Estilo de vida actual está a deprimir-nos

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1 Escola Secundária Raul Proença, em Caldas da Rainha, é a melhor do distrito, em 43º lugar Região não tem nenhuma escola entre as 20 primeiras do País PÁGINA 12 PREÇOS DE REVENDA E VENDA DIRECTA AO PÚBLICO O S E M A N Á R I O D A R E G I Ã O E D O D I S T R I T O Semanário Regional Director José Ribeiro Vieira Director - Adjunto João Nazário Ano XVI Edição de Outubro de 2007 Preço 1 Euro IVA incluído JORLIS-Edições e Publicações, Lda. Rua Comandante João Belo, nº 31 Apt Leiria Tel Fax geral@jornaldeleiria.pt A TRABALHAR DESDE 1992 Rua S. Miguel PONTE DA PEDRA Tel REGIÃO Porto de Mós Localização do quartel divide Câmara e bombeiros PÁGINA 11 Caldas da Rainha Novo centro comercial cria mil postos de trabalho PÁGINA 24 Pombal Jardimcentro faz jardins para realiy shows PÁGINA 26 Pedrógão Grande Vice-presidente da Câmara perde mandato PÁGINA 10 Marinha Grande Novela da TVI gravada em S. Pedro de Moel SUPLEMENTO VIVER PAÍS Teste inovador prevê Alzheimer PÁGINA 40 Exército quer mais efectivos PÁGINA 8 Associação rejeita mapa turístico proposto pelo Governo PÁGINA 23 RICARDO GRAÇA 25 a 30 por cento da população sofre de doenças mentais Estilo de vida actual está a deprimir-nos O tipo de vida actual, marcado pelas preocupações laborais, económicas e familiares, é a justificação de maior relevo, dada por especialistas, a propósito do aumento do número de doentes do foro mental. Em casos extremos, essas patologias podem levar a suicídios alargados", com pessoas a porem termo à vida, depois de o fazerem a quem lhes está próximo. Acreditam que assim lhes estão a evitar o sofrimento futuro. PAGINAS 4 E 5 António Soares, empresário Leiria pode tornar-se um aspirador de pessoas O País suporta "encargos brutais" devido à burocracia, que entrava, nomeadamente, a recuperação das zonas históricas. António Soares entende que o processo para o novo centro comercial de Leiria foi conduzido de "forma satisfatória" e que, em conjunto com outros projectos, pode tornar a cidade um "grande aspirador de pessoas". PÁGINAS 18 E 19 POLÍTICA Marinha Grande PS e PSD pedem eleições antecipadas PÁGINA 16 Ourém Vereador concorre à distrital de Santarém do PSD PÁGINA 16 Leiria João Cunha e José António Silva decidem amanhã concelhia do PSD PÁGINA 17 RICARDO GRAÇA

2 2 25 de Outubro de 2007 SOCIEDADE JORNAL DE LEIRIA LHO CLÍNICO C a r t o o n RUI VITÓRIA O Fátima está a entusiasmar o país do futebol. Depois de eliminar o FC Porto, foi a vez do Sporting ser surpreendido pela equipa de Rui Vitória. Fortes na defesa e objectivos no ataque, que ninguém diga que há milagres. FERNANDO GONÇALVES O director do Centro Distrital de Segurança Social de Leiria, Fernando Gonçalves, vai promover uma reunião entre presidentes de câmara e dos Conselhos Locais de Acção Social. O objectivo do encontro é definir estratégias para que a informação chegue às pessoas, evitando que potenciais beneficiários fiquem excluídos por desconhecimento. PINTO RAMALHO O espírito de serviço, que caracteriza a instituição militar, ficou mais uma vez demonstrado nas comemorações do Dia do Exército. Como sublinhou o Chefe do Estado Maior do Exército, general Pinto Ramalho,"esta atitude, que já demonstramos nos teatros de operações mais exigentes, tornam o Exército credor da confiança EDUARDO LUÍS O vice-presidente da Câmara de Pedrógão Grande perdeu o mandato autárquico, em Julho, por não ter entregue a sua declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional, como obriga a lei. Eduardo Luís confessa que não entregou a declaração de rendimentos, apenas por "descuido" e, mais grave ainda, que "não deu importância" à carta da Inspecção-Geral da Administração do Território que o destituiu, ficando no cargo dois meses já com o mandato revogado. Este é mais um exemplo autárquico que em nada abona a opinião que o público tem dos politicos. Caídas as canas do foguetório lançado esta semana com a assinatura do Tratado Europeu, afastado o medo da opinião dos povos europeus com a fuga aos malfadados referendos relegados para as calendas e para as cavernas infernais, fica o grito que enchia a alma do primeiro-ministro. Nada mais fulgurante e saboroso para o momento que se viveu e que certamente nos deveria encher de orgulho, que o deslumbrante "Porreiro, pá!" com que saudou o outro responsável do evento, o presidente Durão Barroso. Mas os acontecimentos dos grandes do mundo, como esta cimeira de Lisboa, por muito que alcandorem os seus actores às primeiras luzes do palco, não contribuem a curto prazo para a felicidade dos portugueses e a longo prazo só Deus o sabe. Há sempre quem não se anime com as festas, por muito "porreiras" que elas sejam. E há mesmo os arautos da desgraça, miseráveis que não têm onde cair mortos, que teimam em dar sinais de vida. Pior ainda, resolveram aparecer nas estatísticas e, pelos dias da cimeira, soube-se que eram mais de dois milhões. Falando mais claro, um em cada cinco portugueses é pobre, um dado que, pelo menos, conseguiu envergonhar um dos dirigentes portugueses, o Presidente da República, Cavaco Silva. Mas a miséria e a pobreza são secundárias e foram certamente divulgadas para ofuscar o brilhantismo dos nossos preclaros governantes em momento tão fulgurante da história pátria. Aliás, a conclusão é óbvia, os governos portugueses dos derradeiros trinta anos têm aqui um belo espelho da sua governação. Espanha é dos poucos países que acha que Portugal é importante José Eduardo Bettencourt, administrador do Santander, Diário Económico Há empresários do PS, apesar de tudo Jacinto Leandro, secretário-geral do PS Madeira, SIC Notícias Há direcções editoriais que são anti-cdu Carlos Vaz Chaparro, dirigente da CDU/Lisboa, Diário de Notícias As pessoas temem o que não conseguem controlar João Barreiros, professor de Filosofia e autor de livros científicos, Diário de Notícias A maioria dos pais considera, mais uma vez, que não é através da escola que se sobe na vida, mas através das cunhas Maria Filomena Mónica, professora universitária, Público I m p r e s s õ e s Sob o manto diáfano da fantasia Orlando Cardoso * Mas, sem dúvida que foi importante a cimeira que reuniu na nossa capital os 27 chefes de governo. Embora certamente a maioria dos portugueses não perceba em quê, nem porquê, foi um grande acontecimento. Só assim se percebe o ar eufórico e contente dos responsáveis de tal concílio. Mas não bastou o conhecimento de dois milhões de pobres para ensombrar a festa. Então não aconteceu que cerca de 200 mil pessoas se lembraram de ir em manifestação até ao Parque das Nações, mais contra a actividade governativa que contra os ilustres convidados? E, curiosamente, o governo não veio com a habitual leitura minimalista do número de manifestantes em contraponto aos números sindicalistas que, desta vez, coincidiam com os da polícia. Semana de contrastes como poucas. O clube dos ricos reunido ao mesmo tempo que a multidão de descontentes, a poucas centenas de metros, gritava o seu descontentamento contra as condições de vida que existem em Portugal. Seguindo a teoria de Sócrates expressa nas últimas semanas sobre as concentrações de professores, não terá sido uma manifestação de comunistas com a bête noir Mário Nogueira a encabeçar as hostes? Mas o dia era de festa e haver descontentes é, tão somente, a festa da democracia. Não tem importância nenhuma, na verdade. Não foi Eça de Queirós que escreveu: "Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia"? N a p o n t a d a l í n g u a É óbvio que este Tratado [de Lisboa] é o das élites imunes aos cidadãos da Europa Fernando Sobral, economista, Jornal de Negócios A vida é melhor desarrumada Júlio Resende, pintor, Visão Se o Nestor [marido] me fosse infiel, primeiro matava-o e depois divorciava-me Cristina Kirchner, candidata à Presidência da República da Argentina, Visão A idade dá-nos, felizmente, falta de paciência para coisas que não têm importância no conjunto do tempo Idem Há o conde, o visconde, a marquesa e o duque Pinto Monteiro, procurador-geral da República, a propósito do poder feudal no Ministério Público, Tabu Os lugares no Parlamento são, por definição, lugares de legislatura. Não são lugares de confiança política ou pessoal Miguel Relvas, deputado do PSD afastado pelo presidente do partido da Comissão de Obras Públicas, Diário de Notícias Há seis ou sete jogadores que já estão ricos e não precisam de correr. Não têm carácter João Bartolomeu, presidente do UDL, Record O Governo parece gostar mais de servos do que de cidadãos, pelo que não me importo de suplicar de joelhos Francisco Moita Flores, presidente da Câmara de Santarém, sobre Santarém ser sede da Região de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, Diário de Notícias orlccardoso@clix.pt A única razão pela qual as zonas históricas não têm sido recuperadas é porque o poder político não tem querido António Soares, empresário da construção civil, JORNAL DE LEIRIA O empresário português será sempre bem-vindo em Espanha Maria de Jesus Figa, Ministério dos Assuntos Externos e de Cooperação de Espanha, Diário Económico Num mundo descrente de Deus, desiludido com as ideologias e que mexe na História com pinças, os agraciados com o Nobel tornaram-se os heróis e os santos possíveis Helena Matos, jornalista, Público

3 Forum j o r n a l d e l e i r i a Facto da semana ASAE tem excesso de zelo? Criada há cerca de dois anos, a ASAE - Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica - tornou-se a mais mediática policia portuguesa, sendo raro o dia em que uma operação sua não aparece como noticia. Só este ano, o corpo policial dirigido por António Nunes já confiscou 46 milhões de euros em produtos, suspendeu 1250 operadores económicos Depoimentos Pedro Pereira, hoteleiro, Fátima Pedro Vindeirinho, manager da Rastilho Records, Leiria Pontos de vista Não me atreveria a falar de excesso de zelo. A ASAE é importante para que as regras sejam cumpridas. Penso que o profissionalismo e o cumprimento integral dos deveres dos agentes da ASAE está à frente de qualquer outra coisa. No caso que ocorreu na Marinha Grande, os procedimentos e formas de actuação é que podiam ter sido outros. Alberto Cascalho, vice-presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande A avaliação é positiva. Havia pouco controlo sobre os agentes económicos. Hoje os consumidores têm mais garantias. Numa primeira fase a acção da ASAE pecava por excesso de mediatismo e havia agentes sem formação adequada para entrar em alguns estabelecimentos. A ASAE devia também fiscalizar a Administração Pública, porque muitas das infracções detectadas ao nível dos licenciamentos têm a ver com incumprimento de prazos e falhas das entidades competentes. Os agentes tentam cumprir os requisitos necessários para o exercício da actividade, mas a administração central e local não responde em tempo útil. É verdade que não é muito compreensível o excesso de mediatismo que uma entidade como a ASAE tem, quando leva a cabo as suas acções. Todavia, ninguém pode pôr em causa o trabalho realizado nos últimos dois anos. Na área que me diz respeito, as acções contra a pirataria em feiras ou a suspensão de servidores P2P são sinais claros de que a ASAE está atenta às novas formas de pirataria informática. No que diz respeito ao nosso sector, as acções têm sido consideradas um pouco duras. Não culpando com isso a ASAE, mas as leis que não têm em conta a realidade do nosso País. Nesta fase de transição nas pescas, enquanto não há disponibilidade de fundos comunitários, devia verse o que está mal e dar tempo às empresas para que pudessem realizar as alterações, que implicam investimentos de alguma dimensão. Humberto Jorge, presidente da Associação de Armadores da Pesca do Cerco, Peniche e deteve 343 pessoas. Bem vistas por muitos portugueses, estas operações têm, no entanto, recebido criticas de vários agentes económicos que admitem haver algum excesso de zelo na actuação desta nova força policial, que fiscaliza a segurança alimentar e económica. Que avaliação faz ao seu desempenho? Jorge Morgado, secretário-geral da Associação de Defesa de Consumidor Deco Fátima Neves, empresária de restauração, Leiria Por causa do excesso de zelo e devido à natureza do sector em que estamos inseridos achámos por bem reconverter a nossa indústria - pois nunca sabemos quando vamos dormir na prisão. Não deixa de ser verdade que a ASAE veio intervir em muita coisa que estava mal. Mas deveria fazê-lo preventivamente antes de avançar para acções punitivas. Mas não é assim. Até estou admirado que não tenha havido consequências graves contra os fiscais, tal é o ódio que têm criado contra si mesmos. Pela maneira como actuam, dá a impressão que somos todos uma cambada de gangsters. A ASAE tem desempenhado bem o seu papel e aumentado o grau de segurança dos produtos colocados no mercado, nomeadamente alimentares. As leis existiam, não havia era quem fiscalizasse a sua aplicação. Hoje o consumidor tem garantias de segurança em relação ao que compra. Em pouco tempo, a ASAE conseguiu passar a imagem de uma entidade que actua efectivamente e isso desmotiva os menos honestos a cometer irregularidades. Era uma intervenção necessária, que veio dar mais garantias de qualidade e segurança aos consumidores. Hoje é muito mais seguro comer num restaurante, por exemplo, embora ainda haja muito a fazer. A acção da ASAE veio também equilibrar mais as regras da concorrência, porque não cumpre esta em vantagem face a quem cumpre. Eliseu Ferreira Dias, empresário do sector alimentar, Pombal A ASAE deveria ser um organismo de salvaguarda dos agentes económicos e dos consumidores. Na prática, o que acontece é que as acções que desenvolve buscam o mediatismo. Tem um modus operandi discutível, os meios que utiliza são desproporcionais em determinadas acções. Não existe, da parte dos agentes, bom senso. Parece- -me que se condena o visado na praça pública e depois constata- -se que, muitas das vezes não há sustentabilidade para as acusações. David Neves, presidente da Associação de Suinicultores de Leiria 25 de Outubro de EDITORIAL Vive-se hoje mais feliz? Os valores prevalecentes na sociedade actual estão em muito a dificultar a vida de milhões de pessoas, que, não conseguindo acompanhar a tendência geral, são empurradas para estados depressivos e outros desequilíbrios mentais, muitas vezes com consequências trágicas. O que importa hoje, mais do que o conhecimento, a participação cívica ou a qualidade profissional, é a imagem, muito associada ao que se tem, se veste ou se frequenta. É neste contexto, que se percebe o enorme esforço que muitas famílias fazem para comprar uma casa de dimensão desnecessária, carros de gama desajustada ao que ganham, roupas de marcas que há poucos anos só alguns usavam ou telemóveis com inúmeras funções que se não usam. Esta forma de pensar instalada na sociedade, tem sido aproveitada pelas empresas de diversos sectores que, através de várias estratégias, têm explorado até ao limite a crescente tendência para o consumo, com a maioria das pessoas a ver-se obrigada a recorrer ao crédito para manter um estilo de vida que vai para além das reais possibilidades e, pior que isso, das próprias necessidades. Naturalmente que numa altura de maiores dificuldades, como a que vivemos actualmente, com o desemprego e a taxa de juro a subirem e o poder de compra a descer, a pressão sobre as pessoas e as empresas aumenta de forma exponencial. As dificuldades para assumir os compromissos começam a surgir, vendo-se muitas famílias obrigadas a entregar as habitações e os carros aos bancos e a não conseguir manter a vida com que sonharam. Não se poderá, no entanto, afirmar que hoje se vive em Portugal com mais dificuldades de contexto do que noutros tempos. Bem pelo contrário. Tivemos juros e níveis de inflações acima dos 30 por cento, já depois do 25 de Abril e convulsões políticas e sociais graves durante os anos que se seguiram há revolução. Antes disso tivemos a guerra colonial e no mesmo século sofremos os efeitos nefastos de um regime autoritário durante 40 anos e de duas guerras mundiais. No entanto, nesses períodos as pessoas estavam habituadas a viver com maiores dificuldades e constrangimentos. Não tinham as ambições que hoje têm. Conseguiam viver com pouco, procurando o sentido da vida noutras coisas que não o ter ou o parecer assumindo a religião nesse contexto, um papel determinante. Há, pois, entre as expectativas entretanto criadas e as depressões e outras doenças mentais de hoje, uma aparente contradição. A questão está na confusão entre desejo e necessidade. Está na imagem, no ter e na desmedida ambição. JN

