RELAÇÕES SOLO-ÁGUA-PLANTA EM AMBIENTES NATURAIS E AGRÍCOLAS DO NORDESTE BRASILEIRO. PROMOÇÃO Universidade Federal Rural de Pernambuco PARTE I

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "RELAÇÕES SOLO-ÁGUA-PLANTA EM AMBIENTES NATURAIS E AGRÍCOLAS DO NORDESTE BRASILEIRO. PROMOÇÃO Universidade Federal Rural de Pernambuco PARTE I"

Transcrição

1 RELAÇÕES SOLO-ÁGUA-PLANTA EM AMBIENTES NATURAIS E AGRÍCOLAS DO NORDESTE BRASILEIRO PROMOÇÃO Universidade Federal Rural de Pernambuco PARTE I Claudivan Feitosa de Lacerda Engenheiro Agrônomo/UFC MS, Solos e Nutrição de Plantas/UFC DS, Fisiologia Vegetal/UFV Professor Adjunto Departamento de Engenharia Agrícola Centro de Ciências Agrárias Universidade Federal do Ceará Recife Pernambuco Dezembro de 2007

2 CONTEÚDO UNIDADE UNIDADE 1 - A ÁGUA E O SEU CICLO NO SISTEMA SOLO- PLANTA-ATMOSFERA PÁGINA 3 1. O CICLO DA ÁGUA NO SISTEMA SOLO-PLANTA-ATMOSFERA 3 2. ESTRUTURA DA ÁGUA 4 3. PROPRIEDADES DA ÁGUA 5 4. IMPORTÂNCIA DA ÁGUA PARA OS VEGETAIS 8 UNIDADE 2 DEFINIÇÕES RELATIVAS À QUANTIFICAÇÃO DE ÁGUA NO SISTEMA SOLO-PANTA-ATMOSFERA FORMAS DE QUANTIFICAÇÃO DE ÁGUA ENERGIA TOTAL DA ÁGUA NO SISTEMA 10 UNIDADE 3 ATRIBUTOS FÍSICOS E QUANTIFICAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO ATRIBUTOS FÍSICOS DO SOLO QUANTIFCAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO 18 UNIDADE 4 CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS E QUANTIFICAÇÃO DA ÁGUA NA PLANTA ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DAS PLANTAS 2. QUANTIFICAÇÃO DE ÁGUA NA PLANTA 36 UNIDADE 5 CARACTERIZAÇÃO QUANTIFICAÇÃO DE ÁGUA NA ATMOSFERA COMPOSIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ATMOSFERA QUANTIFICAÇÃO DO VAPOR DÁGUA NA ATMOSFERA 45 UNIDADE 6 TRANSPORTE DE ÁGUA NO SISTEMA SOLO- PLANTA ABSORÇÃO DE ÁGUA PELAS PLANTAS TRANSPORTE DE ÁGUA PARA A PARTE AÉREA

3 UNIDADE 7. TRANSPIRAÇÃO, EVAPOTRANSPIRAÇÃO, PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA NO USO DA ÁGUA 1. CONCEITOS E FUNÇÕES A FORÇA MOTRIZ E AS RESISTÊNCIAS AO FLUXO 60 TRANSPIRATÓRIO 3. FISIOLOGIA DOS ESTÔMATOS COMPORTAMENTO ESTOMÁTICO E EFICIÊNCIA NO USO DA 64 ÁGUA 5. QUANTIFICAÇÃO DA TRANSPIRAÇÃO E EVAPOTRANSPIRAÇÃO 67 UNIDADE 8 DÉFICIT HÍDRICO E CRESCIMENTO VEGETAL I: MECANISMOS FISIOLÓGICOS, PROCESSOS E FENOLOGIA DÉFICIT HÍDRICO DIÁRIO: uma condição normal das plantas CARACTERIZAÇÃO E OCORRÊNCIA DA SECA MECANISMOS DE RESISTÊNCIA À SECA REAÇÕES DAS PLANTAS AO ESTRESSE HÍDRICO 74 BIBLIOGRAFIA 78 2

4 UNIDADE 1 - A ÁGUA E O SEU CICLO NO SISTEMA SOLO-PLANTA- ATMOSFERA 1. O CICLO DA ÁGUA NO SISTEMA SOLO-PLANTA-ATMOSFERA A água é a substância mais reciclável da natureza. Na faixa de temperatura que ocorre sobre a terra ela pode ser encontrada nos estados sólido, líquido e gasoso, e as condições ambientais permitem constantes mudanças de estado. O vapor d água na atmosfera em condições especiais forma as nuvens, podendo retornar à superfície na forma de chuva (estado líquido), granizo ou neve (estado sólido). A chuva, principal forma de precipitação na nossa região, ao atingir a superfície do solo nele se infiltra, podendo ocorrer escoamento de parte da água sobre a superfície do solo (Figura 1.1). Esse escoamento superficial ou run-off pode ser maior ou menor, dependendo da intensidade da chuva, da declividade e das características físicas do solo. Em geral, quanto maior o escoamento superficial maiores são as perdas de solo por erosão. Figura 1.1 O ciclo da água no Sistema SSPA (Reichardt, 1990). 3

5 A água que se infiltra no solo fica armazenada nos seus poros, ficando parte dela disponível para as plantas. Quando o volume de água ultrapassa a capacidade de armazenamento do solo, o excedente é percolado para horizontes mais profundos, contribuindo para a recarga dos aqüíferos subterrâneos. A água dentro do solo não permanece estática e, em geral, nem todos os poros do solo ficam preenchidos com água. Nos solos não saturados, uma parte dos poros fica cheia de ar, constituindo a atmosfera do solo, fundamental para a respiração dos microorganismos e das raízes de plantas. Nos tortuosos poros cheios de água pode-se observar movimento de água em todas as direções, em geral de regiões mais úmidas para regiões mais secas. Por exemplo, quando horizontes mais superficiais se encontram mais secos que os horizontes mais profundos pode-se observar a ascensão capilar, ou seja, um movimento ascendente de água que em alguns casos específicos pode atingir a superfície do solo. A água no solo e nos cursos de água evapora constantemente, sendo a taxa de evaporação dependente da energia solar disponível para conversão da água líquida para a forma de vapor. A água no solo é também retirada pelas raízes das plantas e depois evapora no interior das folhas, sendo posteriormente transferidas para a atmosfera pela transpiração. O processo conjunto que envolve a evaporação direta do solo e a transpiração das plantas é denominado evapotranspiração, sendo fundamental para realimentar a atmosfera com vapor de água. A taxa da evapotranspiração depende basicamente da demanda da atmosfera, da intensidade de radiação e da disponibilidade de água no solo.. 2. ESTRUTURA DA ÁGUA Estrutura da Molécula A molécula de água consiste de um átomo de oxigênio covalentemente ligado a dois átomos de hidrogênio. A água é formada por mais de uma espécie molecular, desde que, existem três tipos de isótopos de H (H 1, H 2 e H 3 ) e três isótopos de O (O 16, O 17 e O 18 ), os quais podem ser combinados em 18 diferentes modos. No entanto, as quantidades de isótopos presentes que não sejam o hidrogênio e o oxigênio comuns (H 1 e O 18 ) são muito pequenas. Muitas das propriedades da água dependem do arranjo espacial dos átomos de H e O. Na configuração espacial da molécula de água o oxigênio fica no centro de um tetraedro regular com seus orbitais híbridos dirigindo-se para os vértices e unindo-se aos dois aos dois átomos de hidrogênio, sendo que as duas ligações O H formam um ângulo entre si de 105 o. O oxigênio é fortemente eletronegativo e tende a atrair em sua direção os elétrons dos átomos de hidrogênio. Conseqüentemente, o oxigênio adquire uma carga negativa parcial (δ - ), enquanto que os dois átomos de hidrogênio se tornam positivamente carregados (δ + ). Esta distribuição assimétrica de cargas, torna a água uma molécula polar. Embora a carga líquida da molécula de água seja zero, a separação de cargas positivas e negativas gera uma forte atração mútua entre moléculas de água adjacentes e entre moléculas de água e algumas macromoléculas e superfícies coloidais. Nestes casos, as ligações predominantes são as interações dipolo-dipolo e as conhecidas pontes de hidrogênio. As pontes de hidrogênio são fundamentais para as interações intermoleculares e ocorrem quando átomos de H são encontrados entre dois centros eletronegativos. Como veremos adiante, as pontes de H são determinantes da maioria das propriedades da água e de suas funções nos vegetais. Na água pode-se observar, também, as interações de van de Walls, as quais se desenvolvem pela tendência que tem um núcleo (positivamente carregado) de uma molécula 4

6 de atrair os elétrons (negativamente carregados) de moléculas vizinhas. Essas forças são relativamente fracas, sendo efetivas apenas quando as moléculas estão próximas umas das outras. Estrutura da Água Líquida e Sólida Como comentamos anteriormente, a distribuição líquida das cargas na molécula de água formam um tetraedro, com duas extremidades negativas e duas positivas. Por conseguinte, cada molécula de água tende a se unir, através de pontes de H, com quatro outras moléculas. Isso tem sido observado nos cristais de gelo, os quais formam estruturas hexagonais com grandes espaços vazios no centro. Quando o gelo se funde, as ligações de H são estendidas e as moléculas afastam-se entre si, com a distância entre os átomos de O aumentando de 2,75 Å para 2,90 Å, em média. Essa modificação abriria a estrutura ainda mais e faria a água líquida menos densa, se não fosse o fato de que ao tornar-se fluida, suas moléculas se unem entre si, formando grupos compactos, conhecidos como agregados. Ao invés de quatro, cada molécula de água no estado líquido é agora circundada pó um número maior de moléculas vizinhas. Isto resulta no colapso parcial da estrutura do gelo e um aumento na densidade da água, alcançando o máximo em 4 o C. Quando a temperatura sobe acima de 4 o C, ocorre um aumento na agitação térmica das moléculas, induzindo um pequeno decréscimo na densidade, porém permanecendo ainda bem superior à densidade do gelo. A menor densidade do gelo, em relação à da água líquida, assume relativa importância em regiões muito frias. Nestas regiões, o gelo flutua nas superfícies dos lagos ao invés de descer para o fundo, sendo isto extremamente importante para a sobrevivência de organismos aquáticos de todos os tipos, os quais vivem no fundo desses reservatórios de água. Por outro lado, a forte atração das moléculas de água no estado líquido é fundamental na determinação das estruturas de macromoléculas (proteínas, por exemplo) e de outras estruturas celulares (como as membranas), influenciando diretamente nas suas funções. As membranas celulares são formadas de proteínas e de uma bicamada de fosfolipídeos (os quais possuem uma parte hidrofílica e outra hidrofóbica). Neste caso, as partes hidrofóbicas das duas camadas se unem por interações hidrofóbicas e as partes hidrofílicas interagem com a água. Verifica-se então, a maximização das interações hidrofóbicas e hidrofílicas, sendo que os grupos polares da membrana são expostos à água com o conseqüente deslocamento dos grupos não polares para o interior da estrutura. Esses tipos de interações são também determinantes para a estrutura terciária das proteínas. De modo geral, pode-se dizer que as interações hidrofóbicas entre moléculas biológicas ou dentro de uma mesma molécula resultam, principalmente, das intensas forças de atração que as moléculas de água desenvolvem entre si. 3. PROPRIEDADES DA ÁGUA Temperatura e Estado Físico A propriedade mais simples e, talvez, mais importante da água, é que ela é líquida na faixa de temperatura compatível com a vida. Em geral, os pontos de fusão e ebulição se relacionam com o tamanho molecular e, as mudanças de estado físico para pequenas moléculas ocorrem em temperaturas menores do que para as grandes. Isto é observado em algumas moléculas, como amônia e hidrocarbonetos (metano e etano), as quais são agrupadas através das fracas forças de Van der Waals e a energia requerida para mudança de estado é 5

