Voz sobre IP. De acordo com Shulzrinne (2000) três fatores foram preponderantes para o crescimento da tecnologia de VoIP:
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- Zaira Weber Fortunato
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1 Voz sobre IP O contexto altamente competitivo no qual as empresas estão inseridas exige que estas sejam cada vez mais dinâmicas, adaptando-se às necessidades de seus clientes de forma constante e progressiva, com o intuito não só de aumentar a sua fatia de mercado, mas também, assegurar sua lucratividade e sobrevivência. Para superar os desafios dessa constante adaptação, as empresas estão procurando soluções com o apoio de tecnologias que as auxiliem no estabelecimento de vantagens competitivas proporcionando um diferencial que agregue valor aos seus produtos e serviços e resultem em uma maior margem de contribuição. Neste sentido, a implementação da tecnologia VoIP (voz sobre IP) tem sido cada vez mais utilizada no universo empresarial. A utilização da internet como meio de comunicação de voz vem aumentando e se tornando uma opção econômica se comparada à telefonia convencional, principalmente nas chamadas de longas distâncias. A popularização da Internet como um meio de comunicação de alcance global e de baixo custo, aliado a um aumento constante na velocidade da transmissão de voz via rede, de acordo com Monteiro (2000), criou um ambiente viável para a utilização da tecnologia para a transmissão de áudio digital em tempo real, tal tecnologia, denomina-se Voice over IP, ou VoIP. Segundo Bernal (2003) a comunicação de voz em redes utilizando o IP (Internet Protocol) é chamada VoIP e sua evolução resultou no aparecimento da Telefonia IP, que consiste no fornecimento de serviços de telefonia utilizando a rede IP para o estabelecimento de chamadas e comunicação de voz. As estatísticas referentes ao uso da tecnologia VoIP apontam um crescimento significativo em sua utilização, pois, seu consumo global cresceu de 16 milhões em 2005 para mais de 50 milhões em O Brasil terminou 2006 com mais 262 mil assinantes de telefonia fixa VoIP, sendo as maiores prestadoras de serviços de Telefonia Fixa VoIP a Embratel/Net e a GVT (TELECO, 2006; IN- STAC, 2007). De acordo com Shulzrinne (2000) três fatores foram preponderantes para o crescimento da tecnologia de VoIP: O desenvolvimento e padronização do protocolo que permite a qualidade do serviço em redes IP; O desenvolvimento acelerado de métodos de compressão de voz; A popularização da utilização da Internet. Partindo deste contexto faz-se necessário identificar as reais vantagens da implementação desta nova tecnologia, em termos de confiabilidade, qualidade, segurança, rapidez, flexibilidade, duplicação e custos.
2 Evolução VoIP e Telefonia IP O uso da internet para interligar pessoas não é um advento novo, e sim uma evolução do que aconteceu no século XIX quando Alexander Graham Bell inventou o telefone. O conceito VoIP existe há mais de 15 anos, quando as primeiras redes de computadores foram implementadas (NEC, 2006). Segundo Baalam (2006), o uso do sistema VoIP, primeiramente, teve como objetivo conectar os sistemas tradicionais de comunicação, diminuindo o custo de telefonemas interurbanos pelo uso da rede de dados, seus primeiros testes foram realizados na década de 90, porém, há apenas três anos, esta tecnologia difundiu-se popularmente. O conceito VoIP consolidou-se por volta de 1990, quando surgiu o primeiro software comercial, o Internet Phone da VocalTec Communications, que possibilitava a comunicação transportando amostras de voz por pacotes IP, porém, a qualidade de comunicação era precária (COLCHER et al, 2006). Em 1998, algumas pequenas companhias já eram capazes de oferecer serviço de VoIP, com certa qualidade, interligado ao serviço de telefonia convencional. Por volta de 2003, a tecnologia VoIP começou a se difundir no universo empresarial, e estima-se que até o ano de 2009, sessenta por cento (60%) das ligações sejam realizadas através de VoIP (COLCHER et al, 2005; BAALAM, 2006; NEC, 2006). No atual contexto destaca-se a evolução do VoIP, resultando no aparecimento da telefonia IP que vêm sendo implementado nas organizações como forma de redução de custos em ligações. Em 2005, na America Latina, o uso da telefonia IP aumentou 44,3%, se comparada ao ano de 2004, sendo que esta expectativa de crescimento vem se confirmando e a tendência é que grande parte das empresas utilizem esse novo de sistema de comunicação até o ano de 2009 (BERNAL, 2007; NEC, 2006). Conceitos VoIP VoIP é a comunicação de Voz sobre redes IP. Essas redes podem ser de 2 tipos: Públicas: a Internet representa a rede IP pública usada para comunicações VoIP. O usuário deve ter preferencialmente um acesso de banda larga (ADSL, cabo, rádio, Wimax, etc.) instalado para poder fazer uso do serviço VoIP. Privadas: as redes corporativas das empresas representam as redes privadas usadas para comunicações VoIP. Podem ser desde pequenas redes locais (LAN) até grandes redes corporativas (WAN) de empresas com presença global.