4 4 25 de Outubro de 2007 Sociedade Estilo de vida favorece aumento de doenças mentais Estima-se que entre 25 a 30 por cento da população portuguesa sofra de doenças do foro mental. E a tendência é para que os números subam, ao ponto de, em 2020, a depressão pode vir a constituir a segunda doença que provoca mais incapacidade para o trabalho. Especialistas ouvidos pelo JORNAL DE LEIRIA não têm dúvidas em apontar o estilo de vida actual como a principal causa do problema. Em caso extremos e excepcionais, essas patologias podem levaram a suicídios alargados, com pessoas a porem termo à vida, depois de matar quem lhes é próximo, acreditando que assim os estão a evitar a sofrimento futuro. Textos Maria Anabela Silva Fotos Ricardo Graça Quando as velhas formas de viver são substituídas por novos estilos de vida, o facto dá origem a conflitos internos. O indivíduo, ao ser-lhe negada a sua segurança e os seus valores habituais, sente-se perdido num mundo em mudança. Adriano Vaz Serra, presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM), recorre a citações dos sociólogos Émile Durkheim e Max Weber para tentar explicar os reflexos da mudança de valores no Portugal de hoje na saúde mental dos portugueses. Estima-se que entre 25 a 30 por cento da população do País sofra de problemas do foro psiquiátrico, nomeadamente, de depressão. E, à semelhança do que se passa um pouco por todo o mundo, a tendência é para a subida dos números. De tal forma que a Organização Mundial de Saúde prevê que, em 2020, a depressão seja a segunda doença a causar mais incapacidade para o trabalho, quando actualmente ocupa a quinta posição. António Cabeço, director do serviço de Psiquiatria do hospital de Leiria, não tem dúvidas em apontar o estilo de vida actual como o principal responsável pela grande incidência das doenças mentais. As pessoas hoje têm preocupações em excesso, afirma o médico, referindo os problemas financeiros como uma das razões que pode levar as pessoas a fazerem quadros depressivos. A opinião é partilhada por Adriano Vaz Serra, considerando que as facilidades dos empréstimos bancários criam em muita gente a fantasia de ter 'acesso a tudo', até que mais tarde verificam que não têm poder de compra suficiente, nem dinheiro para pagar aquilo que devem. Indissociável das preocupações financeiras está a ameaça, cada vez maior, do mundo do trabalho ao ser humano, diz o presidente da SPPSM, frisando que o problema do desemprego se reflecte não só na pessoa que fica sem trabalho, mas em todo um agregado familiar. DIFICULDADES DE RELACIONAMENTO Cláudio Laureano, psiquiatra no hospital de Leiria, sublinha que as dificuldades laborais criam obstáculos aos relacionamentos inter- -pessoais, provocando disfuncionalidades familiares e conjugais. Disfuncionalidades essas que, muitas vezes, conduzem ao divórcio. E as separações acabam sempre por afectar não só quem se divorcia, mas também os seus familiares mais directos, como pais e filhos, Plano Nacional aprovado podendo, em determinadas situações, conduzir a casos de depressão e a outros problemas do foro mental, frisa Vítor Gonçalves, que dá consultas de Psiquiatria na clínica Leirivida. Outro dos factores que, na opinião de Adriano Vaz Serra, tem conduzido ao aumento da prevalência das doenças mentais são as oscilações sociais. O psiquiatra lembra que o fenómeno da globalização permite que cerca de 170 milhões de pessoas habitem fora dos seus países de origem, arrastando consigo problemas psicossociais e situações de doença física e psíquica. O especialista refere ainda a longevidade da população. As pessoas vivem mais tempo, o que significa que haverá mais casos de doenças do foro mental e maior número de crises durante o período de vida, sustenta. A criação de equipas de saúde mental comunitárias, que se desloquem à comunidade, com consultas nos centros de saúde e visitas domiciliárias, e o fecho dos grandes hospitais psiquiátricos, devolvendo os doentes à comunidade ou inserindo-os em unidades residenciais, são algumas das medidas previstas no Plano Nacional de Saúde Mental aprovado, na semana passada, em Conselho de Ministros. Os principais objectivos do plano são assegurar o acesso equitativo a cuidados de saúde mental de qualidade, reduzir o impacto das perturbações mentais e contribuir para a promoção da saúde mental das populações.

5 JORNAL DE LEIRIA SOCIEDADE 25 de Outubro de Quando as pertubações mentais conduzem a tragédias Definido como um homem calmo e reservado, sem antecedentes de violência, A. F., empresário natural de Memória, Leiria, a viver há muitos anos no Montijo, pôs fim à vida a 16 de Julho, depois de matar a mulher e as duas filhas. Foi encontrado na cama coberto de notas. Vizinhos e amigos de A.F., em declarações à comunicação social, apontam as dificuldades no negócio e o acumular de dívidas como as razões que levaram o empresário à depressão, para a qual estava medicado. Meses mais tarde, o País voltou a ficar chocado com o caso ocorrido em Viseu, onde uma mulher, que sofria de cancro e estava a ser tratada para a depressão, se suicidou, após ter morto os dois filhos. Sublinhando que são situações excepcionais, Maximo Colón, psiquiatra forense do Instituto Nacional de Medicina Legal, explica que esses actos estão associados a depressões psicóticas graves, com perda do sentido da realidade. São casos de suicídio alargado, cometidos por pessoas que acreditam que, dessa forma, estão a evitar a quem lhes é próximo o sofrimento que podem vir a ter se ficarem vivos. Convencem-se de que não há saída e o comportamento suicida é planificado sem dar conhecimento a ninguém, afirmou, em Julho, Carlos Amaral Dias. Em declarações ao Correio da Manhã, o psiquiatra frisa que essas pessoas não dão sinais de violência e constroem ideias delirantes, que as conduzem à ruína patológica. O psiquiatra Pio Abreu considera que, quanto mais as pessoas se contêm para funcionarem de acordo com o politicamente correcto, mais em risco estão de cometerem actos desses. Maximo Cólon diz que o tratamento especializado é um factor de prevenção desse tipo de situações, mas não exclui totalmente o risco. Até porque, por vezes, os sintomas ou são detectados tardiamente ou passam despercebidos. Casos que chocaram o País Setembro de 2007 em Coimbra, um estudante universitário, de 20 anos, assassinou a ex-namorada à facada; o jovem estaria a recuperar de uma depressão nervosa Setembro de 2007 uma economista de 40 anos, residente em Viseu, matou os dois filhos, suicidando-se de seguida; sofria de um tumor na cabeça e estava medicada para a depressão Julho de 2007 um empresário, natural da freguesia de Memória (Leiria) e residente no Montijo, pôr termo à vida, depois de matar a tiro a mulher as duas filhas; estava a tomar medicação para a depressão Novembro de 2006 um agente da PSP, 36 anos, matou a ex-namorada a tiro; o homem, que está a ser julgado no Tribunal de Leiria, estaria medicado para uma perturbação pseudo-compulsiva Agosto de 2004 um homem de 42 anos, medicado por problemas psiquiátricos, matou a irmã e tentou assassinar o cunhado, acabando condenado pelo Tribunal de Santa Maria da Feira, a 22 anos de cadeia Dezembro de 2000 um homem, diagnosticado com esquizofrenia, matou à machadada uma rapariga residente em Alqueidão da Serra, Porto de Mós; o indivíduo foi condenado a internamento psiquiátrico entre 15 a 24 anos; antes do crime, o homem já tinha sido sujeito a internamento na sequência de uma tentativa de homicídio ocorrida em 1991 Mulher como sintoma da doença Os homens, por questões culturais, têm mais dificuldade em assumir problemas do foro mental, observa Vítor Gonçalves, psiquiatra. Por vezes, a mulher ou a companheira são o sintoma da doença que fica em casa, afirma o especialista, explicando que algumas pacientes recorrem ao psiquiatra por causa dos problemas do marido, que se recusa a aceitar. Adriano Vaz Serra diz que o estigma e a discriminação que acompanham estes doentes e as suas famílias as impedem de procurar cuidados apropriados. Há muita gente que considera um transtorno mental como uma questão de força de vontade, alega o presidente da SPPSM, frisando que os níveis de estigma são mais acentuados nos meios urbanos e entre pessoas com níveis mais elevados de educação, do que nos meios rurais. Apesar disso, Vítor Gonçalves afirma que as perturbações mentais são actualmente mais assumidas pela população e mais diagnosticadas, logo ao nível da Clínica Geral, o que explica o aumento do número de casos de doenças psiquiátricas e a diminuição do estigma associado a esse tipo de problemas. O director do serviço de Psiquiatria do hospital de Leiria, António Cabeço, defende que a facilidade do acesso à saúde faz com que, problemas que antes passavam despercebidos, são hoje identificados, podendo ser tratados. Cláudio Laureano alerta, contudo, que muitos dos problemas mentais, nomeadamente a depressão, são doenças caprichosas, porque se manifestam através de sintomas muito inespecíficos, como mal estar, alterações de sono ou falta de apetite, por exemplo, que dificultam o diagnóstico, sobretudo, se se está perante um primeiro episódio pessoas morrem todos os anos em Portugal vítimas de depressão 30 a 40 por cento das pessoas atendidas nos cuidados primários de saúde têm problemas de foro psiquiátrico destes cerca de 40 por cento de casos não são diagnosticados ou tratados convenientemente 20 por cento dos casos de depressão tornam-se em doença crónica 2.5 milhões de portugueses, ou seja, 25 por cento da população sofre de depressão 1.5 por cento da população mundial sofre de doença bipolar, que NÚMEROS DA SAÚDE MENTAL se caracteriza por alterações acentuadas de humor, nas quais o doente alterna entre estados de depressão e de euforia 6.1 milhões de europeus sofrem de uma forma de demência, surgindo 1.4 milhões de novos casos todos os anos, o que significa mais um doente a cada 24 segundos Cerca de metade das doenças mentais começam antes dos 14 anos Calcula-se que perto de 20 por cento das crianças e adolescentes do mundo tenham doenças e problemas mentais Fontes: Diário de Notícias e

