. It was not possible to observe a clear standard of ordering between the benthic community of streams and the substratum of collection, and the resulting stress in the final analysis of 18,5%. The main variables that influenced the benthic community were altitude, dissolved oxygen, electric conductivity, total dissolved solids, water velocity and width. We identified 10 families of the Trichoptera, belonging to 23 genera. Smicridea (Hydropsychidae) accounted for 80,84% larval identified, followed by Marilia (Odontoceridae) at 8,80%. For the Trichoptera, abundance, density and richness were similar among the streams, while diversity and evenness were significantly different. It was found that there is a tendency to grouping of points depending on the substrate formed by flooring, both for family and for genus. The parameters water temperature, ph, turbidity and depth influenced the distribution of Trichoptera for both levels of identification. The resulting stress at the end of this analysis was 12,3% to 10,9% for family and genus. For the pattern ordering observed, it can be said that the streams are similar and are inside of an area with good capacity of maintenance of aquatic biodiversity, and that, therefore they need to be preserved. Keywords: Conservation unit. Richness. Smicridea.

7 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Localização geográfica da área de estudo para a criação de Unidade de Conservação no Município de Faxinalzinho/RS Figura 2 Valores de (a) riqueza taxonômica, (b) Diversidade de Shannon e (c) Equitabilidade de macroinvertebrados bentônicos coletados em riachos do município de Faxinalzinho/RS, no verão de Figura 3 Ordenação dos pontos de coleta utilizando a comunidade de macroinvertebrados bentônicos coletados nos diferentes substratos em riachos do município de Faxinalzinho/RS, no verão de Figura 4 Valores de (a) riqueza taxonômica, (b) Diversidade de Shannon e (c) Equitabilidade de larvas de Trichoptera coletados em riachos do município de Faxinalzinho/RS, no verão de Figura 5 Ordenação dos pontos de coleta utilizando famílias de Trichoptera coletados nos diferentes substratos em riachos do município de Faxinalzinho/RS, no verão de Figura 6 Ordenação dos pontos de coleta utilizando gêneros de Trichoptera coletados nos diferentes substratos em riachos do município de Faxinalzinho/RS, no verão de

8 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Localização e características ambientais dos riachos estudados no município de Faxinalzinho/RS, no verão de Tabela 2 Abundância de macroinvertebrados bentônicos coletados em riachos de 1º e 2º ordem no município de Faxinalzinho/RS, no verão de Tabela 3 Correlação NMDS dos macroinvertebrados bentônicos dos cinco pontos de coleta no município de Faxinalzinho/RS, no verão de Tabela 4 Gêneros de Trichoptera (Insecta) coletados em riachos no município de Faxinalzinho/RS, no verão de Tabela 5 Correlação NMDS das famílias de Trichoptera com as variáveis abióticas dos pontos de coleta no município de Faxinalzinho/RS, no verão de Tabela 6 Correlação NMDS dos gêneros de Trichoptera com as variáveis abióticas dos pontos de coleta no município de Faxinalzinho/RS, no verão de

9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO REVISÃO DA LITERATURA COMUNIDADES BENTÔNICAS TRICHOPTERA (INSECTA) UNIDADES DE CONSERVAÇÃO MATERIAL E MÉTODOS ÁREA DE ESTUDO COLETA E IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL BIOLÓGICO VARIÁVEIS AMBIENTAIS ANÁLISE DOS DADOS RESULTADOS VARIÁVEIS AMBIENTAIS COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE TRICHOPTERA (INSECTA) DISCUSSÃO VARIÁVEIS AMBIENTAIS COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE TRICHOPTERA (INSECTA) CONSIDERAÇÕES FINAIS...39 REFERÊNCIAS...41 ANEXOS...49

10 10 1 INTRODUÇÃO Não há no planeta nenhum ecossistema que não tenha sido influenciado por ações diretas e indiretas do homem, tais como: a retirada da vegetação natural; a contaminação dos ambientes aquáticos por poluentes orgânicos e inorgânicos, atingindo os lençóis freáticos; a introdução constante de espécies exóticas, entre outras, colocando em risco a biodiversidade destes locais (GOULART e CALLISTO, 2003; GUERESCHI, 2004). O comprometimento da qualidade das águas ameaça não apenas o abastecimento de água potável e de qualidade para as populações humanas, como também, a produção de alimentos seguros, representando um dos maiores desafios para as políticas de saúde pública (QUEIROZ et al., 2008). Entre os ecossistemas aquáticos, os de água doce possuem uma rica diversidade biológica, o que constitui uma forte razão para sua conservação. Além disso, a preservação destes ecossistemas é o único modo de garantir a sustentabilidade dos recursos naturais utilizados pelo homem. Com esse enfoque, o monitoramento ambiental atua como uma ferramenta indispensável nas avaliações do estado de preservação e grau de degradação dos ecossistemas, produzindo subsídios para a elaboração de estratégias de manejo na conservação de áreas naturais e planos de recuperação dos ambientes degradados (GUERESCHI, 2004). De acordo com o mesmo autor, a mensuração das atividades antrópicas, resultantes do padrão de uso e ocupação do solo, exige esforço multidisciplinar. Portanto, avaliar as ações dessas atividades sobre o meio ambiente através do monitoramento, é fundamental para o estabelecimento de diretrizes para a conservação da biodiversidade regional e da sustentabilidade local. O monitoramento dos recursos hídricos é parte integral do manejo ambiental, e se destaca como um requerimento essencial para assegurar o desenvolvimento da economia, a qualidade de vida e a preservação do meio ambiente. O conhecimento de que diferentes organismos apresentam maior ou menor sensibilidade a determinados poluentes é a base para a utilização da biota como indicadora biológica na avaliação da qualidade ambiental de corpos hídricos (QUEIROZ et al., 2008). Nesse sentido, os macroinvertebrados bentônicos são amplamente reconhecidos como bioindicadores de qualidade da água e do sedimento, respondendo a diversos poluentes e fatores de estresse ambiental no meio aquático (ROSEMBERG e RESH, 1993; BISPO et al., 2004; BISPO e OLIVEIRA, 2007; ANDRADE et al., 2008; QUEIROZ et al., 2008).

