PALAVRAS-CHAVES: PROTEÇÃO SOCIAL, FAMÍLIAS E REDES SOCIAIS

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1 PROTEÇÃO SOCIAL À INFANCIA E ADOLESCENCIA POBRE NO BRASIL Pensando redes sociais AUTORAS: Rita de Cássia Santos Freitas, Cenira Duarte Braga, Nívia Valença Barros, Lia Canejo Diniz Barros, Adriana de Andrade Mesquita Este artigo tem como objetivo refletir acerca da relação entre políticas sociais no contexto atual e famílias pobres brasileiras local onde as mulheres, por conta de uma relação de gênero, aparecem como as principais protagonistas. Essa análise se faz necessária na medida em que a matricialidade sociofamiliar nas políticas sociais trazem de volta a discussão sobre a família. Pretendemos refletir, nesse espaço, as relações entre proteção social, famílias, relações de gênero e redes sociais. PALAVRAS-CHAVES: PROTEÇÃO SOCIAL, FAMÍLIAS E REDES SOCIAIS SOCIAL PROTECTION CHILDHOOD AND ADOLESCENCE POOR IN BRAZIL - Thinking about social networks ABSTRACT This article aims to reflect on the relationship between social policies and in the current context of poor Brazilian families where women, because of a gender relationship, appears as the main protagonists. This analysis is necessary to the extent that the matricialidade social-family social policies bring back the discussion about the family. We intend to reflect, in this space, the relationships between social protection, family, gender relations and networks. KEYWORDS: SOCIAL PROTECTION, FAMILY, AND NETWORKS. 0

2 PROTEÇÃO SOCIAL À INFANCIA E ADOLESCENCIA POBRE NO BRASIL Pensando redes sociais Introdução Entende-se proteção social como um fenômeno antigo nas diversas sociedades, criados em diferentes contextos: proteção, cuidado, evitar situações de vulnerabilidade social, etc. De acordo com Costa, o sistema de proteção social é reconhecido como Uma regularidade histórica de longa duração, de diferentes formações sociais, tempos e lugares diversos. Isso quer dizer, uma noção na qual se entenda a proteção social além dos fenômenos do protecionismo persistentes nos séculos XIX e XX sob o liberalismo e o neoliberalismo, portanto, não como uma invenção do capitalismo. O Estado-providência, nessa ótica, é um caso particular da proteção social. Este tipo de definição abre espaço para pensar a proteção social não apenas enquanto constituição dos sistemas protecionistas, mas também como uma regularidade que dá visibilidade às práticas de proteção existentes nas diversas sociedades ao longo dos séculos, bem como do papel da família, dos grupos de convívio e redes sociais. Isso nos possibilita refletir que algum tipo de proteção social, seja ele simples ou complexo, foi desenvolvido nas distintas coletividades. Podemos pensar a partir dessa afirmação que analisar as particularidades de uma dada sociedade envolve fatores de ordem histórica, antropológica, sociológica, econômica entre outros. Além disso, pensar na sobrevivência dos grupos e indivíduos envolve a reflexão da esfera da reprodução desses sujeitos. Importante esfera da vida humana e que está permeada de experiências múltiplas, conflitos e contradições. E, nesse campo de estudo o social entra em pauta e com ele a sua dinâmica e transformações que fazem parte de seu cotidiano. Mas não se pode negar que a noção de proteção social, além de expressar elementos culturais de longa duração e de conter rupturas, localiza persistências de outros tempos históricos (COSTA, 1995). Uma dessas realidades, no caso brasileiro, é a prática de redes sociais enquanto um mecanismo fundamental de cuidados e proteção social acessado pelas famílias de comunidades carentes. As palavras rupturas e continuidades caminham lado a lado na história das sociedades, ocasionando a construção de estruturas protetivas, privadas ou públicas, que coexistem e se interrelacionam 1. Tais reflexões são importantes para pensarmos a realidade das redes sociais e os agentes privados de proteção social, como é o caso das famílias. E, discorrer sobre a família é dar visibilidade ao papel das mulheres enquanto pilar essencial na promoção de cuidados 1 Acerca da temática proteção social, cf. Sueli Costa (1995), Robert Castel (1998) e Di Giovanni (2008) entre outros. 1

