A conservação da fauna e da flora silvestres no Brasil: a questão do tráfico ilegal de plantas e animais silvestres e o desenvolvimento sustentável

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1 Artigos A conservação da fauna e da flora silvestres no Brasil: a questão do tráfico ilegal de plantas e animais silvestres e o desenvolvimento sustentável Gabriela Garcia Batista Lima Pesquisadora do UniCEUB Brasília/DF, Membro do projeto de pesquisa Internacionalização dos Direitos. gblima@gmail.com. Resumo: A presente análise contextualiza a questão do tráfico ilegal no Brasil, enfatizando a gravidade da continuidade da atividade comercial ilegal da fauna e da flora para a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Sob essa forma, estruturada a composição brasileira voltada para a regulamentação deste comércio, delineando suas principais falhas na condução da atividade, bem como as possibilidades de alterações adequadas ao contexto brasileiro, a fim de que se efetive conservação ambiental no comércio da fauna e da flora silvestres. Palavras-chave: tráfico ilegal; comércio; fauna; flora; desenvolvimento sustentável Sumário: 1 Introdução: a conservação da fauna e da flora silvestre no contexto de sua utilização para o comércio 2 A biodiversidade, a fauna e a flora silvestres: o fundamento para a implementação de políticas voltada para o desenvolvimento sustentável Contextualização biológica: a fauna e a flora silvestres Contextualização econômica: a utilização comercial da fauna e da flora silvestres - 3. A regulamentação do comércio da fauna e flora silvestres no Brasil - 4 O tráfico ilegal da fauna e da flora silvestres no Brasil 5 Medidas tomadas pelo Brasil para tornar a proteção mais efetiva: avanços e limites - 6 Conclusão - Referências 1 Introdução: a conservação da fauna e da flora silvestre no contexto de sua utilização para o comércio O Brasil é o país de maior biodiversidade do mundo. O enfoque sócio-cultural e econômico delineado neste contexto remonta para a necessidade de implementação de políticas públicas mais eficazes no que tange ao plano da conservação e do desenvolvimento, pois questões como o desmatamento ilegal, destruição do habitat natural das espécies e o comércio ilegal da fauna e da flora permanecem com grande ênfase na realidade brasileira. A presente análise visa verificar a contextualização do tráfico ilegal de fauna e flora silvestres no Brasil, haja vista ser uma das principais causas da perda da biodiversidade como um todo. Sob o alicerce do desenvolvimento sustentável, demonstra-se que a conservação ambiental é dever e direito de todos, de forma que não basta apenas a atuação estatal, mas sim de toda a sociedade que, ao exigir o cumprimento da lei, como atos habituais de seus cidadãos, permitirá que esta conservação ocorra de fato. Nesse sentido, averiguar a efetividade dos principais instrumentos normativos no ordenamento jurídico brasileiro voltados para a regulamentação do comércio da fauna e da flora silvestres, consiste justamente no estudo do comportamento da sociedade, tanto no campo estatal, de exigência do cumprimento das normas, tanto nos hábitos do cidadão, em cumprir ou não a lei. 2 A biodiversidade, a fauna e a flora silvestres: o fundamento para a implementação de políticas voltada para o desenvolvimento sustentável O Brasil abriga 07 biomas, 49 ecorregiões já classificadas, e incalculáveis ecossistemas. É o país com a maior biodiversidade existente, reúne ao menos 70% das espécies vegetais e Rev. Jur., Brasília, v. 9, n. 86, p , ago./set.,

2 animais do planeta, e possui a flora mais rica do mundo, com até espécies de plantas superiores, já descritas; abrigando também, acima de espécies de peixes de água doce, 517 espécies de anfíbios, espécies de aves, 518 espécies de mamíferos, e pode ter até 10 milhões de insetos.1 Essa diversidade implica na intensa busca por animais e plantas exóticas para os mais diversos fins no Brasil. Desta forma, a necessidade de consolidação dos termos de proteção ambiental é relevante diante do quadro ecológico no que tange a manutenção da biodiversidade, e também em razão da exploração econômica desses recursos, que viabiliza a criação de empregos, possibilidade de uma atividade sustentável e assim, o desenvolvimento do país. É compreender a própria aplicação da noção do desenvolvimento sustentável, que evoluiu nas últimas décadas, caracterizando a questão de que o desenvolvimento de um país não consiste somente no crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB), mas abrange também um enfoque social e individual, de realização enquanto cidadão e ser humano, para melhorar sua qualidade de vida e a da sociedade. E, na questão da exploração de recursos ambientais, o desenvolvimento somente será efetivo se possibilitar a conservação ambiental, pois, além de propiciar qualidade de vida, permite também que se tenha uma manutenção daquela atividade econômica, na conservação de seu produto base. Sob este enfoque, analisaremos nesta primeira parte, a importância da conservação da biodiversidade, diante de sua contextualização ecológica e econômica, como alicerce do desenvolvimento sustentável, tendo como foco principal, o comércio da fauna e da flora silvestres. 2.1 Contextualização biológica: a fauna e a flora silvestres A fauna e a flora, assim como os demais recursos ambientais, exercem uma função no ecossistema, e são indispensáveis para o seu equilíbrio. É dizer que cada um dos elementos do ecossistema tem uma missão a cumprir para mantê-lo estruturado e em harmonia. Nesse sentido, se todas as espécies são insubstituíveis nesse complexo, a ausência de qualquer uma delas altera toda a dinâmica do sistema. A fauna consiste no conjunto de espécies animais de um determinado país ou região, tanto selvagens como domesticados. A fauna silvestre não quer dizer exclusivamente aquela a ser encontrada na selva, mas é a vida natural em liberdade, fora do cativeiro, e mesmo que em uma espécie já haja indivíduos domesticados, nem por isso os outros dessa espécie, que não o sejam, perderão o caráter de silvestre.2 De sua conceituação normativa, tem-se que a fauna silvestre brasileira comporta todos os animais pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, reproduzidos ou não em cativeiro, que tenham seu ciclo biológico ou parte dele ocorrendo naturalmente dentro dos limites do Território Brasileiro e suas águas jurisdicionais.3 A flora possui estreita ligação com a fauna, expressada nas relações ecossistêmicas, ao exemplo das relações alimentares. Nesse sentido, compõem a flora as florestas, as matas 1 INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS (Brasil). Ecossistemas. ecossistemas brasileiros: estudo de representatividade ecológica nos biomas brasileiros. Disponível em: [ Acesso em: 31 mar MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito ambiental brasileiro. 7. ed. São Paulo: Malheiros, p BRASIL. Portaria nº 118/97, de 15 de outubro de Dispõe sobre o funcionamento de criadouros de animais da fauna silvestre brasileira com fins econômicos e industriais., Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 nov Disponível em: [ Acesso em: 28 fev Rev. Jur., Brasília, v. 9, n. 86, p , ago./set.,