11 11 Dentre os principais grupos de macroinvertebrados bentônicos, os insetos pertencentes a ordem Trichoptera são uma das maiores e sua riqueza taxonômica está relacionada a ampla diversidade ecológica. São de grande importância na cadeia alimentar, sendo considerados bioindicadores de qualidade da água, por possuírem preferência por locais com águas limpas e bem oxigenadas (ROSENBERG e RESH, 1993; CALLISTO et al., 2001; GOULART e CALLISTO, 2003; BISPO et al., 2006; BUCKUP et al., 2007). Os indivíduos pertencentes a esta ordem são influenciados por diversos fatores abióticos, como: ph, temperatura da água, matéria orgânica no sedimento, oxigênio dissolvido, entre outros (BISPO e OLIVEIRA, 1998) e como tal precisam ser preservados. A criação de unidades de conservação é um dos métodos mais importantes para a conservação da biodiversidade. Para Silva et al. (2007) e Paz et al. (2008) a criação de unidades de conservação é a principal proposta para diminuir os efeitos da destruição dos ecossistemas no Brasil. No entanto, a criação dessas unidades de conservação não garantem necessariamente a conservação adequada da biodiversidade aquática. É necessário avaliar a localização, a capacidade de proteção e a conservação do estado ecológico desses ambientes e da efetividade das medidas de manejo implementadas. A conservação e gestão adequada de rios e a manutenção de sua integridade ecológica são fundamentais para preservar a biodiversidade e a saúde de ecossistemas aquáticos no Brasil (PAZ et al., 2008). A maioria das áreas protegidas no país foi criada visando à proteção da flora e fauna terrestres, mas elas também protegem um número considerável de corpos aquáticos. Assim, um grande desafio é o levantamento da biodiversidade aquática em áreas protegidas e a realização de levantamentos para um melhor entendimento da diversidade e da distribuição geográfica das espécies nos ecossistemas aquáticos brasileiros (AGOSTINHO et al., 2005). Porém, no Brasil poucos trabalhos vêm sendo desenvolvidos em áreas protegidas, visando favorecer a preservação da diversidade da comunidade bentônica (ROCHA et al., 2005; NEL et al., 2007; SILVA et al., 2007; PAZ et al., 2008). Silva et al. (2007) e Rocha et al. (2005) testaram a hipótese de que trechos protegidos do sistema aquático, localizados no interior de uma unidade de conservação, favorecem a preservação da diversidade de Chironomidae e apresentam melhor qualidade ambiental, demonstrando a importância destas áreas na manutenção das comunidades bentônicas. Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo conhecer a diversidade da comunidade de macroinvertebrados bentônicos e de larvas de Trichoptera de riachos localizados no município de Faxinalzinho/RS, como subsídio para a implantação de uma

12 12 unidade de conservação, contribuindo para o desenvolvimento de metodologias de avaliação ambiental que possam ser utilizadas em programas de biomonitoramento favorecendo a preservação da diversidade bentônica. 2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 COMUNIDADES BENTÔNICAS Nas últimas décadas, a degradação dos ecossistemas aquáticos tem ocorrido de forma rápida e contínua devido aos múltiplos impactos ambientais provenientes das muitas atividades antrópicas, entre as quais pode-se destacar: a mineração, a construção de barragens, os despejos de efluentes domésticos e industriais sem tratamento, a superexploração dos recursos pesqueiros, os desmatamentos e usos inadequados do solo em regiões ripárias, em planícies de inundação e várzeas, entre outras (GUERESCHI, 2004). O comprometimento da qualidade das águas ameaça não apenas o abastecimento de água potável e de qualidade para as populações humanas, como também, a produção de alimentos seguros, representando um dos maiores desafios para as políticas de saúde pública. O monitoramento dos recursos hídricos é parte integral do manejo ambiental, e se destaca como um requerimento essencial para assegurar o desenvolvimento da economia, a qualidade de vida e a preservação do meio ambiente. O conhecimento de que diferentes organismos apresentam maior ou menor sensibilidade a determinados poluentes é a base para a utilização da biota como bioindicadora (QUEIROZ et al., 2008). Cada vez mais, estudos referentes à qualidade de água utilizam as comunidades biológicas (fitoplâncton, zooplâncton e bentos) em conjunto com as variáveis físicas e químicas da água e do sedimento, com o objetivo de se obter uma visão amplificada das interferências que uma determinada microbacia, e consequentemente, seu canal de drenagem receberam ao longo de um período de tempo (BISPO e OLIVEIRA, 1998; BISPO et al., 2006; FERRAZ, 2008; KÖNIG et al., 2008). Nesse sentido, a comunidade bentônica vem ganhando grande destaque, principalmente em estudos realizados em rios, devido ao amplo espectro de respostas apresentadas por seus grupos, pelo fato de seus indivíduos serem relativamente

