21 ABRIL Km (Ponta Delgada / Porto)

Transcrição

1

2 21 ABRIL Km (Ponta Delgada / Porto) Assim arrancamos nesta aventura começando por fazer o trilho de km Ponta Delgada / Porto num tempo canhão de 2h05m. Chegados á cidade nortenha, esperavam por nós o nosso Consultor de Seguros e também amante do BTT e associado do Clube Paulo Azevedo Almeida e o nosso amigo e motorista Jorge Ribeiro. Após a nossa chegada pelas 21:30 a primeira paragem foi para repor energias depois dos km feitos, com uma Francesinha á moda do Porto, seguindo-se a montagem e composição das Bikes para o arranque do dia seguinte. 2h da manhã foi a hora que deitamos a cabeça na almofada. RX

3 22 ABRIL 54 Km s (Porto / Barcelos) O dia amanheceu com um Sol esplendoroso a dar-nos as boas vindas ao nosso Caminho. Depois dos preparativos e as fotos da praxe e com o 1º carimbo na nossa Credencial pelas 10h15 partimos da Igreja da Sé no Porto. Por se situar num alto o arranque foi uma descida fantástica pelas ruas estreitas e empedradas da Sé, para então depois de descer voltarmos a subir vertiginosamente fazendo logo elevar no início as nossas pulsações bem alto.

4 Rui Silva José Carlos Jorge Ribeiro (Motorista) Bruno Correia

5 Jorge Ribeiro Bruno Correia José Carlos Mário Furtado Rui Silva Paulo Almeida Fernando Pimentel Foto de grupo Sé do Porto

6 Uns metros mais á frente tivemos o nosso primeiro episódio do dia quando ao passarmos numa zona movimentada de comercio (Cedofeita) o José Carlos sem querer deu um encosto de bike num velhote típico do Porto que sem mais rodeios desonrou o Zé e simpaticamente lhe disse: Carago pah!! hás de malhar com os cornos no chão, seu Azeiteiro, filho de, etc escusado será dizer que passados umas dezenas de metros mais á frente, o nosso amigo obediente como é, lá malhou e se estendeu no chão bem ao comprido!! felizmente, rapidamente se compôs e seguimos viagem! Apesar de termos o percurso em GPS, valeu-nos o conhecimento do Paulo Almeida para a saída no Porto desenrascar-nos por entre o trânsito e as pessoas, de forma a seguirmos as famosas marcas das setas amarelas. Sendo o primeiro dia um aperitivo para os dias seguintes, este foi o mais rolante e também de asfalto, tendo a nossa pernoita sido em Barcelos, onde a simpática rececionista do Hotel nos sugeriu irmos á Adega do Simões, onde comemoramos a nossa chegada do 1º dia e o aniversário do Bruno que atingiu as 32 primaveras neste dia. Recomendamos vivamente este local pelas iguarias que nos serviram e tratamento do seu gerente. 5 estrelas!!

7

8 ADEGA DO SIMÕES

9 23 ABRIL 66 Km s (Barcelos / Valença do Minho) Este era o dia que mais ânsia nos estava a gerar, fruto da extensão Vs piso do traçado onde íamos rolar, uma vez que iriamos ter de fazer a famosa e bombástica Serra da Labruja! Uma vez mais fomos brindados com um amanhecer magnífico prevendo-se assim um dia longo e com muito calor. Com a nossa partida pelas 9:30h, durante toda a manhã fomo-nos cruzando com vários grupos de peregrinos/as que sozinhos ou em grupo lá iam fazendo a sua peregrinação. É de salientar o espirito de camaradagem, simpatia e interesse de todos e apesar das várias nacionalidades todos nós nos entendíamos.

10

11 Após uma manhã a rolar em terra e longe da civilização e com paisagens fantásticas e que transmitiam muita Paz e sossego, lá chegamos a Ponte de Lima, onde encontramos um Snack-bar com um cardápio muito interessante, tendo ficado decidido que seria ali que iriamos confortar o estomago. À nossa espera já lá estava o Jorge Ribeiro(Motorista) pontualíssimo como já era hábito.

12 Terminado o almoço volante, era hora de nos metermos a caminho, porque pela frente tínhamos a Serra da Labruja e as histórias que conhecíamos da mesma que agora íamos confirmar Efetivamente era tudo verdade! Se no inicio da mesma e apesar das grandes e inclinadas subidas algumas ainda conseguíamos ir em cima da bike, já no final e tal eram as pedras/pedregulhos, o melhor mesmo foi trocar de posição e passarmos para debaixo da bike, ou seja carrega-la ás costas!

13

14 Sensação de vitória chegar ao cimo da Serra e olhar em nosso redor e sermos brindados com uma paisagem lindíssima e de um sossego incrível onde só a Natureza é rainha e senhora! E como tudo o que sobe tem de descer era hora de descer e assim vingar-nos da Labruja e assim foi! Com Valença do Minho a espreitar no horizonte, lá chegamos ao nosso destino do dia, para á noite termos o nosso jantar no Solar do Bacalhau a fim de repormos todas as energias perdidas durante o árduo dia que tivemos.

15 24 ABRIL 58 Km s (Valença do Minho / Pontevedra) Máquinas e corpos preparados. 9:30h era hora de partir. O Sol novamente seria nosso companheiro durante todo o dia e já em terras de nuestros hermanos, passado que estavamos cerca de 2 km á saída do Hotel.

