MULHER NO CONTIGENTE DE VELHOS - UM ESTUDO SOBRE VIOLÊNCIA E GÊNERO NA VELHICE
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- Eric Vilanova Palha
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1 MULHER NO CONTIGENTE DE VELHOS - UM ESTUDO SOBRE VIOLÊNCIA E GÊNERO NA VELHICE RESUMO Evaldo Cavalcante Monteiro Doutorando em Educação-LHEC-UFC evaldo.monteiro@stds.ce.gov.br Maria Aldacy Simões Especialista em família - Gestora do CIAPREVI aldacir.simões@stds.ce.gov.br Patrícia Helena Carvalho Holanda Professora FACED-UFC profa.patriciaholanda@gmail.com Parte do fenômeno do envelhecimento da população, como fenômeno atual, que ocorre mundialmente, para tratar da prática de violência contra o segmento idoso, também de proporções mundiais, haja vista, inclusive, a existência do Dia Mundial de Conscientização da Violência contra o Idoso, uma data instituída em 2006, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, na luta contra essa ocorrência. Com base em fontes documentais e bibliográficas sobre esse assunto, mostra que: 1) o Brasil criou o seu plano de combate a violência, juntamente com vários serviços, que foram implementados no País; 2) o Ceara foi contemplado com um desses serviços, sabendo que eles foram implantados pela, então, Secretaria Especial dos Direitos Humanos e, ampliados, posteriormente, como política do estado. Revela que, não obstante essa ação, a violência tem sido, estatisticamente crescente, sendo que os dados revelam o perfil da vítima, a mulher idosa, e do seu agressor, usualmente um familiar, homem, filho ou neto, e usuário de droga lícita ou não. Defende que parte desta agressão se deve à gerontofobia sociocultural, o que recomenda a necessidade de se pensar em medidas de educação gerontológica em escala social. Palavras chaves: mulher, idosa, violência, gerontologia. Introdução O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial e inédito na historia da humanidade. Processo deflagrado, inicialmente, nos países ditos desenvolvido e presentemente ocorrendo de forma mais célere nos países ditos em desenvolvimento.
2 Fato largamente apregoado como uma conquista, contudo a vivência desta fase não se apresenta tão alvissareira. Um dos fatores que contribuem para esta negatividade é a violência perpetrada contra os idosos. Fato este também mundial, haja vista a existência do dia 15 de junho como Dia Mundial de Conscientização da Violência à Pessoa Idosa. No envelhecimento populacional, há sabidamente um processo feminilização. Com o controle da morte em função do parto a mulher ganhou uma sobrevida maior que os homens. Porém este bônus de anos tem repetido a discriminação sociocultural e política de gênero inclusive nas questões de violência. A Mulher idosa além da discriminação etária, veilhismo 1, sofre mais violência que os homens velhos. A violência: conceito e formas Tomando a população em geral, verificamos que os grupos ditos vulneráveis: crianças, jovens, pessoas, portadoras de deficiência, mulheres e pessoas idosas são os quemais afetados pela violência (SMS 2, p -21). Historicamente, temos visto que no cenário internacional os primeiros estudos sobre violência tratavam das crianças, com a síndrome do bebê espancado, em seguida foi estudado a mulher e depois os velhos. Essa cronologia repete-se no País em tempos diferentes. Uma das primeiras notificações cientificas, alvo de atenção ampla, acerca da violência contra idosos ocorre em 1975 na Inglaterra, através da publicação de artigo em revista descrito como espancamento de avós, por Baker. Os primeiros estudos sobre violência doméstica contra idosos datam de m eados da década de 1970, com a publicação do artigo Granny battered (espancamento de a vós) em 1975 (Baker, 1975, Burston, 1977 apud Krug et alii, 2002). Outro momento importante para o estudo dos maus-tratos foi a criação de 1 Discriminação pelo fato da pessoa ser velha. O Brasil adota o critério etário para definição, ou seja, ter 60 anos ou mais. 2 Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo
3 uma revista dedicada exclusivamente ao tema em 1989 Journal of Elder Abuse & Neglect (Barnett et alii, 1997). De acordo com Machado e Queiroz (2002), o interesse da área de saúde pela violência cresceu devido a dois fatores: a conscientização crescente dos valores da vida e dos direitos de cidadania e as mudanças no perfil de morbimortalidade. (Pasinato e outras, 2004, p.2) No Brasil, essa percepção começa na década de 1990, a partir de eventos de peso internacional, onde essa problemática foi alvo de atenção e debate. Em 1996, a questão da violência foi reconhecida mundialmente como um importante e crescente problema de saúde pública em todo o mundo pela 49a. Assembleia Mundial de Saúde (resolução WHA 49.25). Ressaltaram-se suas importantes consequências para indivíduos, famílias, comunidades e países, tanto no curto como no longo prazo e seus prejuízos para o desenvolvimento social e econômico. (Idem) Vejamos então o que é violência. Escolhemos a conceituação de Minayo, citada no Caderno de Violência contra a Pessoa Idosa da Secretaria Municipal de Saúde (2007) do Estado de São Paulo, como: A violência à pessoa idosa pode ser definida como ações ou omissões cometidas uma vez ou muitas vezes, prejudicando a integridade física e emocional das pessoas desse grupo etário e impedindo o desempenho de seu papel social. A violênciaacontece como uma quebra de expectativa positivados idosos em relação às pessoas e instituições que os cercam (filhos, cônjuge, parentes, cuidadores e sociedade em geral). (SMS-SP, 2007, p.28) Deste conceito, destacamos a questão de repetição, pois não importa quantas vezes ocorreram, uma ação ou omissão realizada só vez, não deixa de ser violência e que esta acontece num contexto de confiança. Para Minayo (Idem), a violência deve ser vista sob os seguintes aspectos ou formas de violência, que achamos por bem detalhar: Violência Física: é o uso da força física para compelir os idosos a fazeremo que não desejam, para feri-los, provocar dor, incapacidade ou morte. Violência Psicológica: corresponde a agressões verbais ou gestuais como objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolar do convíviosocial. Violência Sexual: refere-se ao ato ou jogo sexual de caráter homo ouheterorelacional, utilizando pessoas idosas. Esses abusos visam a obterexcitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violênciafísica ou ameaças.
4 Abandono: é uma de violência que se manifesta pela ausência ou deserçãodos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestaremsocorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção e assistência. Negligência: refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e necessáriosaos idosos por parte dos responsáveis familiares ou institucionais. Violência Financeira ou econômica: consiste na exploração imprópria ouilegal ou ao uso não consentido pela pessoa idosa de seus recursos financeirose patrimoniais. Auto-negligência: diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça suaprópria a saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessáriosa si mesma. Violência Medicamentosa: é administração por familiares, cuidadores eprofissionais dos medicamentos prescritos, de forma indevida, aumentando, diminuindo ou excluindo os medicamentos. Violência Emocional e Social: refere-se a agressão verbal crônica, incluindopalavras depreciativas que possam desrespeitar a identidade, dignidade e autoestima. (In: o_19jun.pdf) Após termos caracterizado e tipificado a violência, esclarecemos que o Brasil signatário da ONU - buscando implementar o Plano de Ação Internacional para o Envelhecimento - desenvolveu um plano nacional de combate à violência contra o idoso. Tendo este ficado a cargo da Secretaria Especial de Direitos Humanos SEDH. Neste plano, está posto que igualmente a outros países, no Brasil, a violência se manifesta, com frequência, no modo de tratar os idosos. Ainda segundo a SEDH, há três fatores que corroboram com a violência: 1) estrutural devido à desigualdade social; 2) as relações interpessoais; 3) as institucionais advinda da não implementação de politicas públicas reforçando a discriminação e relação assimétrica. Os objetivos do plano estão legalmente amparados no estatuto do idoso e pautado pelas diretrizes da ONU estabelecidas no referido Plano de Ação Internacional para o Envelhecimento, além de atenderem aos anseios da população longeva, estabelecidos na I Conferencia Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa. Nesses documentos - resultantes de estudos especializados dessa área - encontramos alguns fatores que passaremos a detalhar. A começar pelos fatores contributivos para esse tipo de violência, ligados ao agressor :1) coabitação com o idoso; 2) idoso como chefe de família;3) idoso como dependente financeiro; 4) agressor