13 13 sésseis e pela maior duração do ciclo de vida em relação a outras comunidades (FERRAZ, 2008). Dos mais variados organismos que habitam o ambiente aquático, os macroinvertebrados bentônicos são representados por inúmeras espécies, sendo bastante diversa e apresenta organismos adaptados a diferentes condições ambientais. São organismos facilmente visíveis a olho-nu e podem viver enterrados na areia ou lama, presos à superfície das rochas, sobre o sedimento orgânico do fundo ou escondido nos espaços existentes entre rochas. A comunidade bentônica está representada por vários filos como Arthropoda, Mollusca, Annelida, Nematoda e Platyhelminthes. Alguns desses organismos são extremamente sensíveis à poluição e às alterações do hábitat, e suas populações tendem a desaparecer assim que ocorrem modificações no ambiente. Outros, no entanto, desenvolveram adaptações que os tornam bastante tolerantes às más condições ambientais é comum observar um grande crescimento de sua população em locais de péssima qualidade de água (SILVEIRA e QUEIROZ, 2006; HEPP e RESTELLO, 2007). Grande número de insetos são aquáticos ou têm parte de seu ciclo de vida na água. Em ambos os casos, a grande maioria das larvas destes organismos é bentônica. Dentre os insetos que são bentônicos (principalmente na forma larval), destacam-se os Diptera, Ephemeroptera, Plecoptera, Odonata, Hemiptera, Coleoptera, Neuroptera, Trichoptera e Lepidoptera. De todos estes grupos, os dípteros são os que têm maior importância, visto que seus principais representantes aquáticos quironomídeos e caoborídeos, são encontrados, via de regra, em grande número. Enquanto o principal fator controlador da distribuição do fitobentos é a luz, o zoobentos tem sua distribuição controlada por vários fatores, dentre eles destacam-se: disponibilidade e qualidade do alimento, tipo de sedimento (orgânico, arenoso, argiloso, etc.), substrato (pedra, madeira, etc.), temperatura do meio, concentração de oxigênio e gás sulfídrico (ESTEVES, 1998). Os organismos bentônicos podem valer-se de mecanismos adaptativos que lhes permitem suportar alterações como: mudanças operadas no substrato e na água suprajacente numa base anual, as variações do conteúdo de oxigênio e das entradas de matéria orgânica viva e morta que serve de alimento a esta fauna. Em resposta, os organismos entram em estados de dormência relativa até que as condições ambientais sejam mais favoráveis à sua fisiologia, ou deslocam-se para outro local, ou morrem. A capacidade de adaptação dos animais bentônicos à dinâmica dos parâmetros ambientais é fundamental para determinar a

14 14 sua distribuição, desenvolvimento e produtividade, bem como o seu potencial reprodutor (WETZEL, 1993; SILVEIRA, 2004). Dentre os principais fatores físico-químicos de grande importância para a biota aquática, podemos destacar: luz, temperatura, oxigênio dissolvido, sólidos em suspensão, íons dissolvidos e outros materiais. Estes fatores desempenham papéis muito importantes na determinação da ocorrência de organismos aquáticos. As variações dos fatores ambientais podem ocorrer naturalmente devido a secas, inundações e erosões. Estas variáveis podem ter importantes conseqüências para o número e tipo de biota presente num dado intervalo de tempo. Os limnólogos geralmente relacionam a estrutura da comunidade de insetos e outros invertebrados com variações nas características ambientais dos rios. Tais análises são usadas para gerar e testar hipóteses sobre os possíveis fatores que influenciam a estrutura da comunidade de rios, e também modelar as respostas da biota às mudanças naturais e antropogênicas no ambiente (SILVEIRA, 2004). Em rios, a correnteza é um importante fator ambiental na determinação da distribuição dos organismos zoobentônicos. A grande importância da comunidade zoobentônica, no fluxo de energia e na ciclagem de nutrientes, decorre do fato de que estes organismos participam no processo de decomposição da matéria orgânica, reduzindo o tamanho das partículas, e também porque tomam parte na cadeia alimentar de vários organismos aquáticos, notadamente peixes. Não menos importante é a liberação de nutrientes do sedimento para coluna d água, através da atividade mecânica de muitos destes organismos zoobentônicos (ESTEVES, 1998). 2.2 TRICHOPTERA (INSECTA) Estes organismos compreendem a maior ordem de insetos aquáticos e constitui uma fauna mundial de cerca de espécies descritas para os ecossistemas aquáticos dulcícolas. Em relação ao conhecimento taxonômico para os Trichoptera no Brasil, atualmente há cerca de 400 espécies descritas em 16 famílias (Anomalopsychidae, Atriplectididae, Calamoceratidae, Ecnomidae, Glossosomatidae, Helicopsychidae, Hydrobiosidae, Hydropsychidae, Hydroptilidae, Leptoceridae, Limnephilidae, Odontoceridae, Philopotamidae, Polycentropodidae, Sericostomatidae, Xiphocentronidae) (CALOR, 2007). Paprocki et al., 2004 apresenta uma lista com registros de 378 espécies para o Brasil até