7 relativamente pequena. Estas moléculas são encontradas como gases em temperaturas ambientes (Tabela 1.1). Tabela 1.1 Algumas propriedades físicas da água e de outras moléculas de similar tamanho molecular (Hopkins, 2000). Molécula Massa Molecular (Da) Calor Específico (J/g/ o C) Ponto de fusão ( o C) Calor de fusão (J/g) Ponto de Ebulição ( o C) Calor de vaporização J/g) Água 18 4, Amônia 17 5, CO Metano Etano Metanol 32 2, Etanol 46 2, Com base no seu tamanho somente, era de se esperar que a água também ocorresse na forma de vapor nas temperaturas encontradas na maior parte da terra, o que não ocorre na realidade. Estas diferenças estão associadas à presença do oxigênio na molécula de água, o qual introduz a polaridade e a oportunidade de formação de pontes de hidrogênio, fortalecendo as interações intermoleculares e aumentando a quantidade de energia requerida para separar estas moléculas. Outras moléculas que contêm oxigênio, como etanol e metanol, também possuem pontos de ebulição próximos ao da água (Tabela 1.1). Absorção e Dissipação de Calor O termo calor específico é usado para descrever a capacidade térmica de uma substância, ou seja, a quantidade de energia que pode ser absorvida pela substância para um determinado aumento de sua temperatura. O calor específico da água é 4,184 J g -1 o C -1, sendo maior do que o da maioria das substâncias, exceto amônia líquida (Tabela 1.1). Esse alto calor específico da água está associado ao arranjo de suas moléculas, o qual permite que os átomos de O e H vibrem livremente, como se fossem átomos livres. Para as plantas isso é particularmente importante, pois reduz os danos relacionados às flutuações de temperatura do ambiente. A estrutura ordenada das moléculas de água na forma líquida também assegura uma alta capacidade de condução de calor, ou seja, alta condutividade térmica. Isso significa que a água conduz calor rapidamente de um ponto para outro. Desta forma, a combinação do alto calor específico com a alta condutividade térmica faz com que a água absorva e redistribua grandes quantidades de energia calorífica, sem que ocorra um grande aumento de temperatura. Para os tecidos vegetais que consistem de grande proporção de água, isto assegura um alto grau e estabilidade de temperatura. Fusão e Vaporização da Água Um certo montante de energia é requerido para causar uma mudança de estado de uma substância, como do sólido para o líquido ou do líquido para o gasoso, sem que ocorra mudança de temperatura. O montante de energia requerido para converter uma substância do estado sólido para o líquido é conhecido como calor de fusão. No caso da água, 335 J são requeridos para converter 1 grama de gelo para 1 grama de água líquida em 0 o C (Tabela 1.1). Este alto calor de fusão da água é atribuído à grande quantidade de energia necessária para sobrepujar as forças intermoleculares associadas às pontes de hidrogênio. 6

8 Assim como as pontes de hidrogênio aumentam a energia requerida para fundir o gelo, elas também aumentam a energia requerida para evaporar a água. O calor de vaporização da água, ou seja, a energia requerida para converter 1 mol de água líquida para um mol de água na forma de vapor, é cerca de 44 kj mol -1 em 25 o C. Este alto calor de vaporização da água significa que as plantas podem perder uma substancial quantidade de calor quando a água evapora das superfícies foliares. Tal perda de calor é um importante mecanismo para regulação da temperatura em folhas de plantas terrestres que estão expostas, freqüentemente, às intensas radiações do sol. O resfriamento das folhas é considerado um importante papel da transpiração. Água como Solvente A água é normalmente conhecida como solvente universal, podendo dissolver um número de substâncias bem maior do que qualquer outro líquido comum. Isto se deve ao caráter dipolar de suas moléculas, evidenciado pela elevada constante dielétrica (os valores da constante dielétrica da água, metanol, etanol e benzeno, em 25 o C, são 78,4, 33,6, 24,3 e 2,3, respectivamente). Esta constante dielétrica mede a capacidade de uma substância para neutralizar parcialmente a atração entre cargas elétricas. Assim, as camadas de hidratação (uma ou mais camadas de moléculas de água) que circundam os íons (ou moléculas) em solução, reduzem a possibilidade de que os íons se re-combinem para formar cristais. O arranjo dos átomos de O e H das moléculas de água em torno dos íons depende se este é um cátion ou um ânion. Nas camadas de hidratação de cátions o átomo de O (parcialmente negativo) é atraído pelo núcleo do cátion. O inverso ocorre com os ânions, os quais atraem mais os átomos de hidrogênio. A excelente capacidade de solvente da água é fundamental para a realização das reações bioquímicas e para o transporte de substâncias dentro da planta. Incompressibilidade Para todos os propósitos práticos, líquidos são incompressíveis. Isto significa que as leis da mecânica se aplicam aos organismos que possuem grandes proporções de água. Na realidade, a forma normal de uma célula é mantida pela pressão hidrostática positiva exercida sobre as suas paredes, e criada pela entrada de água no seu protoplasma. O murchamento de plantas jovens em crescimento torna aparente que as suas células constituem-se em sistemas hidráulicos. Além disso, o crescimento celular e outros movimentos de células (como a abertura estomática) estão também associados com essa pressão hidrostática criada pela entrada de água nas células. Coesão e Aderência A forte atração mútua entre moléculas de água resultante das ligações de hidrogênio, é também conhecida como coesão. Uma conseqüência da coesão é que a água tem uma elevada tensão superficial, a qual é mais evidente nas interfaces entre a água e o ar. A tensão superficial surge por que as forças coesivas entre as moléculas de água são muito mais fortes do que a interação entre a água e o ar. O resultado é que as moléculas de água na superfície são constantemente puxadas para dentro da massa de água. A alta tensão superficial explica a forma esférica das gotas de água e, também, o fato de que a superfície da água pode suportar o peso de pequenos insetos. A coesão é diretamente responsável, também, pela capacidade de colunas de água de resistirem (sem quebrar) a elevadas tensões (pressão negativa). Colunas de água são capazes de resistir a elevadas tensões, da ordem de 30 MPa. 7

9 As mesmas forças que atraem as moléculas de água entre si, também atraem as moléculas de água para superfícies sólidas, um processo conhecido como aderência. A água possui grande aderência por outras substâncias que têm em sua molécula grande quantidade de átomos de oxigênio e nitrogênio (vidro, celulose, argila, proteínas, etc.). As propriedades de coesão e aderência, combinadas, explicam por que a água ascende em tubos capilares e são excepcionalmente importantes na manutenção da continuidade de colunas de água nas plantas. Na realidade, o transporte de água da raiz para as folhas de plantas transpirando ocorre sob tensão, no xilema. Isso somente é possível devido às propriedades da água (coesão e a aderência) e à estrutura dos vasos condutores (o tecido xilemático é formado de vasos de dimensões capilares e as paredes dos vasos são rígidas e capazes de resistir às tensões criadas). 4. IMPORTÂNCIA DA ÁGUA PARA OS VEGETAIS A vida teve origem na água e todas as formas de vida estão de alguma forma intimamente ligadas à água. A fitomassa é em sua maior parte composta de água. O protoplasma contém em média 85 a 90% de água e mesmo as organelas ricas em proteínas e lipídeos, como os cloroplastos e as mitocôndrias, contêm 50% de água. Os frutos com alto conteúdo de polpa são especialmente ricos em água (85 a 95% do peso fresco); as folhas tenras possuem de 80 a 90% e as raízes de 70-95%. A madeira recém-colhida contém aproximadamente 50% de água. Por outro lado, as sementes colhidas são pobres em água (a maioria das sementes armazenadas apresenta valores entre 10 e 15%), sendo que algumas sementes que acumulam óleos contêm de 5 a 7% de água apenas. É importante destacar que o conteúdo de água, além de variar com os tipos de células e tecidos, também é bastante influenciado pelas condições ambientais e pela fisiologia da planta. Assim, o conteúdo de água de plantas depende do nível de atividades metabólicas, do estado hídrico do ar e do solo, e de um conjunto de outros fatores. De modo geral, os tecidos em crescimento ou com alta atividade metabólica não suportam graus elevados de desidratação, tornando evidente que a água executa funções vitais no vegetal e, sem ela, a vida como conhecemos poderia não existir. Podemos destacar as seguintes funções da água nos vegetais: Age como solvente para nutrientes minerais e substâncias orgânicas; Contribui fundamentalmente para a absorção e transporte de minerais das raízes para as folhas, via xilema, e para a translocação de substâncias orgânicas e de minerais, via floema; Forma o ambiente adequado onde a maioria das reações bioquímicas ocorre, participando em muitas delas como reagente (hidrólises). É também a fonte de elétrons na fotossíntese; Influencia a estrutura e, conseqüentemente, a função de macromoléculas (proteínas, ácidos nucléicos, polissacarídeos, etc.) e de membranas. É responsável pela manutenção da turgescência e, portanto, contribui para o crescimento e para a manutenção da forma e estrutura dos tecidos tenros; Contribui para que as plantas não sofram tanto com as flutuações de temperatura do ambiente. De todos os recursos que a planta necessita para o crescimento e função, a água é o mais abundante, executando as funções vitais descritas acima. Deste modo, a sua falta ou deficiência limitam a produtividade vegetal, tanto em ecossistemas naturais como em cultivos. Isso é marcante no semi-árido brasileiro, o que torna a prática da irrigação tão importante para a nossa agricultura. Neste caso, torna-se de fundamental importância estimar as necessidades 8

10 hídricas das culturas nos seus diferentes estádios de desenvolvimento, buscando-se obter elevadas produtividades com o uso racional dos recursos hídricos. Para isso, faz-se necessário o conhecimento de solo, do clima e da planta (o gargalo do sistema solo-planta-atmosfera). De modo geral, as funções da água nas plantas estão muito associadas às suas propriedades, conforme demonstrado na tabela abaixo: Tabela 1.2. Relação entre as propriedades e funções da água nos vegetais Propriedades Alto calor específico Alto calor de vaporização Alta condutividade térmica Alta constante dielétrica (Solvente) Alta coesão das moléculas de água Coesão, aderência e alta tensão superficial Incompressibilidade Funções Estabilidade térmica Ambiente adequado para a ocorrência das reações bioquímicas Transporte de substâncias na planta Influencia a estrutura e funções das macro-moléculas e membranas Transporte no xilema Manutenção da turgescência e da forma dos tecidos e órgãos; Crescimento Movimentos reversíveis 9

