CORRELACIONANDO O BETA DO MODELO CAPM - CAPITAL ASSET PRICING MODEL COM AS VARIÁVEIS DO MODELO FLEURIET: UMA ANÁLISE DA SIDERÚRGICA BELGO MINEIRA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CORRELACIONANDO O BETA DO MODELO CAPM - CAPITAL ASSET PRICING MODEL COM AS VARIÁVEIS DO MODELO FLEURIET: UMA ANÁLISE DA SIDERÚRGICA BELGO MINEIRA"

Transcrição

1 CORRELACIONANDO O BETA DO MODELO CAPM - CAPITAL ASSET PRICING MODEL COM AS VARIÁVEIS DO MODELO FLEURIET: UMA ANÁLISE DA SIDERÚRGICA BELGO MINEIRA Douglas Cardoso NUFI/CEPEAD/UFMG, FACIG - FACULDADE DE CIÊNCIAS GERENCIAIS DE JOÃO MONLEVADE douglas@robynet.com.br / douglasc@face.ufmg.br Hudson Fernandes Amaral NUFI/CEPEAD/UFMG hfamaral@face.ufmg.br ABSTRACT: The analysis of an organization by the classic approach, using data from the accounting reports, its known as an static analysis, because its do not consider the changes that happened during the life of the business. The Fleuriet model (dynamic model), after the reclassification of some accounts of the balance sheet can predict important tendencies, that can not be detected by using the classic approach. A comparison between the results of the dynamic analysis of the net working capital, and the risk factor of the company in relation of the market, measured by the beta of the CAPM Capital Asset Pricing Model, is the purpose of this paper. The beta is an important measure of an organization risk, showing his volatility in relation of the market. By using the CDG variable of the dynamic model, the correlation found between these two variables sign for a tendency that associate the risk factor of the organization with their net working capital. RESUMO: A análise de empresas usando a abordagem clássica, com dados das demonstrações contábeis das empresas, é considerada uma análise estática, não contemplando as variações no decorrer da existência da mesma. O modelo Fleuriet (modelo dinâmico), a partir da reclassificação de algumas contas do balanço consegue predizer tendências preocupantes, que podem não ser detectadas através da abordagem tradicional. Uma comparação entre os resultados da análise dinâmica do capital de giro, e do grau de risco desta em relação ao mercado, através do beta do modelo CAPM Capital Asset Pricing Model, é o objetivo deste artigo. O beta é uma medida importante do grau de risco da empresa, mostrando sua volatilidade em relação ao mercado. Com o uso da variável CDG do modelo dinâmico, a correlação encontrada entre estas duas medidas aponta uma tendência que associa o grau de risco da empresa em relação ao mercado com o seu capital de giro. KEYWORDS: Beta, CAPM, dynamic analysis, Fleuriet model. 1. Introdução A análise de empresas a partir da abordagem clássica, que faz uso de indicadores calculados a partir de dados das demonstrações contábeis das empresas (Em especial aqueles presentes no Balanço Patrimonial e na Demonstração de Resultados do Exercício DRE), é considerada uma análise estática, pois não contempla as variações no decorrer da existência da empresa. Apesar da análise horizontal indicar certas tendências, esta abordagem tradicional deixa a desejar quando se almeja descobrir o futuro econômico-financeiro da empresa a partir dos dados disponíveis. O modelo Fleuriet, também conhecido como modelo dinâmico, a partir da reclassificação de algumas contas do balanço, consegue predizer tendências preocupantes, que podem não ser detectadas através da abordagem tradicional. CARDOSO e AMARAL (2000) propõem o uso do modelo dinâmico, enriquecido de uma sistemática para cálculo dos índices setoriais, na análise empresas em virtude tanto de seu desempenho individual, quanto comparando-a com a tendência setorial, de modo a situar melhor a empresa em relação a seus concorrentes.

2 Este trabalho tem por objetivo analisar a existência de uma correlação entre as variáveis do modelo Fleuriet e o Beta do modelo CAPM. A partir da elaboração destas variáveis para a Companhia Siderúrgica Belgo Mineira, bem como do cálculo do Beta da mesma, em relação ao mercado índice da Bovespa, calculou-se a correlação existente entre as mesmas, de modo a validar as variáveis do modelo Fleuriet como uma alternativa para o cálculo do beta do modelo CAPM, quando da análise de empresas do setor siderúrgico brasileiro. Foram utilizados dados contábeis da empresa (balanços não consolidados) obtidos a partir da base de dados Economática 1, abrangendo todo os período onde os dados estavam disponíveis de 1986 a A partir daí, estes dados foram trabalhados, de modo a se determinar a correlação entre os mesmos, sendo posteriormente realizada uma análise dos resultados auferidos. 2. Revisão da literatura 2.1 Análise dinâmica do capital de giro através do modelo Fleuriet 2 A análise tradicional de balanços trás importantes contribuições acerca do passado econômico e financeiro de uma empresa, mas esbarra num problema fundamental: representa o que já passou, e não a realidade atual da empresa. A necessidade de um modelo que avalie os resultados passados de uma empresa, e, a partir daí, forneça subsídios para que se determinada com mais precisão as tendências futuras, resultou na criação do modelo dinâmico, também conhecido como modelo Fleuriet, em homenagem ao seu criador. A partir dos ciclos presentes no balanço patrimonial de uma empresa, tanto o financeiro quanto o econômico, Fleuriet reclassificou as contas do balanço, de acordo com a velocidade com que as mesmas se movimentam. Como resultado, têm-se, numa análise de curto prazo, aquelas contas que apresentam um movimento contínuo ou cíclico, as que podem ser consideradas como permanentes e não cíclicas, e, por último, as que apresentam movimento descontínuo e errático. Deste modo, de acordo com sua movimentação, as contas do ativo e do passivo são classificadas da maneira indicada na FIG. 1. É importante observar que a conta de duplicatas descontadas, eu normalmente é uma conta retificadora de clientes, presente no ativo circulante, é reclassificada para o passivo circulante, já que se torna uma fonte de recursos para a empresa. Uma vez efetuadas as reclassificações necessárias, o modelo proposto por Fleuriet calcula a necessidade de capital de giro da empresa NCG, obtida a partir da diferença entre o ativo cíclico e o passivo cíclico. Esta necessidade de capital de giro decorre da diferença entre o valor das contas cíclicas do ativo e das contas cíclicas do passivo. Caso a mesma seja positiva, significa que a empresa precisa de recursos financeiros para fazer operar o seu negócio num montante superior ao proporcionado pelo passivo cíclico, o que acontece quando as saídas de caixa ocorrerem antes das entradas de caixa ciclo financeiro da empresa. Esta diferença de prazos cria uma necessidade de aplicação permanente de fundos para que a empresa consiga continuar operando o seu negócio. Como as contas cíclicas são aquelas ligadas às operações da empresa, o saldo final entre estas contas representa a necessidade de capital de giro. Outra variável importante do modelo Fleuriet é o capital de giro CDG. De modo geral, os fundos permanentes da empresa são utilizados para financiar as aplicações permanentes, ou seja, o patrimônio líquido e certas contas do exigível a longo prazo vão financiar o ativo permanente da empresa. Estas contas são chamadas de contas não cíclicas. A diferença entre as mesmas, ou melhor, o que sobra das contas do passivo cíclico após financiar o ativo cíclico, representa o capital de giro da empresa. FLEURIET (1978:17) salienta que o conceito de capital de giro é a mesma da definição clássica de capital de giro líquido, apesar das diferentes formas de calculá-lo. Enquanto no sentido clássico, o CDG é igual à diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante, no modelo dinâmico, este é calculado pela diferença entre o passivo permanente e o ativo permanente, que chega ao mesmo resultado. Se o CDG for negativo, isto significa que a empresa financia parte de seu ativo permanente com recursos de curto prazo. Se a necessidade de capital de giro NCG da empresa também for negativa, a empresa pode se desenvolver mesmo assim.