3 e bem estar. Papel antigo, baseado nas relações de gênero e nos tradicionais papéis sociais construídos: homem provedor, mulher cuidadora. Temática extremamente importante nos dias atuais de privatização das políticas sociais. Quando trabalhamos com o conceito de famílias no plural estamos admitindo a existência de uma multiplicidade de tipos e de arranjos familiares os mais diversos possíveis. Estamos trabalhando com uma realidade que está em constante transformação (FREITAS, 2010). A aproximação com os diversos estudos que aqui serão apreciados, por um lado e, por outro, as pesquisas que temos desenvolvido nos leva hoje, a problematizar algumas questões que serão desenvolvidas na parte final desse escrito. Assim, neste primeiro momento, refletiremos sobre a produção acadêmica voltada para essa temática. Num segundo momento, traremos algumas considerações que acreditamos possam iluminar futuros estudos. Famílias e redes sociais pensando a realidade brasileira Segundo Sarti, a formação familiar nas camadas pobres contraria a constituição da família como um núcleo na verdade, esse modelo, apesar de desejado, é difícil de ser efetivado. Com isso, a formação em rede é um fato muito comum: as dificuldades enfrentadas para a realização dos papéis familiares no núcleo conjugal, diante de uniões instáveis e empregos incertos, desencadeiam arranjos que envolvem a rede de parentesco como um todo, a fim de viabilizar a existência da família (SARTI, 2005, p.29). Assim, os vínculos familiares mais amplos não se desfazem com o casamento, ao contrário são importantes em situações de crise financeira, criação dos filhos, crise conjugal. Além disso, as responsabilidades financeiras dentro do lar são divididas, o que implica numa alteração das relações de autoridade dentro do lar. A autoridade masculina pode ser abalada se o mesmo não garante minimamente prover o sustento básico de sua família As famílias pobres são marcadas por muitas ambigüidades. Se o papel da mãe é central dentro de casa, essa mãe muitas vezes também está nas ruas. Em nossa sociedade, a constituição de mulheres chefes de família é uma realidade. A feminização da pobreza aparece na ordem do dia (FREITAS, 2002, p.81). O fenômeno de mulheres como chefes de seu domicílio não é novo, muitas mulheres sempre trabalharam especialmente as mulheres pobres ; o problema está em conseguir conciliar os afazeres domésticos com o trabalho fora de casa, assim como, garantir o respeito e autoridade diante de sua família, companheiro (quando tem) e a comunidade. Assim, cabe refletirmos sobre os mecanismos de proteção social que são acessados pelos 2

4 diferentes sujeitos as famílias pobres diante da situação de carência e vulnerabilidade social em que vivem. Nesse conjunto, o constante quadro de pobreza e desigualdade social tem deixado muitas famílias brasileiras em situação de carência e vulnerabilidade. Famílias essas que vivenciam altos níveis de privação e risco iminente de perda do bem estar social, ocasionado pelas incertezas frequentes e acesso a precários sistemas de proteção social público e privado. De fato, a instabilidade social em que vivem muitas famílias tem afetado o bem estar da população, em especial, de baixa renda. Sabemos que apesar de muitas famílias terem conseguido romper com o ciclo de pobreza, eventos conjuntos (crises políticas, econômicas, sociais, ambientais) ou particulares (desemprego, separação, doenças graves, falecimento do provedor da família, etc) afetam um grande número de famílias. É neste contexto que os mecanismos públicos e privados de proteção social (programas assistenciais de transferência de renda, a família e as redes sociais) tomam outra dimensão no quadro atual. Além disso, pensando a realidade brasileira, vemos que a precariedade dos mecanismos de proteção social e um cotidiano de gênero fazem com que essas famílias sejam as que mais acionem aos benefícios dos programas de transferência de renda (como o Programa Bolsa Família) e também estratégias baseadas na construção de redes sociais (DESSEN e BRAZ, 2000; FONSECA, 2000; COSTA, 2002; FREITAS, AZEVEDO, 2011). É nesse contexto que floresce o debate sobre os mecanismos de proteção social ofertados pelo estado e a centralidade das famílias nas políticas sociais vigentes entre políticos, estudiosos e organizações sociais; emergindo, no contexto internacional, novas formas de sociabilidade via programas sociais marcados pelas ideias da centralização, privatização e focalização, como é o caso dos Programas de Transferência de Renda 2. Uma característica fundamental quando estudamos as famílias, no Brasil, é a formação das redes sociais como estratégia de sobrevivência entre as famílias pobres. Quando estudamos a família brasileira, não podemos pensar as diversas configurações familiares, no papel que a família tem e as políticas sociais, sem atentar para as construções das redes sociais. As redes sociais são constitutivas dos processos históricos e culturais do país e perpassa a todas as classes sociais. A vulnerabilidade social perpassa o cotidiano das famílias pobres, essencialmente, no caso de instabilidade familiar, nos empregos incertos, no cuidado dos filhos, na pouca renda, momentos de separações e de mortes. Assim, as redes sociais tornam-se fundamentais e essenciais na vida desse grupo social. Conforme Sarti (2005, p. 31): a família pobre, constituindo-se em rede, com ramificações que envolvem o parentesco como 2 Não será possível aprofundar nos marcos desse artigo uma discussão mais ampla acerca dos programas de transferência de renda. Cf., por exemplo, com Senna (2007) e Silva (2007). 3

