Indicadores de Sustentabilidade do Instituto Ethos e o Processo de Gestão das Indústrias Associadas a FIEP, no Município de Pato Branco

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1 Indicadores de Sustentabilidade do Instituto Ethos e o Processo de Gestão das Indústrias Associadas a FIEP, no Município de Pato Branco Jocilane Mezomo (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) Administradora, Pesquisadora jocemezomo@yahoo.com.br Hieda Maria Pagliosa Corona (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) Professora Doutora de Graduação e Mestrado da UTFPR hiedacorona@hotmail.com Ana Paula Debastiane Vasco (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) Administradora, Mestranda em Desenvolvimento Regional na UTFPR anadbas@yahoo.com.br Resumo Espera-se das empresas que se tornem competitiva e atuante no mundo dos negócios e ao mesmo tempo atendam aos pressupostos da sustentabilidade, o que a priori parece incompatível. Diz-se que as indústrias precisam produzir com qualidade e ao mesmo tempo diminuir a utilização dos recursos naturais, reciclar, não poluir, cuidar dos resíduos, promover ações em relação aos recursos humanos e à sociedade. O objetivo do presente artigo é analisar se os indicadores de sustentabilidade, propostos pelo Instituto Ethos, são incorporados na gestão das indústrias filiadas a FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), no município de Pato Branco. Foram pesquisadas 25 (vinte e cinco) indústrias, que representam diversos setores econômicos, através da aplicação de um questionário com questões semi-estruturadas que revelassem a existência ou não de ações voltadas para a sustentabilidade ambiental e social. Os resultados demonstraram que, na grande maioria, a falta de iniciativa para ações voluntárias vinculadas a projetos relacionados aos temas da sustentabilidade social e ambiental. Está presente o tema da qualidade, no entanto, relacionada com o produto e a competição no mercado, desconsiderando cuidados ambientais, os quais se restringem aos previstos em lei.

2 1. Introdução Organizações sustentáveis são entendidas nesse artigo como sendo aquelas que atuam no setor industrial, consideradas as maiores consumidoras dos recursos naturais na fabricação de seus produtos. A essas organizações cabe grande parte da responsabilidade de descobrir e implantar novas técnicas que permitam o uso controlado da matéria prima, visando a preservação do meio natural e social no qual estão inseridas (Seiffert, 2007a). Segundo a Comissão Mundial de Desenvolvimento e Meio Ambiente das Nações Unidas, sustentabilidade significa suprir as necessidades da população mundial atual sem comprometer as necessidades das populações futuras. Sustentabilidade significa trabalhar com diferentes programas ao mesmo tempo, direcionados para as questões ambientais, sociais e econômicas interagindo de forma equilibrada. O equilíbrio dinâmico desse processo tem como parâmetro a sustentabilidade, assim entendida como a utilização dos recursos disponíveis de maneira racional, a fim de que, esses recursos estejam disponíveis indefinidamente. Para as organizações que se preocupam com uma atuação responsável, avaliando seu desempenho por meio dos parâmetros da sustentabilidade tendem a obter uma percepção mais favorável da sociedade, que pode se traduzir em benefícios sendo eles financeiros ou não. Esses parâmetros ou dimensões da sustentabilidade incluem aspectos econômicos, sociais, ambientais, políticos etc., que interagem entre a organização e o ambiente físico e sócio-econômico na qual ela se insere. Nessa perspectiva o objetivo principal desse artigo é analisar se os indicadores de sustentabilidade, propostos pelo Instituto Ethos, são incorporados na gestão das indústrias filiadas a FIEP (Federação das indústrias do Estado do Paraná), no município de Pato Branco. Como estas indústrias estão agindo e qual seu comportamento diante do conceito de organizações sustentáveis? Esse estudo é importante porque contribui para o meio acadêmico porque promove reflexões sobre o desenvolvimento sustentável nas indústrias e, principalmente, sobre o papel das indústrias que assumem responsabilidades perante o meio ambiente e a sociedade. Tende a promover uma reflexão dos administradores sobre o reflexo de suas ações nas organizações. Sendo assim, uma sociedade sustentável deve promover condições que possibilitem a interação entre a sociedade e a organização visando uma vida saudável e produtiva. Com esse propósito o presente estudo contribui para as organizações e para a sociedade. 2. Desenvolvimento Sustentável O tema desenvolvimento sustentável abrange discussões que dizem respeito ao futuro da humanidade. Os problemas ambientais até o fim da 2ª guerra mundial não estava presente nas agendas de produtores, consumidores de bens e serviços e da população de forma geral. Após a 2ª guerra mundial, segundo Maluf (2003), os temas ambientais começam a ser percebidos pouco a pouco como problemas que têm dimensão planetária. Alguns acontecimentos como a experiência da bomba atômica (Hiroshima e Nagasaki) dá a dimensão da destruição em massa;

3 as viagens espaciais do final dos anos 50 em diante dão uma imagem concreta da pequenez do planeta terra no universo e da terra como um território global, sem fronteiras. A revolução industrial foi um período de muitas descobertas e inovações, o que favoreceu o desenvolvimento com base no crescimento econômico. O setor que mais se beneficiou nesse contexto foi o da indústria com base no uso de recursos naturais. Com a expansão da industrialização no mundo, o grande problema passou a ser o crescimento desequilibrado entre países, com maior distância entre ricos e pobres, e o esgotamento dos recursos naturais existente no planeta. O modelo de crescimento econômico adotado tem como base o lucro a qualquer preço. O consumo dos recursos naturais não tem limites, eles são utilizados em quantidades que satisfaçam a demanda da indústria sem considerar quanto tempo à natureza irá levar para se recompor. De acordo com Seiffert (2007b), o mau uso dos recursos naturais disponíveis no planeta acabou de gerar um grande desequilíbrio ambiental. Diante desse contexto buscam-se alternativas que visem atingir a sustentabilidade, incluindo as organizações. O Desenvolvimento sustentável no âmbito empresarial ganha forças com surgimento do Conselho Empresarial para o desenvolvimento sustentável. Esse conselho é formado por 48 líderes empresariais de diversos países e teve participação ativa na organização das questões referentes as empresas e meio ambiente na Conferência de 1992 no Rio de Janeiro, sendo representado por Stephan Schimidheiny. A partir dessa conferência surge um documento sobre desenvolvimento sustentável direcionado ao meio empresarial. Nesse documento, segundo Dias (2007a), há um reconhecimento em relação ao progresso e o desenvolvimento sustentável, como positivo, pois, conseguem criar vantagens competitivas e novas oportunidades. Como conseqüência observa-se a necessidade da criação de uma nova ética na maneira de fazer negócios. Segundo Seiffert (2007c), o termo sustentabilidade de forma geral relaciona a preocupação com a conservação e a preservação da qualidade ambiental: Entende-se conservação ambiental como a exploração racional dos recursos naturais de modo a garantir sua sustentabilidade. Preservação pressupõe manter o recurso natural intacto e não utilizá-lo para outro fim que não seja a pesquisa científica (SEIFFERT, 2007, p.7). O conceito de desenvolvimento sustentável busca considerar a construção de meios que permitam o desenvolvimento mundial e preservem a qualidade de vida e o meio ambiente. Em relação e esse tema Bellen (2006a), afirma que para alcançar o desenvolvimento sustentável é necessário considerar aspectos referentes às dimensões social e ambiental/ecológica, bem como fatores econômicos, dos recursos vivos e não-vivos e as vantagens de curto e longo prazo de ações alternativas. O autor ainda acredita que o foco do conceito é a integridade ambiental e apenas a partir da definição do Relatório Brudtland a ênfase desloca-se para o elemento humano,

