Ano VI - nº 79 - Edição de 27 de Junho de 2005 EDIÇÃO ESPECIAL DO 7º ENCONTRO NACIONAL DE RI

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1 Ano VI - nº 79 - Edição de 27 de Junho de 2005 EDIÇÃO ESPECIAL DO 7º ENCONTRO NACIONAL DE RI IBRI e Abrasca realizam o maior encontro de Relações com Investidores da América Latina O IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) realizou, em conjunto com a Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas), o 7º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais no Hotel Gran Meliá Mofarrej, nos dias 13 e 14 de junho. O evento - considerado o maior do gênero em toda a América Latina - abordou as tendências globais de captação de investimentos, a liquidez dos papéis no mercado de capitais, as perspectivas corporativas para os próximos anos e a utilização das mais novas ferramentas e práticas na área de Relações com Investidores. O Encontro superou todas as expectativas com mais de 600 profissionais do Brasil e do exterior que discutiram os casos e análises essenciais para o desenvolvimento do mercado de capitais e para o aperfeiçoamento profissional da área. Várias autoridades estiveram presentes, como o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Luiz Fernando Furlan e o Presidente da CVM (Comissão dos Valores Mobiliários), Marcelo Trindade. Veja depoimentos de participantes sobre o 7º Encontro de RI O IBRI News entrevistou participantes do 7º Encontro que pela primeira vez estiveram no evento. Silvio Guerra, diretor da Localiza Rent a Car, que, em 23 de maio, abriu o capital com o lançamento de ações na Bolsa de Valores de São Paulo, disse que o evento foi excelente. Segundo ele, o Encontro apresentou temas atuais com ampla abordagem dos fatos. A qualidade das apresentações superou as minhas expectativas, frisou. Para o executivo, o evento é fundamental para quem inicia suas atividades no mercado

2 acionário. No nosso caso foi ótimo, uma vez que eu pude acompanhar o padrão brasileiro utilizado na área de RI. Estamos perfeitamente alinhados com o resto do mundo, ressaltou o executivo, que pretende participar de todos os eventos daqui para frente. Outra empresa a participar pela primeira vez foi a Brasil Ferrovias, que ainda estuda uma data para sua abertura de capital. "Foi muito importante ter participado do evento. Considero essa uma oportunidade de aprendizado e de conhecer a experiência dos profissionais de RI que trabalham para o processo de melhoria da Governança Corporativa no mercado de capitais", afirma Marc Grossmann, assessor da diretoria financeira da Brasil Ferrovias. Ministro Furlan abre 7º Encontro de Relações com Investidores do IBRI O Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Luiz Fernando Furlan, José Luiz Acar Pedro, Presidente do Conselho de Administração do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) e de Alfried Plöger, Presidente da Abrasca (Associação Brasileira de Companhias Abertas), abriram o 7º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, que aconteceu nos dias 13 e 14 de junho, no Hotel Gran Meliá Mofarrej, em São Paulo. O 7º Encontro caracterizou-se por discutir as práticas de RI, que possibilitou uma disseminação de relevantes iniciativas das companhias abertas brasileiras para o desenvolvimento do nosso mercado de capitais. Entre os temas em pauta durante o evento estiveram Liquidez no Mercado de Capitais, Ferramentas e Práticas de Relações com Investidores e Companhias com Captação no Exterior. José Luiz Acar Pedro enfatizou que o mercado de capitais é uma fonte poderosa de financiamento para empresas. Queremos aqui no Brasil um mercado de capitais forte, disse ele. Ressaltou também a preocupação das empresas com a responsabilidade social e a sustentabilidade. Plöger ressaltou a importância do profissional de RI. Esses últimos anos foram de incertezas e mudanças e o papel do RI foi fundamental para atravessar os tempos mais difíceis, afirmou. Furlan destacou que é visível a mudança qualitativa das companhias abertas listadas, além do número crescente de empresas que se preparam para abrir capital. Estamos fazendo políticas para incentivar o investimento, disse o ministro.

