DIREITOS POLÍTICOS I. João Fernando Lopes de Carvalho

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1 DIREITOS POLÍTICOS I João Fernando Lopes de Carvalho

2 Constituição Federal Art. 1º - A República Federativa do Brasil,..., constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I a soberania; II a cidadania; III a dignidade da pessoa humana; IV os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V o pluralismo político.

3 Constituição Federal Art. 1º - Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

4 Constituição Federal Título II Dos direitos e garantias fundamentais Capítulo IV DOS DIREITOS POLÍTICOS Art. 14 A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I plebiscito; II referendo; III iniciativa popular.

5 Constituição Federal Art. 60 A Constituição poderá ser emendada... 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I II o voto direto, secreto, universal e periódico; III IV

6 Assim, conforme a ordem constitucional: O Brasil é um Estado Democrático de Direito; Tem como um de seus fundamentos a cidadania; O titular do poder político é o povo; A soberania popular é exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos.

7 ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO = ESTADO DE DIREITO + DEMOCRACIA DEMOCRACIA É OBTIDA ATRAVÉS DE MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO POPULAR NA TOMADA DE DECISÕES.

8 Podemos dizer, portanto, que o povo detém o poder supremo no Estado brasileiro. E ainda que esse poder é exercitado pela cidadania, ou seja, por meio dos direitos políticos.

9 DIREITOS POLÍTICOS Conjunto de normas que disciplinam a intervenção, direta ou indireta, no poder (André Ramos Tavares). Direitos públicos subjetivos que investem o indivíduo no status activae civitatis, permitindo-lhe o exercício concreto da liberdade de participação nos negócios políticos do Estado, de maneira a conferir os atributos da cidadania (Alexandre de Moraes).

10 DIREITOS POLÍTICOS As prerrogativas, os atributos, faculdades ou poder de intervenção dos cidadãos ativos no governo de seu país, intervenção direta ou só indireta, mais ou menos ampla, segundo a intensidade do gozo desses direitos. São o Jus Civitatis, os direitos cívicos que se referem ao Poder Público, que autorizam o cidadão ativo a participar na formação ou exercício da autoridade nacional, a exercer o direito de vontade ou eleitor; o direito de deputado ou senador; a ocupar cargos políticos e a manifestar sua opiniões sobre o governo do Estado (Pimenta Bueno).

11 DIREITOS POLÍTICOS sentido lato Garantem a participação do povo no processo político e nos órgãos governamentais. Compreendem o direito de votar e ser votado, como principais, mas também: o direito de opinar em questões nacionais, inclusive através do plebiscito e do referendo; a iniciativa popular de lei; o direito de promover a ação popular; o direito de organizar e participar de partidos políticos. Cidadania = participação

12 DIREITOS POLÍTICOS estrito senso CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA: VOTAR. CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA: SER VOTADO E EXERCER MANDATO ELETIVO.

13 TITULAR DOS DIREITOS POLÍTICOS É O ELEITOR, OU SEJA, O CIDADÃO.

14 DIREITOS POLÍTICOS Direitos fundamentais. Pleno exercício deve ser a regra; a restrição, a exceção. A ideia é de, tanto quanto possível, fazer coincidir nacionalidade e cidadania (sufrágio universal).

15 O princípio que prevalece é o da plenitude do gozo dos direitos políticos positivos, de votar e ser votado. A pertinência desses direitos ao indivíduo, como vimos, é que o erige em cidadão. Sua privação ou a restrição de seu exercício configuram exceções àquele princípio. Por conseguinte, a interpretação das normas constitucionais ou complementares relativas aos direitos políticos deve tender à maior compreensão do princípio, deve dirigir-se ao favorecimento do direito de votar e de ser votado, enquanto as regras de privação e restrição hão de entender-se nos limites mais estreitos de sua expressão verbal, segundo as boas regras de hermenêutica (José Afonso da Silva).

16 Direitos Políticos e soberania Hoje, o cidadão é o titular da soberania popular, mas historicamente nem sempre foi assim. Não se reconhecia soberania ao povo, nem poder ao cidadão. Quando se reconhecia, os direitos políticos não eram estendidos a todos.

17 Democracia grega Praticava-se a democracia direta; os cidadãos eram chamados para resolver por voto direto vários assuntos do Estado; Todos os homens livres nascidos atenienses eram cidadãos plenos; Os cidadãos exerciam diretamente as magistraturas, por tempo determinado.

18 Roma Divisão entre o poder central e as magistraturas concedidas aos cidadãos; Criação de órgãos estáveis, como o Senado (vitalício), que concentrava poderes e superava os magistrados (cargos exercidos por um ou dois anos); Em vários momentos, instituiu-se a tirania.

19 Santo Agostinho Estabelece a base teórica para o poder da Igreja; O poder é divino; o poder temporal exercido pelo Estado retira sua legitimidade de Deus; O poder passa a ser exercido pela nobreza e pelo clero, sem a participação popular; Esta visão permanece durante a Idade Média.

20 Idade Média O poder político e militar concentra-se nas mãos do rei, com o auxílio da nobreza; O clero exerce poder político e temporal, sobre as terras da Igreja; O povo não tem representatividade: paga impostos, cumpre servidões, submete-se às leis.

21 Revolução Francesa Rompe com a titularidade do poder nas mãos do rei, da nobreza e do clero, clamando pela soberania do Terceiro Estado, ou seja, do povo; O estopim foi o livro O que é o Terceiro Estado? (A Constituinte Burguesa), escrito por Emmanuel Joseph Sieyès.

22 A partir daí, avançou cada vez mais a extensão da cidadania, até alcançar o sufrágio universal, pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos. O sufrágio universal passou a ser um objetivo a ser perseguido.

23 No Brasil 1824 podem votar homens maiores de 25 anos (21 anos se casados ou oficiais militares, e independentemente da idade se clérigo ou bacharel). Mulheres e escravos não votam. É exigida renda mínima de 100 mil réis para ser votante e 200 mil réis para ser eleitor os valores de renda para ser eleitor são atualizados: 200 mil réis para ser votante e 400 mil réis para ser eleitor.

24 No Brasil 1889 fim da exigência de renda para ser eleitor. Redução, pra 21 anos, da idade para ser eleitor. Exigência de saber ler e escrever para ser eleitor direito de voto concedido às mulheres redução, para 18 anos, da idade para ser eleitor. Alistamento e voto passam a ser obrigatórios.

25 No Brasil 1985 concessão de direito de voto aos analfabetos voto facultativo para menores de 16 e 17 anos.

26 Brasil: comparecimento do eleitorado em proporção à população (fonte: Jairo Nicolau, História do Voto no Brasil ) votantes % 3,3 13,4 15, ,2 19,4 18, ,9 24,1 28,4 33,3 39,3 49, ,6

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