4 proporcionando um equilíbrio entre as dimensões econômica, ambiental e social. Nesse documento fica claro que o conceito de desenvolvimento sustentável é o que atende às necessidades das gerações presentes sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem suas próprias necessidades. Essa é uma das definições mais conhecidas citadas e aceitas, isso porque considera em sua definição a necessidade de preservar para o futuro. Para Goldsmith e co-autores, citado por Bellen (2006b), uma sociedade pode ser sustentável quando todos os seus propósitos e intenções podem ser atendidos indefinidamente, fornecendo satisfação ótima para seus membros. Para autores como Constanza, citado por Bellen (2006c), o conceito deve ser inserido na relação dinâmica entre o sistema econômico humano e um sistema maior, com taxa mais lenta, o ecológico. O conceito de desenvolvimento sustentável para Bellen (2006d) é a utilização de serviços da natureza dentro do principio de manutenção do capital natural sendo que são aproveitados os recursos naturais dentro da capacidade de carga do sistema. O autor ainda complementa que essa relação deve assegurar que a vida humana possa continuar indefinidamente, com crescimento e desenvolvimento da sua cultura. a- Sustentabilidade econômica: Em uma perspectiva econômica Rutherford, citado por Bellen (2006e), vê o mundo em termos de estoques e fluxo de capital, sendo que esta visão está aberta a considerar capitais de diferentes tipos, incluindo o ambiental e/ou natural, capital humano e capital social. b- Sustentabilidade social: Nessa perspectiva de sustentabilidade social o ser humano torna-se o foco. A preocupação esta com o seu bem-estar humano e os meios utilizados para aumentar a qualidade de vida dessa condição. Para Sachs, citado por Bellen (2006f), a sustentabilidade social refere-se a um processo de desenvolvimento que leve a um crescimento estável com distribuição equitativa de renda, gerando assim, a diminuição das atuais diferenças entre diversos níveis na sociedade e a melhoria das condições de vida das populações. c- Sustentabilidade ambiental: Nesse momento a grande preocupação é com os impactos das atividades humanas sobre o meio ambiente. Em relação a esse assunto Rutherford, citado por Bellen (2006g), explica que produção primária oferecida pela natureza é a base fundamental sobre a qual se assenta a espécie humana. Para complementar o entendimento sobre o tema, Sachs (1993), diz que sustentabilidade ecológica pode ser entendida como intensificação do uso dos recursos potenciais dos vários ecossistemas - com um mínimo de dano aos sistemas de sustentação da vida para propósitos socialmente válidos. Ë importante ainda diminuir a utilização de recursos fosseis, diminuir a emissão de poluentes, adotar políticas de conservação de energia e de recursos, utilizar somente recursos renováveis e aumentar a eficiência em relação aos recursos utilizados. 2.1 Responsabilidade Ambiental

5 A preocupação do Brasil com as questões de utilização de recursos naturais tem um forte momento a partir de Cria-se na Constituição Federal de 1988 condições para que os estados e municípios posicionem-se de forma mais ativa nas questões ambientais. Sendo assim, alguns estados passaram a se preocupar e a agir mais que outros, demonstrando maior interesse e consciência da necessidade de preservar e conservar os recursos naturais pertencentes a cada estado, além da questão financeira que também influência na questão da preservação. A pressão exercida sobre as indústrias para contribuírem com a preservação do ambiente abre caminho para o desenvolvimento de novos produtos, novas oportunidades de negócio e novos mercados de trabalho, tanto na indústria como na prestação de serviços, e os resultados são refletidos na ação da indústria e na sociedade, bem como nos balanços financeiros. Para Leff (2000a), essa mudança de percepção indica que a qualidade de vida está relacionada com a qualidade do ambiente e com a satisfação das necessidades básicas, com a conservação do potencial produtivo do ecossistema, o aproveitamento dos recursos naturais e com a sustentabilidade ecológica do habitat. O processo de desenvolvimento produtivo das organizações é relevante para a sociedade, Leff (2000b), faz uma colocação relevante para o assunto: A problemática ambiental coloca a necessidade de introduzir reformas no Estado, de incorporar as normas no comportamento econômico e de produzir técnicas no controle dos efeitos contaminantes, com a finalidade de acabar com as externalidades sociais e ecológicas surgidas pela racionalidade do Capital (LEFF 2000, p.52). É necessário criar mecanismos eficientes que possam auxiliar no processo de controle da utilização dos recursos naturais, principal fonte de matéria prima para as indústrias e para a vida. Segundo Andrade e Tachizawa (2004a), a questão da proteção ambiental hoje, também é uma função para a administração. Criou-se a necessidade de inserir na estrutura das organizações departamentos específicos para trabalharem essa problemática, que é a relação das organizações com a natureza. Para o autor a idéia deve estar contemplada na estrutura organizacional, interferindo no planejamento estratégico da empresa, o que demanda novas funções administrativas, o que requer acolher técnicos específicos que irão atuar na realização do trabalho de comunicação social, moderno e consciente. A implantação do conceito de desenvolvimento sustentável no ambiente empresarial tem sido, segundo Dias (2007b), pautado mais como um modo de empresas assumirem formas de gestão mais limpa, do que uma elevação do nível de consciência do empresariado em torno de uma perspectiva de um desenvolvimento econômico mais sustentável. Embora haja um crescimento aparente da mobilização em torno da sustentabilidade, ela ainda esta mais focada no ambiente interno das organizações, voltada essencialmente para processos e produtos.