3 ciliares, os cerrados, manguezais e quaisquer formas de vegetação existentes.4 Ecossistema significa um complexo dinâmico de comunidades vegetais, animais e de microorganismos e o seu meio inorgânico que interagem como uma unidade funcional.5 Biodiversidade é a variabilidade dos organismos vivos e dos sistemas ecológicos dos quais eles são parte, ou seja, inclui todo o resultado da evolução da vida biológica no planeta, em seus diferentes níveis, desde espécies, seus habitats e ecossistemas, os complexos ecológicos dos quais fazem parte, até mesmo sua capacidade de reprodução.6 A diversidade da vida é essencial ao equilíbrio ambiental, e um ambiente ecologicamente equilibrado propicia condições para que o meio ambiente permaneça saudável, pois capacita os ecossistemas a melhor reagirem às alterações causadas por fatores naturais e sociais, pois, ecologicamente, quanto maior a simplificação de um ecossistema, maior a sua fragilidade.7 A diversidade oferece condições para que a própria humanidade adapte-se às mudanças em seus meios físico e social e disponha de recursos que atendam a suas novas demandas. Assim, uma alteração considerável na diversidade das espécies afeta a qualidade dos ecossistemas de sobreviver como, por exemplo, absorver poluição, manter a fertilidade do solo, purificar a água, ou seja, a sua capacidade de adaptação se torna mitigada, e isso afeta diretamente na vida do ser humano. Nesse panorama, destaca-se o ensinamento de Ignacy Sachs, enfatizando que o termo ambiente, ou meio ambiente para fins de estudo, de conservação e de proteção, abrange tanto o equilíbrio dos recursos naturais, quanto a conservação da qualidade do ambiente, que constitui elemento essencial ao nível de vida e condiciona as disponibilidades e a qualidade dos demais recursos naturais. 8 Buscar a conservação ambiental, neste sentido, não é apenas garantir condições de sobrevivência, mas propiciar um ambiente com qualidade, capacitado e fortalecido, habilitado para suportar as alterações, tanto naturais, quanto causadas pelo homem no seu sistema, além de possibilitar a continuidade de sua utilização como meio para o alcance do desenvolvimento da sociedade. Assim, tem-se que a preservação da biodiversidade existente é de extrema relevância para manutenção do equilíbrio ecológico, por sua qualidade de capacitação do meio ambiente, e conseqüentemente, preserva a biodiversidade, que por sua vez, mantém as condições de sobrevivência e de adaptação dos ecossistemas existentes na Terra, e do ser humano. Nesse sentido, possibilitar e implementar a utilização sustentável dos recursos naturais permite a possibilidade de continuidade de vida no planeta, para gerações presentes e futuras, tanto em aspectos de manter condições para a sobrevivência dos seres humanos, quanto para o seu desenvolvimento individual, social, econômico e mesmo cultural. 2.2 Contextualização econômica: a utilização comercial da fauna e da flora silvestres 4 MILARÉ, Edis. Direito do ambiente: doutrina, jurisprudência, glossário. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA. Disponível em: [ Acesso em: 31 mar ALBAGLI, Sarita. Amazônia: fronteira geopolítica da biodiversidade. Parcerias Estratégicas, Brasília, n.12, p. 6-19, set Disponível em: [ Acesso em: 29 mar Amazônia: fronteira geopolítica da biodiversidade. Parcerias Estratégicas, Brasília, n.12, p. 6-19, set Disponível em: [ Acesso em: 29 mar SACHS, Ignacy. Ecodesenvolvimento: crescer sem destruir. São Paulo: Vértice, p. 12. Rev. Jur., Brasília, v. 9, n. 86, p , ago./set.,

4 O uso de animais e plantas silvestres para os mais variados fins ultrapassa séculos. A preocupação com essa relação pode se orientar quando o homem começou utilizá-los como mercadorias, para fins comerciais e econômicos. Após o descobrimento do Brasil, por exemplo, mais ou menos peles de onças e 600 papagaios eram desembarcadas na Europa, para enfeitar vestidos e palácios. Quando esse comércio se mostrou bastante lucrativo, no final do século XIX, se sistematizou, e então se iniciou o extermínio de várias espécies brasileiras para atender ao mercado estrangeiro. 9 O comércio da flora e da fauna silvestre interfere na existência e função de várias espécies e inclui centenas de espécimes e espécies de animais e vegetais, para diversos fins que vão desde a obtenção doméstica de animais e plantas exóticas até a um vasto número de produtos derivados, como couro e regalias, alimentação, instrumentos de madeira e produtos medicinais. Após a perda do habitat, a retirada de espécies para subsistência e comércio, é a segunda maior ameaça à fauna e flora silvestres.10 Com base na taxa atual de destruição dos ambientes naturais, estimou-se que cerca de 0,25% de todas as espécies de organismos do planeta (ou seja, 5 a cada 200 espécies conhecidas) são extintas por ano. 11 Destaca-se que populações de várias espécies declinaram em uma média de 40%, entre 1970 e , de forma que o nível de exploração de alguns animais e plantas é tão alto, e o seu comércio, junto com outros fatores como a destruição do habitat, são capazes de prejudicar em níveis elevados na população da espécie, e mesmo levá-la a extinção. Nessa vertente, a relevância da conservação da fauna e da flora se dá em razão de, para muitas regiões, inclusive no Brasil, a utilização dos recursos naturais comporta a base para sua economia e a garantia de emprego para a sua população. Atividades como a extração de pérolas, de madeira, graxa de borracha, exportação de animais para estimação, pesquisas medicinais e alimentação, e seus produtos, como penas e peles, para a moda. O desafio para a continuidade do comércio de vida selvagem é gerar no seu complexo social e político, a conscientização de como e porquê se deve preservar e exercer a atividade de forma sustentável. É dizer que a atividade necessita de regulamentação, não apenas para proteger os recursos da fauna e da flora, mas também para conservá-los, e permitir a continuidade de sua exploração econômica. A utilização da fauna e da flora propicia uma melhor qualidade de vida, não somente por fazerem parte da manutenção do equilíbrio ecológico conforme já ressaltado, mas também por proporcionar avanços medicinais, pelo uso e estudo de plantas medicinais e mesmo de animais silvestres, além de criação de produtos derivados, como poções, cremes e remédios. Um exemplo da contribuição da atividade à melhoria da qualidade de vida em seus diversos aspectos, registra-se a utilização da quinina, que se extrai da casca da quina, árvore encontrada principalmente na América Central, que consiste em um dos principais antídotos 9 SILVA, Geraldo Eulálio do Nascimento e. Direito ambiental internacional. 2. ed. Rio de Janeiro: Thex, p REDE NACIONAL DE COMBATE AO TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES. 1º Relatório Nacional sobre o Tráfico de Animais Silvestres, p Disponível em: [ Acesso em: 27 mar INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS (Brasil). Orientações para a criação de novas unidades de conservação: projeto unidades de conservação. Brasília, abril de p Disponível em: [ Acesso em: 28 ago What is wildlife trade? When is wildlife trade a problem? Disponível em: [ Acesso em: 28 fev Rev. Jur., Brasília, v. 9, n. 86, p , ago./set.,

