Construção de fronteira: Maringá e o norte do Paraná.

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1 Construção de fronteira: Maringá e o norte do Paraná. Ana Paula Cassago Universidade de São Paulo. Escola de Engenharia de São Carlos. Departamento de Arquitetura e Urbanismo. apcassago@rocketmail.com Introdução Com a Revolução Industrial, a transformação do mundo rural em mundo urbanizado se acelerou modificando por completo as relações sociais existentes até então. Em 1800, 3% da população mundial morava em aglomerações urbanas de habitantes ou mais, em 1900 a proporção cresceu para 13%, em 1980 chegou a 40% e, estimativas demonstram que em 2025, dois terços dos futuros 8 bilhões de pessoas serão moradores de cidades.[1] Com esse movimento rumo as cidades, tanto as estruturas urbanas quanto às relações, coletivas e individuais dentro dos aglomerados urbanos, vem sofrendo transformações irreversíveis e muitas vezes prejudiciais, tanto para as cidades quanto para seus habitantes. Dentro da dinâmica capitalista, o processo de industrialização pode permitir o entendimento dos motivos estruturais da consolidação da urbanização. Nos países mais desenvolvidos os progressos tecnológicos impulsionaram um crescimento industrial e econômico que produziu uma transformação demográfica em que os centros urbanos tornaram-se indutores de uma movimentação demográfica, enquanto que a urbanização nos países menos desenvolvidos se exprimiu como uma simples reprodução desta ocorrência, ou seja, como conseqüência mecânica do crescimento econômico.[2] A fuga para as cidades (nos países menos desenvolvidos) é, em geral, considerada muito mais como o resultado de um push rural do que um pull urbano, quer dizer, muito mais como uma decomposição da sociedade rural do que como expressão do dinamismo da sociedade urbana.[3] De fato verifica-se que o crescimento populacional dos centros urbanos nos países menos desenvolvidos é decorrente de um longo processo de mecanização do campo e formação de latifúndios impulsionando um gradativo abandono por parte da população rural em busca de melhores condições de sobrevivência. No histórico da população brasileira, constata-se o significativo movimento de saída do campo para a cidade processo de urbanização do país, que a partir dos anos de 1960 consolida-se. Através de levantamento preliminar do censo do ano de 2000, mais de 80% da população brasileira se caracteriza como urbana, contra 78,35% demonstrada na contagem de [4] Diante das transformações gerais da sociedade brasileira, as cidades têm se estruturado espacialmente de modo bastante característico, mas nem sempre estão preparadas para a completa absorção desta população. Dentro desse processo histórico, diversas correntes urbanísticas se fizeram presentes no Brasil com o intuito de organizar a crescente sociedade urbana. Assim de acordo com as pesquisas realizadas pelo grupo da Profa. Dra. Maria Cristina da Silva Leme, a formação do urbanismo nas cidades brasileiras pode ser dividido em períodos distintos: de 1895 a 1930, de 1930 a 1950, 1950 a 1964 e de 1964 aos dias de hoje.[5]

2 No primeiro período ( ), foram propostos e realizados melhoramentos em partes da cidade. O intuito era projetar sobre as cidades existentes e em parcelas localizadas, não se efetuavam intervenções na cidade como um todo. Os principais pontos eram a circulação ferrovias - e o saneamento sendo o urbanista o médico da cidade doente. A palavra de ordem era melhoramento, tanto das áreas portuárias quanto das áreas centrais, valorizando-as e transformando-as - o que levou a população de baixa renda a se relocar dentro das cidades. O segundo período ( ), é marcado pela elaboração de planos, e a noção de totalidade se faz presente no pensamento da cidade. Nesse período são formuladas as primeiras propostas de zoneamento e organizam-se órgãos para o planejamento urbano como parte da estrutura administrativa das prefeituras das principais cidades.[6] No terceiro período ( ), são iniciados os planos regionais, de acordo com uma nova realidade; a migração campocidade processo crescente de urbanização e aumento da área urbana no país. Nesse momento, o ideário francês do padre Louis Joseph Lebret se difunde no Brasil, onde novos temas são introduzidos na discussão levantamentos da estrutura urbana e dos níveis de vida da população, pesquisas sociológicas de complexos sociais e pesquisas urbanísticas assim como novos profissionais. Foram também concebidas as SAGMACS - Sociedade de Análise Gráfica e Mecanográfica Aplicada aos Complexos Sociais - escritórios regionais com profissionais de diferentes formações (arquitetos, engenheiros, sociólogos, agrônomos, etc.) pensando a aglomeração urbana de fora para dentro, fato que os diferem dos planos propostos até então, onde o pensamento se realizava de dentro para fora, não levando em consideração a periferia da cidade nem do ponto de vista físico (leitos de rios, relevo, etc) nem social (áreas habitacionais de baixíssima renda), e sim a deteriorização dos centros (o que ampliou o movimento da população de baixa renda para a periferia, para fora da cidade). O quarto período (1964 aos dias de hoje) é marcado pelo golpe e a ditadura militar, modificando de forma radical a pratica do planejamento urbano e regional no Brasil. Surgem os Planejamentos Integrados, os Superplanos - onde planos são elaborados por especialistas de escritórios privados - e os Planos sem Mapas - estes elaborados por técnicos municipais. O SERFHAU Serviço Federal de Habitação e Urbanismo- criado pela Lei n de 21/8/64, capítulo VII, artigo 54 item g. - dentre outras funções tinha o papel