SUMÁRIO. Proposta pedagógica...3. Quem são os povos indígenas no Brasil?...6. PGM 2 O que é Educação Escolar Indígena?... 12

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2 PGM 1 SUMÁRIO Proposta pedagógica...3 PGM 1 Quem são os povos indígenas no Brasil?...6 PGM 2 O que é Educação Escolar Indígena? PGM 3 Como formar professores índios para as escolas indígenas? PGM 4 Como são os currículos das escolas indígenas? PGM 5 Como tratar a temática indígena na sala de aula? CONHECIMENTO MATEMÁTICO 2

3 PROPOSTA PEDAGÓGICA luís donisete BenzI GruPIOnI 1 Essa série, que será apresentada no programa Salto para o Futuro/TV Escola, de 9 a 13 de agosto, tem por tema a apropriação da escola pelos povos indígenas no Brasil em anos recentes. Trata-se de pôr em foco questões importantes para a compreensão do sentido da escola para esses povos, priorizando a temática da formação de índios como professores e da construção de currículos diferenciados no ensino indígena. Com tal escopo, quer se levantar a problemática do lugar dos povos indígenas na sociedade brasileira e repensar a forma como as demais escolas do sistema de ensino nacional vêm trabalhando a temática indígena em sala de aula. Esses são os temas que serão debatidos na série: PGM 1: quem são Os POvOs IndíGenas no BrasIl? 1 Antropólogo, doutorando em Antropologia Social na Universidade de São Paulo e pesquisador do Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena (Iepé). Consultor dessa série. Acontecimentos recentes envolvendo conflitos territoriais e comunidades indígenas produziram uma imagem negativa dos povos indígenas, amplamente difundida na mídia escrita e televisiva. Análises superficiais e intolerância em face do diferente permearam matérias jornalísticas veiculadas na grande imprensa. A sensação que se tem a partir desses episódios é a de que se esfacela a imagem positiva que os índios têm junto a população em geral, reavivando antigos preconceitos e discriminação. Parece CONHECIMENTO MATEMÁTICO 3

4 PROPOSTA PEDAGÓGICA refluir o capital simbólico associado à temática indígena. Nesse primeiro programa da série, a proposta é fornecer informações básicas e gerais sobre os povos nativos contempo râneos que habitam o país, trazendo dados sobre seus modos de vida e visões de mundo. A questão de fundo aqui é refletir sobre o lugar desses povos na sociedade brasileira, discutindo não só as alternativas que a sociedade e o Estado lhes colocam, mas também seus próprios projetos de futuro. PGM 2: O que é Educação Escolar Indígena? O direito a uma educação escolar diferenciada, que contribua para o fortalecimento do sentimento de pertencimento étnico por parte dos povos indígenas, recentemente vem sendo conquistado na prática. Uma legislação avançada, elaborada nos últimos anos em âmbito federal, vem suscitando o surgimento de novas práticas escolares em meio indígena, pautadas por um novo paradigma alicerçado na idéia da diferença, da interculturalidade, do bilingüismo, de comunidade. A demanda por uma escola diferenciada, que permita acesso a conhecimentos necessários a um novo tipo de interlocução com o mundo de fora da aldeia, está presente em todas as comunidades indígenas do país. Trata-se de uma reivindicação calcada na proposta de que essa escola possa servir de instrumento para a construção de seus projetos autônomos de futuro. Nesse programa, pretende-se discutir qual o sentido da escola para os povos indígenas, por meio do detalhamento dos princípios que balizam a educação escolar indígena diferenciada. PGM 3: Como formar professores índios para as escolas indígenas? Uma das facetas mais inovadoras desse movimento de construção de uma nova escola em terras indígenas é a proposição de que os processos escolares devam ser conduzidos pelos próprios índios, membros de suas respectivas comunidades. O desafio, então, é formar índios como professores e gestores de suas escolas. Diferentes programas de formação de professores indígenas estão em curso no Brasil há vários anos. Os pioneiros foram implementados por organizações não governamentais de apoio aos índios e, hoje, vários são geridos por secretarias estaduais de educação. Todos têm em comum a ESCOLA E POVOS INDÍGENAS NO BRASIL 4

5 PROPOSTA PEDAGÓGICA característica de que se trata de uma formação em serviço e concomitante à própria escolarização de seus participantes. Realizados em etapas presenciais e a distância, tais programas se desenvolveram no âmbito do Ensino Médio, e agora, paulatinamente, avançam rumo a uma formação específica em nível superior. Nesse programa, tem-se como objetivo a discussão das diferentes propostas de formação de professores indígenas no Brasil, evidenciando os pressupostos dessa formação, bem como as competências necessárias para a atividade docente em escolas indígenas. PGM 4: Como são os currículos das escolas indígenas? Uso de materiais didáticos próprios, ensino em língua materna, pesquisa e enunciação de conhecimentos tradicionais, sínteses culturais, participação da comunidade: todos esses elementos ajudam a configurar a especificidade da escola indígena. Na base, a necessidade de construção coletiva de propostas curriculares autônomas, de projetos político-pedagógicos próprios, de modelos de gestão compartilhados com representantes das comunidades. Com que conhecimentos a escola indígena trabalha, de que modo eles são construídos na escola, que competências ela desenvolve em seus alunos? Debater essas questões é o objetivo deste quarto programa da série, em que se pretende refletir sobre a especificidade curricular das escolas indígenas. PGM 5: Como tratar a temática indígena na sala de aula? A presença indígena na história da formação do Brasil é tema obrigatório no currículo escolar de todo o país e assunto tratado nos livros didáticos de História e Geografia. Nos últimos anos, esses manuais passaram por ESCOLA E POVOS INDÍGENAS NO BRASIL 5