3 ATIVO PASSIVO ATIVO CIRCULANTE CONTAS ERRÁTICAS CONTAS CÍCLICAS CIRCULANTE Disponibilidades Numerário em caixa Bancos conta movimento Títulos e valores imobiliários Aplicações financeiras Duplicatas a receber Estoques de produtos acabados Estoques de produtos em processo Estoques de matérias-primas Outras contas operacionais CIRCULANTE Duplicatas descontadas Empréstimos bancários a CP Saques cambiais descontados Títulos a pagar CP Dividendos a pagar CP Debêntures CP Fornecedores de matérias-primas Impostos a pagar Salários e encargos a pagar Outros adiantamentos Outros passivos circulantes CONTAS ERRÁTICAS CONTAS CÍCLICAS PASSIVO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ATIVO NÃO CIRCULANTE CONTAS NÃO CÍCLICAS Empréstimos a LP de terceiros Títulos a receber de LP Aplicações financeiras de LP PERMANENTE Investimentos Imobilizado Empréstimo bancários a LP Financiamentos a LP PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Reservas CONTAS NÃO CÍCLICAS PASSIVO NÃO CIRCULANTE Diferido Lucros acunulados FIGURA 1 Classificação do balanço patrimonial pelo modelo Fleuriet FONTE Elaborada pelo autor Por último, o modelo trata do saldo de tesouraria T, que é a diferença entre o CDG e a NCG. Um T positivo significa que a empresa tem uma necessidade de capital de giro abaixo do capital de giro disponível. Se o contrário ocorre, isto é, um T negativo, significa que a empresa financia parte de sua necessidade de capital de giro com fundos de curto prazo. De maneira geral, o modelo se baseia na análise do capital de giro da empresa, sendo tratado por alguns autores justamente por este nome. Do mesmo modo, algumas contas nas quais o balanço é reclassificado sofrem alterações de nome, de acordo com o autor. MATARAZZO (1998), por exemplo, trata as contas cíclicas como contas circulantes operacionais. Quanto às três variáveis do modelo, MARQUES & BRAGA (1995) chamam a NCG de IOG Investimento Operacional em Giro, e o CDG de CCL Capital Circulante Líquido. No entanto, apesar destas e de algumas outras diferentes nomenclaturas acercas das contas e das variáveis, o modelo utilizado é o mesmo. 2.2 O CAPM Capital Asset Pricing Model O CAPM, comumente chamado, aqui no Brasil, de modelo de formação de preços de ativos de capital, é uma teoria cujo desenvolvimento básico é atribuído a SHARPE (1964), LINTNER (1965) e MOSSIN (1966). O CAPM parte do princípio que o risco de um título pode ser desmembrado em dois tipos de risco: risco diversificável e risco não diversificável. O risco diversificável é aquele específico da empresa que se está analisando, sendo causado por fatores randômicos, e que pode ser eliminado (ou pelo menos minimizado) pela diversificação das ações que compõem um portfólio. O risco não diversificável, por sua vez, é comum a todas as empresas inseridas naquele mercado, não podendo, portanto, ser eliminado através da diversificação. O CAPM baseia-se no princípio de que o retorno esperado de um ativo estará relacionado a uma medida de risco deste ativo conhecida como beta (β) (SHARPE et alii, 1999:227). O que o CAPM faz é associar o risco não diversificável e o retorno de todos os ativos. Para medir este risco

4 não diversificável, o modelo faz uso do chamado coeficiente beta. Como diz GITMAN (1997:222), o beta é um índice do grau de movimento do retorno de um ativo em resposta à mudança no retorno de mercado. O retorno de mercado é obtido através do retorno médio ponderado de todos os títulos negociados naquele mercado. No caso do Brasil, seria o retorno de uma carteira de ações que fosse composta por todos os títulos negociados na Bolsa de Valores de São Paulo Bovespa. É desnecessário entrar em detalhes acerca do desdobramento da fórmula para cálculo do beta, mas esta calcula justamente a relação entre o retorno de um ativo e o retorno de mercado, sendo obtido através da fórmula: β j = Cov (k j,k m ), onde: (1) σ 2 m β j = coeficiente beta Cov (k j,k m ) = covariância entre o retorno do ativo j, K j, e o retorno da carteira do mercado k m σ m 2 = variância do retorno sobre a carteira do mercado Os valores dos betas também dependem do intervalo de tempo usado para os cálculos dos retornos e do número de retornos usados na análise de regressão. Deste modo, um beta calculado através do uso de retornos mensais será diferente daquele calculado através do uso de retornos semanais, ou diários, por exemplo. A interpretação do beta é de que, caso o ativo em estudo tenha um beta igual a 2, seu risco será duas vezes maior que aquele do mercado. Um variação de 2% no retorno do mercado, por exemplo, causará uma variação de 4% na do ativo em estudo, tanto para cima (+2% causa +4%) quanto para baixo (-2% causa 4%). Um coeficiente beta igual a um representa um ativo com risco igual ao do mercado. A partir do coeficiente beta, o CAPM consegue medir o retorno exigido sobre o mesmo, através da seguinte equação: k j = R F + [β j x (k m R F )], onde: (2) k j = retorno exigido sobre o ativo j R F = taxa de retorno livre de risco, medida, geralmente, pelo retorno de um título público. β j = coeficiente beta (ou índice de risco não-diversificável para o ativo j k m = retorno de mercado (retorno sobre a carteira de ativos de mercado) GITMAN (1997:227) alerta sobre o fato do beta de uma empresa poder... mudar ao longo do tempo, como resultado das mudanças no mix de ativos da empresa, no seu mix financeiro, ou em fatores externos que fujam do controle da administração.... O beta constitui-se, portanto, numa maneira de se medir o risco não-diversificável de um ativo, servindo para diferenciar o grau de risco de diferentes empresas. 2.3 O ambiente no qual as empresas atuam As empresas operam em um ambiente extremamente complexo, que pode ser dividido em três partes (NARAYANAN & FAHEY, 1999: ): aquele mais próximo à empresa, na qual a mesma tanto pode exercer influência quanto ser influenciada pelo mesmo, um ambiente um pouco mais externo, ainda com influências bilaterais, e aquele ambiente mais externo, sob o qual a empresa está quase que totalmente à mercê, não tendo condições de influenciá-lo, mas sendo fortemente influenciada pelo mesmo. Ao primeiro ambiente, mais interno, mais próximo à organização, dá-se o nome de ambiente de tarefa ou ambiente operacional, pois é aquele na qual a empresa efetua suas operações diárias. Este ambiente engloba os clientes e fornecedores da empresa, a comunidade na qual a empresa atua, entidades regulamentadoras, e os concorrentes da mesma. Uma característica peculiar deste ambiente é que ele é único de cada empresa, mesmo entre concorrentes. Na realidade, cada empresa tem seu ambiente de tarefa único, e o risco diversificável pode ser entendido justamente como uma forma de medir o grau de risco deste ambiente para o investidor.