11 UNIDADE 2 DEFINIÇÕES RELATIVAS À QUANTIFICAÇÃO DE ÁGUA NO SISTEMA SOLO-PANTA-ATMOSFERA 1. FORMAS DE QUANTIFICAÇÃO DE ÁGUA A quantificação de água no sistema solo-planta-atmosfera é um tema bastante amplo. A água pode ser medida em termos de conteúdo, teor, energia e de fluxos. Esse conjunto de mensurações permite, dentre outras coisas: calcular o balanço hídrico e o volume de água armazenada no solo, mensurar o movimento de água no sistema e quantificar o estado hídrico do solo, das plantas e da atmosfera. Para quantificarmos a água utilizada pelas plantas torna-se necessário o monitoramento do sistema que pode ser feito no solo, na planta e na atmosfera. O monitoramento da água no solo é feito utilizando-se sensores de umidade do solo, sendo que os mais utilizados são os tensiômetros e sensores eletrométricos. O monitoramento do estado hídrico da planta pode ser feito pela medição da tensão da água no xilema, medição da taxa de fluxo de seiva, dendrometria, medição das taxa de transpiração e de condutância estomática, observações visuais, dentre outros. O monitoramento via clima é feito mediante o uso de observações meteorológicas, as quais são utilizadas na estimativa do consumo de água pelas plantas, a chamada evapotranspiração da cultura (ETc). Para o cálculo da Etc, são necessárias as estimativas da evapotranspiração de referência (ETo) e do coeficiente de cultura (Kc). A ETo pode ser estimada por equações, como a de Penman-Monteith, ou a partir de dados de evaporação do tanque classe A. As estimativas de ETo requerem medição de diversas variáveis (velocidade dos ventos, umidade do ar, temperatura do ar e radiação). 2. ENERGIA TOTAL DA ÁGUA NO SISTEMA 2.1 Definição do potencial hídrico A água no sistema solo-planta atmosfera busca constantemente o equilíbrio termodinâmico obedecendo a tendência universal de se mover de locais onde apresenta maior energia para aqueles onde o nível energético é mais baixo. Essa energia associada é de natureza cinética e potencial, sendo que a contribuição do componente cinético é normalmente insignificante devido à baixa velocidade do movimento da água. Entretanto, a água neste sistema possui energia potencial desde que se desloca em resposta a certas forças inerentes aos componentes do sistema. Isso confere à energia potencial um caráter dinâmico, mudando em um local com o passar do tempo. A água se move de locais de maior energia para locais de menor energia, tornando-se necessário quantificarmos essa diferença de energia entre dois locais distintos no sistema solo-planta-atmosfera. Essa energia associada com a água é, principalmente, de natureza potencial, sendo esse estado de energia descrito pela função termodinâmica Energia Livres de Gibbs (G), que recebe o nome de energia total da água. De acordo com as leis da termodinâmica, a energia livre representa o potencial para realizar trabalho. Essa energia livre depende da concentração de moléculas e da energia livre média por molécula, de modo que um grande volume de água possui mais energia livre do que um pequeno volume de água, sob condições idênticas. Portanto, como trabalhamos no sistema solo-planta-atmosfera, cada componente com volume diferente, torna-se mais 10

12 conveniente medirmos a energia livre de uma substância (no caso, a água) em relação a uma quantidade unitária da substância. A quantidade de energia livre por mol é conhecida como Energia Livre Molal Parcial de Gibbs (G) e pode ser também referida como potencial químico (µ). Esse potencial químico, como a concentração e a temperatura, é independente da quantidade da substância sob consideração. O valor absoluto de potencial químico ou da energia livre associada com a água está entre aquelas quantidades que não são convenientemente mensuráveis. Torna-se mais interessante a medida da diferença de potencial químico ( µ w ) ou de energia livre ( G w ), pois ela nos dará a direção do transporte de água. Para obtermos a diferença usamos como referencial o potencial químico da água pura (µ o w) na condição normal de pressão atmosférica. Assim, temos a equação: G w = µ w = µ w - µ o w em que: µ w = diferença de potencial químico ou diferença em energia livre molal parcial de Gibbs ( G w ), dado em ergs mol -1 ; µ w = potencial químico de água na solução; µ o w = potencial químico da água pura. Como observamos acima, o potencial químico da água é expresso em unidade de energia por uma quantidade unitária da água (ergs mol -1 ). Na década de 1960, Slatyer (na Austrália) e Taylor (nos EUA) propuseram que o potencial químico da água poderia ser usado como base para importantes propriedades da água no sistema solo-planta-atmosfera. Eles propuseram a divisão do termo µ w pelo volume molal parcial da água (V w ), transformando a unidade para pressão, a qual é mais facilmente mensurável: µ w = µ w - µ o w = ergs x mol -1 = ergs = dina x cm = dina x cm -2 V w cm 3 x mol -1 cm 3 cm dina x cm -2 = 1 bar = 0,987 atm (atmosfera) = 0,1 MPa (megapascal) Taylor e Slatyer introduziram o termo potencial hídrico (representado pela letra grega Ψ = psi), definido como: Ψ w = µ w - µ o w V w O potencial hídrico é o potencial químico da água em um sistema, expresso em unidades de pressão e comparado ao potencial químico da água pura em pressão atmosférica e mesma temperatura e altura, com o potencial químico de referência sendo estabelecido como zero. 11

13 Na maioria dos sistemas biológicos, o fluxo de água é governado pelo Ψ w, com a água se movendo de regiões de maior para regiões de menor potencial hídrico. Exceções importantes são: o fluxo da seiva no floema e a perda de água por gutação, os quais são governados pela pressão. 2.2 As Forças que Compõem o Ψ W O Ψ w é uma expressão quantitativa da energia livre associada com a água. Essa energia livre da água pode ser influenciada por quatro principais fatores: concentração de solutos, pressão, forças de superfície e gravidade, as quais definem os componentes do potencial hídrico (Ψ w ): Ψ w = Ψ s + Ψ p + Ψ m + Ψ g Os termos Ψ s, Ψ p, Ψ m e Ψ g denotam os efeitos de solutos, pressão, forças de superfície e gravidade, respectivamente, sobre a energia livre da água. A contribuição de cada uma dessas forças dependerá da parte do sistema analisada. O estado de referência ou potencial hídrico padrão foi estabelecido como zero. Assim, os fatores acima podem aumentar ou diminuir o potencial hídrico, ou seja, a energia livre capaz de realizar trabalho. Em geral, o Ψ w é negativo, indicando que as forças que reduzem a energia livre da água prevalecem sobre as que aumentam. Isso parece ser fundamental para o transporte de água no sistema soloplanta-atmosfera. Solutos O termo Ψ s, conhecido como potencial de soluto ou potencial osmótico, representa os efeitos dos solutos dissolvidos sobre o potencial hídrico. As moléculas dipolares da água são atraídas e retidas pelos solutos (cátions e ânions), induzindo um decréscimo na atividade da água. Assim, o potencial osmótico tem quase sempre valor negativo. Ele é zero quando a água é pura. No protoplasma de células de plantas bem irrigadas, o Ψ s pode ser alto (- 0,5 MPa), embora valores de 0,8 a 1,2 sejam mais típicos. Em plantas crescendo em condições de estresse hídrico, plantas que acumulam compostos orgânicos solúveis (sacarose na cana de açúcar, por exemplo) e em halófitas crescendo em ambientes salinos, o valor de Ψ s é bem menor. Em atriplex, planta adaptada a ambientes salinos, o potencial osmótico pode atingir valores de até 2,5 MPa. Embora o Ψ s dentro da célula seja bem negativo, no apoplasto (paredes celulares e espaços intercelulares) a concentração de solutos é bem menor, assim, o Ψ s é bem maior, sendo comum valores em torno de - 0,1. É importante destacar, que os valores mais negativos do potencial hídrico nas paredes celulares, espaços intercelulares e no xilema devem-se à pressão negativa formada em conseqüência da transpiração e não devido ao acúmulo de solutos. O valor do potencial osmótico dos solos é geralmente muito baixo, visto que a solução do solo é geralmente bem diluída. No entanto, em solos salinos esse valor pode ser da ordem de -0,2 MPa ou menores, o que já representa uma redução considerável no potencial da água no solo. Pressão O termo Ψ p corresponde ao potencial de pressão. Quando a pressão for positiva há aumento do Ψ w, quando negativa (tensão) há diminuição do Ψ w. Quando nos referimos à pressão positiva dentro da célula, Ψ p é usualmente denominado de potencial de 12

14 turgescência. A pressão positiva em solos inundados (com lâmina de água acima do solo) é comumente referida como pressão hidrostática. O Ψ p pode ser positivo, como ocorre nas células túrgidas, sendo que dentro de células de plantas bem irrigadas os valores variam de 0,1 a 1,0 MPa, dependendo do valor do potencial osmótico dentro da célula. O valor de Ψ p pode ser igual a zero, como nas células em estado de plasmólise incipiente (ponto a partir do qual a plasmólise pode iniciar). Um potencial de turgescência positivo é importante por duas principais razões: Para o crescimento celular TC = m (P Y) TC = taxa de crescimento; m = módulo de elasticidade da parede celular; P ou Ψ p representa o potencial de turgescência e Y representa a pressão limite. Para que ocorra crescimento a diferença P Y tem que ser positiva. Para manter a rigidez das células e a forma dos tecidos não lignificados. Por exemplo, as folhas podem murchar se a pressão de turgescência ficar abaixo de zero. Enquanto a solução dentro da célula pode ter um valor positivo de pressão, fora dela pode ter valor negativo. Por exemplo, no xilema de plantas transpirando, desenvolve-se uma pressão negativa que pode atingir valores de 1,0 MPa ou menor. A magnitude dessa pressão negativa nas paredes celulares e no xilema varia consideravelmente, dependendo da taxa de transpiração e da altura da planta. Durante o meio dia, quando a transpiração é máxima, a pressão negativa no xilema alcança o menor valor (mais negativo). Durante a noite, quando a transpiração é baixa e a planta se re-hidrata, o valor tende a ser relativamente maior. Essa pressão negativa no xilema é de fundamental importância para o transporte de água das raízes até a parte aérea. Ela também garante o equilíbrio dinâmico, em termos de Ψ w, entre o interior e o exterior das células das folhas. É importante destacar que os valores de Ψ p, positivo dentro da célula e negativo no apoplasto, são desvios para cima ou para baixo, em relação à pressão atmosférica reinante. A exposição de protoplastos e do xilema ao ar exterior significará que o valor de Ψ p atingirá o equilíbrio com a pressão atmosférica externa (cerca de 1,0 atm ou 0,1 MPa) e seu valor será zero. Mátrico O potencial mátrico (Ψ m ) é o componente do potencial hídrico que define as influências que as forças superficiais e espaços intermicelares exercem sobre o potencial químico da água O potencial mátrico é devido primariamente à pressão negativa local, causada pela capilaridade, e pela interação da água com as superfícies sólidas (partículas do solo, macromoléculas coloidais, etc.). O Ψ m é, em geral negativo, podendo ser zero em sistemas isentos de partículas coloidais. Seu valor é desprezível em células diferenciadas que apresentam grandes vacúolos. O Ψ m é importante na caracterização do processo de embebição de sementes e nas relações hídricas de solos. A tensão negativa formada nas paredes celulares das células das folhas é também referida como potencial mátrico. Gravidade O Ψ g representa o potencial gravitacional e expressa a ação do campo gravitacional sobre a energia livre da água. Ele é definido como o trabalho necessário para manter a água suspensa em determinado ponto em relação à atração da gravidade. O efeito da gravidade sobre o Ψ w depende da densidade da água ( w ), da aceleração da gravidade (g) e da altura (h) em relação a um ponto de referência. Pode ser calculado pela equação: Ψ g = w. g. h 13

15 Normalmente, a superfície do solo é tomada como referência, h = 0 e, portanto, Ψ g = 0. O potencial gravitacional (Ψ g ) é positivo acima e negativo abaixo da superfície do solo (ponto de referência). Baseado na equação acima é possível estimar um Ψ g = 0,01 MPA para cada metro acima do solo. Desta forma, uma distância vertical de 10 m introduz um Ψ g de 0,1 MPa na equação do Ψ w. Portanto, o Ψ g deve ser considerado no transporte a longa distância, pelo menos acima de 10 m (árvores de grande porte). No solo, ele é importante na percolação de água, notadamente quando o conteúdo de água do solo é alto. É importante destacar que o potencial hídrico representa a força total que determina a direção do movimento da água. Isto quer dizer que a direção do movimento de água é determinada somente pela diferença de Ψ w entre dois pontos (células adjacentes, por exemplo), e não pela diferença de um dos seus componentes isolado. 14