de atuar no planejamento urbano, dando diretrizes e prestando assessoria aos municípios. A partir desse momento todos os planos realizados deveriam seguir a metodologia estabelecia pelo SERFHAU. Desde 1990, o processo de planejamento urbano explicita suas dimensões políticas. Várias cidades brasileiras, cumprindo a legislação federal, voltam a elaborar planos diretores e introduzem princípios da reforma urbana e dispositivos de justiça social que não eram impedidos por lei, rejeitam o diagnóstico técnico como forma de plano e a diversidade de temas própria dos projetos integrados, adequando o plano às limitações do poder municipal. Dentro desse processo de urbanização do país, a região Norte do Estado do Paraná se destaca por seu processo diferenciado. Nessa faixa, a urbanização, ou melhor a colonização se efetivou no sentido de apoiar o novo ciclo econômico do país a cafeicultura. Portanto o uso do termo colonização do norte paranaense e não urbanização, esclarece de maneira mais efetiva o processo de construção da faixa norte paranaense, visto que os núcleos urbanos surgiram para apoiar o projeto de parcelamento agrário desenvolvido por companhias colonizadoras capital inglês e japonês[7] e não como uma proposta de melhoria de núcleos urbanos já existentes. A elaboração e construção de uma rede urbana numa região de fronteira do país demonstra claramente a necessidade de demarcação territorial além da necessidade de modernização [8] do país. Colonização / urbanização - norte paranaense A partir de meados do século XIX, um novo ciclo econômico se delineia para a economia brasileira. A cafeicultura, que se desenvolveu inicialmente no Rio de Janeiro, penetra o oeste paulista e atinge o norte paranaense, contribuindo para a formação de uma rede de cidades no interior do país.[9] No entanto, diferentemente de outras regiões brasileiras, o norte paranaense se constituiu a partir de capital privado internacional, o qual promoveu uma ocupação planejada da extensa floresta que cobria a área, em forma de pequenas propriedades rurais. Dentro desse panorama, não se pode utilizar o termo urbanização,e sim colonização, visto que a ação aplicada a essa área não parte de pressupostos urbanísticos mas de formas de ocupação colonial, em que o lucro de um empreendimento capitalista constitui a força motriz e não o

3 processo de ocupação[10] do território nacional. Assim, como uma cidade nova surge conscientemente em resposta a objetivos previamente formulados, o conjunto de cidades projetadas no norte paranaense responde ao processo de colonização do território necessário para a introdução da economia cafeeira no Estado, em que constituía sua característica urbanizadora. [11] A constituição da zona pioneira, resultado do impacto da penetração do sistema capitalista no território e sua introdução na economia de mercado, representa, dessa forma, a inserção da região no cenário nacional e internacional pela produção e comercialização de um produto agrícola e pelo estabelecimento da propriedade privada da terra.[12] Os projetos urbanos elaborados pela Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP), são aceitos como exemplos de modernidade, no entanto na fase inglesa do empreendimento o modelo adotado para o desenho dos seis primeiros núcleos urbanos (Londrina e Nova Dantzig (Cambé)-1930, Rolândia-1932, Arapongas-1935, Mandaguari-1937 e Apucarana-1938), foi a quadrícula traçado geométrico e regular[13] já utilizado pelos portugueses no processo de implantação de núcleos urbanos no inicio da colonização do país. Num segundo momento fase nacional do empreendimento o modelo adotado para as cidades de Maringá, Cianorte e Umuarama (pós anos de 1950), consiste no traçado das cidades jardins, inspiradas no pensamento howardiano. Entre uma intervenção e outra há duas décadas de desenvolvimento nacional e acontecimentos no cenário internacional (como a Segunda Grande Guerra), portanto tempo suficiente para mudanças nos conceitos e entendimentos urbanos nacionais.[14] No que se refere à colonização do norte paranaense, na primeira fase capital inglês o intuito era o lucro e não havia preocupação quanto à forma, função e estrutura social das cidades. O desenho adotado refletia os objetivos coloniais, ou seja, um traçado simples que não requer grandes investimentos, ruas largas o suficiente para escoar a mercadoria, enfim um traçado que pode ser facilmente ampliado sem grandes problemas de desenho e de fácil adaptação aos sítios escolhidos. Assim, a título de hipótese, os ingleses podem ser comparados aos ladrilhadores espanhóis[15], ou seja, colonizadores que ocupavam ou melhor dominavam o território de forma precisa e consciente. Já na segunda fase capital nacional as idéias de urbanismo ecológico da escola de Chicago e das cidades-jardins de Howard, já fazem parte das discussões nacionais. Portanto a partir da implantação das idéias howardianas nos bairros da cidade de São Paulo, desde o início do século, e da contratação do engenheiro Jorge de Macedo Vieira para a execução das cidades de Maringá e Cianorte, o desenho de vias curvas nos bairros residenciais em conjunto com um traçado regular nas áreas centrais, demonstra um maior cuidado em relação ao planejamento urbano, refletindo uma mudança na concepção espacial das cidades do norte paranaense. Com isso não se pode afirmar que o processo de colonização tivesse sido concluído. Ao contrário, ele existe sim, mas devido às mudanças econômicas do mercado nacional e internacional, o café deixava de ser o produto gerador de grandes riquezas, se faz necessário pensar na cidade como ambiente de vivência e não apenas de