PROF.:GUSTAVO SCATOLINO Grupo yahoo: scatolino e-mai: c) Jurisprudência: reiteração de julgamentos num mesmo sentido.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PROF.:GUSTAVO SCATOLINO Grupo yahoo: scatolino e-mai: gustavo.scatolino@yahoo.com.br. c) Jurisprudência: reiteração de julgamentos num mesmo sentido."

Transcrição

1 PROF.:GUSTAVO SCATOLINO Grupo yahoo: scatolino e-mai: INTRODUÇÃO AO DIREITO ADMINISTRATIVO E PRINCÍPIOS. CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO: Conforme Hely Lopes Meirelles, é o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas, tendendes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo estado. O conceito e o conteúdo do direito administrativo variam conforme o critério adotado pelo doutrinador ao longo de seu desenvolvimento. Dos estudos doutrinários e dos sistemas legais decorreu o surgimento de várias teorias, dentre elas: a legalista; a do Poder Executivo; a do Serviço Público (Escola do Serviço Público); a Teleológica e a negativista. Para alguns, o direito administrativo pode ser conceituado como sendo tão somente um conjunto de leis administrativas (legalista); a reunião de atos do Poder Executivo (Poder Executivo); a disciplina, organização e regência da prestação de serviços públicos (serviço público); o sistema de princípios que norteiam o atendimento dos fins do Estado (teleológico ou finalístico); ou, por fim, o ramo do direito que regula toda a atividade que não seja legislativa ou jurisdicional (negativista). ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO SENTIDO SUBJETIVO / ORGÂNICO / FORMAL, Expressão que indica o universo de órgãos e pessoas que desempenham a função administrativa. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO SENTIDO MATERIAL / OBJETIVO Exprime idéia de atividade, tarefa, função. Tratase da própria função administrativa, constituindo-se o alvo que o governo quer alcançar. Na lição de Diógenes Gasparini, trata-se de um complexo de atividades concretas e imediatas desempenhadas pelo Estado sob os termos da lei, visando o atendimento de necessidades coletivas. Nesse complexo, estão as atividades de fomento, polícia administrativa, ou poder de polícia e os serviços públicos. OBS! Os três poderes exercem funções administrativas. Por exemplo, quando fazem licitação, concursos, contratos. Nesses casos, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário não atuam na sua função típica de legislar e julgar, mas sim, atuam de forma administrativa. FONTES a) Lei: fonte primária e principal do Direito Administrativo, vai desde à CF (art. 37) até os regulamentos expedidos. Assim, a lei como fonte do Direito Administrativo é a lei em seu sentido amplo, ou seja, a lei feita pelo Parlamento e também atos normativos expedidos pela administração. b) Doutrina: São teses de doutrinadores que influenciam nas decisões administrativas, como no próprio Direito Administrativo. c) Jurisprudência: reiteração de julgamentos num mesmo sentido. d) Costume: é a reiteração da prática administrativa. Nos demais ramos do direito o costume tem perdido sua importância, mas no DA o costume ainda exerce influência em razão da deficiência da legislação ou nos casos em que seria impossível legislar sobre todas as situações. Ex. condutas do servidor público. SISTEMAS ADMINISTRATIVOS É o regime adotado pelo Estado para a correção dos atos administrativos ilegais ou ilegítimos praticados pelo poder público a) SISTEMA DO CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO / SISTEMA FRANCÊS: Veda ao Poder Judiciário conhecer dos atos da Administração, os quais se sujeitam unicamente à jurisdição especial do contencioso administrativo. NÃO É ADOTADO NO BRASIL. Nesse sistema todos os tribunais administrativos sujeitam-se diretamente ou indiretamente ao controle do Conselho de Estado que funciona como juízo de apelação e, excepcionalmente, como juízo originário. Entre outros inconvenientes sobressai o do estabelecimento de dois critérios de justiça: um da jurisdição administrativa, outro da jurisdição comum. Além disso, é uma jurisdição constituída por funcionários da própria Administração, sem as garantias de independência que há na magistratura. b) SISTEMA JUDICIÁRIO / SISTEMA INGLÊS / SISTEMA DE CONTROLE JUDICIAL / JURISDIÇÃO ÚNICA: É aquele em que todos os litígios são resolvidos judicialmente pela Justiça Comum, ou seja, pelos juízes e Tribunais do poder judiciário.adotado NO BRASIL Não quer dizer que se negue à administração o poder de decidir, o que se impõe é a possibilidade de suas decisões poderem ser revistas pelo judiciário. Seu fundamento constitucional é o art. 5º, XXXV da Constituição Federal, que consagra o princípio da inafastabilidade da jurisdição. OBS! Uma exceção a esse princípio, encontrada no próprio Texto Constitucional, é o caso da Justiça desportiva (art. 217, CF). PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS Princípios de uma ciência são as proposições básicas, fundamentais, típicas que condicionam todas as estruturações subseqüentes. Princípios, nesse sentido, são os alicerces, os fundamentos da ciência. (José Cretella Júnior, Filosofia do directo administrativo, Rio de Janeiro: Forense, 1999, p. 35) a) LEGALIDADE: Significa que o administrador está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da 1

2 lei, e as exigências do bem comum e deles não se podendo afastar sob pena de responder na esfera administrativa, civil e criminal. lei. Deve o administrador estar sempre pautado com a Na Administração Pública não há espaço para liberdade nem vontade pessoal. Enquanto na vida particular é lícito fazer tudo que a lei não proíba. Na administração pública só é lícito fazer aquilo que a lei autoriza. b) MORALIDADE: O ato administrativo não terá que obedecer somente à lei jurídica, mas também à ética da própria instituição em que ele trabalha. Tal princípio está ligado ao conceito de bom administrador procura do bem comum, Boa fé e honestidade. O administrador ao atuar não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto, mas também entre o honesto e o desonesto. A moralidade administrativa constitui hoje pressuposto de validade de todo ato administrativo. José do Santos C Filho diz que a ação popular é instrumento relevante de tutela jurisdicional, contemplado no art. 5º, LXXIII da CF. Pela lei 4.717/65 qualquer cidadão pode deduzir a pretensão de anular atos do poder público contaminados de imoralidade administrativa. O legislador Constituinte ainda colocou a Ação de Improbidade Administrativa visando a responsabilização daqueles que violem a moralidade administrativa, estabelecendo no art. 37, 4º as seguintes sanções para os atos de improbidade administrativa, sem prejuízo da ação penal cabível: a) suspensão dos direitos políticos; b) a perda da função pública,; c) a indisponibilidade dos bens; d) e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei. Sem prejuízo da ação penal cabível. CUIDADO! A Ação de Improbidade Administrativa não tem natureza penal e sim civil. Essa questão é cobrada constantemente em concursos públicos, assim, como foi cobrada na prova da ABIN em c) IMPESSOALIDADE / FINALIDADE: A Administração deve ser impessoal sem ter em mira este ou aquele indivíduo de forma especial. As realizações governamentais não são do funcionário público ou da autoridade mas da entidade pública em nome de quem as produzira. A própria CF dá uma conseqüência expressa a essa regra, quando, no art. 37, 1º, proíbe que conste nome, símbolos ou imagem que caracterizam promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos. Este princípio está implícito na lei 9.784/99, art. 2º único, III, pois exige-se objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes e autoridades. d) RAZOABILIDADE / PROPORCIONALIDADE Visa aferir a compatibilidade entre os meios e os fins de modo a evitar restrições desnecessárias ou abusivas com lesão aos direitos fundamentais. José dos Santos C Filho diz que a falta de razoabilidade é puro reflexo da inobservância de requisitos exigidos para a validade da conduta. E cita Celso Antônio uma providência desarrazoada não pode ser havida como comportada pela lei. logo é ilegal. Ou seja, a lei não admite falta de razoabilidade. Deste modo, atinge na verdade é a legalidade. José do Santos Carvalho Filho, em sua obra, coloca como dois princípios distintos o da razoabilidade e proporcionalidade e diz que para uma conduta ser proporcional deve ser: a) adequada: o meio empregado deve ser o correto em vista do fim colimado. b) necessária/exigibilidade: a conduta deve ser necessária. c) proporcionalidade em sentido estrito: quando as vantagens conquistadas superarem as desvantagens. Deve haver compatibilidade e equilíbrio entre os danos e as vantagens. Confira-se caso recente em que o STJ entendeu desarrazoada a exclusão de candidato de concurso público, tendo em vista que a convocação da segunda fase ocorreu por publicação no Diário Oficial após 8 anos a realização da primeira fase. CONCURSO PÚBLICO. CONVOCAÇÃO. SEGUNDA FASE. Trata-se de recurso em mandado de segurança a fim de desfazer ato que excluiu a ora recorrente da segunda etapa do concurso público para escrivão da polícia civil, sob a alegação de que ela não apresentou os documentos requeridos no prazo estipulado. Afirma a recorrente que a publicação do resultado da primeira etapa do certame deuse no dia 1º/5/1997 e que, apenas oitos anos depois dessa divulgação, mais precisamente em 20/8/2005, foi publicada, apenas no diário oficial estadual, a convocação daqueles candidatos habilitados para a realização da segunda fase do referido concurso. Sustenta, por isso, que o impedimento de que prossiga no concurso viola os princípios do contraditório e da razoabilidade, pois, em que pese o edital não prever uma forma de publicação, não é razoável que os candidatos habilitados permaneçam por mais de oito anos lendo o referido diário à espera da convocação. A Turma entendeu que, se não está prevista, no edital do concurso, que é a lei do certame, a forma como se daria a convocação dos habilitados para a realização de sua segunda etapa, o ato que excluiu a recorrente não se pode dar exclusivamente por intermédio do diário oficial, que não possui o mesmo alcance de outros meios de comunicação, sob pena de violação do princípio da publicidade. Ressaltou-se que, com o desenvolvimento de uma sociedade cada vez mais marcada pela crescente quantidade de informações oferecidas e cobradas habitualmente, seria de todo desarrazoado exigir que um candidato, uma vez aprovado na primeira etapa de um concurso público, adquirisse o hábito de ler o diário oficial estadual diariamente, por mais de oito anos, na esperança de deparar-se com sua convocação. Com esses fundamentos, deu-se provimento ao recurso para assegurar à recorrente o direito de ser convocada para as demais etapas do concurso público em questão. Precedente citado: RMS 2

3 BA. RMS BA, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 2/9/2008. e) PUBLICIDADE: Divulgação oficial do ato para conhecimento do público e para o início da produção de seus efeitos (eficácia), bem como o acesso às condutas administrativas. Não é elemento formativo do ato; é requisito de eficácia e moralidade. Em princípio, todo ato deve ser publicado. A regra é a publicidade somente se admitindo exceções em casos de segurança nacional, interesse superior da administração ou em casos que possam violar a intimidade ou privacidade. O princípio propicia a obtenção de informações, certidões, atestados da Administração, por qualquer interessado, desde que observe a forma legal, bem como o uso do hábeas data. f) EFICIÊNCIA: Exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição, rendimento e economicidade para a Administração. Foi acrescentado com a EC 19/98 (reforma administrativa). É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada com legalidade. A Lei 9.784/99 que regula o processo administrativo racionalizando e buscando eficiência, permite que na solução de vários assuntos da mesma natureza seja utilizado meio mecânico que produza os fundamentos de decisões, desde que não prejudique direitos ou garantias dos interessados.. Com a EC 45, passou a ser um direito com sede constitucional, pois foi inserido no art. 5º, inciso LXXVII que assegura a todos, no âmbito judicial e administrativo a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.. Afirma Lucas Rocha Furtado que a eficiência é um dos pressupostos da economicidade. Ao lado da eficiência, a eficácia e a efetividade estão compreendidas na expressão economicidade. A eficiência exige o exame da relação custo / benefício. É a necessidade de planejamento, contorno das necessidades e indicação das mais adequadas soluções na busca da satisfação do interesse público. Como expões Dirley da Cunha é a melhor utilização dos recursos. A eficácia, por seu turno, está relacionada com o exame dos resultados. Diz respeito ao sucesso da atuação administrativa. A efetividade pressupõe o cumprimento da eficiência e da eficácia. Na análise da efetividade deve ser averiguado se os resultados alcançados trouxeram os benefícios esperados. Lucas Furtado ensina que no exame da efetividade deve ser feita a comparação entre os objetivos ou metas que haviam sido fixadas por ocasião do planejamento e os resultados efetivamente alcançados. A efetividade é constatada quando se alcançam os resultados esperados com os meios adequados, utilizando de maneira correta os recursos públicos. g) SEGURANÇA JURÍDICA: Princípio que visa dar maior estabilidade das situações jurídicas, mesmo daquelas que a princípio apresentavam vício de ilegalidade. Decorre desse princípio a fixação do prazo de 5 anos, salvo comprovada má-fé, para a administração anular seus atos, conforme o art. 54 da Lei n /99. h) MOTIVAÇÃO: É a indicação de fatos (causa) que ensejam o ato e os preceitos jurídicos que autorizam sua prática. Teoria dos motivos determinantes: quando a administração indica os motivos que levaram a praticar o ato, este só será válido se os motivos forem verdadeiros. Segundo Maria Sylvia, a motivação, em regra, não exige formas específicas, podendo ser ou não concomitante com o ato, além de ser feita, muitas vezes por órgão diverso daquele que proferiu a decisão. Motivação aliunde: consiste em declaração de concordância co fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas que serão parte integrante do ato. O artigo 50 da Lei do Processo Administrativo Federal, explicita os atos que obrigatoriamente exigem motivação: Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; V - decidam recursos administrativos; VI - decorram de reexame de ofício; VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. 1 o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.(motivação ALIUNDE) 2 o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados. 3 o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata ou de termo escrito. i) SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O INTERESSE PARTICULAR: 3

4 Ao lado do princípio da legalidade, este princípio compõe a base do direito administrativo. A doutrina italiana define os interesses públicos primários como aqueles pertinentes à sociedade e tutelados no ordenamento jurídico, enquanto os secundários seriam atinentes ao governo exercido em determinada época por agentes públicos que integram o aparelho estatal. O interesse público primário deve coincidir com o interesse público secundário, uma vez que o interesse da Administração Pública só é legítimo se coincide com o interesse dos cidadãos amparados no ordenamento. Raquel Melo Urbano conclui da seguinte forma: Com efeito, o interesse da Administração Pública só é legítimo se coincide com o interesse dos cidadãos amparados no ordenamento. O único interesse público que é lícito ao Estado perseguir é o primário, porquanto não-divergente dos interesses da coletividade e delimitado pelos paradigmas normativos da ordem jurídica. É este o interesse coincidente coma soberania popular que deve prevalecer em todos os atos estatais, de natureza legislativa ou executiva, porquanto vinculante, genericamente, do Direito Público. Celso Antônio Bandeira de Mello trás a distinção entre interesse público primário e secundário. Este é o interesse do Estado como sujeito de direitos, aquele é o interesse da coletividade como um todo. CUIDADO! O interesse público secundário só é válido quanto coincide com o interesse público primário. INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO Os gestores da coisa pública, investidos de competência decisória, passam a ser autoridades, com poderes e deveres específicos do cargo ou função, com responsabilidades próprias. Cada agente administrativo é investido da necessária parcela de poder público para o desempenho de suas atribuições. O poder administrativo é atribuído à autoridade para remover os interesses particulares que se opõem ao interesse público. Nessas condições, o poder de agir se converte em dever de agir. A utilização do poder deve guardar conformidade com o que a lei dispuser. Pode-se concluir, então, que o abuso de poder é a conduta ilegítima do administrador, quando atua fora dos objetivos expressa ou implicitamente traçados na lei. Pode se dar de forma comissiva ou omissiva. O abuso de poder pode se dar de duas formas: a) Excesso de poder: quando a autoridade embora competente para praticar o ato, vai além do permitido e exorbita no uso de suas faculdades administrativas. b) Desvio de finalidade: embora atuando nos limites de sua competência, pratica o ato por motivos ou com fins diversos dos objetivos dados pela lei ou exigidos pelo interesse público. Ex: desapropriação, remoção de policial. j) AUTOTUTELA: Controlar seus próprios atos revogando os inconvenientes e inoportunos e anulando os ilegais. REVOGAÇÃO Controle de mérito Somente pela administração Efeitos ex nunc ANULAÇÃO Controle de legalidade Adm e judiciário Efeitos ex tunc Prazo de 5 anos, salvo comprovada má-fé. Art. 54, 9784/99. OBS! Os princípios constitucionais expressos são: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (LIMPE). Entretanto, os demais princípios estão implícitos no Texto Constitucional. Dessa forma, existem diversos princípios constitucionais, mas os expressos no art. 37, caput, da CF é o LIMPE. No art. 2º da Lei n /99 são relacionados os seguintes princípios: legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Por não poder dispor dos interesses públicos cuja guarda lhes é atribuída por lei, os poderes atribuídos a administração têm caráter de poder-dever; são poderes que ela não pode deixar de exercer, sob pena de responder pela omissão. Quando um poder jurídico é atribuído a alguém, pode ser exercido ou não. Essa é a regra geral. Mas o mesmo não se passa no âmbito do direito público. Os poderes administrativos são outorgados aos agentes do Poder Público para lhes permitir atuação voltada aos interesses da coletividade. ABUSO DE PODER Ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, ultrapassa os limites de suas atribuições ou se desvia das finalidades administrativas. Ora se apresenta de forma truculenta, dissimulado e não raro encoberto com a aparência de legalidade. 4