3 O uso mais simples de VoIP é a comunicação Computador a Computador usando a Internet, sendo o skype o programa mais utilizado para este fim. Telefonia IP Telefonia IP é a aplicação de VoIP para estabelecer chamadas telefônicas com a rede de telefonia pública (fixa e celular). Os serviços de Telefonia IP existentes são de 2 tipos: Para fazer chamadas para rede pública: neste caso o usuário disca o número convencional do telefone de destino para completar a chamada. Para fazer e receber chamadas da rede pública: neste caso o usuário recebe um número convencional de telefone, para receber as chamadas da rede pública, e disca o número convencional do telefone de destino para fazer a chamada para a rede pública.
4 Em ambos os casos, o usuário pode fazer e receber chamadas de outro usuário do mesmo prestador de serviços VoIP, geralmente sem custo, porém não consegue chamar usuários de outros provedores VoIP. A telefonia IP envolve a integração entre um terminal IP e os serviços de comunicação VoIP com o Sistema de Telefonia Fixa Comutada (STFC). Neste caso, dois componentes, o gateway de voz e o gateway de sinalização, são adicionados. O gateway de voz, conhecido, também, como gateway (GW), responsabiliza-se pela interoperabilidade entre a rede IP e o STFC repassando o fluxos de áudio entre o STFC e a rede IP, suas principais funções caracterizam-se pela: codificação e decodificação da voz digital quando a transmissão de voz na STFC é analogica; transcodificação dos formatos digitais quando a codificação usada em uma STFC difere da usada na rede IP; finalização das chamadas telefônicas na STFC; e transmissão e recepção das amostras de áudio digital encapsuladas em datagramas IP (unidades básicas de dados no nível IP). O gateway de sinalização, conhecido, também, como gateway controller (GC), responsabiliza-se pelo controle e geração das informações de sinalização das chamadas em andamento realizadas pelo gateway de voz para iniciar, acompanhar e terminar uma chamada entre dois terminais distintos, suas principais funções caracterizam-se pela: conversão da sinalização, traduzindo as mensagens ou tons especiais de sinalização usados na STFC para a sinalização VoIP, e controle de gateways mídia, requisitando a geração de sinais nas linhas telefônicas, como tom de discagem ou ocupado, ou notificando eventos disparados nas mesmas, como fone fora do gancho e número discado. Telefonia Convencional x VoIP Característica Conexão na casa do usuário Falta de Energia Elétrica Telefonia Convencional Cabo de cobre (par trançado) Continua funcional Telefonia VoIP Banda larga de Internet Pára de funcionar Mobilidade Limitada a casa do Acesso em qualquer lugar do
5 usuário Número Telefônico Associado ao domicílio do usuário Chamadas locais Área local do domicílio do usuário mundo, desde que conectado a Internet Associado à área local do número contratado Área local do número contratado Da mesma forma que na Internet, os serviços VoIP são Nômades, ou seja, não importa qual a localização física do prestador do serviço VoIP ou do usuário para que o serviço seja utilizado. O número telefônico, no entanto, não é nômade e está associado à área local do número contratado. Para efeito de comparação entre os sistemas de telefonia fixa convencional e o sistema de telefonia IP, quanto suas vantagens e desvantagens, serão utilizados como parâmetros os critérios de desempenho de um sistema de comunicação frente aos custos de sua implementação e utilização. Segundo Medeiros (2004), o bom desempenho dos sistemas de comunicação relaciona-se com o projeto, qualidade dos equipamentos e desempenho das equipes técnicas de instalação e manutenção. O sistema de comunicação deve atender os requisitos de confiabilidade, qualidade, segurança, rapidez de respostas, flexibilidade e duplicação dos meios; apontados na tabela a seguir. Requisitos Essenciais de Eficiência de um Sistema de Comunicação. Confiabilidade Qualidade Segurança Continuidade da comunicação, garantia da efetivação do enlace, garantia de conexão com os usuários de destino e ausência de interrupções. Caso haja interrupção inesperada do sistema, um meio de comunicação paralelo deve assegurar a continuidade das operações de comunicação. Condições das informações recebidas entre os usuários, medida através da relação sinal/ruído e distorção. Aplicações de medidas de proteção dos enlaces que visam dificultar o entendimento de informações captadas por terceiros e prevenir possíveis interferências. Rapidez Flexibilidade Duplicação Decurso de tempo entre a ação inicial do assinante que inicia o Convergência com outros sistemas com diferentes tipos de sinal, Possibilidade de ampliação dos meios de comunicação caso haja