5 um todo, configura uma trama de obrigações morais que enreda seus membros, num duplo sentido, ao dificultar sua individualização e, ao mesmo tempo, viabilizar sua existência como apoio e sustentação básicos. Mas como devemos entender redes? E que formas essas tomam em nossa realidade? Dessen e Braz entendem rede social como um sistema composto por... vários objetos sociais (pessoas), funções (atividades dessas pessoas) e situações (contexto) [...], que oferece apoio instrumental e emocional à pessoa, em suas diferentes necessidades (2000, p.221). Apoio esse que surge diante de diversas situações: desemprego, pobreza, casamentos, nascimentos e mortes. Outra definição importante de rede é a já clássica de Elizabeth Bott, que diz que a constituição de redes de relações sociais se dá em diversos graus de conexidade, estabelecidas entre indivíduos ou grupos situados dentro ou fora da família para apoios tanto instrumental (ajuda financeira, divisão de responsabilidades) quanto emocional (afeição, aprovação, simpatia e preocupação com o outro) (BOTT, 1976). No Brasil, há séculos as mulheres, de classe média e popular, em proporções diferenciadas, criam estratégias, tecidas por trás dos panos, que variam de contexto e independem do poder do Estado. Podem ser citadas as redes de parentesco (WOORTMANN, 1987), a maternidade transferida (COSTA, 2002), as redes de solidariedade e reciprocidade (FREITAS, 2002) e a circulação de crianças (FONSECA, 2002). Vamos discutir um pouco cada uma dessas redes. Klass Woortmann (1987), em seu clássico livro (A família das mulheres), diz que o parentesco estabelece uma relação de comunalidade e afinidade como princípio geral das famílias brasileiras. O parentesco pode promover a constituição solidariedades que se definem por causa de algumas relações. Uma relação definidora é consanguínea o sangue visto enquanto símbolo definidor de uma relação de proximidade. Quanto mais próximo um parente de outro, maior será o vínculo e proximidade. E, isso torna as relações baseadas no sangue como fomentadora de obrigações entre os sujeitos. Em relação ao conceito de redes de parentesco, fala-se em uma instância particular de relacionamento baseados nos laços de sangue ou não, cujos princípios fundamentais são os de comunalidade ou afinidade e seu conteúdo básico é a solidariedade sendo o parentesco o eixo de organização de boa parte do espaço social imediato com o qual as pessoas se ajustam frente às dificuldades da vida (WOORTMANN; 1987). O sangue não é único elemento estudado por esse autor, acresce-se a esse a distancia como outro importante mecanismo fomentador da solidariedade. Mas é importante fazer um parêntesis para lembrar que, na obra de Woortmann, é também a mulher que surge como o sujeito central para construção dessas redes. 4

6 Outra definição para se pensar as redes sociais é o conceito criado por Rita de Cássia Freitas (2002), redes de solidariedade e reciprocidade. Para a autora, a formação das redes sociais pode se dar em diversos momentos da vida dos indivíduos, mas em casos de violência ela se torna central. Acerca disso, na década de 1990, teve grande amplitude as notícias que retratavam a história de mulheres, em sua maioria mães, que iam às praças e às ruas reivindicar por seus filhos mortos ou sequestrados. Com base nessa temática, Freitas, ao analisar o caso das Mães de Acari, aponta para o processo de construção dessas redes de solidariedade entre pessoas que vivenciam questões comuns: maternidade e violência. No episódio Acari, a experiência das redes sociais se deu diante da dor de muitas mulheres que se uniram diante de uma identidade e objetivo comum, a perda de seus filhos e a luta por justiça. A noção de solidariedade é uma representação social arquitetada por essas mulheres, que em nome dos filhos conquistaram a esfera pública para dar visibilidade a sua causa, como também politizar a sua luta como forma de manifestação de sua dor. Para a autora, essas redes revelam A formação de uma agenda de valores comuns