5 Em seguida a este ambiente operacional, existe o chamado ambiente setorial, o qual é regido por forças que moldam a estratégia da empresa naquele setor no qual ela atua, das quais fazem parte o poder de barganha tanto dos clientes quanto dos fornecedores, a ameaça de novos entrantes no mercado, a ameaça de bens ou serviços substitutos, e o próprio nível de competição entre os concorrentes existentes naquele mercado. Estes aspectos foram muito bem explorados por PORTER (1979). A criação de indicadores setoriais, ou betas setoriais, representaria bem o grau de risco deste tipo de ambiente. O ambiente setorial é único para as empresas que atuam no mesmo ramo. Por exemplo, as empresas siderúrgicas brasileiras, apesar de possuírem, cada uma, um ambiente operacional específico, estão inseridas no mesmo ambiente setorial. Em relação ao terceiro e último ambiente, este é chamado de ambiente geral, pois engloba todas as empresas daquele mercado, inclusive aquelas de diferentes setores de atuação. É composto por um conjunto de variáveis, dentre as quais estão as variáveis econômicas, demográficas, políticas, sociais, legais e tecnológicas. Este ambiente, ao contrário do primeiro, é comum a todas as empresas, independente de seu setor de atuação, podendo ser interpretado pelo risco não diversificável, ou risco de mercado. Continuando nesta analogia, o beta do modelo CAPM seria uma relação entre o grau de risco do ambiente de tarefa de uma empresa e o grau de risco do mercado. O primeiro é específico daquela organização, enquanto o segundo representa todo o ambiente mais externo à mesma, onde estão inseridas todas as empresas. O risco setorial não é contemplado pelo beta comumente usado no modelo CAPM. Seria necessário a criação de uma metodologia para elaboração de betas setoriais para contemplar este ambiente. 3. A empresa Belgo Mineira O grupo Belgo Mineira é formado, em seu setor de siderurgia, por cinco usinas, situadas em MG, SP e ES. Esta formação atual foi resultado da aquisição da ex-cofavi, em Cariacica (ES), da antiga Dedini, em Piracicaba (SP), e pelo arrendamento da Mendes Júnior, em Juiz de Fora (MG), que vieram a juntar-se à usina de Monlevade e à fábrica de Sabará (ambas em MG), construídas pelo grupo. A atual capacidade de produção da Belgo Mineira é de mais de três milhões de toneladas de laminados de aço fio máquina, vergalhões, barras, perfis e arames, tendo produtos voltados para as áreas industrial e de construção civil. Os produtos siderúrgicos são divididos basicamente em quatro categorias: semi-acabados, planos, longos e especiais. A Belgo Mineira, empresa que foi analisada neste trabalho, atende ao mercado de aços longos comuns, além de alguns aços especiais. A Usina de Monlevade é o único produtor nacional a comercializar steel cord, um aço especial voltado para a confecção de cordoalhas de pneus. Atualmente, o setor siderúrgico brasileiro é liderado por empresas que foram privatizadas, com a CSN assumindo a primeira posição, e o grupo Gerdau em segundo, tomando-se como base a receita operacional líquida das empresas. Em seguida temos a Usiminas, CST, Cosipa, Acesita, Belgo Mineira, Aços Villares e Mannesmann Elaboração dos índices da Belgo Mineira A partir do banco de dados Economática4, obteve-se as demonstrações contábeis da Belgo Mineira e partiu-se para a reclassificação das contas dos balanços patrimoniais da mesma, dividindo-as em Ativo Errático, Ativo Cíclico, Passivo Errático e Passivo Cíclico. A seguir, foram calculadas as variáveis pertinentes ao modelo estudado: NCG Necessidade de Capital de Giro, CDG Capital de Giro, e T saldo de Tesouraria para cada uma destas empresas, obtendo-se os dados mostrados na TAB. 2 (valores em milhares de reais). Os valores acima referem-se aos balanços não consolidados da empresa. No caso dos balanços consolidados, o banco de dados utilizado só possuía dados a partir de 1991, perfazendo um período de apenas oito anos, o que não seria estatisticamente relevante para a análise de correlação entre as variáveis em estudo.

6 TABELA 2 Variáveis do Modelo Fleuriet da Belgo Mineira ANO NCG CDG T ,3 180,6 15, ,2 133,6 (38,6) ,5 95,8 (60,7) ,4 111,8 (43,6) ,2 31,0 (84,2) ,5 32,8 (85,7) ,2 90,8 3, ,9 78,6 (28,3) ,0 34,0 (121,0) ,7 (30,4) (116,1) ,9 (81,3) (257,2) ,3 (16,2) (165,5) ,3 (89,8) (201,0) Num segundo momento, calculou-se o beta da empresa, em relação ao Ibovespa. Para tanto, fez-se uso das cotações no último dia útil de cada semana, considerando-se, portanto, um período de 52 observações para o cálculo do índice de cada ano. Os resultados obtidos encontram-se na TAB. 3. ANO , , , , , , ,4 5. Análise dos dados TABELA 3 Beta da Belgo Mineira Beta ANO Beta , , , , , ,3 A partir dos dados coletados, foi realizada uma análise de regressão múltipla, com o uso do software estatístico Minitab 5, cujo resultado é mostrado logo a seguir. Regression Analysis The regression equation is Beta = 0, ,00336 NCG + 0,00226 CDG Predictor Coef StDev T P Constant 0,1093 0,3444 0,32 0,757 NCG 0, , ,32 0,218 CDG 0, , ,28 0,046 S = 0,2726 R-Sq = 47,3% R-Sq(adj) = 36,8% Analysis of Variance Source DF SS MS F P Regression 2 0, , ,49 0,041 Residual Error 10 0, ,07432 Total 12 1,41077 Source DF Seq SS NCG 1 0,28228 CDG 1 0,38525

7 Como variável dependente da regressão, foi usado o beta da empresa. Como variáveis independentes, o CDG Capital de Giro, e a NCG Necessidade de Capital de Giro da Belgo Mineira. Para o cálculo do grau de significância da correlação, utilizou-se um intervalo de confiança de 95%. Pelos dados apurados, percebe-se que existe uma correlação não muito forte (o R 2 = 47,3% representa o quanto da variação do Beta pode ser explicado pela variação no CDG e na NCG da empresa), o que indica que existem outras variáveis relevantes que não foram consideradas. No entanto, este resultado já mostra que o grau de risco de uma empresa pode ser obtido pelo uso das variáveis do modelo Fleuriet, juntamente com o uso de outra(s) variável(is) ainda não contempladas por este modelo. O alto valor de P para o NCG (P > 0,05) mostra que esta variável preditora pode ser retirada da equação. A própria diferença entre o R 2 e o R 2 Ajustado (respectivamente, 0,473 e 0,368), indica que foi incluído um número excessivo de variáveis preditoras na equação de regressão. Apesar disso, o teste de significância mostrou-se um resultado de 0,041, o que mostra que pelo menos uma das variáveis preditoras contribui de modo significativo para explicar a variabilidade do Beta (o que ocorre sempre que p < 0,05, já que usou-se um nível de significância de 95% para o teste). O mesmo teste, efetuado com os dados provenientes do balanço consolidado da empresa, não trouxe resultados satisfatórios, provavelmente devido ao pequeno número de observações da amostra coletada. Partiu-se, então, frente aos resultados até então auferidos, para uma nova regressão, desta vez utilizando-se apenas o CDG como variável preditora. O resultado da análise é mostrado a seguir. Regression Analysis The regression equation is Beta = 0, ,00259 CDG Predictor Coef StDev T P Constant 0, , ,13 0,000 CDG 0, , ,61 0,024 S = 0,2815 R-Sq = 38,2% R-Sq(adj) = 32,6% Analysis of Variance Source DF SS MS F P Regression 1 0, , ,80 0,024 Residual Error 11 0, ,07926 Total 12 1,41077 Desta vez, o a diferença entre o R 2 e o R 2 Ajustado (respectivamente, 0,382 e 0,326) foi bem menor, e o P calculado reduziu-se para 0,024. Conclui-se, portanto, que o Capital de Giro da empresa CDG, é um estimador relevante para o seu Beta, apesar de outras variáveis não estudadas também influenciarem no mesmo (a proporção da variabilidade do Beta que é explicado pela variável preditora CDG foi de apenas 38,2%). 6. Conclusão A gestão financeira das empresas modernas demandam um conhecimento cada vez mais profundo, não só da situação financeira da empresa em si, como do mercado no qual esta atua. Resultados insatisfatórios individuais podem ser reflexo de problemas mais graves que estão afligindo as empresas do país de maneira geral, de modo que suas causas e a busca de possíveis soluções não devem ser procuradas apenas internamente à empresa, mas sim através de uma análise do ambiente geral na qual esta está inserida.