passagem (como acontecia no início da ocupação dessa região, onde muitos migravam com o intuito de voltar para suas regiões de origem depois de enriquecer). A CTNP (inglesa), totaliza até o final de sua colonização do norte paranaense aproximadamente 515 mil alqueires, em conjunto com a concessão para a construção de uma ferrovia que cruzaria suas terras. Segundo o depoimento de Gastão Mesquita Filho, fundador e diretor superintendente da CTNP, os procedimentos da companhia se configuram da forma que se segue: as cidades destinadas a se tornarem núcleos econômicos de maior importância seriam demarcadas de cem em cem quilômetros, aproximadamente. Entre estas, distanciados de 10 a 15 quilômetros um do outro, seriam fundados os patrimônios, centros comerciais e abastecedores intermediários. Tanto nas cidades como nos patrimônios a área urbana apresentaria uma divisão em datas residenciais e comerciais. Ao redor das áreas urbanas se situariam cinturões verdes, isto é, uma faixa dividida em chácaras que pudessem servir para a produção de gêneros alimentícios de consumo local. Como aves, ovos, frutas, hortaliças e legumes. A área rural seria cortada por estradas vicinais, abertas de preferência ao longo dos espigões, de maneira a permitir a divisão de terras da seguinte maneira: pequenos lotes de 10, 15 e 20 alqueires, com frente para a estrada de acesso e fundos para um ribeirão.[16] Resumem-se assim as normas de ocupação desta parcela de terras, que segue num um eixo principal definido pelo traçado da linha férrea, onde se loca um conjunto de cidades principais alternado por pequenos patrimônios ligados por estradas vicinais. Destaca-se a procura pelo preenchimento homogêneo do território,

4 maximizando o investimento imobiliário, contra uma possível ocupação desordenada, antieconômica, com a fundação de núcleos urbanos distantes e isolados entre si. Num segundo momento de ocupação, quando a CTNP passa a ser denominada CMNP (Companhia Melhoramentos Norte do Paraná) devido a compra da empresa inglesa por capital brasileiro em 1944, em razão de acontecimentos externos e internos ao país: a ação nacionalista do governo Vargas, que vetava a propriedade de terras e adventícios e onerava com impostos capitais estrangeiros aplicados no Brasil, assim como a situação inglesa na Segunda Grande Guerra que na busca de manter sua delicada situação econômica adotou a política de repartição de seus capitais no mundo inteiro pode-se constatar a continuidade do empreendimento com toda sua força, com a fundação de 57 núcleos urbanos, mais de 90% do total. No total, a CMNP colonizou uma área correspondente a alqueires de terras, cerca de quilômetros quadrados. Fundou 63 cidades e patrimônios, vendeu lotes e chácaras para compradores, de área variável entre 5 e 30 alqueires, e cerca de datas urbanas com média de 500 metros quadrados.[17] Cidade jardim Devido ao caráter capitalista do empreendimento em questão, se faz pertinente a idéia de pura especulação em relação a implantação do conceito de cidade jardim nos centros urbanos do norte paranaense. Do mesmo modo a investigação existente entre organização regional planejada pela CTNP com o projeto das primeiras cidades e a existência de um projeto de espacialização pré-determinado de caratês universal constitui conjuntamente uma investigação pertinente. Seria arriscado concluir que ocorreu uma transposição linear de modelos no plano elaborado pela Companhia de Terras Norte do Paraná, mas é sensato supor. (...), que os autores do plano, engenheiros e topógrafos, não estavam alheios ao debate que se tratava na Europa sobre a organização do território e o desenho da cidade. (...) Porém, a dimensão territorial da gleba, a ênfase na propriedade rural, o estabelecimento de vias de comunicação e a rede de cidades projetadas remete-nos às considerações elaboradas por Howard, a respeito do estabelecimento de relações controladas entre cidade e campo. (...) A constância observada na distância entre as cidades, o entrelaçamento entre a rede de cidades e o meio rural e as características de limitação à expansão nos projetos das cidades indicam a observância aos princípios propostos por Howard. E quanto ao projeto das cidades, (...), é evidente que com maior ou menor rigor, os conceitos de Unwin, encontram-se presentes. (...) Sobre malha ortogonal, herança do traçado das cidades coloniais, fácil de decalcar no solo e passível de aproveitamento satisfatório em termos especulativos, sobrepõe os signos espaciais da cidade moderna.[18] É evidente a proximidade da obra de Ebenezer Howard, divulgada em fins do século XIX, com o empreendimento imobiliário da CTNP, mas ao mesmo tempo há pontos conflitantes, portanto a simples transferência de idéias de um lado do atlântico para o outro seria uma constatação ingênua. Por outro lado descartar a influência howardiana no empreendimento seria também uma hipótese questionável. Assim, a fim de esclarecer melhor as diferenças e semelhanças entre o pensamento de Howard para a Inglaterra e seus problemas de congestionamento da metrópole Londres, com os conceitos aplicados pela CTNP, torna-se necessário esclarecer elementos básicos dos dois casos. A cidade pensada por Howard, não se resumia em apresentar moradias decentes, mas também em propor serviços e variadas oportunidades de trabalho e lazer. Sua localização seria próxima ao campo, articulando diferentes formas de transporte: o trem, a rodovia e até canais, a um centro de maior porte, como também a outros equivalentes a si. Suas cidades não eram pensadas como núcleos individuais, mas como um sistema de cidades interligadas e não muito distantes.