valores que determinam um padrão de sociabilidade e de costumes que tem como substrato idéias e referências acerca da solidariedade e dos direitos humanos, ainda que tais valores não sejam muitas vezes verbalizados com toda força argumentativa por todas elas. Uma existência (de longa duração) levam-nas a ver com extrema naturalidade a socialização dessas formas de redes de proteção social aos seus. (FREITAS, 2002, p. 93). Assim, a autora assinala que a formação de redes de solidariedade e reciprocidade são importantes para as famílias pobres, especialmente, quando passam por instabilidade diante de situações de separações, morte, dificuldades econômicas e inexistência de instituições públicas que promovam bem estar e proteção social. Mais uma vez, vemos que a coletivização de cuidados e proteção é uma forma de estratégia de sobrevivência e que se torna essencial nas camadas mais pobres e onde a presença das mulheres se torna fundamental 3. Sueli Costa (2002) coloca que essas redes são de longa duração e, de certa forma, tardaram a construção de padrões de proteção social que garantisse igualdade de direitos sociais entre homens e mulheres. Para que as mulheres saíssem para a esfera pública, para trabalhar ou estudar, tiveram que construir redes sociais, de troca e partilha, com outras mulheres. Desta forma, houve a conformação do que a autora chama de maternidade transferida que é a forma em que as mulheres atribuírem-se mútuas responsabilidades e delegam as tarefas administrativas de suas casas a outras mulheres. Assim, essas mulheres podem reprogramar o tempo que gastavam com o cuidado com a prole e afazeres 3 Na verdade, os estudos abordando a organização de mulheres a partir de suas identidades maternas poderia ser extenso. Cf., além de Freitas (2002), Perez (2010). Lira (2006) e Freitas et all (2009). 5

7 domésticos e sair para o espaço público em busca de realização pessoal e profissional (COSTA; 2002). O outro lado dessa maternidade é que os filhos dessas outras mulheres também tem que se transferidos para outras mulheres ou circular entre seus familiares. Conforme Claudia Fonseca (2002), a compreensão da vida familiar no Brasil contemporâneo exige considerar a existência de modelos para além da norma hegemônica, do modelo de família nuclear burguesa, como composições alternativas que se aparecem nos grupos populares, como é o caso da circulação de crianças. A circulação de crianças é um conceito analítico que denomina a permuta e/ou partilha de cuidados e atenção de uma criança entre um adulto e outro. Revelando, assim, que existem outras normalidades que sucedem entre as práticas familiares na sociedade complexa atual. Esse é um exemplo típico de praticas realizadas por toda parte do mundo, sendo adaptada a cada realidade sócio-cultural. Em relação a essa afirmação Freitas coloca que a coletivização seja na troca de favores ou nos cuidados com as crianças (bem como os velhos ou doentes) faz parte das estratégias de sobrevivência elaboradas pela população pobre (2002, p.94). Outro estudo interessante é o da Maria do Carmo Brant de Carvalho (1995) que diz que a sobrevivência cotidiana das famílias empobrecidas brasileiras especialmente, nas regiões metropolitanas, onde a maior parte da população vive em cortiços, favelas e casas precárias da periferia dá-se em grande escala por causa da convivência familiar, que é indispensável à sobrevivência material e afetiva. A família nuclear é substituída pela família ampliada e a formação de redes é basilar para a sobrevivência cotidiana. Assim, diversas redes podem ser formadas, como: a solidariedade conterrânea e parental, a solidariedade apadrinhada, a solidariedade missionária. Por solidariedade conterrânea e parental entende-se a condição primeira para a sobrevivência e a existência de famílias em situação de pobreza e discriminação. Pode-se dizer que vivem em comunidades cuja identidade é marcada pela carência, sangue e terra natal (CARVALHO, 1995, p. 96/97). Ou seja, a situação de proximidade é baseada na relação de sangue e origem; em que se estabelecem relações de troca e solidariedade diante das situações cotidianas de sobrevivência. A proximidade com o grupo familiar ampliado que incluem agregados de parentes e conterrâneos garantem os padrões mínimos de reprodução social. A solidariedade apadrinhada acontece quando um ou mais membros da família do trabalhador mantém laços mais próximos com as classes média e alta, seja como empregados domésticos, porteiros de prédios, jardineiros etc. Este vínculo assegura um canal de doação de roupas, remédios, eletrodomésticos... fundamental na composição do consumo das famílias em situação de pobreza (CARVALHO, 1995, p. 96/97). Neste caso, o conhecimento e proximidade a alguém de padrão social mais alto e a relação de apadrinhamento são básicos neste tipo de rede social. O que está em pauta é o 6