5 usuário de drogas; 5) ajuste de relações pregressas; 6) estresse e isolamento social do cuidador; 7) sofrimento psíquico. Apresentamos, ainda, fatores ligados ao fato de que os idosos se tornam mais vulneráveis a violência: a) dependência física do tipo: incontinência urinária ou fecal e a dificuldade de deambular; b) problemas mentais do tipo: esquecimento, confusão mental, alteração do sono; c) incapacidade para atividades da vida diária; d) isolamento social. Diante e tudo isso, com base no nosso trabalho cotidiano de acompanhamento de idosos, em serviço público do estado do Ceará, nós acrescentamos os problemas emocionais do idoso, que expomos a seguir como fatores estruturais: 1) pobreza absoluta; 2) discriminação etária; 3) estereótipos da velhice; 4) descumprimento das leis que protegem os idosos. A mulher idosa: vítima de violência Achamos importante, também, apresentarmos os perfis do agressor e da vítima estabelecidos pelo Centro Integrado de Prevenção a Violência contra a Pessoa Idosa CIAPREVI 3 : o da vítima mulher idosa; do agressor: filho ou neto, usuário de droga licita ou ilícita. A unidade foi inaugurada e entrou em funcionamento em Neste ano, foram realizadas 418 denúncias, em 2010 foram 678 casos; em 2011, 850 casos; em 2012, 1051 casos e em 2013 a unidade encerra suas atividades, tendo recebido 926 casos até novembro. Em quatro anos de existência foram averiguadas e/ou acompanhadas denúncias. Provavelmente o número seja maior, mas não há como saber dos casos não notificados, ainda que haja a obrigatoriedade na área da saúde de notificar os casos quando identificados. Citamos a seguir algumas medidas podem tomadas para combatera violência: 1) respeitar o princípio da autonomia capacidade de decidir da pessoa idosa; 2) prevenção, oferecendo recursos eficientes e adequados para que as pessoas idosas, famílias, cuidadores; 3) investigação das denúncias; 4) 3 Esta unidade de atendimento está sendo desativada em função da estruturação do Sistema único da Assistência Social SUAS. Nem uma outra ação está prevista para substituir esse atendimento ao idoso.
6 envolvimento dos profissionais que atendem ao idoso no combate a violência; 5) avaliar de vida e a urgência da intervenção; Temos que considerar que Brasil não é mais um país jovem. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera uma população envelhecida, quando a proporção de pessoas com 60 anos ou mais atinge 7%,com tendência a crescer, e os brasileiros com 60 anos ou mais representaram 8,6% da população no Censo de Nas projeções da OMS, entre 1950 e 2025, a população de idosos no País crescerá dezesseis vezes, enquanto a população total crescerá cinco vezes, o que nos colocará como a sexta população de idosos do mundo (KELLER et al., 2002, p ). Crescimento populacional desta monta cria um demanda de serviços e políticas públicas que atendam essa demanda. Paradoxalmente, Monteiro (2002) tem apontado que, apesar de termos crescido em população, os serviços e as políticas públicas, no estado do Ceará não tem acompanhado a esta demanda, apesar de termos doze anos de Estatuto do Idoso e de vinte um anos de Política Nacional do Idoso. Ademais, nenhum serviço de modalidade nova foi desenvolvido no estado, que apenas mantem as modalidades anteriormente existentes, quanto ao asilamento e formação de grupo de idosos. O ser estrangeiro Uma explicação plausível que nos ocorre para explicar a situação vivida pelo idoso é a da estrangeiridade. Koltai (2000) trabalha com a noção de estrangeiro a partir de dois aspectos: o político e o psicanalítico. Abordando o tema, ela afirma que há duas reações possíveis: o fascínio ou o horror, ou seja, amá-lo ou odiá-lo. Na dimensão política o estrangeiro surge da formação do Estado Nação moderno com suas fronteiras. Tudo que estivesse fora, além da fronteira, seria estrangeiro. O estrangeiro é alguém que vem de outro lugar e que pode ser mandado embora, ser repatriado. Isto implica numa categoria sociopolítica e numa exclusão. Essa é a noção