6 Em abril de 1998, no Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), publica uma Declaração de Princípios da Indústria para o desenvolvimento, essa declaração possibilita uma maior interação entre a economia e meio ambiente junto ao empresariado. São elas: 1. Promover a efetiva participação proativa do setor industrial, em conjunto com a sociedade, os parlamentares, o governo e organizações não governamentais no sentido de desenvolver e aperfeiçoar leis, regulamentos e padrões ambientais. 2. Exercer a liderança empresarial, junto à sociedade, em relação aos assuntos ambientais. 3. Incrementar a competitividade da indústria brasileira, respeitados os conceitos de desenvolver sustentável e o uso racional dos recursos naturais e de energia. 4. Promover a melhoria continua e o aperfeiçoamento dos sistemas de gerenciamento ambiental, saúde e segurança do trabalho nas empresas. 5. Promover a monitoração e a avaliação dos processos e dos parâmetros ambientais nas empresas. Antecipar a análise e os estudos das questões que possam causar problemas ao meio ambiente e à saúde humana, bem como implementar ações apropriadas para proteger o meio ambiente. 6. Apoiar e reconhecer a importância do envolvimento contínuo e permanente dos trabalhadores e do comprometimento da supervisão nas empresas, assegurando que os mesmos tenham o conhecimento e o treinamento necessários com relação às questões ambientais. 7. Incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias limpas, com o objetivo de reduzir ou eliminar impactos adversos ao meio ambiente e à saúde da comunidade. 8. Estimular o relacionamento e as parcerias do setor privado com o governo e com a sociedade em geral, na busca do desenvolvimento sustentável, bem como na melhoria continua dos processos de comunicação. 9. Estimular as lideranças empresariais a agir permanentemente junto à sociedade com relação aos assuntos ambientais. 10. Incentivar o desenvolvimento e o fornecimento de produtos e serviços que não produzam impactos inadequados ao meio ambiente e à saúde da comunidade. 11. Promover a máxima divulgação e conhecimento da Agenda 21 e estimular sua implementação. Enfim, para o ponto de vista ambiental, a organização deve pautar-se pela eco-eficiência (criar mais valor com menos impacto), dos seus processo produtivos. Adotar uma produção mais limpa, oferecer condições para o desenvolvimento de uma cultura ambiental organizacional. Construir uma postura de responsabilidade ambiental, buscando a não-contaminação do ambiente natural, e procurar participar das atividades patrocinadas pelas autoridades governamentais, locais e regionais que diz respeito ao meio ambiente natural. O conceito de eco-eficiência, atribuído por Dias (2007c), tem como objetivos a redução do consumo de recursos, a redução do impacto na natureza e a melhoria do valor do produto ou serviço.

7 2.2 Responsabilidade Social O aumento populacional relacionado ao desenvolvimento e o crescimento das atividades econômicas, possibilitam que a sociedade sobreviva dos benefícios gerados pelo sistema, por outro lado sofre os impactos gerados por ele. Segundo Wissmann (2007a, p. 19), a valorização dos aspectos econômicos nas organizações como elemento principal de crescimento prejudicam a sociedade de modo geral acarretando perdas na qualidade de vida da população, e ocasionando outros problemas como aumento no índice de doenças e destruição dos recursos naturais. Há reconhecimento social do papel das organizações que proporcionam benefícios para a sociedade, entre eles está a geração de empregos. Conforme Ribeiro (1999 apud WISSMANN 2007b, p. 20), uma empresa somente poderia exercer suas atividades se o custo-benefício da sua existência fosse positivo. Para o autor as empresas que de qualquer forma coloquem em risco a vida humana não cumprem o seu papel social. As empresas que agridem o meio ambiente colocando em risco a continuidade da vida humana ou reduzindo a qualidade desta, bem como aquelas que não propiciam condições adequadas de trabalho, contribuindo para a degeneração psicológica e social dos trabalhadores e as que não adicionam valor à economia local, fazendo com que a aplicação de recursos governamentais não resultem nos benefícios esperados na região onde estão situadas, demonstram não estar cumprindo com seu papel social. (RIBEIRO 1999 apud WISSMANN 2007, p. 20). Muitas são as discussões sobre as organizações e a sua responsabilidade diante da sociedade e do mundo, nesse sentido torna-se importante conhecer a evolução do pensamento social. Em 1965 com a publicação da Carta dos Princípios do Dirigente Cristão de Empresas ADCE - surge a expressão Responsabilidade Social. A partir das cobranças geradas pelos órgãos públicos, órgãos não governamentais e da sociedade, algumas empresas iniciaram os registros das ações desenvolvidas demonstrando o seu comportamento social, a esse modelo de registro chamou-se de Balanço Social. O Decreto lei n /75 criou a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) que foi o primeiro relatório obrigatório que aborda aspectos sociais e de recursos humanos. Em 1974 são criadas varias ações e encontros em que a gestão, a Responsabilidade Social e o Balanço Social foram o foco das discussões. Já em 1980, conforme Torres citado por Wissmann (2007c), se fortalecem e se expandem as Organizações Não-Governamentais (ONGs) e os sindicatos, intensificam-se as greves por parte da sociedade que reivindicavam ações relacionadas às questões étnicas, e raciais entre outras, e os embates ambientalistas. Assim com a sociedade pressionando as organizações passam a refletir sobre as questões sociais e a ética empresarial. Deste modo, as organizações começaram a concretizar ações favoráveis ao meio ambiente e a sociedade e, posteriormente, a divulgar relatórios com essas ações aos quais foram primeiramente denominados de Relatórios de Atividades Sociais e que hoje são conhecidos como

8 Balanço Social. Devido à dimensão das questões envolvidas que integram o Balanço Social foi criada uma regulamentação de um demonstrativo social, através de procedimentos legais tanto em nível federal, estadual como municipal. O Balanço Social é composto por informações que demonstrem os recolhimentos que estão instituídos previamente, as informações não-monetárias, as ações promovidas espontaneamente e as instituídas por lei. O balanço social evidencia as ações empresariais junto à comunidade ou os stakeholders. Conforme Tachizawa (2008a), o termo balanço Social designa as partes interessadas, ou seja, qualquer indivíduo ou grupo que possa afetar o negócio, por meio de suas opiniões ou ações, ou ser por ele afetado: público interno, clientes, fornecedores, consumidores, comunidade, governo, acionistas, etc (TACHIZAWA 2008, p. 27). Existem vários conceitos sobre responsabilidade social que refletem as discussões sobre o tema. De modo geral, os questionamentos propõem um posicionamento mais consciente e exigente dos consumidores e organizações da sociedade civil, principalmente, quanto à exploração inadequada de condições sociais e trabalhistas. Outra questão é com relação aos valores éticos, choques culturais tanto no ambiente interno, como no externo a organização, bem como conquistar a aceitação e credibilidade dos novos mercados. Essas entre outras questões envolvem a globalização e a Responsabilidade Social. Alguns autores se manifestam nessa discussão e contribuem com o seu ponto de vista conceituando Responsabilidade Social. Já para o Instituto Ethos a definição é considerada ampla, colocando a ética e a transparência como princípios base, além do estabelecimento de metas que direcionam para o desenvolvimento sustentável, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras. A Responsabilidade Social tem como foco a qualidade das relações e a geração de valor para todos. Conforme Carvalho (1990 apud WISSMANN 2007d) a noção de Responsabilidade Social remete para a atitude da empresa em atender as exigências da sociedade em função das conseqüências de suas atividades. Para o autor a avaliação e compensação dos custos sociais que a mesma gera e a ampliação do campo de seus objetos, definindo o papel social a desenvolver para, assim, obter a legitimidade e responsabilidade perante diversos grupos humanos que interagem e a comunidade em seu conjunto. Com base nos conceitos apresentados pelos autores percebe-se que de maneira geral a Responsabilidade Social visa alcançar aspectos sociais, econômicos e ambientais. No sentido atribuído por Tinoco (2001 apud WISSMANN 2007e) para resumir Responsabilidade Social, o autor escreveu: Entendemos que nos dias atuais a grande Responsabilidade Social das organizações consiste em gerar renda e emprego, distribuídos de forma mais equitativa do que vem ocorrendo, a todos os envolvidos em sua geração, propiciando aqueles que estão afastados de seus postos de trabalho e do mercado, perspectivas de ingresso neste, especialmente nos países denominados