6 6 25 de Outubro de 2007 SOCIEDADE JORNAL DE LEIRIA Juntar diferenças, construir futuros A função social da escola pública é, a cada momento, definida pelo meio em que se insere, pelo tempo a que se reporta e pelas políticas educativas definidas pelo Ministério da Educação. Cumpre, por isso, aos vários órgãos de gestão saber observar e reflectir sobre os anseios comunitários, adaptá-los às orientações da hierarquia, esforçandose por liderar projectos de escola dinâmicos, competentes e abertos à inovação. Ao aceitar a responsabilidade de assumir o desafio de dirigir e coordenar a Escola Secundária Afonso Lopes Vieira fi-lo com orgulho e honra, quer por poder dar continuidade ao trabalho de afirmação pública deste estabelecimento de ensino, quer pela consciência de que se trata de uma escola secundária com características próprias, mas onde vale a pena trabalhar. Posso afirmar que é uma escola que persegue a qualidade e a diversidade do ensino que ministra, fruto de um corpo docente estável, experiente e qualificado que os percursos de sucesso escolar e profissional de parte significativa dos nossos alunos podem demonstrar. Tenho a convicção de que é uma escola tranquila baseada na sã convivência de alunos e professores, no trabalho empenhado de um punhado de funcionários, na garantia de um ambiente propício à função escolar. Atesto, sem hesitação, que é uma escola aberta à inovação pedagógica e tecnológica, agregadora das várias diferenças, que estabelece ligações contínuas com os Encarregados de Educação e com as Instituições de relevância no meio circundante, bem patente nos protocolos de cooperação quer para a concretização de projectos de cidadania, quer para o desenvolvimento de estágios finais dos alunos dos vários Cursos. Digo, ainda, que apostamos no fomento, nos nossos jovens, de atitudes de cidadania activa, de consciência da responsabilidade individual e do valor do esforço, porque entendemos ser essa a dimensão que, cada vez mais, será exigida à escola pública. Assim, será nesta "ponte" entre várias épocas e vários contextos que se realizam as comemorações dos 25 anos da ESALV, com um conjunto de iniciativas que se estenderá por todo o ano lectivo e que terá o seu ponto alto no "Encontro de Gerações" do dia 24 de Novembro, cujo programa pode ser consultado no endereço Com a ajuda de todos, queremos fazer sempre mais e melhor. Judite Cunha Vieira Presidente do Conselho Executivo da ESALV RICARDO GRAÇA Centro distrital de Leiria promove reunião para alargar número de beneficiários Segurança Social quer mais idosos com complemento solidário No distrito há cerca de benefeciários do complemento O Instituto Politécnico de Leiria (IPL) vai abrir uma terceira fase de candidaturas, que decorrerá a partir de amanhã, dia 26, e se prolongará até dia 31, para preencher as 122 vagas que sobraram das duas fases anteriores na Escola Superior de Tecnologia do Mar (ESTM), em Peniche, Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) de Leiria, Escola Superior de Artes e Design (ESAD), em Caldas da Rainha, e Escola Superior de Educação (ESE) de Leiria. Definir estratégias para que o Complemento Solidário para Idosos (CSI) chegue a todos quantos tem o direito de o receber é o principal objectivo de uma reunião de trabalho, a realizar, em Leiria, no próximo dia 6. A iniciativa do director do Centro Distrital de Segurança Social, Fernando Gonçalves, irá juntar representantes das câmaras e presidentes dos Conselhos Locais de Acção Social. No distrito há actualmente cerca de 2550 pessoas a beneficiar do CSI, mas Fernando Gonçalves reconhece que há idosos que, apesar de reunirem as condições exigidas, não usufruem desse apoio, por desconhecimento. Por isso, o responsável defende que cabe àqueles que A ESTM ficou com 38 vagas por preencher nos cursos de Marketing Turístico (12), Gestão Turística e Hoteleira (sete), Restauração e Catering (sete), Biologia Marinha e Biotecnologia (seis), Animação Turística (quatro) e Engenharia Alimentar (duas). A ESTG vai abrir 36 vagas para os cursos de Engenharia Electrotécnica (nove), Engenharia Civil (sete), Engenharia Mecânica (cinco), Administração Pública (quatro), Solicitadoria (três), Energia e dispõem da informação e dos meios de a fazer chegar aos potenciais beneficiários. O excesso de burocracia é uma das críticas apontadas ao CSI. O processo obriga ao preenchimento de oito impressos e a avaliação dos recursos do requerente e do cônjuge ou da pessoa que com ele viva em união de facto, onde se incluem rendimentos do trabalho dependente, empresariais, prediais e de capitais, valor de bens imóveis e móveis, pensões, prestações sociais, apoios regulares da Segurança Social, entre outros. Os rendimentos dos filhos do Vagas nas escolas de Leiria, Peniche e Caldas da Rainha IPL abre terceira fase de candidaturas Ambiente (duas), Gestão (duas), Biomecânica (uma), Engenharia Informática (uma), Informática para a Saúde (uma) e Tecnologia dos Equipamentos para a Saúde (uma). Na ESAD sobraram vagas em Artes Plásticas (sete), Design Gráfico e Multimédia (cinco), Design de Ambientes (quatro), Som e Imagem (três), Design de Cerâmica e Vidro (duas), Design Industrial (duas) e Teatro (duas). A ESE tem 23 vagas disponíveis para os cursos de Educação Social Apresentado sábado, em Leiria, num jantar da APPC Volta a Portugal em carocha alerta para a deficiência Condições de acesso Dois estudantes da Escola Superior de Artes e Design (ESAD) de Caldas da Rainha e uma aluna da Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, em Leiria, vão dar a volta a Portugal num carocha de 1960, parando nas 11 delegações da APPC Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral. O objectivo é sensibilizar a sociedade para o problema da deficiência e para as dificuldades que enfrentam as instituições que se dedicam a essa causa, explica Miguel Sousa, um dos jovens envolvidos na iniciativa. O projecto será apresentado sábado, durante um jantar de angariação de fundos da delegação de Leiria da APPC, a realizar na Quinta de Santo António do Freixo, nas Cortes, com início marcado para as 20 horas. Lúcia Bento, presidente da instituição, elogia a iniciativa dos alunos (Miguel Sousa, Ricardo Siopa e Ana Santos), porque nunca é demais alertar a sociedade para a questão da deficiência. Em cada paragem nas delegações da APPC, os jovens irão deixar um brinquedo adaptado, que permite o seu manuseamento por crianças com paralisia cerebral. Além da apresentação do projecto, o jantar contará com momentos de dança e música e um desfile de moda. A apresentação do espectáculo estará a cargo de Sandrine Francisco, da agência Fashion Studio. Marta Fernandes, actriz principal da série Chiquititas exibida na SIC, também já confirmou a presença no jantar. candidato são também avaliados, tendo sido definidos vários escalões. Se se enquadrarem no primeiro escalão (entre e euros), esses rendimentos não integrarão os recursos do requerente. Se ultrapassarem os euros por ano, o candidato é excluído. Sublinhando que já foram introduzidas alterações aos formulários no sentido de os simplificar, Fernando Gonçalves frisa que o processo tem de ser feito com todo o rigor, para que não haja atribuição de apoios a quem não precise deles. Maria Anabela Silva O CSI destina-se a pessoas com 65 ou mais anos. Mas, até final deste ano, só se pode candidatar quem tenha idade igual ou superior a 70 anos. O apoio abrange idosos com recursos anuais inferiores a euros (pessoa isolada) ou por casal, que residam em território nacional há mais de seis anos e que preencham uma das seguintes condições: ser beneficiário de pensão de velhice, de sobrevivência ou equiparada, de subsídio mensal vitalício ou, sendo cidadão nacional, não tenha acesso à pensão social. (dez), Serviço Social (cinco), Educação Básica (duas), Relações Humanas e Comunicação Organizacional (duas), Comunicação Social e Educação Multimédia (duas), Animação Cultural (uma) e Tradução e Interpretação Português/Chinês e Chinês/Português (uma). As candidaturas devem ser apresentadas nos Serviços Centrais do IPL, em Leiria. Os resultados serão afixados no dia 5 de Novembro e as matrículas deverão ser efectuadas de 6 a 8 de Novembro. Leiria Hospital investe em nova cozinha O hospital de Leiria vai investir cerca de 1.9 milhões de euros na reabilitação do serviço de alimentação. A verba contempla a remodelação da cozinha e a substituição dos equipamentos, empreitadas que irão brevemente para concurso público, na sequência de uma deliberação do Conselho de Administração (CA). Em comunicado, os responsáveis da unidade de saúde explicam que as intervenções pretendem dotar a cozinha com padrões definidos para este tipo de instalações, em termos de qualidade de infraestruturas e de condições de funcionamento.

7 JORNAL DE LEIRIA PUBLICIDADE 25 de Outubro de

8 8 25 de Outubro de 2007 SOCIEDADE JORNAL DE LEIRIA Garantia dada pelo ministro da Defesa nas comemorações do Dia do Exército em Leiria Forças Armadas conquistam mais verbas A garantia da existência de verbas para concretizar os investimentos na Lei de Programação Militar foi dada aos jornalistas pelo ministro da Defesa, domingo, em Leiria, à margem das comemorações do Dia do Exército. Severiano Teixeira citou como exemplo os processos em curso para a aquisição de viaturas blindadas Pandur, carros de combate Leopard e empasteladores de engenhos explosivos. "Estamos perante o primeiro grande processo de modernização de equipamentos levado a cabo para o Exército desde o 25 de Abril, que permitirá às Forças Armadas dispor de níveis de operacionalidade e de segurança idênticos aos das modernas unidades militares dos países aliados", frisou o governante. O general Pinto Ramalho, Chefe do Estado Maior do Exército, lembrou que "tem de ser garantido às tropas não só o treino que lhes é devido, mas também o equipamento que necessitam e merecem". E alertou que, a nível de pessoal, são necessários mais mil efectivos. O Exército, referiu, "entende as dificuldades e as restrições orçamentais como uma situação conjuntural". Mas, também, "procuramos, em todas as circunstâncias, poder afirmar que aquilo que respeita ao Exército e dele depende, será concretizado". Cerca de mil militares desfilaram perante uma tribuna onde pontificou o ex-presidente da República, António Ramalho Eanes. Damião Leonel Desfile dos Estandartes Nacionais 2 - General Rocha Vieira, Isabel Damasceno, General Ramalho Eanes, Severiano Teixeira e general Pinto Ramalho 3 - General Garcia dos Santos, general Rocha Vieira e Odete João, deputada do PS. Garcia dos Santos foi Chefe do Estado Maior do Exército, Chefe da Casa Militar do Presidente Ramalho Eanes e um dos principais protagonistas do 25 de Abril e do 25 de Novembro 4 - Alunos do Instituto Militar dos Pupilos do Exército, em parada 5 - General Fialho da Rosa, vice-chefe do Estado Maior do Exército e General Mourato Nunes, comandante geral da GNR, contemporâneos de José Ribeiro Vieira (ao centro) na Academia Militar 6 - Ginastas do Instituto de Odivelas, instituição afecta à Direcção de Educação do Exército 7 - Isabel Damasceno, general Marques dos Santos, director do Comando de Instrução e Doutrina do Exército e o tenentecoronel Hélder Perdigão, porta-voz do Exército 8 - Jovens de Leiria com uma tenente do Exército 9 - O major-general Pereira Agostinho, natural de Leiria, comandou o desfile militar nas celebrações do Dia do Exército. É comandante da Brigada Mecanizada, unidade sedeada em Santa Margarida

9 JORNAL DE LEIRIA SOCIEDADE 25 de Outubro de Juntas ponderam recorrer da decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria Providência cautelar contra aterro indeferida BREVES Marinha Grande SAP com um médico ALEXANDRA BARATA/ARQUIVO Última manifestação contra o aterro foi em Maio As Juntas de Freguesia de Barosa, Maceira e Parceiros estão a ponderar recorrer da sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria, que indeferiu uma providência cautelar interposta pelas autarquias contra a Câmara de Leiria. Com a acção, as juntas pretendiam que o município não licenciasse a ampliação do aterro sanitário da Valorlis e que a infra-estrutura fosse deslocalizada para outro concelho, conforme estava previsto no acordo parassocial da empresa de recolha e tratamento de resíduos. Ao que o JORNAL DE LEIRIA apurou, um dos argumentos que terá pesado na decisão do tribunal prende-se com o facto da Câmara de Leiria não ter competência para licenciar aquele tipo de infra-estrutura. O tribunal pronunciou-se também sobre o acordo parassocial, entendendo que a sua aprovação foi uma decisão política legítima e, como tal, não poderá ser invocada juridicamente. Quanto à alegada contaminação provocada pelo aterro, o tribunal não terá encontrado fundamentos técnicos que sustentem esse argumento usado pelas autarquias, considerando ainda que as juntas tiveram dez anos para contestar a actual localização e os supostos malefícios para a população. António Febra, presidente da Junta de Maceira, defende o recurso a todas as hipóteses conferidas pela lei para contestar uma decisão tomada contra a vontade do povo. O autarca afirma que as populações que residem na envolvente do aterro já tiveram a sua dose de maus cheiros. Por isso, defende que o bom senso que esteve na origem do acordo parassocial, que previa a rotatividade da infra- -estrutura por todos os concelhos, devia prevalecer. Daniel Carvalho e José Carlos Filipe, presidentes das juntas de Barosa e Parceiros, remetem comentários para depois da reunião entre os autarcas e o advogado que os representa, para analisar a possibilidade de recurso. Isabel Damasceno, presidente da Câmara de Leiria, diz que a Justiça funcionou. Entretanto, o município aguarda por uma decisão do tribunal arbitral, constituído a pedido da edilidade e composto por um representante da Valorlis, um Estado e por um escolhido pelas duas partes. Maria Anabela Silva O Serviço de Atendimento Permanente (SAP) da Marinha Grande poderá vir a funcionar 24 horas por dia, apenas com um médico e um enfermeiro. A tomada de posição do Ministério da Saúde sobre o eventual encerramento do SAP está dependente dos ganhos que se consigam obter com estas alterações e com a previsibilidade de colocar na Marinha Grande uma ambulância do INEM. Envelhecer em debate Reflectir sobre envelhecimento, partilhar práticas de intervenção e promover a participação activa do cidadão mais velho na sociedade são os principais objectivos do seminário Envelhecimento e Cidadania II -Viver com Qualidade, promovido pela Misericórdia da Marinha Grande. O evento decorre amanhã, no auditório do Operário. GERENTES DE BALCÃO E DIRECTORES DE ÁREA REFORMADOS Empresa de Consultoria de Gestão pretende recrutar colaboradores REFORMADOS oriundos da Banca nacional ou estrangeira, para apoio ao seu Quadro de pessoal. Os "apporteurs d affaires" seleccionados, reportarão hierarquicamente sempre e só à Administração. As candidaturas, (acompanhadas de CV), devem ser enviadas com máxima urgência, preferencialmente por para vps@ip.pt ou por fax para Serão considerados preferenciais as candidaturas recebidas até ao final do corrente mês.