16 Se enquanto andamos em solo Português todo o caminho está muito bem sinalizado e visível com as setas amarelas, mal entramos em solo Espanhol tal já não é verdade. As marcações são deficientes e por vezes pouco visíveis, mas lá nos desenrascamos e o GPS e a boca para perguntar, foram aliados que nos ajudaram nos primeiros km. Este foi um dia tranquilo intervalado entre terra e algum asfalto e ambiente rural e algum industrial. O local para almoço e encontro com o Jorge foi em Redondela. Uma vez mais lá estava o homem com o seu ar tranquilo e de controlo absoluto á nossa espera.

17

18 A parte da tarde passou rápido e chegamos em boa hora a Pontevedra onde alguns e já com um certo cansaço foram a massagens ás pernas! Pelo relato da massagem, só não choraram de dor, tal foi a força da massagem porque era uma simpática senhora e deste modo iriam corar e ficar envergonhados! Porque tínhamos 2 caçadores entre nós (José Carlos e Jorge Ribeiro) o jantar estava marcado para o Parrillada San Blas onde o proprietário e cozinheiro também era um fanático pela caça escusado será dizer que estavam reunidos todos os ingredientes para sermos mais bem tratados e assim foram uns bombásticos Chuletons entre outras variedades os pratos da noite.

19 25ABRIL 66 Km s (Pontevedra / Santiago Compostela) Para não destoar dos dias anteriores, o dia amanheceu com Sol radiante para nos acompanhar neste ultimo dia a pedalar. Pela frente tínhamos um dia passado em terra e maioritariamente muito acessível e com inclinação reduzida. Passando por Caldas de Reis, o encontro para o almoço estava marcado para Padron. Após o almoço que desta vez foi mais tranquilo e sossegado e com uma promessa feita pelo José Carlos que se aqui chegasse enchia o seu bidon não de água mas de cerveja para lhe acompanhar nos últimos 24 km s que nos restavam até Santiago. Promessa feita, promessa cumprida! O bidon tal era o calor creio não ter feito nem 15 km s e já vazio estava!

20 Com os últimos Km s a serem atingidos a meta estava quase á nossa beira e os últimos 5 km foram feitos num ritmo mais tranquilo e depois de termo-nos deparado com uma inclinada subida á entrada da cidade Santiago. Já vislumbrando o topo da Catedral a meio da cidade, começava a entranhar-se em nós o sentimento de dever cumprido. A entrada na Praça do Obradoiro gerou sentimentos e emoções fortes, afinal tratava-se de finalizar o Caminho Português até Santiago de Compostela em BTT! Alegria, boa disposição e muita energia positiva são os sentimentos que nos invadem ao chegarmos e depararmo-nos com a Catedral á nossa frente.

21

22

23 É fantástico olhar em nossa volta e vermos outros peregrinos ora a pé, ora de bicicleta e de outras nacionalidades e Caminhos a chegarem e demonstrarem também a sua alegria e energia. Manda a praxe ir-mos receber o nosso ultimo carimbo na Credencial do Peregrino e levantar a nossa Compostela e visitar a Catedral e agradecer o Caminho que fizemos e passar a mão sobre a imagem assim o fizemos.

24 O final da tarde ficou reservado para um passeio a pé pela cidade. 20:30 hora marcada para o jantar no restaurante O Dezasseis referenciado por alguns colegas e amigos e do qual também recomendamos.

25 26 ABRIL de carro! (Santiago / Vigo) Se nos dias anteriores e durante toda a nossa Peregrinação o Sol fez-nos sempre companhia, já neste dia o mesmo escondeu-se e até orvalhou sobre a manhã e o vento soprava frio e com alguma intensidade. 10:30 h, após a logística toda (des)montada e com a perícia do nosso MacGyver Jorge Ribeiro lá conseguiu-se arrumar tudo dentro da carrinha. Era hora de partir.

26 O restante do dia foi de lazer e descanso em Vigo e á noite o jantar e conforme a variedade e abundancia neste local, o prato da noite foi uma grande mariscada!

27 27 ABRIL (Vigo / Porto / Ponta Delgada) De manhã cedo arrancamos para o Porto onde em casa do Paulo Almeida primeiro tivemos de desmontar e encaixotar as bikes para então depois e com a simpática família do Paulo que muito bem nos recebeu (obrigado pela hospitalidade) sermos presenteados com um saborosíssimo Arroz de Cabidela (a estreia de alguns), bem com uns enchidos e um belo churrasco, tudo regado com bom vinho.

28 E porque a hora ia adiantada, lá partimos com destino ao Aeroporto onde antes pelo caminho fizemos um pequeno desvio até S. Tiago Melres, até á casa dos Sogros do Fernando onde novamente fomos muito bem recebidos com muita simpatia, enchidos e bom vinho

29 E porque o avião não esperava por nós, lá tivemos de arrancar e cheios de comida e vinho até ás orelhas para o Aeroporto onde partimos pelas 21:00h com destino a casa (Ponta Delgada Açores) Assim foi o nosso Diário de Bordo

30 TOTAL 4 DIAS = 244 Km TEMPO A PEDALAR: 18 h 20 m AVARIAS = NADA! FUROS = ZERO! O MELHOR = Amizade, Entreajuda, excelente e boa disposição, desafio atingido, fantásticos jantares! O PIOR = Ter acabado!! queríamos mais. * ESPECIAL AGRADECIMENTO * Ao Clube MillenniumBCP na pessoa do sempre disponível e prestável MANEL RODRIGUES, bem como ao nosso dinamizador regional RUI BRANCO; Ao nosso JORGE RIBEIRO pela paciência e disponibilidade em nos acompanhar como Motorista ; E por fim, aos 6 ciclistas por terem embarcado num dos meus sonhos e juntos termos chegado ao nosso destino sãos e salvos, reinando sempre a boa disposição. RUI SILVA, 21/27 Abril de 2013

31