7 vigente, mas nem sempre foi assim. Anteriormente ele era visto apenas como o não familiar. O estrangeiro para Koltai (2000) pode ser imigrante, árabe, nordestino, negro ou judeu. Percebamos que não se trata apenas de uma questão de fronteira, de estar dentro ou fora de determinado país. Esta fronteira, este limite, pode estar nos grupos sociais. Daí podermos acrescentar a esta lista outras tipologias como o velho. Está subjacente a ideia, o sentimento de valor menor. A autora retoma a Grécia antiga, para exemplificar um modo diferente de reagir em relação ao estrangeiro. A Grécia estava fechada em si mesma, o estrangeiro era o desconhecido. Na fase clássica, abriu-se para o comércio e fez concomitantemente o intercâmbio cultural. Apesar desta abertura, esta sociedade também estabelecia a exclusão dos seus estrangeiros, os bárbaros e, num sentido mais lato, os escravos e as mulheres. Assim, o bárbaro era aquele que tinha outra cultura, que ignorava a língua, a religião, os usos e costumes gregos. Para ser cidadão grego, ele teria que abandonar a sua cultura de origem e aprender uma nova identidade. Isto porque, naquela sociedade, ser cidadão era ter direitos e participar da gestão comum dos negócios. A autora salienta que os gregos não tinham o preconceito com relação aos estrangeiros, como temos modernamente. Diz que a democracia deles era tolerante, chegando mesmo a encorajar a presença deles, inclusive dando-lhes direitos civis que eram prerrogativas exclusivas dos cidadãos. Assim, podem chegar até a participar da administração do Estado sem, contudo, ter direitos políticos. Koltai (2000) afirma que é mais fácil ser solidário na abundância. Contrariamente, em situações de crises há o recrudescimento do racismo e da xenofobia. A conjuntura atual de economia globalizada é fomentadora de crises. Nesta situação, a Autora considera, que as pessoas se sentem inseguras e não conseguem ter seu tempo subjetivo projetado no futuro, algo que se interponha entre o presente e a morte. Nesse sentido, ela afirma que faltam projetos sociais para estabelecer laços entre o singular e o social, entre o pessoal e coletivo.
8 Nessa confluência do pessoal com o social, articulando história de vida particular com o contexto social de um discurso discriminatório, a autora explica que ganha força a ideia de eliminação do estrangeiro. A autora lembra, também, como exemplo, os judeus no holocausto da Segunda Guerra, quando foram tratados como um outro que pode ser eliminado. Na psicanálise - tratada aqui através das considerações de Koltai - o sintoma, ou seja, aquilo que se vê, que é manifesto, se dá no cruzamento da história pessoal com a coletiva. O sintoma é o mesmo que singularidade do sujeito, é o laço e a separação, o conflito e a tensão entre história individual e cultural. Interseção entre o mais íntimo do indivíduo e o discurso universal no qual se inscreve. Então, cabe perguntar: Como isso se daria a nível pessoal? Quando crianças, adolescentes e jovens adultos, aprendemos a fazer a distinção entre um eu e um outro. Nessas passagens, há sempre o enfrentamento dessa diferença, que nos aproxima do sentido do outro como estrangeiro. Anteriormente, existia algo internamente sem uma representação, algo internalizado aos indivíduos em seu processo de socialização; e que agora aparece ao dar o nome de estrangeiro? No final de tudo, dito isso de forma bem simples, só podemos reconhecer que existe um fora, porque existe um dentro. O homem é um ser pleno de possibilidades, contudo, ao delimitar, ou seja, ao escolher, todo o campo de possibilidades reduzir-se-á a uma, a que foi escolhida. Desta forma ficará de fora todo o restante. Assim ao delimitar um território, que é a nação, todo o resto é estrangeiro. Da mesma forma, ao definir o eu todo o resto é o não eu. A partir daí nos aproximamos dos semelhantes e nos afastamos dos diferentes. Em outras palavras amamos os iguais a nos e rechaçamos os diferentes. Dentro dessa lógica, desse raciocínio, o mecanismo que gera o estrangeiro é o mesmo que gera a discriminação e o racismo. (Koltai, 2000, s/p) A partir da indicação da psicanálise, entende-se que mora um certo alguém estrangeiro interno, em cada um de nós, convivendo conosco, na nossa vida mental. Desde então, vivemos com esta inquietação, este sofrimento interior. O processo terapêutico profundo nos familiariza com este estrangeiro que portamos.
