XX LANÇAMENTO E CREDITO TRIBUTÁRIO

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1 XX LANÇAMENTO E CREDITO TRIBUTÁRIO Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o Crédito Tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível, consoante artigo 142 do Código Tributário Nacional. Para o professor Souto Maior Borges, essa definição não tem outro significado senão uma construção teôrica. Afirma, que a definição de lançamento adotado pelo Código Tributário Nacional não convém a todo e qualquer ato de aplicação da lei tributária. O Código Tributário Nacional define o lançamento como procedimento. Para alguns doutrinadores essa definição não corresponde a verdade, razão pela qual não concordam. ATO DE DECLARAÇÃO E ATO DE CONSTITUIÇÃO => Para o professor Souto Maior Borges, o lançamento, na sua formulação jurídica - positiva atual, corresponde apenas à aplicação da lei tributária sob o ângulo positivo da declaração da obrigação abstrata, e pelo lançamento nasce a obrigação de caráter concreto individual. O professor Paulo Barros Carvalho, não concorda com essa afirmação, porque quando ocorre o fato típico descrito na lei este está perfeitamente individualizado. O que falta é a liquidez e isto dá-se com o lançamento. OPERAÇÃO ADMINISTRATIVA => O lançamento se destina a fixar a obrigação do imposto e a permitir a sua modificação ao contribuinte. RECONHECIMENTO OFICIAL DO FATO => Com o lançamento a administração pública reconhece que aconteceu a hipótese. CARÁTER JURISDICIONAL => A atividade de lançamento é a atividade de juízo e a vontade da administração consiste na reafirmação da vontade da lei ÔNUS => O lançamento seria um ônus que se impõe ao Estado para que este possa exercitar o direito que lhe advém da relação de responsabilidade, que deriva também ela, da ocorrência do fato gerador. Como o lançamento é ato obrigatório e vinculado não se pode admitir o mesmo como ônus, pois, este só tem cabimento na esfera dos direitos disponíveis. COMPLEMENTO => O lançamento seria um complemento na medida que o crédito tributário na sua situação de pretensão precisa juntar-se ao ato de lançamento para ser exigido. ATIVIDADE ADMINISTRATIVA => Para os que adotam essa posição o lançamento não seria nem ato nem procedimento. Seria a atividade administrativa para apurar a ocorrência do fato, analisar o fato e calcular o débito. O próprio Código Tributário Nacional no parágrafo único do artigo 142 trata o lançamento como atividade. PROCEDIMENTO => O Código Tributário Nacional e parte da doutrina (conforme já vimos) aceitam o lançamento como procedimento que se substância numa série de atos, com o objetivo final. Seria um procedimento de concreção e especificação das normas tributárias. ATO JURÍDICO ADMINISTRATIVO => "Lançamento é ato jurídico administrativo, da categoria dos simples, modificativos ou assecuratôrios e vinculados, mediante o qual se declara o acontecimento do fato jurídico tributário, se identifica o sujeito passivo da obrigação correspondente, se determina a base de cálculo e a alíquota aplicável, formalizando o crédito e estipulando os termos da sua exigibilidade". O professor Paulo de Barros Carvalho pertence a corrente que adota a tese declarativista que aceita o lançamento como ato administrativo que formaliza a pretensão do Sujeito Ativo, reportando a data da ocorrência do fato, momento em que surgiu a obrigação tributária. O ato declaratôrio reconhece direito preexistente e remove obstáculos na execução daquele direito. Segundo a doutrina

2 tradicional e a mais recente contribuição à teoria dos atos administrativos, constatamos que há muita coerência para aceitar o lançamento como ato jurídico administrativo. A natureza jurídica do lançamento é de ato administrativo vinculado e declaratôrio. Isso porque o lançamento reporta-se à data da ocorrência do Fato Gerador da obrigação tributária e rege-se pela lei vigente, ainda que posteriormente revogada ou modificada - aplica-se a determinado fato gerador a lei vigente ao tempo da sua ocorrência. Observe-se que o objeto a ser lançado, a exigência fiscal, será regido pela legislação então vigente. O ato de lançar, o processo de fiscalização, os poderes de investigação por ocasião da fiscalização, serão regulados pela lei vigente por ocasião da realização da diligência fiscal. Através do lançamento, o Fisco: inicia a exigibilidade do tributo através da apuração dos elementos da obrigação tributária, determinando o montante do crédito tributário; impede a decadência. Como vimos, o lançamento, ato declaratôrio, rege-se pela lei vigente à data da ocorrência