3 Presidente do IBRI comenta participação de Furlan no 7º Encontro A apresentação feita pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, no 7 Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais foi considerada extremamente positiva pelo Presidente do Conselho de Administração do IBRI, José Luiz Acar Pedro em entrevista à imprensa. Ele destacou as afirmações do Ministro sobre a importância que o governo federal dá ao retorno do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao mercado de capitais. O Ministro conseguiu transmitir uma mensagem positiva sobre as novas perspectivas de apoio ao mercado de capitais, ou seja, exatamente o que o mercado espera do BNDES, afirmou Acar. Ele lembrou ainda que essa nova disposição do BNDES contempla os interesses de investidores de todos os portes. RI vive etapa de refinamento de estratégias As companhias brasileiras já atingiram um elevado nível de conscientização sobre a importância do trabalho de Relações com Investidores para sua participação bem sucedida no mercado de capitais. Agora estamos vivendo uma nova etapa de desenvolvimento do RI, com o refinamento das estratégias corporativas nessa área. A afirmação foi feita por José Luiz Acar Pedro, Presidente do Conselho de Administração do IBRI, durante o primeiro dia do 7 Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais. Segundo Acar, essa etapa exige a orientação às empresas para que elas saibam estruturar seus departamentos de RI no momento adequado, ou seja, logo que é tomada a decisão de ir ao mercado. Ele explica que cabe a entidades do mercado, como o IBRI, contribuir para esse aprendizado. Algumas empresas ainda pensam que a criação da área de RI deve acontecer numa etapa complementar da montagem da operação, mas na verdade ela precisa ser feita o mais cedo possível, e assim permitir que a companhia esteja bem preparada quando chegar ao mercado. Mercado precisa de nova dinâmica para prover fundos de liquidez É fundamental que a empresa de capital aberto tenha uma seqüência de preços lógicos. Com a frase, o diretor do Agora Sênior Corretora, Álvaro Bandeira, explicou a importância da função do formador de mercado, tema discutido durante o 7º Encontro de Relações com Investidores, promovido em conjunto pelo IBRI e pela Abrasca. Segundo o executivo, a principal dificuldade enfrentada pelas companhias brasileiras é o fato de não existir um controle exato de ofertas de compras e vendas de ações. Uma solução

4 viável seria a permissão da utilização das ações em tesouraria para formar o fundo de liquidez necessário para o desenvolvimento do mercado de capitais. Precisamos de novas dinâmicas, afirmou. Mercado acionário poderá contar com iniciativas do BNDES para se desenvolver A economia brasileira passa por uma fase de crescimento com grandes desafios pela frente. Um deles é o mecanismo de novos financiamentos, interligado ao mercado de capitais. Nesse processo, torna-se fundamental a participação de instituições como o BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Foi o que afirmou o diretor financeiro do BNDES, Carlos Kawall, durante o 7º Encontro de Relações com Investidores, realizado pelo IBRI e pela Abrasca. Buscamos ser ativos no sentido de ajudar as empresas que almejam alcançar o sucesso por meio da governança corporativa e aumentar sua liquidez no mercado. O BNDES acredita que ao lado da emissão de debêntures, outra área importante a ser desenvolvida é a securitização, que responde a um terço da renda fixa no Brasil. Pretendemos contribuir na redução do custo capital para empresas de pequenos e médios portes, afirma. Clubes de Investimentos contribuem com o mercado de capitais Para que uma empresa de capital aberto alcance a liquidez desejada, é necessário que ela apresente uma área desenvolvida de RI. Milton Luiz Milioni, presidente da Apimec Nacional (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) e diretor da Corretora Geração Futuro, afirmou, durante o 7º Encontro de Relações com Investidores, que cada vez mais o mercado apresenta experiências novas nessa área. Reuniões públicas ou eletrônicas podem apresentar ótimos resultados. As ferramentas utilizadas pelo RI estão cada vez mais sofisticadas. Os clubes de investimentos também contribuem para o desenvolvimento do processo, além de iniciativas da Bolsa de Valores de São Paulo, como a campanha: Bovespa vai até você. O número de negócios, que era inferior a 30 mil, hoje já ultrapassa 60 mil e o volume diário que totalizava R$ 500 milhões, hoje é em média de R$ 1,2 bilhão, comemora Milioni. Uma boa equipe de RI é fundamental para a valorização dos papéis da empresa O primeiro painel da tarde do dia 13 de junho tratou das modalidades de financiamento. Rodolfo Riechert, diretor de Mercado de Capitais do Banco Pactual, falou da captação de recursos via ofertas públicas. Ele afirmou que uma boa equipe de RI é fundamental para a valorização dos papéis de uma