15 15 setembro de A família mais diversa é Hydropsychidae com 107 espécies, seguida por Hydroptilidae com 50, Leptoceridae e Philopotamidae com 41 cada. Os tricópteros são insetos holometábolos, que vivem a maior parte de suas vidas em corpos d água, principalmente bastante oxigenados. As larvas aquáticas são apnêusticas e, portanto, dependem do oxigênio dissolvido para respiração (CALOR, 2007). Estas podem ter vida livre ou viverem em refúgios fixos ou transportáveis que eles elaboram (ANGRISANO e KOROB, 2001; OLIVEIRA, 2006). Segundo Wiggins e Mackay (1978 apud OLIVEIRA et al., 1999), um fator fundamental na evolução da diversidade ecológica desses organismos é a seda produzida pelas larvas. Esta seda é utilizada na construção de redes para filtradores e servem de linha de âncora para larvas predadoras, além da construção de abrigos. Geralmente apresentam cinco estágios de crescimento (cinco ínstares) e após o quinto estádio larval, tem início o período de pupação e, depois deste, emergem os adultos alados (CALOR, 2007). Como todo inseto, as larvas de Trichoptera apresentam o corpo divido em três regiões: a cabeça ou tagma cefalo-gnatal, o tórax ou tagma torácico e o abdome ou tagma abdominal. No caso da cabeça, os seis segmentos fusionados formam a cápsula cefálica, enquanto os apêndices destes modificaram e formaram as estruturas apendiculares (antenas e peças bucais). O tórax é constituído por três segmentos, que mantêm a função locomotora (apêndices pouco modificados). Já o abdômen, com seus 10 ou 11 segmentos, tem no seu interior os órgãos viscerais (CALOR, 2007). As larvas apresentam cabeça evidente e bem esclerotizada, com ou sem espinhos, cristas e vários outros tipos de esculturas; antenas bastante reduzidas; as mandíbulas são evidentes e com extremidades cortantes, lisas ou dentadas; os olhos são formados por sete ou menos estemas agrupados. Produzem a seda pela chamada glândula de seda que é expelida através de um pequeno orifício na extremidade do lábio (OLIVEIRA, 2006; CALOR, 2007). Apresentam segmentos abdominais I-IX sem falsas-pernas e segmento abdominal IX com tergito dorsal (perdido em alguns taxa). As falsas pernas anais exibem uma significativa diversidade estrutural. A respiração nos Trichoptera ocorre principalmente nas brânquias traqueais, que são extensões filamentosas da parede do corpo, elas estão localizadas nos segmentos abdominais, embora algumas existam nos segmentos torácicos de certas famílias, como em Hydropsychidae. Podem estar totalmente ausentes, podendo ser simples ou ramificadas e seu arranjo é de importância taxonômica (OLIVEIRA, 2006; CALOR, 2007). Em água doce invadiram distintos tipos de ambientes lóticos e lênticos, com preferência para os primeiros. A distribuição dos tricópteros ao longo do rio é influenciada,

16 16 entre outros fatores, pela velocidade da corrente, que indiretamente afeta a distribuição do alimento, a construção do casulo e exerce um efeito direto sobre os organismos devido ao fenômeno da deriva. As espécies atenuam o efeito da corrente através de diversos mecanismos: usando casulos pesados, enterrando suas pupas no substrato e atando seus casulos no substrato a um fio de seda (ANGRISANO e KOROB, 2001; OLIVEIRA, 2006). 2.3 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Um dos objetivos da criação de unidades de conservação é a manutenção de áreas naturais da forma menos alterada possível. Essas unidades são componentes vitais de qualquer estratégia para a conservação da biodiversidade (ARAUJO, 2007). As circunstâncias e o contexto social para a criação de uma unidade de conservação influenciam o manejo da área, mesmo anos após a criação. O quanto efetivo cada parque pode ser, geralmente é estabelecido quando de sua criação, se visto como um benefício ou uma barreira à população local e às ameaças de grande escala. As unidades de conservação criadas para proteção integral da biodiversidade devem transformar o que são áreas não manejadas, em entidades bem administradas, que, efetivamente, conservem a biodiversidade. As unidades de conservação de uso sustentável encaram o desafio maior de definir o que pode ser utilizado, quem pode utilizá-lo e quanta utilização é sustentável. A efetividade dos sistemas de unidades de conservação como um todo depende de quão adequadamente as unidades de conservação podem cumprir sua missão em qualquer sítio e salvaguardar coletivamente a biodiversidade de um país. Ainda, os sistemas de unidades de conservação também têm que funcionar em meio a instituições governamentais que competem entre si e num ambiente político e mais abrangente (RYLANDS e BRANDON, 2005). Segundo o SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservação, Lei n 9.985, de 18 de julho de 2000, cap. I, art. 2, inciso I, entende-se por: Unidade de Conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. No contexto brasileiro, as reservas da biosfera são iniciativas regionais, como a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica ( ha) e a Reserva da Biosfera do Cerrado

17 17 ( ha). Essas reservas estão entre as maiores já reconhecidas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e, com as reservas da biosfera da Caatinga, do Pantanal e do Corredor da Amazônia Central, estendem-se por mais de 15% da superfície territorial do país. O sucesso das unidades de conservação nesse contexto dependerá, em grande, parte de quão bem tais iniciativas podem articular as ações dos diversos atores, que afetam o uso da terra em cada região. Fortalecer o manejo das áreas protegidas existentes, enquanto cria-se o leque de novas unidades de conservação, com os tamanhos necessários para conservar a biodiversidade, é um passo essencial. De forma semelhante, fortalecer alianças com outros gestores de terra, especialmente os povos indígenas, será vital para assegurar a viabilidade em longo prazo das unidades de conservação federais e estaduais do Brasil (RYLANDS e BRANDON, 2005). Atualmente, existem 478 unidades de conservação federais e estaduais de proteção integral, que totalizam ha, e 436 áreas de uso sustentável em ha. Outras categorias de áreas protegidas no Brasil incluem as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), em geral pequenas, mas importantes para a conservação de espécies muito ameaçadas e com distribuição restrita; e as reservas indígenas, cada vez mais reconhecidas como vitais para a conservação da biodiversidade devido a sua grande extensão (RYLANDS e BRANDON, 2005). Ainda que o Brasil tenha criado um grande número de áreas protegidas nas duas últimas décadas, permanecem grandes desafios, não só para sua administração e manejo, mas também para proteger os próprios parques, já que o Brasil continua com seus ambiciosos programas de desenvolvimento para a energia, a infra-estrutura, a indústria e a agricultura (RYLANDS e BRANDON, 2005). De acordo com Restello (2003), o Rio Grande do Sul apresenta uma variedade de ecossistemas, por ser uma região mais meridional do país possui ambientes únicos. Muitos deste ambientes estão em áreas protegidas. O Estado apresenta em torno de 1,90% da superfície do seu território abrangido por Unidades de Conservação correspondendo a uma área de ,75 ha. São ao todo 34 Unidades de Conservação federais e estaduais, predominando em número as unidades de uso indireto. Nessa categoria de uso constata-se a existência de 17 Parques, 6 Reservas Biológicas, 3 Estações Ecológicas e 2 Refúgios de Vida Silvestre (BIODIVERSIDADE, 2009). Na categoria de uso direto ou sustentável, destacam-se 3 Áreas de Proteção Ambiental e 3 Florestas Nacionais. Um dos Parques Nacionais PARNA da Lagoa do Peixe, foi