8 O beta de uma empresa é uma medida importante do grau de risco desta em relação ao mercado, pois mostra o quanto esta é mais ou menos volátil que o mercado. Com o uso da variável CDG do modelo dinâmico, a correlação encontrada entre estas duas medidas aponta uma tendência que associa o grau de risco da empresa em relação ao mercado com o capital de giro da empresa. Este trabalho foi um primeiro passo que foi dado no intuito de estabelecer relações casuais entre a estrutura financeira de uma empresa e o grau de risco que a mesma representa para o mercado. Será oportuno que este trabalho seja mais aprofundado, trabalhando não com uma, mas com um conjunto de empresas, para confirmar se as conclusões aqui obtidas podem ser generalizadas para a realidade. Além disso, é relevante buscar outras variáveis que afetam o Beta, de modo a se obter uma nova equação cujo coeficiente de determinação seja maior. 7. Bibliografia BRASIL, H. V. & BRASIL, H. G. Gestão financeira das empresas: um modelo dinâmico. 3 ª ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, CARDOSO, D. & AMARAL, H. F.. Economic-financial analysis of the Brazil siderurgical sector: building a comparative system between the Belgo Mineira and the sectorial indicators using the Fleuriet model. Anais... Balas Caracas, Venezuela: 5 a 7 de Abril de FLEURIET, M, KEHDY, R & BLANC, G. A Dinâmica financeira das empresas brasileiras: um novo método de análise, orçamento e planejamento financeiro. Belo Horizonte: Fundação Dom Cabral, GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 7 ª ed. São Paulo: Harbra, LINTNER, J. The valuation of risk assets and the selection of risky investments in stock portfolios and capital budgets. In: Review of Economics and Statistic 47, n o 1 (February 1965): Security prices, risk, and maximal gains from diversification. In: Journal of Finance 20, n o 4 (December 1965): MARQUES, J. A. V. C. & BRAGA, R. Análise dinâmica do capital de giro: o modelo Fleuriet. In: Revista de Administração de Empresas. v. 35, n. 3, p São Paulo: EAESP/FGV, Maio/Junho de MATARAZZO, D. C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 5 ª ed. São Paulo: Atlas, MOSSIN, J. Equilibrium in a capital asset market. In: Econometrica 34, n o 4. (October 1966): NARAYANAN, V. K. & FAHEY, L. Análise macroambiental: compreendendo o ambiente fora do setor. In: FAHEY, Liam & RANDALL, Robert M. (org.). MBA: curso prático: estratégia. Rio de Janeiro: Campus, pp PORTER, M. E. How the competitive forces shape the strategy. Harvard Business Review, (March- April 1979). Harvard Business School. In: MONTGOMERY, Cynthia A. & PORTER, Michael E (org.). Estratégia: a busca da vantagem competitiva. 2 ª ed. Rio de Janeiro: Campus, SHARPE, W. F. Capital asset prices: a theory of market equilibrium under conditions of risk. In: Journal of Finance 19, n o 3 (September 1964): SHARPE, W. F., ALEXANDER, Gordon J. & BAILEY, Jeffery V. Investments. Sixth edition. New Jersey: Prentice Hall, WERKEMA, M. C. C. Apostila do curso Six Sigma para treinamento de Black Belts. Caxambu: FDG, 13 a 17 de Março de Economática versão 1999Dec04W. 2 Este tópico foi adaptado do original publicado em CARDOSO & AMARAL (2000). 3 Receita líquida operacional do período de Out/98 a Set/99, obtida na base de dados Economática. 4 Versão 1999Dec04W. 5 Minitab Release

I - FUNDAMENTOS BÁSICOS DE FINANÇAS CORPORATIVAS, 1 1 O

I - FUNDAMENTOS BÁSICOS DE FINANÇAS CORPORATIVAS, 1 1 O Sumário Prefácio, xiii Parte I - FUNDAMENTOS BÁSICOS DE FINANÇAS CORPORATIVAS, 1 1 O que são Finanças Corporativas?, 3 1 Introdução, 3 2 Objetivos empresariais, 4 3 Estratégias operacionais, 5 4 Estrutura

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 3 Gestão de capital de giro Introdução Entre as aplicações de fundos por uma empresa, uma parcela ponderável destina-se ao que, alternativamente, podemos chamar de ativos correntes, ativos circulantes,

Leia mais

Interpretando a Variação da Necessidade de Capital de Giro

Interpretando a Variação da Necessidade de Capital de Giro Interpretando a Variação da Necessidade de Capital de Giro Por Carlos Alexandre Sá Neste trabalho vamos analisar um elemento importante do Fluxo das Atividades Operacionais: a necessidade de capital de

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

Gestão Capital de Giro

Gestão Capital de Giro Gestão Capital de Giro Conceito Capital de giro (ou de capital circulante), identifica os recursos que giram (circulam) várias vezes em determinado período. É formado basicamente por três importantes ativos

Leia mais

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. Aula 12- Unidade III. Análise avançada das demonstrações contábeis. Prof.: Marcelo Valverde

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. Aula 12- Unidade III. Análise avançada das demonstrações contábeis. Prof.: Marcelo Valverde ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Aula 12- Unidade III. Análise avançada das demonstrações contábeis Prof.: Marcelo Valverde Unidade III. Análise avançada das demonstrações contábeis 3.1 Análise do

Leia mais

4 Fatos Contábeis que Afetam a Situação Líquida: Receitas, Custos, Despesas, Encargos, Perdas e Provisões, 66

4 Fatos Contábeis que Afetam a Situação Líquida: Receitas, Custos, Despesas, Encargos, Perdas e Provisões, 66 Apresentação Parte I - CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE, 1 1 Introdução ao Estudo da Ciência Contábil, 3 1 Conceito, 3 2 Objeto, 3 3 Finalidade, 4 4 Técnicas contábeis, 4 5 Campo de aplicação, 5

Leia mais

Olá, pessoal! Bons estudos! Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro.