8 usufruto de bens de consumo de produtos de segunda ou terceira mão. Nesta relação podem ser doados utensílios domésticos, eletrodomésticos (geladeiras, fogões), roupas ou até ajuda financeira. Por fim, a solidariedade missionária é balizada pelas ações das diversas instituições religiosas (Igreja Católica, Protestante, Espírita ou Afrodescendente): a Igreja é sempre uma porta que acalenta a esperança. Segundo esta autora, através dos programas pastorais a igreja representa um suporte espiritual e material para esses sujeitos: é a escola para aprender a viver na cidade, um canal de organização para a conquista de serviços públicos, um canal de convivência a partir do culto; um espaço de lazer, de cura dos doentes e de uma assistência social que, embora muitas vezes paliativa, é próxima e mais acessível (CARVALHO, 1995, p. 98). As instituições religiosas, diante de seu papel social e educativo, passam a ter presença e efetividade na vida dos sujeitos sociais; assim como, seu papel assistencial é histórico e conhecido pelas pessoas. E isso a faz ter credibilidade e importância na vida da população em que estabelece vínculos. Deste modo, os tipos de solidariedades apresentadas por Carvalho revelam as diversas formas de redes sociais que podem ser construídas pelos atores sociais e como elas são estratégias de vida essenciais na vida dos indivíduos, por meio da construção de solidariedade e serviços coletivos. Essas redes fazem parte das estratégias cotidianas das famílias empobrecidas. A realidade das redes sociais problematizando algumas questões Diante dessas construções de redes sociais, como aspectos culturais e históricos da realidade brasileira evidenciam que a hegemonia do modelo de família nuclear moderno não se exerce da mesma forma em todas as camadas sociais e que outras alternativas familiares devem ser reconhecidas e pensadas dentro de suas possibilidades. Nos últimos anos, as crises dos padrões produtivos, da gestão do trabalho e as recentes transformações societárias têm repercutido diretamente na vida das pessoas e, concomitantemente, nas políticas públicas de proteção social. E, nesse quadro a família é redescoberta como agente de proteção social. O projeto neoliberal ganhou força e priorizou ações como as de privatização do Estado, internacionalização da economia, desproteção social, sucateamento dos serviços públicos, concentração da riqueza e aumento da pobreza e indigência. Vivenciamos, assim, um quadro de retração e liquidação dos direitos sociais dos cidadãos, ocasionando no aumento do número de indivíduos, famílias e comunidades que vivem em condições precárias por causa da grande desigualdade social e da redução da qualidade de vida. Com 7

9 isso, temos o crescimento das desigualdades dos direitos básicos civis, políticas e sociais de massa significativa da sociedade brasileira. Deste modo, os indivíduos, a família e a comunidade são chamados a intervir e são responsabilizados por todos os problemas que estão fora da ação do Estado. Assim, a privatização dos sistemas de proteção social e a responsabilização das famílias tornam-se mais presentes. Segundo Pereira-Pereira (2004), desde a crise econômica mundial dos anos 1970, a família vem sendo redescoberta como um importante agente privado de proteção social (p.26). Fenômeno também existente mesmo nos países em que o Estado de Bem Estar Social estava a pleno vigor e possibilitou a saída dessas mulheres para a esfera pública, para inserção no mercado de trabalho e universidades 4. Segundo Mioto (2010, p.04), nesses países, a família, especialmente por meio do trabalho não pago da mulher, constitui-se em um dos pilares estruturantes do bem-estar social. Em suma, na conjuntura atual, a família brasileira retorna a cena enquanto agente importante e central das políticas públicas sociais, haja vista a proliferação dos programas e projetos assistenciais de combate a fome e miséria que tem como alvo a família. Exemplos nesse sentido é o caso dos programas Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada BPC, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, entre outros. Tais políticas e programas vêm sendo alvo de estudos. Interessa-nos, aqui, a partir da vivência em algumas pesquisas e do contato com as mulheres, alvos dessas políticas, elencar algumas questões que estão chamando nossa atenção e apontando