do Fato Gerador. Isso significa que, se o fato ocorrera há alguns anos, o cálculo do imposto é feito de acordo com a lei e alfquotas existentes a essa época. Considerando-se a necessidade de segurança nas relações entre o contribuinte e o fisco, o Código Tributário Nacional exige que, qualquer critério novo introduzido nas técnicas aplicáveis aolançamento, somente seja utilizado quanto a fatos geradores futuros. Tal exigência vem a obedecer o princípio da irretroatividade da lei fiscal. ATO JURÍDICO ADMINISTRATIVO: Requisitos de essência género Atos jurídico em lei agente capaz (se presume) objeto lícito forma prescrita ou não defesa Elementos integrativos na estrutura interior de todo ato jurídico objeto lícito forma prescrita ou não defesa em lei motivo ou pressuposto agente competente forma prescrita em lei objeto ou conteúdo finalidade Ato jurídico administrativo é a manifestação de vontade do Estado. O ato é praticado pela Administração Pública no exercício da função administrativa. E como ato jurídico administrativo podemos encontrar cinco elementos: 1 elemento - motivo ou pressuposto; 2 elemento - forma prescrita em lei; 3 elemento - objeto ou conteúdo (determinado no preceito legal); 4 elemento - agente competente (se presume); 5 elemento - finalidade (objetivo que se pretende com o ato). DA CATEGORIA DOS SIMPLES. MODIFICADOS OU ASSECURATÔRIOS: O lançamento pertence a categoria dos atos simples, pois é emanado da vontade de um só órgão. constitutivos (o lançamento não está contido nesta divisão porque estes criam relações jurídicas novas). assecuratórios (quando todos os elementos para a liquidação do débito estão suficientemente esclarecidos IPI ICMS). Modificativos são divididos: - alienativos (não está contido o lançamento) modificativos (produz alteração de direitos ou obrigações sem inovar). extintivos (não está contido lançamento). vinculado (o agente para celebração do ato deve atuar nos escritos termos da lei, não se

3 permite atuação discricionária). MEDIANTE O QUAL SE DECLARA O ACONTECIMENTO DO FATO JURÍDICO TRIBUTÁRIO: O ato jurídico administrativo do lançamento deve aludir a um fato concreto. O fato ocorrido deve coincidir com a previsão hipotética, veiculada, no suposto da regra-matriz de incidência. (a) SE IDENTIFICA O SUJEITO PASSIVO DA OBRIGAÇÃO CORRESPONDENTE: É importante essa identificação para se tornar possível a pretensão do crédito. (b) SE DETERMINA A BASE DE CÁLCULO E A ALÍOUOTA APLICÁVEL. FORMALIZANDO O CRÉDITO: É a atividade jurídica onde aquele que é responsável para praticar o ato do lançamento deverá procurar no contexto da lei os critérios para medir a intensidade do fato jurídico tributário - base de cálculo e depois buscar as alíquotas. (c) ESTIPULANDO OS TERMOS DA SUA EXIGIBILIDADE: É a função mais relevante do ato de lançamento. E de fundamental importância a estipulação desses termos, pois o Sujeito Passivo deve reconhecer o prazo em que deve cumprir a prestação - termos inicial e final. ELEMENTOS INTRÍNSECOS: (a) Conteúdo => é a formalização da obrigação tributária que se obtém pela identificação; (b) Forma => é a escrita que diz bem com a necessidade de certeza e segurança. PRESSUPOSTO: (a) Objetivo => o motivo do ato e a ocorrência do fato gerador; (b) Subjetivo => a autoridade lançadora é aquela que o legislador conferiu; (c) Teleógico => a finalidade do ato de lançamento é tornar possível ao Estado exercitar seu direito subjetivo; (d) Procedimental => são os atos preparatôrios pelo Poder Público ou particular como necessários à lavratura do lançamento; (e) Causal => é o nexo que há entre o motivo e o conteúdo em função da finalidade. Então, na lição do professor Paulo de Barros Carvalho, o lançamento seria um ato jurídico administrativo praticado pela administração pública no exercício da função administrativa. Seria um ato simples e modificativo. Simples porque é emanado da vontade de um só órgão e modificativo porque produz alteração de direitos ou obrigações sem trazer inovações. É um ato vinculado aente administrativo está obrigado a atuar nos estritos termos da lei. O ato administrativo do lançamento tem como pressuposto objetivo declarar o acontecimento do fato jurídico tributário. E este fato deve coincidir com a previsão hipotética da regra-matriz de incidência. No seu conteúdo esta para a identificação do Sujeito Passivo, pois é esta identificação que torna possível ao Sujeito Ativo da relação jurídica receber o seu crédito. O lançamento também, contém, a base de cálculo que é instituída na consequência da regra-matriz e se destina a dimensionar a intensidade