Olá, pessoal! Bons estudos! Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro. Olá, pessoal! Hoje vou falar sobre um dos tópicos mais obscuros do edital de Análise de Balanços do concurso para Fiscal do ICMS de São Paulo. Trata-se do seguinte item: Análise do Capital de Giro: Necessidade

Leia mais

CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP. PROF. Ms. EDUARDO RAMOS. Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO

CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP. PROF. Ms. EDUARDO RAMOS. Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP PROF. Ms. EDUARDO RAMOS Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS E ESTRUTURA CONCEITUAL 3. O CICLO CONTÁBIL

Leia mais

Gestão Financeira. Prof. Eduardo Pozzi

Gestão Financeira. Prof. Eduardo Pozzi Gestão Financeira Prof. Eduardo Pozzi Finanças Corporativas Questões centrais na gestão financeira de uma empresa: Quais investimentos de longo prazo precisam ser feitos? Que tipo de instalações, maquinário

Leia mais

NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO E OS PRAZOS DE ROTAÇÃO Samuel Leite Castelo Universidade Estadual do Ceará - UECE

NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO E OS PRAZOS DE ROTAÇÃO Samuel Leite Castelo Universidade Estadual do Ceará - UECE Resumo: NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO E OS PRAZOS DE ROTAÇÃO Samuel Leite Castelo Universidade Estadual do Ceará - UECE O artigo trata sobre a estratégia financeira de curto prazo (a necessidade de capital

Leia mais

Vamos, então, à nossa aula de hoje! Demonstração de Fluxo de Caixa (2.ª parte) Método Indireto

Vamos, então, à nossa aula de hoje! Demonstração de Fluxo de Caixa (2.ª parte) Método Indireto Olá, pessoal! Aqui estou eu de novo, para continuar o assunto da aula passada: Fluxo de Caixa e Demonstração do Fluxo de Caixa. Assunto da maior importância, que está sendo cobrado nos atuais concursos

Leia mais

Auditor Federal de Controle Externo/TCU - 2015

Auditor Federal de Controle Externo/TCU - 2015 - 2015 Prova de Análise das Demonstrações Comentada Pessoal, a seguir comentamos as questões de Análise das Demonstrações Contábeis aplicada na prova do TCU para Auditor de Controle Externo (2015). Foi

Leia mais

ANÁLISE FINANCEIRA VISÃO ESTRATÉGICA DA EMPRESA

ANÁLISE FINANCEIRA VISÃO ESTRATÉGICA DA EMPRESA ANÁLISE FINANCEIRA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA NAS EMPRESAS INTEGRAÇÃO DOS CONCEITOS CONTÁBEIS COM OS CONCEITOS FINANCEIROS FLUXO DE OPERAÇÕES E DE FUNDOS VISÃO ESTRATÉGICA DA EMPRESA Possibilita um diagnóstico

Leia mais

Ciclo Operacional. Venda

Ciclo Operacional. Venda Sumário 1 Introdução... 1 2 Dinâmica dos Fluxos de Caixa... 2 3 Capital Circulante Líquido (CCL) e Conceitos Correlatos... 4 4 Necessidade de capital de giro (NCG)... 6 5 Saldo em Tesouraria (ST)... 9

Leia mais

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC)

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) 1 de 5 31/01/2015 14:52 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) passou a ser um relatório obrigatório pela contabilidade para todas as sociedades de capital aberto

Leia mais

1-DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS 1.1 OBJETIVO E CONTEÚDO

1-DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS 1.1 OBJETIVO E CONTEÚDO 2 -DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS. OBJETIVO E CONTEÚDO Os objetivos da Análise das Demonstrações Contábeis podem ser variados. Cada grupo de usuários pode ter objetivos específicos para analisar as Demonstrações

Leia mais

CENTRO DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA I CAPITAL DE GIRO

CENTRO DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA I CAPITAL DE GIRO CENTRO DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA I CAPITAL DE GIRO 1 Fundamentos sobre Capital de Giro O objetivo da Administração Financeira de Curto

Leia mais

ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS. Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis

ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS. Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis Introdução As empresas de seguros são estruturas que apresentam características próprias. Podem se revestir

Leia mais

Ao se analisar o comportamento do fluxo de recursos provenientes das operações mercantis das empresas, é possível retratar tal como a figura a seguir:

Ao se analisar o comportamento do fluxo de recursos provenientes das operações mercantis das empresas, é possível retratar tal como a figura a seguir: Modelo Fleuriet Ao se analisar o comportamento do fluxo de recursos provenientes das operações mercantis das empresas, é possível retratar tal como a figura a seguir: COMPRAS PRODUÇÃO E ESTOCAGEM CAIXA

Leia mais

Unidade IV. A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa (Matarazzo, 2008).

Unidade IV. A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa (Matarazzo, 2008). AVALIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Unidade IV 7 ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa (Matarazzo, 2008). A administração

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 2 Gestão de Fluxo de Caixa Introdução Ao estudarmos este capítulo, teremos que nos transportar aos conceitos de contabilidade geral sobre as principais contas contábeis, tais como: contas do ativo

Leia mais

ABERTURA DAS CONTAS DA PLANILHA DE RECLASSIFICAÇÃO DIGITAR TODOS OS VALORES POSITIVOS.

ABERTURA DAS CONTAS DA PLANILHA DE RECLASSIFICAÇÃO DIGITAR TODOS OS VALORES POSITIVOS. ABERTURA DAS CONTAS DA PLANILHA DE RECLASSIFICAÇÃO DIGITAR TODOS OS VALORES POSITIVOS. I. BALANÇO ATIVO 111 Clientes: duplicatas a receber provenientes das vendas a prazo da empresa no curso de suas operações

Leia mais

CONTABILIDADE AVANÇADA CAPÍTULO 1: DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

CONTABILIDADE AVANÇADA CAPÍTULO 1: DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS CONTABILIDADE AVANÇADA CAPÍTULO 1: DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 1.1 - CONCEITO A Demonstração das Origens e Aplicações de recursos (DOAR) deixou de ser obrigatória por força da lei

Leia mais

ANÁLISE DA ESTRUTURA DE LIQUIDEZ PROPOSTA POR FLEURIET: UM ESTUDO DE CASO DA EMPRESA LOCALIZA RENT A CAR

ANÁLISE DA ESTRUTURA DE LIQUIDEZ PROPOSTA POR FLEURIET: UM ESTUDO DE CASO DA EMPRESA LOCALIZA RENT A CAR 0 ANÁLISE DA ESTRUTURA DE LIQUIDEZ PROPOSTA POR FLEURIET: UM ESTUDO DE CASO DA EMPRESA LOCALIZA RENT A CAR Gabriela de Castro Gaudêncio Cassimiro 1 Thiago Moura de Carvalho 2 Rosália Gonçalves Costa Santos

Leia mais

Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional

Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional O tamanho que a micro ou pequena empresa assumirá, dentro, é claro, dos limites legais de faturamento estipulados pela legislação para um ME ou EPP, dependerá do

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO Janilson Laane Maio/2011 Objetivos 1. Apresentar o conceito e em que contexto está

Leia mais

Relação entre Capital de Giro e Necessidade de Capital de Giro.

Relação entre Capital de Giro e Necessidade de Capital de Giro. Relação entre Capital de Giro e Necessidade de Capital de Giro. Tendo em vista que o capital de giro representa o saldo correspondente à diferença entre os saldos das contas do ativo e passivo circulantes,

Leia mais

Previsão da Necessidade de Capital de Giro utilizando os preceitos do Modelo de Entrada- Saída de Leontief

Previsão da Necessidade de Capital de Giro utilizando os preceitos do Modelo de Entrada- Saída de Leontief Previsão da Necessidade de Capital de Giro utilizando os preceitos do Modelo de Entrada- Saída de Leontief Adriano Antonio Nuintin Andréa Salvi Carlos Alberto Grespan Bonacim Evandro Marcos Saidel Ribeiro

Leia mais

Análise Dinâmica do.capital de Giro

Análise Dinâmica do.capital de Giro Análise Dinâmica do.capital de Giro Questões 12.1 O que são contas cíclicas do giro? Dê exemplos de contas ativas e passivas. 12.2 Desenvolva uma análise comparativa entre as medidas do capital circulante

Leia mais

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques Seguindo a estrutura proposta em Dornelas (2005), apresentada a seguir, podemos montar um plano de negócios de forma eficaz. É importante frisar

Leia mais

Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento

Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento Pág: 1/18 Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento Pág: 2/18 Módulo 4 - Princípios de Investimento Neste módulo são apresentados os principais fatores para a análise de investimentos,

Leia mais

AS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS INDICADORES ECONÔMICO- FINANCEIROS: IMPORTANTE CONHECIMENTO NAS TOMADAS DE DECISÕES.