5 para malária conhecido a séculos.13 Assim, tem-se que propiciar o uso sustentável dos recursos da fauna e da flora é garantir tanto a conservação da biodiversidade e condições para o equilíbrio ecológico, quanto a possibilidade de continuidade de sua exploração econômica e o aumento da qualidade de vida da humanidade. Verificar a regulamentação de uma atividade cuja base é um recurso finito na natureza implica em conscientizar para a relevância da conservação para a continuidade da atividade, e para a melhoria da qualidade de vida, objetos do desenvolvimento. Comporta entender que o desenvolvimento sustentável não consiste tão somente na correspondência entre desenvolvimento e utilização dos recursos naturais, mas fazê-la de tal forma que se propicie melhoria na qualidade de vida em todos os seus aspectos. Amartya Sen descreve o desenvolvimento como um processo de expansão das liberdades reais que as pessoas desfrutam. Em uma visão antropocêntrica, aponta que a avaliação do progresso tem de ser feita verificando-se se houve aumento das liberdades das pessoas, e que a própria realização do desenvolvimento depende inteiramente da livre condição de agente das pessoas.14 Liberdade, na vertente de Amartya Sen, diz respeito aos processos de tomada de decisão e às oportunidades de obter resultados considerados valiosos.15 Nesse sentido, é garantir também os direitos humanos, constitucionalmente garantidos, direito à saúde, educação, à um ambiente ecologicamente equilibrado, oportunidades de crescimento no mercado, na sociedade, e individualmente também, o que acaba por acarretar em garantir os alicerces da dignidade da pessoa humana e da liberdade de escolha propriamente dita. Ainda no ensinamento de Sen, o desenvolvimento requer a renovação das principais fontes de privação da liberdade, que são a pobreza, a tirania, a carência de oportunidades econômicas, dentre outros16, de forma que, se a sustentabilidade da utilização de um recurso natural de determinada região for efetiva, a atividade pode continuar sem que seu produto base vá se extinguir, e novas oportunidades para aquela população surgirão. Desenvolvimento abrange tanto o crescimento econômico de um país, quanto, em uma lógica mais política e social, a expansão de liberdades, como o acesso à saúde, educação, trabalho e outras disposições enquanto cidadão na sociedade.17 É enfatizar a relevância da proteção das liberdades humanas contra qualquer tipo de privação e restrição. Nesse panorama, o desenvolvimento compreende um, processo de expansão das liberdades humanas, então considerado como o fim primordial e o principal meio para o seu alcance.18 Nessa vertente, importa para a implementação do desenvolvimento sustentável toda uma adaptação da atividade ao contexto do país, ou países nos quais se insere, ou atinge indiretamente. Consiste, pois, no próprio aproveitamento das qualidades e desenvolvimento das fraquezas locais, resultando na expansão econômica e política local, o que contribui, e inclusive integra, o desenvolvimento em termos nacionais, bem como internacional. É dizer que o esforço para o desenvolvimento define um modo sustentável na sua realização, que aposta na capacidade natural da região, valorizando os seus recursos específicos, para a satisfação das necessidades fundamentais da população em matéria de 13 THE WILDLIFE TRADE MONITORING NETWORK. Traffic South América. Disponível em: [ Acesso em: 28 fev SEN, Amartya Kumar. Desenvolvimento como liberdade. Tradução Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, p Ibid. p Ibid. p VARELLA, Marcelo Dias. Direito internacional econômico ambiental. Belo Horizonte: Del Rey, p SEN, Amartya Kumar. Desenvolvimento como liberdade. Tradução Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 52. Rev. Jur., Brasília, v. 9, n. 86, p , ago./set.,

6 alimentação, habitação, saúde e educação, emprego, segurança, qualidade nas relações humanas, pois, sendo o desenvolvimento voltado para a realização do homem, compreende parte de seu conceito, um resultado satisfatório. 19 Se tomar como foco a utilização da fauna e da flora silvestres, demonstra-se, nesse sentido, que a conservação destes recursos como parte das políticas organizadoras da sociedade, e como meta de atuação no mercado consiste justamente na ampliação das liberdades do homem, na medida em que, além de conservar o produto base de uma atividade, aumenta a qualidade ambiental e as condições de vida, e oportunidades de progresso. É a própria complementação entre direito ao desenvolvimento e direito a um ambiente ecologicamente equilibrado. Desta feita, tem-se que a conservação dos recursos ambientais emergiu diante das graves conseqüências da intervenção do homem no meio ambiente, e, atualmente, integra a própria conceituação do desenvolvimento. E o tráfico ilegal da fauna e flora silvestres, por sua falta de critérios que acarretam em uma devastação contínua, prejudica o equilíbrio ecológico, privando as liberdades humanas, tanto no aspecto ecológico, restringindo o direito a um ambiente ecologicamente equilibrado, a gerações presentes e futuras, quanto à restrição de oportunidades e de uma melhor qualidade de vida. Nesse sentido, por seu cunho não sustentável, o tráfico ilegal importa em uma atividade que impede o desenvolvimento, sob todos os seus aspectos, e deve ser barrado, por meio de políticas públicas eficientes, mas principalmente, pela conscientização da sociedade como um todo, por ser o alvo principal, e assim, o mais importante fiscalizador da atuação regular da atividade. 3 A regulamentação do comércio da fauna e flora silvestres no Brasil Em termos mundiais, as primeiras reações contra a extinção de certas espécies se registram na segunda metade do século XIX, motivadas por considerações comerciais, visto que punham em risco os interesses daqueles que dela dependiam. Foram verificadas, primeiramente, na área da pesca, na ameaça de extinção das baleias, cuja gordura, ossos e carne eram de muito valor comercial. 20 Outra demanda, ainda que em menor escala, consistiu na proteção do meio ambiente sem necessariamente estar vinculado a um fim econômico; nesse sentido, a campanha do World Wildlife Fund WWF em defesa do urso panda, foi uma das primeiras a alertar para catástrofe ecológica da extinção de animais caçados com fins de lucro ou por esporte. A panda chegou ao número de 100 no mundo inteiro, hoje somam mais de mil. 21 Contudo, tendo em vista a função política e econômica das atividades que utilizam os recursos naturais, responsáveis diretamente pela realização da extensão do desenvolvimento, não há que se vê com um sentido negativo os tratados que visam conservar os recursos para a garantia de um fim econômico; além disso, estarão por fim, protegendo a continuidade do recurso propriamente dito. Se assim não fosse, muitos recursos já estariam escassos, como muitos já foram diante da contínua exploração humana. No que tange ao Direito Internacional, destaca-se a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção, conhecida como CITES, que é um tratado que visa à proteção e conservação da fauna e da flora 19 SACHS, Ignacy. Ecodesenvolvimento: crescer sem destruir. São Paulo: Vértice, p SILVA, Geraldo Eulálio do Nascimento e. Direito ambiental internacional. 2. ed. Rio de Janeiro: Thex, p Ibid. p Rev. Jur., Brasília, v. 9, n. 86, p , ago./set.,