6 PGM 1 PGM 1 Quem são os povos indígenas no Brasil? Luís Donisete Benzi Grupioni 1 Durante quase cinco séculos, os índios foram pensados como seres efêmeros, em transição: transição para a cristandade, a civilização, a assimilação, o desaparecimento. Hoje se sabe que as sociedades indígenas são parte de nosso futuro e não só do nosso passado. A nossa história comum foi um rosário de iniqüidades cometidas contra elas. Resta esperar que as relações que com elas se estabeleçam a partir de agora sejam mais justas: e talvez o sexto centenário do descobrimento da América tenha algo a celebrar. (Manuela Carneiro da Cunha. In: História dos Índios no Brasil.) 1 Antropólogo, doutorando em Antropologia Social na Universidade de São Paulo e pesquisador do Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena (Iepé). Consultor dessa série. Os povos indígenas que vivem no Brasil hoje são remanescentes de um grande contingente populacional, cujas estimativas históricas indicam que seria em torno de 6 milhões de indivíduos, quando da chegada dos primeiros europeus no século XVI. Eles vivenciaram processos históricos distintos e continuam portadores de tradições culturais específicas, expressando uma diversidade cultural ainda pouco conhecida, reconhecida e respeitada. Nossas estatísticas, insensíveis e deficientes, insistem em números não precisos, não absolutos. Seriam cerca de 220 povos, falantes de cerca de 180 línguas, totalizando uma população que se reconhece como integrante de uma categoria indígena que pode variar entre 350 a 700 mil indivíduos, espalhados em centenas de aldeias em praticamente todo o território nacional. Nesses números QUEM SÃO OS POVOS INDÍGENASNO BRASIL? 6

7 PGM 1 inclui-se, certamente, o contingente indígena que vive nas cidades, embora sobre ele não haja nenhum trabalho censitário específico. O certo em relação à população indígena é dizer que ela tem crescido de forma constante nos últimos anos, evidenciando o revigoramento destes povos. Mas há ainda vários povos correndo o risco de extinção, ameaça que tende a ser maior quando o povo indígena é formado por poucos indivíduos. E no Brasil, mais de 50% do total dos povos indígenas são integrados por menos de 500 indivíduos. O mesmo vale para as línguas indígenas: quanto menos falantes, maior o risco de elas deixarem de ser faladas. Na atualidade, no Brasil, são conhecidas 180 línguas indígenas, distribuídas em 41 famílias, dois troncos lingüísticos e dez línguas isoladas. Hoje a cena indígena no Brasil se compõe de povos que estão em contato com segmentos da sociedade brasileira há mais de 300 anos, com outros que se recusam ao convívio mais duradouro, refugiando-se em rincões distantes da Amazônia e fugindo do contato permanente, ou de povos monolíngües em suas línguas indígenas e outros monolíngües em português, ou, ainda, de povos cuja população total não ultrapassa uma centena de indivíduos, a outros cujo contingente populacional se espalha por inúmeras aldeias, em vários estados da Federação, atingindo uma cifra que vai além de pessoas. Há povos que vivem na floresta, há outros que vivem no sertão; há povos que vivem próximos do mar, e outros que vivem na beira de estradas ou em distritos urbanos de grandes capitais. Já se escreveu, certa vez, que compor uma imagem da diversidade cultural dos povos indígenas no Brasil é tarefa árdua e de difícil realização. Isto se deve ao parco conhecimento de que dispomos sobre esses povos: ele é fragmentado, parcial e limitado. Até a produção de uma simples lista com o nome dos povos indígenas é tarefa complexa, a começar por definir o que seja um determinado povo indígena. É como montar um quebra-cabeça cujas peças, de tamanhos, formatos, cores e texturas diferentes, espalham-se por todo o Brasil e são produzidas por pessoas e instituições diversas, com metodologias e critérios variados. Não obstante a dificuldade, é tarefa necessária e urgente, no sentido de fornecer instrumentos que permitam a correta compreensão da diversidade étnica representada por esses povos, a exigir respostas qualificadas e diferenciadas, não só em termos das políticas públicas do Estado brasileiro, mas também das formas de relacionamento da sociedade brasileira com esses povos. Nesses mais de 500 anos de história do Brasil, os povos indígenas foram vistos e interpretados de diferentes formas. O questionamento sobre que papel eles poderiam desempenhar na formação da sociedade brasileira pautou diferentes práticas a eles dirigidas. Entre o bom e o mau selvagem, a visão de que os índios eram QUEM SÃO OS POVOS INDÍGENAS NO BRASIL? 7

8 PGM 1 entraves ao progresso, que precisavam ser civilizados, salvos enquanto indivíduos e, ao mesmo tempo, aniquilados enquanto povos culturalmente diversificados, impôs-se como paradigma até bem pouco tempo atrás. Foram décadas de políticas claramente contrárias aos índios, ou ainda que favoráveis no plano do discurso e no plano legal, amplamente complacentes com práticas violentas, que visavam à extinção da diferença. A transformação dos índios em mão-de-obra talvez tenha sido, ao lado de sua conversão à fé cristã, uma das mais piedosas soluções propostas para enfrentar o problema indígena. No começo do século passado, firmaram-se as bases para um protecionismo estatal, que se centrou na superioridade da cultura brasileira sobre a indígena e na necessidade de elevar o padrão moral e tecnológico dos índios, permitindo sua evolução rumo à condição de partícipes da nação. O índio passava a ser visto como um ser em vias de transformação: a ação tutelar do Estado iria providenciar a passagem de um estado inferior da evolução ao estágio inferior da sociedade: da selvageria eles deveriam ser conduzidos ao posto de trabalhadores nacionais e a partir dali poderiam, despojados de atributos étnicos e culturais, progredir na escala social. Integrar foi o mote do processo histórico que moveu o Estado a elaborar uma política específica para solucionar o problema indígena. Olhando retrospectivamente, temos uma história de longa duração, em que os índios sempre foram vistos como um problema e a única resposta que se conseguiu foi a formulação de políticas voltadas para que eles deixassem de ser o que eram. Mas, ao longo dessa história, foi-se firmando a constatação de que, apesar das políticas contrárias, o sentimento de pertencimento étnico expresso por esses povos não se esvaía tão facilmente e eles insistiam em manter suas identidades, que se materializam numa persistente distância em face de outros grupos indígenas em face dos demais segmentos da sociedade brasileira. O tão esperado índio genérico, que surgiria a partir do solapamento das diferenças culturais, sociais e ontológicas existentes entre os diferentes grupos étnicos não vingou, e pequenas populações re-encontraram o eixo de seu crescimento demográfico e, re-elaborando seus modos particulares de estar no mundo, firmaram-se enquanto coletividades diferenciadas. A proposta de valorização das diferenças culturais de que os povos indígenas são portadores é muito recente, e tem na Constituição de 1988 o seu grande momento. A nova Constituição delineou novos marcos para as relações entre os povos indígenas, de um lado, e o Estado e a sociedade brasileira, de outro. Seu saldo maior foi romper com uma tradição da legislação brasileira, abandonando a postura integracionista que sempre procurou incorporar e assimilar os índios à comunidade QUEM SÃO OS POVOS INDÍGENAS NO BRASIL? 8

