FACULDADES PROMOVE DE BRASÍLIA O USO CONTINUO DE FARMACOS ANTI-HIPERTENSIVOS E O RISCO DE CÂNCER COLORRETAL. Maria Astéria de Sousa Almeida
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1 FACULDADES PROMOVE DE BRASÍLIA O USO CONTINUO DE FARMACOS ANTI-HIPERTENSIVOS E O RISCO DE CÂNCER COLORRETAL Maria Astéria de Sousa Almeida ABRIL/2014 Águas Claras DF
2 Maria Astéria de Sousa Almeida Projeto de Pesquisa - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa (NIP) das Faculdades Integradas Promove de Brasília. Orientadora: Dra. Patrícia Luiza Nunes da Costa ABRIL/2014 Águas Claras DF
3 Sumário RESUMO INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA OBJETIVOS MATERIAIS E MÉTODOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 12
4 4 RESUMO Introdução: O carcinoma de cólon e reto é a terceira neoplasia maligna mais incidente no Brasil, abrangendo tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. Apesar de ser tratável quando detectado em estágios iniciais, no Brasil muitos pacientes diagnosticados com câncer colorretal já se apresentam com metástases reduzindo assim a sobrevida global. Justificativa: O câncer colorretal é um importante problema de saúde publica no Brasil e no mundo. Apesar de representar um tipo de câncer possível de detecção precoce, a maiorias dos pacientes são diagnosticado em estádios tardios. Desta forma, a identificação de fatores relacionados à incidência e agravamento dessa doença podem constituir importantes ferramentas no seu combate. Objetivo: Determinar a relação entre o uso prolongado de fármacos anti-hipertensivos por pacientes com hipertensão, a incidência de câncer colorretal e a sobrevida de pacientes com câncer colorretal. Materiais e métodos: Os dados desta pesquisa serão obtidos através de revisões bibliográficas e prontuário de pacientes com câncer colorretal do Hospital Universitário de Brasília. A pesquisa realizada no HUB seguirá os padrões de ética, com avaliação e supervisão do responsável pelo setor de Radioterapia do hospital supracitado. PALAVRAS-CHAVE: Câncer Colorretal, Fármacos Anti-Hipertensivos, Riscos, Mediadores.
5 5 1. INTRODUÇÃO O carcinoma de cólon e reto é a terceira neoplasia maligna mais incidente no Brasil, tendo como estimativa de novos casos: , sendo homens e mulheres e número de mortes: ; sendo homens e mulheres (INCA, 2014). Abrangem tumores malignos que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto (INCA, 2013), decorrente da proliferação descontrolada do epitélio cólico, que antes de tornar-se adenocarcinoma em geral surge como lesão prémaligna, o pólipo adenomatoso (HABR; VERANI; RODRIGUES, 1997). O intestino grosso é dividido em 4 partes principais: ceco (cecum), cólon (ascendente, transverso, descendente e sigmoide), reto e ânus. Figura 1- Localização frequente dos tumores nos cólons e reto. Fonte: DRUMOND et al., Mudança no hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre), perda de peso sem razão aparente, cansaço, fezes pastosas de cor escura, náuseas, vômitos, desconforto abdominal com gases ou cólicas, sangramento nas fezes, sangramento
6 6 anal e sensação de que o intestino não se esvaziou após a evacuação, seguidos de dor abdominal, hematoquezia e anemia são os principais sintomas da doença (DRUMOND et al., 2003). Pessoas com mais de 50 anos com anemia de origem indeterminada e que apresentem suspeita de perda crônica de sangue no exame de sangue devem fazer endoscopia gastrointestinal superior e inferior. Este tipo de câncer apresenta um forte componente genético e indivíduos com determinadas síndromes genética apresentam risco elevado. Apesar das causas do CCR não estarem completamente elucidadas, alguns hábitos têm sido relacionados ao seu surgimento, principalmente dietas ricas em gorduras animais e carne vermelha, baixa ingestão de frutas, vegetais e cereais, assim como sedentarismo, consumo excessivo de álcool e tabagismo (OLIVEIRA et al, 2010). A taxa de mortalidade destes pacientes está diretamente relacionada com o estádio em que é feito o diagnóstico. O rastreamento leva ao diagnóstico precoce, sendo uma forma eficaz de diminuir a mortalidade. Tendo em vista a praticidade em tratar o pólipo colonico, o seu rastreamento também é forma eficaz de diminuir a incidência e, consequentemente, mortalidade pelo câncer colorretal (MCLEISH; THURSFIELD; GILES, 2002). O rastreamento populacional é feito principalmente pelo teste de sangue oculto nas fezes. Este teste continua sendo o mais utilizado para a realização de rastreamentos populacionais por ser mais barato, prático, apresentar menores riscos e por ter maior aceitação populacional (VASEN et al. 2001). Contudo, ele é pouco sensível e específico, sendo necessária a complementação da investigação quando forem positivos, através de exame de observação direta ou endoscópico: colonoscopia e retossigmoidoscopia flexível (WINAWER et al., 2007.) O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas. A cirurgia é o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os nódulos linfáticos próximos à região, podendo ser seguida por radioterapia e/ou quimioterapia (INCA, 2013). Alguns pacientes tem em seu histórico o uso prolongado de fármacos antihipertensivos, antes do diagnostico de câncer colorretal, como: os inibidores da