5 empresa. O RI precisa gostar de falar com o investidor. Ele deve ser próativo, disse. Riechert também opinou sobre a necessidade de aderir ao Novo Mercado. Segundo o diretor de mercado de capitais do Pactual, o importante é a empresa praticar os níveis diferenciados de governança e não necessariamente estar no Novo Mercado. Segundo Riechert, as empresas precisam contar com RIs fortes. Os investidores estão cada vez mais sofisticados, enfatizou. João Nogueira Batista, diretor financeiro e de RI da Suzano Holding, frisou durante a sua apresentação que o setor público concentra o mercado de renda fixa no Brasil. Os títulos públicos têm melhor rating e liquidez. Isso acaba deixando o setor privado sem espaço, dificultando o mercado secundário, disse Nogueira Batista. Para ele, o setor público precisa fazer a lição de casa e diminuir o déficit fiscal. Jorge Sant Anna, superintendente de produtos da CETIP (Central de Custódia e Liquidação de Títulos Privados), informou sobre o expressivo crescimento dos fundos de recebíveis e que eles já aparecem como uma nova filosofia de financiamento de curto prazo. O FIDC precisava ser um instrumento do mercado de acesso. Não existe escada sem degraus e acho que os degraus estão faltando, alertou Sant Anna. Diversidade de públicos exige ferramentas para ampliar eficiência do RI A crescente diversidade que marca o perfil dos investidores no mercado de capitais brasileiro exige o uso de ferramentas cada vez mais sofisticadas e bem estruturadas para aprimorar o relacionamento das companhias com seu público. Esse foi o foco da apresentação feita por Geraldo Soares, Vicepresidente do IBRI e Superintendente de Relações com Investidores do Banco Itaú Holding Financeira S.A. durante o 7 Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais. Soares detalhou o case bem sucedido do Itaú na utilização do CRM Customer Relationship Management como ferramenta para o RI. Os públicos compostos por investidores profissionais e por não-profissionais têm necessidades diferentes em relação a informações sobre as companhias. E o RI precisa acompanhar essa demanda com agilidade e eficiência. No caso do Itaú, ele explicou que foi criado um novo conceito de relacionamento com os públicos estratégicos (o denominado marketing "um a um"), ou seja, um estilo de relacionamento individualizado que permite aprofundar o conhecimento sobre os investidores e suas demandas. Ele observou que a utilização do CRM permitirá ao Itaú personalizar o relacionamento e ampliar sua base de conhecimento dos investidores. É