9 PGM 1 nacional, e que os entendia como uma categoria étnica e social transitória, fadada ao desaparecimento certo. Com a aprovação do novo texto constitucional, os índios não só deixaram de ser considerados uma espécie em vias de extinção, como lhes foi assegurado o direito à diferença cultural, isto é, o direito de serem índios e de permanecerem como tal. À União não cabe mais a incumbência de incorporá-los à comunhão nacional, como estabeleciam as constituições anteriores, mas legislar sobre as populações indígenas, no intuito de protegê-las. É, portanto, embora não pareça, algo muito novo a proposição de que os índios têm direito a serem o que sempre foram, a decidirem o seu próprio futuro, cabendo ao Estado o dever de protegê-los e de lhes oferecer meios e instrumentos para decidirem e trilharem seus próprios caminhos. E também são recentes os textos legais que vão, gradativamente, detalhando os preceitos constitucionais que garantem aos índios o exercício do direito à diferença. Como também são recentes as políticas públicas voltadas ao reconhecimento da diversidade cultural dos povos indígenas e seu direito, por exemplo, a programas de educação e de saúde específicos. Datam de menos de uma década! Ainda que o preconceito e a discriminação, a intolerância e a estigmatização caracterizem historicamente o tipo de relação que se estabeleceu entre os povos indígenas e outros segmentos das sociedades nacionais, é possível afirmar que os povos indígenas vivenciam hoje sinais de um novo tempo, em que já é possível a construção de canais de diálogo mais respeitosos com os Estados nos quais estão inseridos e com os segmentos das sociedades nacionais com os quais estão em contato. A aceitação de que somos nações culturalmente diversificadas, formadas por segmentos diferenciados, compartilhando um mesmo espaço político dentro de Estados Nacionais, leva ao reconhecimento do direito dos povos indígenas de serem diferentes e de terem respeitadas suas práticas socioculturais, seus valores tradicionais e suas próprias visões de mundo. A tendência presente em muitos Estados Nacionais de tratar os modelos de vida dos povos indígenas como fatores limitantes da unidade nacional, postulando uma homogeneidade lingüística e cultural, tem sido superada, através de novos ordenamentos constitucionais e legais, pela afirmação da possibilidade de esses povos manterem suas identidades e práticas, sinal de que estão se abrindo novos espaços jurídicos de aceitação da diversidade étnica e cultural por eles representada. Não obstante essa mudança de cenário, ainda são muitos os empecilhos para que os povos indígenas tenham seus direitos respeitados e possam estabelecer relações mais adequadas com os demais segmentos da sociedade brasileira. Acon- QUEM SÃO OS POVOS INDÍGENAS NO BRASIL? 9

10 PGM 1 tecimentos recentes envolvendo conflitos territoriais e comunidades indígenas, como os que vimos nesse primeiro semestre de 2004, trazendo à tona os índios de Roraima com a questão da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, ou o dos índios Cinta-Larga, em Rondônia em conflitos com garimpeiros, produziram uma imagem negativa dos povos indígenas, amplamente difundida na mídia escrita e televisiva. Análises superficiais e intolerância em face do diferente permearam matérias jornalísticas veiculadas na grande imprensa sobre esses dois episódios, reavivando-se a discriminação e antigos preconceitos. Situações de conflito como essas, e outras que estão ocorrendo em diferentes regiões do país, são um convite à reflexão sobre o lugar dos povos indígenas na sociedade brasileira, discutindo não só as alternativas que a sociedade e o Estado lhes colocam, mas também procurando entender quais são os projetos de futuro desses povos. E poderíamos começar esta reflexão com algumas indagações. A existência de mais de 220 povos indígenas distintos no Brasil contemporâneo, insistindo em manter seus modos de vida e suas visões de mundo particulares, concebendo-se como totalidades, enriquece o país, em termos de sua variada composição multiétnica, ou é mais um sintoma da sua condição de país subdesenvolvido, que ainda não concluiu o processo de sua formação? A presença dos povos indígenas, 500 anos após a chegada dos primeiros europeus e o início do processo de construção do Brasil, é sinal positivo para a nacionalidade brasileira ou uma mácula que ainda não foi possível superar? Os povos indígenas têm direitos históricos a serem respeitados e efetivados ou são um empecilho insistente a atravancar o rumo certeiro do progresso nacional? Que propostas a sociedade e o Estado brasileiro têm para os povos indígenas que vivem em nosso país? Por mais maniqueístas que possam parecer, essas questões, postas à luz do dia, devem e precisam ser enfrentadas pela sociedade brasileira. Elas dizem respeito ao modo pelo qual a sociedade se pensa, idealiza sua imagem, e trata os segmentos que dela fazem parte. Uma sociedade que almeja uma convivência pautada pelo respeito, pela justiça e pela paz social, pela igualdade de condições a serem propiciadas a todos os seus integrantes para que possam se desenvolver como sujeitos autônomos e encontrem o bem viver, precisa refletir sobre os diferentes grupos que a compõem. Enfrentar o problema indígena é um dos desafios postos para a sociedade brasileira na construção das condições mínimas para o bem - estar de toda a sua coletividade. As indagações que surgem a partir da questão dos povos indígenas nos levam à reflexão sobre outros grupos diferenciados, minorias raciais, étnicas, sexuais, sociais, que também integram a nação brasileira: ribeirinhos, sertanejos, imigrantes, negros, mulheres, ciganos, pobres, sem terra, sem teto... Pensar sobre QUEM SÃO OS POVOS INDÍGENAS NO BRASIL? 10