5 Ele buscava a salubridade e facilidades para a vida cotidiana. Seu ideário urbanístico levaria a superação das miseráveis condições de habitação e trabalho popular existentes na Londres do século XIX.[19] Seu conceito configura-se por eixos radiocêntricos com vegetação permeando todos os espaços públicos. No centro da cidade há um grande parque rodeado por um passeio público coberto, com comércio e exposições. O contato com a natureza e sociabilidade se integram como expressões de lazer dentro do centro urbano. A ferrovia constitui elemento fundamental na concepção howardiana, é o eixo de comunicação da cidade com o restante do território. No âmbito social, Howard esclarece que o terreno rural, mais barato que o urbano, consiste em uma condição essencial. A área de cada novo núcleo deveria ser comprada e urbanizada por humildes trabalhadores que, por definição, teriam parcos recursos para suas necessidades de alojamento. Para superar o óbice, deveriam aglutinar-se em cooperativas porque isso significaria o acesso ao crédito, obtido mediante a hipoteca da terra comprada. O penhor do seu trabalho futuro no pagamento dessa hipoteca significaria prestações menores que aluguéis em cortiços londrinos. Londres, então com 4 milhões de habitantes, era a metrópole a ser corrigida de sua insalubridade e tamanho, pela retirada daquelas parcelas populacionais incapazes de se alojar com decoro e por isso mesmo consideradas excessivas por outras em melhor situação. Cada cooperado receberia cotas de propriedade, comercializáveis apenas em nome da coletividade, de forma que a valorização decorrente de melhoramentos revertesse sempre para a comunidade. A autogestão adviria da propriedade coletiva, sendo seus objetivos pagar a dívida, executar um plano de urbanização e atrair novos moradores até o limite de habitantes. A partir dele, a cidade se reproduziria por cissiparidade, pois nova cooperativa deveria ser formada para construir nova urbe (...). [20] Em comparação com as idéias apresentadas acima, o empreendimento da CTNP, não foge completamente do ideário cidade jardim, pois a venda de pequenos lotes controlados pela companhia, as cidades interligadas por sistemas de transportes diversos ferrovias e rodovias o parcelamento da divida a fim de promover a ocupação da área, entre outros já apresentados anteriormente, faz com que a comparação entre os dois processos de ocupação territorial seja totalmente pertinente. A diferença marcante se faz quando a análise se centra nos motivos. Na Inglaterra, o ideário cidade jardim se apresenta necessário devido ao congestionamento da metrópole Londres, enquanto que no Brasil, o ponto em questão é a colonização de uma área não urbanizada, selvagem, portanto não há o que descongestionar.dentro da necessidade brasileira, era necessário ocupar o território nacional a fim de garantir a permanência de suas fronteiras. Outro ponto divergente diz respeito a fixação de um tamanho à cidade. No norte paranaense as cidades não possuem limites de crescimento, enquanto que na proposta de Howard, as cidades não deveriam ultrapassar o número de habitantes. Dessa forma não há como prever até que ponto as cidades planejadas pela CTNP poderão crescer, sendo que hoje elas já ultrapassaram e muito o numero previsto de habitantes e suas novas áreas ocupadas se diferem em muito da qualidade proposta pelo planejamento, principalmente em Maringá, onde o traçado inicial não foi seguido. No entanto a proposta de Howard não se limitava à proposição urbanística, preocupava-se, acima de tudo, em fixar um novo modelo para o desenvolvimento urbano, um modelo que empregasse facilidades técnicas modernas para acabar com a diferença cada vez maiores entre o campo, com as suas facilidades econômicas e sociais esgotadas, e a cidade, com as suas vantagens biológicas e naturais igualmente esgotadas.[21] No âmbito da construção da cidade ao longo do eixo da linha férrea a cidade só era implantada depois de fixada a ferrovia. Esse elemento pode ser comparado a proposta de Cidade Linear do engenheiro

6 espanhol formado pela politécnica, Don Arturo Soria y Mata. Sua proposta consiste na construção da cidade ao longo de uma linha marcada pela presença da ferrovia, antecedendo em 20 anos as idéias de Lê Corbusier - a linha reta como modernidade, como característica da cidade moderna, contrapondo-se com as proposições de Camilo Sitte. Entretanto não há registros que possam confirmar o conhecimento da proposta da Cidade Linear, por parte dos investidores ingleses quando estes projetaram a estrutura da faixa a ser colonizada. Maringá Maringá [22] é considerada o expoente dos trabalhos da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná. Localiza-se no denominado norte novo, centro geográfico da zona colonizada pela CMNP, onde a topografia apresentava um relevo suave e vários cursos d água afluentes dos dois principais rios que banham a região: o Rio Pirapó afluente do Paranapanema e o Rio Ivaí afluente do Paraná. Seu clima é marcado pela zona de transição entre o clima tropical e subtropical, sendo sua temperatura média no inverno de 10 o C e no verão, entre 18 e 35 o C. A princípio os ingleses estabeleceram um pequeno povoado denominado Patrimônio Maringá, conhecido hoje por Maringá Velho e no dia 10 de novembro de 1942, inaugurou-se a primeira casa do Patrimônio o Hotel Maringá, construído pela própria companhia. O povoado era formado por oito quadras, uma rua principal e algumas transversais. Instalaram-se assim os primeiros estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, tais como o hotel, casas de secos e molhados, tecidos, bar e restaurante, padaria, farmácia, sapataria, posto de gasolina, oficina mecânica, carpintaria e ferraria, além da primeira estação rodoviária, em 1946.