Local Conference Call Mills Serviços Especializados de Engenharia no Brasil Resultados do Terceiro Trimestre de de novembro de 2012

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1 Local Conference Call Mills Serviços Especializados de Engenharia no Brasil Resultados do Terceiro Trimestre de de novembro de 2012 Operadora: Boa tarde. Sejam bem-vindos à teleconferência da Mills, onde serão discutidos os resultados do terceiro trimestre de Neste momento, todos os participantes estão conectados apenas como ouvintes e, mais tarde, será aberta a sessão de perguntas e respostas, quando serão dadas as instruções para os Srs. participarem. Caso seja necessária a ajuda de um operador durante a teleconferência, basta teclar asterisco zero. Esta teleconferência possui tradução simultânea para o idioma inglês, e as perguntas poderão ser feitas normalmente por participantes conectados no exterior. Também poderão ser realizadas perguntas pela internet, por meio da plataforma de webcast. Cabe lembrar que esta teleconferência está sendo gravada. O áudio estará disponível no site da Companhia em até 24 horas. Caso algum dos Srs. não tenha a cópia do release da Mills, divulgado na quinta-feira, dia 08 de novembro, poderá obtê-lo no site da empresa: Esta audioconferência, acompanhada da apresentação de slides, está sendo transmitida simultaneamente pela internet, também com acesso pelo site ou ainda no endereço para português, e para inglês. Antes de prosseguir, eu gostaria de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante esta teleconferência, relativas às perspectivas dos negócios da Companhia, bem como projeções, metas operacionais e financeiras relativas ao seu potencial de crescimento, constituem-se em previsões baseadas nas expectativas da Administração em relação ao futuro da Mills. Tais expectativas dependem do desempenho do setor, do 1

2 desempenho econômico geral do País, e das condições do mercado nacional e internacional. Portanto, estão sujeitas a mudanças. Conosco hoje está o Sr. Ramon Vazquez Diretor Presidente, Sr. Frederico Neves Diretor Financeiro e Sra. Alessandra Gadelha - Diretora de Relações com Investidores. Agora, eu gostaria de passar a palavra ao Sr. Ramon. Por favor, Ramon, pode prosseguir. Sr. Ramon: Boa tarde Senhoras e Senhores. Muito obrigada por participarem desta conferência telefônica sobre os resultados do terceiro trimestre de 2012 da Mills. No slide 4, apresentamos os destaques do trimestre. Tivemos receita líquida recorde de R$ 222,2 milhões, com crescimento de 26,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Neste trimestre, houve reversão de R$ 6,8 milhões de provisão de devedores duvidosos e de contingência fiscal, ambos de natureza não caixa, com impacto positivo no EBITDA e lucro líquido do período. Excluindo o efeito da reversão, o EBITDA totalizaria R$ 90,4 milhões, novo recorde trimestral, a margem EBITDA seria 40,7%, o lucro líquido R$ 34,7 milhões e o ROIC 14,5%. No slide 5, mostramos a composição da nossa receita no trimestre. Rental foi a área de negócio que apresentou a maior receita líquida, representando 30% da receita total. Jahu foi responsável por 27%, Serviços Industriais por 22% e Construção por 21%. Em relação ao tipo de serviço, 70% da receita da Mills no trimestre foi relativa à locação de equipamentos, 19% à assistência técnica, e 9% a vendas. No slide 6, apresentamos os resultados da Construção. A receita atingiu R$ 45,5 milhões, sendo o maior valor dos últimos dois anos. Continuamos com taxa de utilização no nível normal, devido à nossa estratégia de priorizar rentabilidade. A receita de locação apresentou crescimento de 35,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Neste trimestre, houve reversão de R$ 1,5 milhão de PDD referente ao pagamento de fatura emitida em 2009.O EBITDA, excluindo o efeito da reversão, seria igual a R$ 22,8 milhões, superando o recorde anterior obtido no terceiro trimestre de A margem EBITDA seria 50,2% e ROIC 18,3%. No slide 7, classificamos alguns contratos importantes por fase na evolução de receita mensal em obra de construção pesada. Fechamos, nesse trimestre, novos contratos importantes nas usinas hidrelétricas Belo Monte e Teles Pires, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, porto de Aratu, na Bahia, anel viário de Fortaleza, BRT em Belém; além de novas etapas da refinaria Comperj e do porto do Açu, no Rio de Janeiro, e do metrô linhas 2 e 5, e monotrilho linha Ouro, em São Paulo. No slide 8, apresentamos a segmentação da receita da Construção por setor. As obras de infraestrutura representaram 41% da receita, indústria 26% e obras relacionadas a eventos de 2

