CONSULTORIA E ASSESSORIA: um espaço ocupacional para os assistentes sociais
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- Theodoro Anjos Carrilho
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1 Apresenta...
2 Realidade atual: transformação da educação em mercadoria Aumento geométrico de cursos de Serviço Social presenciais e a distância Quantidade versus qualidade Resultado: excesso de profissionais assistentes sociais no mercado, gerando concorrência predatória mais de 40 candidatos por vaga em concurso público Logo, torna-se necessário conseguir emprego a qualquer custo, perdendo-se a dimensão do trabalho, independente do emprego 2
3 Conseqüência: o que vai levar os assistentes sociais a não apropriação do Serviço Social como uma profissão liberal Deixando de ocupar espaços profissionais diversificados para que possam se constituir como trabalhadores autônomos Segundo Gaudin (2008), a era do emprego se encerra. Começa a era da prestação de serviços e dos trabalhadores. Já que o mundo do trabalho vem se modificando e uma nova estrutura está se instituindo implicando em um novo perfil profissional 3
4 Os profissionais pluriativos: aqueles profissionais que desenvolveram potencialidades, cujos conhecimentos abrangem as necessidades de um mundo real que está se transformando saindo de um mundo de produtividade sem limites e consumismo insustentável para era de prestação de serviços e terceirizações. O que isto tem a ver com os assistentes sociais? 4
5 Ora, para a ocupação de espaços de trabalho autônomo é necessário que os assistentes sociais se apropriem com competência do núcleo duro da profissão constituído pelos: Fundamentos do Serviço Social, do Método Dialético Materialista; da Questão Social, do Projeto Ético Político e da Metodologia da Prática Dialética Este núcleo duro garante a identidade profissional e conseqüentemente, dá condições ao assistente social se constituir no mundo do trabalho como um profissional pluriativo Porque 5
6 é a partir da Questão Social como objeto da profissão que se vai garantir trabalho aos assistentes sociais, independente de emprego. Portanto, a Questão Social apropriada como objeto, prepara os assistentes sociais ao grande desafio que vem se consolidando no século XXI, como afirma Gaudin (2008): a transformação atual do sistema técnico nos faz passar da civilização industrial para a civilização cognitiva. 6
7 Logo, se questiona: quais as ferramentas que os assistentes sociais podem utilizar para entrar com competência neste novo mundo do trabalho? A assessoria e a consultoria podem se constituir nestas ferramentas e, segundo Mattos, a assessoria/consultoria se constitui naquela ação que é desenvolvida por um profissional com conhecimentos na área, que toma a realidade como objeto de estudo e detêm uma intenção de alteração da realidade (2006, p.31-32) 7
8 Portanto, Assessor é aquele que assessora, ou como assistente, ou como adjunto ou como auxiliar ou ajudante, que vai implicar em uma ação continuada Consultor é aquele que dá conselhos ou pareceres sobre assunto de sua especialidade, que vai implicar em ações pontuais Logo, segundo Vasconcelos (1998), a assessoria é um processo que necessita de maior tempo devido a complexidade de assuntos a serem desenvolvidos. a consultoria é mais pontual, porque quem recebe a consultoria já tem, supostamente, algum acúmulo no assunto a ser tratado. 8
9 Portanto, é necessário para os assistentes sociais exercerem a consultoria e/ou a assessoria na área de Serviço Social ter propriedade do núcleo duro da profissão ter experiência como profissional já que as refrações da Questão Social que vão nortear a consultoria ou a assessoria podem ser aprofundadas a partir de sua execução 9
10 Portanto, uma profissão que proporciona a apropriação da totalidade no cotidiano das pessoas possibilita: a potencialização de seus profissionais para se tornarem pluriativos e capazes de realizarem o enfrentamento a essa nova dimensão do trabalho, sem perderem e negociarem sua humanidade e seu prazer em exercerem o que gostam e que escolheram como profissão. 10
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