5 ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA A Administração Direta corresponde à atuação direta pelo próprio Estado através de seus órgãos. Significa as entidades políticas (União, Estados, DF e Municípios) administrando por meio de seus próprios órgãos. Por outro lado, a Administração Indireta é integrada por pessoas jurídicas de direito público ou privado, criadas ou autorizadas por lei específica que são: Autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. APENAS ESTAS! IMPORTANTE. Conforme a lição de Hely Lopes Meirelles, os órgãos são centros de competência despersonalizados, instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada a pessoa a que pertencem. Cada órgão tem necessariamente funções, cargos e agentes, mas é distinto desses elementos que podem ser modificados, substituídos ou retirados sem supressão da unidade orgânica. O Decreto-lei n. 200/67 dispõe sobre a organização da Administração Federal e apresenta os seguintes conceitos: Art. 4 A Administração Federal compreende: I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: a) Autarquias; b) Emprêsas Públicas; c) Sociedades de Economia Mista. d) fundações públicas. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987) Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade. (Renumerado pela Lei nº 7.596, de 1987) Há também o conceito legal de órgão contido no art. 1º, 2º da lei 9.784/99, sendo a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta. TEORIAS DO ÓRGÃO Pela teoria do MANDATO considerava-se o agente como mandatário da pessoa jurídica, mas essa teoria ruiu diante da só indagação de quem outorgaria o mandato. Pela teoria da REPRESENTAÇÃO considerava-se o agente representante da pessoa, à semelhança do tutor e do curador dos incapazes. Mas como pode se conceber que o incapaz outorgue validamente a sua própria representação. Hoje prevalece a teoria do ÓRGÃO, segundo a qual as pessoas jurídicas expressam a sua vontade através de seus próprios órgãos, titularizados por seus agentes. Essa teoria é utilizada por muitos autores para justificar a validade dos ator praticados por funcionário de fato, considera-se que o ato do funcionário é ato do órgão e, portanto, imputável à Administração. A teoria do órgão veio substituir as superadas teoria do mandato e da representação, pelas quais se pretendem explicar como se atribuíram ao Estado e às demais pessoas jurídicas públicas os atos das pessoas humanas que agissem em seu nome. Na verdade, não há entre a entidade e seus órgãos relação de representação ou de mandato, mas sim de IMPUTAÇÃO, porque a atividade dos órgãos identifica-se e confunde-se com a da pessoa jurídica. Daí porque os atos dos órgãos são havidos como da própria entidade que eles compõem. Assim, os órgãos do Estado são o próprio Estado compartimentado em centros de competência, destinados ao melhor desempenho das funções estatais. José dos Santos Carvalho Filho fala em princípio da imputação volitiva em que a vontade do órgão público é imputada a pessoa jurídica a cuja estrutura pertence. Sendo que a teoria tem aplicação concreta na hipótese da chamada função de fato. Desde que a atividade provenha de um órgão, não tem relevância o fato de ter sido exercido por um agente que não tenha investidura legítima. Basta a aparência da investidura e o exercício da atividade pelo órgão: nesse caso, os efeitos da conduta vão ser imputados à pessoa jurídica. A CRIAÇÃO E A EXTINÇÃO de órgãos da administração pública depende de LEI, de iniciativa privativa do Chefe do Executivo (art. 48, XI e 61, 1º, e da CF) a quem compete, privativamente e por DECRETO dispor sobre a ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO desses órgãos públicos, quando não implicar aumento de despesas nem criação ou extinção de órgãos públicos (CF art. 88, VI, b). Assim, para a criação e extinção de órgãos há a necessidade de lei, entretanto, para dispor sobre a organização e funcionamento poderá ser feito por ato normativo inferior à lei, o decreto. Os órgãos integram a estrutura do Estado e das demais pessoas jurídicas como partes desses corpos vivos (como acontece com o corpo humano). Os órgãos não têm personalidade jurídica nem vontade própria, mas na área de suas atribuições e nos limites de sua competência funcional expressam a vontade da entidade que pertencem. Os órgãos são meros INSTRUMENTOS de ação dessas pessoas jurídicas. CAPACIDADE PROCESSUAL O órgão não possui, como regra, ter capacidade processual, ou seja, idoneidade para figurar em qualquer dos pólos de uma relação processual. Entretanto, tem evoluído a doutrina de atribuir capacidade a órgãos públicos para certos litígios, como o caso de impetração de mandado de segurança por órgãos de natureza constitucional, quando se trata de defesa de sua competência. Cite-se a exemplo a Assembléia Legislativa Estadual. Mais recentemente, veio a dispor o Código de Defesa do Consumidor que são legitimados para promover a liquidação e execução de indenização as entidades e órgão da administração pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por esse código. Como 5

6 ressalta José dos Santos Carvalho Filho, tal situação é excepcional e só admissível ante expressa previsão legal. CLASSIFICAÇÃO a) Quanto à posição estatal, ou seja, quanto à posição ocupada pelos órgãos na escala governamental ou administrativa. INDEPENDENTES: são os originários da Constituição e representativos dos poderes do Estado. Sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional. São também chamados de órgãos primários do Estado. Esses órgãos exercem as funções outorgadas diretamente pela CF, para serem desempenhadas pessoalmente pelos seus membros (agentes políticos), segundo normas especiais e regimentais. São exemplos: Corporações Legislativas (Congresso Nacional, Câmara dos Deputados e Senado Federal) Chefias do Executivo ( Presidência da República, Governadorias dos Estados e DF e Prefeituras) Tribunais Judiciários e os Juízes singulares MP federal e estadual TC da União, Estados e Municípios. AUTÔNOMOS: localizados na cúpula da Administração, imediatamente abaixo dos órgãos independentes e diretamente subordinados os seus chefes. Tem ampla autonomia administrativa e financeira. Órgãos com funções de planejamento, supervisão, coordenação e controle das atividades que estão na área de sua competência. Executam com autonomia suas funções específicas, mas segundo diretrizes dos órgãos independentes, que expressam as opções políticas do Governo. Seus dirigentes, em regra, não são funcionários, mas sim, agentes políticos nomeados em comissão. Temos os seguintes exemplos: Secretarias de Estado e Município Advocacia Geral da União SUPERIORES: detêm poder de direção, controle e decisão e comando de assuntos de sua competência específica,mas sempre sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia mais alta. Não gozam de autonomia administrativa nem financeira. Sua liberdade funcional restringe-se ao planejamento e soluções técnicas dentro da sua área de competência. O que o importa para caracterizá-lo como superior é a preeminência hierárquica na área de suas atribuições. Nessa categoria estão as primeiras repartições dos órgãos independentes e dos autônomos. Gabinetes Secretarias Gerais Inspetorias Gerais Procuradorias Judiciais Coordenadorias Departamentos Divisões SUBALTERNOS: são todos aqueles que se acham hierarquizados a órgãos mais elevados, com reduzido poder decisório e predominância de atribuições de execução. Destinam-se a realização de serviços de rotina, tarefas de formalização de atos administrativos, cumprimento de decisões e etc. b) Quanto à estrutura SIMPLES: constituídos por um só centro de competência. O que o tipifica é a inexistência de outro órgão incrustado na sua estrutura, para realizar desconcentradamente sua função principal ou para auxiliar no seu desempenho. COMPOSTOS: reúnem na sua estrutura outros órgãos menores, com função principal idêntica (atividade fim realizada de maneira desconcentrada) ou com funções auxiliares diversificadas (atividade meio atribuídas a vários órgãos menores). O órgão maior e de mais alta hierarquia envolve os menores inferiores. Ex.: secretaria de educação órgão composto tem na sua estrutura unidades escolares(atividade fim idêntica) órgãos de pessoal, de material, de transporte(atividade meio diversificada). c) Quanto á atuação funcional SINGULARES OU UNIPESSOAIS: atuam e decidem através de um único agente, que é seu chefe e representante. Presidência da República Governadorias dos Estados Prefeituras COLEGIADOS OU PLURIPESSOAIS: atuam e decidem pela manifestação conjunta e majoritária da vontade de seus membros. Após a votação, os votos vencedores da maioria fundem-se unitariamente num ato simples. Como dito acima, a Administração Indireta é integrada por pessoas jurídicas de direito público ou privado, criadas ou autorizadas por lei específica que são: Autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. APENAS ESTAS! IMPORTANTE. Conforme diz Carvalho Filho, é o próprio Estado executando algumas de suas funções de forma descentralizada. Seja porque o tipo de atividade tenha mais pertinência para ser executada por outras entidades, seja para obter maior celeridade, eficiência e flexibilização em seu desempenho. 6

7 Uma das características da Administração Indireta é a especialidade de cada entidade. Existe Administração Indireta Federal, Estadual, Municipal e no DF. O órgão da Administração Direta que se vincula a entidade exerce o controle administrativo (tutela) sobre a mesma. Em nível federal, conforme determinação do Decreto Lei n. 200/67, esse controle denomina-se supervisão ministerial, sendo atribuição do Ministro do Estado competente. DESCENTRALIZAÇÃO é a distribuição de competências de uma para outra pessoa jurídica. Quando se fala em descentralização, se fala em CONTROLE FINALÍSTICO, pois as entidades da Administração Indireta permanecem vinculadas à finalidade para a qual foram criadas. DESCONCENTRAÇÃO é uma distribuição interna de competências dentro da mesma pessoa jurídica. Isso é feito para descongestionar, tirar do centro um volume grande de atribuições. Quando se fala em desconcentração, se fala em CONTROLE HIERÁRQUICO. Tanto pode ocorrer na administração direta e indireta. IMPORTANTE! Carvalho Filho diz que a denominada Administração Direta reflete a administração centralizada, ao passo que a Administração Indireta conduz à noção de Administração Descentralizada. Por exemplo: dentro do Ministério do Trabalho, há diversos órgãos. É uma desconcentração. Para facilitar a administração, descongestionar. Mas todos os órgãos submetidos ao controle hierárquico do Ministro do Trabalho, e este submetido ao controle do Presidente da República. O artigo 37, XIX da CF determina a criação das entidades da Administração Indireta: XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Por lei específica deve-se entender a lei decorrente de projeto de lei elaborado somente com a finalidade de criar a entidade. Conforme o art. 37, XIX da CF é atribuído à Lei Complementar a definição das áreas de atuação da Fundação. Depende ainda de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias dessas entidades e a participação de qualquer delas em empresa privada. XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; OBS! Vale salientar que o STF apreciando a ADIN n entendeu que basta a lei autorizativa geral da Empresa Pública ou Sociedade de Economia Mista ter previsão para a criação de subsidiárias que se dispensa a autorização legislativa em cada caso. A) AUTARQUIAS: Conforme o Decreto-lei n. 200/67 que dispõe sobre a organização da Administração Federal a Autarquia é o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. CARACTERÍSTICAS a.1) Pratica atividade TÍPICA de Estado, como são as atividades de fiscalização, regulação, controle, poder de polícia, dentre outras. Atribui as autarquias a execução de serviços públicos de natureza social e de atividades administrativas, com a exclusão dos serviços e atividades de cunho econômico e mercantil, estes serão adequados a outras pessoas administrativas como as Sociedade de Economia Mista (SEM) e Empresa Pública (EP). a.2) Criação e extinção por LEI. É com o início de vigência da lei criadora que tem início a personalidade jurídica das autarquias. Não necessita de registro. a.3) Personalidade de direito público. a.4) Capacidade de auto-administração, patrimônio e receita próprios. a.5) Especialização dos fins ou atividades. a.6) Sujeição a controle ou tutela (indispensável para que não desvie dos seus fins) a.7). Regime jurídico dos Servidores. Quanto aos dirigentes são livremente nomeados e exonerados pelo Chefe do Executivo ou por auxiliar direto, exercendo cargos em comissão. OBS! O STF entendeu pela possibilidade de se condicionar a investidura de Presidente de Autarquia à autorização legislativa, inclusive em todos os níveis da Federação em razão do princípio da simetria (ADI n /PA) Quanto aos seus servidores, devem ser servidores estatutários, com a garantia da estabilidade, pois exercem atividades de fiscalização, regulação, controle. Ou seja, atividades típicas de Estado. (ADI n STF) a.8) Seus bens são considerados bens públicos. Conforme o Código Civil de 2002 em seu artigo 98: São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencem. Assim, o critério para a qualificação de bem público deixou de ser o fato de pertencer a pessoa jurídica da federação para ser aquele que pertence a qualquer pessoa de direito público. Pois o Código Civil anterior classificava como bens públicos apenas aqueles pertencentes às pessoas da Federação (União, Estados, Municípios e DF) sendo os demais privados. 7