18 18 incluído na Rede Hemisférica de Reservas de Aves Limícolas em 1990 (Convenção de Ramsar, 1971) cujo objetivo principal é a conservação de sítios importantes para descanso e alimentação de aves aquáticas. Destacam-se também os remanescentes da Mata Atlântica RS, cuja área foi tombada e teve reconhecimento pela UNESCO como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica em 1994 (BIODIVERSIDADE, 2009). Convém ainda referir a existência de 64 unidades de conservação municipais, as quais estão em processo de avaliação pelo Departamento de Florestas e Áreas Protegidas, para fins de seu cadastramento no Sistema Estadual de Unidades de Conservação e 24 Reservas Particulares do Patrimônio Natural reconhecidas por Portaria do IBAMA (BIODIVERSIDADE, 2009). Com relação à representatividade dos ecossistemas protegidos, verifica-se que a vegetação de estepe e as formações pioneiras são os biomas mais bem representados, mas a maior parte da superfície protegida desses ecossistemas são unidades de uso sustentável. Considerando-se as unidades de proteção integral, as áreas de formação pioneira, a vegetação de estepe, a floresta estacional semidecidual, a floresta ombrófila densa e as áreas de influência marinha são os ecossistemas com menos superfícies protegidas (BIODIVERSIDADE, 2009). 3 MATERIAL E MÉTODOS O presente estudo fez uso dos dados ambientais e biológicos provenientes do projeto Implantação, Manutenção e Gestão de Áreas Protegidas: levantamento dos parâmetros bióticos e abióticos para avaliar o potencial de uma área natural de interesse da prefeitura municipal de Faxinalzinho, visando a implementação de Unidade de Conservação, que foi desenvolvido pelo Departamento de Ciências Biológicas da URI Campus de Erechim, e financiado pela SEMA/RS (Secretaria Estadual de Meio Ambiente).

19 ÁREA DE ESTUDO Os riachos estudados estão situados em uma área com um grande remanescente de vegetação arbórea de 761,75 ha, em um único fragmento florestal (é um fragmento de transição entre Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional) em diversos estágios de sucessão, pertencente ao município de Faxinalzinho. A área em estudo apresenta grande importância sob a perspectiva de ecologia da paisagem por representar um dos dez fragmentos maiores da região Norte do Rio Grande do Sul (LEYSER et al., 2009). O município localiza-se na região Norte do Estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas a de latitude Sul e a de longitude Oeste (Figura 01). Limita-se ao norte com os rios Passo Fundo e Lajeado Grande, ao sul com o município de Benjamin Constant do Sul e Entre Rios do Sul, a Oeste com o Rio Passo Fundo e o município de Nonoai e leste com o município de Erval Grande. A área em questão no município de Faxinalzinho localiza-se ao Centro/Norte do município até a divisa com o município de Erval Grande. Segundo o IBGE (2010), o município apresenta uma área de 143,754 km², possui uma altitude que varia de 280 a 780 metros acima do nível do mar e clima do tipo Cfa. Apresenta temperaturas variando entre 0º a 38ºC, com média anual de 18ºC e precipitação média de 215,2 mm mensais (REMPEL, 2008).

20 20 Figura 1 Localização geográfica da área de estudo para a criação de Unidade de Conservação no Município de Faxinalzinho/RS. 3.2 COLETA E IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL BIOLÓGICO Para este trabalho foi utilizado material biológico oriundo de cinco riachos de 1ª ou 2ª ordem. Os macroinvertebrados bentônicos foram coletados em fevereiro de 2009 nos 5

21 21 riachos, com auxílio de um amostrador tipo Surber com abertura de malha de 250 µm e área de 0,1 m² (MERRIT e CUMMINS, 1996). Em cada ponto foram amostrados (sempre que possível), quatro tipos de substratos (terra, folhas, pedra e lajedo). O material retido no amostrador foi fixado em campo com etanol 80% e conduzido ao Laboratório de Biomonitoramento da URI Campus de Erechim, onde os organismos foram triados e identificados em estereomicroscópio, sendo posteriormente conservados em etanol 80%. Primeiramente a comunidade de macroinvertebrados bentônicos foi identificado até nível taxonômico de família. A ordem Trichoptera foi separada das demais, sendo identificados até nível taxonômico de gênero. Para ambas as identificações utilizou-se chaves de Merritt e Cummins (1996), Fernández e Domíngues (2001) e Angrisano e Korob (2001). Após a identificação, os organismos foram tombados e depositados na Coleção de Invertebrados Bentônicos do Museu Regional Alto Uruguai (MuRAU) da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões Campus de Erechim. 3.3 VARIÁVEIS AMBIENTAIS Alguns parâmetros abióticos foram mensurados para caracterização limnológica dos riachos. Profundidade, largura, temperatura da água, velocidade de correnteza, condutividade elétrica, turbidez, sólidos dissolvidos totais, ph e oxigênio dissolvido foram analisados em campo com auxílio de um sensor multiparâmetro Horiba U ANÁLISE DOS DADOS Para a análise da estrutura da comunidade de macroinvertebrados bentônicos e de Trichoptera, foram estimados os valores de abundância, riqueza de taxa e calculados os índices de Diversidade de Shannon e Equitabilidade de Pielou (MAGURRAN, 2004). Para avaliar a diferença entre estas métricas foi utilizado uma Análise de Variância (ANOVA). A distribuição das comunidades foi estudada pelo uso de análise de ordenação. Foi utilizada uma análise do tipo Escalonamento Multidimensional não-métrico (NMDS). A análise foi realizada a partir de uma matriz de dissimilaridade calculada pelo coeficiente de Bray-Curtis. Foram utilizados os dados de abundância nos diferentes substratos. Para Trichoptera, foram