16 UNIDADE 3 ATRIBUTOS FÍSICOS E QUANTIFICAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO 1. ATRIBUTOS FÍSICOS DO SOLO FASES DO SOLO O solo é um sistema complexo formado de três fases: sólida, líquida e gasosa. O arranjo das partículas sólidas deixa espaços vazios de diferentes tamanhos, denominados de poros, os quais têm a capacidade de armazenar líquidos e gases. O solo, portanto, pode ser visto como um grande reservatório de água para as culturas, sendo necessária a reposição periódica da água para garantir uma produção vegetal adequada. A parte sólida é formada pela matéria mineral e matéria orgânica, com predominância da parte mineral. A porção mineral consiste de partículas de vários tamanhos, resultante da decomposição das rochas que deram origem ao solo. A fração orgânica tem se origina a partir do acúmulo de resíduo vegetais e animais, ocorrendo no solo em diferentes estágios de decomposição. A matéria orgânica é fundamental para a atividade dos microorganismos, sendo, portanto, importante para a manutenção da vida do solo. A parte líquida do solo é chamada de solução do solo e consiste essencialmente de água e materiais solúveis dissolvidos (minerais e moléculas orgânicas). Ela ocupa parte dos poros do solo, podendo ocupar praticamente todos os espaços vazios em solos saturados. A medida que o solo vai secando, os poros maiores (macroporos) vão se esvaziando e a água passa a ocupar apenas os poros menores (microporos), os quais possuem maior poder de retenção de água. A parte gasosa ocupa os espaços vazios não ocupados pela água, sendo a principal fonte de oxigênio para a respiração das plantas e dos organismos vivos do solo. O ar do solo possui evidentemente os mesmos componentes do ar da atmosfera, porém alguns gases são encontrados em concentrações mais elevadas ou mais baixas no solo, dependendo do nível de atividades dos organismos do solo (raízes de plantas, microorganismos e outros organismos vivos do solo) e da sua compactação. Em geral, o ar do solo apresenta maiores concentrações de CO 2 e menores de oxigênio, quando comparado com o ar atmosférico. Essas diferenças serão menores quanto menos compacto for o solo. Em geral, se considera que o solo ideal deve ter 50% dos seus espaços preenchidos pela parte sólida, 30% pela solução do solo e 20% pelo ar do solo. Essas proporções, entretanto, são bastante vaiáveis, dependendo do tipo de solo e de suas propriedades físicas (principalmente textura, estrutura e densidade). TEXTURA DO SOLO A textura do solo refere-se à distribuição das partículas minerais do solo em termos de tamanho, sendo uma propriedade indicadora da capacidade de armazenamento de água no solo. A textura é estudada pela análise granulométrica, a qual permite encontrar a proporção das seguintes partículas: areia (partículas com diâmetro de 2 a 0,02 mm), silte (partículas com diâmetro variando de 0,02 a 0,002) e argila (partículas com diâmetro menor que 0,002 mm). A textura do solo pode diferir entre as diferentes camadas ou horizontes, porém, para cada horizonte ela normalmente não sofre modificações em uma escala de tempo relativamente longa. As proporções das partículas do solo, fornecidas pela análise granulométrica, permite classificar o solo em termos de textura utilizando-se o triângulo textural (Figura 2.1). Nesse triângulo são encontradas 13 classes texturais possíveis, podendo se encontrar solos com mais de 85% de areia (classe textural areia) e solos com mais de 40% de argila (classes texturais argila e argila pesada). Entre as classes extremas encontramos várias classes intermediárias, 15

17 sendo que os solos de textura franca (textura média) apresentam proporções mais ou menos equilibradas das frações areia, silte e argila. Figura 2.1 Triângulo para classificação das classes texturais (Kiehl, 1979) Em geral, quanto maiores forem as partículas do solo maior é a proporção de macroporos. Isso indica que os solos com textura arenosa têm menor capacidade de retenção e armazenamento de água e de nutrientes do que os solos de textura argilosa. ESTRUTURA DO SOLO A estrutura do solo refere-se ao arranjo das partículas e à adesão de partículas menores na formação de partículas maiores denominadas agregados. Essa estruturação é mais comum em solos que contêm partículas menores como a argila, sendo os solos arenosos considerados como solos de estrutura de grãos simples. Trata-se de um conceito bastante qualitativo, podendo se considerar um solo bem estruturado ou mal estruturado. Em geral, solos bem estruturados apresentam muitos agregados, de forma angular, que se esboroa com relativa 16

18 facilidade quando úmida. Esta boa estrutura melhora a permeabilidade do solo à água e garante melhores condições de aeração e penetração de raízes. Solos mal estruturados apresentam problemas para serem trabalhados e dificultam a penetração de raízes e de água. Nas áreas cultivadas, a estrutura do solo é bastante afetada pelo manejo do solo, principalmente a camada superficial. Essa estrutura, portanto, pode ser modificada para melhor ou para pior, dependendo das práticas agrícolas utilizadas. Práticas agrícolas como rotação de cultura, incorporação de resíduos orgânicos, preparo de solo quando a umidade é adequada (aração e gradagem em solos muitos secos ou muito úmidos), dentre outras, prejudicam a estrutura do solo. A destruição da estrutura pode também ocorrer em solos agrícolas irrigados com água ricas em sódio. Esse elemento tende a dispersar a argila, destruindo os agregados e impermeabilizando o solo. DENSIDADE DO SOLO E POROSIDADE A densidade global de um solo (ds) é definida pela relação entre a massa de uma amostra de solo seca a 110 ºC e o volume ocupado pelas partículas e poros do solo. Ela deve ser preferencialmente medida a partir de amostras retiradas sem destruir sua estrutura, mas nas análises de rotina ela é medida com terra fina seca ao ar (solo desestruturado). A densidade é considerada um bom indicador do grau de compactação do solo. A densidade do solo varia de 1,1 a 1,6 g cm -3, dependendo da textura, da estrutura e dos teores de matéria orgânica do solo. Solos com elevados teores de matéria orgânica têm menores valores de densidade e solos argilosos apresentam menores valores de densidade do que os solos arenosos. Solos com densidade acima de 1,7 g cm -3 já dificultam a penetração de raízes. A densidade do solo difere da densidade das partículas do solo. A densidade das partículas refere-se à relação entre a massa de uma amostra de solo seca e o volume das partículas, sem considerar os poros do solo. Em geral, se considera o valor de 2,65 g cm -3 para fins de cálculo, admitindo que os minerais predominantes são o quartzo, os feldspatos e os silicatos alumínio. Esse valor, no entanto, pode apresentar variações em virtude de predominância de determinados minerais no solo (por exemplo, 10% de hamatita pode elevar a densidade das partículas para 2,77) e dependendo do teor de matéria orgânica no solo. A porosidade total de um solo é definida pela relação entre o volume ocupado pelos poros e o volume total do solo. Como é difícil medir o volume de poros, na prática utiliza-se a seguinte relação: α = [1- ds/2,65] x 100 De acordo com a expressão acima, quanto maior for a densidade do solo, menor será a porosidade total do solo. Essa porosidade total é dividida em macroporosidade e micriporosidade. A macroporidade é considerada como porosidade de aeração, ou seja, ela corresponde aos poros vazios após o solo ter sido saturado e o excesso de água ter percolado pela ação da força gravitacional (esse solo, como veremos adiante, se encontra na capacidade de campo). A quantidade de microporos será maior, quanto menores forem as partículas do solo (em solos bem estruturados), sendo um bom indicador da capacidade de retenção de água pelo solo. 17

19 2. QUANTIFCAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO 2.1 Teor de Umidade do Solo Método direto (gravimétrico) A determinação da umidade do solo é de grande importância no monitoramento hídrico de áreas agrícolas, bem como em estudos que enfoquem a relação solo-água-planta. Existem vários métodos diretos e indiretos para essa determinação, os quais apresentam diferentes vantagens e limitações. Dentre os métodos diretos pode-se ressaltar o método gravimétrico, por ser bastante usual enormemente utilizado como padrão para calibrações de métodos indiretos na medição da umidade de um determinado solo. A umidade à base de peso u é a mais facilmente medida, pois ela necessita apenas do uso de uma balança de precisão e pode se utilizar amostras de solo desestruturadas. O instrumento mais utilizado nas coletas de material é o trado, o qual permite retirar amostras em diferentes profundidades. Uma vez coletada a amostra deve-se ter o cuidado de não permitir perdas de água por evaporação. É comum o uso de latinhas de alumínio, as quais devem ter tampas justas e seladas com fita adesiva. Sacos plásticos também podem ser utilizados. No laboratório toma-se a massa úmida (m u ) e, em seguida, coloca-se o material para secar em estufa a 105 o C, até peso constante. O material então é novamente pesado, obtendo-se a massa seca (m s ). A percentagem de umidade na base de peso é dada pela expressão: u = 100 x (m u m s )/m s Embora a medição da umidade na base de peso seja mais facilitada, a umidade na base de volume é bem mais utilizada nos cálculos que envolvem água no solo. Porém, quando se pretende expressar o valor da umidade na base de volume (θ), deve se coletar as amostras em anéis volumétricos de volumes conhecidos (V). Em seguida, são obtidas as massas úmidas e secas e calcula-se a percentagem de umidade na base de volume pela expressão: θ = 100 x (m u m s )/V Alternativamente, pode se calcular a umidade na base de volume multiplicando-se a umidade na base e peso (u) pela densidade do solo (ds): θ = u x ds Os valores de umidade do solo são extremamente variáveis, em relação ao tempo. Os valores extremos são a umidade do solo seco a 105 o C e o solo saturado, no qual todos os poros são ocupados com água. A umidade do solo seco a 105 o C é considerada como zero, apesar dessas amostras ainda conterem a água de cristalização. Com os dados de umidade do solo na base de volume pode-se estimar a quantidade de água armazenada em determinado volume de solo. Por exemplo: qual seria a quantidade de água armazenada em um hectare, considerando a profundidade de 20 cm (L) e a umidade média (θ) de 0,326 cm 3 de água/cm 3 de solo? Nesse caso temos: A L = θ x L = 0,326 cm 3 /cm 3 x 20 cm = 6,52 cm ou 65,2 mm 18

