CATÁLOGO. APRESENTAÇÕES: IMAGEMS: Coruja:
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- Gabriel Henrique Angelim Raminhos
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1 CATÁLOGO ÁREA: Introdução à Filosofia. TEMA: Por que a Coruja é o símbolo da Filosofia? HISTÓRIA DA FILOSOFIA: Antiga, moderna e contemporânea. INTERDISCIPLINARIDADE: Artes DURAÇÃO: 1 aula de 50 AUTORIA: Angélica Silva Costa OBJETIVO: Refletir sobre a simbologia da coruja (imagem), qual sua ligação direta com a filosofia em específico, recorrer e lembrá-los da importância e influência da mitologia grega na passagem do pensamento mítico para filosofia. Além de uma breve introdução à filosofia de Hegel. METODOLOGIA: O desenvolvimento desta proposta será realizado por meio da exibição das imagens e aplicação de textos com todo o conteúdo que será exposto. Será feita a exposição dialogada do texto de apoio, que consiste no fragmento sobre a lenda da deusa Athena. APRESENTAÇÕES: IMAGEMS: Coruja: 1
2 Coruja de Minerva: HEGEL: Georg Wilhelm Friedrich Hegel nasceu em Stuttgart, na Alemanha e foi o principal expoente do idealismo alemão. CONTEÚDO: TEXTOS DE APOIO: 1. Um pouco de Mitologia grega A coruja da filosofia é a Coruja de Minerva. Minerva é uma deusa romana. Seu equivalente grego é Athena. A deusa Athena, filha predileta do deus dos deuses, Zeus, e da deusa Metis, cujo significado é: "conselheira", e que indica a posse de uma sabedoria prática. Athena não nasceu de parto normal. Zeus engoliu a esposa, Metis, para se safar do filho que, pensava ele, 2
3 poderia destroná-lo, aliás, como ele próprio fez com seu pai, Chronos. O nascimento de Athena se dá de um modo especial: após uma grande dor de cabeça, Zeus teve sua fronte aberta por um de seus filhos, e daí espirrou Athena, já forte e grande. Athena seria a protetora natural de Athenas uma vez que estava ligada à idéia de cuidado com as habilidades manuais, com as artes em geral, com a guerra enquanto capacidade de proteção e, enfim, com a sabedoria, ou seja, tudo que deveria comandar uma cidade. Todavia, foi desafiada por Poseidon, que também desejava ser o protetor da cidade de Atenas. Os deuses em reunião decretaram que ficaria com a cidade aquele que produzisse algo de mais útil aos mortais. Poseidon fez o cavalo, Athena fez a oliva. A vitória foi concedida a Athena. A disputa clássica na vida de Athena, no entanto, foi contra uma mortal Arachne, talvez uma princesa, mas que aparece na mitologia como um tipo de doméstica. Arachne tecia muito bem, maravilhosamente, a ponto de dizerem que a própria deusa das habilidades, Athena, a havia ensinado. Mas Arachne negava tal fato e retrucava que poderia produzir uma rede muito superior a qualquer coisa que Athena fizesse. E assim desafiou a deusa. Athena transformou-se em uma velha e foi procurar Arachne, para aconselhá-la a não desafiar um deus. Mas Arachne ficou furiosa, e manteve seu desafio. E então veio o confronto. Ambas teceram rapidamente, mostrando uma habilidade incrível, e a própria disputa se fez de modo tão fantástico que parecia uma homenagem ao trabalho. No produto de Athena, as figuras tecidas mostravam os deuses, imponentes, mas desgostosos com a presunção dos mortais. No produto de Arachne, as figuras exemplificavam erros dos deuses tudo em forma de deboche. O resultado foi que Athena não suportou o insulto, e se insurgiu contra Arachne. Quando foi para colocar fim na vida de Arachne sentiu piedade (piedade grega, não cristã, é claro) e a poupou, deixando-a viver como um estranho animal a aranha. Assim, o mito tem como objetivo mostrar como Athena se tornou compreensiva aos erros humanos: um deus que não fosse Athena não se daria ao luxo de virar uma mortal para, sutilmente, persuadir um outro mortal de não insultá-lo. Com tal característica, Athena era de fato a condutora da cidade de Athenas, que recebeu tal nome por causa dela. Inspirados em Athena, os cidadãos gregos daquela cidade aprenderiam a se comportar diante das leis urbanas, deveriam tomar as melhores decisões, evitar conflitos e se proteger, ordenadamente inclusive através da guerra contra inimigos externos. 3
4 A imagem de Athena povoou as mentes de alguns filósofos. Platão, ao falar de Athena, a tomou como protetora dos artesãos, ressaltando o caráter da deusa enquanto não somente uma guerreira e conselheira, mas efetivamente como aquela que, desde o momento que deu a oliveira aos mortais, estava preocupada em honrar a sabedoria prática, a habilidade de usar as mãos em articulação com o cérebro. Talvez Marx, ao falar que o pior engenheiro é ainda melhor que a melhor das aranhas, estivesse pensando, de fato, em Arachne. Mas certamente é com Hegel que Athena se imortalizou para nós modernos, finalmente, na sua ligação com a filosofia. É claro que predominou seu nome romano, Minerva. E mais que a própria deusa, a coruja ficou no centro da história. A frase de Hegel, que diz que a Coruja de Minerva levanta vôo somente ao entardecer, alude ao papel da filosofia. Ou seja, a filosofia só pode dizer algo sobre o mundo, através da linguagem da razão, após os acontecimentos que haviam de acontecer realmente acontecerem. Antes que "prever para prover", que é um lema de Comte