3 Copa e Olimpíadas 21%, em linha com o trimestre anterior. Lembramos que eventos esportivos incluem não somente os estádios, mas também as obras de mobilidade urbana e aeroportos. Os estádios que serão utilizados para a Copa das Confederações em 2013 já se encontram em fase de desmobilização. Em alguns casos, estamos sendo contratados para construção da cobertura, como no Maracanã, Mané Garrincha e no Verdão, ou das estruturas de acesso e do entorno, como no Maracanã, no Itaqueirão e na Arena de Recife. Entretanto, não há motivo para esperar enfraquecimento do mercado ou queda de receita da Construção, uma vez que os investimentos relativos a estes eventos representam apenas em torno de 10% dos investimentos esperados para infraestrutura nos próximos anos. Apresentamos como exemplo, no slide 9, que a soma dos investimentos dos 12 estádios que sediarão a Copa em 2014 é equivalente a investimentos em 5 vias expressas similares a que estão sendo construídas no Rio de Janeiro, ou uma ferrovia ou 0,4 de uma hidrelétrica. No slide 10, apresentamos novo produto, Sistema Modular Mills, desenvolvido pelo nosso setor de Engenharia, que busca o ganho de produtividade no uso de formas em estruturas arredondadas, como túneis. Já estamos utilizando este produto no Metrô linha 5, em São Paulo e na hidrelétrica de Teles Pires, no Mato Grosso. No slide 11, apresentamos os resultados da Jahu que alcançou receita total recorde de R$ 60,5 milhões, com crescimento de 53,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Neste trimestre, houve reversão de R$ 5,3 milhões de contingência fiscal referente a uma ação iniciada em data anterior à aquisição da Jahu pela Mills. O EBITDA, excluindo o efeito da reversão, seria igual a R$ 29,4 milhões. A margem EBITDA seria 48,6% e ROIC 16,9%. No slide 12, apresentamos a segmentação da receita de locação da Jahu. As obras residenciais representaram 53% da receita de locação neste trimestre, sendo 17% de empresas listadas de real estate e 36% de outras empresas, e obras comerciais representaram 34%. Os lançamentos totais de empresas listadas no terceiro trimestre, apesar de continuar com redução de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior, cresceram 27% em relação ao segundo trimestre. Entendemos que estas empresas estão realizando ajuste pontual para melhorar a execução de suas obras em andamento. O mercado comercial continua aquecido. Estamos envolvidos atualmente na construção de 42 shopping centers espalhados de Norte, como em Macapá, no Amapá, a Sul do país, como em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. No slide 13, apresentamos o histórico e projeção de número de shopping centers, que deve atingir 508 unidades no próximo ano, quando também estão previstos aproximadamente 78 novos hotéis. No slide 14, apresentamos os resultados de Serviços Industriais. Tivemos uma receita de R$ 48,8 milhões. Neste trimestre, além de sofrermos com greve em Pernambuco, resolvemos adotar uma postura mais conservadora e baixar boletins de medição faturados em negociação com clientes por período superior a 90 dias, com impacto negativo de R$ 2,8 milhões na nossa receita. Excluindo estes efeitos de natureza não recorrente, a receita totalizaria R$ 51,6 3

4 milhões. Ademais, reconhecemos como PDD o valor total devido à Mills de um de nossos clientes que entrou recentemente com pedido de recuperação judicial igual a R$ 600 mil. Excluindo estes eventos extraordinários, o EBITDA seria R$ 3,0 milhões, margem EBITDA 5,8% e ROIC 0,3%. Continuamos fazendo ajustes na operação deste segmento de negócio, para melhorar a sua rentabilidade e aumentar a exposição ao mercado de offshore. Nesta direção ganhamos licitação em um importante contrato para fornecimento de acesso em manutenção de plataformas da Petrobras. Adicionalmente, abrimos um escritório em Macaé, no estado do Rio de Janeiro. No slide 15, vemos que neste trimestre, os serviços de manutenção contribuíram com 62% da receita total e novas plantas com 38%. A indústria de óleo e gás representou 31% da receita no