20 Como uma lâmina de 1 mm corresponde a 1 litro/m 2, temos 65,2 litros/m 2 ou litros por hectare: Métodos indiretos (Sonda de Nêutrons, TDR, etc.) Muitos tipos de sensores são fabricados e utilizados para medição da umidade do solo, os quais necessitam de testes para calibração. Para se obter bons resultados com os métodos indiretos de quantificação da água no solo, tornam-se necessários, além da calibração, que os sensores sejam convenientemente instalados no solo. Alguns cuidados especiais no manejo de tais sensores são listados abaixo: - O local de instalação dos sensores deve ser representativo do desenvolvimento da lavoura e do tipo de solo da área cultivada. - Instalar cuidadosamente os sensores para permitir um perfeito contato do instrumento com o solo, garantindo bom funcionamento especialmente em solos arenosos. - Instalar os sensores em várias profundidades para avaliação do perfil de umidade do solo. O momento da irrigação deve ser avaliado pelos sensores instalados no terço superior e/ou na metade da profundidade efetiva das raízes (80% das raízes finas). O acompanhamento de aplicações excessivas ou deficientes de água deve ser feito por sensores próximos ao limite da profundidade explorada pelas raízes. - Instalar sempre mais de uma estação de controle em cada área representativa da cultura. Dois ou três sensores são instalados a 1/3 ou na metade da profundidade efetiva das raízes e outro no limite inferior. Dentre os métodos indiretos, a utilização da sonda de nêutrons se destaca por permitir a aferição da umidade do solo com o mínimo de alteração no perfil, e a qualquer momento, de forma extremamente rápida e prática. Nesse método, o aparelho (moderador ou sonda de nêutrons) é constituído de uma fonte radioativa que emite feixes de nêutrons rápidos e de um contador de neutros lentos. Os primeiros se chocam com núcleos de outros átomos até atingir a energia de neutros lentos, ou moderados. A moderação é eficiente quando existem átomos na matéria de massa equivalente às massas dos nêutrons emitidos. Estudos mostram que o átomo mais eficiente nesse processo é o H, o que explica a moderação de neutros pela água do solo. Para a realização da leitura, são inseridos no solo, em locais típicos do terreno e nas profundidades desejadas, tubos de acesso, onde se introduz a fonte de neutros rápidos e o detector de neutros lentos, conectados ao registrado. Quanto maior o teor de umidade do solo, maior o freio que os átomos de H das moléculas de água exercem sobre os neutros rápidos emitidos, e maior a contagem de neutros lentos registrada. Uma das limitações da utilização do uso da sonda de nêutrons para estes fins diz respeito à exposição radioativa do operador, ao custo da aparelhagem e à necessidade de se obter curvas de calibração para cada tipo de solo dentro das profundidades desejadas. Estas curvas de calibração relacionam a contagem relativa da sonda com a umidade volumétrica do solo, o que, por exemplo, permite ao usuário a determinação da necessidade ou não de irrigar uma determinada área de forma rápida e precisa. Na determinação dessas curvas o tipo de tubo de acesso usado para introdução da sonda é um dos fatores que podem alterar a qualidade dos resultados obtidos, pois o tipo de material constituinte do tubo pode influenciar a contagem de nêutrons da sonda, como é o caso de materiais com alto teor de hidrogênio (PVC). O material recomendado para a confecção dos tubos de acesso é o alumínio por ser totalmente transparente aos nêutrons, no entanto, tem sido relatado que este material sofre problemas de corrosão em solos ácidos, predominante em regiões tropicais. Além da dificuldade na 19

21 aquisição de tubos de acesso em alumínio em áreas rurais, questões de ordem econômica podem inviabilizar o monitoramento de áreas muito amplas. As sondas de TDR (Time Domain Reflectometry) vem sendo largamente utilizadas para determinação da umidade do solo, devido a facilidade de operação e instalação das sondas no solo. A técnica baseia-se na medida do tempo de viagem de um sinal eletromagnético através de um meio. O TDR mede a constante dielétrica do solo (å), na faixa de freqüência de 10 MHz a 1 GHz. Esta variável no solo é principalmente dependente da umidade do solo(è), o que proporciona que sejam correlacionadas. 2.2 Medição do Potencial Hídrico do Solo A direção do movimento de água no sistema SPA é definida, primordialmente, pelo gradiente de potencial hídrico. No solo, como nos outros componentes do sistema, o Ψ w pode ser expresso em quatro componentes: Ψ w = Ψ s + Ψ p + Ψ m + Ψ g Para fins de simplificação, vamos considerar que o solo tem baixa condutividade elétrica (não salino) e o conteúdo de água será mantido abaixo da saturação. Nestas condições, nós podemos desprezar o Ψ p (não existe uma lâmina de água capaz de criar uma pressão hidrostática positiva), o Ψ s (a concentração sais na solução do solo é baixa) e o Ψ g (consideraremos um fluxo horizontal, não havendo diferença de altura). Neste caso, teremos: Ψ w = Ψ m (com sinal negativo) Como já destacamos, o potencial mátrico é conseqüência dos efeitos de capilaridade e da interação da água com as superfícies sólidas do solo (principalmente a argila). Veja a explicação que se segue: A água, como sabemos, possui uma alta tensão superficial que tende a minimizar as interfaces ar água. Quando o solo torna-se seco, a água é primeiramente removida dos espaços mais largos entre partículas e, em seguida, recede dentro dos interstícios entre partículas do solo e a superfície ar água fica na forma de menisco. A pressão negativa se desenvolve e pode ser expressa como: Ψ m = - 2T/r, em que T é a tensão superficial da água (7,28 x 10-8 MPa) e r é o raio de curvatura do menisco. Em solos secos, o valor de Ψ m na água do solo torna-se completamente negativo por que o raio de curvatura na superfície ar água torna-se muito pequeno. Na prática, o Ψ w dos solos normais é geralmente medido como sendo aproximadamente igual ao Ψ m. Em geral, para a determinação do potencial hídrico no solo, mede-se o potencial mátrico do solo e considera-o igual ao Ψ w, desprezando-se a contribuição do componente osmótico (em geral, a solução do solo é muito diluída). A determinação do Ψ m pode ser feita em laboratório (utilizando-se o Extrator de Richards) ou no campo (utilizando-se Tensiômetros, que permitem obter boas leituras até tensões de cerca de -0,08 MPa). 20

Água e Soluções Biológicas

Água e Soluções Biológicas Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular Disciplina de Biofísica Água e Soluções Biológicas 1. Introdução 2. A estrutura da molécula de água 2.1.

Leia mais

Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com

Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com Estudo de caso Reúnam-se em grupos de máximo 5 alunos e proponha uma solução para o seguinte caso: A morte dos peixes ornamentais. Para isso

Leia mais

Fisiologia Vegetal 1. A ÁGUA NA VIDA DAS PLANTAS:

Fisiologia Vegetal 1. A ÁGUA NA VIDA DAS PLANTAS: Fisiologia Vegetal 1. A ÁGUA NA VIDA DAS PLANTAS: Papel fundamental na vida da planta para cada grama de matéria orgânica produzida, 500 g de água são absorvidas pelas raízes, transportadas pelo corpo

Leia mais

LIGAÇÕES INTERATÔMICAS

LIGAÇÕES INTERATÔMICAS UNIDADE 2 - LIGAÇÕES INTERATÔMICAS 2.1. FORÇAS DE LIGAÇÃO FORTES Importante conhecer-se as atrações que mantêm os átomos unidos formando os materiais sólidos. Por exemplo, uma peça de cobre contém 8,4x10

Leia mais

BIOENGENHARIA DE SOLOS ENGENHARIA NATURAL AULA 2 PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DO SOLO

BIOENGENHARIA DE SOLOS ENGENHARIA NATURAL AULA 2 PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DO SOLO BIOENGENHARIA DE SOLOS ENGENHARIA NATURAL AULA 2 PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DO SOLO IGOR PINHEIRO DA ROCHA ENGENHEIRO FLORESTAL, M.Sc. AS FASES DO SOLO Fase sólida (Matriz do solo) Material mineral

Leia mais

Hidrogênio x Hidrogênio Hidrogênio x Não metal Não metal x Não metal

Hidrogênio x Hidrogênio Hidrogênio x Não metal Não metal x Não metal LIGAÇÃ QUÍMICA Introdução: s átomos, ao se unirem, procuram perder ou ganhar elétrons na última camada até atingirem a configuração eletrônica de um gás nobre. Teoria do octeto: s átomos dos elementos

Leia mais

Elementos e fatores climáticos

Elementos e fatores climáticos Elementos e fatores climáticos O entendimento e a caracterização do clima de um lugar dependem do estudo do comportamento do tempo durante pelo menos 30 anos: das variações da temperatura e da umidade,

Leia mais

Sólidos, Líquidos e Forças intermoleculares

Sólidos, Líquidos e Forças intermoleculares Sólidos, Líquidos e Forças intermoleculares #Fases da matéria Fase é qualquer forma na qual a matéria pode existir, sólido, líquido, gás, plasma, dependendo da temperatura e da pressão. É a parte homogênea

Leia mais

CIÊNCIAS - 6ª série / 7º ano U.E - 02

CIÊNCIAS - 6ª série / 7º ano U.E - 02 CIÊNCIAS - 6ª série / 7º ano U.E - 02 A crosta, o manto e o núcleo da Terra A estrutura do planeta A Terra é esférica e ligeiramente achatada nos polos, compacta e com um raio aproximado de 6.370 km. Os

Leia mais

NÚCLEO DE ENGENHARIA DE ÁGUA E SOLO

NÚCLEO DE ENGENHARIA DE ÁGUA E SOLO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA Centro de Ciências Agrárias, Biológicas e Ambientais NÚCLEO DE ENGENHARIA DE ÁGUA E SOLO Vital Pedro da Silva Paz vpspaz@ufba.br Francisco A. C. Pereira pereiras@ufba.br

Leia mais

IT-1101 - AGRICULTURA IRRIGADA. 1 Água e solo

IT-1101 - AGRICULTURA IRRIGADA. 1 Água e solo 1 Água e solo 1.1 - Solo Solo Camada externa e agricultável da superfície da terra, constituindo um sistema complexo e heterogêneo, cuja formação: Material de origem Tempo Clima Topografia 1.1 - Solo a)

Leia mais

Reconhecer as diferenças

Reconhecer as diferenças A U A UL LA Reconhecer as diferenças Nesta aula, vamos aprender que os solos são o resultado mais imediato da integração dos processos físicos e biológicos na superfície da Terra. A formação e o desenvolvimento

Leia mais

LIGAÇÕES INTERMOLECULARES

LIGAÇÕES INTERMOLECULARES Ligações Intermoleculares 1 LIGAÇÕES INTERMOLECULARES Introdução O que mantém as moléculas unidas nos estados líquido e sólido? Que força faz a água, contrariando a gravidade, subir por um capilar? Como

Leia mais

Ciências/15 6º ano Turma:

Ciências/15 6º ano Turma: Ciências/15 6º ano Turma: 2º trimestre Nome: Data: / / 6ºcie302r Roteiro de Estudos- Recuperação de Ciências 6 ANO 2º trimestre Atividades para a oficina de estudo: Ciências - 6º ano 2º trimestre * Organizador-

Leia mais

QUÍMICA 2C2H2 5O2 4CO2 2H2O. Prof. Rodolfo

QUÍMICA 2C2H2 5O2 4CO2 2H2O. Prof. Rodolfo QUÍMICA Prof. Rodolfo 1. Considere a tabela abaixo, em que H c representa a entalpia de combustão para os compostos listados, a 25 C: Nome IUPAC Nome usual Estado físico (25 C) ΔHc kj/mol Etanol Álcool

Leia mais

As Propriedades das Misturas (Aulas 18 a 21)

As Propriedades das Misturas (Aulas 18 a 21) As Propriedades das Misturas (Aulas 18 a 21) I Introdução Em Química, solução é o nome dado a dispersões cujo tamanho das moléculas dispersas é menor que 1 nanometro (10 Angstrons). A solução ainda pode

Leia mais

Universidade de São Paulo Departamento de Geografia FLG 0253 - Climatologia I. Pressão Atmosférica

Universidade de São Paulo Departamento de Geografia FLG 0253 - Climatologia I. Pressão Atmosférica Universidade de São Paulo Departamento de Geografia FLG 0253 - Climatologia I Pressão Atmosférica Prof. Dr. Emerson Galvani Laboratório de Climatologia e Biogeografia LCB Questão motivadora: Observamos

Leia mais

Utilização do óleo vegetal em motores diesel

Utilização do óleo vegetal em motores diesel 30 3 Utilização do óleo vegetal em motores diesel O óleo vegetal é uma alternativa de combustível para a substituição do óleo diesel na utilização de motores veiculares e também estacionários. Como é um

Leia mais

Aspectos da Reometria

Aspectos da Reometria Aspectos da Reometria Aula 2 Prof. Hamilton Viana A lei básica A medida de viscosidade dos líquidos requer: definição dos parâmetros envolvidos no fluxo. Devem-se encontrar condições adequadas de teste