AS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS INDICADORES ECONÔMICO- FINANCEIROS: IMPORTANTE CONHECIMENTO NAS TOMADAS DE DECISÕES. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ UFPA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS AS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS INDICADORES ECONÔMICO- FINANCEIROS: IMPORTANTE CONHECIMENTO

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

Unidade IV INTERPRETAÇÃO DAS. Prof. Walter Dominas

Unidade IV INTERPRETAÇÃO DAS. Prof. Walter Dominas Unidade IV INTERPRETAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Prof. Walter Dominas Conteúdo programático Unidade I Avaliação de Empresas Metodologias Simples Unidade II Avaliação de Empresas - Metodologias Complexas

Leia mais

Basicamente, o relatório de fluxo de caixa deve ser segmentado em três grandes áreas:

Basicamente, o relatório de fluxo de caixa deve ser segmentado em três grandes áreas: CASHFLOW OU FLUXO DE CAIXA 1. CONCEITO É um demonstrativo que reflete dinamicamente o fluxo do disponível da empresa, em um determinado período de tempo. 2. FINALIDADES 2.1. Evidenciar a movimentação dos

Leia mais

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS NOTA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Curso: Administração de Empresas Turma: Disciplina: Administração Financeira Professor : Maxwell Lucena / Aluno(a): Maxwe R.A.: Assinatura: Data: / / 1ª. Questão

Leia mais

Necessidade de Capital de Giro, Compras, Vendas e Regressão Linear.

Necessidade de Capital de Giro, Compras, Vendas e Regressão Linear. Necessidade de Capital de Giro, Compras, Vendas e Regressão Linear. MAXIMILLIANO DA SILVA MARINHO Graduando Do Curso De Ciências Contábeis Da UFPA maxi_marinho@yahoo.com.br Heber Lavor Moreira Prof Orientador

Leia mais

REDE DE ENSINO LFG AGENTE E ESCRIVÃO PF Disciplina: Noções de Contabilidade Prof. Adelino Correia Aula nº09. Demonstração de Fluxo de Caixa

REDE DE ENSINO LFG AGENTE E ESCRIVÃO PF Disciplina: Noções de Contabilidade Prof. Adelino Correia Aula nº09. Demonstração de Fluxo de Caixa REDE DE ENSINO LFG AGENTE E ESCRIVÃO PF Disciplina: Noções de Contabilidade Prof. Adelino Correia Aula nº09 Demonstração de Fluxo de Caixa Demonstração de Fluxo de Caixa A partir de 28.12.2007 com a publicação

Leia mais

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A.

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A. Universidade Federal do Pará Centro: Sócio Econômico Curso: Ciências Contábeis Disciplina: Análise de Demonstrativos Contábeis II Professor: Héber Lavor Moreira Aluno: Roberto Lima Matrícula:05010001601

Leia mais

ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS SIDERÚRGICAS LISTADAS NA BOVESPA: COMPARAÇÃO POR ÍNDICES-PADRÃO

ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS SIDERÚRGICAS LISTADAS NA BOVESPA: COMPARAÇÃO POR ÍNDICES-PADRÃO XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS SIDERÚRGICAS LISTADAS NA BOVESPA: COMPARAÇÃO POR ÍNDICES-PADRÃO Rafael Martins Noriller (UFGD) rafael_mn1985@hotmail.com

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a

Leia mais

Demonstrações Contábeis

Demonstrações Contábeis Demonstrações Contábeis Resumo Demonstrações contábeis são informações e dados que as empresas oferecem ao fim de cada exercício, com a finalidade de mostrar aos acionistas, ao governo e todos os interessados,

Leia mais

DECIFRANDO O CASH FLOW

DECIFRANDO O CASH FLOW Por: Theodoro Versolato Junior DECIFRANDO O CASH FLOW Para entender melhor o Cash Flow precisamos entender a sua origem: Demonstração do Resultado e Balanço Patrimonial. O Cash Flow é a Demonstração da

Leia mais

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS ANA BEATRIZ DALRI BRIOSO¹, DAYANE GRAZIELE FANELLI¹, GRAZIELA BALDASSO¹, LAURIANE CARDOSO DA SILVA¹, JULIANO VARANDAS GROPPO². 1 Alunos do 8º semestre

Leia mais

GPME Prof. Marcelo Cruz

GPME Prof. Marcelo Cruz GPME Prof. Marcelo Cruz Política de Crédito e Empréstimos Objetivos Compreender os tópicos básicos da administração financeira. Compreender a relação da contabilidade com as decisões financeiras. Compreender

Leia mais

Ementários. Disciplina: Gestão Estratégica

Ementários. Disciplina: Gestão Estratégica Ementários Disciplina: Gestão Estratégica Ementa: Os níveis e tipos de estratégias e sua formulação. O planejamento estratégico e a competitividade empresarial. Métodos de análise estratégica do ambiente

Leia mais

Índices econômico Financeiros

Índices econômico Financeiros Índices econômico Financeiros ADMNISTRAÇÃO Professor: Me. Claudio Kapp Junior Email: juniorkapp@hotmail.com Objetivos da aula Apresentar a importância de calcular os indicadores financeiros em uma empresa.

Leia mais

Metodologia de Gerenciamento de Risco de Mercado

Metodologia de Gerenciamento de Risco de Mercado Metodologia de Gerenciamento de Risco de Mercado O Gerenciamento de Risco de Mercado das Carteiras geridas pela Rio Verde Investimentos é efetuado pela Administradora dos Fundos, no caso BNY Mellon Serviços

Leia mais

No concurso de São Paulo, o assunto aparece no item 27 do programa de Contabilidade:

No concurso de São Paulo, o assunto aparece no item 27 do programa de Contabilidade: Olá, pessoal! Como já devem ter visto, dois bons concursos estão na praça: Fiscal do ISS de São Paulo e Auditor Fiscal do Ceará. As bancas são, respectivamente, a Fundação Carlos Chagas (FCC) e a Escola

Leia mais

FAPAN Faculdade de Agronegócio de Paraíso do Norte

FAPAN Faculdade de Agronegócio de Paraíso do Norte TEORIA DA CONTABILIDADE Como vimos em aulas passadas, a Contabilidade engloba duas funções: 1. Função Administrativa: Controla o Patrimônio mediante registro dos fatos contábeis em livros apropriados (Diário

Leia mais

CAPÍTULO 2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO

CAPÍTULO 2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO Bertolo Administração Financeira & Análise de Investimentos 6 CAPÍTULO 2 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO No capítulo anterior determinamos que a meta mais

Leia mais

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.0 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Qual o objetivo das empresas para a administração financeira? Maximizar valor de mercado da empresa; Aumentar a riqueza dos acionistas.