9 de terceiro mundo, particularmente o Brasil. As entidades devem satisfazer adequadamente as demandas de seus clientes e de parceiros nos negócios e atividades, especialmente divulgar e dar transparência aos agentes sociais e a toda a sociedade de sua inserção no contexto das relações econômicas, financeiras, sociais, ambientais e de responsabilidade publica por meio do Balanço Social, que é o relatório apropriado pra isso. (TINOCO, 2001 apud WISSMANN 2007, p. 47). Do ponto de vista de Araya (2003 apud DIAS, 2007d p. 153), o conceito de Responsabilidade Social promove um comportamento empresarial que integra elementos sociais e ambientais que não necessariamente estão contidos na legislação, mas que atendem às expectativas da sociedade em relação à empresa. Dessa forma entende-se que as ações que norteiam a Responsabilidade Social vão além da obrigação da organização em cumprir a legislação ambiental e social. Para o autor Dias (2007e), doações que são realizadas eventualmente pelas organizações são caracterizadas como ações de filantropia e não se trata como Responsabilidade Social. Nesse mesmo pensamento a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (United Nations Confere for Trade and Development UNCTAD), UNCTAD (2003 apud DIAS, 2007f) acredita que: A responsabilidade social da empresa vai além da filantropia. Na maioria das definições se descreve como medidas constitutivas pelas quais as empresas integram preocupações da sociedade em suas políticas e operações comerciais, em particular, preocupações ambientais, econômicas e sociais. A observância da lei é o requisito mínimo que deverão de cumprir as empresas. (UNCTAD, 2003 apud DIAS, 2007 p. 154). Durante a Cúpula Mundial de Desenvolvimento Sustentável, o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (World Business Council of Sustainable Development WBCSD), WBCSD (2002 apud Dias, 2002g, p. 154) divulgou que: o compromisso da empresa de contribuir ao desenvolvimento econômico sustentável, trabalhando com empregados, suas famílias, a comunidade local e a sociedade em geral para melhorar sua qualidade de vida é o que define a Responsabilidade Social. Os conceitos criados para definir responsabilidade social envolvem questões que englobam a sociedade como um todo: a empresa, ou organização, o funcionário, seus consumidores, os credores e fornecedores, a comunidade e acionistas que interagem com essa organização. Esses grupos são beneficiados ou beneficiários da Responsabilidade Social desenvolvida pelas organizações conforme seu grau de importância e de relacionamento com a mesma. Os funcionários atuam como sistema de produção e devem ser respeitados e recompensados pelo trabalho que desenvolvem na organização, tanto monetariamente como integralmente, com respeito às condições de trabalho.

10 A partir das concepções sobre o tema que envolve a Responsabilidade Social, se define um novo papel das organizações dentro da sociedade. Precisa cumprir com suas obrigações formais, bem como apresentar relações favoráveis diversas com toda a sociedade. Além de manter a transparência de seus processos produtivos e em todas as suas ações com uma postura responsável socialmente e ambientalmente falando, pois hoje a difusão das informações é rápida e alcança grandes dimensões. Nesse sentido, é difícil ocultar da sociedade os acontecimentos desastrosos que podem vir a ocorrer. Quanto às dimensões internas e externas da responsabilidade social, a Comissión de lãs Comunidades Europeas (2001 apud DIAS, 2002h) considera que a dimensão interna é referente às práticas realizadas em recursos humanos, gestão dos recursos naturais utilizados na produção, bem como, todas as ações, dirigidos aos integrantes da cadeia produtiva. Já para a dimensão externa inclui-se as comunidades locais, consumidores, autoridades públicas e ONGs que defendem interesses das comunidades locais e do meio ambiente. 3. Metodologia A metodologia utilizada caracterizou-se pela investigação junto às indústrias de Pato Branco associadas a FIEP, constantes no relatório da indústria de 2009, através da aplicação de um questionário semi-estruturado, e da pesquisa de dados secundários. A pesquisa foi realizada no período de 01 de julho a 30 de setembro de 2009, buscando identificar dentro desse grupo de organizações como se dá a relação dos processos de gestão industrial com as questões de sustentabilidade. Foram enviados 37 questionários, sendo que 25 questionários foram respondidos o que representou aproximadamente 73% do universo de todas as indústrias associadas a FIEP em Pato Branco. O questionário foi composto de 31 questões as quais fazem referência aos temas de valores, transparência e governança, público interno, meio ambiente, os fornecedores, os consumidores e clientes, a comunidade, a governança e a sociedade. Para a análise realizou-se a avaliação quantitativa das respostas obtidas nos questionários, dando evidência aos indicadores correspondentes aos temas propostos pelo Instituto Ethos. Vale destacar que o termo indicador conduz a uma medida que resume e simplifica as informações relevantes de um fenômeno, fazendo com que elas se tornem mais aparentes. O guia do Instituto Ethos é uma ferramenta de gestão que propõe a padronização de relatórios para a apresentação de indicadores. O objetivo é analisar os aspectos Sociais, Ambientais e Econômicos das organizações. Os fatores de análises do Instituto Ethos consideram todo o relacionamento da organização com seus stakeholders.