10 10 25 de Outubro de 2007 SOCIEDADE JORNAL DE LEIRIA Ansião População farta de maus cheiros A população da freguesia de Ansião está farta dos maus cheiros provocados pelas descargas de dejectos provenientes de um aviário, a céu aberto, em Casal dos Sousas. Foi criada uma comissão de moradores que, em conjunto com a junta de freguesia local, está a acompanhar o caso que dura já há três anos. A falta de resultados, contudo, leva António Cardoso, presidente da Junta de Ansião, a considerar que o assunto reveste a forma de uma calamidade". As pessoas continuam a queixar-se do mau cheiro e penso que a situação pode complicarse no Inverno, com as chuvas, desabafa António Cardoso alertando para aquilo que considera um risco para a saúde pública. Quando começar a chover, vem tudo por aí abaixo. Perante a inexistência de uma solução para os despejos que assegura serem ilegais, o autarca levou o caso à Assembleia Municipal até porque o autor [das descargas] já foi autuado por diversas vezes". Sabemos quem é o autor das descargas. Está tudo nas mãos do Ministério do Ambiente, adianta António Cardoso. Fonte da autarquia confirma que o assunto foi comunicado ao ministério e que este terá enviado funcionários ao local das descargas para avaliar a situação. Mas os moradores continuam a queixar-se do mau cheiro, contrapõe o presidente da junta. Actos administrativos em causa em Pedrógão Grande Vice-presidente da câmara perdeu mandato em Julho Por não ter entregue a sua declaração de rendimentos ao Tribunal Constitucional, Eduardo Luís, vice-presidente da Câmara de Pedrógão Grande, perdeu o mandato em Julho mas manteve-se em funções até Setembro. Embora tenha sido notificado imediatamente da medida punitiva, o vereador confessa que não deu importância à carta da Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT) e que substituiu o presidente da câmara, João Marques, durante as férias deste. A perda de mandato cria o problema da validade dos actos administrativos do vereador durante os dois meses em que ocupou o cargo, depois de ter JACINTO SILVA DURO perdido o mandato. A perda de mandato só foi conhecida depois de uma comunicação formal da IGAT. Segundo o presidente da câmara, João Marques, os actos de Eduardo Luís poderão ter de ser rectificados. Espero uma resposta da IGAT sobre qual é a melhor solução, explica. Por seu turno, Eduardo Luís explicou à Agência Lusa que não entregou a declaração de rendimentos, apenas por descuido. Recorde-se que, já no início do ano, o JORNAL DE LEIRIA noticiou que alguns autarcas do distrito estavam a ser alvo de acções da IGAT por não terem entregue as suas declarações de rendimentos. António Figueiras, director da Escola Tecnológica, Profissional do Pinhal, ocupará o lugar de Eduardo Luís, embora os seus pelouros sejam assumidos por João Marques que ainda não escolheu um novo vice. JSD Ourém Parque para idosos Promover o exercício físico entre os mais velhos é o principal objectivo de um parque de recreio e de desporto a instalar no parque linear de Ourém. O projecto resulta de uma parceria entre a câmara e o hipermercado Modelo, com a autarquia a ceder o espaço e a assumir a sua manutenção, enquanto a entidade privada custeará a aquisição dos equipamentos. João Moura, vereador das Obras Municipais e do Ambiente, explica ao JORNAL DE LEIRIA que a proposta de parceira partiu do Modelo, que se prepara para abrir um hipermercado em Ourém até ao final do ano. É politica do grupo instalar, nas cidades onde inaugura novos espaços, esse tipo de equipamentos, adianta o autarca, sublinhando que o projecto irá zelar pelo bemestar e saúde dos mais idosos. A proposta apresentada pelo hipermercado prevê também apoios para a instalação de uma universidade sénior, que poderá passar por uma parceria com APEFF Associação Promotora do Ensino e Formação de Fátima. Complexo escolar inaugurado O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, inaugura amanhã, pelas 15 horas, o complexo escolar de Gondemaria, Ourém. O edifício resulta de um investimento a rondar os 850 mil euros e conta com uma biblioteca/mediateca, quatro salas de aulas e uma para actividades de expressão plástica, gabinete de atendimento e sala de professores. O complexo tem ainda refeitório e sala polivalente com balneários, preparada para prática desportiva, equipamentos que, a par da biblioteca, serão usados pelos restantes alunos da freguesia.

11 JORNAL DE LEIRIA SOCIEDADE 25 de Outubro de Divergências entre corporação e Câmara de Porto de Mós Novo quartel dos bombeiros à espera de localização A Direcção dos Bombeiros de Porto de Mós e a Câmara Municipal não se entendem quanto à localização do novo quartel. Depois de, no aniversário da corporação ter afirmado que a autarquia está a trabalhar no sentido de rever o Plano de Pormenor (PP) da Várzea de forma a permitir a construção do edifício, o presidente do município, João Salgueiro, vem agora afirmar que a escolha da localização é responsabilidade dos bombeiros. Posição contrária tem a Direcção da corporação que, em carta enviada há cerca de um mês a todos os vereadores, frisa que, nos termos da lei é competência dos municípios o planeamento e a gestão do território municipal. Logo, não pode ser a associação a definir o local para a construção da infraestrutura, limitando-se à sua preferência pelo local. José Ferreira, presidente da Direcção dos Bombeiros e antigo presidente da câmara, considera que a localização junto às piscinas é a ideal, porque se tratam de terrenos planos, a maior parte dos quais pertencente ao município. O responsável frisa que a corporação está receptiva a outras sugestões, mas sublinha a urgência da decisão, uma vez que o QREN Quadro de Referência Estratégica Nacional, contempla cerca de 30 milhões de euros destinados à construção de instalações para bombeiros e forças de segurança. Sem haver localização definida, não podemos avançar com o projecto. E sem projecto, não há candidatura a fundos comunitários, adverte. O presidente da câmara alega que o PP da Várzea não prevê a construção do quartel, mas adianta que no âmbito da alteração do PP em curso, a autarquia está a encarar a hipótese de contemplar a localização da infra-estrutura naquele local. João Salgueiro frisa, no entanto, que se trata de um processo que demora tempo. Na carta enviada aos vereadores, a Direcção dos bombeiros pede ainda esclarecimentos sobre o tipo de comparticipação que a câmara pretende dar ao projecto, lembrando que, no caso de Mira de Aire, além de apoios à construção do quartel, o município pagou o terreno e materiais para os arranjos exteriores. A comparticipação será definida a seu tempo, diz João Salgueiro. Maria Anabela Silva DR Direcção quer tirar quartel do centro da vila Porto de Mós Prémio Pessoa 2006 em conferência António Câmara, professor na Universidade Nova de Lisboa galardoado com o Prémio Pessoa 2006, é o convidado de uma conferência, a realizar segunda-feira em Porto de Mós. Subordinado ao tema Vilas fortes e criativas, o colóquio pretende debater questões como o papel de concelhos como Porto de Mós na sociedade do conhecimento e formas de atrair recursos humanos com capacidade criativa e jovens com formação superior. A organização do evento é da responsabilidade dos editores do blogue Vila Forte, criado há um ano em Porto de Mós por iniciativa de Ana Narciso Jorge Vala, Luís Malhó, Paulo Sousa e Pedro Oliveira. O colóquio terá lugar no auditório da Ecoteca, junto ao jardim, a partir das 21 horas. Além de professor, António Câmara preside ao Conselho de Administração da Ydreams, empresa que nasceu no seio da investigação universitária e que está em processo de expansão internacional. Espaço de internet inaugurado A Psicativa - Cooperativa Nacional de Promoção da Saúde, Desenvolvimento Humano e Comunitário de Porto de Mós, inaugura quarta-feira um espaço para acesso à internet, que funcionará nas instalações da Junta de Freguesia de S. Pedro. Criado no âmbito do projecto de intervenção social Porto de Mimos, o Netpoint está disponível das 17 às 20 horas, de segunda a sexta-feiras, e das 14 às 20 horas, aos sábados. A inauguração do espaço, prevista para as 19 horas, marca o início do Fim-de-semana da juventude, que decorrerá até ao dia 3, com vários workshops de música, dança, ginástica e graffiti, desportos radicais, paintball, teatro e concertos. No dia 31, depois da abertura do Netpoint, haverá um Baile de vampiros, com a presença do DJ Moonrise, a realizar a partir das 22 horas na Casa do Povo de Porto de Mós.

12 12 25 de Outubro de 2007 SOCIEDADE JORNAL DE LEIRIA Caldas da Rainha Câmara admite processar Vodafone Fernando Costa, presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, admite processar a operadora de telecomunicações Vodafone, se esta não acatar a ordem de retirar uma antena de 30 metros instalada em pleno centro da Foz do Arelho, sem que tenham sido salvaguardadas as questões de ordem estética. O anúncio foi feito na última assembleia municipal, depois de uma delegação de cerca de três dezenas de munícipes da vila se terem voltado a manifestar contra a antena, que tinha estado já na origem de um abaixo-assinado entregue à autarquia e de um documento em que o presidente da Junta de Freguesia da Foz, Fernando Horta, manifestava as preocupações da população (essencialmente ao nível do impacto visual negativo e de eventuais malefícios para a saúde pública), propondo a sua deslocação para um terreno municipal situado fora da localidade onde existe um equipamento semelhante, de outra operadora. Apesar da instalação da antena ter sido aprovada por unanimidade na câmara, Fernando Costa garante que a aprovação ficou condicionada à minimização dos impactos visuais, o que foi cumprido e levou já autarquia a notificar a Vodafone para a retirar. A ausência de resposta à notificação, bem como de qualquer proposta de resolução do problema por parte da empresa, leva agora a câmara a equacionar avançar para os tribunais. DA Radiações controladas A medição das radiações electromagnéticas realizadas em vários pontos das Caldas da Rainha pelo Instituto de Telecomunicações (IT), no âmbito do projecto Monit, revela que "em todos os locais medidos os valores estão abaixo dos máximos recomendados pela Organização Mundial de Saúde", informa a autarquia em comunicado. A explicação foi avançada por Luís Correia, do Instituto Superior Técnico e responsável pelo projecto Monit. As declarações foram prestadas após a formalização do protocolo de monitorização entre o IT e a Câmara de Caldas da Rainha, cidade onde foram instaladas quatro estações de medição contínua e duas de medição localizada. Lixeira em São Martinho do Porto preocupa população Funcionários autárquicos acusados de despejar lixo perto de casas Há funcionários da Junta de Freguesia de São Martinho e da Câmara de Alcobaça que despejam lixo num terreno nos Medros, junto à ETAR daquela vila, em São Martinho do Porto, assegura Mário Matias, residente naquele lugar. A denúncia foi feita por um habitante daquela freguesia, através de uma carta anónima. No documento pode lerse que os funcionários vêm despejar com frequência lixo que recolhem na vila. A informação foi, depois, confirmada por Mário Matias. Isto está À semelhança de anos anteriores, a Escola Secundária Raul Proença, em Caldas da Rainha, ficou bem posicionada no ranking dos exames do ensino secundário, ao ficar em 43º lugar a nível nacional e em primeiro lugar no distrito, com média de 11.6 valores. Em consequência disso, o estabelecimento de ensino tem sido mais procurado pelos alunos. Desde que o ranking começou a ser publicado, andamos sempre a par da Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, afirma José Madruga Pimpão, presidente do conselho executivo. A relação entre as duas escolas é estabelecida pelo facto da Raul Proença ser uma secção do antigo Liceu Nacional de Leiria, hoje Escola Secundária Rodrigues Lobo. Madruga Pimpão acredita que os bons resultados no ranking se reflectem na procura por parte pelos alunos. Mas acrescenta que o facto de ninguém fumar e de desenvolverem com regularidade acções sobre educação para a sexualidade também contribuem para isso. Refere, por outro lado, que a disciplina é rigorosa e que a própria escola exige bons resultados aos alunos. Quem aspira a prosseguir estudos, procura o antigo liceu. Em contrapartida, o Colégio Cidade Roda, em Pombal, ficou em 572º lugar a nível nacional em 608 estabelecimentos de ensino e em último entre as escolas do distrito, com média de 7.7 valores nos exames do ensino secundário. Segundo a Agência Lusa, o colégio privado consta ainda entre as cinco escolas, a nível nacional, com maior discrepância entre as notas internas e as notas de exame: 14.4 e 7.7 valores. Volta ainda a destacar-se pela negativa, ao ocupar o terceiro a tornar-se uma autêntica lixeira, lamenta, acrescentando que é durante o Verão que os funcionários despejam mais lixo. Na lixeira improvisada, é possível encontrar um pouco de tudo, desde tábuas a árvores, colchões e sofás. O presidente da junta, Manuel Pereira, defende que restos de árvores não podem ser considerados lixo e que, em breve, vão ser queimados, embora esteja consciente que não é agradável ter aquilo à porta de casa. Em relação aos colchões e lugar, a nível nacional, na média do exame de Português B, com 6.9 valores. Apesar das diversas tentativas, o JORNAL DE LEIRIA sofás, o autarca refere que não são ali abandonados pela junta, mas sim por pessoas da freguesia. Manuel Pereira explica que os monos são levados para um terreno junto ao campo de futebol e depois transportados para o aterro, pela câmara. Segundo Mário Matias, há uns meses era habitual verem-se ainda electrodomésticos entre os amontoados de lixo. A sorte é que passam com frequência homens do ferro-velho, observa. Não é a primeira vez que aquele terreno da Estabelecimento de ensino de Caldas da Rainha mais procurado Raul Proença lidera ranking das escolas do distrito Nº Escola Concelho Média de Exame 43 Secundária de Raúl Proença Caldas da Rainha 116,78 53 Secundária com 3º Ciclo da Batalha Batalha 114,86 67 Centro de Estudos de Fátima - CEF Ourém 112,96 85 Secundária Francisco Rodrigues Lobo Leiria 109, Colégio João de Barros Pombal 108, Secundária de Porto de Mós Porto de Mós 108, Secundária de Pombal Pombal 107, Colégio Rainha D. Leonor Caldas da Rainha 107, Secundária de Ourém Ourém 107, Secundária de Mira de Aire Porto de Mós 107, Externato D. Fuas Roupinho Nazaré 106, EB 2,3/S Dr. Pascoal José de Mello Ansião 105, Colégio São Miguel Ourém 104, Secundária de Ourém Ourém 107, Secundária D. Inês de Castro Alcobaça 104, Secundária Domingos Sequeira Leiria 104, Secundária D. Pedro I Alcobaça 102, Colégio Dr. Luís Pereira da Costa Leiria 101, Secundária Rafael Bordalo Pinheiro Caldas da Rainha 101, Secundária de Peniche Peniche 101, Secundária Afonso Lopes Vieira Leiria 100, Instituto Educativo do Juncal Porto de Mós 100, Secundária com 3º Ciclo de Pinhal do Rei Marinha Grande 99, Instituto D. João V Pombal 97, Externato Cooperativa da Benedita-Inst. NªSrªda Encarnação Alcobaça 96, Secundária de José Loureiro Botas - Vieira de Leiria Marinha Grande 93, Secundária Engº Acácio Calazans Duarte Marinha Grande 93, Colégio Dinis de Melo Leiria 89, Secundária do Bombarral Bombarral 89, Secundária de Figueiró dos Vinhos Figueiró dos Vinhos 85, EB 2,3 Dr. Manuel Ribeiro Ferreira Alvaiázere 85, EB 2,3 de Maceira Lis Leiria 80, EB 2,3/S da Guia Pombal 80, EB 2,3 c/es de S. Martinho do Porto Alcobaça 79, Colégio Cidade Roda Pombal 77,37 Fonte: Jornal de Notícias RANKING DAS ESCOLAS SECUNDÁRIAS 2007 não conseguiu chegar à fala com a direcção da escola até ao fecho da edição. AB junta é utilizado como depósito de lixo. A minha mãe protestava com frequência em relação à situação ao presidente da junta de freguesia, lembra Mário Matias, referindo que também ele alertou a câmara, ao longo de anos. O lixo devia ser levado para aterros sanitários e não despejado em zonas habitacionais. Até ao fecho da edição não foi possível ouvir o vereador do Ambiente na Câmara de Alcobaça, Hermínio Rodrigues. Luci Pais Óbidos Angariação de fundos Angariar fundos para ajudar um bebé com graves problemas de saúde é o objectivo da mostra de pintura Pinceladas por David, que vai estar patente de 1 a 4 de Novembro, no CCSR Arelhense, no Arelho, em Óbidos. A exposição pode ser visitada das 9 às 23 horas. No dia 4, haverá pintura ao vivo, das 15 às 17 horas. Quem pretender fazer um donativo, pode fazê-lo na conta bancária com o NIB: A iniciativa conta com o apoio da empresa municipal Óbidos Patrimonium. Peniche Colisão provoca dois feridos Uma colisão entre duas viaturas provocou ferimentos ligeiros e graves em dois ocupantes. Segundo fonte do Centro Distrital de Operação e Socorro de Leiria, a ocorrência teve lugar na estrada nacional 247, em Geraldes, Peniche. No local estiveram cinco viaturas, apoiadas por 11 homens dos Bombeiros Voluntários de Peniche. Alcobaça Queda em penedo Um homem sofreu ferimentos graves, após ter caído num penedo na baía de S. Martinho do Porto, Alcobaça. O alerta foi dado pelas 8:30 horas, tendo os bombeiros locais deslocado ao lugar do acidente seis homens apoiados por um bote e duas viaturas.