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA «

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA « CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA «21. O sistema de intermediação financeira é formado por agentes tomadores e doadores de capital. As transferências de recursos entre esses agentes são

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Unidade II ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Prof. Jean Cavaleiro Introdução Essa unidade tem como objetivo conhecer a padronização das demonstrações contábeis. Conhecer os Índices Padrões para análise;

Leia mais

ANALISANDO A ESTRATÉGIA ENTRE O APORTE DE CAPITAL E EMPRÉSTIMOS DE ACIONISTAS

ANALISANDO A ESTRATÉGIA ENTRE O APORTE DE CAPITAL E EMPRÉSTIMOS DE ACIONISTAS ANALISANDO A ESTRATÉGIA ENTRE O APORTE DE CAPITAL E EMPRÉSTIMOS DE ACIONISTAS! Se as linhas de crédito estão escassas, qual a melhor estratégia para suprir a empresa com recursos?! É possível manter a

Leia mais

CUSTO DE REPOSIÇÃO NA FORMAÇÃO DE PREÇOS

CUSTO DE REPOSIÇÃO NA FORMAÇÃO DE PREÇOS CUSTO DE REPOSIÇÃO NA FORMAÇÃO DE PREÇOS! Quando usá-lo e quando não usá-lo! Por que o custo de reposição é um problema financeiro e não econômico Autores: Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) Administrador

Leia mais

BALANÇO PATRIMONIAL / composição 1

BALANÇO PATRIMONIAL / composição 1 BALANÇO PATRIMONIAL / composição 1 ATIVO CIRCULANTE Compreende contas que estão constantemente em giro, sua conversão em moeda corrente ocorrerá, no máximo, até o próximo exercício social. As contas devem

Leia mais

O QUE É CUSTO DE CAPITAL PARTE ll

O QUE É CUSTO DE CAPITAL PARTE ll O QUE É CUSTO DE CAPITAL PARTE ll! REMUNERAÇÃO PELA ESPERA! REMUNERAÇÃO PELO RISCO! COEFICIENTE BETA! A EQUAÇÃO Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) Administrador de Empresas graduado pela EAESP/FGV.

Leia mais

FANOR. MBA Internacional - Finanças. DISCIPLINA: Análise Financeira Estratégica. PROFESSOR: José Moraes Feitosa (Neto)

FANOR. MBA Internacional - Finanças. DISCIPLINA: Análise Financeira Estratégica. PROFESSOR: José Moraes Feitosa (Neto) Bibliografia Básica: FANOR MBA Internacional - Finanças DISCIPLINA: Análise Financeira Estratégica PROFESSOR: José Moraes Feitosa (Neto) CONTATOS: www.netofeitosa.com.br contato@netofeitosa.com.br (85)

Leia mais

COMO CONVERTER DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS BRASILEIRAS PARA A MOEDA AMERICANA (FAS 52)

COMO CONVERTER DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS BRASILEIRAS PARA A MOEDA AMERICANA (FAS 52) COMO CONVERTER DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS BRASILEIRAS PARA A MOEDA AMERICANA (FAS 52)! As principais diferenças entre as normas contábeis brasileiras e americanas (US GAAP)! As taxas de conversão a serem

Leia mais

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Melhor método para avaliar investimentos 16 perguntas importantes 16 respostas que todos os executivos devem saber Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 10 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 10 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos 2ª edição Ampliada e Revisada Capítulo Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Tópicos do Estudo Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (Doar). Uma primeira tentativa de estruturar

Leia mais

Análise das Demonstrações Financeiras

Análise das Demonstrações Financeiras UNIPAC UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS, LETRAS E SAÚDE DE UBERLÂNDIA. Rua: Barão de Camargo, nº. 695 Centro Uberlândia/MG. Telefax: (34) 3223-2100 Análise das Demonstrações

Leia mais

Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO

Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO 1. Uma empresa utiliza tecidos e mão-de-obra na produção de camisas em uma fábrica que foi adquirida por $10 milhões. Quais de seus insumos

Leia mais

Os investimentos no Brasil estão perdendo valor?

Os investimentos no Brasil estão perdendo valor? 1. Introdução Os investimentos no Brasil estão perdendo valor? Simone Maciel Cuiabano 1 Ao final de janeiro, o blog Beyond Brics, ligado ao jornal Financial Times, ventilou uma notícia sobre a perda de

Leia mais

FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas Módulo de Contabilidade e Finanças. Prof. Moab Aurélio

FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas Módulo de Contabilidade e Finanças. Prof. Moab Aurélio FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas Módulo de Contabilidade e Finanças Prof. Moab Aurélio Módulo Contabilidade e Finanças PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO GESTÃO FINANCEIRA CONTABILIDADE ACI

Leia mais

Balanço Patrimonial. Ativos e Passivos. Análise Financeira de Balanços 29/10/2012. Planejamento Financeiro Profa.: Elaine Silvia Pasquini

Balanço Patrimonial. Ativos e Passivos. Análise Financeira de Balanços 29/10/2012. Planejamento Financeiro Profa.: Elaine Silvia Pasquini Balanço Patrimonial Relembrando da ultima aula!!!! Planejamento Financeiro Profa.: Elaine Silvia Pasquini Análise Financeira de Balanços O balanço Patrimonial de uma organização é uma peça contábil, em

Leia mais

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 16 Perguntas Importantes. 16 Respostas que todos os executivos devem saber. Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) Administrador de Empresas graduado pela EAESP/FGV. É Sócio-Diretor

Leia mais

Administração Financeira: princípios,

Administração Financeira: princípios, Administração Financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras Ana Paula Mussi Szabo Cherobim Antônio Barbosa Lemes Jr. Claudio Miessa Rigo Material de apoio para aulas Administração Financeira:

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, NOTA - A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Interpretação de IT 12 para ITG 12 e de outras normas citadas: de NBC T 19.1 para NBC TG 27; de NBC T 19.7 para NBC TG 25; de NBC

Leia mais

ANÁLISE DO GERENCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO E DA NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO NA GESTÃO DOS NEGÓCIOS UM ESTUDO APLICADO NA EMPRESA VIVO S/A.

ANÁLISE DO GERENCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO E DA NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO NA GESTÃO DOS NEGÓCIOS UM ESTUDO APLICADO NA EMPRESA VIVO S/A. ANÁLISE DO GERENCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO E DA NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO NA GESTÃO DOS NEGÓCIOS UM ESTUDO APLICADO NA EMPRESA VIVO S/A. KOMATSU, Solange Akemy (TCC Ciências Contábeis) FECILCAM,

Leia mais

OBJETIVO DA GESTÃO FINANCEIRA

OBJETIVO DA GESTÃO FINANCEIRA OBJETIVO DA GESTÃO FINANCEIRA Maximização do lucro. Maximizar o valor de mercado do capital dos proprietários. Suporte na realização da estratégia para criação de valor da organização. CONHECIMENTOS PARA

Leia mais

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 6 Grupo de contas do Balanço Patrimonial

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 6 Grupo de contas do Balanço Patrimonial 2ª edição Ampliada e Revisada Capítulo Grupo de contas do Balanço Patrimonial Tópicos do Estudo Grupo de Contas do Ativo. Ativo Circulante Realizável a Longo Prazo Permanente Grupo de Contas do Passivo.

Leia mais

O QUE É ATIVO INTANGÍVEL?