trimestre, petroquímica 27%, papel e celulose 7% e siderurgia e mineração 6%. No slide 16, apresentamos os resultados da Rental que foram: receita de R$ 67,4 milhões e EBITDA igual a R$ 38,0 milhões ambos recordes. Com crescimento de 47,6% e 75,3%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem EBITDA foi igual a 56,5% e o ROIC foi de 16,3%, ambos em linha com o trimestre anterior. No slide 17, vemos que as novas filiais contribuíram, neste trimestre, com 61% da receita. Reiniciamos o processo de expansão geográfica com abertura de uma nova filial em São Luís, no Maranhão. Para suprirmos as novas filiais previstas para o próximo ano e o crescimento da demanda nas atuais, assinamos contratos de compra de equipamentos motorizados de acesso, no valor 71 milhões de dólares, com entregas mensais programadas a partir do final deste ano. Por fim, apresentamos o progresso do nosso plano de crescimento.conforme ilustrado no slide 19, os investimentos em crescimento orgânico da Mills totalizaram R$ 79 milhões no trimestre e R$ 221 milhões no acumulado do ano, equivalente a 86% do orçamento revisado de capex. Realizamos, em setembro, segunda emissão de debêntures não conversíveis, totalizando R$ 270 milhões, garantindo financiamento dos investimentos necessários para aproveitar as oportunidades nos nossos mercados de atuação. Esta emissão permitirá a redução do custo e ampliação do prazo médio da dívida da Mills. Muito obrigado e estamos à disposição para responder as perguntas que os senhores tenham. Senhoras e senhores, gostaria de agradecer novamente a participação na conferência telefônica sobre os resultados da Mills do terceiro trimestre de A equipe de Relações com Investidores encontra-se à disposição para dúvidas ou esclarecimentos adicionais. Muito obrigado. Sessão de Perguntas e Respostas Operadora: Com licença senhoras e senhores, iniciaremos agora a sessão de perguntas e respostas, relembrando que participantes conectados no exterior poderão fazer perguntas 4

5 normalmente, tanto em português quanto em inglês. Para fazer uma pergunta, por favor, digitem asterisco um, e para retirar a sua pergunta da lista digitem asterisco dois. Nossa primeira pergunta vem do Sr. Eduardo Couto, Goldman Sachs. Sr. Eduardo Couto: Bom dia Ramon, bom dia Alessandra, parabéns pelos resultados. Eu tenho duas perguntas, pessoal: primeiro do queria falar um pouquinho da Mills Rental que os resultados foram muito fortes. Eu queria só entender um pouquinho, Ramon, o que a gente pode esperar ainda da Mills Rental para os próximos trimestres, se é possível que essa divisão continue crescendo mesmo em cima desse resultado muito forte ou se realmente agora é uma nova fase de crescimento e que vai depender da abertura dos novos escritórios, e quando é que vocês pretendem abrir isso, se você pudesse dar os números de quantos escritórios tem, quantos vão ser abertos no primeiro semestre do ano que vem só para relembrar a gente. Sr. Ramon Vazquez: Em relação às perspectivas da Rental elas são muito grandes, até porque esse é um mercado que é muito iniciante no Brasil ainda. Então se você enxerga que nos Estados Unidos você tem um mercado que já tem 45 anos, o mercado brasileiro é um mercado que se iniciou a partir de meados de 2007 quando a lei brasileira passou a obrigar a utilização desses equipamentos, o espaço de crescimento é enorme. O que a gente tem feito é aproveitado as oportunidades que nós temos nesse mercado utilizando uma vantagem competitiva bastante interessante da nossa companhia que é o cross-selling com as outras divisões, já que os clientes das nossas outras três divisões necessitam utilizar esse tipo de equipamento. E a previsão nossa é de que a gente vai continuar crescendo fortemente neste mercado. Estamos prevendo a abertura de pelo menos cinco novas filiais no ano que vem, hoje estamos com cerca de dezoito filiais e devemos estar com pelo menos 23 filiais ao final do ano que se inicia, de Então as perspectivas são muito boas. Esperamos também estar com margens semelhantes ao que nós temos tido nos últimos trimestres e o crescimento dessa divisão é impulsionado pela substituição da utilização de métodos não produtivos e pela utilização de equipamentos que com segurança e produtividade levam pessoas em altura. Então as perspectivas continuam muito boas. Sr. Eduardo: Mas você acha que as unidades existentes também vão continuar crescendo, Ramon? O crescimento vem não só das novas unidades, mas também das que já estão em operação e que devem continuar crescendo? É essa sua visão? Sr. Ramon: Se você verificar nós, em relação às unidades novas entre o terceiro trimestre de 2012 e o terceiro trimestre de 2011, as unidades novas cresceram 52%. Se você olhar as unidades antigas nesse mesmo período, no intervalo de um ano, elas cresceram 41%. Então você nota que não é somente a expansão geográfica que faz com que essa divisão esteja crescendo. Também as filiais já instaladas têm um crescimento bastante significativo, no caso 5