e, portanto, do espírito cientificista, Hegel preferia dar crédito a uma postura filosófica que se via distinta da postura da ciência: a voz da razão explica racionaliza a história. Ou seja, ela mostra que esta última não foi em vão. 2. Como mascote da filosofia, o que indica? A coruja não é bela. Porém, não é adepta de uma visão unidirecional, ela gira a cabeça quase que completamente, sendo possível ver e observar praticamente todos os lados. Por sua vez, é a ave de rapina por excelência e apanha os descuidados na noite. Caracterizada por hábitos diferentes das outras aves, ela é mais que uma simples observadora é misteriosa, esperta e muito curiosa, etc. Em suma, é sem dúvida, uma das aves que possuem uma visão muito rara e apurada, algo muito superior às demais classes de animais. 4
5 3. ATENA MINERVA Atena (nome grego) Minerva (nome romano) PALAS-ATENA ou PALAS ATENÉAI DEUSA DA JUSTIÇA E DA SABEDORIA Em grego Atena (Palas Atena ou Palas Atenéia). Deusa da Sabedoria, da guerra, das ciências e artes, era filha de Júpiter. Depois que Júpiter devorou sua primeira mulher, Métis, passou a sentir-se mal e surgiu-lhe uma terrível dor de cabeça. Pediu então para que Vulcano lhe abrisse a cabeça ao meio, de onde saiu, instantaneamente Minerva completamente armada. Atená, virgem padroeira das artes domésticas, deusa da sabedoria e protetora na guerra dos que lhe rendiam culto, nasceu da fronte de Zeus, já adulta...nos primeiros tempos, era representada como uma jovem, mas foi envelhecendo como Atenas, sua cidade favorita. No fim, era representada como uma figura matronal, sob cuja proteção florescia o que havia de mais valioso na civilizada Atenas: a inteligência e as artes apuradas de viver. Dizia-se que inventara a flauta, mas desprezara femininamente o instrumento ao ver como seu rosto ficava desfigurado quando ela enchia de ar as faces, para soprar...embora tivesse ajudado aos gregos a vencer em Tróia, vingou-se dos heróis que deixaram de lhe prestar as homenagens devidas. Estabeleceu o domínio da lei e até o conceito da misericórdia, no julgamento que libertou Orestes das temíveis Fúrias depois de haver assassinado a mãe por ordem de Apolo. Poder mental; prudência e sabedoria; habilidade para soluções práticas; criação psíquica; capacidade de reflexão; diplomata; ideais elevados; ótimas secretárias; o lado urbano; apreciação da vida social; jantares; receber e organizar festas e reuniões; prazer requintado; bem estar social; filosofia; mãos e mentes trabalham juntas; amante da beleza e da perfeição. Foi imediatamente admitida entre os deuses, tornando-se uma das mais fiéis conselheiras de seu pai. Seu pássaro favorito é a coruja, cujo olhar penetra nas trevas, assim como a inteligência penetra na obscuridade das coisas... 5
6 CONCLUSÃO: Mas, afinal por que a Coruja é o símbolo da Filosofia? Provavelmente tudo tenha começado a partir da análise da mitologia grega. Sabemos que a deusa Athena (Minerva), a conhecida deusa de Atenas tinha como mascote um pássaro exótico: uma coruja. Tal pássaro, extremamente observador, curioso e possuidor de uma visão apuradíssima era a principal companhia daquela deusa, considerada a protetora principal da cidade de Atenas, uma das cidades mais importantes daquela época. Além disso, era considerada a deusa das batalhas, do trabalho e da sabedoria, pois conforme a mitologia grega era uma mulher extremamente sábia e também uma forte guerreira. Mas, tal simbologia tenha se reafirmado através da célebre frase do filósofo Hegel: A coruja de Minerva levanta vôo só ao entardecer... assim como a coruja levanta vôo só ao entardecer, à filosofia somente avança sobre a história humana, desde que esta última tenha acontecido, isto é, a filosofia ocorre de modo a racionalizá-la. ATIVIDADE Será proposto aos alunos uma questão referente a importância da mitologia grega para a passagem ao pensamento filosófico. Exercícios: 1) Explique com suas palavras a importância da mitologia grega e sua relação para a passagem do pensamento filosófico. Resp: A mitologia grega foi de suma importância para o pensamento filosófico, pois não podemos desconsiderar que foi o primeiro momento em que os homens buscavam compreender a origem e causa do mundo e de suas transformações. Através das narrativas míticas tentavam dar uma explicação sobre todos os acontecimentos da realidade humana e natural. Mas, diante dos questionamentos que surgiram e do 6
7 desenvolvimento do pensamento especulativo e crítico, tais narrativas não seriam tão suficientes para responder tantos questionamentos. Dessa maneira, foi se constituindo um maior esforço para se conseguir respostas mais pertinentes, mais racionais não ligadas à cultura mitológica, daí se desenvolve os primeiros caminhos para a constituição do pensamento filosófica. AVALIAÇÃO: Será proposta aos alunos a produção de um texto, em que, os mesmos discutiram em um parágrafo, com aproximadamente 10 linhas, a relação mitologia e filosofia. BIBLIOGRAFIA: ARANHA; Maria Lúcia de Arruda e MARTINS; Maria Helena Pires. Filosofando; Introdução a Filosofia. Ed. Moderna. Pg.262 a 265 HEGEL, G. W. F., Filosofia da História, pg. 46. BIBLIOGRAFIA VIRTUAL:
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