6 processo de chamada e a efetivação do enlace. Confiabilidade como voz, dados e vídeos. Fonte: Adaptado de Medeiros (2004). um aumento de demanda pelo sistema. Segundo Lima (2006), o serviço VoIP caracteriza-se por menor confiabilidade quando comparado a telefonia convencional, uma vez que a disponibilidade da rede oscila conforme a operadora VoIP contratada e de acordo com sistema de alimentação de rede. Caso haja uma interrupção da alimentação de rede e a empresa não possuir um sistema de no-break (alimentação paralela), as ligações telefônicas a serem realizadas via VoIP serão temporariamente cessadas até a normalização do abastecimento de energia. Para tanto, as empresas devem providenciar meios paliativos de comunicação em situações de interrupção do sistema vigente. No sistema convencional, a alimentação dos terminais é fornecida pela própria central telefônica, portanto, caso haja uma interrupção da alimentação local o sistema de comunicação não será interrompido, dispensando sistemas paralelos de comunicação. Outro parâmetro de confiabilidade é o indicador denominado PAB. Índice de chamadas não completadas (perdidas) no assinante B, aquele que receberia as chamadas. Este indicador considera aceitável percentual acima de 70% de chamadas completadas. Um levantamento deste indicador nas concessionárias do STFC, tanto para chamadas locais quanto LDN, trazem como resultado médio a superação deste percentual. A telefonia IP se ressente da falta de estatísticas associadas a este indicador, mas há a expectativa que apresente valores muito abaixo destes. Pesquisas que mensurem este dado necessitam ser levadas avante. Qualidade A telefonia convencional caracteriza-se por possuir uma maior qualidade de voz, se comparada à telefonia IP, uma vez que a conexão entre os usuários estabelece circuitos dedicados, resultando em atraso e eco constantes. Na telefonia IP, o tráfego de pacotes não é constante, uma vez que o envio dos mesmos não obedece a uma rota fixa, variando de acordo com a disponibilidade e fluxo das rotas na rede. Tal fator é responsável pelo atraso e eco inconstantes, que diminuem a qualidade do serviço. Segundo Fagundes (2004), atingir um nível de qualidade pelo menos igual das companhias telefônicas é visto como uma exigência básica. De acordo com
7 Lima (2006), a qualidade da ligação em telefonia IP depende diretamente das condições da conexão dos usuários. Apesar da qualidade de reprodução de voz em uma rede ser subjetiva, medidas desenvolvidas pelo ITU podem ser utilizadas para sua avaliação (FAGUNDES, 2004). Essas medidas são apresentadas a seguir: Delay (Atraso): envolve os efeitos de eco e sobreposição de sinal. No sistema convencional, a informação leva de 2 a 30 ms para chegar ao destinatário (tempo de latência). No sistema VoIP, excede 50 ms, podendo facilmente chegar 120/150 ms. Quando o tempo para que um pacote de áudio gerado na origem chegue até o seu destino ultrapassa o patamar aceitável de tolerância, ocorre a sobreposição de voz. Santos Filho (2005), recomenda que na implementação de VoIP os usuários não devem tolerar tempos de latência acima de 200 ms. O eco caracteriza-se pela percepção que o locutor tem de sua própria voz, porém atrasada. Ocorre quando parte do sinal transmitido retorna à origem tornando-se inconveniente quando o tempo de ida-e-volta supera 50 ms, neste caso os sistemas de VoIP devem prover mecanismos de cancelamento de eco. No sistema convencional, o eco normalmente não é percebido