8 a.9) Objeto - Assistenciais: auxílio a regiões menos desenvolvidas ou a categorias específicas. Ex: INCRA, ADENE. - Previdenciárias.Ex: INSS - Culturais: UFRJ, UNB - Profissionais: incumbidas da inscrição de certos profissionais e de fiscalizar sua atividade. OAB, CRM - Administrativas: INMETRO - Atividades de controle: agências reguladoras. OBS! O STJ considerou a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB autarquia profissional de regime especial ou sui generis, que não pode ser confundida com as demais corporações similares, pois a OAB é serviço público dotado de personalidade jurídica e forma federativa. As contribuições pagas pelos não tem natureza tributária, sendo que o título executivo extrajudicial não se aplica a lei 6830/80, também não se sujeita as normas da lei 4.320/64 nem ao controle do TCU. O STF entendeu também pela desnecessidade de concurso público para admissão de empregados na OAB (ADI n. 3026). PRERROGATIVAS AUTÁRQUICAS a) imunidade tributária: o art. 150, 2º da CF veda a instituição de impostos sobre o patrimônio, renda e os serviços das autarquias, desde que vinculados as suas finalidades essenciais ou que delas decorram. (O STJ entendeu que a imunidade abrange inclusive imóveis alugados a terceiros, Resp , informativo 128). b) Impenhorabilidade de seus bens e suas rendas: os pagamentos devem ser feitos por precatórios judiciais(art. 100 CF) e a execução obedece a regras próprias da lei processual( art. 730 e 731 CPC). c) Imprescritibilidade e seus bens: não estão sujeito à usucapião. d) Prescrição qüinqüenal: dívidas e direitos em favor de terceiros contra autarquias prescrevem em 5 anos. e) Créditos sujeitos à execução fiscal: f) É considerada Fazenda Pública Aplicação do art. 188 Código Processual Civil: Art Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público. Aplicação do art. 475 Código Processual Civil: Art Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: (Redação dada pela Lei nº , de ) I - proferida contra a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município, e as respectivas autarquias e fundações de direito público; (Redação dada pela Lei nº , de ) II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução de dívida ativa da Fazenda Pública (art. 585, VI). (Redação dada pela Lei nº , de ) 1 o Nos casos previstos neste artigo, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, haja ou não apelação; não o fazendo, deverá o presidente do tribunal avocá-los. (Incluído pela Lei nº , de ) 2 o Não se aplica o disposto neste artigo sempre que a condenação, ou o direito controvertido, for de valor certo não excedente a 60 (sessenta) salários mínimos, bem como no caso de procedência dos embargos do devedor na execução de dívida ativa do mesmo valor. (Incluído pela Lei nº , de ) 3 o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em jurisprudência do plenário do Supremo Tribunal Federal ou em súmula deste Tribunal ou do tribunal superior competente. (Incluído pela Lei nº , de ) a.10) Responsabilidade objetiva do Estado na forma do art. 37, 6º da CF: 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. OBS! ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS - A lei /05 que dispõe sobre normas gerais de instituição de consórcios públicos, previu que estes mecanismos deverão constituir associação pública ou pessoa jurídica de direito privado. Formado o consórcio público com fisionomia jurídica de associação pública sempre para a consecução de objetivos de interesse comum dos entes pactuantes e para a implementação do sistema de gestão associada, esta com base no art. 241 da CF terá ela personalidade jurídica de direito público e natureza jurídica de autarquia, com todas as prerrogativas que a ordem jurídica dispensa a estas entidades em geral. OBS! As Agências Reguladoras têm natureza autárquica. As chamadas Agências Executivas são resultado de uma qualificação que pode ser atribuída a uma autarquia ou fundação que celebra o contrato de gestão na forma do art. 37, 8º da CF. As duas entidades serão objeto de estudo mais a diante. B) FUNDAÇÕES Conforme o Decreto-lei n. 200/67 que dispõe sobre a organização da Administração Federal é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987) Natureza das fundações: A tese atualmente dominante, defende a existência de dois tipos de fundações públicas: as fundações de direito público e as de direito privado, aquelas sustentando personalidade jurídica de direito público e estas de direito privado. Por esse entendimento, as fundações de direito público são caracterizadas como 8

9 verdadeiras autarquias, razão por que são denominadas de fundações autárquicas ou autarquias fundacionais. Seriam elas um gênero de autarquias. Nesse sentido, temos os seguintes doutrinadores: Celso Antônio Bandeira de Mello, Maria Sylva, Diógenes Gasparini, Cretella Júnior e o STF, RE , dentre outros doutrinadores. CARACTERÍSTICAS b.1) Pratica atividade NÃO EXCLUSIVA do Estado (saúde, educação(unb), cultural) b.2). Criação Se for fundação de direito privado a lei apenas autoriza a criação, a personalidade jurídica é adquirida com a inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Se a fundação pública for de natureza autárquica a regra a ser aplicada é a mesma que incide sobre as autarquias, a lei cria. b.4) Possuem autonomia administrativa: ou seja, administram a si próprias, sem subordinação hierárquica. b.5) Deve ser criada sem fins lucrativos, embora possa obter lucro em virtude da gestão adotada; se assim for tais lucros reverterão ao atendimento dos fins da entidade. b.6) Incidem as normas de contratação e licitação da lei 8666/93. b.7) Pode ser qualificada como agência executiva. O contrato de gestão será celebrado por período mínimo de 1 ano e fixará os objetivos, metas, indicadores de desempenho e os recursos necessários. b.8) As duas modalidades de fundações instituídas pelo Poder Público(públicas e privadas) fazem jus à imunidade tributária do art. 150, 2º da CF, pois o alcance da norma não impôs qualquer restrição: é extensivo ás fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. b.9) Regime de pessoal O regime de pessoal das fundações de direito público aplica-se o mesmo regime dos servidores das autarquias, servidores estatutários com garantia da estabilidade. Já no caso das fundações de direito privado deve sujeitar-se ao regime da CLT, mas com pertinência das normas constitucionais do art. 37 da CF que veda a acumulação de cargos e a necessidade de concurso público. Contas b.10) Controle do Ministério Público b.11) controle financeiro exercido pelo Tribunal de b.12) foro dos litígios Se fundação de direito privado o foro é a Justiça Comun. Se de natureza pública e é fundação criada em nível federal o foro será a Justiça Federal, nos termos do art. 109 da CF: julgar: Art Aos juízes federais compete processar e I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; b.13) Responsabilidade objetiva do Estado na forma do art. 37, 6º da CF: 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. C) SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA E EMPRESA PÚBLICA Nas palavras de Carvalho Filho, o Estado se vale de tais entidades para a possibilidade de execução de alguma atividade de seu interesse com maior flexibilidade, sem os empasses do emperramento burocrático das pessoas jurídicas de direito público. O Estado afasta-se um pouco como Poder para assemelhar-se a um empresário, que precisa de celeridade e eficiência para atingir seus objetivos. Afirma ainda o citado autor que tais empresas criadas pelo Estado podem ser prestadoras de serviços públicos ou exercerem atividade econômica. Tanto a sociedade de economia mista como a empresa pública. Mas não são todos os serviços públicos que poderão ser exercidos por estas entidades, mas somente aqueles que, mesmo sendo prestados por empresa estatal, poderiam sê-lo pela iniciativa privada. Desse modo, excluem-se aqueles serviços ditos próprios do Estado como a segurança pública, a prestação da justiça. Tais entidades tem natureza híbrida, já que sofrem o influxo de normas de direito privado em alguns setores de sua atuação e de normas de direito público em outros, como a regra do concurso público, prestação de contas ao Tribunal de Contas, necessidade de licitação. Há sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributárias. Veda-se ao Estado-empresário a obtenção de vantagens de que também não possam usufruir as empresas da iniciativa privada. O art. 173 da CF propicia a criação das estatais que realizam atividade econômica nos seguintes termos imperativo de segurança nacional ou relevante interesse coletivo. Art Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, 9

10 comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.(incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 2º - As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. 3º - A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade. 4º - A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. 5º - A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular. Quanto ao regime tributário, merece algumas considerações à parte. Determina a Constituição que estas entidades não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. Sustentam alguns autores que o nivelamento do regime tributário só é aplicável quando se trata de entidades que exploram atividade econômica em sentido estrito, podendo haver privilégios em favor daquelas que executam atividades econômicas sob a forma de serviços públicos. Nesse sentido, Diógenes Gasparini, Celso Antônio, Maria Sylvia. Por outro lado Hely Lopes e Carvalho Filho entendem diferente. Que todas as empresas públicas e sociedades de economia mista devem sujeitar-se ao mesmo regime tributário aplicável às empresas privadas, não importa qual o seu fim. Mas no caso de serviço público monopolizado é aceitável a concessão de privilégios em virtude da inexistência de ameaça ao mercado. OBS! O STF adotou o entendimento de que a Empresa Brasileira de Correio e Telégrafos - ECT está abrangida pela imunidade tributária recíproca prevista no art. 150, VI, a da CF, por se tratar de prestadora de serviço público exclusivo do Estado. (RE ). Exemplos de Empresa Pública: SERPRO; ECT; BNDES, Caixa Econômica Federal, Terracap-DF, CAESB DF. Exemplos de Sociedades de Economia Mista: Banco do Brasil, Petrobrás, CEB. Essas duas sociedades possuem traços comuns e traços que distintivos. Veremos primeiro os traços comuns entre a empresa pública e a economia mista. c.1) Traços Comuns: c.1.2) Lei autoriza a criação (art. 37, XIX da CF) Entretanto, nem sempre a entidade surge da lei, podendo resultar da transformação de órgãos públicos ou de autarquias, ou de desapropriação de entidade privada. O STF tem decidido que, mesmo quando o Poder Público passa por qualquer fato jurídico, a deter a maioria do capital da empresa, esta não poderá ser considerada com sociedade de economia mista, por que lhe faltará o elemento indispensável a essa configuração: autorização legal. O princípio da reserva legal (necessidade de autorização legislativa para sua criação) se aplica também à hipótese de instituição de empresas subsidiárias das empresas públicas e das sociedades de economia mista. Mas não é necessário que haja uma lei autorizadora específica para que seja criada cada subsidiária. O STF em decisão proferida na ADI. N entendeu que basta a autorização genérica na lei autorizativa instituidora da entidade primária para a possibilidade de instituição de futuras subsidiárias. Segundo Carvalho Filho, empresas subsidiárias são aquelas cujo controle e gestão de atividades são atribuídos à empresa pública ou sociedade de economia mista diretamente criadas pelo Estado. Ex. o Estado cria e controla diretamente determinada SEM (primária) e esta, por sua vez, passa a gerir uma nova SEM, tendo também o domínio do capital votante. c.1.3) Personalidade jurídica de direito privado Tanto a EP como a SEM são empresas de caráter privado que pertencem ao Estado. c.1.4) Sujeição ao controle do Tribunal de Contas. Essa possibilidade foi confirmada pelo STF ao julgar o MS e o MS c.1.5) Derrogação parcial do regime de direito privado por normas de direito público. Como dito, são entidades privadas do Estado, mas que sofreram a influência de uma série de regras de direito público, como por exemplo a necessidade de concurso e a prestação de contas ao Tribunal competente. c.1.6) Desempenham atividade de natureza econômica ou prestam serviços públicos. c.1.7) Realização de licitação para contratar. Enquanto não se editar estatuto jurídico próprio daquelas entidades que explorem atividade econômica, nos termos do art. 173 da CF, continuam a reger-se pela lei 8666/93 e devem fazer licitação quanto forem realizar contratos para as atividades-meio da empresa. No que se referem a atividade-fim não é necessária a licitação. c.1.8) Pessoal regido pela Consolidação das Leis Trabalhistas e necessidade de realização de concurso público para preenchimento dos empregos. c.1.9) Responsabilidade objetiva do Estado se forem prestadoras de serviços públicos, se forem exploradoras de atividade econômica a responsabilidade é subjetiva, na forma do art. 37, 6º da CF: 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, 10

11 causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. c.1.10) Falência Com o advento da lei /05 que regula a recuperação judicial e extrajudicial e a falência e revoga o DL 7661/45 ficou positivado que a lei não se aplica a EP e SEM. Como o legislador foi peremptório a respeito e não disitinguiu as entidades, deve-se concluir que não se aplica o regime falimentar a essas pessoas paraestatais, independentemente da atividade que desempenham. Não foi feliz o legislador. c.1.11) Estão submetidas a regra de exigência do concurso público. Entretanto, somente estão limitadas ao teto remuneratório se recebem recursos da entidade política, na forma do art. 37, 9º da CF: 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) EMPRESAS CONTROLADAS PELO PODER PÚBLICO O poder público é acionista, controla e tem ascendência sobre essas entidades, sem que sejam identificadas como EP ou SEM. Integram as estatais sem integrar a Administração Indireta. No entanto, sujeitam-se ao controle administrativo (tutela). Os contratos devem ser precedidos de licitação, conforme art. 1º, 8666/93. Há sociedades em que o capital pertencente ao Estado é minoritário e não possibilita o controle societário. São denominadas Sociedades de mera participação do Estado. Não integram a Administração Pública e não são consideradas SEM. C.2) Traços distintivos: c.2.1) Forma de organização Sociedade de Economia Mista: será sempre uma Sociedade Anônima SA. Empresa Pública: qualquer forma admitida em direito, inclusive uma SA. Porém, a forma inédita é somente para as SEM e EP criadas pela União, pois Estados e Municípios não tem competência para legislar sobre Direito Civil ou Comercial (art. 22, I). c.2.2) Composição do capital Sociedade de Economia Mista: capital público(recursos oriundos das pessoas de direito público ou de outras pessoas administrativas vinculadas as Estado) E privado(participação de particular na formação do capital) com a maioria do capital social com direito a voto (maioria das ações) no controle do Estado. Empresa Pública: Capital apenas público. Só é admissível que participem do capital pessoas administrativas, seja qual for seu nível federativo ou sua natureza jurídica(pública ou privada). Inicialmente, o DL 200/67 previa que o capital fosse exclusivo da União, mas posteriormente o DL 900 alterou esse dispositivo, passando a dispor que desde que a maioria do capital votante pertença a União... c.2.3) Foro processual As EP FEDERAIS quando forem autoras, rés, assistentes ou opoentes, segundo o art. 109 da CF têm seus privilégios processados e julgados na Justiça Federal. Art Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; Mas não são todas as situações, veja-se a súmula 270 STJ o protesto pela preferência de crédito, apresentado por ente federal (EP, autarquias e fundações públicas) em execução que tramita na Justiça Estadual, não desloca a competência para a Justiça Federal. As SEM têm suas ações processadas e julgadas na Justiça Estadual já que a CF silenciou a respeito. O STF firmou essa posição na Súmula 517, só admitindo o deslocamento para a Justiça Federal quando a União intervém como assistente ou opoente. Importante observação faz Carvalho Filho no sentido de que a diferença apenas abrange as EP federais. As EP estaduais e municipais litigarão na justiça estadual no juízo fixado na lei de organização judiciário do Estado. Forma de organização Composição do capital Foro processual RESUMINDO OS TRAÇOS DISTINTIVOS: D) AGÊNCIAS EP Qualquer forma Público somente SA SEM Público + privado Justiça Federal se Justiça Estadual autoras, rés, assistentes ou opoentes. Nos termos do art. 109 da CF No processo de modernização do Estado, uma das medidas preconizadas pelo Governo foi a criação de um grupo especial de autarquias a que se denominou agências, com o objetivo de controle de pessoas privadas incumbidas da prestação de serviços públicos. São entidades caracterizadas por ser ainda maior independência com relação ao poder Executivo. São autarquias de regime especial, em razão disso seus atos não pode ser revistos ou alterados pelo Poder Executivo. A principal diferença entre uma autarquia comum e a agência reguladora está no modo de escolha ou nomeação do dirigente. Por vezes está na existência de mandato do dirigente insuscetível de cassação por ato do Chefe do Executivo. Bem como pelo chamado poder normativo 11