6 estamos falando de 41% de crescimento entre o terceiro trimestre do ano passado e o terceiro trimestre deste ano. Sr. Eduardo: Ficou claro. E o segundo ponto, Ramon, em relação à capitalização da empresa, eu acho que vocês estão negociando por volta de um pouco acima de 1x dívida líquida/ebitda. Eu queria saber se vocês estão confortáveis com esse nível de endividamento e se haveria a possibilidade da empresa fazer uma capitalização ou levantar dinheiro no mercado para poder abaixar esse nível de endividamento ou se vocês acreditam que não, que só com o crescimento do Ebitda e uma possível geração de caixa já seria suficiente para diminuir a alavancagem e deixar a empresa confortável com o nível de endividamento. Sr. Ramon: Bem, você veja que a cerca de um ano atrás nós tínhamos uma alavancagem de 1,8, hoje nós já estamos com uma alavancagem de 1,2. Mesmo com os investimentos que temos previstos pela frente nós estamos numa posição bastante confortável. Nós pretendemos estar ao longo do ano que vem com uma alavancagem não maior do que 1x, o que a gente considera que é uma posição bastante conservadora e adequada. E temos toda a parte de geração de caixa da companhia que suporta também a parte dos investimentos que nós estamos fazendo. Então para nós a posição está muito confortável, está convergindo exatamente para onde a gente queria que ela convergisse, que é estar alavancado em 1x. Sr. Eduardo: E essa expectativa de 1x não considera nenhum levantamento de capital, não é? Sr. Ramon: Não, não considera. Sr. Eduardo: Obrigado. Operadora: Com licença, nossa próxima pergunta vem do Sr. Carlos Louro, Credit Suisse. Com licença Sr. Carlos, a sua linha está aberta. Sr. Bruno XXX: Alô, bom dia a todos, quem fala na verdade é Bruno. Tudo bom Ramon? Basicamente uma pergunta só relacionada até ao assunto que o Eduardo Couto mencionou, que seria com relação ao endividamento de vocês. Dada essa última emissão de debêntures ao um custo razoavelmente bem atrativo, CDI + 0,8 e IPCA + 5 e pouquinho, vocês não vêem de certa forma talvez uma oportunidade para alavancar ainda mais o balanço, aumentar a sua base de capital investido e talvez surfar um pouco mais essa onda de crescimento e potencial pipeline de projetos que você está vendo para os próximos três anos ou você acha que isso não seria necessário? Sr. Ramon: Não, a gente não vê que haja necessidade disso não. Com essa captação que nós fizemos nós estamos bastante confortáveis em relação aos investimentos que pretendemos fazer em relação ao ano que vem. Não estamos vendo necessidade de nova captação para atender os investimentos que temos previstos para o ano que vem. Estamos em uma situação bem confortável. 6

7 Sr. Bruno: E só mais uma segunda pergunta: quando você olha para a parte de rental, o segmento de rental, você vê que houve realmente uma expansão nas receitas que são provenientes de serviços técnicos, vendas, etc. Qual patamar mais ou menos você acha que isso poderia estabilizar em cima das receitas de rental de fato? Sr. Ramon: Isso varia um pouco porque você pode ter em um determinado trimestre um maior número de vendas e em um outro você não vender tanto, então não é uma coisa muito linear. Mas você vai ver ao longo dos próximos anos um crescimento desse item de vendas e por quê? Porque nós estamos criando no mercado brasileiro um mercado de compra de equipamentos usados, ou seja, o que a gente está criando aqui é o que você vê nos Estados Unidos, onde uma parte significativa da receita vem da parte de venda de equipamentos usados. Você usa esses equipamentos durante alguns anos e você vai colocando ele à venda e com isso é uma fonte de receita e de rentabilidade bastante importante. Ela vai seguir ainda pelos próximos