13 JORNAL DE LEIRIA SOCIEDADE SEGURANÇA 25 de Outubro de Arguido é suspeito de ter morto a tiro um homem em Leiria Crime com sete anos começa a ser julgado João N., 64 anos, começou a ser julgado na terça-feira, no Tribunal de Leiria, acusado de dois homicídios, um dos quais na forma tentada. O crime ocorreu há cerca de sete anos, em frente ao Centro Comercial D. Dinis, em Leiria. O arguido esteve fugido durante esse período e só agora se entregou às autoridades. A defesa tentou pôr em causa o testemunho da viúva da vítima mortal, América Ezequiel, que acusou o arguido de ter morto o marido a tiro, depois de Tó Nelo, filho de João N., ter baleado o filho da testemunha, crime pelo qual foi condenado em 2003 a 19 anos de prisão. Victor Faria tentou explorar as contradições de América Ezequiel, confrontando-a com o depoimento que deu à Polícia Judiciária, logo após os acontecimentos. Facto que o Ministério Público desvalorizou, Suspeito de liderar grupo de 35 jovens Ministério Público pede 12 anos para Cyborg ARQUIVO/RICARDO GRAÇA Altas medidas de segurança à porta do Tribunal Uma pena não inferior a 12 anos foi a condenação pedida pelo Ministério Público (MP) da Marinha Grande, na segunda-feira, para o suspeito de liderar um gangue de 35 jovens. Segundo o Jornal de Notícias, o procurador Albano Pinto considerou que ficaram provados quase todos os crimes, entre eles furto, dano, receptação, burla informática, auxílio material e condução perigosa. Perante estes factos, pede a condenação da maioria dos arguidos, com excepção de cinco, que disse não pertencerem ao grupo. No entanto, tendo em conta o novo Código do Processo Penal, que prevê a suspensão das penas inferiores a cinco anos, o MP admite que a maioria dos arguidos possa não vir a cumprir prisão efectiva. De acordo com o despacho da acusação, o grupo realizou centenas de furtos, entre Março de 2004 e Fevereiro de ao considerar que as discrepâncias não eram relevantes com as declarações prestadas. A testemunha contou que o filho, António Oliveira, se encontrou com o cunhado - Tó Nelo - a pedido deste, para falarem sobre Dulce, a companheira de António Oliveira. Conversa que não chegou a ocorrer, uma vez que Tó Nelo o alvejou de imediato na cabeça. Ainda segundo o depoimento de América Ezequiel, o marido, para defender o filho, colocou-se à sua frente. Foi quando o João N. lhe deu dois tiros no peito e ele caiu no chão. O caso remonta a Julho de 2000, quando Edmundo Saltinha faleceu à porta do Centro Comercial D. Dinis e o seu filho, António Oliveira ficou cego de um olho e perdeu faculdades mentais, após ter sido baleado na cabeça, segundo América Ezequiel. EC Acusado de matar ex-namorada Tribunal de Leiria adia sentença de ex-psp O Tribunal de Leiria adiou a sentença de um ex-agente da PSP, acusado de ter morto a ex-namorada, há cerca de um ano. Uma vez que a juíza deu como provados factos que não constavam na acusação, os advogados de Luís B. pediram tempo para preparar a defesa do arguido, que começou por ser julgado por homicídio qualificado. No entanto, os juízes consideram que se tratou de um homicídio simples, dado que não premeditou o crime. Luís B. vai ainda ser julgado por homicídio na forma tentada sobre o homem que acompanhava a ex-namorada. A defesa tem até dia 2 de Novembro para rever o processo. Luís B. é acusado de ter morto Sílvia Catarina, que deixou um menino de 4 anos, que tem recebido tratamento psicológico. Para compensar os danos sofridos pela criança, o advogado do menor pede uma indemnização de 125 mil euros. BREVES Caldas da Rainha Assalto armado a banco Um homem, com cerca de 20 anos, assaltou uma dependência bancária, em Caldas da Rainha. Segundo a PSP, o rapaz entrou empunhando uma arma de fogo tipo caçadeira, exigindo que lhe fosse entregue todo o dinheiro. O homem abandonou as instalações para parte incerta, sendo ainda desconhecido o montante total do roubo. A Polícia Judiciária de Coimbra está a investigar o caso. Moção pede mais segurança Os assaltos a lojas que nos últimos dias se têm sucedido nas Caldas da Rainha, estão na base de uma moção aprovada por maioria na última sessão da assembleia municipal, em que os deputados exigiram mais forças de segurança ao ministro da Administração Interna. O socialista Mário Tavares sustenta que os assaltos estão a produzir um sentimento de insegurança na cidade, que tem no comércio a base fundamental da sua economia e em que metade da população diária tem residência fora dos limites urbanos. As estatísticas revelam que os 30 mil habitantes residentes duplicam durante a normal actividade da urbe. A estes números, acrescem mais uns milhares de imigrantes, o que torna o policiamento insuficiente, durante o dia e muitíssimo deficiente durante a noite. CPCJ de Ourém Bebé sofre maus-tratos e é retirado à família Um bebé de seis meses foi retirado à família, depois de ter entrado no hospital de Leiria, com múltiplas fracturas que os médicos suspeitaram tratar-se de maus-tratos. A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Ourém, concelho a que pertence, está a acompanhar a situação. Humberto Piedade, presidente da CPCJ, revela ao JOR- NAL DE LEIRIA que a criança foi sinalizada assim que nasceu, uma vez que a mãe era menor. E esclarece que o bebé e a família foram acompanhados durante algum tempo e não foi detectado qualquer indício que levantasse a suspeita de que o bebé poderia vir a correr risco de vida. A criança teve um desenvolvimento normal. A mãe e o pai mostraram uma atitude positiva e tudo corria bem até este dia, em que tomámos conhecimento dos factos, avança Humberto Piedade. Segundo o responsável, o bebé está a recuperar rapidamente das fracturas e vai manter-se à guarda da CPCJ até se apurarem responsabilidades. Poderá ou não regressar à família. Mas, a volta para o lar só se verificará com a garantia de que não há o mínimo risco para o bebé. Para Humberto Piedade, o projecto de vida da criança poderá passar pelos avós, uma vez que os pais ainda são muito jovens. A família poderá visitar a criança desde que acompanhada. dias úteis das 9:00h às 13:00h e das 14:00h às 18:00h. Sábados das 9:00h às 13:00h tel fax cetial@anivap.com LOCALIZAR O CENTRO

14 14 25 de Outubro de 2007 SOCIEDADE JORNAL DE LEIRIA Crónicas sobre o futuro O futuro de Leiria Acapacidade de prever o futuro é, como aqui tenho afirmado inúmeras vezes, uma das condições do bom governo. Daí que a decisão da Câmara Municipal de Leiria de vender por 100 anos o centro da cidade, para ali construir, entre outras coisas, um mega centro comercial, seja tão reveladora da pobreza do pensamento governativo do concelho. Neste caso, não apenas por força da maioria PSD, mas de todas as forças políticas envolvidas, já que o efeito nenhuma foi capaz, até ao momento, de ver o enorme erro que a decisão envolve. De facto, do ponto de vista urbanístico, cultural, económico e do desenvolvimento sustentado da cidade, a decisão será vista no futuro próximo como um erro de enormes proporções. Na continuidade, aliás, do erro que foi a construção do estádio, que ao tempo teve com um o apoio quase unânime das forças políticas do concelho, mas que hoje, passados poucos anos, é visto por aquilo que realmente é, o monstro, verdadeiro monumento à incapacidade de prever o futuro de uma geração de leirienses. Dentro de 20 anos os leirienses vão compreender, como já hoje a questão é vista em muitos países, que aquilo que valoriza a cidade é o centro histórico, as ruas estreitas, os antigos edifícios sobrantes, o pequeno comércio de qualidade, as iniciativas culturais ali realizadas. Nesse tempo futuro, quase à porta, o centro comercial estará decadente e sujo e o efeito combinado do estádio e das construções à sua volta, será visto como uma incomodidade e com um sentimento de vergonha e de ausência de cultura urbanística e de sentido estético pelas gentes de então. Um tempo em que as cidades que preservaram o seu passado histórico, como Guimarães ou Évora, serão procuradas e amadas como bons exemplos de urbanismo e de qualidade de vida, por nacionais e por estrangeiros, com as naturais vantagens económicas que daí resultam. O mais estranho é que as várias pessoas de Leiria com quem falei sobre o assunto não defenderam a decisão autárquica, bem pelo contrário, assumiram que o estádio não deveria ter sido ali Nesse tempo futuro, quase à porta, o centro comercial estará decadente e sujo e combinado do estádio e das construções à sua volta, será visto como uma incomodidade e sentimento de vergonha e de ausência de cultura urbanística e de sentido estético pelas gentes de então. HENRIQUE NETO, empresário construído, que comprometer por 100 anos as decisões e a vida de gerações futuras é um absurdo e que o modelo de desenvolvimento do concelho e da cidade está errado. Mas quase todos os leirienses revelaram também uma espécie de sentimento de fatalidade perante o pretenso dilema da decisão, que será, porventura, a característica mais perturbante, na medida em que assumem a necessidade de pagar as dívidas resultantes do erro passado, com um novo e mais desgraçado compromisso em relação ao futuro. De facto, neste tema os leirienses parecem zombis no seu próprio tempo, sem vontade e sem energia para olhar o futuro e o que este provavelmente lhes reserva. Sabem reconhecer o que é o bem e o que é o mal da cidade que estão a construir, mas olham à sua volta como se aquilo que vêm e prevêem não lhes dissesse respeito, abertos e dispostos a criticar no futuro próximo aquilo que aceitam de forma estranhamente pacífica hoje. As elites de Leiria que conheci há 30 ou 40 anos eram muito diferentes, resistentes, cultas, com uma forte vontade de participar na vida política, cultural e cívica da cidade e do País, tinham os olhos bem abertos para tudo o que se passava em Portugal e no mundo. Não consigo explicar com facilidade o que entretanto se passou, mas suspeito que a evolução da vida partidária e política da comunidade tenha alguma coisa a ver com isso e que o actual sentimento de demissão e de fatalismo seja o resultado de um sistema político formalmente democrático, mas que todavia reduz, manieta e diminui a qualidade dos cidadãos e a sua capacidade de afirmação e de independência. Seja como for, neste caso o erro é tão evidente, os interesses em presença tão óbvios e as incompetências tão visíveis, que custa a compreender porque esperam os leirienses para levar a cabo o seu momento de lucidez e de revolta cívica. A realização de um referendo será, porventura, a via mais lúcida de afirmar a vontade democrática das gentes de Leiria.