[23] Segundo o depoimento do ex-diretor da companhia, Alfred Nyffeller, a colonizadora não tinha a intenção de que o Maringá Velho fosse o núcleo definitivo, porém com o objetivo de dar à futura cidade e atender a população rural que chegava, através de uma simples carta, autorizava o individuo a construir sua casa, num dos lotes das oito quadras reservadas ao povoamento inicial, com a condição de que o mesmo se dedicasse a um dos ramos de atividade de que o povoado necessitava. Ajudava-o na construção e fornecimento de material, e o interessado de inicio não pagava nada, só mais tarde a venda definitiva dos lotes seria efetivada. [24] Somente após a demarcação definitiva da estrada de ferro e sua estação, pelo departamento Nacional de Estradas de Ferro, a CMNP realizou os levantamentos e estudos topográficos para o planejamento definitivo da cidade. O projeto foi concebido em 1945 pelo urbanista Jorge de Macedo Vieira[25], sob orientação do engenheiro Dr. Cássio Vidigal e Dr. Gastão de Mesquita filho, ambos diretores da companhia. O projeto original de Maringá estabelecia como referência e geratriz o eixo da estrada de ferro que descrevia um arco no sentido leste-oeste, o qual a cidade acompanhava. A área urbana abrangia inicialmente 600 alqueires, com cerca de 5 Km de comprimento por 3 Km de largura. Sua previsão populacional era de habitantes, porém 20 anos depois a cidade já atingira esse contingente e novas ocupações ocorreram distorcendo o traçado inicial. Nas áreas de fundo de vale, foram idealizados dois bosques de 22 alqueires cada cortados pelos córregos Moscados e Cleópatra, num total de 44 alqueires de floresta natural.[26] O desenho de Jorge de Macedo Vieira, possui beleza, funcionalidade e rigor técnico, tendo como espinha dorsal tanto o transporte, como a preservação ambiental. A planta da cidade previu a conveniente localização dos bairros, determinando-lhes previamente a

7 função: residencial, residencial popular, industrial, operário de armazéns, etc. O centro cívico e administrativo teve a sua localização prevista para a parte central da cidade, ficando próximo às estações rodo e ferroviária. Com o tempo, nesse local, ergue-se os edifícios públicos municipais, estaduais e federais. As avenidas foram traçadas em 46, 35 e 30 metros de largura, cortando com duas mãos de trânsito e refúgios centrais destinados à arborização e ao ajardinamento. Para as ruas foi estabelecida uma largura de 20 metros. O traçado das ruas e avenidas foram feitos segundo critérios diferenciados; há arruamentos ortogonais que dão origem a quadras em xadrez, na zona plana comercial, nos bairros residenciais os arruamentos são curvos, com avenidas perimetrias e radiais, estas de acesso mais rápido ao centro da cidade. O bairro industrial localizou-se ao longo da ferrovia, dispondo de vários desvios. Próximo a ele foi projetado o bairro operário e a zona de armazéns, esta ultima ampla e à margem da linha da estrada de ferro. Foram reservados, no plano da cidade, áreas para escolas, igrejas, hospitais, parques infantis, logradouros públicos, além de seis alqueires destinados aos esportes. Na parte leste, uma área de 90 alqueires, foi destinada ao aeroporto área com condições técnicas ideais para tal finalidade. Circundando a cidade, em disposição quase anelar, localizaram-se inúmeras chácaras destinadas ao abastecimento da população.[27] No plano geral da companhia, os dois núcleos Maringá Velho e o projeto cidade jardim constituiriam uma unidade, portanto não haveria uma separação física ou política entre eles. Fato constatado no plano do urbanista Jorge de Macedo Vieira, em que Maringá Velho era totalmente englobada como parte do projeto. O projeto também se baseia nos princípios do zoneamento rígido de usos e nívies de habitação, enunciados na Carta de Atenas. A cidade é dividida em várias zonas, conforme hierarquia previamente estabelecidas, distribuindo assim suas funções:[28] ZC zona central, ZR zona residencial, ZI zona industrial, ZPA zonas de proteção ambiental, ZE zonas especiais e ECS eixos de comércio e serviços. A ZC e a ECS, tiveram sua localização prevista na parte mais plana do terreno, seus limites são ao norte, a estação ferroviária e ao sul, o centro cívico. A ligação entre esses espaços se faz pela Avenida Getúlio Vargas, com largura de 46 metros, configurando assim um eixo ordenador. [29] Em 1950, a população do Distrito de Maringá[30] era de habitantes, dez anos mais tarde em 1960, a população do município elevou-se para habitantes.[31] A companhia, em seu contrato de compra e venda, exigia que o adquirente edificasse no período máximo de um ano. Por intermédio desta clausula contratual, procurava, assim forçar o desenvolvimento da cidade e evitar especulação com os lotes. Neste período, a cidade chegou a ser denominada de cidade fantasma, em função de alguns compradores das datas construírem suas casas morando em outras cidades ou na zona rural.[32] O plano de comercialização da companhia determinava as zonas e as quadras que seriam colocadas a venda, conforme uma ordem pré-estabelecida, e a venda não era efetivada homogeneamente, portanto algumas áreas eram mais valorizadas que outras. No período entre 1946 e 1952 foram vendidos lotes urbanos com áreas entre 500 e 650 m 2, ou seja 37,1% dos lotes a venda. Posteriormente, até o ano de 1960, as vendas totalizarão lotes, ou seja, 67,35% do total. Nos primeiros anos de ocupação até a década de 1960, a ocupação se efetivou na área próxima da ferrovia e também nos loteamentos fora dos perímetros urbanos ao norte nos setores rurais do município. Caracteriza-se pela abertura da nova fronteira agrícola e, conseqüentemente, atração de mão de obra que permitisse estabelecer, em um primeiro momento, uma agricultura de subsistência. A população rural era predominante em relação a população urbana em 1950, 81,16% - e a cidade servia como um posto de abastecimento de gêneros que não eram possíveis de serem retirados da terra. Com isso podemos dizer que as atividades rurais foram paulatinamente subsidiando o crescimento e desenvolvimento da cidade.[33] Na década de 1960 até o ano de 1973, o café sofreu uma substituição gradual, mas efetiva, pelo binômio soja-trigo que se fez acompanhar pela mecanização das lavouras, fatos que alteraram o quadro