11 PGM 1 os índios pode ser um exercício válido e necessário para pensarmos também sobre esses outros grupos, para refletirmos sobre as relações que eles mantêm entre si, para pensarmos o que os aproxima e o que os diferencia, para, enfim, pensarmos como foi possível o surgimento e a continuidade, no tempo e no espaço, da nação brasileira. Refletir sobre todos eles é refletir sobre a própria sociedade da qual todos nós fazemos parte. Bibliografia AZANHA, Gilberto e VALADÃO, Virgínia Marcos. Senhores destas terras - Os povos indígenas no Brasil; da colônia aos nossos dias. São Paulo: Atual Editora, p. (Coleção História em Documentos) GOMES, Mércio P. Os índios e o Brasil: ensaio sobre um holocausto e sobre uma nova possibilidade de convivência. Petrópolis: Editora Vozes, p. GRUPIONI, Luís Donisete Benzi, VIDAL, Lux e FISCHMANN, Roseli (orgs.). Povos Indígenas e Tolerância: construindo práticas de respeito e solidariedade. São Paulo: Edusp e Unesco, QUEM SÃO OS POVOS INDÍGENAS NO BRASIL? 11

12 PGM 2 PGM 2 O que é educação escolar indígena? Luís Donisete Benzi Grupioni 1 Complemento do processo educativo próprio de cada comunidade, a escola deve se constituir a partir dos seus interesses e possibilitar sua participação em todos os momentos da definição da proposta curricular, do seu funcionamento, da escolha dos professores que vão lecionar, do projeto pedagógico que vai ser desenvolvido, enfim, da política educacional que será adotada. (Gersem dos Santos Baniwa, RCNEI/MEC.) Nos últimos anos, os povos indígenas no Brasil vêm conquistando o direito a uma educação escolar diferente da que é oferecida pelo Estado aos demais cidadãos brasileiros. Diferente na forma e no conteúdo, nos propósitos e nos fins. Isso é decorrência do reconhecimento recente por parte do Estado brasileiro de que somos uma nação pluriétnica e de que no território nacional vivem comunidades étnicas, cujos antepassados já estavam aqui antes mesmo da fundação do país, e de que elas têm direito a suas identidades próprias e a seus modos de vida particulares. 1 Antropólogo, doutorando em Antropologia Social na Universidade de São Paulo e pesquisador do Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena (Iepé). Consultor dessa série. Mas por que será que os povos indígenas precisam de uma educação diferenciada, específica, intercultural e bilíngüe, como afirmam especialistas e como reivindicam os próprios povos indígenas? Essa é uma indagação que tem estado presente em diferentes fóruns de debate e decisão, como quando da definição e regulamentação de direitos indígenas ou quando da elaboração de políticas públicas dirigidas a eles. Antes de mais nada, é preciso que se diga que a escola é uma velha conhecida dos povos indígenas. Ela chegou praticamente junto com os primeiros colonizadores e foi um dos seus principais O QUE É EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA? 12

13 PGM 2 instrumentos para conquistar as terras então descobertas e as pessoas que nelas viviam. Ao longo de toda a história de relacionamento dos povos indígenas com representantes do poder colonial, e posteriormente do Estado nacional, a escola se impôs sob diferentes formas, cumprindo diferentes funções. Utilizada fundamentalmente para suprimir a identidade dos povos indígenas, promovendo sua integração à comunhão nacional, a escola foi, aos poucos, sendo conquistada por esses povos, que hoje depositam nela a esperança de que se torne um instrumento a alavancar o sentimento de pertencimento étnico, resgatando valores e práticas socioculturais próprias que foram, muitas vezes, enfraquecidas pela imposição de valores e padrões sociais alheios. Essa nova escola, reivindicada pelos povos indígenas no presente, tem características muito peculiares. Ela foi sendo pensada, experimentada e construída em diferentes comunidades indígenas pelo país afora, que rejeitaram a escola civilizadora imposta pelo Estado, em que se proibia o uso das línguas indígenas, em que a cultura e os conhecimentos indígenas não eram respeitados, em que se procurava apenas transmitir valores e práticas do mundo ocidental. Contra esse modelo de escola, foram surgindo práticas alternativas, em que a língua indígena falada pelas crianças era utilizada como língua de instrução, em que a comunidade participava das decisões sobre os objetivos da escola, em que os conhecimentos tradicionais eram valorizados e sistematizados em sala de aula juntamente com o aprendizado do conhecimento ocidental, em que os professores indígenas, membros de suas respectivas comunidades, preparavam seus próprios materiais didáticos. Essas experiências foram ganhando força e sendo gradativamente reconhecidas e passaram a servir de referência para se pensar um novo papel para a instituição escolar em terras indígenas. Elas influenciaram positivamente a legislação que trata dos direitos indígenas. Com o reconhecimento do direito à diversidade cultural estabelecido na Constituição de 1988, os povos indígenas tiveram assegurados o respeito a suas línguas maternas, aos seus processos próprios de aprendizagem, a suas culturas, tradições e saberes. Esse reconhecimento foi desdobrado em outras leis, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o Plano Nacional de Educação. Detalhando princípios gerais, a legislação federal acabou criando um novo arcabouço jurídico, que garante uma educação diferenciada aos povos indígenas. É a partir de um conjunto de idéias e propostas simples, mas que se efetivam a partir de complexas implicações práticas, que se formulou a proposta da possibilidade de uma educação diferenciada aos povos indígenas. Ela se constrói a partir de algumas premissas, que hoje são amplamente compartilhadas entre professores, O QUE É EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA? 13

14 PGM 2 comunidades indígenas, especialistas e técnicos governamentais. Suficientemente detalhadas na legislação, essas idéias precisam, todavia, ganhar efetividade na prática, modificando o jeito da escola em terras indígenas. A primeira, e talvez a mais fundamental de todas as idéias, é a proposta de que à frente da escola indígena, como professores e como gestores, devemos ter índios da respectiva comunidade. Isso implica a necessidade de formar índios como professores e de garantir condições para que a escola indígena possa ser apropriada pela comunidade onde ela está instalada. Vem daí a proposta de que a escola indígena é, antes de tudo, uma escola comunitária, tal como disposto no Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas: Porque conduzida pela comunidade indígena, de acordo com seus projetos, suas concepções e seus princípios. Isto se refere tanto ao currículo quanto aos modos de administrá-la. Inclui liberdade de decisão quanto ao calendário escolar, à pedagogia, aos objetivos, aos conteúdos, aos espaços e momentos utilizados para a educação escolarizada (MEC, 1998, p. 24). Outra idéia importante que baliza essa proposta de uma nova escola indígena é a de que ela deva ser intercultural, promovendo o intercâmbio e a troca de conhecimentos. Se historicamente a escola foi um instrumento para impor valores e práticas culturais ocidentais, que deveriam solapar e substituir o modo de ser dos povos indígenas, hoje se propõe que ela seja um espaço em que se possa pôr em contato diferentes concepções culturais, promovendo sínteses e alimentando o respeito pela diferença. Citando novamente o Referencial do MEC, a escola indígena é intercultural: Porque deve promover e manter a diversidade cultural e lingüística; promover uma situação de comunicação entre experiências socioculturais, lingüísticas e históricas diferentes, não considerando uma cultura superior à outra; estimular o entendimento e o respeito entre seres humanos de identidades étnicas diferentes, ainda que se reconheça que tais relações vêm ocorrendo historicamente em contextos de desigualdade social e política (MEC, 1988, p. 24). O uso da língua indígena na escola da aldeia é outra proposta em relação à qual muito se avançou nos últimos anos. Não há um modelo único que possa dar conta das diferentes situações sociolingüísticas vividas pelos povos indígenas, mas é consenso que a escola indígena precisa valorizar a língua materna falada pelas crianças, ao lado do aprendizado do português, como língua nacional. A escola indígena pode ter um papel importante na manutenção e na valorização das lín- O QUE É EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA? 14