devido ao seu baixo tempo de latência (menor que 25 ms). Jitter (Variação do atraso): consiste na variação de tempo entre chegadas de pacotes do endereço de origem pacotes devido aos diferentes atrasos ao longo da rede. Os pacotes enviados pelo usuário podem trafegar na rede por diferentes rotas e diferentes meios, portando, o tempo de chegada dos mesmos pode variar, fato que diminui a qualidade do serviço. Remover o jitter significa segurar os pacotes por tempo que permita que os pacotes mais lentos sejam alocados na seqüência correta, o que ocasiona um atraso adicional. No sistema convencional a conexão entre os usuários é dedicada, portanto, as informações de voz trafegam pelo mesmo caminho, não sofrendo variações de tempo. Perda de pacote: na transmissão das informações emitidas por um usuário via rede, alguns pacotes podem ser perdidos quando esta estiver nos períodos de congestionamento ou sobrecarga. Perdas de pacote maior que 10% geralmente não são toleráveis. A interpolação entre pacotes é uma solução encontrada para solucionar este problema de perda, uma vez que a qualidade de voz é sensível ao tempo de entrega dos pacotes. Segurança No que diz respeito à segurança, no sistema de telefonia convencional, as informações trocadas entre os usuários são facilmente interceptadas através da escuta telefônica pela utilização de um método conhecido popularmente como grampo telefônico. Já no sistema de telefonia IP, interceptar as informações entre usuários exige um conhecimento avançado em redes.
8 A Simantec (2007) afirma que os mesmos tipos de ataques que afetam as redes de dados podem afetar as redes de VoIP. Conseqüentemente, o conteúdo de comunicações por VoIP fica vulnerável a ataques, hackers, alterações, interceptações ou redirecionamentos. Como as comunicações de dados e voz compartilham a mesma infra-estrutura, um ataque ao sistema pode comprometer toda a disponibilidade da rede IP, prejudicando a capacidade da empresa de se comunicar por voz e/ou por dados. A seguir apresentam-se os principais riscos associados á segurança envolvendo o sistema VoIP: Escuta: Terceiros não autorizados podem obter nomes de usuários, senhas e números de telefone, através da monitoração de pacotes de sinais de chamadas, podendo, dessa maneira, conseguir controle sobre planos de chamadas, correios de voz, encaminhamento de chamadas, informações de cobrança de acesso e informações confidenciais da empresa e pessoais. Phishing: obtenção de informações sigilosas como senhas ou números de cartão de crédito, através de um correio de voz deixado para o proprietário da conta de alguém que se faz passar por uma pessoa ou empresa confiável. Essas mensagens de voz podem incluir um número de telefone ou endereço na Web disfarçado, como se fosse o de um banco ou de um serviço de pagamento on-line legítimo. Cobranças fraudulentas: ocorre quando um invasor obtém controle da rede de VoIP passando-se pelo usuário autorizado ou assume o controle da rede e usa a conta do proprietário para fazer chamadas de longa distância. Rapidez O tempo típico necessário para o estabelecimento de chamadas e a porcentagem referente à disponibilidade de rede podem ser observadas na tabela a seguir. Tempo para o Estabelecimento de Chamada e Disponibilidade de Rede. Tempo Típico Necessário para Estabelecimento de Chamadas Função Tempo para o tom de discagem Telefonia Convencional 0,5 segundos Telefonia IP 0,5 a 5 segundos Alerta de chamada Tempo de desconexão 0,75 a 2 segundos 1 a 2 segundos 1 a 10 segundos 1 a 5 segundos Tempo de recuperação para o próximo 1 a 2 segundos 1 a 5