7 silvestres, por meio do monitoramento da atividade comercial de determinadas espécies, de forma a garantir que a atividade não ameace a sua sobrevivência ou a sua função ecológica. O campo de atuação da Convenção mencionada abrange tão somente aquelas espécies que são ou podem vir a serem demandadas pelo comércio internacional. Nos espécimes protegidos pela CITES, mais de 95% não estão em risco de extinção, podendo ser comercializados internacionalmente, submetidos a uma regulamentação e monitoramento, de modo que, o que a Convenção visa é evitar o uso incompatível do recurso com a espécie respectiva.22 Instrumento do Direito Internacional Ambiental, a CITES comporta uma série de disposições que exigem a colaboração entre os Estados para sua consolidação, e obriga tanto os países de importação, exportação, como os de reexportação, ou seja, abrange todos os sujeitos envolvidos no processo da comercialização; desde o produtor, ao intermediário até o receptor, criando um sistema de cooperação internacional para o seu funcionamento. A comercialização das espécies descritas na Convenção somente é possível com a devida regulamentação, autorizada após toda uma pesquisa de impacto na população da espécie, evitando que, pela comercialização haja a afetação no equilíbrio ecológico, seja pelo risco de extinção, ou pela restrição à função ecológica das espécies envolvidas. As definições que se têm na Convenção, de extração não prejudicial das espécies e de avaliação do impacto sob as populações, são fundamentais para o uso sustentável do recurso. 23 Assim, se permite identificar a CITES como instrumento do desenvolvimento sustentável da atividade de comércio internacional que envolve espécies da fauna e da flora silvestres, de forma que, monitora e implementa regras que visam conservar as espécies envolvidas, suas funções ecológicas, e ao mesmo tempo, busca expandir a atividade, permitindo o uso sustentável dos recursos. Com isso, as populações têm um instrumento, não somente que orienta como deve ser a atividade, mas que também a promove, permitindo o desenvolvimento social e econômico. É a própria implementação do desenvolvimento sustentável, pois compatibilizar meio ambiente e desenvolvimento, implica considerar os problemas ambientais como parte do processo de planejamento, de modo que a política ambiental se construa não como um obstáculo ao desenvolvimento, mas sim um de seus instrumentos.24 Atualmente, a CITES protege mais de espécies e espécimes.25 Registra-se que o comércio internacional monitorado pela Convenção nos anos de 1995 a 1999 abrangeu cerca de 1.5 milhões de pássaros vivos, répteis vivos, peles de crocodilo, peles de lagartos, peles de cobras, quase 300 toneladas de caviar, mais de pedaços de coral.26 A Convenção merece destaque, tendo em vista que monitora o comércio daquelas espécies mais visadas no comércio, e, portanto, a atividade representa um risco à manutenção da espécie envolvida, de sua função ecológica e da biodiversidade como um todo. Desse modo, 22 TEN popular misconceptions about CITES. CITES World: Official Newsletter of the Parties. n. 17, p , jul Disponível em: [ Acesso em: 28 fev VERCILLO, Ugo Eichler. A efetividade da CITES. Entrevista concedida à Gabriela Garcia Batista Lima, conforme Parecer PIC 94/06, do Comitê de Ética em Pesquisa - CEP/ UniCEUB, haja vista Memo 189/06 de 11 de dezembro de Brasília, 26 jan MILARÉ, Edis. Direito do ambiente: doutrina, jurisprudência, glossário. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p CONVENTION ON INTERNATIONAL TRADE OF ENDANGERED SPECIES. What is CITES? Disponível em: [ Acesso em: 15 nov THE WILDLIFE TRADE MONITORING NETWORK. What is the scale of wildlife trade? Disponível em: [ Acesso em: 21 fev Rev. Jur., Brasília, v. 9, n. 86, p , ago./set.,

8 para que a proteção ambiental interna seja efetiva e compatível com o mercado internacional, sua estrutura deve estar de acordo com a CITES. O Brasil aderiu a CITES em 1973, e foi formalmente inserida na legislação interna quando da sua ratificação, em 24 de junho de 1975, pelo Decreto Legislativo nº 54, promulgado pelo Decreto nº de 1975, entrando em vigor 90 dias após o ato. A Convenção entrou em vigor para o Brasil, em 04 de novembro de 1975, e posteriormente, foi alterada pelo Decreto Legislativo nº. 35, em 1985, e tal alteração promulgada pelo Decreto nº de 07 de março de O órgão Administrativo e Científico, no contexto brasileiro, designado para monitorar o comércio de fauna e flora silvestres e a CITES, é o IBAMA, que então atua pelas suas Diretorias, Coordenações e Unidades Especializadas, papel dividido atualmente, entre a Diretoria de Florestas e Diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros para espécies da flora e fauna - DIPAF, respectivamente. 27 A regulamentação do comércio da fauna e da flora é limitada à extensão técnica e de localização das Unidades Especializadas que, por vezes, ou não possuem todo o conhecimento científico, ou não chegam ao local pertinente para a investigação. Para esse comércio no contexto brasileiro, em suma, segue da necessidade da regulamentação e incentivo para a implementação de criadouros especializados no que se refere a fauna, e empresas regularizadas para a flora, haja vista restrições legais internas. Ademais, são instrumentos, as regulamentações sobre o modo de proceder da comercialização, educação ambiental, fiscalização e punição, além da regulamentação quanto ao destino dos recursos apreendidos. Destaca-se assim, a Portaria nº 102/98, que regulamenta os criadouros de animais da fauna silvestre exótica com fins econômicos e industriais; a Portaria de nº 118/97, que regulamenta os criadouros de animais da fauna silvestre brasileira, seus produtos e subprodutos, voltados para fins comerciais e industriais. A comercialização é regulamentada pela Portaria nº 117/97, que dispõe sobre a comercialização de animais vivos abatidos, partes e produtos da fauna brasileira provenientes de criadouros, com finalidade econômica e industrial e jardins zoológicos registrados junto ao IBAMA, e pela Portaria nº 93/98, que dispõe sobre o ato de importação e exportação de espécimes vivos, produtos e subprodutos da fauna silvestre e exótica brasileiras. Tem-se ainda, a Instrução Normativa nº. 02/01 de 2001, que dispõe sobre a obrigatoriedade na identificação individual de espécimes da fauna para fins de controle de criação e comércio, e a Portaria nº. 113/97. Para os recursos pesqueiros, destacam-se a Instrução Normativa nº. 56/2004, que estabelece normas para utilizar peixes ornamentais marinhos, e Instrução Normativa nº. 13/2005, que estabelece normas para a utilização de peixes ornamentais de águas continentais. Apontam que, ao se tratar de espécies CITES, deve corroborar com toda regulamentação da Convenção. Para a flora, existem a Portaria nº. 112/1985, que regulamenta a coleta, transporte, comercialização e industrialização de plantas ornamentais, medicinais, aromáticas ou tóxicas, a Portaria nº. 83/1996, que regulamenta a exportação de produtos e subprodutos oriundos da flora brasileira, e a Instrução Normativa nº. 03/ Para o infrator, constitui crime matar, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida, conforme a Lei nº 9.605/1998. A pena deverá corroborar também com a Lei nº 6.938/1981, sendo prevista também, sanção administrativa, conforme Decreto 27 INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS (Brasil). Plano de Ação GT-CITES. Brasília, p Rev. Jur., Brasília, v. 9, n. 86, p , ago./set.,