12 técnico, que é a delegação para editar normas técnicas, chamado de deslegalização com edição de normas gerais formalizadas por atos administrativos regulamentares. D.1) AGÊNCIA EXECUTIVA É uma qualificação dada à autarquia ou fundação que por meio de um contrato de gestão com o órgão da Administração indireta a que se acha vinculada, para a melhoria da eficiência e redução de custos. (art. 37, 8º). 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Dessa forma, o Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que celebre contrato de gestão. OBS! Como exemplo de tratamento diferenciado temos na Lei 8666/93, art. 24, parágrafo único, que aumenta de 10 para 20% o percentual sobre o limite do convite, na dispensa de licitação. As normas que regulam a qualificação de Agência executiva estão na Lei 9.649/98. D.2) AGÊNCIA REGULADORA O processo de modernização pelo qual passa o Estado acarretou a extinção total ou parcial do monopólio estatal de alguns serviços públicos e outras atividades e com a transferência total ou parcial, ao setor privado da execução de tais atividades e serviços, mediante concessões, permissões e autorizações, surgiram as agências reguladoras. Exemplos: Banco central, ANATEL, ANVISA, ANTAQ... - Existem aquelas que exercem típico poder de polícia. EX. ANVISA, ANA - Existem aquelas que regulam e controlam as atividades que são objeto de concessão, permissão ou autorização de serviços público(telecomunicações, energia elétrica, transportes) ANEEL, ANATEL Quanto ao regime jurídico dos servidores a lei previa inicialmente o regime de emprego público (CLT), sendo previstos alguns cargos em comissão regidos pelo regime estatutário. A lei anterior foi derrogada pela lei /04, que instituiu o regime estatutário. Hoje, portanto, os servidores devem sujeitar-se ao regime estatutário. Inclusive o STF teve a oportunidade de se manifestar sobre o assunto na ADI N quando deixou claro pela impossibilidade de se transferir atividade de polícia do Estado a empregados públicos. OBS! Somente a ANATEL e ANP têm fundamento constitucional (art. 21, XI e 177, 2º, III). E) 3º SETOR O terceiro setor é composto por entidades privadas que colaboram com o Estado no oferecimento de serviços que sejam de interesse coletivo. São denominados, para fins de concurso público, de paraestatais, apesar de se encontrar a legislação em alguns momentos mencionando as paraestatais como entidades da Administração Indireta. O Primeiro Setor é o Estado, composto pela Administração Direta e Indireta. O Segundo Setor é o mercado, são pessoas de direito privado que visam o lucro. E o Terceiro Setor são pessoas privadas que são incentivadas pelo Estado que exercem uma atividade privada de interesse público. Atualmente, fala-se em um Quarto Setor do Estado, caracterizado pelo mercado informal. As organizações sociais foram idealizadas para substituir entidades da Administração Pública que desenvolvam atividades consideradas não exclusivas de Estado, levando o exercício dessas atividade para fora do âmbito da Administração, a fim de implementar o projeto de redução do tamanho do Estado, também conhecido, às vezes, como doutrina do Estado mínimo, um dos pilares do denominado, também conhecido como neoliberalismo. Pode ser constatado pelo leitura da Lei n /98, que dispõe sobre a qualificação de entidades como organizações sociais, a criação do Programa Nacional de Publicização, que esta lei ao ser instituída implicou na extinção de alguns órgãos e entidades, como a Fundação Roquete Pinto e o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron e a qualificação de entidades privadas para absorver a atividade exercida anteriormente por estas instituições. Nos dizeres de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, a sua primeira linha de atuação é passar para as mãos da iniciativa privada todas as atividades que possam ser desempenhadas pela iniciativa privada. Essa é a diretriz do Estado mínimo. E.1) Serviços Sociais Autônomos - ENTIDADES DO SISTEMA S São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, destinadas a propiciar assistência social, médica ou ensino à população ou a certos grupos profissionais. Têm seus recursos principalmente de contribuições de empresas, arrecadadas e passadas à Previdência Social. Sua criação depende de lei autorizadora. Segundo Carvalho Filho, por serem pessoas jurídicas de criação autorizada em lei, bem como pela circunstância de arrecadarem contribuições parafiscais, caracterizadas como dinheiro público, submetem-se a controle do Poder Público, estando sempre vinculadas à supervisão do Ministério cuja área de competência estejam enquadradas. Prestam contam também aos Tribunais de Contas. O TCU entendia que deveria ser aplicada a lei 8666/93, mas mudou seu entendimento pois: a) o art. 22, XXVII da CF só dirige o princípio da obrigatoriedade de licitação à administração direta e indireta; b) a expressão entidades controladas só é aplicável a EP e SEM. Estão enquadradas na imunidade do art 150, VI, da CF( atendidos os requisitos da lei), pois se dedicam às atividades de assistência social e de educação para o trabalho. Dessa forma, possuem imunidade tributária. 12

13 A justiça competente é a Justiça Comum Estadual, pois são pessoas jurídicas de direito privado. e.2) Organizações Socias (OS s) O Poder Executivo Federal poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos os requisitos da lei. Celebram contrato de gestão com o poder público. As organizações sociais podem receber recursos orçamentários; utilização de bens públicos e servidores públicos. Alguns doutrinadores, como a profª. Maria Sylvia Di Pietro vêem na criação de OS s uma espécie de tentativa de fraude à Constituição. Isso porque as organizações sociais representariam uma maneira de exercer as mesmas atividades públicas, com uso do mesmo patrimônio público (as OS podem receber permissão gratuita do uso de bens públicos, que, obviamente, serão os mesmos bens que antes pertenciam à entidade da Administração extinta e substituída pela OS), dos mesmos recursos públicos (as OS têm recursos previstos em rubricas orçamentárias próprias, da mesma forma que antes tinha a entidade da Administração extinta e substituída pela OS), dos mesmos agentes públicos (às OS podem ser cedidos servidores públicos, com ônus para a origem), enfim, seria a mesma atividade, desempenhada com a mesma estrutura, com os mesmos recursos públicos só que, agora, sem que a entidade que a exerce integre a Administração Pública (estando, por isso, sujeita a controles muito menos rígidos). Maria Sylvia conceitua organizações sociais como pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por iniciativa de particulares, para desempenhar serviços sociais não exclusivos do Estado, com incentivo e fiscalização pelo Poder Público, mediante vínculo jurídico instituído por meio de contrato de gestão. A Lei 9.648/1998, que trata da qualificação das organizações sociais acrescentou o inciso XXIV ao art. 24 da Lei 8.666/1993, artigo este que enumera as hipóteses de licitação dispensável, possibilitando a dispensa de licitação na celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão. Assim, para a qualificação da entidade privada como organizações sociais não há a obrigatoriedade de licitação. Entretanto, com a edição do Decreto 5.504/2005 que, no seu art. 1º, e 1º e 5º, passou a prever que, quando a organização social é a entidade contratante, e o contrato, relativo a obras, compras, serviços e alienações, envolver recursos ou bens repassados a ela pela União, previstos no contrato de gestão, deverá ser realizada, pela organização social, licitação pública prévia, de acordo com o estabelecido na legislação federal pertinente (isto é, com observância da Lei 8.666/1993 e da Lei /2002, esta última a lei geral do "pregão"). Caso se trate de aquisição de bens e serviços comuns, será obrigatório o emprego da modalidade pregão, preferencialmente o pregão eletrônico. Dessa forma, para a realização de contratações que envolverem recursos repassados pela União é necessário utilizar a Lei n /93 para a futura contratação. E.3) Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) Quem qualifica é o MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. (lei 9790/99). Seu campo de atuação é semelhante ao da OS, entretanto é mais amplo: Art. 3 o A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o princípio da universalização dos serviços, no respectivo âmbito de atuação das Organizações, somente será conferida às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham pelo menos uma das seguintes finalidades: I - promoção da assistência social; II - promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; III - promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das organizações de que trata esta Lei; IV - promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação das organizações de que trata esta Lei; V - promoção da segurança alimentar e nutricional; VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; VII - promoção do voluntariado; VIII - promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza; IX - experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito; X - promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar; XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais; XII - estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas neste artigo. Conforme o art. 2º da referida lei, várias entidades como sindicatos, associações de classe, instituições religiosas, escolas privadas, inclusive fundações públicas não podem se qualificar como OSCIP. A lei em estudo apresenta uma lista de entidades que não podem se qualificar como OSCIP S: Art. 2 o Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3 o desta Lei: I - as sociedades comerciais; II - os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional; III - as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais e confessionais; IV - as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações; 13

14 V - as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito de associados ou sócios; VI - as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados; VII - as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras; VIII - as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras; IX - as organizações sociais; X - as cooperativas; XI - as fundações públicas; XII - as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por fundações públicas; XIII - as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema financeiro nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal. O vínculo que une a entidade ao Estado é o chamado termo de parceria. A entidade pode perder essa qualificação a pedido ou mediante decisão proferida em processo administrativo, de iniciativa popular ou do MP. PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE OS S E OSCISP S OS S OSCIP S Regida pela Lei 9.637/98 Regida pela Lei 9.790/99 Qualificação pelo Poder Qualificação pelo Executivo Federal Ministério da Justiça A qualificação é ato A qualificação é ato discricionário. vinculado. Celebra Contrato de Gestão Celebra Termo de Parceria A lei não diz quem pode se qualificar. (art.1º) A lei diz que NÃO pode se qualificar. (art. 2º) A área de atuação é mais restrita. (art.1º) A área de atuação é mais ampla. (art.3º) Podem receber bens públicos Na lei não há essa previsão. e servidores. Para a realização de Para a realização de contratações que envolverem contratações que recursos repassados pela envolverem recursos União é necessário utilizar a Lei n /93 para a futura repassados pela União é necessário utilizar a Lei n. contratação /93 para a futura contratação. 14

15 RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL DO ESTADO - TEORIA DA IRRESPONSABILIDADE Teoria adotada na época dos Estados absolutistas e tinha como principal fundamento a idéia de soberania do Estado, baseada nos princípios de que o rei não pode errar (the king com do no wrong). - TEORIAS CIVILISTAS Por volta dos século XX a tese da irresponsabilidade tornou-se superada. Entretanto, inicialmente ao admitir-se a responsabilidade do Estado eram adotados os princípios do Direito Civil, apoiados na idéia de culpa. Inicialmente, havia a necessidade de identificação do agente público causador do dano, bem como era preciso fazer distinção entre os atos de império e gestão, pois admitia-se a responsabilidade civil decorrente apenas dos atos de gestão. Essa teoria serviu de inspiração para o artigo 15 do CC/16. Entretanto, o Código Civil de 2002 estabeleceu a responsabilidade nos termos da CF. - TEORIAS PUBLICISTAS Origem caso Blanco em 1873 a menina Agnes Blanco, ao atravessar a rua da cidade de Bordeaux, foi colhida por uma vagonete da Cia. Nacional de Manufatura do Fumo; seu pai promoveu ação civil de indenização com base no princípio de que o Estado é civilmente responsável por prejuízos causados a terceiros em decorrência da ação danosa de seus agentes. Começaram a surgir as teoria publicistas: teoria da culpa do serviço (falta do serviço) ou culpa administrativa e teoria do risco, desdobrada, por alguns autores, em teoria do risco administrativo e teoria do risco integral. A teoria da culpa procura desvincular a responsabilidade do Estado da idéia de culpa do funcionário. A culpa ocorre quando o serviço não funcionou, funcionou atrasado ou funcionou mal. Por isso o nome de culpa anônima, uma vez que não precisava identificar o funcionário causador do dano. Seguidamente, veio a teoria do risco que serviu de fundamento para a responsabilidade objetiva do Estado. A idéia de culpa é substituída pelo nexo de causalidade entre o funcionamento do serviço e o prejuízo sofrido. A maioria a doutrina não faz distinção entre teoria do risco e teoria do risco integral, considerando as duas expressões como sinônimas. - RESPONSABILIDADE NO DIREITO BRASILEIRO A Constituição Federal de 1946 inaugurou a tese da responsabilidade objetiva. Seguindo o mesmo raciocínio, a CF de 1988, no art. 37, 6º estabelece que: 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Na forma do referido artigo é necessário que se trate de pessoa jurídica de direito público ou de direito privado prestadora de serviços públicos. Assim, ficam excluídas as entidades da administração indireta que explorem atividade econômica. Exige também o artigo em estudo que o agente causador do dano atue nessa qualidade, ou seja, deve estar agindo no exercício de suas funções. Com base nesse requisito, o Supremo Tribunal Federal tem afastado a responsabilidade objetiva do Estado quando o agente público não tenha atuado nessa qualidade. Confiram-se os julgados abaixo: "Responsabilidade civil do Estado. Morte. Vítima que exercia atividade policial irregular, desvinculada do serviço público. Nexo de causalidade não configurado." (RE , Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em , DJ de ) (...) Caso em que o policial autor do disparo não se encontrava na qualidade de agente público. Nessa contextura, não há falar de responsabilidade civil do Estado. (RE , Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em , DJE de ). Responsabilidade civil objetiva do Estado. Artigo 37, 6º, da Constituição. Crime praticado por policial militar durante o período de folga, usando arma da corporação. Responsabilidade civil objetiva do Estado. Precedentes. (RE AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em , DJE de ) "Agressão praticada por soldado, com a utilização de arma da corporação militar: incidência da responsabilidade objetiva do Estado, mesmo porque, não obstante fora do serviço, foi na condição de policial-militar que o soldado foi corrigir as pessoas. O que deve ficar assentado é que o preceito inscrito no art. 37, 6º, da CF, não exige que o agente público tenha agido no exercício de suas funções, mas na qualidade de agente público." (RE , Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em , DJ de ) - RESPONSABILIDADE OBJETIVA DAS CONCESSIONÁRIAS. No julgamento do RE n /SP o STF deixou registrado que a responsabilidade objetiva das prestadoras de serviços públicos não se estende a terceiros não-usuários. A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente aos usuários do serviço, não se estendendo a pessoas outras que não ostentem a condição de usuário. Exegese do art. 37, 6º, da C.F. (RE , Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em , DJ de ) Assim, a posição que se tem, atualmente do STF, apesar de ser uma decisão da Segunda Turma (e não do Plenário) é que para o STF a responsabilidade objetiva das concessionárias e permissionárias de serviços públicos somente abrange relações travadas entre elas e os usuários do serviço público, não se aplicando a terceiros. - ESTADO COMO GARANTE Quando o Estado tem a posição de garante, quando está no dever legal de assegurar a integridade de pessoas ou coisas sob sua custódia, guarda ou proteção, responderá com base no art. 37, 6º, como nos casos de alunos de escolas 15