11 4. Indústrias de Pato Branco e a Sustentabilidade Social e Ambiental Em relação ao tema sobre os compromissos éticos, mais especificamente sobre valores e transparência da empresa, a palavra Qualidade foi a mais citada pela maioria das indústrias. Tal palavra novamente é a mais citada quando solicitada a definição dos valores da organização, seguida dos valores de credibilidade e compromisso. Segundo Srour (2000), é através dos valores e das regras de comportamento apresentadas por pessoas ou organizações que se estabelece a ética, sendo que esta serve como sustentação dos compromissos adotados pelas organizações perante a sociedade. O Instituto Ethos acredita que é através dos valores das organizações que se desenvolve os conceitos de visão e missão. Quando questionados sobre o relacionamento que mantêm com outros setores da sociedade, observa-se que a maioria aponta para a importância da relação com os consumidores (24 respostas), seguida pela relação com os fornecedores (23 respostas), sendo que 16 afirmaram que consideram importante a relação de sua empresa com o poder público. As relações com os concorrentes (14) e os sindicatos (14) obtiveram o mesmo número de respostas, assim como, a relação com organizações voltadas para o meio ambiente e para assistência social que teve 13 respostas. A alternativa que obteve menos freqüência foi da relação das indústrias com a igreja. A relação das organizações com seus stakeholders é de grande importância, pois de alguma forma eles acabam influenciando no comportamento das organizações e impactando nos negócios, sendo assim é necessário manter um diálogo constante com todos os setores. É importante comentar que os stakeholders das organizações são fundamentais para compor o balanço Social, pois são através deles que se analisam as ações e desempenhos das organizações, e que darão subsídios para montar os relatórios do balanço social (TACHIZAWA, 2008b). Para discutir a relação das indústrias com a concorrência a opção que mais se destacou com incidência de 13 respostas foi a de discutir internamente a postura da organização perante os concorrentes na busca de um posicionamento leal diante de todos; 09 respostas indicaram a alternativa que apontam as indústrias como seguidoras de práticas de preços do mercado no sentido de cumprir a legislação. Para 3 respondentes a questão de política com os concorrentes não é importante. Com incidência de apenas 01 resposta para as alternativas que propõe exercer posição de liderança em seu segmento combatendo a formação de cartéis e fraudes e a opção de achar importante, mas trabalha independente, não se preocupa com o concorrente obteve uma indicação. Quanto ao Balanço Social das 25 indústrias pesquisadas apenas 9 possui os relatórios e os disponibilizam sempre que solicitado, o restante que totaliza 16 indústrias, não possui relatórios. Apenas 1 indústria que possui o relatório social e ambiental informou que faz, registra e apresenta metas e ações sociais regularmente, inclusive das ações futuras.

12 O relacionamento das indústrias pesquisadas com sindicato aponta que a maioria dos respondentes (13) afirma não exercer pressão sobre os empregados envolvidos em atividades sindicais; 08 oferecem liberdade de atuação do sindicato no local de trabalho, 07 consideram importante a atividade dos sindicatos, apóia e participa de reuniões com os mesmos para ouvir sugestões e negociar as reivindicações. Para 5 indústrias essa questão não é considerada importante e apenas 01 indústria optou pela alternativa outros, onde descreveu sua preferência em não ter funcionários participando como membros de sindicatos. A gestão participativa foi a opção apontada como importante para a maioria dos empresários (10), que, para isso, são disponibilizadas as informações e treinamentos para facilitar o entendimento geral. Sete incidências foram para a opção de que a participação é considerada importante, mas não ocorre. Quatro indicam que essa questão não é considerada importante e 04 refere-se a opção de que o tema é importante, que existe o treinamento e a disponibilidade de informações, porém, apenas para as gerencias e chefias. Para essa questão há um nível de participação dos colaboradores na gestão em 10 indústrias do total de 25 indústrias pesquisadas. No entanto se somarmos a incidência de respostas que foram concentradas em alternativas que não ocorre por algum motivo qualquer obtemos 11 respostas. Isso demonstra um número maior de incidência para a fragilidade e não para a importância desta questão. Quanto à valorização da diversidade, tema que remete a conduta da organização em relação às adversidades da sociedade (sexual, cor, religião, outras), há incidência de 21 respostas que declaram ser contra a discriminação em qualquer ambiente, 07 promovem a regulação de processos de admissão para oferecer oportunidade a todos igualmente, apenas 02 responderam que possuem sistema de cotas para deficientes e 01 mantém sistema de cotas para menor aprendiz. Percebe-se que a grande maioria declara-se contra a discriminação em qualquer sentido, porém apenas algumas fazem ações concretas para enfrentar a discriminação e mesmo essas, nos casos estudados têm acima de 300 funcionários, o que pode estar relacionado à exigências legais. Segundo os empresários, a maioria tem política de remuneração, benefício e carreira (18) e diz valorizar as competências dos funcionários através de remuneração, além de investir no desenvolvimento profissional. Essa atitude está em acordo com a proposta do Instituto Ethos, porém não se tem um número de incidência considerável para as opções que pedem o envolvimento e a participação dos funcionários no processo. Quando perguntado sobre o cuidado com a saúde, segurança e as condições de trabalho oferecidas, eles dizem que são oferecidas as condições mínimas de segurança (12), que desenvolvem campanhas para conscientização dos empregados em relação ao tema (10). Ir além das obrigações legais e alcançar o padrão da excelência (6). Apenas 03 informam que conhecem a lei, mas tem dificuldades de implantar e nenhuma resposta foi adquirida no sentido de ignorar essas preocupações no ambiente de trabalho. Assim, a grande maioria oferece as condições