anos em valores baixos, e aqui nós não deveremos estar havendo mais de 10% da receita vindo dessa linha, e você só veria esse valor aumentar supondo que esse mercado atingisse uma maturidade. O mercado brasileiro a gente estima que vai estar maduro por volta de 2025 ou um pouco além, então ainda é muito cedo para a gente olhar essa linha como uma tendência muito forte de crescimento. Ela vai crescendo aos poucos ao longo dos anos à medida que mais empresas vão entrando nesse mercado e que a gente vai conseguindo criar um mercado de venda de equipamentos usados. Sr. Bruno: E com relação a esse mercado de equipamentos usados hoje qual seria o giro, enfim, de um equipamento seu? Quantos anos você leva para colocar isso à venda e qual seria uma depreciação para esse ativo? Sr. Ramon: Todo o nosso ativo ele é depreciado em dez anos. O que acontece é que uma máquina dessas ela pode durar até 15 anos, só que o que você tem é que conforme os anos vão passando as despesas com manutenção desses equipamentos vão aumentando. Então idealmente você deveria procurar vender esses equipamentos a partir, pelo menos, do terceiro ano. Mas só que você tem aí aquilo que te mencionei: isso em um mercado maduro é, vamos dizer assim, uma prática. As empresas procuram vender seus equipamentos - as empresas de ponta - vender seus equipamentos, entre três e cinco anos eles estão vendendo seus equipamentos. No Brasil isso vai demorar um pouco mais porque você precisa criar um mercado de venda de usados e isso vai demorar, como eu disse, um pouco mais de tempo. O que a gente tem é que a gente segue uma política bastante rígida de manutenção dos nossos equipamentos de tal forma que nós não tenhamos uma dificuldade em relação ao atendimento dos nossos clientes e nem tenhamos despesas exageradas em relação à manutenção dessa máquina. Porque isso é que nem um carro: se você faz a manutenção conforme o fabricante te recomenda você não têm muitos problemas; se você deixa os equipamentos sem uma manutenção preventiva o que acontece é que você lá na frente tem um problema maior, isso 7

8 faz com que a máquina fique parada por mais tempo e que você tenha um custo muito maior de manutenção dos equipamentos. Sr. Bruno: Certo. Só para finalizar uma última pergunta seria: daqui a dez anos então você deprecia esse ativo em dez anos, mas o valor residual que você considera na conta seria baseado em cima de que? Em cima de experiências passadas ou até mesmo em cima... porque o mercado lá fora ele é mais desenvolvido, então não sei se daria para usar isso como base. Sr. Ramon: O valor residual contábil seria zero após dez anos. Sr. Bruno: Mas o valor que você consegue de fato. Sr. Ramon: Que você consegue na venda do equipamento? Sr. Bruno: Exatamente. Sr. Ramon: Isso varia muito. Como nós compramos com um grande desconto em relação à maior parte dos nossos concorrentes nós temos uma lucratividade bastante interessante na venda de equipamentos usados, mas eu não posso te mencionar valor corretamente porque nós consideramos essa uma informação estratégica. Sr. Bruno: Tranquilo, obrigado. Operadora: Com licença, nossa próxima pergunta vem do Sr. João Carlos dos Santos, BTG Pactual. Sr. João Carlos dos Santos: Bom dia a todos. Eu queria fazer uma pergunta com relação ao ROIC consolidado, 14,5%. Teve um impacto claro da operação de serviços industriais, mas quando a gente olha a quebra há uma bela recuperação em construção em 18,3%, ou se vocês podem passar para a gente um pouco de qual a visibilidade, de como vocês estão vendo isso para o ano que vem e para os próximos anos notadamente em construção, que agora a gente já viu a utilização de capacidade vindo para caminhos bem melhores e agora você começa a colocar preço, enfim, quanto vocês acham que seria uma boa meta, um target para o ano que vem nas linhas e mais especificamente em construção. E a minha segunda pergunta ela tem um pouco a ver com toda essa discussão de Capex, não tanto na parte de financiamento mas mais olhando para esse ano mesmo. Vocês tiveram 221 milhões acumulados em nove meses e isso já é 86% do guidance daqueles 256 milhões que vocês colocaram, se vocês acham que vocês podem chegar a um número acima de 256 ou não, se teve alguma concentração nesse tri por conta de equipamento em rental, alguma coisa assim? Seriam essas as duas perguntas, obrigado. Sr. Ramon: Bom, falando em relação ao ROIC a tendência normal é que a divisão de construção ela evolua para um ROIC em torno de 20%, um pouco acima disso. Quando nós fazemos os nossos investimentos nós aprovamos os investimentos no conselho tendo uma TIR de pelo menos 20%. 8