do comportamento no núcleo do fato jurídico. O ato do lançamento também contém a alíquota que congregada à base de cálculo, dá a compostura numérica da dívida, produzindo o valor que pode ser exigido pelo Sujeito Passivo. Outra função de muita importância do lançamento é a estipulação dos termos da exigibilidade, onde o Sujeito Passivo conhece o prazo em que deve cumprir a prestação. Portanto, o lançamento não é um procedimento, mas sim, um ato que englobaria todas essas funções. EFICÁCIA: Concretizado o lançamento, ele só será eficaz, pronto a produzir efeitos quando notificado ao Sujeito Passivo. Notificação também é um ato que o professor Paulo de Barros Carvalho chama de ato administrativo de intercâmbio procedimental. Com a notificação o Sujeito Passivo toma conhecimento do ato de lançamento dos termos da exigibilidade do crédito. É a notificação que imprime eficácia ao lançamento. O ato de lançamento não produzirá qualquer efeito enquanto não notificado ao Sujeito Passivo. Para poderem, tanto a administração como o contribuinte, controlar a exatidão do lançamento, é ele

4 explicitado em documento escrito. Aí está a função documental do lançamento. Concluído internamente pela administração o lançamento, como previsto no artigo 142 do Código Tributário Nacional, para ter oponibilidade do contribuinte é necessário que ele seja notificado do resultado fixado, por meio de um ato de intercâmbio, que é a notificação, com prazo para pagamento ou impugnação. ATRIBUTOS: Tem atributos: (a) Presunção de legitimidade (autêntico e válido); (b) Exigibilidade (sendo eficaz é o crédito exigível). Não tem atributo de: (c) Imperatividade (o que faz nascer a obrigação é o acontecimento do fato jurídico tributário e não a vontade do Estado de criar obrigações); (d) Executoriedade (não é permitido a administração invadir a esfera patrimonial do devedor. Não pago o débito é acrescido de multa e abrindo-se a esfera jurisdicional. ALTERABILIDADE DO LANÇAMENTO O lançamento, como ato jurídico pode ser nulo ou anulável. Será nulo, por exemplo, quando o fato jurídico tributário não ocorreu,ou quando indicar Sujeito Passivo diferente daquele que deveria constar. A anulação, por outro aspecto, indica uma invalidade iminente, que necessita de comprovação, a qual se faz num procedimento contraditório. No artigo 145, podemos encontrar as circunstâncias para alteração do lançamento tais como: I) impugnação do Sujeito Passivo; II) recurso de ofício; III) iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149. Ainda quanto à alterabilidade do lançamento, é de se ressaltar que, uma vez notificado o contribuinte, o mesmo somente poderá ser alterado nas hipóteses do artigo 145. Recebida a notificação (ato pelo qual o contribuinte é intimado do lançamento contra ele efetuado), o contribuinte tem trinta dias de prazo para impugnar o lançamento. Dirigirá petição escrita à autoridade fiscal expondo as razões de fato e de direito pelas quais não concorda com o mesmo. Julgada procedente, poderá o lançamento ser alterado ou mesmo cancelado. O julgamento administrativo da impugnação, quando favorável ao contribuinte, será objeto de recurso de ofício. Tal recurso opera-se pela remessa dos autos ao conselho de Contribuintes, que poderá manter a decisão da autoridade inferior ou modificá-la. E quando se instaura essa discussão entre a Fazenda e contribuinte temos o início do procedimento administrativo. E esse procedimento é uma cadeia de atos com a finalidade de controlar a legalidade dos atos praticados pela administração. MODALIDADES DE LANÇAMENTO: Lançamento Direto. ou por ofício (IPTU). Aquele que é feito unilateralmente pela autoridade fiscal, sem intervenção do contribuinte. Ex.: IPTU, IPVA, multas. É utilizado tanto para lançamento novos, quando o fisco, tomando por base informações coletadas por si próprio, procede ao lançamento, como também para modificar ou rever lançamentos anteriores. Por qualquer modalidade que tenha sido lançado o contribuinte, havendo diferenças devidas ao fisco em razão de erros do sujeito passivo ou do próprio fisco, serão as mesmas lançadas em lançamento de ofício, enquanto não tiver ocorrido a decadência dessas diferenças. Lançamento Misto, ou por declaração. Aquele que é feito quando a autoridade fiscal, tomando por base as declarações prestadas pelo contribuinte, ou de terceira pessoa indicada em lei, procede ao lançamento. Nesse tipo, o contribuinte colabora com o Fisco através de informações, declarações, etc. É o caso do Imposto de Renda e do Imposto Territorial Rural. As eventuais omissões contidas na declaração serão objeto de lançamento fiscal de ofício, sem prejuízo das san ções administrativas e penais cabíveis. Lançamento por Homologação (IRF - ICMS - IPI). O lançamento por homologação