13 mínimas de segurança, ou seja, se limitam a atender a legislação. Porém é importante destacar que uma baixa incidência, (apenas 6 indústrias) vão além das obrigações legais. Ao tratar de demissões a grande maioria, afirma que procura evitar as demissões, buscando outras formas de redução de despesas (21); 02 informam que usariam como critério de escolha questões de idade, estado civil, número de dependentes como forma de orientação; 01 informou que procura evitar demissões, analisando e discutindo as alternativas de contenção de despesas com os empregados; e 01 respondeu que utiliza como estratégia a avaliação das competências e produtividades. No entanto uma incidência pequena de indústrias utiliza critérios de escolha para resolver as demissões. Essas respostas coincidem com o preconizado pelo Instituto Ethos. Para responder sobre como tratar com devida relevância e responsabilidade os impactos ambientais das atividades das organizações pesquisadas, a grande maioria informou que faz uso da legislação ambiental para guiar suas atividades (19). Desenvolve um ou mais programas internos de apoio a preservação ambiental (07). Consideraram importante a questão, mas não atuam (02 casos). Acredita que não tem problemas ambientais (01) e ainda informa que não conhece o destino do lixo que produz (01). A maioria das indústrias atua nessa questão utilizandose na legislação ambiental, mas uma quantidade pequena delas apresentou indícios de que tem atitudes diferenciadas e desenvolvem programas de apoio ao tema. No entanto existem indústrias que não tem ações, nem conhecimento para enfrentar os impactos ambientais causados pelas atividades industriais. Retomando a visão do Instituto Ethos sobre o tema, percebe-se que como decorrência da conscientização ambiental, a empresa deve buscar desenvolver projetos e investimentos visando a compensação ambiental pelo uso de recursos naturais e pelo impacto causado por suas atividades. Segundo Andrade e Tachizawa (2004b), criou-se a necessidade de inserir na estrutura das organizações departamentos específicos para trabalharem essa problemática que é a relação com a natureza. Para o autor a idéia está contemplada na estrutura organizacional interferindo no planejamento estratégico da empresa. Assim, organizar sua estrutura interna de maneira que o meio ambiente não seja um tema isolado, mas que permeie todas as áreas da empresa, sendo considerado a cada produto, processo ou serviço que a empresa desenvolve ou planeja desenvolver. Visando a sensibilização da população quanto aos desafios ambientais decorrentes da atividade humana, as organizações afirmaram que não atuam em ações ambientais (17). Desenvolvem ações de educação ambiental e treinamento dos colaboradores para ações na sociedade (07) e somente 02 indústrias informaram que a organização apóia ou participa de projetos educacionais em parceria com organizações não-governamentais ou ambientalistas. Sobre a educação ambiental, poucas organizações promovem a educação ambiental, mas a grande maioria não possui essa prática. Considerando os impactos ambientais causados pela atividade da empresa, 12 organizações responderam que desenvolvem ações para prevenir essas ocorrências. Cinco delas conhecem os

14 impactos de suas atividades, porém, afirmam não ter possibilidade de realizar ações de correção. Cinco indústrias informam que acompanham a destinação final do produto e processos pósconsumo. Quatro dizem produzir estudos de impacto ambiental segundo exigências da legislação. Para 02, essa questão não é considerada importante. Contudo apenas 01 possui sistema de gestão ambiental padronizado e formalizado. Uma desenvolve parceria com fornecedores buscando a melhorar a gestão ambiental. Apenas uma indústria afirma que desconhece o destino do seu lixo. Ainda 01 indústria acredita não gerar impacto ambiental. Enquanto algumas indústrias desconhecem, ou não consideram importante a questão ambiental a maioria atua no desenvolvimento das ações de prevenção. Essa questão faz referência com a anterior sobre os impactos ambientais, onde a maioria informou que fazia uso da legislação ambiental, agora elas têm a oportunidade de informar sobre as atitudes praticadas. Fica claro que essas atitudes que as indústrias tiveram para reduzir os impactos causados são decorrentes da obrigatoriedade disposta na legislação ambiental e não por uma opção de conduta. O Instituto Ethos aponta que uma das formas de atuação ambientalmente responsável da empresa é o cuidado com as entradas de seu processo produtivo, estando entre os principais parâmetros, comuns a todas as empresas, a utilização de energia, de água e de insumos necessários para a produção/prestação de serviços. Com objetivo de prevenir e reduzir danos ambientais e otimizar processos, afirmam que incentivam a redução de consumo de energia, água, e material de expediente (19). Possuem processos de destinação adequada de resíduos (14). Orientam para melhor utilização dos fatores de produção (13). Orientam a redução e a reutilização de recursos produtivos (08), (naturais). Possuem condições de medir, monitorar e controlar os aspectos ambientais (04). Pode-se verificar que 01 indústria informou que não gera impactos ambientais. Uma diz que o tema não é considerado importante. Por acarretar mais custos e consequentemente diminuição nos lucros há o incentivo a diminuição do consumo de energia, água entre outros, porém poucas têm mecanismos de controle que irão monitorar e controlar os aspectos ambientais. O Instituto Ethos diz que a redução do consumo de energia, água e insumos leva à conseqüente redução do impacto ambiental necessário para obtê-los. Entre as principais saídas do processo produtivo estão às mercadorias, suas embalagens e os materiais não utilizados, convertidos em potenciais agentes poluidores do ar, da água e do solo. Para regular suas relações com fornecedores e parceiros, com incidência de 20 respostas podese dizer que essas indústrias baseiam-se apenas em fatores como qualidade, preço e prazo. Negociam com transparência e estabelecem relações contratuais adequadas ao desenvolvimento dos parceiros (07). Considerar critérios específicos de responsabilidade social, como proibição do trabalho infantil, relações de trabalho adequado e adoção de padrões ambientais pelos fornecedores (02). Apenas 01 indústria possui políticas de seleção e avaliação de fornecedores e parceiros quanto ao cumprimento da legislação trabalhista, previdenciária e fiscal. E para 01

15 indústria esse tema não é considerado importante. A grande preocupação esta com os preços, a qualidade e os prazos de pagamentos. Novamente se observa uma postura de organização fechada, preocupada apenas com os produtos ou serviços que oferecem. A organização deve conscientizar-se de seu papel no fortalecimento da cadeia de fornecedores, atuando no desenvolvimento dos elos mais fracos e na valorização da livre concorrência. Inclui a análise de critérios de contratação e gerenciamento como exigência do cumprimento da legislação trabalhista, utilização de mão-de-obra infantil e o relacionamento com funcionários terceirizados. A responsabilidade social em relação aos clientes e consumidores exige da organização o investimento permanente no desenvolvimento de produtos e serviços confiáveis, que minimizem os riscos de danos à saúde dos usuários e das pessoas em geral. A publicidade de produtos e serviços deve garantir seu uso adequado. Considerando a influência de sua política de comunicação comercial na criação de uma imagem de credibilidade e confiança, Com incidência de 09 respostas para a opção de possuir uma política formal de comunicação alinhada com seus valores e princípios. Nove (09) indústrias informam que desenvolvem parcerias com fornecedores e distribuidores, visando criar uma cultura de responsabilidade e transparência na comunicação com consumidores e clientes. Oito indústrias informaram que focalizam suas estratégias de comunicação ao volume de vendas. Apenas 04 fazem uma comunicação clara entre clientes e a organização para esclarecer e alertar sobre eventuais efeitos prejudiciais e cuidados necessários ao uso dos produtos. Quanto ao serviço de atendimento ao consumidor/cliente, 18 respondentes informaram que proporcionam fácil acesso do consumidor/cliente ao serviço de seu interesse, registram e comunicam internamente as manifestações desse cliente. Sete indústrias dizem que possuem um atendimento básico receptivo, amplamente divulgado, focado na informação. Enquanto que 01 indústria possui processos que incluem a procura das causas dos problemas e a utilização dessas informações para aprimorar a qualidade dos produtos e serviços. Ainda 01 indústria, respondeu que não interfere no caso com os vendedores, sendo essa alternativa criada pela respondente. As indústrias demonstram que facilitam o acesso do consumidor aos serviços de atendimento básico, porém conforme a pesquisa, falta incorporar processos que detectem as causas dos problemas para aprimorar a qualidade dos produtos e dos serviços prestados. Nesse caso atendem em parte às recomendações do Instituto Ethos. O Instituto acredita que a organização socialmente responsável deve apoiar seus consumidores/clientes antes, durante e após a efetuação da venda, prevenindo prejuízos com o uso do seu produto. A qualidade do serviço de atendimento a clientes é uma referência importante neste aspecto, indicando a permeabilidade da empresa para adaptar-se às necessidades e demandas dos consumidores/clientes. Quanto ao conhecimento e gerenciamento dos danos potenciais dos produtos e serviços oferecidos pelas indústrias, 12 respondentes informaram que treinam o pessoal interno e os