15 JORNAL DE LEIRIA SOCIEDADE 25 de Outubro de Fórum 94 RÁDIO 94 FM/JORNAL DE LEIRIA O seu mandato foi um vazio João Cunha, candidato às eleições para a concelhia de Leiria do PSD, que se realizam amanhã, acusou o seu adversário interno de ter avançado com a demissão em bloco da concelhia sem dizer nada aos militantes. E de não estar ao lado do partido nas últimas autárquicas. José António Silva lembrou que correram comigo em 2005 FOTOS: DAMIÃO LEONEL João Cunha (à esq.) para José António Silva: O senhor não disse nada aos militantes Barros Duarte tomava decisões isoladas O desentendimento político entre o presidente da Câmara da Marinha Grande, que continua a não renunciar ao cargo, e a concelhia do PCP, dominou a primeira parte do Forum 94. Luís Guerra Marques esclareceu que o autarca tomava decisões isoladas do colectivo da CDU. E acrescentou que há problemas na Marinha Grande cuja resolução dos mesmos nunca foi anunciada por Barros Duarte. Segundo o líder da assembleia municipal, Barros Duarte, embora tenha uma grande capacidade de trabalho, mostrava sinais de cansaço e fazia notar isso às pessoas com quem lidava. Questionado sobre a ausência de Barros Duarte na conferência de imprensa em que a concelhia do PCP anunciou a renúncia ao cargo do presidente da Câmara, Luís Guerra Marques considerou estranho esse facto. Mas recordou que não foi só ele que ganhou a câmara. A CDU rege-se por um colectivo de pessoas que fizeram uma campanha notável. João Paulo Pedrosa, por sua vez, deu ênfase à última edição do Jornal da Marinha Grande publicou a gravação de uma reunião interna do PCP, cuja conversa teria sido gravada às escondidas e transcrita naquele semanário. Não há memória de uma reunião interna do PCP que tenha sido gravada com o propósito de retirar a confiança política ao presidente da câmara. Luís Guerra Marques admitiu que há coisas que se passam no interior do PCP e da CDU que se sabem cá fora com muita rapidez. Mas mostrou-se convicto de que vamos resolver o problema. João Cunha denunciou o seu adversário interno, José António Silva, de não estar ao lado do partido nas últimas eleições autárquicas, enquanto líder da concelhia de Leiria do PSD. Eu não andei a fazer campanha contra o PSD pela calada da noite. Eu estive com o partido. E o senhor não esteve nesse combate político, não esteve na trincheira a dar a cara pelo PSD, afirmou João Cunha. O que me preocupa neste momento, acrescentou, é que o vazio de um ano de actividade desta concelhia possa pôr em causa a dinâmica necessária para que o partido volte a vencer. José António Silva recordou, por sua vez, ter conquistado a freguesia de Parceiros, em 1989, a única junta do concelho que não pertencia ao PSD. E que, em 1998, quando era presidente da concelhia, o partido conseguiu uma maioria na câmara, na assembleia municipal e nas freguesias. Em 2002 mantive esses resultados e até conquistei mais uma junta de freguesia para o PSD. E o que fizeram? Em 2005 correram comigo, desabafou. Mas João Cunha não desistiu. O candidato da lista A considerou um vazio o mandato do seu adversário. Uma vez, em plenário, questionei o dr. José António Silva sobre o seu programa político. Disse-me que não tinha, que era construído ao longo dos plenários. Então, ao fim de seis meses, perguntei pelo relatório. Mas não apresentou nada. Passaram-se mais seis meses e não houve apresentação de nenhum trabalho político. Em relação à sua demissão, que arrastou a concelhia em bloco, em 19 de Setembro, José António Silva explicou o acto com a necessidade de ter tempo para preparar as autárquicas de Por isso a concelhia demitiu-se e pedimos a convocação de novas eleições. Não provocámos nenhuma crise. Recandidato-me com toda a minha equipa, esclareceu. Atitude que mereceu a discordância de João Cunha que disse não ter encontrado razões fortes que justificassem essa tomada de posição. E voltou a classificar de clandestina a demissão do ex-líder da concelhia. O senhor apresentou a demissão ao presidente da mesa do plenário e não disse nada aos militantes que ficaram surprendidos com a publicação no Povo Livre (jornal do PSD) da convocatória para as eleições, referiu. O assunto, que se transformou num braço de ferro entre os dois candidatos, levou José António Silva a afirmar que posso demitir-me quando quiser que ninguém tem nada com isso. O que levou João Cunha a recordar, mais uma vez, que a posição política do seu opositor não foi explicada aos militantes antes do anúncio da convocatória. Essa é que é a questão, sublinhou. O senhor, ao longo dos tempos, tem sido, de facto, o principal opositor ao meu trabalho político, retorquiu José António Silva, que criticou João Cunha de ter abandonado um plenário, a 6 de Outubro, para ir a um jantar de apoio a Marques Mendes. Acha isso ético e democrático?, interrogou. Uma acusação que foi de imediato rejeitada. Apesar de ter o apoio de Lemos Proença e de Francisco Rodrigues, cuja influência ainda se faz sentir no PSD de Leiria, José António Silva disse representar as bases e João Cunha, os notáveis. Damião Leonel EQUÍVOCOS Vamos deixar aqui as doutorices. Eu sou o José António e você é o João José António Silva Uma demissão política não é um acto de ir ao mercado comprar fruta João Cunha Tenho momentos estratégicos para apresentar as coisas José António Silva Você deu uma conferência, o ano passado, antes de assumir a candidatura Idem Não dei nada. Deve haver aí qualquer equívoco João Cunha Eu sou uma pessoa de equívocos José António Silva O PSD não pode conviver com equívocos, mas com projectos para o futuro João Cunha O dr. João Cunha representa os notáveis. Eu represento o povo, as bases José António Silva O sr. representa os descamisados, os pés descalços. Esse maniqueísmo não cabe dentro do PSD João Cunha Sr. dr. José António Silva: quem dirige a entrevista sou eu Rui Ramusga, pivot do programa O que disse Luís Guerra Marques não corresponde à verdade João Paulo Pedrosa É um hábito de João Paulo Pedrosa dizer que aquilo que os outros dizem não corresponde à verdade Luís Guerra Marques A situação (na Marinha Grande) faz parte do anedotário nacional João Paulo Pedrosa Nunca apelidei o senhor de mentiroso. E por isso não admito que diga isso Luís Guerra Marques

16 16 25 de Outubro de 2007 SOCIEDADE POLÍTICA JORNAL DE LEIRIA Opinião Justiça social socialista Temos acompanhado os trabalhos que no Distrito e no País alguns socialistas promovem para tentar sublinhar o "esforço e a atenção" que o Governo dedica aos assuntos da Família. Mais do que mera teoria política, o que todos esperamos é que a política efectivamente concretizada expresse a vontade dos Homens e, particularmente daqueles que legitimamente a devem exercer no cumprimento de mandato popular. Hoje proponho que nos debrucemos sobre a justiça social e fiscal que os socialistas reservam para as chamadas famílias regulares, isto é para os casais heterossexuais com filhos (gerados no seio do casal). Desde logo ressaltará o preciosismo dos termos empregues que é devido por demandado rigor jurídico e fiscal. Sim, em Portugal um filho de um Pai ou de uma Mãe solteira ou vivendo em "união de facto" não tem o mesmo tratamento fiscal que um filho "normal" de uma família "normal". Quem dedicar atenção ao artigo 56 do Código de IRS (CIRS) constatará que, efectivamente, ao "apuramento do rendimento colectável dos sujeitos passivos residentes em território português, à totalidade dos rendimentos líquidos determinados nos termos das secções anteriores, abatem-se as importâncias comprovadamente suportadas e não reembolsadas respeitantes aos encargos e pensões de alimentos a que o sujeito passivo esteja obrigado por sentença judicial ou por acordo homologado nos termos da lei civil". Significa isto que o CIRS penaliza os pais casados ou viúvos não lhes permitindo que possam deduzir ao seu rendimento o valor de até euros por filho, permitindo aos pais com qualquer outro estado civil fazê-lo através da pensão de alimentos. No dito País dos "incentivos à natalidade" nada podia ser mais discriminatório e imoral (palavra rara do léxico socialista). Por este motivo, o Fórum da Família promove a "Petição contra a discriminação dos pais casados ou viúvos em sede de IRS" já entregue na Assembleia da República e cuja subscrição decorre até ao dia da aprovação do OE 2008, com o propósito de garantir a todos os pais o direito de deduzir até 3250 euros por filho (metade do concedido a filhos de pais não casados), aproveitando o facto de, no nosso país o número de crianças e jovens filhos de pais casados ou viúvos ser igual ao número de pais com outro estado civil. Esta medida não reduziria a receita fiscal nem tão pouco aumentaria a despesa pública antes correspondendo ao justo e devido tratamento de igualdade e equidade no tratamento de todos os portugueses. Visite e subscreva. A pensar nos portugueses de hoje e, principalmente, nos de amanhã. Diogo Alves Mateus vice-presidente da Câmara Municipal de Pombal, PSD PS e PSD defendem eleições antecipadas na Marinha Grande PCP retira confiança a Barros Duarte A Comissão Concelhia (CC) da Marinha Grande do PCP retirou a confiança política a João Barros Duarte, presidente da câmara, que se encontra de baixa médica até ao início do próximo mês. O anúncio foi feito na terça-feira à noite em comunicado. O PS e o PSD defendem eleições intercalares. Na base desta posição está o facto do autarca não ter renunciado ao cargo, a partir de 4 de Outubro, como foi anunciado. Assim, não resta à CC do PCP outra decisão que não seja a retirada de confiança política a João Barros Duarte, que daqui em diante passará a representar-se a si próprio. No documento, a comissão revela que procurou conversar com o presidente da autarquia várias vezes, mas tais tentativas foram goradas pela sua recusa sistemática. E acrescenta que apesar de se encontrar doente, como foi tornado público, Barros Duarte deslocou-se várias vezes à câmara, inclusive para um encontro com o PS. A CC esclarece ainda que a sua saída era uma questão há muito colocada e acordada entre si e o PCP e que, em Setembro, o autarca colocou de imediato o lugar à disposição. E, disponibilizou-se a estar presente na conferência de imprensa para fazer a declaração. Com esta atitude de sobreposição dos interesses pessoais aos colectivos e de apego desmesurado ao poder, João Barros Duarte defraudou a confiança do seu partido e camaradas. Alberto Cascalho, vice-presidente da autarquia, não se mostra surpreendido com a posição da CC. João Barros assumiu um compromisso que não cumpriu. Há uma ruptura com o partido. É normal a retirada da confiança política. O número dois da câmara não comenta as condições com que Barros Duarte ficará para governar. RICARDO GRAÇA O presidente da câmara fica sem apoio para governar autarquia da Marinha Grande ELEIÇÕES ANTECIPADAS Em comunicado, o PS volta a defender eleições antecipadas, ao considerar que não há condições políticas para se proceder a uma simples substituição do presidente, no caso de renunciar ao mandato, o que parece não ser líquido. Os socialistas acusam ainda o PCP de escolher mal os candidatos que apresentou às últimas eleições autárquicas e de ter mentido ao eleitorado ao dizer que o presidente faria o mandato completo. Repudia ainda as pretensões do PCP de se servir em primeiro lugar, para empregar militantes e amigos do partido. Pedro Fonseca, presidente demissionário da Concelhia do PSD da Marinha Grande, também defende a realização de eleições antecipadas. Os vereadores devem entregar os seus pelouros. É mau para o concelho, mas não há outra solução. Temos de dar a voz à população. O dirigente acredita que Barros Duarte não vai renunciar, apesar de não ter condições para governar, pois terá apenas o apoio do vereador do PSD. Francisco Duarte, presidente da Junta da Marinha Grande, também considera que Barros Duarte não tem condições políticas para regressar às funções, até porque eram já notórias as incompatibilidades com o partido. Há processos que têm de ser analisados, obras para ser lançadas e é necessário reestudar o concelho para pôr as coisas a funcionar. Os prejuízos são evidentes. O autarca afirma que Barros Duarte terá muita dificuldade para governar e revela ainda que, quando se reunia para apontar soluções na tentativa de O vereador da Câmara de Ourém, João Moura, apresentou terça-feira a sua candidatura à liderança da Comissão Política Distrital (CPD) de Santarém do PSD. As eleições estão marcadas para 9 de Novembro, contando já com outra lista, encabeçada por Vasco Cunha, deputado na Assembleia da República. João Moura, que esteve ao lado de Luís Filipe Menezes e foi derrotado nas últimas eleições para a Concelhia de Ourém por Vítor Frazão, explica que a decisão de se candidatar surgiu depois do apoio recebido durante a assembleia de militantes da secção de Ourém do PSD, realizada na semana passada. E afirma que pretende fazer frente a uma lista que revela uma tentativa desenfreada dos seus principais elementos se manterem no poder, referindo-se aos deputados Mário Albuquerque, Miguel Relvas e Vasco Cunha, que apoiaram Marques Mendes e que presidem aos principais órgãos distritais do PSD, recandidatando-se agora ao Conselho de Jurisdição da Distrital, à Mesa e à CPD, respectivamente. Sem perguntarem aos militantes, os actuais dirigentes demitiram-se a meio do mandato, para provocarem eleições antecipadas, numa tentativa de se agarrarem aos lugares, afirma João Moura, lamentando ainda as recentes declarações de Vasco Cunha a defender resolver problemas, a discussão entre Barros Duarte e o núcleo de autarcas e políticos da CDU era complicada. E às vezes decidia-se que se ia por uma linha e depois surpreendentemente não era tão assim. Elisabete Cruz com LT Gravação ilegal prova divisão no PCP A gravação de uma reunião interna do PCP, que decorreu há alguns meses, divulgada na última edição do Jornal da Marinha Grande, mostra a divisão que se vive no partido. Desculpem camaradas, mas parece que se constituem aqui determinados grupinhos, que são contra os estatutos, para fazerem determinados encaminhamentos e isso é que me parece mal, lê-se no semanário. Sobre a empresa de transportes urbanos, Barros Duarte terá dito que o partido sabia que há ilegalidades. E terá questionado: Quem é que me pode obrigar a assumir ilegalidades? Alguém se ofereceu para ser minha testemunha quando o PS me pôs em tribunal e eu tive de ir responder? Ninguém quis saber disso! Em relação ao licenciamento de obras, o presidente terá explicado que antigamente havia pisos a mais (...) porque não havia vistorias (...) e depois tínhamos que fazer certidões falsas, para que as pessoas pudessem legalizar as situações na conservatória. Em resposta a um camarada que o terá confrontado com o facto da autarquia não ter aceite o seu currículo, terá dito: Hoje em dia não podemos meter as pessoas que queremos e terá revelado que não entrou no quadro da autarquia uma pessoa do seu partido, porque uma moça do PS fez melhor prova. Vereador da Câmara de Ourém concorre contra deputado Vasco Cunha João Moura candidata-se à Distrital de Santarém do PSD a candidatura de Vítor Frazão, actual vice-presidente da Câmara de Ourém, à liderança do município nas próximas autárquicas. Tais afirmações, diz, são um gesto precipitado de alguém que ignora as estruturas locais. O vereador diz que a sua candidatura pretende também dar a Ourém a importância devida, por ser um dos mais concelhos do distrito, e que lhe tem sido negada. MAS