5 constitui-se de atividade privativa da autoridade administrativa. No caso dessa modalidade de lançamento, a lei, para facilitar a arrecadação de certos impostos, comete ao contribuinte a incumbência de proceder aos cálculos, recolher o imposto e aguardar o posterior lançamento de homologação por parte da autoridade fiscal. O lançamento de homologação poderá ser tácito, transcorridos cinco anos após a ocorrência do fato gerador, ou expresso, quando o fisco, examinando o procedimento do contribuinte, o homologa. São lançados por homologação o ICMS, ISS - pessoa jurídica, IPI e Imposto de Importação. No item primeiro a participação do contribuinte seria inexistente, pois todas as providências preparatôrias são feitas pela administração. No item segundo, ambas as partes colaboram e no último todo o trabalho é exercido pelo contribuinte; o físico apenas homologa. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO: Muitas vezes quando ocorre o fato jurídico tributário e sem qualquer providência administrativa o mesmo desaparece. É o caso do IPI e ICMS, o ato de lançamento, quando existe, aparece como um acidente. Ocorrido o fato jurídico tributário, o Sujeito Passivo encontrará nas leis todas as informações relativas ao cumprimento da obrigação. O lançamento por homologação é, portanto um ato jurídico administrativo de natureza confirmatôria, onde o agente público, verificando o exato implemento das prestações tributárias, declara, de modo expresso, que obrigações houve, mas que se encontram devidamente quitadas até aquela data, na estreita consonância dos termos da lei. Enquanto o homologatôrio enuncia a extinção da obrigação, o lançamento, declara a extinção da obrigação. Ocorre a lavratura da homologação quanto a administração não pode celebrar o ato jurídico administrativo do lançamento. O ato da administração que tenha pretendido ser um lançamento mas que não é, ou porque contenha omissão de elemento essencial para lhe dar validade, ou porque não tenha sido notificado ao Sujeito Passivo, é incapaz de superar o efeito da decadência, que acaba operando-se e leva o Sujeito Ativo fica impedido de lançar. Nos tributos cujo crédito se constitua por lançamento homologável, aquilo que o Sujeito Passivo pagou ou deixou de pagar é convalidade pelo desaparecimento do direito de o Sujeito Ativo declarar o erro do pagamento ou a anuência total desse pagamento dá-se a homologação tácita. Para o professor Paulo de Barros de Carvalho, o lançamento por homologações é um ato administrativo de natureza confirmatôria. A natureza do ato homologatôrio é diferente do lançamento tributário. Ato homologatôrio enuncia a extinção da obrigação, liberando o Sujeito Passivo, certifica a quitação. O lançamento tributário, declara o nascimento do vínculo, em virtude da ocorrência do fato jurídico certifica a dívida. Limita-se a entidade tributante a fiscalizar as atividades de seu administrado, controlando, dessa maneira o fiel cumprimento das obrigações tributárias. Podendo verificar a regularidade da conduta fiscal do devedor, que observou adequadamente os ditames da lei. A Fazenda dá-se por satisfeita, exarando ato no qual declara nada ter de exigir, é o que se chama de homologação de lançamento. Nada obstante certificando-se de que os deveres não foram rigorosamente cumpridos, lavra o ato de lançamento e, surpreendendo um ilícito, aplica a sanção cabível, tudo numa peça denominada auto de infração. Para o professor Ruy Barbosa Nogueira, há aqueles que sustentam que o autolançamento não seria ato administrativo, e não se encaixaria no artigo 142 do Código Tributário Nacional, este próprio código contesta tal afirmação, porque, estando ele descrito no artigo 150, está classificado entre as três modalidades de lançamento da Seção II, Capítulo II, do Título III. ARBITRAMENTO NO LANÇAMENTO: Ao fazer o lançamento, a autoridade fiscal poderá, em caso de fraude na escrituração fiscal do contribuinte, proceder ao arbitramento da base de cálculo do tributo. Tal, entretanto, somente poderá

6 ser feito quando o fisco comprove irregularidades tais na escrituração que coloquem sob suspeição o tributo recolhido. Feito o arbitramento, poderá o contribuinte do mesmo discordar, em respeito ao princípio constitucional do devido processo legal. "Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditôria, administrativa ou judicial"(artigo 148, Código Tributário Nacional).