16 parceiros externos para adotarem medidas preventivas e corretivas com agilidade e eficiência, tendo um compromisso de transparência. Oito respondentes afirmam que interagem com fornecedores e distribuidores, consumidores, concorrentes e governo para um continuo aperfeiçoamento dos produtos e serviços. Sete divulgam tais informações para parceiros comerciais, adotando medidas preventivas ou corretivas com agilidade. Apenas 06 informaram que realizam pesquisas técnicas sobre danos potencias de seus produtos ou serviços para os consumidores/clientes. Um afirma que não considera importante essa questão e ainda 01 indústria optou em responder a opção outros, porém não descreveu o que seria. Com base nas informações do Instituto Ethos, percebe-se que as indústrias atuam no gerenciamento de alternativas para melhorar seus produtos. O valor qualidade centrada nos aspectos internos das organizações esta implícito nesse resultado. O comportamento das indústrias é um reflexo do foco centrado na qualidade dos produtos e serviços que oferecem. As organizações devem promover ações de melhoria da confiabilidade, eficiência, segurança e disponibilidade dos produtos e serviços. O Instituto Ethos afirma que, elas devem buscar conhecer os danos potenciais que possam ser provocados por suas atividades e produtos e alertar os consumidores/clientes quanto a eles, atuando em um processo de melhoria contínua e observando as normas técnicas relativas a eles. A comunidade onde a organização está inserida fornece-lhe infra-estrutura e o capital social representado por seus empregados e parceiros. O investimento pela organização em ações que tragam benefícios para a comunidade é uma contrapartida justa, além de reverter em ganhos para o ambiente interno e na percepção que os clientes têm da própria empresa. Sobre os impactos da organização na vida da comunidade 17 indústrias procuram tomar medidas reparadoras em resposta a reclamações e manifestações da comunidade. Quatro, afirmam que conhecem em profundidade seus impactos na comunidade e possuem processos estruturados para registrar reclamações. Quatro, acreditam que não possuem esse tipo de problema. Duas informaram que possuem uma política formal de antecipar-se a demandas da comunidade e informá-la sobre atuais e futuros planos e impactos de suas atividades. Por fim apenas 01 resposta para a opção de não considerar a questão importante. Os impactos das organizações na sociedade são resolvidos e verificados mediante as reclamações e recebem medidas reparadoras. Percebe-se que há programas e ações que diminuam os impactos. Apenas algumas ultrapassam as barreiras tradicionais e criam mecanismos para registrar essas ocorrências e anteciparem para a sociedade as situações que podem ocorrer. Para Instituto Ethos, a inserção da organização na comunidade pressupõe que ela respeite as normas e costumes locais, tendo uma interação dinâmica e transparente com os grupos locais e seus representantes, a fim de que possam solucionar conjuntamente problemas comunitários ou resolver de modo negociado eventuais conflitos entre as partes.

17 Com relação às organizações comunitárias, ONG s e equipamentos públicos (escola, posto de saúde, etc.), presentes no seu entorno, as organizações possuem as seguintes práticas 18 respondentes afirmam participar da vida associativa local com doações, financiamento e implementação de projetos. Três indústrias capacitam lideranças envolvidas e mantêm parceiras de longo prazo com entidades da comunidade local. Três responderam que buscam influenciar políticas públicas, estabelecendo alianças para o desenvolvimento local. Duas responderam que não consideram importante essa alternativa e apenas 01 conhece as atividades, mas não teve condições de responder aos pedidos de apoio. As organizações preferem participar das relações com organizações comunitárias local com verbas ou projetos, poucas se disponibilizam a trabalhar efetivamente buscando outras alternativas para se relacionar com as organizações comunitárias. Com base no Instituto Ethos as indústrias possuem práticas que correspondem em partes com a proposta do Instituto. As organizações pró-ativa na responsabilidade social assumem como meta a contribuição para o desenvolvimento da comunidade. Desta forma, devem apoiar ou participar diretamente de projetos sociais promovidos por organizações comunitárias e ONGs, contribuindo para a disseminação de valores educativos e a melhoria das condições sociais. Quanto ao financiamento das ações sociais 21 utilizam de verba variável, definida pela direção da organização, em resposta a solicitações externas. Apenas para 01 indústria as verbas são definidas em orçamento anual, geridas com transparência. Três não consideram o tema importante. Percebe-se que a verba é variável e definida pela direção, sempre em resposta as solicitações externas. Apenas uma possui verbas definida em orçamento anual. Fica evidente que as indústrias contribuem na medida em que são solicitadas, não possuem planejamento estruturado para essas ações. A destinação de verbas e recursos às instituições e projetos sociais terá resultados mais efetivos na medida em que esteja baseada numa política estruturada da empresa, com critérios pré-definidos. Um aspecto relevante é a garantia de continuidade das ações, que pode ser reforçada pela constituição de instituto, fundação ou fundo social. A relação das indústrias com a comunidade é de certa forma restringida a poucas atuações. A maior preocupação está em cumprir com suas obrigações, as quais estão vinculadas ao atendimento de demandas pontuais de organizações existentes na comunidade. Não se percebe ações voluntárias voltadas para a melhoria e desenvolvimento da comunidade. Portanto, pode-se inferir que as indústrias não estão atendendo as premissas do Instituto Ethos. Quanto a contribuição para campanhas políticas, 08 indústrias informaram que financiam campanhas políticas dentro dos padrões estabelecidos pela legislação. Sete não contribuem, mas acha importante essa participação. Ainda para 07 respondentes essa questão não é considerada importante. Três indústrias informaram que divulgam de forma transparente a comprovação e registro da doação. Ainda 03 afirmaram que promovem campanhas de sensibilização política interna e externa a organização. Por fim ainda 02 indústrias não optaram por nenhuma opção.