17 JORNAL DE LEIRIA SOCIEDADE POLÍTICA 25 de Outubro de PSD de Leiria vai amanhã a votos Com os olhos nas autárquicas José António Silva e João Cunha disputam amanhã à noite a liderança do PSD de Leiria. O vencedor fica bem colocado para apresentar uma candidatura à Câmara de Leiria nas autárquicas de 2009, pelo que o acto eleitoral assume especial relevância política. José Manuel Benzinho, administrador da Leirisport, integra a lista de João Cunha, enquanto José António Silva mantém a equipa que se demitiu da concelhia em 19 de Setembro. Entretanto, Paulo Marques, que procura 1. É fundamental virar a página da conflitualidade interna, introduzir a dinâmica da participação dos militantes na vida do partido fomentando a unidade. É imperioso assumir a transparência das propostas apresentadas e dos comportamentos políticos. É o momento de renovar, de devolver a esperança aos militantes e aos cidadãos de Leiria em geral, que o PSD de Leiria se assumirá sempre como um factor de desenvolvimento e progresso da nossa terra. Connosco a renovação acontecerá, porque faremos com que as freguesias sejam apoiadas, que as plataformas de entendimento não sejam palavras vãs, que cada militante tenha o seu espaço, concretizando o seu direito à participação. Não alimentaremos as tricas ou a pequena política. 2. Não nos compete falar sobre os outros, mas sim sobre as propostas políticas que são apresentadas. Pela nossa parte queremos um PSD forte, coeso e unido, em torno dos seus valores e do seu programa, mobilizado para os combates que o novo ciclo político comporta, com uma dinâmica ganhadora, comprometido com os anseios das populações, gerador de propostas políticas capazes de contribuir para o Projecto de Desenvolvimento Concelhio que tem vindo a ser globalmente concretizado no nosso concelho. João Cunha, jurista apoios para concorrer à liderança do PSD de Leiria, mantém-se incontactável. O prazo para a entrega das listas expirava ontem, à meia- -noite, já após o fecho da edição, pelo que não é possível adiantar nada de concreto sobre a sua eventual candidatura. 1. O que é necessário para revitalizar o PSD de Leiria? 2. O que distingue a sua candidatura da do seu adversário? 1. Primeiro é recuperar a unidade do partido, acolhendo todos os que pretendam colaborar. E depois é fazer esquecer no PSD e no concelho o período que marcou uma página negra no partido, em que o PSD foi vítima de procedimentos menos democráticos, levando a Judiciária a visitar a sede. Refiro-me às penúltimas eleições para a concelhia, em que um dos candidatos [João Cunha] era vice-presidente. 2. Não conheço o projecto dos outros candidatos. O meu projecto é muito claro: unir o partido e retomar os bons resultados do PSD no concelho de Leiria para conseguirmos ganhar a câmara, a assembleia municipal e as juntas de freguesia. José António Silva, médico PCP Leiria apela à contribuição dos militantes Antecipando a quadra festiva e o subsídio de Natal dos trabalhadores, a Direcção da Organização Regional de Leiria do PCP dirigiu uma carta a cada militante, apelando à regularização das quotas, e ao contributo para a campanha nacional Um dia de salário para o Partido. José Dias Coelho, membro da Comissão Política do PCP, explica que a intenção da carta é, antes de mais, informar as pessoas sobre os vários debates preparatórios que terão lugar pelo distrito de Leiria, até à conferência nacional, que se realiza nos dias 24 e 25 de Novembro, no Seixal. O PCP decidiu, no entanto, aproveitar a missiva para alertar os militantes para a necessidade de contribuírem para assegurar a manutenção da instituição em termos financeiros. O responsável afirma não ter contabilizado ainda o valor das quotas em atraso, mas nota que a campanha Um dia de salário para o Partido já tem cerca de dois anos. De acordo com José Dias Coelho, a iniciativa não se cinge aos militantes, podendo contar com o apoio de outros simpatizantes. DS

18 18 25 de Outubro de 2007 SOCIEDADE ENTREVISTA JORNAL DE LEIRIA António Soares, empresário, Leiria Mexer num edifício da zona histórica é mais complicado que ter uma audiência com o Papa A requalificação das zonas históricas não se faz porque a burocracia é muita e os problemas sociais não são resolvidos. António Soares, promotor imobiliário, sustenta que o País tem que acompanhar os melhores exemplos nesta área e mexer na legislação, para a tornar aplicável sem complicações. Considera que o processo para o novo centro comercial de Leiria foi conduzido de forma satisfatória e entende que, em conjunto com outros projectos, pode tornar a cidade um grande aspirador de pessoas. Textos Raquel de Sousa Silva Fotos Ricardo Graça Promover a instalação de centros comerciais dentro das cidades, em detrimento das periferias, é uma das intenções do Governo no âmbito da revisão da lei de licenciamento comercial. O objectivo é que estes novos espaços sirvam de âncora aos estabelecimentos já instalados. Concorda? Finalmente, aparece alguém a querer fazer alguma coisa com sentido. Tenho defendido a instalação dos centros comerciais nas cidades, à semelhança do que se faz em Espanha. É o único caminho capaz de contribuir para a reconversão e valorização dos centros das cidades. O que se tem feito até agora é a sua desvalorização. Mas a instalação de centros comerciais de qualidade no interior das cidades obriga quem já está instalado a modernizar-se para acompanhar a tendência... Exactamente. Tenho observado o que se passa em Espanha. Não se hesita em deitar abaixo um quarteirão na zona histórica para instalar, por exemplo, uma unidade do El Corte Inglés, porque se entende que mais vale salvar o restante do que perder tudo. Os espanhóis consideram vital que a vida se faça dentro das cidades. Essas zonas comerciais no centro têm a função de actualizar e modernizar o mercado, mas não só. Também servem para abrir horizontes de investimento imobiliário. Tal não tem acontecido em Leiria? Nem aqui, nem em parte nenhuma do País. Veja-se o exemplo de Lisboa. Está agora a tentar recuperar o comércio do Chiado e da Baixa, destruído precisamente por causa de uma política em que se fazia tudo fora do centro. O que pensa da maneira como foi conduzido o processo do novo centro comercial de dimensão relevante a instalar em Leiria? Apesar de tudo, as coisas foram conduzidas de forma bastante satisfatória. A não aceitação de nenhuma das propostas iniciais, que atiravam o centro comercial bastante para a periferia, e a abertura de um concurso que o trouxesse para a continuidade da zona de comércio, parece-me bastante positiva. Qual a sua opinião sobre os três projectos concorrentes? O que me parece mais bem implantado, do ponto de vista de aproximação ao centro da cidade, é o da Multi/Lena, que tem como arquitecto Manuel Salgado. Se de facto o objectivo foi trazer o centro comercial para mais perto da zona histórica, este projecto é o mais bem arrumado. A parte comercial está na continuidade da actual zona de comércio da cidade e a vertente desportiva está mais próxima da actual área desportiva. Parece-me que cumpre mais os objectivos. Que consequências prevê para Leiria com a construção deste empreendimento? A iniciativa em si, e a sua localização, é provavelmente positiva. Por natureza, Leiria é um pólo de atracção de pessoas de concelhos envolventes. A A17 aproxima de nós a Figueira da Foz, assim como o futuro IC9 aproximará pessoas de zonas como Abrantes ou Tomar. Dado que os outros grandes pólos que ficam mais perto são Coimbra e Lisboa, Leiria tem aqui a possibilidade de se tornar num grande aspirador de pessoas. Tanto este novo centro comercial como outros projectos que estão a surgir podem dar a Leiria um potencial muitíssimo grande para atrair pessoas. Esse será também o objectivo de um grupo de investidores e comerciantes do centro da cidade, que se propõe desenvolver um projecto para o quarteirão da rodoviária. Como surgiu a ideia? Quando foram conhecidas as notícias sobre o mega-centro comercial, as pessoas ficaram preocupadas com os seus negócios. Entendeu-se que a cidade sofreria um choque profundo de desvalorização comercial e imobiliária. Pareceu-nos que a forma de equilibrar as coisas seria encontrar uma estratégia para investir no centro da cidade, por forma a torná-lo um segundo pólo de atracção. Havendo um projecto para tirar a rodoviária do local onde está, sem encontrar alternativa para atrair pessoas, o cenário poderia ser de extrema gravidade para todo o investimento já feito. Em que ponto está o processo? Já foi entregue na Direcção Regional de Economia do Centro. Este não é um mero projecto de centro comercial. Está inserido numa estratégia global para a cidade. Prevemos a criação de um cartão de crédito comum, não só para os comerciantes deste espaço como para os outros da cidade. O mesmo em relação a uma central de compras, ao catálogo e à publicidade multimédia. Queremos inclusivamente ter um fundo de pessoal comum, que possa ser usado para colmatar necessidades. A nossa ideia é que grande parte do comércio tradicional venha a acompanhar o horário de funcionamento do novo espaço na rodoviária. Só que isso levanta um problema: as lojas não conseguem suportar os custos adicionais com pessoal. Havendo esse fundo, gerido pela administração do centro, os custos serão mínimos. Ou seja, o projecto pretende ser aglutinador e dinamizador de toda a zona comercial que o envolve. Mas acredita que os comerciantes serão capazes de se unir em torno deste projecto? Cito uma frase do campeão olímpico Carlos Lopes: eu vou para a frente. Quem vem, vem. Quem não vem, fica para trás. Eu digo o mesmo: vamos para a frente, pomos o projecto a funcionar. Reconheço que as pessoas só aderem quando entendem que é favorável. Mas este é um projecto dinâmico, quando quiserem aderir, as pessoas só têm que se aproximar. O que é que o Programa Polis mudou para melhor e o que é que não mudou e devia ter mudado? É um bom projecto, conseguiu transformar Leiria numa cidade mais bonita e organizada. Falta mas penso que será feito ainda uma boa ligação da nova zona comercial a nascer junto ao estádio e o centro da cidade, através do alargamento dos passeios, criando zonas pedonais que sejam atractivas. Leiria é muitas vezes apontada como uma cidade desordenada em termos urbanísticos. Como promotor imobiliário, partilha esta visão? Infelizmente, não temos em Portugal uma base filosófica, pragmática, subjacente ao desenvolvimento urbanístico das cidades. Embora comece a notar-se que as novas gerações de arquitectos saem das universidades com essa preocupação. Mas durante anos as coisas foram aparecendo ao acaso, um pouco empurradas pelos interesses dos pro- A obra do Paço levou-me dez anos e três meses, desde a primeira conversa com o senhor Bispo até à obtenção das licenças de utilização