9 nº 3.179/1999. Aqui, se identifica a relevância da atuação do judiciário para a conscientização da população, pois, no momento da formulação da punição, possui a oportunidade de influenciar no comportamento social destes, podendo propiciar ao infrator, o máximo de esclarecimento da importância da não repetição daquele crime. 4 O tráfico ilegal da fauna e da flora silvestres no Brasil A utilização de recursos silvestres ainda é objeto do tráfico ilegal, que ocupa a terceira maior atividade ilegal no campo mundial, somente perdendo para o tráfico de drogas e o de armas, movimentando de 10 a 20 milhões de dólares por ano, sendo que o Brasil participa com cerca de 5% a 15% do total mundial.28 A existência do tráfico ilegal da fauna e da flora silvestre ainda é umas principais causas à perda da biodiversidade. Segundo o relatório, publicado em 2001 pela Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres - RENCTAS, apesar de regulamentado o comércio, o tráfico ilegal ainda retrata um dos principais problemas da atualidade. De modo que, ainda hoje é fácil de se encontrar animais, suas partes e produtos sendo comercializados sem qualquer legalidade ou cuidado com a espécie. 29 No Brasil, a questão do tráfico ilegal é preocupante, haja vista ser um dos países mais requisitados quando da procura por fauna e flora silvestres. Além disso, importante ressaltar que, a atitude da sociedade perante toda essa irregularidade, é a de impunidade, de forma que é comum a permanência de feiras, lojas irregulares e criadouros clandestinos, que tão somente encoraja o comércio ilegal. A legislação brasileira proíbe retirar um animal diretamente de seu habitat e comercializar. Assim, somente pode fazer parte do comércio quando vindo de cativeiro legalizado; contudo, em um país grande como é o Brasil, ainda não há um grau expressivo de incentivos à formalização de cativeiros em comparação à grande busca que se tem pela fauna exótica silvestre. 30 Ademais, a característica de o mercado não estar plenamente desenvolvido abrange desde a falta de incentivos suficientes por parte do Estado, para a criação de criadouros, conscientização da gravidade que isso opera, e para a impunidade que se tem diante de tal atividade. E isso somente agrava as condições de combate ao tráfico ilegal de fauna e flora silvestre. Dentre os principais tipos de tráfico estão a coleta de animais para colecionadores particulares e zoológicos, este talvez seja o mais cruel, pois prioriza as espécies mais ameaçadas; animais para fins científicos, que servem como base para pesquisa e produção de medicamentos; animais para pet shop, e produtos de fauna, como couro, peles, penas, garras, e etc, que são muito utilizados para fabricar adornos e artesanatos, cujas espécies envolvidas variam de acordo com os costumes e a moda.31 Uma das piores realidades que se enfrenta são as condições de tratamento dos animais. Apesar de existirem técnicas de manejo e transporte adequadas às espécies, os animais são 28 REDE NACIONAL DE COMBATE AO TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES. 1º Relatório Nacional sobre o Tráfico de Animais Silvestres, 2001, p Disponível em: [ Acesso em: 27 mar Ibid. Acesso em: 27 mar VERCILLO, Ugo Eichler. A efetividade da CITES. Entrevista concedida à Gabriela Garcia Batista Lima, conforme Parecer PIC 94/06, do Comitê de Ética em Pesquisa - CEP/ UniCEUB, haja vista Memo 189/06 de 11 de dezembro de Brasília, 26 jan REDE NACIONAL DE COMBATE AO TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES. 1º Relatório Nacional sobre o Tráfico de Animais Silvestres, 2001, p Disponível em: [ Acesso em: 27 mar Rev. Jur., Brasília, v. 9, n. 86, p , ago./set.,