18 Algumas indústrias confirmam a participação na política, financiam, promovem campanhas e confirmam a divulgação de forma transparente das doações realizadas, no entanto a grande maioria não contribui de nenhuma maneira, seja financeira ou promovendo campanhas. Percebese o baixo interesse que as indústrias demonstram sobre esse assunto. Ao comparar os resultados da pesquisa com o posicionamento do Instituto Ethos sobre o tema, verifica-se que as indústrias na sua grande maioria não estão atendendo as implicações propostas pelo Instituto. A transparência nos critérios e nas doações para candidatos ou partidos políticos é um importante fator de preservação do caráter ético da atuação da empresa. O Instituto Ethos acredita que ela também pode ser um espaço de desenvolvimento da cidadania, viabilizando a realização de debates democráticos que atendam aos interesses de seus funcionários. Na relação com autoridades, agentes e fiscais do poder público, em todos os níveis, 17 indústrias informaram que procuram evitar situações que envolvam favorecimento a agentes do poder público. Para 06 essa questão não é considerada importante. Ainda 05 responderam que consideram a possibilidade de manter relação com autoridades que possam lhe favorecer em algum momento. Apenas 01 possui normas escritas sobre o tema, as quais são divulgadas amplamente ao público interno e externo. As respostas apresentadas pelas indústrias confirmam que uma grande parte delas está evitando situações de envolvimentos que promovam o favorecimento com o poder público. Assim como tem algumas que consideram a possibilidade de serem favorecidas em algum momento. Para a questão que remete ao envolvimento das organizações com atividades sociais realizadas por entidades governamentais, observa-se que com incidência de 21 respostas as indústrias afirmam que contribuem com o pagamento de impostos. Quatro informaram que participam do controle de avaliação de políticas públicas de interesse geral. Quatro indústrias dizem que não contribuem, mas consideram importante essa participação. Ainda 03 contribuem com a realização de eventos e projetos do poder público. A maioria das indústrias contribui com o pagamento de impostos, sendo esse resultado já esperado tendo em vista que elas são praticamente obrigadas a paga-los. Poucas indústrias que, além de pagar os impostos, fazem o controle de avaliação das políticas públicas, bem como atuam em realizações de eventos e projetos do poder público. Novamente é possível verificar que as organizações se limitam a fazer apenas o seu papel de cumpridora de lei. A dimensão dos problemas sociais no Brasil torna imprescindível a participação das empresas no seu enfrentamento. Além de cumprir sua obrigação de recolher corretamente impostos e tributos, as empresas podem contribuir com projetos e ações governamentais, devendo privilegiar as iniciativas voltadas para o aperfeiçoamento de políticas públicas na área social.

19 5. Considerações Finais Esse trabalho de pesquisa teve como objetivo principal analisar se os indicadores de sustentabilidade propostos pelo Instituto Ethos são incorporados no processo de gestão dessas indústrias. Com base nas premissas da sustentabilidade do Instituto Ethos verificou-se que na grande maioria das indústrias faltam iniciativas para ações voluntárias que demonstrem atitudes para desenvolver e implantar projetos e fazer movimentações relacionadas aos temas da sustentabilidade social e ambiental. Para a questão social verifica-se que as organizações em estudo apresentaram poucas relações externas a elas, esse comportamento pode ser um reflexo da não interação com o público externo. Pode-se perceber as indústrias promovem uma grande preocupação com a qualidade dos serviços que prestam e dos produtos que confeccionam. Elas estão pouco direcionadas para os colaboradores, não estando totalmente em acordo com a proposta do Instituto Ethos que acredita que deve haver uma interação constante entre a organização e todos os seus stakeholders. Quanto às ações ambientais são promovidas em partes pelas organizações. Observou-se que elas conhecem a legislação ambiental e em alguns momentos se verifica ações realizadas para controlar os impactos, principalmente no que se refere ao atendimento da legislação ambiental. Novamente chamou atenção o fechamento das organizações para o ambiente externo. As organizações se mostraram mais preocupadas e incentivadoras de ações internas, como a diminuição do consumo de energia, água entre outros, no entanto, quando se trata de ações voltadas para a sociedade com relação aos aspectos ambientais não há um posicionamento ativo. O fato é que o incentivo a redução de itens como o de consumo de energia, por exemplo, diminui os custos e consequentemente aumenta os lucros. As indústrias demonstraram na grande maioria a falta de iniciativa para ações que evidenciem atitudes no desenvolvimento de projetos relacionados aos temas da sustentabilidade social e ambiental, bem como, encontram-se limitadas à questões internas referentes ao processo produtivo, voltado para os ganhos econômicos. No geral não atendem aos indicadores preconizados pelo Instituto Ethos e aos demais aspectos da sustentabilidade, tendo em vista a ausência de práticas direcionadas tanto para as questões sociais como ambientais. As organizações ambientalmente e socialmente responsáveis devem apoiar e desenvolver campanhas, projetos e programas educativos voltados para seus empregados, para a comunidade e para públicos mais amplos, além de envolver-se em iniciativas de fortalecimento da educação ambiental no âmbito da sociedade como um todo.

20 6. Referências ANDRADE, R. O. B.; TACHIZAWA, T.; CARVALHO, A. B.; Gestão Ambiental Enfoque estratégico aplicado ao desenvolvimento sustentável. São Paulo: Makron Books, 2 ed., BELLEN, M. V. Indicadores de Sustentabilidade: Uma análise comparativa. 2 ed. Rio de Janeiro: FGV, DIAS, R. Gestão Ambiental: Responsabilidade Social e Sustentabilidade. 1 ed. São Paulo, Atlas, INSTITUTO Ethos. Disponível em: < Acesso em 16/07/2009. INSTITUTO Ethos. Guia de elaboração de relatório e balanço anual de responsabilidade social empresarial. Versão LEFF, E. Ecologia, Capital e Cultura: Racionalidade ambiental, Democracia participativa e desenvolvimento sustentável. Tradução de Jorge Esteves da Silva. Blumenau: FURB, MALUF, R. Teorias do desenvolvimento econômico. Curso ministrado no programa de doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento entre 11 e 15 de agosto de Curitiba/PR: MADE/UFPR. SACHS, I. Estratégias de transição para o século XXI: desenvolvimento e meio-ambiente. São Paulo: Nobel/Fundap, SEIFFERT, M. E. B.; Gestão ambiental instrumentos, esferas de ação e educação ambiental. São Paulo: Atlas, SROUR, R. H. Ética Empresarial Posturas Responsáveis nos negócios, na política e nas relações pessoais. 8 Tiragem Rio de Janeiro: Campus, TACHIZAWA, T. Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Corporativa Estratégias de negócios focadas na realidade brasileira. 5 ed. São Paulo: Atlas, WISSMANN, M. A.; Responsabilidade Social & Balanço Social. Cascavel: Univel, 1 ed., 2007.

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