8 populacional da região. É nesse período que a cidade sofre um inchamento, ou seja, a população rural migra para a cidade em busca de melhores condições de vida e trabalho. Esse êxodo rural traz grandes alterações para a cidade pois, a partir de agora um crescente contingente populacional invade a zona urbana se instalando de forma precária nas periferias, esse processo é denominado de periferização da cidade, em que os loteamentos novos apresentam deficiências em relação aos requisitos urbanísticos básicos como água, esgoto, asfalto, etc. Os anos de 1974 a 1983, foram marcados pela maior expansão territorial de Maringá, uma ocupação praticamente homogênea das áreas periféricas, onde a população, com menos poder aquisitivo, é obrigada a se afastar do centro para adquirir seu terreno. Nesse processo, essas áreas de loteamento popular, não possuindo equipamentos urbanos adequados e carentes de infra-estrutura, iniciam o processo de favelização de Maringá Vila Vardelina, Jardim Aclimação e Vila Bosque hoje erradicadas pelo poder publico.[34] Nas décadas de 1980 e 1990, ocorreu uma ocupação acentuada fora do traçado original da cidade, bem afastada das áreas centrais onde os terrenos eram menos valorizados, assim como a efetivação do processo de verticalização da cidade, sem que se alterasse o traçado urbano inicial no centro, mas modificando os conceitos relativos às alturas pré-estabelecidas para a mesma área. De fato, em Maringá, ocorreu um crescimento da cidade, que não foi acompanhado de uma reflexão e intervenção urbanística contínua, fazendo com que o padrão do desenho urbano utilizado na cidade cidade jardim se modificasse. As áreas de ocupação mais recente apresentam características bem diversas do plano original, em termos de traçado viário, parcelamento, uso e ocupação do solo. [35] Considerações finais O estudo da organização do espaço urbano determinado por um conjunto de leis estruturais e conjunturais que determinam sua própria existência enquanto campo disciplinar torna-se foco de teorias mais consistentes somente a partir do século XIX. [36] A realização destes estudos significou a primeira tentativa deliberada e sistemática de afastar estes fenômenos do plano das apreciações abstratas e valorativas, nas quais a cidade era identificada como a origem do bem e do progresso ou do mal e da decadência, para submete-lo a uma análise objetiva. Na procura de um conhecimento de cunho científico, criaram-se novos métodos e técnicas de investigação, mas isto se fez às custas de uma crescente separação entre as diferentes perspectivas, correspondendo a um exagerado fracionamento da interpretação de um mesmo conjunto de fatos.[37] No Brasil, no período Vargas, especificamente de 1937 a 1945, houve um incentivo por parte do Governo para a ocupação dos chamados vazios demográficos e a expansão das fronteiras, com a Marcha para Oeste. Através desse encaminhamento de colonos às partes ainda não colonizadas do país, o Governo realiza seu projeto político e econômico, baseado na industrialização e modernização do Brasil. A criação do mito da construção da Nação brasileira, reflete a preocupação do Governo com as possíveis tensões sociais, onde as reivindicações dos trabalhadores eram encaradas como uma ameaça subversiva, além de uma fobia em relação a infiltração de ideologias vindas de fora, criando o imaginário do medo em relação a essas idéias, para o fortalecimento do Estado Nacional. Nesse contexto, o nacional desenvolvimentismo trouxe preceitos de uma modernização e ocupação do território onde a implantação e criação de cidades foi muito importante. Outro ponto fundamental foi exercido pela implantação da ferrovia, pois era através dela que se estabelecia um elo de comunicação com as demais cidades e por onde se garantia o escoamento da produção. A linha férrea era o eixo

9 estruturador para a implantação de novos núcleos urbanos e à venda de terras destinadas a cafeicultura como no norte paranaense. Esse pensamento de ocupação territorial elaborado pelo Governo, foi dirigido especialmente para as regiões Centro-Oeste e Norte do país. A região de interesse deste trabalho, é o Norte do Paraná, uma área com superfície de Km 2, o que corresponde aproximadamente a 36% da superfície total do Estado do Paraná. A área foi efetivamente ocupada devido a conjunção de vários fatores como o crack da Bolsa de Nova York, em 1929, que gerou uma crise com conseqüências para a economia cafeeira do Brasil, assim como a já mencionada política de ocupação das regiões menos povoadas, realizada pelo Governo, inicialmente, e pelas companhias de colonização, num momento posterior. Dentre as companhias interessadas em colonizar essa região destaca-se: a Companhia Tokushyoku Kumiai Bratac e Nambei Tchi Kabuschiki Kaiasha, a Companhia Vale do Ivai Ltda e a Companhia de Terras Norte do Paraná (posteriormente Companhia Melhoramentos Norte do Paraná), esta ultima com maior destaque devido o porte de seu empreendimento. Entre 1930 e 1964, 43 cidades planejadas foram implantadas no Noroeste do Estado de São Paulo, enquanto que no norte paranaense mais de uma centena delas foram implantadas. A região que anteriormente era ocupada por índios e uma densa Mata Atlântica, transformou-se durante o Governo Vargas num grande canteiro de obras, com o objetivo de demarcar territórios ainda não explorados.

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11 Bibliografia ANGELIS,Bruno Luiz Domingues de. A praça no contexto das cidades: o caso de Maringá PR. Tese de doutorado apresentada à FFLCH-GE/USP. São Paulo, BARNABÉ, Marcos Fagundes. A organização espacial do território e o projeto da cidade: o caso da Companhia de Terras Norte do Paraná. Dissertação de mestrado apresentada ao Departamento de Arquitetura e Planejamento da EESC/USP. São Carlos, CASTELLS, Manuel. A questão urbana. Paz e Terra. Rio de Janeiro, COMPANHIA MELHORAMENTOS NORTE DO PARANÁ. Colonização e desenvolvimento do Norte do Paraná. Publicação comemorativa do cinqüentenário da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná. Editora Ave Maria. São Paulo, FRESCA, Tânia Maria. Transformações da rede urbana do norte do Paraná. Tese de doutorado apresentada à FFLCH/USP. São Paulo, HOLANDA, Sergio Buarque de. O semeador e o ladrilhador. In: Raízes do Brasil. Companhia das Letras. São Pauo, HOWARD, Ebenezer. Cidades-Jardins de amanhã. Hucitec. São Paulo, 1996.