6 uma ferramenta fundamental para antecipar as necessidades dos clientes atuais e dos potenciais. O avanço já foi grande e no futuro esperamos avançar ainda mais, o que fará com que o site chegue a reconhecer cada entrada de usuário e permita inclusive interagir com ele, esclarecendo qualquer tipo de dúvida e fornecendo orientação, afirmou Geraldo Soares. Targeting é fundamental para melhorar precificação, diz presidente da FIRB Instrumento ainda relativamente novo, o targeting está ganhando importância no dia-a-dia do trabalho de Relações com Investidores, uma vez que tem se revelado eficiente para ampliar a análise de informações sobre investidores, melhorar a liquidez das ações e reduzir a volatilidade. A análise foi feita por Arleu Anhalt, presidente da FIRB (Financial Investor Relations Brasil), que participou do 7 Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais promovido pelo IBRI e pela Abrasca em São Paulo. De acordo com Anhalt, o objetivo final do targeting é buscar uma melhor precificação dos papéis graças à redução da volatilidade, o que permite diminuir eventuais descontos no valor dos papéis da empresa. É uma ferramenta fundamental para identificar o investidor correto. Ela funciona como geradora de valor para a companhia e permite explorar melhor a base de acionistas, explicou o presidente da FIRB. Ele lembrou ainda que o uso do targeting permite às empresas identificar diariamente sua capacidade de redução de descontos e conhecer melhor seus interlocutores. Lei Sarbanes-Oxley é discutida no 7º Encontro de RI do IBRI A Lei Sarbanes-Oxley, mais conhecida como SOX, foi destaque no primeiro dia (13 de junho de 2005) do 7º Encontro de Relações com Investidores, evento promovido pelo IBRI Instituto Brasileiro de Relações com Investidores e pela Abrasca Associação Brasileira das Companhias Abertas. A maior reforma da legislação de mercados de capitais dos EUA desde a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, afeta 43 empresas brasileiras com operações nas bolsas de valores dos EUA. Ross Kaufman, sócio da Greenberg Traurig (USA), explicou como as empresas americanas estão reagindo às exigências da Lei Sarbanes-Oxley. O medo em relação à SOX é muito maior do que a realidade, disse. As empresas americanas possuem mais regras para cumprir do que as brasileiras. Com a Lei houve aumento de exigências no controle das demonstrações financeiras e necessidade de mais transparência de informações, ressalta Kaufman.

7 Órgão regulador não é capaz de detectar falhas sozinho, diz Cantidiano Regulamentada em julho de 2002, depois que escândalos contábeis e financeiros ameaçaram destruir a confiança de investidores no maior mercado de capitais do mundo, a Lei Sarbanes-Oxley, na prática, exige a melhoria dos controles internos, tornando-os mais eficazes e transparentes. O tema foi discutido durante o 7º Encontro de Relações com Investidores do IBRI, em São Paulo. Luiz Leonardo Cantidiano, ex-presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e sócio do escritório Motta, Fernandes Rocha Advogados, falou durante o evento sobre como as empresas brasileiras estão se preparando para as exigências da Lei. Segundo ele, a Sarbanes é uma resposta rápida a uma série de escândalos que abalaram o mercado americano. Nesse processo é importante poder contar com agentes externos que possam detectar possíveis condutas impróprias de administradores, diz Cantidiano. Segundo ele, por mais competente que seja o órgão fiscalizador brasileiro, ele não é capaz de sozinho- detectar todos os desvios do mercado. Demonstração Contábil é o ponto de partida da Sarbanes-Oxley As empresas que não se enquadrarem na Lei Sarbanes-Oxley serão punidas com multas de até US$ 5 milhões e pena de prisão de até 20 anos para os administradores. A Lei obriga as companhias a rever as ações sobre governança corporativa. Silney de Souza, sócio da Área de BRS Business Risk Service da Ernst & Young - mostrou aspectos dos controles internos necessários e os aspectos práticos da Lei para o público, que lotou o auditório do Hotel Gran Meliá Mofarrej, em São Paulo, durante o 7º Encontro de Relações com Investidores do IBRI e da Abrasca. O ponto de partida dentro do artigo 404 são as demonstrações contábeis, disse. Historicamente, as auditorias vêm emitindo opiniões em relação às normas contábeis sobre os controles internos das empresas. Inclusive os CEOs (presidentes) e CFOs (diretores financeiros) das companhias também precisam se reportar sobre suas ações também dentro da empresa. Transparência é a palavra-chave da Sarbanes Oxley, ressalta Souza. Segundo dia do 7 Encontro debate Ambiente Macroeconômico O segundo dia (14/06/2005) do 7 Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, realizado pelo IBRI Instituto Brasileiro de Relações com Investidores e Abrasca Associação Brasileira das Companhias Abertas foi aberto com o tema Ambiente Macroeconômico, quando participaram Leonardo Dutra de Moraes Horta, RI da CST e Vicepresidente do Conselho de Administração do IBRI; Joel Bogdanski, consultor de Política Monetária do Banco Itaú S.A; e Paulo Rabello de