10 confinados em pouco espaço, sem água e alimento, onde se estressam, se mutilam e se matam. Além da ingestão de bebidas alcoólicas, muitas vezes os animais são submetidos a práticas cruéis que visam a amortecer suas reações e fazê-los parecer mais mansos ao comprador e chamar menos atenção da fiscalização.32 Estima-se que dentre cada dez espécimes traficados, nove morrem antes de chegar ao seu destino.33 As aves são um dos animais mais encontrados no comércio ilegal, tanto o animal vivo, como mortos, para a retirada de suas penas, couros, ovos e outras partes. Outra grande demanda é a pele de répteis como crocodilos, cobras e lagartos, que são muito utilizadas para diversos artigos: sapatos, bolsas, roupas, malas, pulseiras de relógio, cintos e outros, sem falar da procura para animais de estimação exótica.34 Os peixes de aquário também são muito populares, inclusive nos Estados Unidos. Os americanos mantêm cerca de 340 a 500 milhões de peixes, cujo comércio movimenta pelo menos US$ 215 milhões por ano. É estimado que o mercado mundial para peixes de aquário movimente US$ 600 milhões; e ainda vem crescendo cerca de 10% a 15% anualmente.35 No âmbito da flora, o foco do tráfico ilegal está principalmente no mercado de madeira, realça a The Wildlife Trade Monitoring Network - TRAFFIC, organismo junto ao WWF, e ao The World Conservation Union - IUCN, criada principalmente para assistir na implementação da CITES, no Traffic Bulletin, boletim publicado em outubro de 2005, que a atividade legal de comercialização da madeira perde milhões de dólares em razão do contínuo e acentuado tráfico ilegal de madeiras.36 A título ilustrativo, na fronteira com o Peru, a fiscalização brasileira combateu a extração ilegal de mogno, espécie de madeira arrolada no anexo II da CITES, e de outras madeiras nobres; entre a Bolívia e o Mato Grosso do Sul, as equipes embargaram empresas envolvidas no contrabando de aroeira, árvore de corte proibido no Brasil, e na faixa de fronteira com o Mato Grosso, as operações se concentraram na atuação de empresas por extração ilegal de minérios e madeira. E juntamente com os crimes ambientais, destaca-se, também se confronta com os traficantes de drogas e armas e até mesmo de agrotóxicos e pneus, principalmente nas fronteiras com o Paraguai, Argentina e Uruguai. 37 O comércio ilegal está associado a problemas culturais, de educação, pobreza, falta de opções econômicas, pelo desejo de lucro fácil e rápido, e por status e satisfação pessoal de manter animais silvestres como de estimação. Envolve várias atividades fraudulentas, de forma que um tipo de fraude é detectado, outro já está emergindo, podendo, contudo, diferenciar duas principais categorias: o contrabando e o uso de documentos legais para cobrir coisas ilegais ou de documentos falsos. 38 No tráfico ilegal os contrabandistas agem em áreas de difícil patrulhamento, a exemplo de fronteiras em áreas montanhosas ou em florestas densas. O transporte se dá desde carros, roupas, malas, até containers, que são muito utilizados por não serem freqüentemente checados, devido ao grande movimento nos principais portos do país. O uso de documentos 32 Ibid. Acesso em: 27 mar BECHARA, Erika. A proteção da fauna sob a ótica constitucional. São Paulo: Juarez de Oliveira, p REDE NACIONAL DE COMBATE AO TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES. op. cit. Acesso em: 27 mar Ibid. Acesso em: 27 mar THE WILDLIFE TRADE MONITORING NETWORK. Traffic Bulletin, v. 20, n. 3, p , out Disponível em: [ Acesso em: 25 set MACEDO, Kézia. A última fronteira do crime ambiental. Revista Ibama, Brasília, ano 2, n. 2, p REDE NACIONAL DE COMBATE AO TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES. 1º Relatório Nacional sobre o Tráfico de Animais Silvestres, p Disponível em: [ Acesso em: 27 mar Rev. Jur., Brasília, v. 9, n. 86, p , ago./set.,

11 legais para encobrir produtos ilegais também é freqüente, assim como a transformação dos animais para parecerem outros, que não estariam arrolados na CITES, por exemplo.39 A dificuldade que se tem em conter o tráfico ilegal de recursos silvestres é alarmante. Entre os principais motivos do aumento dessa atividade ilegal se materializam também no fato de que o tráfico de drogas é cada vez mais arriscado, e o tráfico de fauna silvestre possui menor risco e quase igual lucro para o traficante, cuja atividade é facilitada também, diante da visão benigna do comércio ilegal da fauna e flora, enquanto crime, por parte da polícia, alfândegas e autoridades judiciais.40 Outro óbice consiste na dificuldade de uma correta identificação da fauna ou flora objeto do comércio internacional, de difícil ou quase impossível identificação para um funcionário aduaneiro, de forma que, para o traficante é fácil exportar uma arara ou um papagaio ameaçado de extinção com uma denominação de espécie cuja exportação é permitida.41 O tráfico ilegal reflete negativamente em termos sanitários, econômicos e ecológicos. Sanitários por que quando os animais são comercializados ilegalmente, não passam por qualquer controle sanitário, podendo transmitir doenças graves que vão desde a febre amarela, raiva até mesmo tuberculose e doenças desconhecidas. Na década de 70, por exemplo, um surto da bactéria Salmonella ocorreu nos EUA e foi relacionado com a manutenção de tartarugas como animais de estimação.42 Há conseqüências econômicas também, pois a atividade legalizada existente é prejudicada, até mesmo a conservação do recurso é afetada negativamente. O comércio ilegal cujos métodos não possuem quaisquer critérios regulamentados aptos para a preservação do animal, além da crueldade com que são tratados, contribui para a ameaça a sua extinção, pois a intensa pressão que se coloca nos animais é difícil de se suportar, pois, não se respeita sequer as suas condições de vida e de reprodução. Entendida a consciência de que são a fauna e a flora recursos indispensáveis e insubstituíveis para a composição equilibrada do meio ambiente, e a sua função em termos econômicos e sociais de desenvolvimento, buscando regulamentar o comércio internacional da fauna e da flora silvestres diante da inevitável e pertinente demanda do mercado, a efetividade da CITES corresponde a um instrumento de combate ao tráfico ilegal. A coibição do tráfico ilegal pela implementação da CITES se dá diante do pretexto de que a Convenção permite e implementa uma opção de continuidade da atividade, pelo uso sustentável do recurso. Regula e monitora o comércio internacional das espécies mais almejadas, buscando conservar as condições de sobrevivência e funcionalidade, por meio de estudos do impacto ambiental. Excelente exemplo se tem com a situação das orquídeas hoje: as orquídeas são plantas muito visadas pelo mundo todo, de forma que todas as espécies que existem no Brasil estão na CITES, e a legislação brasileira só permite a comercialização de orquídeas, quando forem reproduzidas artificialmente, ou seja, de laboratório, e por causa da legislação interna, 39 Ibid. Acesso em: 27 mar REDE NACIONAL DE COMBATE AO TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES. 1º Relatório Nacional sobre o Tráfico de Animais Silvestres, p Disponível em: [ Acesso em: 27 mar SILVA, Geraldo Eulálio do Nascimento e. Direito ambiental internacional. 2. ed. Rio de Janeiro: Thex, p REDE NACIONAL DE COMBATE AO TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES, op. cit. Acesso em: 27 mar Rev. Jur., Brasília, v. 9, n. 86, p , ago./set.,