9 Em geral os equipamentos da construção são os equipamentos que têm as maiores TIR, então a tendência é de que conforme esse mercado da construção está evoluindo, está crescendo, é que a gente tenha uma melhora da nossa taxa de ROIC convergindo para cerca de 20% no ano que vem. A outra sua pergunta foi relativa a Capex. Nós pretendemos chegar ao final do ano com basicamente esse valor que nós tínhamos dado de 256 milhões, e o que a gente está fazendo no momento é que nós já estamos começando a colocar pedidos nos nossos fornecedores para conseguir receber novos equipamentos a partir de janeiro do ano que vem. Então a nossa preocupação hoje em relação ao Capex é receber pelos equipamentos que já foram adquiridos agora nesse último trimestre, e já estamos colocando os pedidos relativos ao primeiro trimestre do ano que vem. No caso da Rental você viu, nós já colocamos pedidos que vão responder por praticamente uma grande parte dos investimentos relativos a Sr. João Carlos: Perfeito, mas a gente pode esperar que então a linha de... o dispêndio que você vai ter agora no terceiro trimestre ele deve ser bem menor do que você teve trimestralmente dada uma concentração maior até no terceiro tri... desculpa, no quarto trimestre, agora você tem um dispêndio menor e não vê estourar muito esses 256 para o ano agora não, não é? Quer dizer, aquilo que você recebe em janeiro na verdade isso já deve estar entrando no seu Capex lá para 2013, é isso? Sr. Ramon: Exatamente isso. Você tem no final do ano naturalmente por parte dos fabricantes uma diminuição de entrega, e também da nossa parte a gente tem aí... não é uma coisa sazonal, mas normalmente no final do ano você tem, por conta de um período bastante grande de festas e de dias de feriados (Natal, Ano Novo) você tem uma pequena redução na movimentação de equipamentos e com isso a gente procura privilegiar os primeiros trimestres nos investimentos e normalmente o último trimestre tem um investimento um pouco menor do que os trimestres anteriores. E como eu te disse o que a gente está focando agora é basicamente os pedidos, as entregas para que a gente comece o ano já em janeiro recebendo bastante equipamento e tendo condição de atender ao crescimento desses nossos mercados. Sr. Santos: Excelente Ramon, muito obrigado. Operadora: Com licença senhoras e senhores, por favor, caso queiram fazer perguntas via áudio, por favor, digitem asterisco um. Com licença, passo a palavra para Sra. Alessandra Gadelha com as perguntas da webcast. Sra. Alessandra Gadelha: Recebi duas perguntas na web sobre a área de serviços industriais, a primeira do Luís Carvalho da Tri Capital, a pergunta é qual a perspectiva dos serviços industriais e por que não está tão indo tão bem como as outras. Parabéns, obrigado. 9

10 E a segunda do Vinícius Silva da CQS que é: eu gostaria de perguntar quão representativo é o novo contrato para instalações offshore da divisão de serviços industriais. Sr. Ramon: Bom, em relação às perspectivas da divisão de serviços industriais o que nós estamos fazendo é fazer um processo de mudança em que nós estamos procurando sair de uma posição muito focada no mercado de onshore e aumentar a nossa exposição no mercado offshore, e isso porque nós entendemos que o mercado offshore ele proporciona maior rentabilidade, é onde você tem uma competição com empresas mais estruturadas onde você pode mostrar o seu serviço de uma forma mais completa e assim também melhorar a sua margem. É um ambiente muito mais difícil, muito mais complicado. Você tem que ter uma expertise grande na área de logística, na área de segurança, saber como trabalhar com a Petrobrás em um ambiente de plataformas no alto-mar e isso nós temos. Nós desde 1983 trabalhamos nesse mercado e já tivemos cerca de 400 pessoas embarcadas em plataformas de petróleo na construção de plataformas. Hoje temos cerca de 150 pessoas embarcadas na manutenção de plataformas basicamente na parte de acesso, trabalhamos com montagem e desmontagem de grandes andaimes nessas plataformas. E o nosso foco é não somente aumentar a nossa exposição nessa área de acesso, e