22 22 realizadas duas análises: uma para família e outra para gênero. Os dados de abundância dos organismos foram previamente transformados em log (x + 1). Uma análise complementar a esta foi realizada utilizando os valores dos scores das duas primeiras dimensões NMDS para uma Correlação Linear de Pearson com os resultados das variáveis ambientais. As análises foram realizadas utilizando os softwares Bio Diversity Pro (McALECEE et al., 1997), BioEstat 5.0 (AYRES et al., 2007) e o ambiente estatístico R (R DEVELOPMENT CORE TEAM, 2007). 4 RESULTADOS 4.1 VARIÁVEIS AMBIENTAIS As variáveis mensuradas neste estudo são apresentadas na tabela 1. A temperatura da água oscilou de 20,3 C a 23,7 C. As águas mostraram-se bem oxigenadas com valores acima de 8 mg L -1. O ph das águas apresentou-se levemente alcalino em todos os pontos de coleta, variando de 6,8 a 7,8. Os riachos apresentam valores baixos de condutividade elétrica e valores baixos de sólidos dissolvidos totais. A turbidez apresentou valores menores que 5 UNT em quatro riachos, com exceção do Ponto 04 (17,1 UNT). Em ambas as margens os riachos apresentam cobertura vegetal e não apresentam atividades antropogênicas intensas na região de entorno. Tabela 1 Localização e características ambientais dos riachos estudados no município de Faxinalzinho/RS, no verão de Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 06 Coordenadas Geográficas S ,4 W 27º19 47,3 S 52º40 07,9 W 27º22'26,8"S 52º39'34,1"W 27º21'54,8"S 52º40'37,3"W 27º23'19,7"S 52º40'04,8"W Altitude (m) Temperatura da Água 20,3 22,5 20,5 23,7 21,9 ( C) ph 6,85 7,80 7,34 7,16 7,69 Potencial Óxido Redução Condutividade Elétrica 0,014 0,010 0,018 0,015 0,024 (ms cm -1 ) Turbidez (UNT) 2,1 2,0 4,1 17,1 2,8 Oxigênio Dissolvido (mg L -1 ) 8,26 9,00 8,01 8,21 8,41

23 23 Tabela 1 Continuação. Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 06 Sólidos Dissolvidos 0,01 0,01 0,01 0,01 0,02 Totais (mg L -1 ) Profundidade (m) 0,05 0,10 0,15 0,10 0,08 Velocidade de 0,36 0,16 0,16 0,30 0,36 Correnteza (m s -1 ) Largura (m) 1,77 0,70 1,80 1,27 1, COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS Nos cinco riachos de amostragem foram coletados organismos bentônicos distribuídos em 42 taxa, pertencentes aos filos Annelida, Mollusca e Arthropoda. Dentre estes, o filo Arthropoda foi o mais representativo, sendo a classe Insecta a mais rica com 12 ordens e 33 famílias identificadas. Os Pontos 01, 03 e 06 foram os mais diversos taxonomicamente (27, 25 e 25 respectivamente) (Tabela 2). Dentre os taxa identificados, as famílias Chironomidae (Diptera), Hydropsychidade (Trichoptera), Elmidae (Coleoptera), Simuliidae (Diptera) e Baetidae (Ephemeroptera) foram as mais representativas, perfazendo 88,48% do total de organismos coletados. As ordens Ephmeroptera, Plecoptera e Trichoptera foram representadas por 16 famílias. Tabela 2 Abundância de macroinvertebrados bentônicos coletados em riachos de 1º e 2º ordem no município de Faxinalzinho/RS, no verão de Taxa Pontos Annelida Hyrudinea Oligochaeta Mollusca Bivalve Gastropoda Artropoda Arachnida Acari Aranae Insecta Collembola Isotomidae Coleoptera Elmidae Hidrophillidae Diptera Ceratopogonidae Chironomidae

24 24 Tabela 2 Continuação. Taxa Pontos Diptera Dixidae Empididae Muscidae Simuliidae Stratyomydae Ephemeroptera Baetidae Caenidae Leptophlebiidae Leptohyphidae Hemiptera-heteroptera Veliidae Macrovellidae Lepidoptera Megaloptera Corydalidae Odonata Coenagrionidae Calopterygidae Cordulidae Plecoptera Gripopterigidae Perlidae Trichoptera Calamoceratidae Ecnomidae Glossosomatidae Hydrobiosidae Hydroptilidae Hydropsychidae Leptoceridae Odontoceridae Philopotamidae Polycentropodidae Blattodea Hymenoptera Formicidae Total de organismos Riqueza Com relação à Diversidade de Shannon e Equitabilidade, pode-se dizer que durante o período de amostragem, foram semelhantes. O Ponto 06 apresentou a maior Diversidade de Shannon (2,71) e uma maior equitabilidade (0,58) (Figura 2). As métricas abundância, diversidade e equitabilidade foram semelhantes entre os riachos (ANOVA, p>0,05) enquanto que a riqueza foi significativamente diferente entre os riachos (F 4,19 =3,41, p=0,02).