19 JORNAL DE LEIRIA SOCIEDADE ENTREVISTA 25 de Outubro de motores. Não tem existido visão urbanística. Seria bom que as cidades soubessem como vão desenvolver-se no futuro, para se organizarem e planearem. Penso, contudo, que tem havido um esforço de ordenação das cidades, nomeadamente através dos Planos Directores Municipais. O programa Polis também para isso contribuiu, porque trouxe novas formas de pensar. Gonçalo Ribeiro Teles, arquitecto paisagista, tem dito várias vezes que o sector da construção civil não tem grande interesse em recuperar os prédios A burocracia é um dos lamentos recorrentes dos empresários portugueses, de que o senhor também se queixa. Tem tido muitos prejuízos? Os prejuízos para o País, segundo as contas de alguns economistas, nomeadamente do professor Vasconcelos e Sá, apontam para valores na ordem dos três mil milhões de euros por ano. Foi quanto custou a Expo 98. Estive recentemente em Paris, onde tive oportunidade de falar com um colega promotor imobiliário. Fiquei espantado quando soube que as coisas são muito mais fáceis do que pensava. As Câmaras só se preocupam com uma coisa: equilíbrio arquitectónico. É entregue ao promotor um ofício, que serve de licença de construção se no prazo de 60 dias nada mais for comunicado. Os projectos de especialidade são da responsabilidade dos técnicos. Por isso, eventuais alterações no interior do edifício não têm que ser comunicadas, são do âmbito da relação promotor/cliente. Mas tem que haver algum controlo... Existe na legislação francesa uma grande preocupação de defesa do consumidor. O promotor tem obrigatoriamente que ter um seguro que garanta o bom acabamento da obra. E outro que assegure a boa qualidade da construção até dez anos depois da entrega. Um contrato promessa de compra e venda é obrigatoriamente feito por um notário, que só o celebra depois de conferir a existência destes documentos. Se o prédio for feito com recurso a financiamento, quem fica com os cheques dos sinais é o notário, que o vai depositar numa conta especialmente aberta para o edifício no banco hipotecário. E só este é que pode libertar os sinais para o promotor. É a preocupação com a defesa do consumidor, que é a que verdadeiramente interessa. Em Portugal há muita gente que dá sinal para uma casa e depois não chega a vê-la, porque o promotor faliu e é só problemas. O modelo francês seria aplicável em Portugal? Será um dia aplicado. Não temos outra solução. Se os países europeus fazem as coisas a determinada velocidade e nós não somos capazes, a nossa economia afastarse-á cada vez mais da europeia. Alguém terá que pôr mão nisto, a não ser que aceitemos afastar-nos tanto que acabaremos por ficar fora da Europa. À medida que for percebendo que isto pode acontecer, a sociedade vai pressionar, obrigar a administração pública a fazer o que outros já fazem. Qual foi a pior situação por que já passou? Tenho tido casos verdadeiramente trágicos, como aliás quase todos promotores portugueses. Perdi muito dinheiro com isso. Tive uma obra na Avenida da Liberdade, em Lisboa, que me custou cerca de 625 euros por metro quadrado só em burocracia. Em Leiria, existentes, a maioria degradados. Concorda? Contesto inteiramente. A única razão pela qual as zonas históricas não têm sido recuperadas é porque o poder político não tem querido. Há uns anos a associação de promotores imobiliários lançou um desafio ao presidente da Câmara de Lisboa: se resolvesse os problemas burocráticos e sociais, recuperaríamos todos os bairros históricos em 12 anos. Ficou muito entusiasmado, mas já lá vão 15 e até hoje nada aconteceu. Em toda a Europa a grande promoção imobiliária está na requalificação. Portugal só não consegue entrar nesse segmento porque mexer num edifício da zona histórica é mais complicado que ter uma audiência com o Papa. Um promotor só se mete nisso duas vezes: a primeira e última. a obra do Paço levou-me dez anos e três meses, desde a primeira conversa com o senhor Bispo até à obtenção das licenças de utilização. Por aqui se percebe quanto tudo isto nos custou em termos financeiros. A burocracia provoca encargos brutais, que recaem sobre a sociedade e reduzem o Produto Interno Bruto. De quem é a culpa? Antigamente acusava muito os funcionários públicos. Mas hoje considero que o motivo do caos não está no ser humano, mas no espírito da legislação. Neste âmbito não melhorámos nada. Na proposta de Orçamento do Estado recentemente apresentada está previsto um regime extraordinário de incentivos fiscais à reabilitação de imóveis arrendados com rendas congeladas. O que pensa da ideia? Dará exactamente o mesmo resultado que a nova lei das rendas: nada. É como o jogo do gato e do rato. O primeiro, muito esperto, acha que já tem o rato no papo e diz umas coisas para ver se o atrai. É verdadeiramente lastimável que todas estas medidas venham da parte do poder político sem que este consulte ninguém. As leis são feitas por alguém super-sábio, baseadas em ideologias políticas e não na realidade. Depois a legislação não é aplicável a situações concretas. Este é um dos grandes problemas que afectam o País. Os tribunais já não conseguem gerir tantos processos, que não andam porque a legislação é complexa. Burocracia provoca encargos brutais Da venda por catálogo ao imobiliário Natural do Reguengo do Fétal, Batalha, António Soares reside em Leiria. Aos 60 anos, desenvolve a sua actividade na área da promoção imobiliária desde há 15 anos. Fez o bacharelato no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa e começou a sua actividade como contabilista. Passou por várias empresas e depois iniciou-se como empresário em parceria com Vieira Pereira, na Simplastic, que ainda existe. Foi através desta empresa que teve os primeiros contactos com a venda por catálogo, já que a fábrica era fornecedora de plásticos isotérmicos à 3 Suisses e à La Redoute. Na época não havia venda por catálogo em Portugal e António Soares viu aqui uma boa oportunidade de negócio. Fundou então a Europirâmide, que começou a vender por catálogo produtos da Simplastic e de outras empresas. A dada altura a La Redoute interessou-se pelo mercado português e propôs ao empresário uma parceria societária, que previa desde logo a saída de António Soares da empresa num prazo previamente acordado. Acabou por ficar seis anos para além do definido, após o que resolveu enveredar pela promoção imobiliária. Os tempos livres não são muitos, mas gosta de ler, pelo que tem sempre dois livros na mesa de cabeceira. Também gosta de fazer caminhadas. Nem mesmo com o Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado, a constituição de empresas na hora e a informatização de vários serviços públicos? Reconheçamos que este Governo, do ponto de vista administrativo, de execução, tem melhorado bastante. Consegue-se hoje obter uma certidão pela internet, por exemplo. Mas uma das grandes tragédias nacionais é que nunca foi explicado à Função Pública que a sua missão é importantíssima no desenvolvimento estratégico do País, que eles [funcionários] são de primordial importância e que o seu desempenho é fundamental para que possamos progredir. Já perceberam que afinal os salários não sobem, que haverá dispensados, que serão afectados directamente. Mas ainda não entendem como é que a economia interage para levar a este resultado. Apenas quando as pessoas perceberem que só produzindo mais riqueza podem ser aumentados os salários, é que irão agir de forma mais rápida. É uma questão cultural. O traçado do TVG tem levantado muita contestação na região, nomeadamente no concelho de Alcobaça. Qual a sua posição sobre esta obra? Tudo isto é o resultado da nossa forma pequena de fazer política. Quando um político vai a uma vila ou aldeia, promete tudo e mais alguma coisa. Estes projectos deviam ser sempre vistos do ponto de vista nacional e, neste contexto, cada um de nós devia abandonar a ideia das capelinhas. Pensa que é do interesse nacional existir uma ligação Lisboa/Porto em alta velocidade? Não. Do interesse nacional é haver uma ligação Lisboa/Madrid, para nos ligar à Europa. Quanto ao percurso entre a capital e o Porto, penso que aquilo que se investiu para melhorar a Linha do Norte seria suficiente. Até porque, do que tenho ouvido, vai-se ganhar meia hora neste trajecto, o que não é justificável. Muito menos se justifica que se prometam paragens em todos os cantos porque, das duas uma: ou o TGV não irá parar ou, se isso acontecer, não será alta velocidade, mas um coimboizito que vai custar muito caro ao País. Será mais um elefante branco. Perguntas dos outros José Caixeiro, empresário, Leiria Acredita sinceramente que o projecto para a zona da rodoviária é exequível? Acredito, porque é um projecto fundamental para a requalificação da zona histórica e da sua centralidade. Não vai prejudicar o mega-centro comercial, nem este prejudicará o projecto. Em conjunto podem ser complementares e aumentar a capacidade de atracção de pessoas para a cidade. Não é por haver menos concorrência que o comércio é melhor e em maior quantidade. Isso só acontece quando há muita gente. O projecto para a rodoviária pode ser uma boa âncora para o centro da cidade, ao mesmo tempo que ajuda na potenciação comercial e urbanística, em cooperação com outros centros comerciais, com os quais pretendemos trabalhar para uma causa comum: atrair pessoas a Leiria. Rui Matos, construtor, Batalha Reconhecido que foi o êxito no seu percurso comercial, acredita que o alcançará também na área que abraça agora, o imobiliário? Não. Na actividade comercial o ritmo dependia apenas de nós. Não dependíamos de uma ligação umbilical a organismos do Estado, como acontece na promoção imobiliária. Agora, 80 por cento do meu tempo é passado naquilo que se pode chamar a luta da abelha contra o vidro. É muito tempo perdido, um desgaste. Não tenho sequer idade para ter o mesmo nível de sucesso. Reconheço que falhei em muitos aspectos. Rui Ribeiro, arquitecto, Leiria Agora que se começa a verificar o início de algum investimento privado na reabilitação da zona histórica da cidade, quais as medidas prioritárias dos poderes públicos para alavancar e tornar sustentável o investimento, tendo em conta o presente quadro legal? A requalificação de uma zona histórica não é um problema económico, mas um problema político, dependente de duas variáveis: projecto global e intervenção mínima num quarteirão de cada vez, para permitir a segurança da obra, modernização dos habitáculos e introdução de um piso de estacionamentos. Por projecto global deve entender-s arquitectura, definições administrativas, resolução dos problemas sociais. A primeira variável deve ser desenvolvida pelas autoridades licenciadoras, ficando a segunda a cargo da iniciativa privada.

20 20 25 de Outubro de 2007 OPINIÃO JORNAL DE LEIRIA O p i n i ã o A próxima cimeira UE/África: e Leiria?! Como é sabido, vai realizar-se em Lisboa, sob a presidência portuguesa, nos dias 8 e 9 do próximo Dezembro a 2ª. Cimeira "União Europeia/África". A primeira ocorrera no Cairo em 2000, também durante uma presidência portuguesa e a prevista para 2003, com iniciativa doutro Estado-membro, não chegou a concretizar-se por braço de ferro entre a Inglaterra e Mugabe. Verificada, assim, a capacidade de protagonismo de Portugal, nesse papel de juntar à mesa governos dos dois continentes, com problemas e estádios de desenvolvimento tão diferentes, a Fundação Portugal-África presidida por Mário Soares (aliás, com alguma intervenção numa Descolonização menos exemplar...) e o Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais promoveram recentemente na Casa Serralves, no Porto, uma Conferência sobre o tema. Aí se ofereceram, com dignidade, as opiniões e propostas de representantes e especialistas das várias organizações económicas regionais de África, nativas, e bem assim, das instituições financeiras internacionais, com especial intervenção no desenvolvimento deste continente, todas elas ao redor dos objectivos da Cimeira. Com esta reflexão intercontinental, procuraram aquelas duas organizações contribuir assim com uma achega da sociedade civil para a composição da agenda, a apresentar pela presidência portuguesa, e avançar também algumas sugestões na construção da respectiva Parceria Estratégica, a acordar em Lisboa. Pretende-se, nomeadamente, nela substituir os actuais e criticados Acordos de Cooperação por verdadeiras Parcerias que co-responsabilizem as duas partes, numa filosofia diferente da praticada até agora de doador/beneficiário, à mercê das condições ditadas pelo primeiro. Com efeito, ao longo de dois dias foram salientadas em intervenções na língua dos anteriores colonizadores, consoante a região - português, inglês e francês como seu espólio insubstituível em África - várias premências desta, como atenuar o perigo de "garimpagem" a que o continente está de novo sujeito, como acontecera séculos antes: simplesmente,vindo a juntar-se aos tradicionais interesses europeus e americanos agora, e com maior senha, os asiáticos. Igualmente o querer dos governos que integram a União Africana de serem eles próprios a definir Pena seria que a comunidade empresarial da região de Leiria - com um número significativo de naturais, de profunda vivência africana - se mantivesse à margem dos resultados e oportunidades da referida Cimeira de Dezembro JOAQUIM HELENO advogado as prioridades no processo de desenvolvimento e os campos de aplicação das ajudas. Pareceu, em consequência, confrontarem-se nas Comissões Técnicas mistas (que, de há muito, preparam a agenda de Lisboa) ainda certas divergências na avaliação dos anteriores quadros da Cooperação, preferindo a União Africana que o próximo Acordo UE/UA se harmonize, pois, com as NEPAD (New Partnership for Africa's Development). Pelo que, segundo a parte africana, qualquer cooperação técnica e financeira da União Europeia com África, para o futuro, deve ter em conta as respectivas prioridades e planos de desenvolvimento da NEPAD, enquanto que a União Europeia pretende associar a sua ajuda a certas condições de implementação de regras democráticas e respeito dos direitos fundamentais, nos países beneficiários. Subjacentes à mesa das negociações apresentam-se, contudo, excelentes indíces de crescimento económico dum número já apreciável de países africanos (p.e., em 2006, Angola, graças ao petróleo, mais de 20% e Moçambique com uma taxa superior a 8%); outros, porém, mostram PIBs. inferiores aos do período colonial dos anos 60, ou então agravamentos de disparidades nos rendimentos das populações nativas, jogando assim contra o vigente modelo. Os vários items das resoluções a saír da próxima cimeira UE/UA. - certamente encorajadores - devem merecer, pois, a devida atenção dos empreendedores da nossa região, não só os do sector de Obras Públicas e construção civil, como, entre muitos outros inventariáveis, do ramo dos plásticos para embalagens e da climatização. Pena seria que a comunidade empresarial da região de Leiria - com um número significativo de naturais, de profunda vivência africana - se mantivesse à margem dos resultados e oportunidades da referida Cimeira de Dezembro, dando razão, com essa atitude, ao tom saudosista e derrotado do realizador italiano do "África, adeus!", de décadas atrás. Que, a acontecer, não seria bom para Leiria e pior, de certo, para as populações designadamente dos PALOPs., alguns com balanças cambiais excedentárias, e mesmo assim privadas de bens e comodidades mínimas, susceptíveis porém de rápida oferta nomeadamente por empresas de tecnologia intermédia, como as que, com pujança, laboram na nossa Região. Fernando Charrua volta a dar aulas 19 anos depois de entrar na DREN, titula o jornal Público de 19 de Outubro. Charrua foi o professor afastado compulsivamente da Direcção Regional de Educação do Norte, depois de ter emitido, pensamos nós, uma piadola sobre o percurso académico do Primeiro-Ministro. Soube-se, então, que eram/são proibidos os ditos jocosos junto à máquina do café e alguém supôs que, pior do que isso, em cada técnico superior da educação jazia, latente mas pronta a renascer, a alma de um bufo. Espero bem que não, que muita gente de bem por lá há. Voltou então, este agora digníssimo colega, ao sítio onde todas as coisas acontecem, retornou ao lugar no qual, através da educação, rigor e disciplina se pode transformar a vida dos futuros homens e mulheres deste país: à Escola, à sala de aula. Assim, este companheiro de profissão "quebrou um interregno de 19 anos em que os alunos não fizeram parte do seu horizonte", Público dixit. E o "novo" professor espantou-se! Ficou abismado! Surpreendido! Fernando Charrua é o espelho dos órgãos da administração superior na área da Educação: saiu há muitos anos, há tantos que não sabe o que é agora uma sala de aula, desconhece com que comportamentos e atitudes os professores se têm de confrontar no seu dia-a-dia profissional. Continua o Público: " a 17 de Setembro as aulas arrancaram e as novidades sucederam-se. Pela primeira vez na vida teve que dar aulas de 90 minutos. Pela primeira vez na vida teve que lidar com os telemóveis na sala de aula. Pela primeira vez na vida teve que tentar controlar níveis de indisciplina que não reconhecia". Acredito que muitas vezes, ele ou muitos como ele, devem ter emanado directrizes sobre atitudes e procedimentos escolares que, na prática, já nem se lembravam como eram. Este espelho do desconhecimento reflecte-se em todos os patamares da administração: desde as Direcções Regionais O p i n i ã o O Ministério e a ignorância Fernando Charrua é o espelho dos órgãos da administração superior na área da Educação: saiu há muitos anos, há tantos que não sabe o que é agora uma sala de aula, desconhece com que comportamentos e atitudes os professores se têm de confrontar no seu dia-a-dia profissional FERNANDO JOSÉ RODRIGUES Professor, Escritor fernando.jose.rodrigues@gmail.com até aos organismos de topo do Ministério da Educação. Eles, todos eles, têm uma ideia da Escola; e pensamentos sobre a Escola; e sobre o sucesso na Escola; e sobre os maus professores que por lá vegetam; e sobre os programas; e sobre tudo. Eles, do alto dos seus olímpicos assentos, sabem tudo, conhecem tudo, vigiam tudo, burocratizam tudo, trituram mesmo aqueles que sabem pensar, mas desconhecem o que é de facto a Escola, como funciona diariamente, com que dificuldades alunos, professores e funcionários se deparam no seu trabalho. Daí a estranheza do colega Charrua. E se o Ministério todo voltasse para as Escolas? Sentir-se-iam do outro lado do espelho, perdidos. Acredito piamente que quem menos sabe neste país sobre educação é, exactamente, o Ministério da Educação. A sua ideia da escola mede-se por decretos que reflectem essa ideia mas que, na maioria das vezes, não têm nada a ver com a Escola real. Digamos que o ministério da educação é um organismo que funciona bem no mundo virtual, tipo Second Life, mas falha, redondamente, no mundo verdadeiro. O Ministério escreve e reescreve leis, decretos, portarias, ordens como se a Escola se tratasse de um jogo. Mas não é. Não deveria ser. Não poderá ser. Seria grotesco se não fosse trágico, pois é este ministério que decide sobre tudo. Sobretudo mal! Este aparelho ministerial conhece apenas a encenação e vive para um marquetingue permanente: a escola do Ministério é a sala de aula das crianças contratadas a 30 euros por cabeça para apresentar uma medida qualquer, é a Escola que recebe, agradecidamente, os computadores, é a Escola que não protesta e mostra o seu respeitinho. Ao saberem tanto mas tão pouco, serão sempre ignorantes. Desconhecem aquilo que nos faz, a nós professores, continuar a lutar: a alegria dos sorrisos dos nossos jovens e os gritos carinhosos aos stôres, pelas escadas acima. Isso, ninguém nos tira!

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