9 Procuramos o termo em português. Verificamos no dicionário etimológico que estrangeiro e estranho têm a mesma origem no latim, extraneus, o que nos faz pensar que ante o estrangeiro pode-se ter um estranhamento. Koltai (2000) citando Freud, afirma não haver novidade, nem estrangeridade, mas algo conhecido na vida psíquica, que veio a ser estrangeiro, devido ao recalcamento. Trata-se, no fundo, de um jogo de espelho que me reflete, contudo, não sou eu, é um diferente. Consideramos ser este processo psicológico muito importante e necessário para explicar o rechaço da velhice. Considerações finais O processo de envelhecimento é um fato inexorável. As políticas públicas e serviços não acompanham a demanda. Tal fato penas contribui para o incremento da violência, uma vez que deixa do ônus do cuidado do idoso à família, ou mais precisamente ao cuidador familiar. Vimos que a estrangeiridade explica a gerontofobia, no seu substrato psicossocial. O desconhecido, o estrangeiro, que foi recalcado, reaparece e ameaça a torna-se real. A super potencia do adulto que tudo pode, pode reproduzir e produzir riqueza, revela-se uma quimera ante um corpo que caminha inelutavelmente para morte. Quando ela vira? No seu conjunto, existem dados alarmantes no Ceará sobre a violência dirigida às mulheres velhas. Isso chama a nossa atenção porque elas são alvo, na maioria das velhas, de violência conduzida por pessoas da família, sabendo-se que foram elas as que mais cuidaram das casas e dos filhos; se hoje estes se voltam contra elas, como mães e avós, é porque algo muito sintomático está acontecendo na nossa sociedade, que revela a perda dos laços de solidariedade, respeito e estima, gratidão de devolução de cuidados às mulheres que no passado se dedicaram tanto às suas famílias, já que esta tarefa é tradicionalmente dirigida às mulheres.
10 Nosso problema é indagar, seriamente, o que fazemos entre ser velho e morrer? A educação gerontológica voltada para o idoso, pode abrir caminhos ao desenvolvimento de projetos. E a educação para população em geral mostrando que a velhice é um construto social e histórico; e que, a exemplo dos gregos e outras culturas humanas bem antigas, que depositavam nos velhos a fonte de sabedoria mais alta, podemos assimilar os diferentes. Referências KOLTAI, Caterina. Política e psicanálise: o estrangeiro. São Paulo, Escuta, MANNONI, Octave Freud: introdução à psicanálise. Lisboa-PT: Publicações Europa-América, [s.d.]. MONTEIRO, Evaldo Cavalcante. Se o idoso não é prioridade ele também não é esquecido: a complexidade de envelhecer no Ceará. Dissertação de Mestrado em Gerontologia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PASINATO, Maria Tereza e outras. Idosos Vítimas de Maus-Tratos Domésticos: Estudo Exploratório das Informações dos Serviços de Denúncia. Trabalho apresentado no XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú- MG/ Brasil, de de Setembro de In: Documentos e Sites: Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo. Série Cadernos Violência e Saúde. Volume 3 - Violência contra a Pessoa Idosa, Cuidar Melhor e Evitar a Violência - Manual do Cuidador da Pessoa Idosa. Tomiko Born (organizadora) Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos. Brasília, CADERNO DE VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA. Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, In: pdf
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