12 por que a CITES permite o comércio de plantas silvestre, não entrou nenhuma em extinção.43 O resultado da implementação da regulamentação do comércio da fauna e da flora corrobora, portanto, dois aspectos principais que, inclusive, se complementam: a preservação das espécies e de sua função ecológica, permitindo a continuidade da capacitação dos ecossistemas e evitando, com isso o enfraquecimento desses, bem como o conseqüente desequilíbrio ecológico; e a continuidade da atividade, pela conservação de seu recurso base, contribuindo para o desenvolvimento sustentável, em seus aspectos sociais e econômicos. 5 Medidas tomadas pelo Brasil para tornar a proteção mais efetiva: avanços e limites Compreendida que, para o exercício da atividade de modo legalizado no Brasil, é preciso a regulamentação dos criadouros e das empresas especializadas, assim como o transporte e as condições de compra e venda devem ser compatíveis com a manutenção da saúde do animal, para o caso da fauna, são nesses campos que se verifica quais as principais ações brasileiras para combater o tráfico ilegal. No que se refere aos criadouros, para aquelas espécies não descritas na CITES, ou seja, não muito visadas internacionalmente; a lista dos criadouros comerciais devidamente registrados junto ao IBAMA consta um número bastante expressivo, mais de 120 por todo o Brasil 44. No entanto, para o mercado de importação e de exportação, campo de atuação da CITES, apesar da grande demanda, o número de exportadores e importadores registrados é muito pequeno. Constam na Lista de Exportadores registrados no IBAMA, cerca de 50 criadouros ativos 45, até 2003, quando foi feita sua última atualização, sendo que apenas 15 possuem os dados plenamente definidos. Constam na Lista de Importadores 46, também atualizada em 2003, cerca de 90 registros ativos junto ao IBAMA, sendo que desses, cerca de 50, somente, possuem os dados completos. Além de uma maior fiscalização da regulamentação da atividade, é necessário um maior incentivo para tornar o mercado mais expressivo no território brasileiro, com a presença de grandes importadores e exportadores especializados nas espécies e espécimes CITES. Pois, por serem as mais visadas internacionalmente, são, necessariamente o maior alvo do tráfico ilegal, se a atividade legalizada é, de alguma forma, dificultada, como por exemplo, a falta de incentivo para o mercado. Nesse aspecto, além da falta de incentivo, por parte do governo para a criação de criadouros legalizados, falta também uma atuação mais efetiva da educação ambiental, propiciando informações suficientes para modificar todo um comportamento social, de modo que as próprias passem a exigir a legalidade na atividade, conscientizadas da importância da conservação da biodiversidade. 43 MELLO, Claudia Maria Correia de. A efetividade da CITES. Entrevista concedida à Gabriela Garcia Batista Lima, conforme Parecer PIC 94/06, do Comitê de Ética em Pesquisa - CEP/ UniCEUB, haja vista Memo 189/06 de 11 de dezembro de Brasília, 26 jan INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS (Brasil). Lista dos criadouros para fins comerciais. Disponível em: [ Acesso em: 04 mar Id. Lista de exportadores ativos junto ao IBAMA. Disponível em: [ ]. Acesso em: 04 mar Id. Lista de importadores ativos junto ao IBAMA. Disponível em: [ Acesso em: 04 mar Rev. Jur., Brasília, v. 9, n. 86, p , ago./set.,

13 A falta de conscientização se verifica, principalmente pela facilidade que se tem de encontrar animais, suas partes e produtos sendo comercializados sem qualquer legalidade ou cuidado com a espécie, a exemplo de Feiras como a de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, onde já se registrou vários casos de comércio ilegal de fauna e flora. 47 Além disso, todo ano o IBAMA e polícias ambientais apreendem em torno de 70 mil animais silvestres em feiras, residências e estradas, sendo que a maioria são aves. 48 No Brasil, a questão do tráfico ilegal é preocupante, haja vista ser um dos países mais requisitados quando da procura por fauna e flora silvestres. Na esfera da educação ambiental, segundo o realizado pelo IBAMA, em 2007, com o Programa Nacional de Educação Ambiental PRONEA iniciado em 1994, houve inúmeras ações educativas realizadas com grupos sociais relacionados atividades de gestão ambiental, e desde então, se busca criar condições para a participação individual e coletiva nos processos decisórios sobre o acesso e uso dos recursos ambientais no Brasil. 49 Em que pese, a atitude é positiva e necessária em termos de buscar uma maior efetividade, contudo, se percebe ainda insuficiente, dado os aspectos até então verificados. No que se refere à comercialização, buscou-se fortalecer o sistema de registro das espécies e espécimes envolvidos, que é a própria garantia da legalidade do respectivo recurso. Nesse sentido, grande avanço se teve na coibição do tráfico ilegal, na alteração do sistema de registro de transporte de Produtos Florestais, na qual a Autorização de Transporte de Produtos Florestais ATPF foi substituída pelo Documento de Origem Florestal -DOF, que funciona integralmente eletrônico. Foi um golpe no crime organizado, que se especializara em falsificar e comprar as guias de papel do antigo sistema para o comércio ilegal de madeiras e de carvão vegetal, principalmente. 50 Assim que o DOF entrou em operação, o IBAMA detectou tentativas de fraude, como por exemplo, de empresas que tentaram falsificar declarações de estoque de madeira em quantidades superiores às verificadas no pátio das madeireiras, e a descoberta do delito se deu cinco dias após a vigência do DOF, comprovando a eficiência do sistema. 51 O IBAMA, em 2004, criou o Grupo de Trabalho CITES GT-CITES, formalmente constituído pela Portaria nº 22 de abril de 2005, com o objetivo de fortalecer e adaptar toda a composição interna brasileira, desde uma maior integração interna, capacitação dos agentes, até a viabilização da descentralização do sistema de licenciamento da CITES para outras unidades do IBAMA, então estrategicamente montadas nos lugares com maior demanda pela fauna e flora pertinentes, pois atualmente, a emissão de licenças ocorre somente em Brasília, o que enseja morosidade ao procedimento. 52 Com o GT-CITES, o IBAMA identificou as principais falhas no modelo de aplicação da CITES, e está, gradualmente modificando o modo pelos quais os métodos vêem sendo aplicados. Verifica-se, nesse sentido, a própria consolidação da busca pela real 47 REDE NACIONAL DE COMBATE AO TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES. 1º Relatório Nacional sobre o Tráfico de Animais Silvestres, p Disponível em: [ Acesso em: 27 mar MOTTA, Luiz da. CETAS: expansão da rede de triagem de animais silvestres. Revista Ibama, Brasília, ano 2, n. 2. p INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS (Brasil). Relatório de Atividades da Coordenação Geral de Educação Ambiental: Cgeam/Disam: 2003/2006. Disponível em: [ Acesso em: 21 maio AMADOR, Rubens; SATO, Sandra; MOTTA, Luiz da. DOF: O big brother do transporte florestal. Revista Ibama, Brasília, ano 2, n. 2, p Ibid. p INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS (Brasil). Plano de Ação GT-CITES. Brasília, p.10. Rev. Jur., Brasília, v. 9, n. 86, p , ago./set.,