8 Castro, economista e consultor. Desafios para o Brasil atingir o Investment grade Joel Bogdanski, consultor de Política Monetária do Banco Itaú S.A., acredita que a crise política atual não afetará a economia. Segundo Bogdanski, o caminho para o grau de investimento será atingido em Para isso, precisamos de reformas microeconômicas; aumentar as exportações e importações; ampliar a taxa de investimento por meio da melhoria do ambiente de investimentos externos e reduzir o endividamento externo com ampliação do superávit primário, afirmou o consultor de Política Monetária do Itaú. Perspectivas do mercado brasileiro Hoje, o Governo encontra-se com o desafio de segurar a economia pelos cabelos antes que caia em uma recessão. A frase é do economista Paulo Rabello de Castro ao comentar a atual crise política vivida pelo governo Lula. Para ele, esse momento pode significar avanço ou estagnação. Se o Presidente Lula for corajoso e fizer uma verdadeira reforma ministerial, o Brasil só tem a ganhar em credibilidade externa, enfatizou o consultor durante o 7º Encontro de Relações com Investidores. A importância do RI no governo Leonardo Dutra de Moraes Horta, Vice-presidente do Conselho de Administração do IBRI e RI da CST, comentou com os palestrantes Joel Bogdanski e Paulo Rabello de Castro sobre o roadshow (apresentação) de PPP (Parceria Público-Privada) do governo brasileiro que acompanhou em Nova York. Foi um desastre. Representantes governamentais atendiam ao celular na mesa, durante a apresentação. Os senhores não concordam que o RI também é necessário dentro do governo? Bogdanski respondeu que o RI é fundamental em qualquer trabalho que busca êxito. O lado macroeconômico é o mais organizado do atual governo. Por outro lado, não podemos dizer o mesmo em outros aspectos, como a política social, por exemplo. Tudo isso por causa da ausência de profissionais competentes, disse o consultor do Itaú. Rabello de Castro falou que o RI tem a função específica de divulgar as verdades da empresa, o que evoluiu muito nos últimos anos, segundo o economista. As empresas privadas precisam ensinar um pouco de RI ao governo, disse Rabello de Castro.

9 "Tamanho é documento para liquidez", diz Ricardo Nogueira, da Bovespa O último painel do 7º Encontro de Relações com Investidores apresentou a experiência de duas novas empresas que acessaram o mercado. Moacir Salzstein, gerente de planejamento estratégico da Natura, falou que a empresa teve grande aumento de liquidez depois de entrar para o Novo Mercado da Bovespa. Já Sérgio Pedreiro, diretor de RI da ALL (América Latina Logística), disse que a redução do risco Brasil após 2002 reaqueceu o mercado de capitais, que continua em amplo desenvolvimento. Ricardo Nogueira, superintendente de Operações da Bolsa de Valores de São Paulo, falou sobre a liquidez das ações na Bovespa após abertura de capital. Que me desculpem as pequenas operações, mas tamanho é documento para uma forte liquidez, afirmou. De 2004 até maio de 2005, as distribuições públicas tiveram vinte e duas operações totalizando R$ 11,9 bilhões de aplicações de investidores. Marcelo Trindade fecha o 7º Encontro de Relações com Investidores O presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), Marcelo Trindade, encerrou o 7º Encontro de Relações com Investidores. A autoridade comentou sobre o sucesso do evento, que contou com cerca de 600 participantes nos dois dias de realização. Nos últimos dez anos, o Brasil tem feito grande esforço para desenvolver seu mercado de capitais. Eventos como esses são fundamentais, ressaltou. Trindade comentou sobre a importância do profissional de Relações com Investidores dentro do processo de desenvolvimento do mercado de capitais. O RI lida com o mais importante de tudo, que é a informação. É ele quem analisa e distribui a informação mastigada e comentada pelos analistas para o investidor. O mercado brasileiro já está muito desenvolvido e isso é fruto do trabalho de instituições como o IBRI e a Abrasca, finalizou.