9 tom de discagem Porcentagem da Disponibilidade de Rede segundos Rede ocupada 0,01% 0,01% a 2% Probabilidade de perda de chamada 0,001% 0,001% a 2% Fonte: Adaptado de Audin e Lodge (2006). Como se pode perceber, tanto o tempo médio necessário para o estabelecimento de chamadas, quanto a porcentagem da disponibilidade de rede são maiores na telefonia IP. Flexibilidade No requisito flexibilidade a telefonia IP caracteriza-se por ser mais vantajosa do que a telefonia convencional. Enquanto a primeira converge com diferentes sistemas de sinais (dados, voz e imagens), a segunda, converge apenas com o sistema de sinais de voz. No primeiro caso, a infra-estrutura de voz, dados e imagem, pode ser compartilhada, fato que apresenta grande economia; o que não acontece no segundo caso. Segundo Canuto (2006), a integração dos serviços de telefonia com as redes de dados possibilita uma comunicação mais eficiente dentro das empresas, resultando numa maior agilização dos processos administrativos e aumento significativo na produtividade interna, simplificação e redução da infra-estrutura de rede. A Implementação de uma infra estrutura única de rede convergente em contraste com as atuais plataformas independentes representa redução do custo operacional e de manutenção. Duplicação Tanto o sistema de telefonia convencional quanto o sistema de telefonia IP permitem a ampliação do número de terminais caso haja necessidade. Porém, cabe ressaltar que no caso da telefonia IP deve-se contratar da operadora um serviço de banda larga de maior capacidade quando a quantidade de terminais ultrapassar o limite de oferta de banda da empresa, podendo comprometer a qualidade de serviço. Telefones para VoIP Os serviços VoIP utilizam telefones apropriados para as redes IP, e que são muito diferentes, em complexidade, dos telefones analógicos convencionais, por serem digitais e possuírem recursos semelhantes àqueles encontrados nos computadores. Normalmente utilizam-se os seguintes tipos de telefones IP: Computador: o próprio computador pode ser usado como telefone IP, desde que tenha uma placa de som, um microfone, alto falantes ou fones de ouvidos, e um programa do tipo softphone, que possui todos os recursos para funcionar como um telefone IP.
10 Adaptador para Telefone Analógico (ATA):é um dispositivo que funciona como um conversor de telefone IP para um telefone analógico convencional. O ATA é conectado a um acesso de banda larga (rede IP) e a um telefone analógico convencional, que pode ser usado normalmente para fazer e receber ligações do serviço VoIP contratado. Telefone IP: é um telefone que possui todos os recursos necessários para um serviço VoIP. Para ser usado é necessário apenas conectá-lo a um acesso de banda larga (rede IP) para fazer e receber ligações do serviço VoIP. Regulamentação A Anatel, assim como a maioria dos órgãos regulatórios no mundo, procura regular os serviços de telecomunicações e não as tecnologias usadas para implementá-los. As tecnologias VoIP servem como meio e não como fim para os serviços de telefonia. Não existe ainda uma regulamentação específica para VoIP no Brasil. Entretanto, devido ao novo paradigma os serviços VoIP têm sido oferecidos no mercado de telecomunicações distribuídos em 4 classes: Classe 1: oferta de um Programa de Computador que possibilite a comunicação de VoIP entre 2 (dois) ou mais computadores (PC a PC), sem necessidade de licença para prestação do serviço. Classe 2: uso de comunicação VoIP em rede interna corporativa ou mesmo dentro da rede de um prestador de serviços de telecomunicações, desde que de forma transparente ao usuário. Neste caso, o prestador do serviço de VoIP deve ter pelo menos a licença SCM. Classe 3: uso de comunicação VoIP irrestrita, com numeração fornecida pelo Órgão Regulador e interconexão com a Rede Pública de Telefonia (Fixa e Móvel). Neste caso o prestador do serviço de VoIP deve ter pelo menos a licença STFC. Classe 4: uso de VoIP somente para fazer chamadas, nacionais ou internacionais. Neste caso a necessidade de licença depende da forma como o serviço é caracterizado, e de onde (Brasil ou exterior) e por qual operadora é feita a interconexão com a rede de telefonia pública. Informações Adicionais Apresenta-se a seguir as prestadoras de serviços VoIP via Internet no Brasil classificadas em três categorias: Provedores de telefonia fixa VoIP. Estas prestadoras possuem autorização de STFC no Brasil e podem oferecer um número telefonico para receber chamadas como acontece em um telefone convencional. prestam serviço semelhante ao oferecido pela Vonage nos Estados Unidos.