7 7 enzima conversora de angiotensina (ACEi), antagonistas dos receptores de angiotensina (BRA), bloqueadores beta, diuréticos, antagonistas dos canais de cálcio entre outros (MAHAN, STUMP, 2005). Segundo estudos populacionais recentes, os inibidores da enzima conversora de angiotensina (ACEi) e bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA), duas classes de agentes anti-hipertensivos comumente usados que mediar o efeito do sistema renina angiotensina, podem desempenhar um papel importante na prevenção do câncer. Pesquisas cientificas também tem desvendado o papel da ativação do sistema renina angiotensina em processos carcinogênicos e na progressão do câncer e, portanto, bloqueadores/inibidores dessa via tem sido propostos para o tratamento e quimioprevenção do câncer colorretal (MAKAR, et al., 2014)
8 8 2. JUSTIFICATIVA O câncer colorretal é um importante problema de saúde publica no Brasil e no mundo. Apesar de representar um tipo de câncer possível de detecção precoce, a maioria dos pacientes são diagnosticado em estádios tardios. Desta forma, a identificação de fatores relacionados à incidência e agravamento dessa doença podem constituir importantes ferramentas no seu combate. A literatura atual ainda é bastante controversa em relação a possível influência do uso prolongado de certos medicamentos anti-hipertensivos na incidência de câncer colorretal e na sobrevida desses pacientes. Além disso, do nosso conhecimento, não existem estudos em coortes de pacientes brasileiros.
9 9 3. OBJETIVOS Determinar a relação entre o uso prolongado de fármacos anti-hipertensivos por pacientes com hipertensão, a incidência de câncer colorretal e a sobrevida de pacientes com câncer colorretal.
10 10 4. MATERIAIS E MÉTODOS Os dados desta pesquisa serão obtidos através de pesquisa em prontuário de pacientes com câncer colorretal. Para a caracterização deste levantamento serão analisados os seguintes dados: Idade, Sexo, História clínica individual, História familiar, Doenças preexistentes, Diagnostico patológico do subtipo de câncer colorretal Tratamento Sobrevida Uso de medicamentos anti-hipertensivos Será discriminado o tipo de anti-hipertensivo e o período de uso. A pesquisa realizada seguirá os padrões de ética, com avaliação e supervisão do responsável técnico. "A ética não é uma etiqueta que a gente põe e tira, é uma luz que a gente projeta, para segui-la com os nossos pés, do modo que pudermos, com acertos e erros, sempre e sem hipocrisia" (Herbert de Souza, Betinho, O Estado de São Paulo, 09/04/1994)
11 11 5. PLANO DE TRABALHO E CRONOGRAMA DE ATIVIDADES O projeto a ser desenvolvido, seguirá o seguinte cronograma, sendo que durante todo o período de desenvolvimento do projeto a aluna participará de reuniões semanais com a orientadora para avaliação do andamento do trabalho, discussão e apresentação sobre artigos revisados. 1. Revisão Bibliográfica. 2. Estabelecimento da metodologia. 3. Coleta de dados. 4. Análise dos resultados, escrita de relatório e artigo(s). Semanas Etapas
12 12 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Estimativa 2013: Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA DRUMOND, C. A.; FERRO, R.A.F.; NOGUEIRA, A. M. F.; CONCEIÇÃO, S.A.; SILVA, R. G.; LACERDA FILHO, A. Câncer colorretal em pacientes com idade inferior a 30 anos. Rev. Bras Coloproct jul./set. 2003; 23 (3): p HABR A; VERANI E; RODRIGUES J. J. Pólipos do intestino grosso considerações gerais e sobre sua participação na gênese do câncer. Revista Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina. São Paulo, INCA - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Disponível em: Acesso em 24 abril MAHAN, LK; STUMP, S. Alimentos, nutrição e dietoterapia. 11ª ed. Roca. São Paulo, MAKAR, George A.; HOLMES, John H..; YANG, Yu-xiao. Angiotensin-converting enzyme inhibitor therapy and colorectal cancer risk. Journal of the national cancer institute. Eua, p fev MCLEISH JA; THURSFIELD VJ; GILES GG. Survival from colorectal cancer in Victoria: 10-year follow up of the 1987 management survey. ANZ J Surg 2002;72: OLIVEIRA, Josiane della Valentina de; MEDEIROS, Carla Alves Dalmonte de; MEIRA, Debora Dummer. AvAliAção da SobrevidA e QuAlidAde de vida de PAcienteS com câncer colorretal. Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde, Sao Paulo, v. 1, n. 1, p.6-6, 20 nov Trimestral. VASEN HFA; STORMORKEN A; MENKO F.H, NAGENGAST FM; KLEIBEUKER JH; GRIFFIOEN G, et al. MSH2 mutation carriers are at higher risk of câncer
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