16 públicas, presos e internados em hospital. Os julgamentos do STF são nesse sentido. Vejamos: "Morte de detento por colegas de carceragem. Indenização por danos morais e materiais. Detento sob a custódia do Estado. Responsabilidade objetiva. Teoria do Risco Administrativo. Configuração do nexo de causalidade em função do dever constitucional de guarda (art. 5º, XLIX). Responsabilidade de reparar o dano que prevalece ainda que demonstrada a ausência de culpa dos agentes públicos." (RE , Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 1º-2-05, DJ de ). No mesmo sentido: AI AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em , DJ de "Preso assassinado na cela por outro detento. Caso em que resultaram configurados não apenas a culpa dos agentes públicos na custódia do preso posto que, além de o terem recolhido à cela com excesso de lotação, não evitaram a introdução de arma no recinto mas também o nexo de causalidade entre a omissão culposa e o dano. Descabida a alegação de ofensa ao art. 37, 6º, da CF." (RE , Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em , DJ de ) "O Poder Público, ao receber o estudante em qualquer dos estabelecimentos da rede oficial de ensino, assume o grave compromisso de velar pela preservação de sua integridade física, devendo empregar todos os meios necessários ao integral desempenho desse encargo jurídico, sob pena de incidir em responsabilidade civil pelos eventos lesivos ocasionados ao aluno. A obrigação governamental de preservar a intangibilidade física dos alunos, enquanto estes se encontrarem no recinto do estabelecimento escolar, constitui encargo indissociável do dever que incumbe ao Estado de dispensar proteção efetiva a todos os estudantes que se acharem sob a guarda imediata do Poder Público nos estabelecimentos oficiais de ensino. Descumprida essa obrigação, e vulnerada a integridade corporal do aluno, emerge a responsabilidade civil do Poder Público pelos danos causados a quem, no momento do fato lesivo, se achava sob a guarda, vigilância e proteção das autoridades e dos funcionários escolares, ressalvadas as situações que descaracterizam o nexo de causalidade material entre o evento danoso e a atividade estatal imputável aos agentes públicos." (RE , Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em , DJ de ) - RESPONSABILIDADE NO CASOS DE OMISSÃO O tema não é nem de longe pacífico. Tanto na doutrina, como nos Tribunais. Nas provas objetivas, marcar que é subjetiva. Mas não é o que prevalece. Vale lembrar que a CF foi omissa nesse ponto. 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Há teoria que diz que é objetiva, como por exemplo Hely Lopes Meirelles sustentava essa posição. Celso Antônio Bandeira de Mello diz que na omissão é subjetiva. Carvalho Filho entende que a responsabilidade civil do Estado na conduta omissiva só se desenhará quando presentes estiverem os elementos que caracterizam a culpa. Como dito, o tema não é pacífico na jurisprudência, confiram-se os seguintes julgados do STJ: INDENIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. ESTADO. SUICÍDIO. PRESO. Trata-se de ação de reparação de danos ajuizada pelo MP, pleiteando indenização por danos morais e materiais, bem como pensão aos dependentes de preso que se suicidou no presídio, fato devidamente comprovado pela perícia. A Turma, por maioria, deu parcial provimento ao recurso, reconhecendo a responsabilidade objetiva do Estado, fixando em 65 anos o limite temporal para o pagamento da pensão mensal estabelecida no Tribunal a quo. Outrossim, destacou o Min. Relator já estar pacificado, neste Superior Tribunal, o entendimento de que o MP tem legitimidade extraordinária para propor ação civil ex delicto em prol de vítima carente, enquanto não instalada a Defensoria Pública do Estado, permanecendo em vigor o art. 68 do CPP. Para o Min. Teori Albino Zavascki, o nexo causal que se deve estabelecer é entre o fato de estar o preso sob a custódia do Estado e não ter sido protegido, e não o fato de ele ter sido preso, pois é dever do Estado proteger seus detentos, inclusive contra si mesmo. REsp GO, Rel. Min. José Delgado, julgado em 17/10/2006. RESPONSABILIDADE CIVIL. ESTADO. OMISSÃO. Discutia-se a responsabilidade civil do Estado decorrente do fato de não ter removido entulho acumulado à beira de uma estrada, para evitar que ele atingisse uma casa próxima e causasse o dano, em hipótese de responsabilidade por omissão. Diante disso, a Min. Relatora traçou completo panorama da evolução da doutrina, legislação e jurisprudência a respeito do tortuoso tema, ao perfilar o entendimento de vários escritores e julgados. Por fim, filiouse à vertente da responsabilidade civil subjetiva do Estado diante de condutas omissivas, no que foi acompanhada pela Turma. Assim, consignado pelo acórdão do Tribunal a quo que a autora não se desincumbiu de provar a culpa do Estado, não há que se falar em indenização no caso. Precedentes citados do STF: RE SP, DJ 27/2/1998; RE SP, DJ 13/2/1998; RE RJ, DJ 31/5/2002; do STJ: REsp SP, DJ 8/9/2003, e REsp DF, DJ 22/10/2001. REsp RJ, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 21/8/2007. No STF o tema também não está pacificado. No RE decidiu-se que a responsabilidade é subjetiva na omissão. Por outro lado, ao julgar o RE , entendeu-se que a responsabilidade seria objetiva na omissão. Por fim, é necessário repetir: nas provas objetivas, aconselha-se marcar que a responsabilidade na omissão é subjetiva, em que pese o tema não ser nem um pouco pacífico. - EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA Maria Sylvia aponta como excludentes da responsabilidade o caso fortuito, força maior e a culpa exclusiva da vítima. A referida doutrinadora define a força maior como o acontecimento imprevisível, inevitável e estranho à vontade das partes, como uma tempestade ou terremoto. Nesses casos, 16

17 não há nexo de causalidade entre o dano e o comportamento da Administração. A mesma autora define que o caso fortuito decorre de um ato humano, como por exemplo quando se rompe uma adutora ou um cabo elétrico. Carvalho Filho não faz distinção entre os dois termos (caso fortuito e força maior), uma vez que ambos trazem a mesma conseqüência. Por outro lado, Hely Lopes e Diógenes Gasparini entendem que a força maior é o acontecimento humano e o caso fortuito o evento da natureza. Celso Antônio e Maria Sylvia consideram o caso fortuito um acidente que não exime a responsabilidade do Estado, como por exemplo a falha de uma peça mecânica ou o rompimento de um pneu. Para os referidos doutrinadores a responsabilidade do Estado não é afastada. Por outro lado, Carvalho Filho entende que tais fatos não são caracterizados como força maior ou caso fortuito. Tratam-se, na verdade, de fatos administrativos que geram a responsabilidade do Estado de forma objetiva. Entretanto, a Maria Sylvia ressalta que mesmo ocorrendo motivo de força maior, a responsabilidade do Estado poderá ocorrer, se aliada à força maior ocorrer omissão do Poder Público na realização de um serviço. Por exemplo, quando as chuvas provocam enchente na cidade, inundando casas e destruindo objeto, o Estado responderá se ficar demonstrado que a realização de determinados serviços de limpeza de rios ou dos bueiros e galerias de águas teria sido suficiente para impedir a enchente. A mesma regra se aplica quando se trata de atos de terceiros, como é o caso de danos causados por atos de multidão ou por delinqüentes. O Estado responderá se ficar caracterizada a sua omissão, ocorrendo falha na prestação do serviço público. Nos casos de culpa da vítima, a culpa concorrente da vítima atenua a responsabilidade do Estado, que é repartida com a vítima. José dos Santos C Filho trás como hipótese de culpa concorrente a circunstância do semáforo encontrar-se com defeito, em cruzamento de artérias públicas de acentuado movimento, impõe ao condutor redobrada cautela. Se assim o motorista não procede, age imprudentemente, mitigando o limite da responsabilidade do Poder Público. RESPONSABILIDADE POR ATOS LEGISLATIVOS A regra é a irresponsabilidade por atos praticados pelo Poder Legislativo. Entretanto, no caso de leis inconstitucionais, desde que declaradas pelo STF, existe a possibilidade. RESPONSABILIDADE CIVIL. ATO LEGISLATIVO. A responsabilidade civil em razão do ato legislativo só é admitida quando declarada pelo STF a inconstitucionalidade da lei causadora do dano a ser ressarcido, isso em sede de controle concentrado. Assim, não se retirando do ordenamento jurídico a Lei n /1990, não há como se falar em obrigação de indenizar pelo dano moral causado pelo Bacen no cumprimento daquela lei. Precedente citado: REsp PR, DJ 28/9/1998. REsp RS, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 21/9/2006. No caso de leis de efeitos concretos que atingem pessoas determinadas também incide a regra da responsabilidade do Estado, pois nesse caso a lei não terá o caráter geral e abstrato como lhe é comum. Como por exemplo, uma lei que determina a encampação de um determinado contrato de concessão de serviço público. - RESPONSABILIDADE POR ATOS JURISDICIONAIS. No erro judiciário o Estado como regra não responde tendo em vista que existe a possibilidade de interposição de recursos. Entretanto, a CF traz as duas hipóteses no art. 5º inciso LXXV dos casos de responsabilidade do Estado. O Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu recentemente que a natureza da responsabilidade neste caso é objetiva. O Estado é obrigado a indenizar independentemente de ter havido alguma culpa na prolação da sentença condenatória desconstituída em revisão criminal. Assim foi decidido conforme ementa abaixo transcrita do RE /PE, julgado em 26/06/2007: Erro judiciário. Responsabilidade civil objetiva do Estado. Direito à indenização por danos morais decorrentes de condenação desconstituída em revisão criminal e de prisão preventiva. CF, art. 5º, LXXV. C.Pr.Penal, art O direito à indenização da vítima de erro judiciário e daquela presa além do tempo devido, previsto no art. 5º, LXXV, da Constituição, já era previsto no art. 630 do C. Pr. Penal, com a exceção do caso de ação penal privada e só uma hipótese de exoneração, quando para a condenação tivesse contribuído o próprio réu. 2. A regra constitucional não veio para aditar pressupostos subjetivos à regra geral da responsabilidade fundada no risco administrativo, conforme o art. 37, 6º, da Lei Fundamental: a partir do entendimento consolidado de que a regra geral é a irresponsabilidade civil do Estado por atos de jurisdição, estabelece que, naqueles casos, a indenização é uma garantia individual e, manifestamente, não a submete à exigência de dolo ou culpa do magistrado. 3. O art. 5º, LXXV, da Constituição: é uma garantia, um mínimo, que nem impede a lei, nem impede eventuais construções doutrinárias que venham a reconhecer a responsabilidade do Estado em hipóteses que não a de erro judiciário stricto sensu, mas de evidente falta objetiva do serviço público da Justiça. Por outro lado, indaga-se se é possível haver responsabilização do Estado por ter havido prisão preventiva e, posteriormente, na decisão definitiva, o réu ser absorvido. A Corte Suprema, neste ponto, entende que inexiste responsabilidade civil objetiva do Estado pelo dano moral decorrente da prisão preventiva. Neste sentido é a ementa abaixo transcrita do RE /SC, julgado em : EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO: ATOS DOS JUÍZES. C.F., ART. 37, 6º. I. - A responsabilidade objetiva do Estado não se aplica aos atos dos juízes, a não ser nos casos expressamente declarados em lei. Precedentes do Supremo Tribunal Federal. II. - Decreto judicial de prisão preventiva não se confunde com o erro judiciário C.F., art. 5º, LXXV mesmo que o réu, ao final da ação penal, venha a ser absolvido. III. - Negativa de trânsito ao RE. Agravo não provido. 17

18 O que diferencia esta hipótese do erro judiciário é o fato de que se o decreto judicial de prisão preventiva estiver suficientemente fundamentado e obediente aos pressupostos que o autorizam, não há que se falar em ilegalidade ou inconstitucionalidade, ensejando conseqüente responsabilidade, pois obediente ao disposto na Constituição, no Código de Processo Penal e ao Princípio do "in dubio pro societate", aplicável à fase de investigação criminal e denúncia. Interpretação diferente implicaria a total quebra do princípio do livre convencimento do juiz e afetaria irremediavelmente sua segurança para avaliar e valorar as provas, bem assim para adotar a interpretação da lei que entendesse mais adequada ao caso concreto. No que se refere à responsabilidade do juiz, o artigo 133 do Código de Processo Civil prevê que responderá por perdas e danos o próprio juiz quando, no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude, ou quando recusar, omitir, retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte. Distanciando-se dessas hipóteses, desaparecerá qualquer responsabilidade do magistrado quando do exercício da magistratura. Carvalho Filho ressalta que ninguém pode negar que o juiz é um agente do Estado. Sendo assim, não pode deixar de incidir também a regra do art. 37, 6º. Lucas Rocha Furtado trata da ação regressiva dos magistrados da seguinte forma: o Código de Processo Civil (art. 133) admite que o Estado possa ressarcir-se dos danos que sofreu em decorrência de ato judicial somente quando o juiz no exercício de suas funções proceder com dolo ou fraude ou quando recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deve ordenar de ofício, ou a requerimento da parte. Ou seja, enquanto todos os agentes públicos respondem regressivamente perante o Estado nas hipóteses de dolo ou culpa, o juiz só pode ser responsabilizado regressivamente por dolo ou fraude. - DENUNCIAÇÃO À LIDE Maria Sylvia e José dos Santos Carvalho Filho tem o seguinte entendimento conforme lição de Yussef Said Cahali: a) quando se trata de ação fundada na culpa anônima do serviço ou apenas na responsabilidade decorrente do risco, não caberia a denunciação à lide, porque se incluiria fato novo no fundamento; b) quando se trata de ação fundada na responsabilidade objetiva do Estado, mas com argüição de culpa do agente público, a denunciação da lide é cabível como também é possível o litisconsórcio facultativo ou a proposição diretamente contra o agente público. A lei n /90 determina no art. 122, 2º que o servidor responderá em ação regressiva perante a fazenda pública. Afastando a denunciação da lide e o litisconsórcio. Entretanto, na doutrina e na jurisprudência o tema não é nem um pouco pacífico. Contrários à denunciação à lide temos Celso Antônio Bandeira de Mello, Lúcia Valle Figueiredo, Vicente Greco Filho, Weida Zancaner. Os principais fundamentos são: os fundamentos da 18 responsabilidade e do servidor são diversos; como os fundamentos são diversos, retardaria a solução do conflito, pois se introduziria fundamento novo na lide. PRESCRIÇÃO VÍTIMA X ESTADO O entendimento majoritário da doutrina é no sentido de acolher o prazo de 5 anos para a vítima buscar a reparação. Conforme o art. 1º-C da Lei n /97 foi estabelecido um prazo de 5 anos para obter o direito à indenização dos danos causados por agentes de pessoas jurídicas de direito público e de pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos. Carvalho Filho entende que o prazo é fixado pelo Código Civil, sendo fixado o prazo de 3 anos. - PRESCRIÃO ESTAVO X AGENTE Nesse caso o prazo é imprescritível, nos termos do art. 37, 5º da CF. Essa é a posição majoritária da doutrina. 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. OBS! Carvalho Filho, em sentido oposto entende que a prescrição é de 3 anos, regulada pelo Código Civil. Sendo contado a partir do momento em que o Estado indeniza o lesado. - JURISPRUDÊNCIAS Responsabilidade civil do Estado. Artigo 37, 6º, da Constituição do Brasil. Latrocínio cometido por foragido. Nexo de causalidade configurado. Precedente. A negligência estatal na vigilância do criminoso, a inércia das autoridades policiais diante da terceira fuga e o curto espaço de tempo que se seguiu antes do crime são suficientes para caracterizar o nexo de causalidade. Ato omissivo do Estado que enseja a responsabilidade objetiva nos termos do disposto no artigo 37, 6º, da Constituição do Brasil. (RE AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em , DJE de ) O Tribunal, por maioria, deu provimento a agravo regimental interposto em suspensão de tutela antecipada para manter decisão interlocutória proferida por desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, que concedera parcialmente pedido formulado em ação de indenização por perdas e danos morais e materiais para determinar que o mencionado Estado-membro pagasse todas as despesas necessárias à realização de cirurgia de implante de Marcapasso Diafragmático Muscular - MDM no agravante, com o profissional por este requerido. Na espécie, o agravante, que teria ficado tetraplégico em decorrência de assalto ocorrido em via pública, ajuizara a ação indenizatória, em que objetiva a responsabilização do Estado de Pernambuco pelo custo decorrente da referida cirurgia, que devolverá ao autor a condição de respirar sem a dependência do respirador mecânico. Entendeu-se que restaria configurada uma grave omissão, permanente e reiterada, por parte do Estado de Pernambuco, por intermédio de suas corporações militares, notadamente por parte da polícia militar, em prestar o adequado serviço de policiamento ostensivo, nos locais notoriamente passíveis de práticas criminosas violentas, o que também ocorreria em diversos outros Estados da Federação. Em razão disso, o cidadão teria o direito de exigir do Estado, o qual não poderia se demitir das conseqüências que resultariam do cumprimento do seu