possibilidades de pesquisas. A centralidade materna vem aparecendo com destaque em vários estudos. Segundo Barros (2012), ao questionar sobre quem retira o benefício todo mês, as mulheres afirmam, em sua grande maioria, serem elas mesmas. Isso pode parecer uma forma de emancipação. Contudo, das seis mulheres que afirmaram retirar o benefício, três relacionam esse direito com maternidade exercida por elas ( Eu que tiro porque eu que sou a mãe dos meninos ). Ou seja, é a maternidade que termina atuando como elemento legitimador desse papel. Essa identidade centrada na figura da maternidade, na mãe que é a cuidadora do lar, da família, da casa, é afirmada pelas beneficiárias em vários momentos nas entrevistas realizadas identidade esta que é enfatizada pelo próprio Programa. Somente em um caso a beneficiária disse ser sua mãe a pessoa que tanto decide quanto utiliza o dinheiro do PBF de novo, uma figura materna 5 que surge como responsável por tais decisões. Trata-se de outra mulher, a avó, demonstrando também o 4 Ver obra de Nadine Lefaucher (1991) e Gisela Bock (1991). 5 A afirmação da função da maternidade aparece enquanto justificativa para uma melhor decisão ou aplicação do benefício e a visão deste enquanto um dinheiro que deve ser destinado exclusivamente para o atendimento de necessidades das crianças: Eu, porque eu que sou a mãe então eu que tenho que decidir isso né. (Tulipa) apud Barros (2012). 8

10 modo como as redes envolvendo parentes continuam extremamente presentes. E no que diz respeito às avós, vários estudos apontam o modo como estas historicamente estiveram presentes na proteção a filhos e netos 6. Isso nos levou a pensar: seria o PBF, coisa de mulher, coisa de mãe? Será que é por isso que é tão baixo o valor de seu benefício? Será por isso que os homens permanecem invisíveis, longe dessas questões? Vemos em Barros (2012) bem como em Mariano e Carloto (2009) o modo como Programas como o Bolsa Família acabam por reforçar a tradicional associação da mulher com a maternidade e com as tarefas pertencentes à esfera reprodutiva. Esse reforço contribui para a fixação dos papéis sexuais e representa um obstáculo a mais para a construção de sujeitos plurais. Contudo, contraditoriamente, gera certa autonomia dessas mulheres, um poder de tomar decisões que afeta toda a família, o que pode representar uma contradição dentro do próprio programa 7. As mulheres apontam a não interferência do homem no que tange à questões relativas ao Programa e ao benefício como algo quase natural, devido ao fato do dinheiro ser das crianças e portanto, da responsabilidade delas. Dessa forma, elas também terminam reafirmando os papéis de gênero. Ao se discutir a divisão do trabalho em casa, nota-se que o homem já aparece nos relatos. Contudo, prevalece a ênfase do papel feminino na condução das atividades do lar. Permanece a visão do trabalho do homem como auxiliar (uma ajuda ) dentro de casa o mesmo raciocínio que preside a visão de que o trabalho da mulher pode ser menos valorizado porque seria suplementar ao do homem. Ou seja, podemos perceber que mais uma vez o papel feminino é enfatizado como aquele que primordialmente deve realizar tais tarefas o que aparece também no texto de Dessen e Braz 8 (2000). Mas o que tem particularmente nos chamado atenção são as falas que encontramos em textos como o de Barros (2012) e Mesquita (2012). Estamos nos referindo aqui à forma como aparece nas falas das mulheres certa privatização das questões. A fala de que resolvemos nós mesmos nossos problemas, o pouco contato com a rede próxima de proteção social (como os vizinhos) nos fez refletir sobre até que ponto as transformações da intimidade apontadas por Giddens (1991), se implantou em nossa sociedade de tal forma 6 Cf. por exemplo, Lins de Barros (1987) e um estudo mais recente, podemos apontar o de Souza (2012). 7 Estes mesmos paradigmas que sustentam o foco das políticas nas mulheres e crianças, não inserem o homem nesta perspectiva. Essa invisibilidade masculina demonstra que, pelo menos no que tange às politicas assistenciais, há uma clara demarcação que enfoca o papel feminino. Cf. Barbosa (2006 e 2011). Podemos dizer que em vez de um olhar de gênero sobre as políticas, o que assistimos é um olhar generificado atuando sobre as políticas ao definir o que é coisa de mulher ou do homem. 8 Alguns relatos apontam também a dificuldade de conciliar o trabalho e as tarefas relacionadas ao cuidado com os filhos e com a casa, o que nos remete a pensar na importância de se construir políticas que possam de fato atender às demandas femininas, como é o caso das jornadas de trabalho mais flexíveis, tanto para homens quanto para as mulheres, para que ambos possam responder às demandas da casa, da família, etc. 9