11 Provedores de telefonia fixa VoIP no Exterior. Oferecem a possibilidade de um número telefonico no exterior. Provedores de chamadas VoIP. Oferecem apenas a possibilidade de fazer chamadas via Internet. Não oferecem um número telefonico fixo no Brasil ou no exterior. Provedores de Telefonia Fixa VoIP no Brasil São as operadoras que possuem autorização STFC. As operadoras com sinal + têm seus indicadores de qualidades divulgados pela Anatel. Telefonia Fixa Brasil (14) Brasil Telecom VoipFone + Varejo Corporativo Número Fixo Brasil CTBC VoIP Brasil DirectCall Brasil, EUA, Canadá, Argentina, Itália, Hong Kong, Porto Rico, Reino Unido e China DSLi VOX3 + - GT Group - Hip Telecom Brasil IPCorp - Net fone via Embratel Brasil NetSite TudoMais Número de URA em Cidades do Brasil Oi VoIP Tmais + Brasil Transit + Brasil Brasil (para assinantes do Exterior), EUA e Canadá Voicemax Sercomtel + Londrina (PR) Vono GVT + Brasil Provedores de Telefonia Fixa VoIP no Exterior Telefonia Fixa Exterior (10) Varejo Corporativo Número Fixo
12 Cliconnect Argentina, Chile, EUA e Europa deltathree DiscaVoIP EUA, Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Irlanda, Israel, Itália,Espanha, Suiça e Reino Unido e outros paises EUA, Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Irlanda, Israel, Coréia do Sul, Itália, Espanha, Suiça e Reino Unido Disk A Vontade** EUA evoipnet EUA Neo Voice EUA e Canadá Sistema-IP Peoplecall Espanha Skype Brasil, EUA e países da Europa, Asia e América Latina Terravon EUA e outros países VarPhonex EUA, Canadá e Reino Unido ** Marketing multinível. Provedores de Chamadas VoIP Serviços VoIP (79) Varejo Corporativo Número Fixo Alô Fácil - Alô MUNDO Brasil e EUA Amazon VoIP Brasil e EUA AtivaVoIP Brasil e EUA Azzu Brasil BlasterPhone Brasil BlueVoip - brasiltel Brasil CMSW.Telecom - Cordia DigaAlô - Brasil, Américas, Europa, Ásia e outros países
13 Ditel VoIP Brasil Dhrastel Brasil evoipnet - FaleSemParar - FoneVoip Telecom - GigaFone - GigaVoip - GlobalNova - Hiperfone - hiper Voip - Império VoIP - InfoVoIP - Brasil, Américas, Europa, Ásia e outros países IPPhone Brasil Brasil, EUA, Canadá, Argentina, Chile, França, Itália, Japão, Peru, Singapura e Espanha IVOZ - JETVoIP - Lig - LigLivre - LIGVoIP - LigWay - LocalNet BR - Macrovox - Matrix Telecom Brasil, Américas, Europa e Ásia MundiBrasil Brasil e EUA NetBras VoIP Brasil NetJet VoIP Brasil Nitrofone - NixVoip - NovaVida VOIP -
14 Onda Empresas Brasil Othos Telecomunicações - Planeta VOIP Brasil Plistel - PoliVoip - SIMphonia - Taho - Telefone Virtual Brasil Teletrim Voip - Tellestar - Tellfree Brasil, EUA e outros países Tellium Networks - TerraSip - Terra VoIP - Tesa Brasil Brasil (São Paulo) Tribo Brasil Trinnphone Brasil TRIVOIP - TurboVia - TVA Voz Brasil univoip Brasil (Porto Alegre) UNOVOIP Brasil UOL: Voip Pré-Pago, Voip IN Brasil Velip Via Voice - VIPVOX - VOICE TELECOM - VoIP de Graça Brasil Brasil, Argentina, Espanha, EUA, França, Inglaterra e Japão
15 VoIP do Brasil - VoIPFAST - VoipMLT - VOIPMAX - VOIPMUNDO - Voip RT - VOIPTEN Brasil, EUA e outros países VoipTrade Brasil, EUA e outros países Voitel - Vox2Go - VoxFone Brasil XVoIP - * Global INFO; ** Marketing Multinível. Observações: A lista de operadoras divulgada tem por objetivo apenas informar o nome de empresas que oferecem serviços de VoIP. O portal não se responsabiliza por qualquer informação apresentada pelas empresas ou por sua qualidade de serviço. As informações fornecidas pelos sites das operadoras são de sua inteira responsabilidade. Algumas empresas VoIP estão utilizando formas de marketing alternativo, tais como marketing de rede e marketing muitinível, entre outros, para a venda de serviços de VoIP. O futuro assinante e eventual representante que aderir a esses serviços deve analisar com cuidado as propostas oferecidas para ter ciência de quais serão suas obrigações e direitos, de forma a evitar problemas futuros.
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