aí esse contrato que eu mencionei é um contrato de cerca de três anos em que nós vamos trabalhar com diversas plataformas da Petrobrás e também nós estamos procurando incorporar outros serviços para aumentar o portfólio de serviços que a gente oferece nesse mercado de offshore. Então essa é a tendência. Nós não devemos ver, não deveremos ver nesse ano uma melhora substancial das margens, do resultado dessa divisão; mas entendemos que a partir do início do próximo ano essa divisão já começará a entregar margens que historicamente nós já tínhamos, como por exemplo, convergindo para margens da ordem de 14% tanto em ROIC como em margem Ebitda. E com o crescimento da nossa exposição no mercado de offshore essas margens deverão crescer. Isso não é um processo rápido, é um processo que leva algum tempo até mesmo porque você tem que incorporar novos serviços e você tem que conquistar novos contratos nessa área. Mas como esse mercado de offshore ele está com um crescimento bastante grande nós temos uma visão bastante otimista de que a margem dessa divisão, as margens dessa divisão vão evoluir para patamares que sejam do interesse da companhia já que hoje é que nós temos são margens bastante baixas, até porque estamos fazendo um turnaround nessa divisão. Operadora: Com licença, nossa próxima pergunta via áudio vem da Sra. Thais Correia, Goldman Sachs. 10

11 Sra. Thais Correia: Bom dia a todos. Ramon, só para confirmar então, pedir um pouquinho mais detalhes de curto prazo sobre serviços industriais, você acha que dá para a gente esperar níveis parecidos com esse trimestre ou talvez uma melhora marginal pensando, quem sabe em 3 milhões, 4 milhões de Ebitda para frente até que vocês voltem ao caminho de normalizar a margem de novo? O que daria para esperar no curto prazo para essa divisão? Sr. Ramon: O que a gente enxerga é o seguinte: você deverá, nos próximos trimestres, ver essa margem dessa divisão convergindo para algo como 14% de margem Ebitda e de ROIC, que é semelhante ao que a gente tinha antes de começarmos a fazer uma série de alterações nessa divisão. Isso é uma primeira etapa. Numa segunda etapa você vai ver essas margens convergirem para algo como 20% de ROIC e 25% de Ebitda, que é o que a companhia deseja para um tipo de serviço como esse, que é um serviço intensivo em capital. Mas esses níveis que eu estou te falando nós acreditamos que só deveremos estar conseguindo a partir de 2014 e por quê? Porque nós temos que introduzir novos serviços e a introdução de novos serviços não é uma coisa simples. Para você ter uma idéia, nós introduzimos a cerca de um ano atrás com um tipo de serviço que é o Mills Habitar, onde você confina determinado setor de uma plataforma de petróleo para fazer serviços a quente, que são solda e serviços similares, onde você tem a necessidade de ter aquela área protegida da entrada de gases o que faria, causaria uma explosão dentro da plataforma. Então esse tipo de equipamento ele permite a você fazer esse serviço sem parar a plataforma, ou seja, é uma vantagem bastante grande. Mas há um tempo relativamente grande para que você consiga fazer com que esse produto seja homologado, por exemplo, pelo SEQUI da Petrobrás. Nós levamos quase um ano para conseguir isso e somente agora é que a gente está em condições de oferecer esse tipo de equipamento em plataformas da Petrobrás. Então é um processo que não é um processo rápido, mas eu entendo que nós estamos no caminho que é um caminho que vai levar a atingirmos esses objetivos. Sra. Thaís: Tá ótimo, ficou claro, obrigada. Operadora: Com licença, lembrando que participantes conectados no exterior podem fazer perguntas normalmente em inglês. Para fazer uma pergunta, por favor, digitem asterisco um, e para retirar a sua pergunta da fila digitem asterisco dois. Com licença, encerramos nesse momento a sessão de perguntas e respostas. Gostaria de passar a palavra para o Sr. Ramon para as considerações finais. Por favor, pode prosseguir. Sr. Ramon: Eu gostaria de agradecer novamente a participação na conferência telefônica sobre os resultados da Mills no terceiro trimestre de A equipe de relações com investidores encontra-se à disposição para dúvidas ou esclarecimentos adicionais. Muito obrigado. 11

12 Operadora: A audioconferência da Mills está encerrada. Agradecemos a participação de todos e tenham uma boa tarde. Obrigada. 12