19 dever constitucional de prover segurança pública, a contraprestação da falta desse serviço. Ressaltou-se que situações configuradoras de falta de serviço podem acarretar a responsabilidade civil objetiva do Poder Público, considerado o dever de prestação pelo Estado, a necessária existência de causa e efeito, ou seja, a omissão administrativa e o dano sofrido pela vítima, e que, no caso, estariam presentes todos os elementos que compõem a estrutura dessa responsabilidade. (...) (STA 223-AgR, Rel. p/ o ac. Min. Celso de Mello, julgamento em , Informativo 502) Responsabilidade civil do Estado. Danos morais. Ato de tabelionato (...) Cabimento. Precedentes. (AI AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em , DJE de ) "Erro judiciário. Responsabilidade civil objetiva do Estado. Direito à indenização por danos morais decorrentes de condenação desconstituída em revisão criminal e de prisão preventiva. CF, art. 5º, LXXV. C. Pr. Penal, art O direito à indenização da vítima de erro judiciário e daquela presa além do tempo devido, previsto no art. 5º, LXXV, da Constituição, já era previsto no art. 630 do C. Pr. Penal, com a exceção do caso de ação penal privada e só uma hipótese de exoneração, quando para a condenação tivesse contribuído o próprio réu. A regra constitucional não veio para aditar pressupostos subjetivos à regra geral da responsabilidade fundada no risco administrativo, conforme o art. 37, 6º, da Lei Fundamental: a partir do entendimento consolidado de que a regra geral é a irresponsabilidade civil do Estado por atos de jurisdição, estabelece que, naqueles casos, a indenização é uma garantia individual e, manifestamente, não a submete à exigência de dolo ou culpa do magistrado. O art. 5º, LXXV, da Constituição: é uma garantia, um mínimo, que nem impede a lei, nem impede eventuais construções doutrinárias que venham a reconhecer a responsabilidade do Estado em hipóteses que não a de erro judiciário stricto sensu, mas de evidente falta objetiva do serviço público da Justiça." (RE , Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em , DJ de ) "A intervenção estatal na economia, mediante regulamentação e regulação de setores econômicos, faz-se com respeito aos princípios e fundamentos da Ordem Econômica. CF, art O princípio da livre iniciativa é fundamento da República e da Ordem econômica: CF, art. 1º, IV; art Fixação de preços em valores abaixo da realidade e em desconformidade com a legislação aplicável ao setor: empecilho ao livre exercício da atividade econômica, com desrespeito ao princípio da livre iniciativa. Contrato celebrado com instituição privada para o estabelecimento de levantamentos que serviriam de embasamento para a fixação dos preços, nos termos da lei. Todavia, a fixação dos preços acabou realizada em valores inferiores. Essa conduta gerou danos patrimoniais ao agente econômico, vale dizer, à recorrente: obrigação de indenizar por parte do poder público. CF, art. 37, 6º. Prejuízos apurados na instância ordinária, inclusive mediante perícia técnica." (RE , Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em , DJ de ) "Responsabilidade civil do Estado. Art. 37, 6º da Constituição Federal. Faute du service public caracterizada. Estupro cometido por presidiário, fugitivo contumaz, não submetido à regressão de regime prisional como manda a lei. Configuração do nexo de causalidade. Recurso extraordinário desprovido. Impõe-se a responsabilização do Estado quando um condenado submetido a regime prisional aberto pratica, em sete ocasiões, falta grave de evasão, sem que as autoridades responsáveis pela execução da pena lhe apliquem a medida de regressão do regime prisional aplicável à espécie. Tal omissão do Estado constituiu, na espécie, o fator determinante que propiciou ao infrator a oportunidade para praticar o crime de estupro contra menor de 12 anos de idade, justamente no período em que deveria estar recolhido à prisão. Está configurado o nexo de causalidade, uma vez que se a lei de execução penal tivesse sido corretamente aplicada, o condenado dificilmente teria continuado a cumprir a pena nas mesmas condições (regime aberto), e, por conseguinte, não teria tido a oportunidade de evadir-se pela oitava vez e cometer o bárbaro crime de estupro." (RE , Rel. p/ o ac. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em , DJ de ) "Tratando-se de ato omissivo do poder público, a responsabilidade civil por tal ato é subjetiva, pelo que exige dolo ou culpa, esta numa de suas três vertentes, a negligência, a imperícia ou a imprudência, não sendo, entretanto, necessário individualizá-la, dado que pode ser atribuída ao serviço público, de forma genérica, a falta do serviço. A falta do serviço faute du service dos franceses não dispensa o requisito da causalidade, vale dizer, do nexo de causalidade entre a ação omissiva atribuída ao poder público e o dano causado a terceiro. Latrocínio praticado por quadrilha da qual participava um apenado que fugira da prisão tempos antes: neste caso, não há falar em nexo de causalidade entre a fuga do apenado e o latrocínio." (RE , Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em , DJ de ) "A teoria do risco administrativo, consagrada em sucessivos documentos constitucionais brasileiros desde a Carta Política de 1946, confere fundamento doutrinário à responsabilidade civil objetiva do Poder Público pelos danos a que os agentes públicos houverem dado causa, por ação ou por omissão. Essa concepção teórica, que informa o princípio constitucional da responsabilidade civil objetiva do Poder Público, faz emergir, da mera ocorrência de ato lesivo causado à vítima pelo Estado, o dever de indenizá-la pelo dano pessoal e/ou patrimonial sofrido, independentemente de caracterização de culpa dos agentes estatais ou de demonstração de falta do serviço público. Os elementos que compõem a estrutura e delineiam o perfil da responsabilidade civil objetiva do Poder Público compreendem (a) a alteridade do dano, (b) a causalidade material entre o eventus damni e o comportamento positivo (ação) ou negativo (omissão) do agente público, (c) a oficialidade da atividade causal e lesiva, imputável a agente do Poder Público, que tenha, nessa condição funcional, incidido em conduta comissiva ou omissiva, independentemente da licitude, ou não, do comportamento funcional (RTJ 140/636) e (d) a ausência de causa excludente da responsabilidade estatal (RTJ 55/503 RTJ 71/99 RTJ 91/377 RTJ 99/1155 RTJ 131/417)." (RE , Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em , DJ de ). No mesmo sentido: RE AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em , DJ de "Responsabilidade objetiva do estado. Acidente de trânsito envolvendo veículo oficial. Responsabilidade pública que se caracteriza, na forma do 6.º do art. 37 da Constituição Federal, ante danos que agentes do ente estatal, nessa qualidade, causarem a terceiros, não sendo exigível que o servidor tenha agido no exercício de suas funções. Precedente." (RE AgR, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em , DJ de ) Oficial do corpo de bombeiros militar. Exoneração por haver sido admitido sem concurso. Reparação das perdas e danos sofridos, com base no art. 37, 6º, da Constituição 19

20 Federal. Legitimidade da pretensão, tendo em vista que a nomeação do recorrente para a corporação maranhense se deu por iniciativa do Governo Estadual, conforme admitido pelo acórdão recorrido, havendo importado o encerramento de sua carreira militar no Estado do Rio de Janeiro, razão pela qual, com a exoneração, ficou sem os meios com que contava para o sustento próprio e de sua família. (RE , Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em , DJ de ) "Caracteriza-se a responsabilidade civil objetiva do Poder Público em decorrência de danos causados, por invasores, em propriedade particular, quando o Estado se omite no cumprimento de ordem judicial para envio de força policial ao imóvel invadido." (RE , Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em , DJ de ) "Responsabilidade civil do Estado: morte de passageiro em acidente de aviação civil: caracterização. Lavra dissenção doutrinária e pretoriana acerca dos pressupostos da responsabilidade civil do Estado por omissão (cf. RE ), e da dificuldade muitas vezes acarretada à sua caracterização, quando oriunda de deficiências do funcionamento de serviços de polícia administrativa, a exemplo dos confiados ao DAC Departamento de Aviação Civil, relativamente ao estado de manutenção das aeronaves das empresas concessionárias do transporte aéreo. Há no episódio uma circunstância incontroversa, que dispensa a indagação acerca da falta de fiscalização preventiva, minimamente exigível, do equipamento: é estar a aeronave, quando do acidente, sob o comando de um checador da Aeronáutica, à deficiência de cujo treinamento adequado se deveu, segundo a instância ordinária, o retardamento das medidas adequadas à emergência surgida na decolagem, que poderiam ter evitado o resultado fatal." (RE , Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em , DJ de ) não decorre do artigo 37, II, da Constituição, mas, sim, do seu artigo 37, 6º, questão que não foi prequestionada." (RE , Rel. p/ o ac. Min. Moreira Alves, julgamento em , DJ de ) Veículo registrado pelo Detran, mas que veio a ser apreendido pela polícia por ser objeto de furto. Não se pode impor ao Estado o dever de ressarcir o prejuízo, conferindose ao certificado de registro de veículo, que é apenas título de propriedade, o efeito legitimador da transação, e dispensando-se o adquirente de diligenciar, quando da sua aquisição, quanto à legitimidade do título do vendedor. Fora dos parâmetros da causalidade não é possível impor ao Poder Público o dever de indenizar sob o argumento de falha no sistema de registro. (RE , Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em , DJ de ) ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. POLICIAL À PAISANA QUE SE IDENTIFICA. NEXO DE CAUSALIDADE. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. 1. É objetiva a responsabilidade civil do Estado por ação de policial à paisana que se envolve em tiroteio em transporte público, resultando na morte de passageiro. 2. Deve ser reconhecida a responsabilidade do Estado, ante a presença do liame entre a atuação administrativa, com a participação do policial, ainda que fora do estrito exercício da função, e o dano suportado por terceiro. Precedente do STF. 3. Recurso especial provido. (REsp /SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/06/2008, DJe 12/08/2008) "Responde o Estado pelos danos causados em razão de reconhecimento de firma considerada assinatura falsa. Em se tratando de atividade cartorária exercida à luz do artigo 236 da Constituição Federal, a responsabilidade objetiva é do notário, no que assume posição semelhante à das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos (...)." (RE , Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em , DJ de ) Os cargos notariais são criados por lei, providos mediante concurso público e os atos de seus agentes, sujeitos à fiscalização estatal, são dotados de fé pública, prerrogativa esta inerente à idéia de poder delegado pelo Estado. Legitimidade passiva ad causam do Estado. Princípio da responsabilidade. Aplicação. Ato praticado pelo agente delegado. Legitimidade passiva do Estado na relação jurídica processual, em face da responsabilidade objetiva da Administração. (RE , Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em , DJ de ) "Latrocínio praticado por preso foragido, meses depois da fuga. Fora dos parâmetros da causalidade não é possível impor ao Poder Público uma responsabilidade ressarcitória sob o argumento de falha no sistema de segurança dos presos. Precedente da Primeira turma: RE , Relator Ministro Moreira Alves." (RE , Rel. Min. Ilmar galvão, julgamento em , DJ de ) "Candidatos que só vieram a ter o direito à nomeação depois de outros que foram nomeados por só terem obtido prioridade pela nova ordem de classificação em virtude do reexame de questões do concurso. Nesse caso, o direito a serem ressarcidos por não haverem sido nomeados anteriormente 20

www.concursovirual.com.br

www.concursovirual.com.br DIREITO ADMINISTRATIVO TEMA: CONHECIMENTOS GERAIS CORREIOS/2015 CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO UNITÁRIO - PODER CENTRAL (França) ESTADO COMPOSTO ESTADO UNITÁRIO (Formação histórica) ESTADO REGIONAL MENOS

Leia mais

Quanto ao órgão controlador

Quanto ao órgão controlador Prof. Ms. Cristian Wittmann Aborda os instrumentos jurídicos de fiscalização sobre a atuação dos Agentes públicos; Órgãos públicos; Entidades integradas na Administração Pública; Tem como objetivos fundamentais

Leia mais

SEPARAÇÃO DE PODERES DO ESTADO

SEPARAÇÃO DE PODERES DO ESTADO SEPARAÇÃO DE PODERES DO ESTADO Plano horizontal diferenciação funcional (Legislativo, Executivo e Judiciário) Plano vertical ordens jurídicas especiais (União, Estados, DF e Municípios) Impõe limites e

Leia mais

Prof. Marcelino Fernandes DIREITO ADMINISTRATIVO

Prof. Marcelino Fernandes DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Marcelino Fernandes DIREITO ADMINISTRATIVO Twitter: @profmarcelino facebook.com/profmarcelino88 Fanpage:facebook.com/profmarcelino instagram.com/profmarcelino professormarcelino@hotmail.com AULA

Leia mais

Lei Ordinária Nº 5.519 de 13/12/2005 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Lei Ordinária Nº 5.519 de 13/12/2005 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Lei Ordinária Nº 5.519 de 13/12/2005 Dispõe sobre a qualificação de entidades como organizações sociais, e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ, FAÇO saber que o Poder Legislativo decreta

Leia mais

e-mail: atendimento@popconcursos.com.br Telefone: (019) 33274092 www.popconcursos.com.br

e-mail: atendimento@popconcursos.com.br Telefone: (019) 33274092 www.popconcursos.com.br Das Questões DO REGIME JURÍDICO 1. No que se refere ao regime jurídico-administrativo brasileiro e aos Por força do princípio da legalidade, o administrador público tem sua atuação limitada ao que estabelece

Leia mais

ASPECTOS DA DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA E POR INTERESSE SOCIAL.

ASPECTOS DA DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA E POR INTERESSE SOCIAL. ASPECTOS DA DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA E POR INTERESSE SOCIAL. Por Osvaldo Feitosa de Lima, Advogado e mail: drfeitosalima@hotmail.com Em razão do princípio da supremacia do interesse

Leia mais

Organização Administrativa Administração Direta, Indireta e Entes de Cooperação. Professora: Paloma Braga

Organização Administrativa Administração Direta, Indireta e Entes de Cooperação. Professora: Paloma Braga Organização Administrativa Administração Direta, Indireta e Entes de Cooperação Professora: Paloma Braga Introdução Através da função administrativa, o Estado cuida da gestão de todos os seus interesses

Leia mais

DEVERES DOS AGENTES PÚBLICOS

DEVERES DOS AGENTES PÚBLICOS AGENTES PÚBLICOS José Carlos de Oliveira Professor de Direito Administrativo na graduação e no Programa de Pós-Graduação do Curso de Direito da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Unesp/Franca No

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO CONCEITO

DIREITO ADMINISTRATIVO CONCEITO DIREITO ADMINISTRATIVO CONCEITO Para conceituar o Direito Administrativo, deve-se partir do significado e da classificação do próprio Direito. Segundo Hely Lopes Meirelles, Direito é o conjunto de regras

Leia mais

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 5.663, DE 2013

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 5.663, DE 2013 COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 5.663, DE 2013 Acrescenta inciso ao art. 52 da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, que regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 1.939, DE 2015 (Do Sr. Weverton Rocha)

PROJETO DE LEI N.º 1.939, DE 2015 (Do Sr. Weverton Rocha) *C0054196A* C0054196A CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI N.º 1.939, DE 2015 (Do Sr. Weverton Rocha) Dispõe sobre a criação e a estruturação do regime jurídico de Advogado de Empresa Estatal Federal e

Leia mais

Natanael Gomes Bittencourt Acadêmico do 10º semestre de Direito das Faculdades Jorge Amado

Natanael Gomes Bittencourt Acadêmico do 10º semestre de Direito das Faculdades Jorge Amado ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Natanael Gomes Bittencourt Acadêmico do 10º semestre de Direito das Faculdades Jorge Amado Resumo: A Administração Pública se liga ao interesse público e às necessidades sociais,

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Conceito Administração Pública é todo o aparelhamento do Estado, preordenado à realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas. (MEIRELLES, Hely Lopes).