Leia mais

muito gás carbônico, gás de enxofre e monóxido de carbono. extremamente perigoso, pois ocupa o lugar do oxigênio no corpo. Conforme a concentração

muito gás carbônico, gás de enxofre e monóxido de carbono. extremamente perigoso, pois ocupa o lugar do oxigênio no corpo. Conforme a concentração A UU L AL A Respiração A poluição do ar é um dos problemas ambientais que mais preocupam os governos de vários países e a população em geral. A queima intensiva de combustíveis gasolina, óleo e carvão,

Leia mais

4º ano. Atividade de Estudo - Ciências. Nome:

4º ano. Atividade de Estudo - Ciências. Nome: Atividade de Estudo - Ciências 4º ano Nome: 1- Imagine que o quadriculado abaixo seja uma representação da composição do ar. No total, são 100 quadradinhos. PINTE, de acordo com a legenda, a quantidade

Leia mais

Prova de Química Resolvida Segunda Etapa Vestibular UFMG 2011 Professor Rondinelle Gomes Pereira

Prova de Química Resolvida Segunda Etapa Vestibular UFMG 2011 Professor Rondinelle Gomes Pereira QUESTÃO 01 Neste quadro, apresentam-se as concentrações aproximadas dos íons mais abundantes em uma amostra de água típica dos oceanos e em uma amostra de água do Mar Morto: 1. Assinalando com um X a quadrícula

Leia mais

Elementos essenciais a vida: Zn, Mo e o Co. - Água; - Macronutrientes: C, H, O, N e o P mais importantes, mas também S, Cl, K, Na, Ca, Mg e Fe;

Elementos essenciais a vida: Zn, Mo e o Co. - Água; - Macronutrientes: C, H, O, N e o P mais importantes, mas também S, Cl, K, Na, Ca, Mg e Fe; Elementos essenciais a vida: - Água; - Macronutrientes: C, H, O, N e o P mais importantes, mas também S, Cl, K, Na, Ca, Mg e Fe; - Micronutrientes principais: Al, Bo, Cr, Zn, Mo e o Co. Bio organismos

Leia mais

TESTES REFERENTES A PARTE 1 DA APOSTILA FUNDAMENTOS DA CORROSÃO INDIQUE SE AS AFIRMAÇÕES A SEGUIR ESTÃO CERTAS OU ERRADAS

TESTES REFERENTES A PARTE 1 DA APOSTILA FUNDAMENTOS DA CORROSÃO INDIQUE SE AS AFIRMAÇÕES A SEGUIR ESTÃO CERTAS OU ERRADAS TESTES REFERENTES A PARTE 1 DA APOSTILA FUNDAMENTOS DA CORROSÃO INDIQUE SE AS AFIRMAÇÕES A SEGUIR ESTÃO CERTAS OU ERRADAS 1) Numa célula eletroquímica a solução tem que ser um eletrólito, mas os eletrodos

Leia mais

QUÍMICA POR QUE ESTUDAR QUÍMICA?

QUÍMICA POR QUE ESTUDAR QUÍMICA? QUÍMICA POR QUE ESTUDAR QUÍMICA? A Química contribui para a melhora da qualidade de vida das pessoas, se souber usá-la corretamente. Nosso futuro depende de como vamos usar o conhecimento Químico. A química

Leia mais

UFMG - 2005 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR

UFMG - 2005 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR UFMG - 2005 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR Química Questão 01 Carbono é um elemento cujos átomos podem se organizar sob a forma de diferentes alótropos. Alótropos H de combustão a 25

Leia mais

Bacia Hidrográfica Precipitação Infiltração Escoamento

Bacia Hidrográfica Precipitação Infiltração Escoamento UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL Bacia Hidrográfica Precipitação Infiltração Escoamento Rávila Marques de Souza Mestranda em Engenharia do Meio Ambiente Setembro 2012 Bacia Hidrográfica

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA CINÉTICA QUÍMICA EQUAÇÃO DE ARRHENIUS

CINÉTICA QUÍMICA CINÉTICA QUÍMICA EQUAÇÃO DE ARRHENIUS CINÉTICA QUÍMICA CINÉTICA QUÍMICA EQUAÇÃO DE ARRHENIUS A DEPENDÊNCIA DA VELOCIDADE DE REAÇÃO COM A TEMPERATURA A velocidade da maioria das reações químicas aumenta à medida que a temperatura também aumenta.

Leia mais

PRÁTICA 12: VISCOSIDADE DE LÍQUIDOS

PRÁTICA 12: VISCOSIDADE DE LÍQUIDOS PRÁTICA 12: VISCOSIDADE DE LÍQUIDOS Viscosidade é uma característica dos líquidos que está relacionada com a sua habilidade de fluir. Quanto maior a viscosidade de um líquido (ou de uma solução) mais difícil

Leia mais

7.0 PERMEABILIDADE DOS SOLOS

7.0 PERMEABILIDADE DOS SOLOS 7.0 PERMEABILIDADE DOS SOLOS 7.1 Introdução A permeabilidade é a propriedade que o solo apresenta de permitir o escoamento da água através s dele. O movimento de água através s de um solo é influenciado

Leia mais

Membranas Biológicas e Transporte

Membranas Biológicas e Transporte Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular Disciplina de Introdução a Bioquímica Membranas Biológicas e Transporte 1. Introdução 2. Os Constituintes

Leia mais

1 CONCEITUAÇÃO DAS GRANDEZAS USADAS NOS BALANÇOS DE MASSA E ENERGIA

1 CONCEITUAÇÃO DAS GRANDEZAS USADAS NOS BALANÇOS DE MASSA E ENERGIA 1 CONCEITUAÇÃO DAS GRANDEZAS USADAS NOS BALANÇOS DE MASSA E ENERGIA 1.1 QUANTIDADE DE MATÉRIA (N) Mol A palavra mol parece ter sido introduzida por William Ostwald em 1896 e tem origem no Latim (moles)

Leia mais

IX Olimpíada Catarinense de Química 2013. Etapa I - Colégios

IX Olimpíada Catarinense de Química 2013. Etapa I - Colégios I Olimpíada Catarinense de Química - 2013 I Olimpíada Catarinense de Química 2013 Etapa I - Colégios Imagem: Oxidação Fonte:Gilson Rocha Reynaldo, 2013 Primeiro Ano Conselho Regional de Química CRQ III

Leia mais

= 0 molécula. cada momento dipolar existente na molécula. Lembrando que u R

= 0 molécula. cada momento dipolar existente na molécula. Lembrando que u R Lista de Exercícios de Geometria e Ligações 1) Numere a segunda coluna (estruturas geométricas) de acordo com a primeira coluna (compostos químicos). 1. NH 3 ( ) linear 2. CO 2 ( ) angular 3. H 2 O ( )

Leia mais

CAPÍTULO 7 PSICROMETRIA. - Dimensionamento de sistemas de acondicionamento térmico para animais e plantas

CAPÍTULO 7 PSICROMETRIA. - Dimensionamento de sistemas de acondicionamento térmico para animais e plantas CAPÍTULO 7 PSICROMETRIA 1. Introdução a) Quantificação do vapor d água na atmosfera. b) Importância da quantificação da umidade atmosférica: - Dimensionamento de sistemas de acondicionamento térmico para

Leia mais

AULA 1 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA PARTE 2. Profᵃ. Drᵃ. Carolina Riviera Duarte Maluche Barettta carolmaluche@unochapeco.edu.br

AULA 1 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA PARTE 2. Profᵃ. Drᵃ. Carolina Riviera Duarte Maluche Barettta carolmaluche@unochapeco.edu.br AULA 1 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA PARTE 2 Profᵃ. Drᵃ. Carolina Riviera Duarte Maluche Barettta carolmaluche@unochapeco.edu.br EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR TOPOGRAFIA O relevo do solo exerce

Leia mais

Acumuladores hidráulicos

Acumuladores hidráulicos Tipos de acumuladores Compressão isotérmica e adiabática Aplicações de acumuladores no circuito Volume útil Pré-carga em acumuladores Instalação Segurança Manutenção Acumuladores Hidráulicos de sistemas

Leia mais

Resolução da Prova de Química Vestibular Verão UERGS/2003 Prof. Emiliano Chemello

Resolução da Prova de Química Vestibular Verão UERGS/2003 Prof. Emiliano Chemello Fácil Resolução da Prova de Química Vestibular Verão UERGS/2003 Prof. Emiliano Chemello Médio www.quimica.net/emiliano emiliano@quimica.net Difícil Níveis de dificuldade das Questões 01. Em um frasco,

Leia mais

ÁGUA NO SOLO. Geografia das Águas Continentais. Profª Rosângela Leal

ÁGUA NO SOLO. Geografia das Águas Continentais. Profª Rosângela Leal ÁGUA NO SOLO Geografia das Águas Continentais Profª Rosângela Leal A ÁGUA E O SOLO Os solos são constituídos de elementos figurados, água e ar. Os elementos figurados são contituídos partículas minerais

Leia mais

1. Difusão. A difusão só ocorre quando houver gradiente de: Concentração; Potencial; Pressão.

1. Difusão. A difusão só ocorre quando houver gradiente de: Concentração; Potencial; Pressão. 1. Difusão Com frequência, materiais de todos os tipos são tratados termicamente para melhorar as suas propriedades. Os fenômenos que ocorrem durante um tratamento térmico envolvem quase sempre difusão

Leia mais

Projeto rumo ao ita. Química. Exercícios de Fixação. Exercícios Propostos. Termodinâmica. ITA/IME Pré-Universitário 1. 06. Um gás ideal, com C p

Projeto rumo ao ita. Química. Exercícios de Fixação. Exercícios Propostos. Termodinâmica. ITA/IME Pré-Universitário 1. 06. Um gás ideal, com C p Química Termodinâmica Exercícios de Fixação 06. Um gás ideal, com C p = (5/2)R e C v = (3/2)R, é levado de P 1 = 1 bar e V 1 t = 12 m³ para P 2 = 12 bar e V 2 t = 1m³ através dos seguintes processos mecanicamente

Leia mais

controlar para crescer NUTRIENTE IDEAL PARA FLORAÇÃO, FRUTIFICAÇÃO E FORMAÇÃO DE SEMENTES FLORAÇÃO

controlar para crescer NUTRIENTE IDEAL PARA FLORAÇÃO, FRUTIFICAÇÃO E FORMAÇÃO DE SEMENTES FLORAÇÃO controlar para crescer NUTRIENTE IDEAL PARA FLORAÇÃO, FRUTIFICAÇÃO E FORMAÇÃO DE SEMENTES FLORAÇÃO F1 DESCRIÇÃO DO PRODUTO USO EM SOLO NATURAL No solo natural o Photogenesis F1 irá complementar os nutrientes

Leia mais

b) Nesse solo, a água é absorvida mais lentamente e ele se mantém úmido.

b) Nesse solo, a água é absorvida mais lentamente e ele se mantém úmido. Atividade de Estudo - Ciências 4º ano Nome: 1- IDENTIFIQUE o tipo de solo, de acordo com as características abaixo: a) Tipo de solo que retém pouca água; raramente as plantas conseguem se desenvolver nele.