12 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Contagem da população, 1996 e Levantamento preliminar, FOLHA DE SÃO PAULO, Jornal. Caderno Especial Habitat. São Paulo, 26 de maio de KOPP,Anatole. Quando o moderno não era mais um estilo e sim uma causa. Nobel/Edusp. São Paulo, LEME, Maria Cristina da Silva (org.). Urbanismo no Brasil. Studio Nobel/FUPAM/FAU. São Paulo, LUZ, France. O fenômeno urbano numa zona pioneira: Maringá. Dissertação de mestrado apresentada à FFLCH/USP. São Paulo, MUMFORD, Lewis. A cidade na história: suas origens, transformações e perspectivas. Martins Fontes. São Paulo, REIS FILHO, Nestor Goulart. Contribuição ao estudo da evolução urbana do Brasil (1500/1720). Livraria Pioneira Editora. São Paulo, REIS FILHO, Nestor Goulart. Notas sobre Urbanismo no Brasil segunda parte: séculos XIX e XX. Cadernos de pesquisa do LAP 09 FAU/USP. São Paulo, ROSANELI, Alessandro Filla. A construção da cidade. Uma análise dos resultados da implantação de conjuntos habitacionais para o crescimento urbano nas cidades projetadas no norte do Paraná. Dissertação de mestrado apresentada à FAU/USP. São Paulo, SZMRECSÁNYI,Maria Irene. O modelo das cidades jardins no norte do Paraná. Publicação em razão do mestrado interinstitucional FAU/CTU-UEL, VERRI JR, Aníbal. A obra de José Augusto Bellucci em Maringá. Dissertação de mestrado apresentada à FAU/USP. São Paulo, VILLAÇA, Flávio. Uma contribuição para a história do planejamento urbano no Brasil. In: DÉAK, C; SCHIFFER, S. (org.). O processo de urbanização no Brasil. Edusp. São Paulo, [1] Jornal Folha de São Paulo. Caderno Especial Habitat, de 26 de maio de [2] ROSANELI, Alessandro Filla. A construção da cidade. Uma análise dos resultados da implantação de conjuntos habitacionais para o crescimento urbano nas cidades projetadas no norte do Paraná. Dissertação de mestrado apresentada à FAU/USP. São Paulo, p.10. [3] CASTELLS, Manuel. A questão Urbana. Paz e Terra. Rio de Janeiro, p.62. [4] IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Contagem da população, 1996 e Levantamento preliminar, 2000 [5] Esse ultimo período não faz parte das pesquisas realizadas pelo grupo da Profa Dra Maria Cristina da Silva Leme, mas é analisado e diagnosticado pelo Prof. Dr. Flávio Villaça em seu livro O processo de urbanização no Brasil. [6] LEME, Maria Cristina da Silva (org.). Urbanismo no Brasil. Studio Nobel/FUPAM/FAU. São Paulo, p.26. [7] Dentro do processo de ocupação do norte paranaense, o governo japonês também investiu de modo a incentivar os japoneses a se deslocarem para o Brasil, ampliando assim sua área agrícola. Em comparação com o investimento inglês, o empreendimento japonês se realiza

13 pontualmente (região atualmente da cidade de Assai), não caracterizando a região em sua totalidade. A análise deste trabalho se restringe a colonização inglesa no território nacional. [8] O termo modernização empregado nesse contexto visa demonstrar o pensamento político, econômico e social desse período onde a criação de cidades era entendida como ação atualizadora do país. Uma região ocupada significava uma região com cidades, ferrovias e cidadãos brasileiros, visto que índio não era gente e os menos afortunados não eram cidadãos politicamente ativos. [9] ROSANELI, Alessandro Filla. Op. Cit. p.16. [10] É necessário esclarecer que esta área não se encontrava vazia, havia índios, caboclos,etc., mas para o pensamento de ocupação do território nacional, está área não estava ocupada, isto é, economicamente incorporada.. [11] ROSANELI, Alessandro Filla. Op. Cit. p.17. [12] LUZ, France. O fenômeno urbano numa zona pioneira: Maringá. Dissertação de mestrado apresentada à FFLCH. São Paulo/USP, p [13] A cidade de Mileto, na Grécia do século V a C., obra de Hipódamo, foi a primeira cidade a ser projetada segundo um traçado regular e geométrico. Desta forma podemos concluir que este padrão geométrico já era dominado e largamente utilizado desde a antiguidade. [14] Segundo Anatole Kopp (Quando o moderno não era um estilo e sim uma causa, 1990), no inicio do século XX, e principalmente nos anos que se seguiram a Primeira Grande Guerra, constatou-se o aparecimento dos projetos sociais, culturais e políticos que moldaram a concretização dos idéias do Movimento Moderno. A classe artística acreditava que a arte, a arquitetura e a organização urbana deixaram de ser um reflexo da sociedade existente para se tornarem um dos instrumentos privilegiados de sua reconstrução [15] O termo larilhador foi atribuído por Sergio Buarque de Holanda em seu livro Raízes do Brasil para descrever o processo de colonização espanhola nas Américas em contrapartida a colonização portuguesa no mesmo território. Reflexão esta questionada por Nestor Goulart em sua análise do processo de urbanização do território brasileiro. Comparando com a colonização inglesa no norte paranaense, busco contrapor duas formas diferentes de abstração da cidade (período colonial português e década de ) no âmbito do domínio socioeconômico do território. [16] COMPANHIA MELHORAMENTOS NORTE DO PARANÁ.Colonização e desenvolvimento do Norte