15 PGM 2 guas indígenas, possibilitando a escrita dessas línguas e criando novos contextos de uso. O mesmo documento do MEC nos auxilia a entender a importância de a escola indígena ser bilíngüe e em alguns contextos multilíngüe: Porque as tradições culturais, os conhecimentos acumulados, a educação das gerações mais novas, as crenças, o pensamento e a prática religiosos, as representações simbólicas, a organização política, os projetos de futuro, enfim, a reprodução sociocultural das sociedades indígenas são, na maioria dos casos, manifestações através do uso de mais de uma língua. Mesmo os povos indígenas que são hoje monolíngües em língua portuguesa continuam a usar a língua de seus ancestrais como um símbolo poderoso de onde confluem muitos de seus traços identificatórios, constituindo, assim, um quadro de bilingüismo simbólico importante (MEC, 1998, p. 25). Por ser comunitária, intercultural, bilíngüe/multilíngüe, essa nova escola indígena deve ser específica e diferenciada, isto é, ela deve exercitar características que a distingam das demais escolas públicas do país, e ao mesmo tempo são distintas e próprias a cada povo indígena. É por esta razão que se afirma que não há um único modelo de escola indígena, mas tantas escolas quantos são os povos em que ela está presente. Para isso, ela precisa contar com calendários que respeitem as atividades cotidianas e cerimoniais dos povos indígenas, com materiais didáticos e recursos pedagógicos que valorizem e tragam para dentro da sala de aula os conhecimentos e os saberes tradicionais daqueles povos, com currículos e propostas pedagógicas que vinculem a escola ao cotidiano da comunidade em que ela está inserida. A escola indígena deve estar a serviço da comunidade indígena, respondendo a seus anseios e atendendo às suas demandas, formando as crianças e os jovens de acordo com os seus ideais e padrões culturais. Ela não se confunde com os processos tradicionais de socialização presentes em todos os povos indígenas, mas não lhes pode ser de todo estranha. Nos dias atuais, a escola veio somar-se a esses processos tradicionais, e para que isso ocorra de forma a respeitar os valores e a visão de mundo desses povos, essa escola deve ser diferente das demais escolas do sistema de ensino, e ao mesmo tempo ser específica a cada povo indígena. Para citar novamente o documento do MEC, a escola indígena é específica e diferenciada, Porque concebida e planejada como reflexo das aspirações particulares de cada povo indígena e com autonomia em relação a determinados aspectos que regem o funcionamento e orientação da escola não-indígena (MEC, 1998, p. 25). O QUE É EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA? 15

16 PGM 2 Nos últimos anos, a reivindicação por essa nova educação indígena - alicerçada na idéia da diferença, da interculturalidade, do bilingüismo, da comunidade, da especificidade - tornou-se uma das principais bandeiras de luta do movimento indígena organizado no Brasil. Essa reivindicação está ancorada na proposta de que a escola diferenciada deve permitir acesso a conhecimentos necessários a um novo tipo de interlocução com o mundo de fora da aldeia, valorizando e sistematizando conhecimentos tradicionais, e servindo de instrumento para a construção de projetos autônomos de futuro para essas comunidades. Apropriar-se da instituição escolar, tanto nos seus aspectos pedagógicos quanto gerenciais, tornou-se condição para que ocorra uma mudança no papel a ser cumprido pela escola localizada em terras indígenas. Os povos indígenas mostram-se cada vez mais conscientes da necessidade e da importância dessa apropriação, para que possam dar uma feição propriamente indígena para essa instituição. É participando ativamente de seu dia-a-dia, que eles esperam que a escola possa estar a serviço de seus interesses e projetos comuns, dando respostas às demandas por eles formuladas e colaborando para os diferentes processos de autonomia cultural e de cidadania indígena que eles almejam. Hoje, muitos acreditam que a escola em terras indígenas pode contribuir para que os povos indígenas encontrem um lugar digno no mundo contemporâneo, vivendo em paz, mantendo suas línguas e tradições e repassando-as às novas gerações. Isso será possível na medida em que eles puderem decidir seus próprios caminhos, a partir de relações mais equilibradas com o mundo de fora da aldeia, assentadas, sobretudo, no respeito às suas concepções nativas. E edificar escolas indígenas que possam contribuir para esse processo de autonomia cultural faz, sem dúvida, parte dos diferentes projetos de futuro dos povos indígenas no Brasil. Bibliografia GOVERNO DO ESTADO DO MATO GROSSO. 3 grau indígena: projeto de formação de professores indígenas. Brasília: Funai, O QUE É EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA? 16