Leia mais

Os constituintes do solo

Os constituintes do solo Os constituintes do solo Os componentes do solo Constituintes minerais Materiais orgânicos Água Ar Fase sólida partículas minerais e materiais orgânicos Vazios ocupados por água e/ou ar Os componentes

Leia mais

EXERCÍCIOS ON LINE DE CIÊNCIAS - 9 ANO

EXERCÍCIOS ON LINE DE CIÊNCIAS - 9 ANO EXERCÍCIOS ON LINE DE CIÊNCIAS - 9 ANO 1- Com a finalidade de diminuir a dependência de energia elétrica fornecida pelas usinas hidroelétricas no Brasil, têm surgido experiências bem sucedidas no uso de

Leia mais

Ciclos Biogeoquímicos

Ciclos Biogeoquímicos Os organismos retiram constantemente da natureza os elementos químicos de que necessitam, mas esses elementos sempre retornam ao ambiente. O processo contínuo de retirada e de devolução de elementos químicos

Leia mais

BIOVESTIBA.NET BIOLOGIA VIRTUAL Profº Fernando Teixeira UFRGS FISIOLOGIA VEGETAL

BIOVESTIBA.NET BIOLOGIA VIRTUAL Profº Fernando Teixeira UFRGS FISIOLOGIA VEGETAL UFRGS FISIOLOGIA VEGETAL 1. (Ufrgs 2015) A coluna à esquerda, abaixo, lista dois hormônios vegetais; a coluna à direita, funções que desempenham. Associe adequadamente a coluna direita com a esquerda.

Leia mais

UFU 2014 VESTIBULAR DE MAIO 1ª FASE

UFU 2014 VESTIBULAR DE MAIO 1ª FASE UFU 2014 VESTIBULAR DE MAIO 1ª FASE 1-O iodo-132, devido à sua emissão de partículas beta e radiação gama, tem sido muito empregado no tratamento de problemas na tireoide. A curva abaixo ilustra o decaimento

Leia mais

Conteúdo: Aula: 12 assíncrona. Ciclo da água e dos nutrientes. Ciclo do nitrogênio, carbono e oxigênio. CONTEÚDO E HABILIDADES

Conteúdo: Aula: 12 assíncrona. Ciclo da água e dos nutrientes. Ciclo do nitrogênio, carbono e oxigênio. CONTEÚDO E HABILIDADES CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA DINÂMICA LOCAL INTERATIVA Aula: 12 assíncrona Conteúdo: Ciclo da água e dos nutrientes. Ciclo do nitrogênio, carbono e oxigênio. 2 CONTEÚDO E

Leia mais

OS EFEITOS DA POLARIDADE DAS LIGAÇÕES NAS MOLÉCULAS ORGÂNICAS DOS HALOGENETOS DE ALQUILA

OS EFEITOS DA POLARIDADE DAS LIGAÇÕES NAS MOLÉCULAS ORGÂNICAS DOS HALOGENETOS DE ALQUILA OS EFEITOS DA POLARIDADE DAS LIGAÇÕES NAS MOLÉCULAS ORGÂNICAS DOS HALOGENETOS DE ALQUILA Natalia Soares Quinete Bolsista de Inic. Científica, Eng. Química, UFF Peter Rudolf Seidl Orientador, Químico industrial,

Leia mais

Período de injeção. Período que decorre do início da pulverização no cilindro e o final do escoamento do bocal.

Período de injeção. Período que decorre do início da pulverização no cilindro e o final do escoamento do bocal. CAPÍTULO 9 - MOTORES DIESEL COMBUSTÃO EM MOTORES DIESEL Embora as reações químicas, durante a combustão, sejam indubitavelmente muito semelhantes nos motores de ignição por centelha e nos motores Diesel,

Leia mais

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE PARECER RECURSO DISCIPLINA QUÍMICA

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE PARECER RECURSO DISCIPLINA QUÍMICA 33) Assinale a alternativa correta, na qual todas as substâncias são compostas e líquidas à temperatura ambiente. A O 3, O 2 ; CH 3 CH 2 OH B H 2 ; CO 2 ; CH 3 OH C H 2 O; NH 3 ; CO D H 2 O; CH 3 CH 2

Leia mais

Classificação dos processos sucessionais

Classificação dos processos sucessionais SUCESSÃO ECOLÓGICA A SUCESSÃO ECOLÓGICA PODE SER DEFINIDA COMO UM GRADUAL PROCESSO NO QUAL AS COMUNIDADE VÃO SE ALTERANDO ATÉ SE ESTABELECER UM EQUILÍBRIO. AS FASES DISTINTAS DA SUCESSÃO ECOLÓGICA SÃO:

Leia mais

Reconhecimento e explicação da importância da evolução tecnológica no nosso conhecimento atual sobre o Universo.

Reconhecimento e explicação da importância da evolução tecnológica no nosso conhecimento atual sobre o Universo. ESCOLA BÁSICA2,3 EUGÉNIO DOS SANTOS 2013 2014 página 1 ESCOLA BÁSICA DO 2.º E 3.º CICLOS EUGÉNIO DOS SANTOS PLANIFICAÇÃO E METAS DE APRENDIZAGEM DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS FÍSICO-QUÍMICAS 7.º ANO DE ESCOLARIDADE

Leia mais

DESCRITORES DAS PROVAS DO 1º BIMESTRE

DESCRITORES DAS PROVAS DO 1º BIMESTRE PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA DE ENSINO COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO DESCRITORES DAS PROVAS DO 1º BIMESTRE CIENTISTAS DO AMANHÃ Descritores 1º Bimestre

Leia mais

PROVA DE FÍSICA 3 o TRIMESTRE DE 2012

PROVA DE FÍSICA 3 o TRIMESTRE DE 2012 PROVA DE FÍSICA 3 o TRIMESTRE DE 2012 PROF. VIRGÍLIO NOME N o 8 o ANO Olá, caro(a) aluno(a). Segue abaixo uma série de exercícios que têm, como base, o que foi trabalhado em sala de aula durante todo o

Leia mais

Cadeias e Teias Alimentares

Cadeias e Teias Alimentares Cadeias e Teias Alimentares O termo cadeia alimentar refere-se à seqüência em que se alimentam os seres de uma comunidade. Autotróficos x Heterotróficos Seres que transformam substâncias minerais ou inorgânicas

Leia mais

Água, Soluções e Suspensões.

Água, Soluções e Suspensões. Água, Soluções e Suspensões. A água é a molécula mais abundante nos seres vivos. Cerca de 75% de um adulto. No planeta não existem seres vivos sem água. Fases da água: Sólida Líquida Gasosa Na dependência

Leia mais

RESUMOS TEÓRICOS de QUÍMICA GERAL e EXPERIMENTAL

RESUMOS TEÓRICOS de QUÍMICA GERAL e EXPERIMENTAL RESUMOS TEÓRICOS de QUÍMICA GERAL e EXPERIMENTAL 5 ESTUDO DA MATÉRIA 1 DEFINIÇÕES Matéria é tudo que ocupa lugar no espaço e tem massa. Nem tudo que existe no universo e matéria. Por exemplo, o calor e

Leia mais

IRRIGAÇÃO SUBSUPERFICIAL

IRRIGAÇÃO SUBSUPERFICIAL IRRIGAÇÃO SUBSUPERFICIAL Introdução, Sistemas e Características FEAGRI/UNICAMP - 2014 Prof. Roberto Testezlaf Irrigação Subsuperficial Também chamada irrigação subterrânea ou subirrigação A água é aplicada

Leia mais

1.1.2 PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DOS FLUIDOS

1.1.2 PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DOS FLUIDOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE AGRONOMIA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS SETOR DE ENGENHARIA RURAL Prof. Adão Wagner Pêgo Evangelista 1.1.2 PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DOS FLUIDOS A) MASSA ESPECÍFICA

Leia mais

Refração da Luz Índice de refração absoluto Índice de refração relativo Leis da refração Reflexão total da luz Lentes Esféricas Vergência de uma lente

Refração da Luz Índice de refração absoluto Índice de refração relativo Leis da refração Reflexão total da luz Lentes Esféricas Vergência de uma lente Refração da Luz Índice de refração absoluto Índice de refração relativo Leis da refração Reflexão total da luz Lentes Esféricas Vergência de uma lente Introdução Você já deve ter reparado que, quando colocamos

Leia mais

TERMOQUÍMICA. Desta forma podemos dizer que qualquer mudança química geralmente envolve energia.

TERMOQUÍMICA. Desta forma podemos dizer que qualquer mudança química geralmente envolve energia. TERMOQUÍMICA 1 Introdução A sociedade moderna depende das mais diversas formas de energia para sua existência. Quase toda a energia de que dependemos é obtida a partir de reações químicas, como a queima

Leia mais

CORPO DE BOMBEIRO MILITAR DO DISTRITO FEDERAL DIRETORIA DE ENSINO E INSTRUÇÃO CENTRO DE ASSISTÊNCIA AO ENSINO COLÉGIO MILITAR DOM PEDRO II

CORPO DE BOMBEIRO MILITAR DO DISTRITO FEDERAL DIRETORIA DE ENSINO E INSTRUÇÃO CENTRO DE ASSISTÊNCIA AO ENSINO COLÉGIO MILITAR DOM PEDRO II CORPO DE BOMBEIRO MILITAR DO DISTRITO FEDERAL DIRETORIA DE ENSINO E INSTRUÇÃO CENTRO DE ASSISTÊNCIA AO ENSINO COLÉGIO MILITAR DOM PEDRO II Questão 01 - O esquema a seguir representa, de forma simplificada,

Leia mais

Nome:...N o...turma:... Data: / / ESTUDO DOS GASES E TERMODINÂMICA

Nome:...N o...turma:... Data: / / ESTUDO DOS GASES E TERMODINÂMICA Ensino Médio Nome:...N o...turma:... Data: / / Disciplina: Física Dependência Prof. Marcelo Vettori ESTUDO DOS GASES E TERMODINÂMICA I- ESTUDO DOS GASES 1- Teoria Cinética dos Gases: as moléculas constituintes

Leia mais

Ligações Químicas. Profª. Drª Narlize Silva Lira. Agosto /2014

Ligações Químicas. Profª. Drª Narlize Silva Lira. Agosto /2014 União de Ensino Superior de Campina Grande Faculdade de Campina Grande FAC-CG Curso de Fisioterapia Ligações Químicas Profª. Drª Narlize Silva Lira Agosto /2014 A Química Orgânica e a Vida A química orgânica

Leia mais

1 Introdução simulação numérica termoacumulação

1 Introdução simulação numérica termoacumulação 22 1 Introdução Atualmente o custo da energia é um dos fatores mais importantes no projeto, administração e manutenção de sistemas energéticos. Sendo assim, a economia de energia está recebendo maior atenção

Leia mais

TRANSFORMADORES. P = enrolamento do primário S = enrolamento do secundário

TRANSFORMADORES. P = enrolamento do primário S = enrolamento do secundário TRANSFORMADORES Podemos definir o transformador como sendo um dispositivo que transfere energia de um circuito para outro, sem alterar a frequência e sem a necessidade de uma conexão física. Quando existe

Leia mais

a) Uma gota de orvalho sobre uma superfície encerada (pode ser a de um automóvel). As moléculas da água aderem fracamente à cera e fortemente entre

a) Uma gota de orvalho sobre uma superfície encerada (pode ser a de um automóvel). As moléculas da água aderem fracamente à cera e fortemente entre Tensão superficial a) Uma gota de orvalho sobre uma superfície encerada (pode ser a de um automóvel). As moléculas da água aderem fracamente à cera e fortemente entre si, então a água se junta. A tensão

Leia mais

Tabela 1 - conteúdo de umidade em alguns alimentos:

Tabela 1 - conteúdo de umidade em alguns alimentos: UMIDADE EM ALIMENTOS Umidade, ou teor de água, de um alimento constitui-se em um dos mais importantes e mais avaliados índices em alimentos. É de grande importância econômica por refletir o teor de sólidos