do Paraná. Publicação comemorativa do cinqüentenário da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná. Editora Ave Maria. São Paulo, p. 78. [17] Idem. p.133 [18] BARNABÉ, Marcos Fagundes. A organização espacial do território e o projeto da cidade: o caso da Companhia de Terras Norte do Paraná. Dissertação de mestrado apresentada ao Departamento de Arquitetura e Planejamento da EESC/USP. São Carlos, [19] SZMRECSÁNYI, Maria Irene. O modelo das cidades jardins no norte do Paraná. Publicação em razão do mestrado interinstitucional FAU/CTU-UEL, dez, p.181. [20] Idem. p [21] MUMFORD, Lewis. A cidade na história: suas origens, transformações e perspectivas. Martins Fontes. São Paulo, a ed. p [22] Quanto ao nome que foi dado à cidade que estava sendo planejada, derivou da canção de Joubert de Carvalho Maringá composta em 1931 e que retrata o drama das secas do nordeste e a história de uma imigrante, a cabloca Maringá (contração de Maria do Ingá). Como essa canção era muito popular na época em que se desbravara o Norte do Paraná, quando os diretores da CTNP reuniram-se para decidir sobre o nome que lhe seria dado, a Sra. Elizabeth Thomas, esposa de um dos diretores, Sr. Arthur Thomas, sugeriu que fosse dado esse nome à cidade. A sugestão foi imediatamente aceita e por essa razão Maringá foi cognominada posteriormente Cidade Canção. LUZ, France. Op. Cit. p.125. [23] VERRI JR., Aníbal. A obra de José Augusto Bellucci em Maringá. Dissertação de mestrado apresentada à FAU/USP. São Paulo, fev. de p [24] LUZ, France. Op. Cit. [25] Jorge de Macedo Vieira, nasceu na cidade de São Paulo. Em 17 de dezembro de 1917, colou grau na Escola Politécnica de São Paulo, onde

14 fez o curso de Engenharia Civil. Depois de formado foi contratado pela Companhia City (na época denominada The City of São Paulo Improvemente and Freehol Land Comp. Ltd.), onde estagiou desde o começo do ano de 1917, quando cursava o sexto ano da Politécnica, e lá trabalhou até 1920, retirando-se para montar escritório particular. Durante esse período, colaborou com os projetos e as construções dos bairros Jardim América, Alto da Lapa e Pacaembu. A permanência de cerca de três anos na Companhia City, orientou para a vida profissional futura. Empolgado pelo que fazia a City, muito embora não sendo propriamente um urbanista, resolveu dedicar-se à urbanização de glebas e terrenos. Foi assim que em São Paulo projetou e construiu os bairros de Vila Maria, Jardim Japão, Vila Formosa, Nova Manchester, Parque Edu Chaves, Parque da Mooca, Cidade Mão de Deus, Cidade Jardim, Rondonópolis e outras menores, entre eles o Jardim da Saúde, junto ao Bosque da Saúde. No Rio de Janeiro, projetou e construiu o Jardim Guanabara, situado na lha do Governador, em terrenos que vão do Zumby ao Galeão, ao longo da Praia da Bica. Em Campinas, dois Bairros: Nova Campinas, um bairro central e a Chácara da Barra, junto ao bairro do Cambuy. No município de Piracicaba, projetou e montou o projeto completo de urbanização da Estância de Águas de São Pedro, junto à cidade do mesmo nome, à margem direita do rio Araguá, afluente do rio Piracicaba. Além desses projetos de urbanização de glebas, fez a planta cadastral da cidade de Campinas, isso nos anos de Construiu alguns prédios residências em São Paulo, Rio de Janeiro e Santos. Projetou galerias de águas pluviais e dois canais de concreto com cerca de três quilômetros em Campinas através dos arruamentos de Nova Campinas e Chácara da Barra e outro com cerca de três quilômetros de extensão na Estância de Águas de São Pedro. Além disso, fez os projetos para a CMNP para as cidades de Maringá e Cianorte, norte do estado do Paraná e Pontal do Sul, no litoral do estado. O engenheiro projetou Maringá em 1945, com o levantamento topográfico fornecido pela CMNP, sem nunca ter ido à região. LUZ, France. Op.Cit. [26] Maringá apresenta 19 reservas florestais e parques, totalizando uma área verde de aproximadamente 156 hectares. Pelas ruas da cidade estão distribuídas regularmente árvores, sendo que a relação área verde/habitante é da ordem de m 2. Prefeitura Municipal de Maringá, [27] LUS, France. OP. Cit. cap. 2 Maringá: fase de implantação. [28] VERRI JR, Aníbal. Op. Cit. p.23. [29] Idem. p.23. [30] Maringá surge a 10 de maio de 1947 como distrito de Mandaguari. Em 1948, passa à categoria de vila e em 14 de fevereiro de 1951 torna-se município. A Comarca de 3 a Entrância, foi instalada no dia 9 de março de 1954 e o Bispado no dia 24 de março de COMPANHIA DE MELHORAMENTOS NORTE DO PARANÁ. Op. Cit. [31] VERRI JR, Aníbal. Op. Cit. p.25. [32] Idem. p. 25. [33] ANGELIS, Bruno Luiz de. A praça no contexto das cidades: ocaso de Maringá-PR. Tese de doutorado apresentada à FLCH-GE/USP. São Paulo, p.28. [34] Idem. p.32. [35] Ibidem. p.16. [36] Tema amplamente discutido em REIS FILHO,Nestor Goulart. Contribuição ao estudo da evolução urbana do Brasil. [37] REIS FILHO, Nestor Goulart. Notas sobre Urbanismo no Brasil segunda parte: séculos XIX e XX. Cadernos de pesquisa do LAP 09 FAU/UPS. São Paulo, 1995.p.7.

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