17 PGM 3 PGM 3 Como formar professores índios para as escolas indígenas? Terezinha Machado Maher 1 1 Professora do Centro do Ensino de Línguas da UNI- CAMP e da Faculdade de Letras da PUC Campinas. Consultora da Comissão Pró-Índio do Acre. Advogar a favor da implantação de uma escola indígena específica e diferenciada significa, de pronto, argumentar a favor de que as práticas escolares sejam conduzidas por membros da própria comunidade onde a escola está inserida, ou seja, por professores indígenas. Que conteúdos servem ao projeto político-pedagógico dessa escola? Quais são as formas pedagogicamente mais produtivas de trabalhá-los e, nos casos das escolas bilíngües, em que língua fazê-lo? Quais são os modos apropriados de se interagir com um aluno indígena? Quando e como elogiá-lo ou repreendê-lo? Os instrumentos comumente utilizados para avaliar a aprendizagem são eficazes nesse contexto? Por mais bem intencionado e preparado que fosse, um professor não-índio teria muitas dificuldades para responder com propriedade a essas perguntas. Toda a sua rica bagagem cultural e comunicativa lhe serviria de muito pouco: as matrizes culturais e lingüísticodiscursivas em vigor em uma escola indígena são outras. E os Princípios da Pedagogia Indígena não estão pormenorizados em manuais acadêmicos: os detalhes dessa complexa teoria estão impressos, em sua totalidade, apenas nos arquivos da memória de cada povo indígena. Por tudo isso, um professor índio apresenta, naturalmente, O QUE É EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA? 17

18 PGM 3 condições muito mais favoráveis, não só para ministrar aulas de modo culturalmente sensível e relevante em sua aldeia, mas, também, para gerenciar o processo educativo formal de sua comunidade como um todo. A percepção da importância de que a escolarização formal de alunos indígenas fosse conduzida pelos próprios índios começou a se instalar, no Brasil, somente a partir da década de 70, época em que os primeiros Programas de Formação de Professores Indígenas foram implementados por organizações não-governamentais. Esses poucos programas pioneiros, no entanto, fizeram escola e rapidamente começaram a surgir, em todas as regiões do país, mais e mais programas de formação para o Magistério Indígena. Durante as décadas de 80 e 90, um conjunto de medidas legais fez com que as questões que envolvem a Educação Escolar Indígena passassem a fazer parte do rol de responsabilidades do Estado e, hoje, vários dos Programas de Formação de Professores Indígenas são geridos por secretarias estaduais de educação. A maior parte desses programas se desenvolve no âmbito do Ensino Médio, embora já existam iniciativas visando a uma formação específica em nível superior. Os cursos de licenciatura para professores indígenas promovidos pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) e pela Universidade Federal de Roraima (UFRR) são apenas dois exemplos dessa nova tendência. Mas o que caracteriza um programa de formação de professores indígenas? Quais são as suas especificidades? No que programas dessa natureza diferem, enfim, de outros programas de formação para a docência? Em primeiro lugar, é importante atentar para o fato de que, enquanto cabe ao professor não-índio formar seus alunos como cidadãos brasileiros plenos, é responsabilidade do professor indígena não apenas preparar as crianças, os jovens e os adultos, sob sua responsabilidade, para conhecerem e exercitarem seus direitos e deveres no interior da sociedade brasileira, mas também garantir que seus alunos continuem exercendo amplamente sua cidadania no interior da sociedade indígena à qual pertencem. É por esse motivo, então, que os professores indígenas, em seu processo de formação, têm que, o tempo todo, refletir criticamente sobre as possíveis contradições embutidas nesse duplo objetivo, de modo a encontrar soluções para os conflitos e tensões daí resultantes. Apenas à guisa de exemplo: é costume, em várias sociedades indígenas, manter reclusas suas adolescentes durante o período que antecede a primeira menstruação. Elaborar um calendário escolar que garanta, ao mesmo tempo, o desenvolvimento, por parte das jovens O QUE É EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA? 18

19 PGM 3 alunas indígenas, das competências acadêmicas desejadas e o respeito a esse tipo de prática cultural ilustra apenas um dos inúmeros desafios postos aos professores indígenas em seus cursos de formação. Uma outra diferença significativa é que um aspirante não-índio ao cargo de professor chega ao seu Curso de Formação para o Magistério tendo passado por anos de escolarização formal: em tese, ele já domina a maior parte do conteúdo que irá ensinar. Por outro lado, os programas para o Magistério Indígena destinamse a formar um tipo de professor que, na maior parte dos casos, já atua na escola de sua comunidade e tem pouca experiência de escolarização formal: ele sempre traz em sua bagagem um amplo domínio dos conhecimentos acumulados por seu povo, mas seu conhecimento sobre os nossos saberes acadêmicos é restrito. Vai daí que tais programas contemplam não apenas a formação para o exercício profissional em serviço, mas também o aprimoramento da escolarização formal de seus participantes. Sendo assim, os currículos dos Cursos de Formação para o Magistério Indígena são bastante extensos. Esse fato, aliado à inconveniência de manter os professores indígenas afastados de suas aldeias por longos períodos de tempo, faz com que tais cursos sejam realizados quase sempre em etapas presenciais e a distância. Quando um professor branco começa a lecionar, o currículo escolar da instituição que o contratou já está pronto e em funcionamento - o máximo com o qual ele provavelmente tem que se preocupar é com a montagem do programa de sua disciplina. Mas não é assim com a imensa maioria dos professores indígenas - em geral, cabe a eles a elaboração de todo o projeto político-pedagógico de suas escolas: o estabelecimento de seus objetivos educacionais, de seu calendário, de sua grade curricular, do conteúdo das disciplinas e do seu sistema de avaliação. Além disso, enquanto um professor não-índio tem, à sua disposição (em livrarias, em bibliotecas, em jornais, na Internet) toda uma variedade de materiais e recursos para servir de suporte pedagógico, um professor indígena não tem muito em que se apoiar para desenvolver seu trabalho: a maior parte dos materiais que lhe poderiam ser úteis ainda estão por-fazer. Assim, é característica marcante dos cursos de formação para o magistério indígena o investimento feito na formação do professor-elaborador de material didático, o que implica, necessariamente, o desenvolvimento da capacidade de atuar como pesquisador em diferentes áreas de investigação. O depoimento abaixo exemplifica esse tipo de atuação: Eu já escrevi quatorze Cantos do Cipó: faltam só oito prá pesquisar... Eu sempre pergunto para o meu pai, sabe? Aí eu aprendo e canto. Porque esses cantos, não é todos que sabem cantar, não; só algumas poucas pessoas na aldeia O QUE É EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA? 19