11 que as redes de sociabilidade podem ter se tornado mais curtas. O autor associa esta transformação na vida cotidiana às tendências da modernidade, acarretando mudanças nos comportamentos e nas relações onde o resultado disto é que há uma volta para dentro, para a subjetividade humana, e o significado e a estabilidade são buscados no eu interior. (GIDDENS, 1991, p. 104). Contudo, fazendo contraponto com essas pesquisas, temos o trabalho de Vanessa Ceccatto (2011). Este teve como objetivo conhecer a organização dos arranjos familiares dentro de uma comunidade pobre em Niterói, e como estes se utilizavam ou não de redes de apoio e formas de sociabilidade primária ou secundária. Neste trabalho percebe-se efetivamente a permanência de estratégias de recurso à essas dinâmicas, ou seja as crianças efetivamente circulam e as redes de proteção primária, próxima, são a todo momento mobilizadas. Agora, é importante conhecer que desde o seu surgimento esta comunidade foi criada por pessoas da mesma família ou próximos a ela. A rede de afins (WOORTMAM, 1987) é grande ampliada ainda mais pelos processos de apadrinhamento. A autora constatou o predomínio das famílias monoparentais femininas embora tenha encontrado o caso de uma família monoparental masculina. Os sujeitos da pesquisa foram as famílias atendidas pela ONG, o que talvez ajude a compreender essa prevalência, pois estas encontram-se entre as mais vulneráveis. As redes de apoio (primárias e secundárias) e as dinâmicas alternativas são muito utilizadas, especialmente no que se refere à proteção próxima: os vizinhos e os parentes se tornam figuras fundamentais no processo de sobrevivência destas famílias. Percebe-se a existência de laços formando uma rede de solidariedade sólida e consistente, porém nem sempre harmônica. Contudo, se o recurso as redes primárias se faz presente, o mesmo não se pode dizer das redes secundárias. O que a autora nos fala é de uma grande ausência da presença do Estado nas políticas de proteção social e no dia-a-dia dessas famílias: nas entrevistas percebemos a quase inexistência de mecanismos de proteção social secundária, como as dificuldades das creches e das escolas municipais e estaduais (CECCATTO, 2011, p. 45). A proteção primária está presente na construção das redes que essas famílias tecem: basta ver que em praticamente todas aparece alguma menção ao apoio recebido por familiares (principalmente mães/avós) e vizinhos. Na falta dessa rede, as condições terminam por se fazer mais difíceis para essas mulheres (CECCATTO, 2011, p. 45). É bom destacar que ao falar das estratégias secundárias as mais citadas foram os programas de transferência de renda (especialmente o programa bolsa família) e a ONG onde se realizou a pesquisa, é claro. A autora desta também que curiosamente, o PAC 9 aparece em 9 O Programa de Aceleração do Crescimento, PAC, criado pelo governo federal. 10

12 quase todas as falas, uma vez que é o local de residência de muitas dessas mulheres, mas nenhuma se refere a ele enquanto um programa federal. Já no estudo de Barros, tanto no que se refere a parentes mais distantes (os parentes afins, a que se referia Woortman (1987) quanto a vizinhos, as mulheres entrevistadas demonstraram não haver formação de redes concretas de sociabilidade nesse sentido. Esse fator é significativo se considerarmos a formação de redes no universo das famílias mais pobres como uma prática a que estas recorrem com frequência em virtude das dificuldades vivenciadas por estas cotidianamente (SARTI, 2003). Não podemos afirmar a não importância das redes atualmente para o cotidiano das mulheres e suas famílias, o que aparece como digno de ressalva é que para estas mulheres entrevistadas essas redes parecem ter diminuído de importância. Essa mesma lógica vem aparecendo nos estudos de Mesquita (2011) e também no estudo de Souza (2012), ao estudar famílias e redes em Natal. O número de trabalhos ainda é pequeno, mas consideramos uma análise digna de estudos posteriores, pois é um fenômeno que trará impactos na conformação dos padrões de proteção social e que pode significar uma demanda maior pela rede de proteção secundária, uma vez que a rede próxima parece estar se encurtando. Considerações finais Enfim, é nesse quadro que a discussão acerca da matricialidade sociofamiliar nas políticas sociais tem importância e ganha espaço de debate; enfatizando o papel da família enquanto promotora do bem estar e proteção social de seus membros. A família entra