25 ,5 20 2,0 Riqueza Diversidade 1,5 1,0 5 0,5 0 Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 06 Pontos de Coleta 0,0 Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 06 Pontos de Coleta a b 0,6 0,5 Equitabilidade 0,4 0,3 0,2 0,1 0,0 Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 06 Pontos de Coleta c Figura 2 Valores totais de (a) riqueza taxonômica, (b) Diversidade de Shannon e (c) Equitabilidade de macroinvertebrados bentônicos coletados em riachos do município de Faxinalzinho/RS, no verão de Não foi possível observar um padrão nítido de ordenação entre a comunidade bentônica nos cinco riachos e nos substratos de coleta, utilizando a análise de ordenação NMDS. A maioria se agrupa em função do local e não do substrato (Figura 3). O stress resultante ao final da análise foi de 18,5%. Na correlação da comunidade, altitude, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica, sólidos dissolvidos totais, velocidade de correnteza e largura mostraram-se correlacionados com tais dimensões significativamente (Tabela 3).

26 26 NMDS P6FA P4FA P6LA P4FB P6LB P4LgC P4LgA P4LgB P6FB P6PA P1LB P1LgA P1LA P6PB P1LgB P2F P3FA P3PA P3FB P2PB P2PA P1F P3PB P2PC NMDS1 Figura 3 Ordenação dos pontos de coleta utilizando a comunidade de macroinvertebrados bentônicos coletados nos diferentes substratos em riachos do município de Faxinalzinho/RS, no verão de PL (Ponto lama), PLg (Ponto lajedo), PF (Ponto folha), PP (Ponto pedra). Tabela 3 Correlação NMDS dos macroinvertebrados bentônicos dos cinco pontos de coleta no município de Faxinalzinho/RS, no verão de NMDS1 NMDS2 R² P Altitude -0,9963 0,0859 0,2843 0,0260 Temperatura 0,7805 0,6251 0,1140 0,2770 ph 0,9438-0,3304 0,1423 0,1980 Potencial Óxido-Redução -0,2692-0,9630 0,0180 0,8510 Condutividade -0,4064-0,9136 0,2626 0,0400 Turbidez -0,2171 0,9761 0,1165 0,2500 Oxigênio Dissolvido 0,9248-0,3802 0,4164 < Sólidos Dissolvidos Totais -0,4596-0,8881 0,2547 0,0410 Profundidade 0,2778-0,9606 0,0852 0,4040 Velocidade de Correnteza -0,0223-0,9997 0,3863 0,0050 Largura -0,3625-0,9319 0,3868 0,0020

27 COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE TRICHOPTERA (INSECTA) Durante o período de estudo foram coletadas larvas de Trichoptera, distribuídas em 10 famílias e 23 gêneros, sendo a família Ecnomidae com 4 indivíduos apenas, novo registro para o estado do Rio Grande do Sul (Tabela 4 e Anexo A). A maior abundância foi observada nos Pontos 01 e 04 (553, 444 respectivamente), o que representou 76,98% do total das larvas identificadas. A família Hydropsychidae apresentou a maior abundância em ambos os pontos, perfazendo um total de 85,01%, seguida de Odontoceridae 8,95%, e por fim, Calamoceratidae 1,69%. Tabela 4 Gêneros de Trichoptera (Insecta) coletados em riachos no município de Faxinalzinho/RS, no verão de Taxa Pontos CALAMOCERATIDAE Phylloicus Müller, ECNOMIDAE Austrotinodes Schmid, Austrotinodes Sp GLOSSOSOMATIDAE Itaura Müller, Mortoniella Ulmer, HYDROBIOSIDAE Atopsyche Banks, HYDROPTILIDAE Alisotrichia Flint, Hydroptila Dalman, Metrichia Ross, Neotrichia Morton, HYDROPSYCHIDAE Leptopnema Guérin, Macronema Pictet, Macrostemum Kolenati, Smicridea McLachlan, Synoestropsis Ulmer, LEPTOCERIDAE Oecetis McLachlan, Triplectides Kolenati, ODONTOCERIDAE Anastomoneura Huamantinco e Nessimian, Marilia Müller, PHILOPOTAMIDAE Wormaldia McLachlan, POLYCENTROPODIDAE Cernotina Ross, Cyrnellus Banks, Polyplectropus Ulmer, Total de organismos Riqueza

28 28 O gênero Smicridea McLachlan, 1871 representou 80,84%, seguido de Marilia Müller, 1880 com 8,80% e Phylloicus Müller, 1880 com 1,69% das larvas identificadas. Smicridea esteve presente em grande quantidade no Ponto 01 (39,69%) e também foi o único gênero que esteve presente na em todos os pontos de coleta. Em contrapartida, os gêneros Alisotrichia Flint, 1964, Cernotina Ross, 1938, Cyrnellus Banks, 1913, Oecetis McLachlan, 1877 e Triplectides Kolenati, 1859 foram os menos abundantes e estiveram presentes em apenas um ponto (Anexo A). A riqueza oscilou entre 4 e 15 gêneros, sendo que a família Hydropsychidae contribuiu com a maior quantidade (5) (Tabela 4). De todos os táxons amostrados, o Ponto 06 apresentou o maior valor de Diversidade de Shannon (1,57) e para Equitabilidade, o Ponto 03 apresentou o maior valor (0,66) (Figura 4). As métricas abundância e riqueza foram semelhantes entre os riachos (ANOVA, p>0,05) enquanto que a diversidade e equitabilidade foram significativamente diferentes entre os riachos (F 4,19 =4,41, p=0,011 e F 4,19 =5,78, p=0,003 respectivamente).