Leia mais

3 Propriedades Coligativas

3 Propriedades Coligativas 3 Propriedades Coligativas 1 Introdução É bastante comum as pessoas adicionarem sal à água que será utilizada no cozimento de alimentos. Com a adição de sal de cozinha, a água demora mais tempo para entrar

Leia mais

3.0 Resistência ao Cisalhamento dos Solos

3.0 Resistência ao Cisalhamento dos Solos 3.0 Resistência ao Cisalhamento dos Solos 3.1 INTRODUÇÃO Vários materiais sólidos empregados em construção normalmente resistem bem as tensões de compressão, porém têm uma capacidade bastante limitada

Leia mais

MATERIAIS SEMICONDUTORES. Prof.: Sheila Santisi Travessa

MATERIAIS SEMICONDUTORES. Prof.: Sheila Santisi Travessa MATERIAIS SEMICONDUTORES Prof.: Sheila Santisi Travessa Introdução De acordo com sua facilidade de conduzir energia os materiais são classificados em: Condutores Semicondutores Isolantes Introdução A corrente

Leia mais

Unidade 8. Ciclos Biogeoquímicos e Interferências Humanas

Unidade 8. Ciclos Biogeoquímicos e Interferências Humanas Unidade 8 Ciclos Biogeoquímicos e Interferências Humanas Ciclos Biogeoquímicos Os elementos químicos constituem todas as substâncias encontradas em nosso planeta. Existem mais de 100 elementos químicos,

Leia mais

Resoluções das Atividades

Resoluções das Atividades Resoluções das Atividades Sumário Módulo 1 Estudo das dispersões Definição, classificação, estudo dos coloides, coeficiente de solubilidade... 1 Módulo 2 Concentração de soluções... 3 Módulo 3 Propriedades

Leia mais

www.enemdescomplicado.com.br

www.enemdescomplicado.com.br Exercícios de Física Gravitação Universal 1-A lei da gravitação universal de Newton diz que: a) os corpos se atraem na razão inversa de suas massas e na razão direta do quadrado de suas distâncias. b)

Leia mais

Densímetro de posto de gasolina

Densímetro de posto de gasolina Densímetro de posto de gasolina Eixo(s) temático(s) Ciência e tecnologia Tema Materiais: propriedades Conteúdos Densidade, misturas homogêneas e empuxo Usos / objetivos Introdução ou aprofundamento do

Leia mais

CADERNO DE EXERCÍCIOS 2F

CADERNO DE EXERCÍCIOS 2F CADERNO DE EXERCÍCIOS 2F Ensino Médio Ciências da Natureza Questão 1. 2. Conteúdo Extração do ferro a partir do minério, representações químicas das substâncias e reações químicas Habilidade da Matriz

Leia mais

Associe corretamente a coluna da direita à da esquerda.

Associe corretamente a coluna da direita à da esquerda. 1. (G1 - ifba 2014) A respeito da geometria, polaridade e ligações químicas das moléculas dos compostos, previstas por suas estruturas de Lewis, pode-se afirmar corretamente que a) a molécula do PC 3 é

Leia mais

Disciplina de Físico Química I - Tipos de Soluções Propriedades Coligativas. Prof. Vanderlei Inácio de Paula contato: vanderleip@anchieta.

Disciplina de Físico Química I - Tipos de Soluções Propriedades Coligativas. Prof. Vanderlei Inácio de Paula contato: vanderleip@anchieta. Disciplina de Físico Química I - Tipos de Soluções Propriedades Coligativas. Prof. Vanderlei Inácio de Paula contato: vanderleip@anchieta.br Misturas - soluções A grande maioria dos sistemas encontrados

Leia mais

1.º PERÍODO. n.º de aulas previstas DOMÍNIOS SUBDOMÍNIOS/CONTEÚDOS OBJETIVOS. De 36 a 41

1.º PERÍODO. n.º de aulas previstas DOMÍNIOS SUBDOMÍNIOS/CONTEÚDOS OBJETIVOS. De 36 a 41 DE FÍSICO-QUÍMICA - 7.º ANO Ano Letivo 2014 2015 PERFIL DO ALUNO O aluno é capaz de: o Conhecer e compreender a constituição do Universo, localizando a Terra, e reconhecer o papel da observação e dos instrumentos

Leia mais

Aulas 13 e 14. Soluções

Aulas 13 e 14. Soluções Aulas 13 e 14 Soluções Definição Solução é a denominação ao sistema em que uma substância está distribuída, ou disseminada, numa segunda substância sob forma de pequenas partículas. Exemplos Dissolvendo-se

Leia mais

Solubilidade. Ricardo Queiroz Aucélio Letícia Regina de Souza Teixeira

Solubilidade. Ricardo Queiroz Aucélio Letícia Regina de Souza Teixeira Ricardo Queiroz Aucélio Letícia Regina de Souza Teixeira Este documento tem nível de compartilhamento de acordo com a licença 3.0 do Creative Commons. http://creativecommons.org.br http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/br/legalcode

Leia mais

BOMBEAMENTO DE ÁGUA COM ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

BOMBEAMENTO DE ÁGUA COM ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA BOMBEAMENTO DE ÁGUA COM ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Eng. Carlos Alberto Alvarenga Solenerg Engenharia e Comércio Ltda. Rua dos Inconfidentes, 1075/ 502 Funcionários - CEP: 30.140-120 - Belo Horizonte -

Leia mais

Água e Solução Tampão

Água e Solução Tampão União de Ensino Superior de Campina Grande Faculdade de Campina Grande FAC-CG Curso de Fisioterapia Água e Solução Tampão Prof. Dra. Narlize Silva Lira Cavalcante Fevereiro /2015 Água A água é a substância

Leia mais

DESIDRATAÇÃO, SEPARAÇÃO E LIQUEFAÇÃO DE GÁS NATURAL USANDO O TUBO VORTEX

DESIDRATAÇÃO, SEPARAÇÃO E LIQUEFAÇÃO DE GÁS NATURAL USANDO O TUBO VORTEX DESIDRATAÇÃO, SEPARAÇÃO E LIQUEFAÇÃO DE GÁS NATURAL USANDO O TUBO VORTEX REV C Por Luiz Henrique V. Souza Com Agradecimentos Especiais ao Engº Eduardo Gertrudes, CTGÁS/RN. Dezembro, 2010. ÍNDICE 1 - INTRODUÇÃO.

Leia mais

Os fenômenos climáticos e a interferência humana

Os fenômenos climáticos e a interferência humana Os fenômenos climáticos e a interferência humana Desde sua origem a Terra sempre sofreu mudanças climáticas. Basta lembrar que o planeta era uma esfera incandescente que foi se resfriando lentamente, e

Leia mais

Respostas da terceira lista de exercícios de química. Prof a. Marcia M. Meier

Respostas da terceira lista de exercícios de química. Prof a. Marcia M. Meier Respostas da terceira lista de exercícios de química Prof a. Marcia M. Meier 1) O íon brometo não aceita mais de um elétron, pois este segundo elétron ocupará numeros quânticos maiores quando comparado

Leia mais

Em 2050 a população mundial provavelmente

Em 2050 a população mundial provavelmente Declaração mundial Armazenamento de Água para o Desenvolvimento Sustentável Em 2050 a população mundial provavelmente ultrapassará nove bilhões de habitantes O aumento da população mundial, tanto rural

Leia mais

MEMBRANA PLASMÁTICA. Modelo do mosaico fluido caráter dinâmico à estrutura da membrana (as proteínas estão em constante deslocamento lateral)

MEMBRANA PLASMÁTICA. Modelo do mosaico fluido caráter dinâmico à estrutura da membrana (as proteínas estão em constante deslocamento lateral) MEMBRANA PLASMÁTICA Modelo do mosaico fluido caráter dinâmico à estrutura da membrana (as proteínas estão em constante deslocamento lateral) ESTRUTURA DA MEMBRANA Formada por fosfolipídios e (nas animais

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO DOS AMBIENTES MARINHOS

CLASSIFICAÇÃO DOS AMBIENTES MARINHOS CLASSIFICAÇÃO DOS AMBIENTES MARINHOS Introdução Os oceanos ocupam cerca de 71% da superfície da Terra As partes mais profundas atingem quase 11000 metros Profundidade média dos oceanos é 3800 m. Volume

Leia mais

TECNOLOGIA MECÂNICA. Aula 08. Tratamentos Térmicos das Ligas Ferrosas (Parte 2) Tratamentos Termo-Físicos e Termo-Químicos

TECNOLOGIA MECÂNICA. Aula 08. Tratamentos Térmicos das Ligas Ferrosas (Parte 2) Tratamentos Termo-Físicos e Termo-Químicos Aula 08 Tratamentos Térmicos das Ligas Ferrosas (Parte 2) e Termo-Químicos Prof. Me. Dario de Almeida Jané Tratamentos Térmicos Parte 2 - Introdução - - Recozimento - Normalização - Têmpera - Revenido

Leia mais

Desenho e Projeto de Tubulação Industrial Nível II

Desenho e Projeto de Tubulação Industrial Nível II Desenho e Projeto de Tubulação Industrial Nível II Módulo II Aula 05 1. Introdução A mecânica dos gases é a parte da Mecânica que estuda as propriedades dos gases. Na Física existem três estados da matéria

Leia mais

Válvulas controladoras de vazão

Válvulas controladoras de vazão Generalidades Válvula controladora de vazão variável Válvula de controle de vazão variável com retenção integrada Métodos de controle de vazão Válvula de controle de vazão com pressão compensada temperatura

Leia mais

11.1 EQUAÇÃO GERAL DOS BALANÇOS DE ENERGIA. Acúmulo = Entrada Saída + Geração Consumo. Acúmulo = acúmulo de energia dentro do sistema

11.1 EQUAÇÃO GERAL DOS BALANÇOS DE ENERGIA. Acúmulo = Entrada Saída + Geração Consumo. Acúmulo = acúmulo de energia dentro do sistema 11 BALANÇOS DE ENERGIA EM PROCESSOS FÍSICOS E QUÍMICOS Para utilizar adequadamente a energia nos processos é preciso que sejam entendidos os princípios básicos envolvidos na geração, utilização e transformação

Leia mais

PlanetaBio Resolução de Vestibulares FUVEST 2010 1ª fase www.planetabio.com

PlanetaBio Resolução de Vestibulares FUVEST 2010 1ª fase www.planetabio.com 1- O Índice de Massa Corporal (IMC) é o número obtido pela divisão da massa de um indivíduo adulto, em quilogramas, pelo quadrado da altura, medida em metros. É uma referência adotada pela Organização

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO Atualizado em 11/01/2016 MOTIVAÇÃO Estar motivado é visto como uma condição necessária para que um trabalhador entregue um desempenho superior. Naturalmente, como a motivação

Leia mais

Universidade Paulista Unip

Universidade Paulista Unip Elementos de Produção de Ar Comprimido Compressores Definição Universidade Paulista Unip Compressores são máquinas destinadas a elevar a pressão de um certo volume de ar, admitido nas condições atmosféricas,

Leia mais

Ecologia Geral CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

Ecologia Geral CICLOS BIOGEOQUÍMICOS Ecologia Geral CICLOS BIOGEOQUÍMICOS 98-99% dos organismos são constituído por: -Sódio (Na) -Potássio (K) -Magnésio (Mg) -Cloro (Cl) -Carbono (C) -Hidrogênio (H -Nitrogênio (N) -Oxigênio (O) 1-2% restante:

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Modulo II Clico de Vida e Organização

Gerenciamento de Projetos Modulo II Clico de Vida e Organização Gerenciamento de Projetos Modulo II Clico de Vida e Organização Prof. Walter Cunha falecomigo@waltercunha.com http://waltercunha.com Bibliografia* Project Management Institute. Conjunto de Conhecimentos

Leia mais