Leia mais

República Federativa do Brasil Estado do Ceará Município de Juazeiro do Norte Poder Executivo

República Federativa do Brasil Estado do Ceará Município de Juazeiro do Norte Poder Executivo LEI Nº 4311, DE 28 DE ABRIL DE 2014 Dispõe sobre a qualificação de entidades sem fins lucrativos como organizações sociais e adota outras providências O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE JUAZEIRO DO NORTE,. FAÇO

Leia mais

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

CONSTITUIÇÃO FEDERAL CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida,

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL PODER LEGISLATIVO

DIREITO CONSTITUCIONAL PODER LEGISLATIVO DIREITO CONSTITUCIONAL PODER LEGISLATIVO Atualizado em 03/11/2015 PODER LEGISLATIVO No plano federal temos o Congresso Nacional composto por duas casas (Câmara dos Deputados e Senado Federal). No âmbito

Leia mais

SEGURIDADE SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL PREVIDÊNCIA SOCIAL. Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO

SEGURIDADE SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL PREVIDÊNCIA SOCIAL. Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO DIREITO PREVIDENCIÁRIO Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO 1 2 Conceituação: A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO Profa. Patrícia Newley Kopke Resende 1. Administração Pública 2. Direito Administrativo 3. Organização Administrativa ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1.PODERES (art. 2º CF/88) 2. CONCEITO

Leia mais

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO José Afonso da Silva 1. A controvérsia 1. A condenação, pelo Supremo Tribunal Federal, na Ação Penal 470, de alguns deputados federais tem suscitado dúvidas relativamente

Leia mais

OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E A DEFESA DOS INTERESSES DA UNIÃO

OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E A DEFESA DOS INTERESSES DA UNIÃO OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E A DEFESA DOS INTERESSES DA UNIÃO Artigo jurídico apresentado por MARCELO THIMOTI DA SILVA, professor, especialista em Direito Administrativo, Constitucional

Leia mais

PODER EXECUTIVO. Publicado no D.O de 18.02.2010 DECRETO Nº 42.301 DE 12 DE FEVEREIRO DE 2010

PODER EXECUTIVO. Publicado no D.O de 18.02.2010 DECRETO Nº 42.301 DE 12 DE FEVEREIRO DE 2010 Publicado no D.O de 18.02.2010 DECRETO Nº 42.301 DE 12 DE FEVEREIRO DE 2010 REGULAMENTA O SISTEMA DE SUPRIMENTOS NO ÂMBITO DO PODER EXECUTIVO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. O GOVERNADOR

Leia mais

Diretrizes para os Serviços Públicos de Saneamento Básico

Diretrizes para os Serviços Públicos de Saneamento Básico Diretrizes para os Serviços Públicos de Saneamento Básico As competências constitucionais Competência para prestação de serviços públicos locais (CF, art. 30) Compete aos Municípios:... V - organizar e

Leia mais

BIZU DA LEI Nº 9.784/99 (PARTE 1) PROFESSOR: ANDERSON LUIZ. Quadro de Avisos:

BIZU DA LEI Nº 9.784/99 (PARTE 1) PROFESSOR: ANDERSON LUIZ. Quadro de Avisos: Quadro de Avisos: Prezados(as) concurseiros(as), Espero que todos estejam bem! A fim de auxiliá-los(as) no estudos da Lei nº 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública

Leia mais

Cargos e empregos de provimento em comissão

Cargos e empregos de provimento em comissão Cargos e empregos de provimento em comissão Tipos de vínculo de trabalho Cargo público conjunto de atribuições e responsabilidades, criado por lei em número determinado, com nome certo e remuneração especificada

Leia mais

LEI Nº 3.849, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1960

LEI Nº 3.849, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1960 LEI Nº 3.849, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1960 Federaliza a Universidade do Rio Grande do Norte, cria a Universidade de Santa Catarina e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO

Leia mais

LEI Nº 3.849, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1960

LEI Nº 3.849, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1960 LEI Nº 3.849, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1960 Federaliza a Universidade do Rio Grande do Norte, cria a Universidade de Santa Catarina e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO

Leia mais

Classificação da pessoa jurídica quanto à estrutura interna:

Classificação da pessoa jurídica quanto à estrutura interna: Classificação da pessoa jurídica quanto à estrutura interna: São consideradas universitas personarum, quando forem uma associação de pessoas, atenderem aos fins e interesses dos sócios. (fins mutáveis)

Leia mais

LEI Nº 9.548, DE 22 DE ABRIL DE 2015. A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA, Estado de Goiás, aprova e eu, PREFEITO MUNICIPAL, sanciono a seguinte Lei:

LEI Nº 9.548, DE 22 DE ABRIL DE 2015. A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA, Estado de Goiás, aprova e eu, PREFEITO MUNICIPAL, sanciono a seguinte Lei: 1 Gabinete do Prefeito LEI Nº 9.548, DE 22 DE ABRIL DE 2015 Institui o Programa Municipal de Parcerias Público-Privadas, cria a Comissão Gestora de Parcerias Público-Privadas de Goiânia e dá outras providências.

Leia mais

Maurício Piragino /Xixo Escola de Governo de São Paulo. mauxixo.piragino@uol.com.br

Maurício Piragino /Xixo Escola de Governo de São Paulo. mauxixo.piragino@uol.com.br Democracia Participativa e Direta: conselhos temáticos e territoriais (Conselhos Participativos nas Subprefeituras); Iniciativa Popular, Plebiscitos e Referendo" Maurício Piragino /Xixo Escola de Governo

Leia mais

Marco legal. da política indigenista brasileira

Marco legal. da política indigenista brasileira Marco legal da política indigenista brasileira A política indigenista no país tem como base a Constituição Federal de 1988, o Estatuto do Índio (Lei nº 6.001/1973) e instrumentos jurídicos internacionais,

Leia mais

DECRETO Nº 713, DE 1º DE ABRIL DE 2013

DECRETO Nº 713, DE 1º DE ABRIL DE 2013 DECRETO Nº 713, DE 1º DE ABRIL DE 2013 Publicado no DOE(Pa) de 02.04.13. Institui o Programa de Parcerias Público-Privadas PPP/PA e regulamenta o Conselho Gestor de Parcerias Público- Privadas do Estado

Leia mais

O CONGRESSO NACIONAL decreta: II somente perderão seus mandatos nos casos de:

O CONGRESSO NACIONAL decreta: II somente perderão seus mandatos nos casos de: PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2007 Complementar Dispõe sobre a nomeação e demissão do Presidente e diretores do Banco Central do Brasil e sobre a organização de seu quadro funcional. O CONGRESSO NACIONAL

Leia mais

Apostila Exclusiva Direitos Autorais Reservados www.thaisnunes.com.br 1

Apostila Exclusiva Direitos Autorais Reservados www.thaisnunes.com.br 1 Direito - Técnico do TRF 4ª Região É possível estudar buscando materiais e aulas para cada uma das matérias do programa do concurso de Técnico do TRF 4ª Região. Basta disciplina e organização. Sugestão

Leia mais

<CABBCDAAADBCAADACBBCBACCBABCADCABDAAA DDABCAAD>

<CABBCDAAADBCAADACBBCBACCBABCADCABDAAA DDABCAAD> INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE ARTIGOS 3º, INCISO I, ALÍNEA E, E 10, INCISOS II E V, DA LEI COMPLEMENTAR 29/1997 ARTIGOS 1º. E 3º, INCISOS

Leia mais

PLANOS DE CARGOS E SALÁRIOS DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

PLANOS DE CARGOS E SALÁRIOS DOS SERVIDORES MUNICIPAIS PLANOS DE CARGOS E SALÁRIOS DOS SERVIDORES MUNICIPAIS LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL N. 27/99 De 12 de Novembro de 1999 Aprova o Plano de Cargos dos Servidores do Poder Executivo Municipal e contém providências

Leia mais

DESPACHO SEJUR N.º 520/2013

DESPACHO SEJUR N.º 520/2013 DESPACHO SEJUR N.º 520/2013 (Aprovado em Reunião de Diretoria em 19/12 2013) Expediente n.º 10719/2013. Assunto: Análise jurídica quanto à possibilidade de dispensa/inexigibilidade de licitação para contratação

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Contratação de advogado - inexigibilidade de licitação Wagner Rodolfo Faria Nogueira * INTRÓITO: Uma das grandes divergências encontradas na Lei nº 8.666/93 diz respeito a contratação

Leia mais

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 1ª TURMA RECURSAL JUÍZO A

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 1ª TURMA RECURSAL JUÍZO A JUIZADO ESPECIAL (PROCESSO ELETRÔNICO) Nº200870580000930/PR RELATORA : Juíza Ana Beatriz Vieira da Luz Palumbo RECORRENTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS RECORRIDO : DIRCÉLIA PEREIRA 200870580000930

Leia mais

Noções Básicas de Direito para Servidores Públicos: Aspectos Práticos

Noções Básicas de Direito para Servidores Públicos: Aspectos Práticos Prefeitura Municipal de Campinas Secretaria de Gestão e Controle 18.09.2012 Noções Básicas de Direito para Servidores Públicos: Aspectos Práticos Gustavo Justino de Oliveira Pós-Doutor em Direito Administrativo

Leia mais

LEI Nº 9.038, DE 14 DE JANEIRO DE 2005. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

LEI Nº 9.038, DE 14 DE JANEIRO DE 2005. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: LEI Nº 9.038, DE 14 DE JANEIRO DE 2005 Dispõe sobre o Programa Municipal de Parcerias Público- Privadas. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte

Leia mais

REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 1.749-C DE 2011

REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 1.749-C DE 2011 REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 1.749-C DE 2011 Autoriza o Poder Executivo a criar a empresa pública denominada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares EBSERH; acrescenta dispositivos ao Decreto-Lei

Leia mais

Comentário às questões do concurso do TCE_RS/Oficial_de_Controle_Externo/CESPE/2013

Comentário às questões do concurso do TCE_RS/Oficial_de_Controle_Externo/CESPE/2013 Comentário às questões do concurso do TCE_RS/Oficial_de_Controle_Externo/CESPE/2013 Julgue os itens a seguir, relativos ao orçamento público. 96.O orçamento público tem caráter e força de lei, em sentido

Leia mais

MARCO REGULATÓRIO DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL

MARCO REGULATÓRIO DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL O QUE MUDA COM O NOVO MARCO REGULATÓRIO DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL LEI N. 13.019/2014 REALIZAÇÃO INSTITUTO ATUAÇÃO ELABORAÇÃO Porf. Dr. FERNANDO BORGES MÂNICA DISTRIBUIÇÃO INSTITUTO GRPCom O QUE

Leia mais

www.apostilaeletronica.com.br

www.apostilaeletronica.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO I. Sistema Tributário Nacional e Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar... 02 II. Tributos... 04 III. O Estado e o Poder de Tributar. Competência Tributária... 08 IV. Fontes

Leia mais

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SEGURANÇA DE BARRAGENS DE REJEITOS RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SIMEXMIN OURO PRETO 18.05.2016 SERGIO JACQUES DE MORAES ADVOGADO DAS PESSOAS DAS PESSOAS NATURAIS A vida é vivida por

Leia mais

Agências Executivas. A referida qualificação se dará mediante decreto do Poder Executivo. Agências Reguladoras

Agências Executivas. A referida qualificação se dará mediante decreto do Poder Executivo. Agências Reguladoras Agências Executivas A Lei nº 9.649/98 autorizou o Poder Executivo a qualificar, como agência executiva aquela autarquia ou fundação pública que celebre contrato de gestão com o Poder Público. A referida

Leia mais

Com relação ao Estatuto da Caixa, responda as questões abaixo:

Com relação ao Estatuto da Caixa, responda as questões abaixo: ESTATUTO DA CAIXA Com relação ao Estatuto da Caixa, responda as questões abaixo: 1 - Complete: A Caixa é Instituição integrante do e auxiliar da execução da do Governo Federal, a CEF sujeita-se às decisões

Leia mais

CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE PROCURADORIA PARECER PRÉVIO

CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE PROCURADORIA PARECER PRÉVIO CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE PROCURADORIA PROC. Nº 3279/11 PLL Nº 160/11 PARECER PRÉVIO Trata-se de Projeto de Lei de iniciativa parlamentar que estabelece regras para o licenciamento urbanístico das

Leia mais

NOTA CONASEMS Regras para utilização dos recursos transferidos fundo a fundo

NOTA CONASEMS Regras para utilização dos recursos transferidos fundo a fundo NOTA CONASEMS Regras para utilização dos recursos transferidos fundo a fundo O Financiamento da Saúde, de acordo com a Constituição Federal de 1988, é responsabilidade das três esferas de Governo, com

Leia mais

Artigo jurídico para publicação. Classificação: parecer. Título:

Artigo jurídico para publicação. Classificação: parecer. Título: Dados pessoais: Autora: Alessandra Chaves Braga Guerra Procuradora Federal na Advocacia-Geral da União. Graduada em direito pelo Centro Universitário de Brasília - UniCEUB e em Nutrição pela Universidade

Leia mais

PROVA DE NOÇÕES DE DIREITO

PROVA DE NOÇÕES DE DIREITO 12 PROVA DE NOÇÕES DE DIREITO QUESTÃO 41 NÃO está correta a seguinte definição: a) DIREITO POSITIVO: o ordenamento ideal, correspondente a uma justiça superior e intrinsecamente boa e legítima. b) DIREITO

Leia mais

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal:

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal: Hoje, continuaremos com os comentários ao simulado da 2ª Feira do Concurso. 36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público

Leia mais

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE PIRACICABA Estado de São Paulo Procuradoria Geral

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE PIRACICABA Estado de São Paulo Procuradoria Geral PROJETO DE LEI No. 104/08 Dispõe sobre a criação de empregos de Agente Comunitário de Saúde, junto ao Quadro de Pessoal da Prefeitura do Município de Piracicaba, nos termos da Lei Federal nº 11.350/06

Leia mais

RESOLUÇÃO DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO (CONSUNI) N.º 03/2011

RESOLUÇÃO DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO (CONSUNI) N.º 03/2011 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS RESOLUÇÃO DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO (CONSUNI) N.º 03/2011 Dispõe sobre as normas gerais para a celebração de contratos ou convênios da Universidade

Leia mais

1. Das disposições acerca da avaliação de desempenho no âmbito do PCCTAE

1. Das disposições acerca da avaliação de desempenho no âmbito do PCCTAE Nota Técnica nº 07/2008 SINASEFE. Servidores técnico-administrativos das Instituições Federais de Ensino. Avaliação de desempenho. Previsão sobre a matéria em legislação específica (Lei 11.091/05 e Decreto

Leia mais

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil Interpretação do art. 966 do novo Código Civil A TEORIA DA EMPRESA NO NOVO CÓDIGO CIVIL E A INTERPRETAÇÃO DO ART. 966: OS GRANDES ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA DEVERÃO TER REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL? Bruno

Leia mais

Aulas 1 e 2 de Direito Eleitoral Professor: Will

Aulas 1 e 2 de Direito Eleitoral Professor: Will Aulas 1 e 2 de Direito Eleitoral Professor: Will 1) Mudanças que se sujeitam ao princípio da anualidade: a) mudança na lei partidária (filiação, convenção, coligações, número de candidatos etc). b) mudança

Leia mais

SÚ MÚLA DE RECOMENDAÇO ES AOS RELATORES Nº 1/2016/CE

SÚ MÚLA DE RECOMENDAÇO ES AOS RELATORES Nº 1/2016/CE SÚ MÚLA DE RECOMENDAÇO ES AOS RELATORES Nº 1/2016/CE CONSIDERAÇÕES INICIAIS A presente Súmula de Recomendações aos Relatores da CE tem por objetivo definir parâmetros de referência às decisões da Comissão,

Leia mais

Direito Administrativo Prof. Gustavo Mello Knoplock Fl. 1

Direito Administrativo Prof. Gustavo Mello Knoplock Fl. 1 Direito Administrativo Prof. Gustavo Mello Knoplock Fl. 1 PROVAS TRT-RJ - TÉCNICO JUDICIÁRIO 2013 FCC A respeito das entidades integrantes da Administração indireta, é correto afirmar que (A) se submetem,

Leia mais

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL A sociedade empresária XYZ Ltda., citada em execução fiscal promovida pelo município para a cobrança de crédito tributário de ISSQN, realizou depósito integral e

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Recursos Humanos Departamento de Administração de Pessoal CONCURSO PÚBLICO, NOMEAÇÃO E POSSE

Universidade Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Recursos Humanos Departamento de Administração de Pessoal CONCURSO PÚBLICO, NOMEAÇÃO E POSSE DEFINIÇÕES CONCURSO PÚBLICO, NOMEAÇÃO E POSSE Cód.: CNP Nº: - Versão: 02 Data: 22/02/2016 Concurso público Processo de seleção de natureza competitiva, aberto ao público geral, para provimento de cargo

Leia mais

EMENTA: PAI DO BANCO DO BRASIL. VANGATENS E DESVANTAGENS À ADESÃO. RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS PARA RECUPERAR POSSÍVEIS PERDAS

EMENTA: PAI DO BANCO DO BRASIL. VANGATENS E DESVANTAGENS À ADESÃO. RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS PARA RECUPERAR POSSÍVEIS PERDAS PARECER JURÍDICO EMENTA: PAI DO BANCO DO BRASIL. VANGATENS E DESVANTAGENS À ADESÃO. RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS PARA RECUPERAR POSSÍVEIS PERDAS DE DIREITOS TRABALHISTAS POR CONTA DA ADESÃO. Trata-se de consulta

Leia mais

3. A autonomia político-administrativa regional não afecta a integridade da soberania do Estado e exerce-se no quadro da Constituição.