14 implementação do desenvolvimento sustentável no âmbito do comércio da fauna e da flora silvestres. No que tange à fiscalização importante ressaltar a intensificação das ações da polícia federal, com a colaboração do Ministério do Meio Ambiente, IBAMA e entidades dos países das principais fronteiras, na coibição do tráfico ilegal. No contexto da flora, 292 toras de cedro e mogno, além de 957 pranchas dessas espécies, foram apreendidos em 2006 só nessas operações. Nesse aspecto, as fronteiras são os principais focos para o tráfico ilegal. 53 Outro elemento é a expansão da quantidade de Centros de Triagens de Animais silvestres, que são estadia dos animais vivos apreendidos. Atualmente, são 42 CETAS espalhados pelas cinco regiões brasileiras, e o IBAMA vem articulando um trabalho, visando triplicar o seu número, com o Projeto CETAS Brasil, que pretende construir 117 novas unidades, estrategicamente distribuídas por onde há o maior número de apreensões. 54 Na esfera da punição dos infratores, há de se ressaltar que as disposições existentes, não parecem estar adequadas com a gravidade de sua infração, pois há uma interferência agressiva nas condições funcionais do ambiente, enquanto mantedor da biodiversidade e do equilíbrio ecológico. Isso implica, necessariamente, na não efetividade da CITES, em termos de se evitar que a conduta venha a ocorrer novamente. De acordo com a Lei nº /1998, a pena para os crimes contra a fauna e contra a flora, variam conforme o potencial ofensivo da ação danosa. Por exemplo, para a fauna, matar, apanhar, vender, exportar ou adquirir de forma ilegal, a pena é de detenção de seis meses a um ano e multa; aumentada de metade, quando tratar de espécie ameaçada de extinção, conforme 4º do art. 29. Exportar peles e couros de anfíbios e répteis em bruto sem autorização competente, incorre em reclusão de um a três anos e multa, segundo art. 30. Segundo o art. 32, abuso e maus tratos aos animais, a pena é de detenção de três meses a um ano e multa, sendo aumentada de um sexto a um terço se ocorre a morte. Cumpre perceber que a prática de maus tratos aos animais é uma das principais colaboradoras para a extinção das espécies, e conseqüente afetação na biodiversidade mundial e, contudo, a pena consiste somente na detenção de três meses a um ano, não demonstrando o reconhecimento esperado pelo Estado, da tamanha gravidade da conduta. No âmbito da flora não parece ser diferente, por exemplo, descreve o art. 39 que danificar floresta de preservação permanente, a pena é de detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente, causar dano às Unidades de Conservação concorre para reclusão de um a cinco anos, e se afetar espécies ameaçadas de extinção, se considera circunstância agravante; e se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. Por vezes, a legislação penal ambiental parece suficiente, por vezes não, e na maioria dos casos, a aplicação da pena segue a Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, Lei nº /1995, no âmbito da Justiça Estadual, e dependendo das circunstâncias do crime, aplica-se a Lei dos Juizados Criminais Federais, de nº /2001, obedecida às alterações da Lei nº / De um modo geral, a crítica que se manifesta é que, ao invés de incidir as penas privativas de liberdade, mais adequadas à punição de um crime ambiental, se aplicam as penas alternativas e restritivas de direito instituídas pelos referidos diplomas processuais, que não parecem estar adequadas à conscientização da realidade da gravidade do dano ambiental, 53 MACEDO, Kézia. A última fronteira do crime ambiental. Revista Ibama, Brasília, ano 2, n. 2, p MOTTA, Luiz da. CETAS: Expansão da rede de triagem de animais silvestres. Revista Ibama, Brasília, ano 2, n. 2, p. 39. Rev. Jur., Brasília, v. 9, n. 86, p , ago./set.,

15 isto quando não ocorre a suspensão do processo, nos termos do artigo 89 da Lei 9.099/1995, quando a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano. Importante ressaltar que a reestruturação do sistema interno é demasiadamente importante para propiciar a conservação ambiental e suportara demanda do mercado internacional. Ou seja, a abrangência legislativa e a existência de instrumentos específicos para realização da norma, capacitam a estrutura interna de proteção, aprimorando a conservação ambiental. Conclusão A estrutura brasileira ainda é insuficiente no que se refere à efetiva proteção da fauna e da flora no campo comercial. É necessário um maior incentivo na regulamentação de toda a atividade, propiciando uma maior segurança jurídica e ambiental na emissão da licença, e na efetiva atuação da fiscalização, na identificação dos produtos nos portos e aeroportos do país. Contudo, haja vista a atuação do IBAMA, na implementação do GT-CITES, bem como na expansão dos CETAS, e na atuação da polícia federal, identificando cada vez mais os mecanismos utilizados pelos traficantes, se percebe toda uma integração e movimentação fundamentada na conscientização da relevância da conservação da biodiversidade. Todavia, outras mudanças ainda se fazem necessárias, conforme já ressaltadas, como o incentivo à implementação de criadouros, para que se tenha no contexto brasileiro um mercado expressivo e capaz de comportar toda a demanda que impõe o campo internacional para a manutenção da atividade pela CITES, bem como uma conscientização mais efetiva por parte da sociedade, e uma revisão da legislação pertinente à punição dos infratores para uma maior sensibilidade na identificação da gravidade que consiste uma conduta contra o meio ambiente. Em que pese, ainda que se tenha toda uma previsão legal e atuação do Estado, regulamentando todo o procedimento interno até a comercialização internacional propriamente dita, é importante que a sociedade se conscientize da necessidade da conservação ambiental, e da relevância da conduta de cada indivíduo para a efetivação dessa proteção em todas as etapas da atividade. Nesse sentido, conscientes da necessidade da conservação ambiental, se haveria uma maior coibição por parte da sociedade do tráfico ilegal, pois sequer admitiriam feiras e criadouros ilegais, ou comprariam produtos de origens duvidosas. Dessa forma, se percebe a importância da conscientização e mobilização da sociedade, pois do contrário, de nada adianta todo um incentivo e atuação por parte do governo, se a coletividade não cumpre e não exige a atividade legalizada e adequada com a conservação ambiental pertinente. Abstract: The present analysis describes the situation of the illegal traffic in Brazil, emphasizing the gravity of the continuity of the illegal comercial activity of the fauna and the flora, for the ambient conservation and the sustainable development. Under this form, structuralized the Brazilian composition directed toward the regulation of this commerce, the study delineated its main imperfections in the conduction of the activity, as well as the possibilities of adequate alterations to the Brazilian context, for the accomplishement of the ambient conservation in the commerce of the wild fauna and the flora. Keywords: illegal traffic; commerce; fauna; flora; sustainable development Rev. Jur., Brasília, v. 9, n. 86, p , ago./set.,

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