O QUE É ATIVO INTANGÍVEL? O QUE É ATIVO INTANGÍVEL?! Quais as características do Ativo Intangível?! O problema da mensuração dos Ativos Intangíveis.! O problema da duração dos Ativos Intangíveis. Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

Contrastação empírica do modelo CAPM aplicada ao mercado bolsista português

Contrastação empírica do modelo CAPM aplicada ao mercado bolsista português Contrastação empírica do modelo CAPM aplicada ao mercado bolsista português Tânia Cristina Simões de Matos dos Santos Instituto Politécnico de Leiria 2012 Working paper nº 83/2012 globadvantage Center

Leia mais

CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO

CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO 1. OS CRITÉRIOS DE DECISÃO Dentre os métodos para avaliar investimentos, que variam desde o bom senso até os mais sofisticados modelos matemáticos, três

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 Índice 1. Orçamento Empresarial...3 2. Conceitos gerais e elementos...3 3. Sistema de orçamentos...4 4. Horizonte de planejamento e frequência

Leia mais

Unidade II. Unidade II

Unidade II. Unidade II Unidade II 2 Outras metodologias aplicadas 2.1 Metodologia do valor patrimonial de mercado Nesta metodologia, o enfoque é a determinação do valor da empresa a partir de seu valor patrimonial de mercado.

Leia mais

UNIDADE I INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO 1.1 NATUREZA E DEFINIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO

UNIDADE I INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO 1.1 NATUREZA E DEFINIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO Resumo: UNIDADE I INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO 1.1 NATUREZA E DEFINIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO Capital de giro refere-se aos recursos correntes (curto prazo) da empresa,

Leia mais

Aula 5 Contextualização

Aula 5 Contextualização Gestão Financeira Aula 5 Contextualização Prof. Esp. Roger Luciano Francisco Demonstrativos Contábeis e Análise Financeira Contabilidade é uma ciência aplicada que, por intermédio de uma metodologia específica,

Leia mais

CONVERSAO DE DEMONSTRACOES CONTABEIS EM MOEDA. ESTRAGEIRA: FASB nº 8 e FASB nº 52

CONVERSAO DE DEMONSTRACOES CONTABEIS EM MOEDA. ESTRAGEIRA: FASB nº 8 e FASB nº 52 CONVERSAO DE DEMONSTRACOES CONTABEIS EM MOEDA Evolução das Normas de Contabilidade aplicadas no EUA Critérios Contábeis brasileiros e americanos (USGAAP) Objetivos da conversão de demonstrações contábeis

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DE CURTO PRAZO

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DE CURTO PRAZO ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DE CURTO PRAZO 1.1. Capital de Giro O Capita de Giro refere-se aos recursos correntes de curto prazo pertencentes à empresa. Dessa forma, o capital de giro corresponde aos recursos

Leia mais

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CAPÍTULO 33 Este Capítulo é parte integrante do Livro Contabilidade Básica - Finalmente Você Vai Entender a Contabilidade. 33.1 CONCEITOS A demonstração dos fluxos de caixa evidencia as modificações ocorridas

Leia mais

Como Elaborar um Fluxo de Caixa com Base em Demonstrações Encerradas (Parte I)

Como Elaborar um Fluxo de Caixa com Base em Demonstrações Encerradas (Parte I) Como Elaborar um Fluxo de Caixa com Base em Demonstrações Encerradas (Parte I) Procedimentos um guia prático Análise dos procedimentos Método direto e indireto Caso prático Francisco Cavalcante (francisco@fcavalcante.com.br)

Leia mais

FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas FTAD Contabilidade e Finanças. Prof. Moab Aurélio

FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas FTAD Contabilidade e Finanças. Prof. Moab Aurélio FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas FTAD Contabilidade e Finanças Prof. Moab Aurélio Competências a serem trabalhadas PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO GESTÃO FINANCEIRA CONTABILIDADE ACI : ESTUDO

Leia mais

DFC Demonstração dos Fluxos de Caixa. Professor: Eduardo José Zanoteli, M.Sc.

DFC Demonstração dos Fluxos de Caixa. Professor: Eduardo José Zanoteli, M.Sc. DFC Demonstração dos Fluxos de Caixa Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC Regime de Caixa Regime de Competência X DFC: Objetivo/finalidade Permitir que investidores, credores e outros usuários avaliem:

Leia mais

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Segurança nos investimentos Gestão dos recursos financeiros Equilíbrio dos planos a escolha ÍNDICE INTRODUÇÃO...3 A POLÍTICA DE INVESTIMENTOS...4 SEGMENTOS DE APLICAÇÃO...7 CONTROLE

Leia mais

APOSTILA DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS POR ÍNDICES PADRONIZADOS

APOSTILA DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS POR ÍNDICES PADRONIZADOS UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA ESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO E GERÊNCIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PROGRAMA DE EXTENSÃO: CENTRO DE DESENVOLVIMENTO EM FINANÇAS PROJETO: CENTRO DE CAPACITAÇÃO

Leia mais

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTABILIDADE GERAL

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTABILIDADE GERAL PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTABILIDADE GERAL Aspectos Contabilidade Pública Contabilidade Geral Legislação Lei nº 4.320/64 Lei nº 6.404/76 Princípios PFC e Princípios PFC

Leia mais

6 O Papel do BNDES e o Crédito Externo 6.1. O BNDES

6 O Papel do BNDES e o Crédito Externo 6.1. O BNDES 6 O Papel do BNDES e o Crédito Externo 6.1. O BNDES Uma vez confiantes nos resultados encontrados em relação à influência dos juros sobre o investimento na economia, partimos para uma segunda fase do estudo.

Leia mais

CURSO ON-LINE PROFESSOR GUILHERME NEVES

CURSO ON-LINE PROFESSOR GUILHERME NEVES Olá pessoal! Neste ponto resolverei a prova de Matemática Financeira e Estatística para APOFP/SEFAZ-SP/FCC/2010 realizada no último final de semana. A prova foi enviada por um aluno e o tipo é 005. Os

Leia mais

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 4 Demonstrações Financeiras

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 4 Demonstrações Financeiras 2ª edição Ampliada e Revisada Capítulo Demonstrações Financeiras Tópicos do Estudo Demonstrações Financeiras ou Relatórios Contábeis Demonstrações Financeiras e a Lei das Sociedades Anônimas Objetivos

Leia mais

Turno/Horário Noturno PROFESSOR: Salomão Soares AULAS Apostila nº.

Turno/Horário Noturno PROFESSOR: Salomão Soares AULAS Apostila nº. Disciplina Estrutura e Análise das Demonstrações Contábeis CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS TURMA 6º CCN Turno/Horário Noturno PROFESSOR: Salomão Soares AULAS Apostila nº.

Leia mais

Administração Financeira

Administração Financeira Administração Financeira MÓDULO 9 O crédito divide-se em dois tipos da forma mais ampla: o crédito público e o crédito privado. O crédito público trata das relações entre entidades públicas governo federal,

Leia mais

CRITÉRIOS / Indicadores

CRITÉRIOS / Indicadores CRITÉRIOS / Indicadores A lista de conceitos desta MELHORES E MAIORES Os valores usados nesta edição são expressos em reais de dezembro de 2014. A conversão para dólares foi feita, excepcionalmente, com

Leia mais

COMO CALCULAR E ANALISAR A CAPACIDADE DE

COMO CALCULAR E ANALISAR A CAPACIDADE DE COMO CALCULAR E ANALISAR A CAPACIDADE DE! Como calcular o fluxo de caixa! Qual a fórmula para determinar a capacidade de pagamento! Como analisar a liquidez Francisco Cavalcante (francisco@fcavalcante.com.br)

Leia mais

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA PROJETO INTEGRADOR. Suzano

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA PROJETO INTEGRADOR. Suzano CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA PROJETO INTEGRADOR Suzano PROJETO INTEGRADOR 1. Introdução O mercado atual de trabalho exige dos profissionais a capacidade de aplicar os conhecimentos

Leia mais