20 PGM 3 ainda sabem cantar esses cantos. E depois que eu terminar minha pesquisa sobre os Cantos do Cipó, eu vou começar a gravar os Cantos do Batismo. E quando eu terminar, eu vou registrar os Cantos do Mariri. E depois tem os Cantos de Cura... porque tem muitas doenças, né? E quando um índio fica doente, muito doente, então aí tem que ajudar. Eu aprendi muito sobre a minha língua com essas pesquisas porque esses cantos são muito longos... é muito difícil. Eu gravo e depois eu escrevo com o meu lápis. Eu ponho tudinho na ponta do meu lápis, tudinho. E é assim que eu aprendo pra depois pôr na cartilha para os meus alunos aprenderem também. Ah, e eu faço pesquisa de planta que cura também. Sabe, tem doença que é braba mesmo, só o canto não cura, não... tem que tomar remédio da mata também. E eu ponho tudo na cartilha: meus alunos lá da minha escola não vão esquecer... Porque a medicina do índio é muito importante, ela tem igual valor, e a gente precisa mostrar isso lá na escola (...). (Professor Ibã Kaxinawa, Escola Chico Curumim, Terra Indígena Rio Jordão, Acre). 2 Dados obtidos junto ao Censo Escolar de 2003 realizado pelo INEP/MEC. 3 Dentre as muitas entidades existentes, podemos citar, por exemplo, a APBKG (Associação de Professores Bilíngües Kain gang e Guarani), a COPIPE (Comissão de Professores Indígenas de Pernambuco), a OGPTB (Organização de Professores Ticuna Bilíngües), a COPIAM (Coordenação de Professores Indígenas da Amazônia), a ADIX (Associação da Educação Indígena Xacriabá), a OPIAC (Organização dos Professores Indígenas do Acre), a APIARN (Associação de Professores Indígenas do Alto do Rio Negro), etc. Registrar os conhecimentos tradicionais indígenas, isto é, tornar-se guardião da herança cultural de seu povo, além de ser considerado parte integrante da atividade do docente indígena, constitui-se, hoje, em uma de suas funções mais importantes. A grande maioria dos professores indígenas atua em comunidades bilíngües e, por isso mesmo, esses professores freqüentemente se vêem envolvidos em atividades de tradução no seu cotidiano escolar, o que demanda o domínio de uma habilidade muito específica. Uma outra competência necessária para esses docentes é a capacidade de tomar decisões informadas sobre o modo adequado de grafar seu próprio idioma, já que os sistemas de escrita de muitas línguas indígenas encontram-se em processo de definição. É por isso que muitos dos programas de formação para o Magistério Indígena incluem, em seus currículos, Cursos de Introdução à Lingüística. Pensar que as responsabilidades de um professor indígena se resumem àquelas atividades circunscritas ao ambiente escolar é, no entanto, um engano. O leque de atribuições que lhes cabem é, quase sempre, muito mais amplo. O fato de terem acesso aos códigos da sociedade brasileira faz com que se percebam, e com que sejam percebidos, como elementos cruciais na interlocução cultural e política O QUE É EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA? 20

21 PGM 3 de seu grupo étnico com a sociedade envolvente. É comum ver o professor indígena liderando discussões e negociações envolvendo, por exemplo, a posse e a segurança do território de seu povo ou os problemas de saúde que acometem sua comunidade. Conscientes da importância de seu cargo para a determinação do futuro das sociedades indígenas, os cerca de professores indígenas em serviço atualmente no Brasil vêm se organizando, desde o final da década de 80, em entidades de classe, com o intuito de se fortalecerem politicamente. E a militância desses professores no interior dessas entidades tem sido crucial para a formulação e o estabelecimento de políticas públicas mais justas para os povos indígenas do país. Anexo Tuim, um professor índio Kaxinawa, em atividade de pesquisa. Tene, um professor Kaxinawa, alfabetizando seus alunos em Hatxa Kui, sua língua materna. Foto: Arquivo da Comissão Pró-Índio do Acre Foto: Arquivo da Comissão Pró-Índio do Acre O QUE É EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA? 21

22 PGM 4 PGM 4 Como são os currículos das escolas indígenas? Clelia Néri Côrtes 1 O CURRÍCULO DAS ESCOLAS INDÍGENAS: UMA CONSTRUÇÃO INTRA E INTERCULTURAL Introdução Currículo [é] um processo educativo que visa à transformação do aluno, do professor e da própria comunidade, na busca da afirmação étnica e da melhoria de qualidade de vida. É uma construção interessada que visa à formação da comunidade escolar que se transforma em vida. Portanto, é um processo de socialização dinâmica, construída na interação e não na imposta integração. O currículo é resistência e solidariedade (...). Esse currículo só será possível a partir da pedagogia indígena. (Projeto Políticopedagógico Escola Pankararé, 2001, p. 6). 1 Professora da Universidade Católica de Salvador-UCSAL, membro da Rede Cooperativa de Pesquisa em Currículo e Trabalho-FACED/UFBA e colaboradora do Fórum de Educação Indígena na Bahia. Na educação escolar indígena, a construção curricular move-se entre os fios de diversas histórias - aí se entrelaçam, além da história de vida de professores e professoras, estudantes indígenas, a própria história de cada povo e da sua relação com o todo da sociedade brasileira e global. Nas duas últimas décadas, é uma construção de autoria coletiva, imersa nas lutas pelo direito à terra, pela afirmação étnica, por educação, saúde e pela melhoria da qualidade de vida e que se conjuga aos projetos socioculturais em cada território indígena. Porém, como vem se dando a construção coletiva e a execução do currículo e dos projetos político-pedagógicos específicos na relação professor, aluno, família e comunidade? Como são COMO SÃO OS CURRÍCULOS DAS ESCOLAS INDÍGENAS? 22