29 29 Riqueza Diversidade 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 4 0,4 2 0,2 0 Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 06 Pontos de Coleta 0,0 Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 06 Pontos de Coleta a b 0,7 0,6 0,5 Equitabilidade 0,4 0,3 0,2 0,1 0,0 Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 06 Pontos de Coleta c Figura 4 Valores de (a) riqueza taxonômica, (b) Diversidade de Shannon e (c) Equitabilidade de larvas de Trichoptera coletados em riachos do município de Faxinalzinho/RS, no verão de As figuras 5 e 6 representam a ordenação dos pontos de coleta utilizando família e gênero, respectivamente, nos diferentes pontos e substratos coletados, sendo o stress ao final da análise para os mesmos 12,3% e 10,9%, respectivamente. Desta forma verificou-se que há uma tendência ao agrupamento dos pontos em função do substrato formado por lajedo, sendo que os parâmetros temperatura, ph, turbidez e profundidade foram os que influenciaram a distribuição da comunidade de Trichoptera tanto para família como para gênero (p < 0,05) (Tabela 5 e 6).

30 30 P1LgB P1LgA P6FA NMDS P4LgC P4LgB P4FB P2F P1LA P4LgA P4FA P2PA P3FA P3FB P3PB P6FB P6PA P1LB P2PB P3PA P6LB P6LA P6PB NMDS1 Figura 5 Ordenação dos pontos de coleta utilizando famílias de Trichoptera coletados nos diferentes substratos em riachos do município de Faxinalzinho/RS, no verão de PL (Ponto lama), PLg (Ponto lajedo), PF (Ponto folha), PP (Ponto pedra).

31 31 P3PB NMDS P6FA P6LA P6PB P3PA P2PB P6LB P1LB P6PAP6FB P3FB P4FA P2PA P3FA P1LA P4FB P2F P4LgA P1LgB P4LgB P4LgC P1LgA NMDS1 Figura 6 Ordenação dos pontos de coleta utilizando gêneros de Trichoptera coletados nos diferentes substratos em riachos do município de Faxinalzinho/RS, no verão de PL (Ponto lama), PLg (Ponto lajedo), PF (Ponto folha), PP (Ponto pedra). Tabela 5 Correlação NMDS das famílias de Trichoptera com as variáveis abióticas dos pontos de coleta no município de Faxinalzinho/RS, no verão de NMDS1 NMDS2 R² P Altitude -0,9753-0,2206 0,0351 0,7160 Temperatura 0,9929-0,1185 0,5389 < ph -0,2610-0,9653 0,4481 0,0010 Potencial Óxido-Redução 0,3058 0,9520 0,2432 0,0730 Condutividade -0,4272-0,9041 0,2434 0,0790 Turbidez 0,9159 0,4013 0,6967 < Oxigênio Dissolvido -0,0393-0,9992 0,1693 0,1710 Sólidos Dissolvidos Totais -0,4047-0,9144 0,2066 0,1190 Profundidade -0,2691-0,9631 0,5200 0,0020 Velocidade de Correnteza 0,7520-0,6591 0,0552 0,5830 Largura -0,2349-0,9720 0,0036 0,9650

32 32 Tabela 6 Correlação NMDS dos gêneros de Trichoptera com as variáveis abióticas dos pontos de coleta no município de Faxinalzinho/RS, no verão de NMDS1 NMDS2 R² P Altitude 0,8698 0,4933 0,0475 0,6030 Temperatura -0,9728-0,2316 0,5971 < ph -0,0084 0,9999 0,4372 0,0050 Potencial Óxido-Redução -0,0700-0,9975 0,2324 0,0640 Condutividade 0,1769 0,9842 0,2597 0,0610 Turbidez -0,7378-0,6749 0,7165 < Oxigênio Dissolvido -0,2835 0,9589 0,1744 0,1690 Sólidos Dissolvidos Totais 0,1573 0,9875 0,2216 0,0950 Profundidade 0,0068 0,9999 0,5245 0,0010 Velocidade de Correnteza -0,8937 0,4486 0,0766 0,4620 Largura -0,0741 0,9972 0,0078 0, DISCUSSÃO 5.1 VARIÁVEIS AMBIENTAIS Os valores dos parâmetros abióticos apresentados na tabela 1 estão abaixo dos valores permitidos quando se verifica a Resolução do Conama n 357/2005, tanto para riachos de classe 1 ou 2, com exceção dos valores de oxigênio dissolvido que estão acima de 5 mg L -1. De acordo com Moreno e Callisto (2004) valores de condutividade elétrica, nutrientes e turbidez são menores nos ambientais naturais, e, inversamente, os teores de oxigênio dissolvido são maiores. O maior valor de turbidez foi encontrado no Ponto 04, isso ocorre quando há partículas em suspensão na coluna d água A cobertura vegetal localizada nas margens de riachos é de fundamental importância na manutenção destes corpos d água podendo apresentar melhor qualidade ambiental, sendo que sua perda pode ter conseqüências diversas (ESTEVES, 1998; SILVA et al., 2007). 5.2 COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS Em ambientes lóticos, a comunidade de macroinvertebrados é representada por vários filos, incluindo artrópodos, moluscos, anelídeos, nematóides e platelmintos. A comunidade bentônica de Faxinalzinho esteve representada por quase todos estes grupos taxonômicos. A

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