na cena política, enquanto estratégia de intervenção. Mas de que famílias estamos falando? Quais as estratégias e formas de organização familiares que estão se gestando? Nós, assistentes sociais estamos muito próximos dessa população, desses sujeitos e é fundamental que construamos mecanismos e um olhar mais sensível para compreender essas realidades. Acreditamos que esse conjunto de questões demanda um esforço de atualização e a construção de uma agenda de investigações dentro do Serviço Social, essencial ao desenvolvimento de uma prática teórico-metodológica e politicamente comprometida com os usuários de nossos serviços. Bibliografia AZEREDO, Verônica Gonçalves. Famílias nas Terras de Custódio: Itinerários de Proteção Social, Projeto de Qualificação de Doutorado a ser apresentado ao Programa de Estudos Pós-Graduados em Política Social/UFF com defesa prevista para 29 de agosto de

13 BARBOSA, Daguimar de Oliveira. Masculinidades na Assistência: homens e política social. Projeto de Mestrado apresentado ao apresentado ao Programa de Estudos Pós-Graduados em Política Social/UFF em BARROS, Lia Canejo Diniz. Os significados do Programa Bolsa Família na vida das mulheres beneficiárias do Badu, Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Estudos Pós-Graduados em Política Social/UFF, Niterói, BOCK, Gisela. Pobreza feminina, maternidade e direitos das mães na ascensão dos Estados Providência ( ). História das mulheres no Ocidente (org. Georges BOTT, Elisabeth. Família e rede social, Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976, CARVALHO, Maria do Carmo Brant. O lugar da família na política social, A família contemporânea em debate (org: Maria do Carmo Brant), São Paulo: Cortez/EDUC, CASTEL, Robert. As Metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Petrópolis, RJ: Vozes, CECCATTO, Vanessa Luíze Machado, Famílias e redes estratégias na Comunidade do Preventório, Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação apresentado à Escola de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense, Niterói, COSTA, Suely G.. Proteção social, maternidade transferida e lutas pela saúde reprodutiva. Estudos Feministas, Florianópolis/SC: CFH/CCE?EFSC, 2002, vol. 10, nº 2/2002. COSTA, Suely G. Signos em Transformação: a dialética de uma cultura profissional. São Paulo: Cortez, DESSEN, Maria Auxiliadora; BRAZ, Marcela Pereira. Rede social de apoio durante transições familiares decorrentes do nascimento do filho. Revista Psicologia: Teoria e Pesquisa, vol. 16, nº 3, Brasília, DI GIOVANNI, Geraldo. Sistema de Proteção Social. Disponível em: < Acesso em 5 de maio de 2010, às 10:30h. FONSECA, Cláudia. Mãe é uma só? Reflexões em torno de alguns casos brasileiros, Revista Psicologia USP, nº. 2, vol. 13, São Paulo: USP-IP, FREITAS, Rita de Cássia Santos et all. Famílias e Serviço Social algumas reflexões para o debate. Família Famílias: práticas sociais e conversações contemporâneas (org.: Marco José de Oliveira Duarte e Mônica Maria Torres de Alencar), Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, FREITAS, Rita de Cássia Santos. Em nome dos filhos, a formação de redes de solidariedade algumas reflexões a partir do caso de Acari. In: Revista Serviço Social e Sociedade, nº 71; São Paulo: Cortez, FREITAS, Rita de Cássia Santos ett all. Maternidades e Espaço Público: diferentes espaços, diferentes respostas. Texto apresentado a IX Reunião de Antropologia do MERCOSUL, Argentina, GIDDENS, Anthony. Transformações na intimidade: sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas, São Paulo: Editora da UNESP, p e LEFAUCHER, N. Maternidade, Família, Estado. História das mulheres no Ocidente (org.: Michelle Perrot e Georges Duby), Porto: Afrontamentos; São Paulo: Ebradil,1991. LINS DE BARROS, Myriam Moraes. Autoridade e afeto: avós, filhos e netos na família brasileira, Rio de Janeiro: Zahar, LIRA, Vilnia Batista. Maternidades e esfera pública: um estudo sobre a inserção de mães no atendimento aos adolescentes em conflito com a lei, Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Estudos Pós-Graduados em Política Social/UFF, MARIANO, Silvana Aparecida e CARLOTO, Cássia Maria. Gênero e combate à pobreza: programa bolsa família. Rev. Estud. Fem. [online]. 2009, vol.17, n.3. MESQUITA, Adriana de Andrade. Proteção social na alta vulnerabilidade: o caso das famílias monoparentais femininas em análise, Projeto de Qualificação apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Política Públicas, Desenvovlimento e Estratégia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro,

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