23 PGM 4 construídos e que conhecimentos são trabalhados nas escolas? Que competências são consideradas necessárias? Este é processo novo e o seu desenvolvimento tem sido gerador de várias perguntas e respostas sempre motivadoras de outras interrogações. Nele, o tecido das experiências pedagógicas, baseado em metodologias participativas associando ensino, pesquisa, aprendizagem e avaliação processual, parte da compreensão que [todo projeto escolar só será escola indígena se for pensado, planejado, construído e mantido pela vontade livre e consciente da comunidade. (...) (Gersem dos Santos-Baniwa, citado pelo MEC, 1998, p. 25). Neste percurso, professores(as), vivendo processos identitários étnicos e profissionais, compreendendo que as concepções de educação e currículo interferem no plano político-pedagógico, formulam e, sistematicamente, buscam respostas para as questões: o que é? por quê? para quê? como?. A Educação não é uma coisa estática, ela é como o ar, ela está em todo lugar. É o cuidado que se tem na formação do outro, através do conhecimento passado e presente, respeitando as suas origens, ou seja, as suas raízes (...). Isto é, um processo globalizado (...) (Discussão em equipe, apresentada por Maria do Socorro C. S. Araújo -Tuxá, BA, citada por Côrtes, 2001, p. 34). (...) é todo o significado, é social, político, espiritual e todas as coisas que vão se escrevendo de uma boca para outra, é educação de palavra, de diálogo (Cacique Lázaro de Souza-Kiriri, BA, citado por Côrtes, 1996, p. 124.) O currículo deve ser elaborado seguindo os conhecimentos tradicionais da comunidade, sempre associado ao conhecimento de outras culturas (...) (Professores Kaingang e Guarani, PR, citados por MEC, 1998, p. 60.) Trata-se de um fluxo de movimento, no qual as significações que se desprendem das ações vão constituir-se em processos significantes na construção do currículo. E, para isto, os(as) professor(as) partem da constatação de que a escola diferenciada é um direito de todos os índios e, para que este direito seja efetivado, como argumenta Orlando Macuxi: Precisamos pegar esse mecanismo de fora (no caso, a escola) e fazer dele parte da nossa sociedade. Precisamos nos organizar como povo: preservar nossa cultura, nossa língua (...) mas não podemos preservar a fome! (Orlando Justino- -Macuxi, citado por Silva, R. H., 1997 p. 64.) COMO SÃO OS CURRÍCULOS DAS ESCOLAS INDÍGENAS? 23

24 PGM 4 No plano local, estadual, regional e nacional, participando dos movimentos de seus povos e organizando-se de forma específica, os professores, em associações e fóruns criados para este fim e na Comissão de Professores Indígenas junto ao MEC - onde professores (as) têm seus representantes - não apenas têm mediado os processos político-pedagógicos na relação escola, comunidade e poderes públicos locais, como participam das determinações e do acompanhamento da política de educação indígena no país. Como para toda organização social, este é um processo de muitos desafios e dificuldades de natureza diversas. Baseados nos paradigmas da diferença, da interculturalidade e do bilingüismo, além da igualdade, eqüidade, os professores e professoras, alunos e demais membros das comunidades indígenas, implicados nas relações intra e interculturais, configuram as propostas curriculares e os projetos político-pedagógicos, bases para o planejamento e desenvolvimentos das ações pedagógicas, os conteúdos e metodologias de ensino/pesquisa e aprendizagens. Na execução desses projetos, a gestão das ações pedagógicas orienta-se por um calendário escolar específico pautado no espaço/tempo da dinâmica sociocultural e econômica de cada povo, bem como pelos insistentes diálogos, nem sempre tranqüilos, entre escola, comunidade e poderes públicos municipais e estaduais. Na relação escola e comunidade, entrelaçada pelas várias questões político-pedagógicas, o espaço da escola interage com os demais espaços de aprendizagens (a casa, o terreiro, os espaços rituais, o trabalho, os conflitos nas lutas por terra...), espaços do viver, do observar, do sentir, do compreender, do interagir, do fazer e do conhecer e re-conhecer e que interferem no pensar e fazer o currículo de uma educação escolar intercultural, comunitária, específica e diferenciada, como bem explicita o Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas (MEC, 1998). A pedagogia sociocultural da prática curricular A Escola Indígena deve contemplar em seu Currículo, além da Língua, conteúdos realmente importantes para a vida e a sobrevivência física e cultural dos povos, tais como: meio ambiente, terra, saúde, valores próprios e economia, necessários hoje para a compreensão e análise das conjunturas nacionais e internacionais, entre outros (Declaração de princípios da COPIAR, 1996). Atentos às questões ecossocioculturais, econômicas e aos valores que perpassam relações no âmbito local, nacional e internacional, professores e professoras, representando diversas etnias do Acre, Amazonas e Roraima, nesta Declaração de Princípios, indicam possíveis conteúdos considerados significati- COMO SÃO OS CURRÍCULOS DAS ESCOLAS INDÍGENAS? 24

25 PGM 4 vos. Este documento, citado integralmente no RCNEI/MEC e um dos mais lidos por professores indígenas das distintas regiões do Brasil, entre outros referenciais, tem subsidiado o pensar e fazer curricular a partir da perspectiva pedagógica apontada pelas professoras Maria do Socorro C. S. Araújo, Alexsandra N. Ramos, Angélica da S. Vieira, Euânia G. da S. Justino, Rosineide V. Cruz, no projeto político-pedagógico da Escola Tuxá: A pedagogia que adotamos é uma pedagogia de movimento flexível que gira de acordo com a necessidade de obter conhecimentos práticos e teóricos das diferentes pedagogias envolvendo vários tipos de linguagens: oral, escrita, musical, dramática, poética, criativa, etc. (Projeto político-pedagógico/ Escola Tuxá, 2001, p. 3). Para isto, como observa Bandeira (1996) 2, os(as) professores(as) indígenas apropriaram-se, de forma extraordinária, do fenômeno educativo, na perspectiva da diversidade étnico-cultural, como suporte/ base de planejamento dos novos projetos educacionais executados desde uma pedagogia flexível, contemplando múltiplas formas e conteúdos, linguagens, sentidos, fenômenos e acontecimentos e os diálogos entre passado, presente e futuro, nos planos reais, imaginários, virtuais. 2 Seminário Educação e Etnologia Indígena e Afrobrasileira, FACED- -UFBA, Salvador, Nós, como educadores, (...) temos como ponto principal a história do nosso povo, desde a origem de sua existência, passando pelos massacres e pelas vitórias (...). Através destes acontecimentos é que nós vamos trabalhar com nossos alunos, levando para a sala de aula todos os conhecimentos da história; e por aí, juntos, vamos refletir e trocar experiências, fazendo com que o aluno cresça com outro ponto de vista perante a sociedade dominante (...) (Edilson J. de Souza-Pataxó Hãhãhãe, BA, citado por MEC, 1998, p. 64). Nos processos de produção de conhecimentos, através das atividades de ensino e pesquisas nas quais se conjugam a oralidade e a escrita na construção da nova história das escolas entre os índios, O tempo passa e a história fica, como bem expressa o título do livro dos Xacriabá/MG. E são diversas as Histórias míticas e da COMO SÃO OS CURRÍCULOS DAS ESCOLAS INDÍGENAS? 25

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