3. A autonomia político-administrativa regional não afecta a integridade da soberania do Estado e exerce-se no quadro da Constituição. TÍTULO VII - Regiões autónomas Artigo 225.º (Regime político-administrativo dos Açores e da Madeira) 1. O regime político-administrativo próprio dos arquipélagos dos Açores e da Madeira fundamenta-se nas

Leia mais

Atuação do Controle Interno na Contratação de Pessoal. Reinaldo Gomes Ferreira Diretor da DAP

Atuação do Controle Interno na Contratação de Pessoal. Reinaldo Gomes Ferreira Diretor da DAP Atuação do Controle Interno na Contratação de Pessoal Reinaldo Gomes Ferreira Diretor da DAP CONTRATAÇÃO DE PESSOAL 1. Controle Interno Normas / Atos de Pessoal; 2. Procedimentos do controle interno nas

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ RESOLUÇÃO Nº 17/CEPE, DE 03 DE MAIO DE 2006 Aprova normas para os cursos de especialização da Universidade Federal do Ceará. O Reitor da UNIVERSIDADE

Leia mais

JUIZ FEDERAL TRF 1ª REGIÃO

JUIZ FEDERAL TRF 1ª REGIÃO DIREITO FINANCEIRO I. Finanças Públicas na Constituição Federal... 02 II. Orçamento... 04 III. Despesa Pública... 39 IV. Receita Pública... 76 V. Dívida Ativa da União de Natureza Tributária e não-tributária...

Leia mais

Tema DC - 01 INTRODUÇÃO DO ESTUDO DO DIREITO CONSTITUCIONAL RECORDANDO CONCEITOS

Tema DC - 01 INTRODUÇÃO DO ESTUDO DO DIREITO CONSTITUCIONAL RECORDANDO CONCEITOS Tema DC - 01 INTRODUÇÃO DO ESTUDO DO DIREITO CONSTITUCIONAL RECORDANDO CONCEITOS 1 1. CONCEITO BÁSICO DE DIREITO Somente podemos compreender o Direito, em função da sociedade. Se fosse possível ao indivíduo

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA 1 Número: 2 Categoria de Investimento: 3 Anexo: 4 Objeto: 5 Justificativa: 5.1. 5.2. 5.3.

TERMO DE REFERÊNCIA 1 Número: 2 Categoria de Investimento: 3 Anexo: 4 Objeto: 5 Justificativa: 5.1. 5.2. 5.3. TERMO DE REFERÊNCIA 1 Número: 2 Categoria de Investimento: Concurso Público de Provas e Títulos 3 Anexo: 4 Objeto: Contratação de Fundação/empresa para prestar serviços técnicos especializados de organização

Leia mais

CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE PARNAMIRIM Casa Antônio Lustosa de Oliveira Cabral CNPJ n.º 35.446.376/0001-09

CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE PARNAMIRIM Casa Antônio Lustosa de Oliveira Cabral CNPJ n.º 35.446.376/0001-09 LEI N.º 741/2009 EMENTA: Dispõe sobre a instituição do Sistema de Controle Interno SCI do Poder Legislativo Municipal, cria o Órgão Central do SCI e dá outras providências. A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL

Leia mais

ALTERAÇÕES NA LEI DE FUNDAÇÕES DE APOIO: POSSIBILIDADES E EXPECTATIVAS PARA AS IFES FORPLAD DOURADOS 30, 31/10/2013 e 01/11/2013

ALTERAÇÕES NA LEI DE FUNDAÇÕES DE APOIO: POSSIBILIDADES E EXPECTATIVAS PARA AS IFES FORPLAD DOURADOS 30, 31/10/2013 e 01/11/2013 ALTERAÇÕES NA LEI DE FUNDAÇÕES DE APOIO: POSSIBILIDADES E EXPECTATIVAS PARA AS IFES FORPLAD DOURADOS 30, 31/10/2013 e 01/11/2013 1 - ASPECTOS INTRODUTÓRIOS O marco legal das fundações de apoio: Lei 8.958/94

Leia mais

RESOLUÇÃO nº 076 de 13 de setembro de 2012

RESOLUÇÃO nº 076 de 13 de setembro de 2012 RESOLUÇÃO nº 076 de 13 de setembro de 2012 Dispõe sobre a obrigatoriedade da criação do controle interno nos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, bem como no Ministério Público e Tribunal de Contas,

Leia mais

SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A. Regimento Interno do Conselho de Administração

SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A. Regimento Interno do Conselho de Administração SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A. Regimento Interno do Conselho de Administração Este Regimento Interno foi aprovado pelo Conselho de Administração da Suzano Papel e Celulose S.A. em 18 de fevereiro de 2016.

Leia mais

Comissão Especial para estudar a Reforma Estatutária

Comissão Especial para estudar a Reforma Estatutária Comissão Especial para estudar a Reforma Estatutária Propostas - 10 Bloco TEXTO PROPOSTO TÍTULO I - DA UNIVERSIDADE TEXTO ATUAL E SEUS FINS Art. 1 - A Universidade de São Paulo (USP), criada pelo Decreto

Leia mais

CADERNO DE COMPRAS E LICITAÇÕES

CADERNO DE COMPRAS E LICITAÇÕES 2010 PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO DIRETORIA DE COMPRAS E LICITAÇÕES CADERNO DE COMPRAS E LICITAÇÕES 1. OBJETIVO Este manual tem por objetivo esclarecer as questões

Leia mais

DECRETO Nº 27.958, DE 16 DE MAIO DE 2007 DODF DE 17.05.2007

DECRETO Nº 27.958, DE 16 DE MAIO DE 2007 DODF DE 17.05.2007 DECRETO Nº 27.958, DE 16 DE MAIO DE 2007 DODF DE 17.05.2007 Aprova o Estatuto Social da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal e dá outras providências. O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso

Leia mais

REFORMA SINDICAL QUADRO COMPARATIVO

REFORMA SINDICAL QUADRO COMPARATIVO REFORMA SINDICAL QUADRO COMPARATIVO Substitutivo do deputado Tarcísio Zimmerman (PT/RS), relator dos projetos que tratam da reforma sindical na Comissão de Trabalho, e o anteprojeto de relações sindicais

Leia mais

ANEXO 1 REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM CAPÍTULO I DA NATUREZA, FINALIDADE, SEDE E FORO

ANEXO 1 REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM CAPÍTULO I DA NATUREZA, FINALIDADE, SEDE E FORO ANEXO 1 REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM CAPÍTULO I DA NATUREZA, FINALIDADE, SEDE E FORO Art. 1º - A Comissão Nacional de Residência em Enfermagem - Conarenf, criada pela

Leia mais

DECRETO Nº 29.290, DE 22 DE JULHO DE 2008 DODF de 23.07.2008

DECRETO Nº 29.290, DE 22 DE JULHO DE 2008 DODF de 23.07.2008 DECRETO Nº 29.290, DE 22 DE JULHO DE 2008 DODF de 23.07.2008 Dispõe sobre o afastamento para estudo, congressos, seminários ou reuniões similares de servidor e empregado da Administração Pública Distrital

Leia mais

Noções Gerais de Direito Administrativo. Profª Paula d Oran Pinheiro Manaus/AM 23 a 27 de julho 2012 1 / 1

Noções Gerais de Direito Administrativo. Profª Paula d Oran Pinheiro Manaus/AM 23 a 27 de julho 2012 1 / 1 Noções Gerais de Direito Administrativo Profª Paula d Oran Pinheiro Manaus/AM 23 a 27 de julho 2012 1 / 1 Unidade I - Noções Preliminares 1.Conceito de Direito Conjunto de regras impostas pelo Estado,

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2013

PROJETO DE LEI Nº, DE 2013 PROJETO DE LEI Nº, DE 2013 (Do Sr. João Dado) Dispõe sobre a criação do Serviço Social do Servidor Público - SESP e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Serviço Público - SENASP. O Congresso Nacional

Leia mais

Legislação e tributação comercial

Legislação e tributação comercial 6. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 6.1 Conceito Na terminologia adotada pelo CTN, crédito tributário e obrigação tributária não se confundem. O crédito decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (CTN, 139).

Leia mais

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS RESOLUÇÃO N 137, DE 21 DE JANEIRO DE 2010.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS RESOLUÇÃO N 137, DE 21 DE JANEIRO DE 2010. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS RESOLUÇÃO N 137, DE 21 DE JANEIRO DE 2010. Dispõe sobre os parâmetros para a criação e o funcionamento dos Fundos Nacional, Estaduais e Municipais

Leia mais

Características das Autarquias

Características das Autarquias ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Professor Almir Morgado Administração Indireta: As entidades Administrativas. Autarquias Define-se autarquia como o serviço autônomo criado por lei específica, com personalidade d

Leia mais

Licitações de Agências de Publicidade Lei nº 12.232/2010

Licitações de Agências de Publicidade Lei nº 12.232/2010 Licitações de Agências de Publicidade Lei nº 12.232/2010 * Rodrigo Corrêa da Costa Oliveira 1. INTRODUÇÃO A contratação de Agências de Propaganda pela Administração Pública sempre se pautou pela Lei Geral

Leia mais

MINUTA DE RESOLUÇÃO. Capítulo I DO OBJETO

MINUTA DE RESOLUÇÃO. Capítulo I DO OBJETO MINUTA DE RESOLUÇÃO Dispõe sobre a atividade de corretagem de resseguros, e dá outras providências. A SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS - SUSEP, no uso da atribuição que lhe confere o art. 34, inciso

Leia mais

ESTADO DO PIAUÍ PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE PAULISTANA

ESTADO DO PIAUÍ PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE PAULISTANA ESTADO DO PIAUÍ PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE PAULISTANA AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROCESSO Nº 00000064-20.2012.8.18.000064 AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUI RÉUS: MUNICÍPIO DE PAULISTANA/PI e OUTRO

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DO CHOÇA ESTADO DA BAHIA

PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DO CHOÇA ESTADO DA BAHIA LEI Nº 272, DE 06 DE JUNHO DE 2014. Dispõe sobre a criação do Conselho Comunitário de Segurança Pública e Entidades Afins do Município de Barra do Choça e dá outras Providências. O PREFEITO MUNICIPAL DE

Leia mais

BIZU DO PONTO CONCURSO DA POLÍCIA FEDERAL AGENTE DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF. FABIANO PEREIRA

BIZU DO PONTO CONCURSO DA POLÍCIA FEDERAL AGENTE DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF. FABIANO PEREIRA Olá! Seja bem-vindo ao nosso BIZU de Direito Administrativo para o concurso da Polícia Federal, mais precisamente para o cargo de Agente, cujas provas serão aplicadas em 06 de maio de 2012. A propósito,

Leia mais

Título I. Dos Princípios Gerais

Título I. Dos Princípios Gerais CORDENADORIA DO NPJ Criado pela Resolução 01/99 Colegiado Superior REGULAMENTO Dispõe sobre o funcionamento da Coordenadoria do Núcleo de Prática Jurídica e seus órgãos no Curso de Graduação em Direito.

Leia mais

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA CAPÍTULO I DA FINALIDADE Art. 1º. O Núcleo de Prática Jurídica do Curso de Direito da Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre, tem por finalidade promover e coordenar

Leia mais

Conselho da Justiça Federal

Conselho da Justiça Federal RESOLUÇÃO Nº 058, DE 25 DE MAIO DE 2009 Estabelece diretrizes para membros do Poder Judiciário e integrantes da Polícia Federal no que concerne ao tratamento de processos e procedimentos de investigação

Leia mais

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PRESIDÊNCIA ATO Nº 590/DILEP.CIF.SEGPES.GDGSET.GP, DE 30 DE AGOSTO DE 2013

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PRESIDÊNCIA ATO Nº 590/DILEP.CIF.SEGPES.GDGSET.GP, DE 30 DE AGOSTO DE 2013 TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PRESIDÊNCIA ATO Nº 590/DILEP.CIF.SEGPES.GDGSET.GP, DE 30 DE AGOSTO DE 2013 Dispõe sobre as regras e procedimentos adotados para concessão, indenização, parcelamento e pagamento

Leia mais

PONTO 1: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA PONTO 4: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. 1. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Administração Direta e Indireta

PONTO 1: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA PONTO 4: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. 1. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Administração Direta e Indireta 1 DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO PONTO 1: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA PONTO 4: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA 1. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Administração Direta e Indireta O Estado, enquanto

Leia mais

Concurso Público para Cargos Técnico-Administrativos em Educação UNIFEI 13/06/2010

Concurso Público para Cargos Técnico-Administrativos em Educação UNIFEI 13/06/2010 Questão 21 Conhecimentos Específicos - Auditor No que diz respeito às Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público, a Demonstração Contábil cuja apresentação é obrigatória apenas pelas empresas estatais

Leia mais

Conteúdo de sala de aula.

Conteúdo de sala de aula. Assunto. Administração Pública I. Categoria. Conteúdo de sala de aula. III - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Mesmo sabendo que a expressão Administração Pública tem vários sentidos e formas de estudo, nesse momento

Leia mais

CÂMARA DOS DEPUTADOS Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira

CÂMARA DOS DEPUTADOS Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira Nota Técnica n.º16/2012 OBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGISLATIVO PELAS PROPOSIÇÕES QUE TRATEM DE PLANOS E PROGRAMAS NACIONAIS, REGIONAIS E SETORIAIS DE DESENVOLVIMENTO, NOS TERMOS DO ART. 166, 1º, II,

Leia mais

ELABORAÇÃO DE PROPOSIÇÃO DISPONDO SOBRE A ALIENAÇÃO DE BENS IMÓVEIS DA UNIÃO, SOB A ADMINISTRAÇÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. ESTUDO Setembro/2003 Manoel Adam Lacayo Valente Consultor Legislativo da Área

Leia mais

ESTUDO DIRIGIDO 9 RESPOSTAS. 1. Princípios que Regem a Execução Trabalhista. 2. Ação Rescisória na Justiça do Trabalho.

ESTUDO DIRIGIDO 9 RESPOSTAS. 1. Princípios que Regem a Execução Trabalhista. 2. Ação Rescisória na Justiça do Trabalho. ESTUDO DIRIGIDO 9 RESPOSTAS 1. Princípios que Regem a Execução Trabalhista. 2. Ação Rescisória na Justiça do Trabalho. 1. Princípios que Regem a Execução Trabalhista: 1.1. Quais os princípios que regem

Leia mais

L E I N 7.785, DE 9 DE JANEIRO DE 2014

L E I N 7.785, DE 9 DE JANEIRO DE 2014 L E I N 7.785, DE 9 DE JANEIRO DE 2014 Dispõe sobre a reestruturação da Loteria do Estado do Pará - LOTERPA e dá outras providências. A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ estatui e eu sanciono a

Leia mais