Plano de Manejo da Reserva Biológica Maicuru ANEXOS

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1 Plano de Manejo da Reserva Biológica Maicuru ANEXOS Belém Maio 2011

2 2 CI / Adriano Gambarini Sumário 3 Plano de Manejo da Reserva Biológica Maicuru Anexo ANEXO 1 ANEXO 1 Diagnóstico da Biodiversidade das Unidades de Conservação Estaduais do Mosaico Calha Norte, estado do Pará Reserva Biológica Maicuru 5 ANEXO 2 Ocorrência de espécies na Reserva Biológica Maicuru 73 Plano de Manejo da Reserva Biológica Maicuru Anexo ANEXO 1 ANEXO 3 Relatório da Oficina de Pesquisadores 91 ANEXO 4 Relatório da Oficina de Planejamento Participativo 105 ANEXO 5 Decreto Estadual de criação da Reserva Biológica Maicuru 125

3 4 5 CI / Adriano Gambarini Plano de Manejo da Reserva Biológica Maicuru Anexo 2 ANEXO 1 Diagnóstico da Biodiversidade das Unidades de Conservação Estaduais do Mosaico Calha Norte, estado do Pará Reserva Biológica Maicuru Plano de Manejo da Reserva Biológica Maicuru Anexo 2

4 6 Autores e participantes 1 Autores e Participantes 7 1Alexandre Aleixo (Coordenador Científico, Pesquisador Avifauna & Mastofauna, Editor do relatório final) Coordenação de Zoologia - Ornitologia Museu Paraense Emílio Goeldi MCT/MPEG aleixo@museu-goeldi.br Luciano Fogaça de Assis Montag (Pesquisador Ictiofauna) Instituto de Ciências Biológicas Universidade Federal do Pará lfamontag@gmail.com Wolmar Benjamin Wosiacki (Pesquisador Ictiofauna) Coordenação de Zoologia Ictiologia Museu Paraense Emílio Goeldi MCT/MPEG wolmar@museu-goeldi.br Marinus S. Hoogmoed (Pesquisador Colaborador Herpetofauna) Coordenação de Zoologia Herpetologia Museu Paraense Emílio Goeldi MCT/MPEG marinus@museu-goeldi.br Wáldima Alves da Rocha (Bolsista do projeto Calha Norte Herpetofauna) Coordenação de Zoologia Herpetologia Museu Paraense Emílio Goeldi MCT/MPEG waldima@gmail.com Fabíola Poletto (Pesquisadora colaboradora Avifauna) Coordenação de Zoologia - Ornitologia Museu Paraense Emílio Goeldi MCT/MPEG fpoletto@hotmail.com Rodrigo Teixeira D Alincourt Fonseca (Pesquisador Colaborador Mastofauna) Coordenação de Zoologia Mastozoologia Museu Paraense Emílio Goeldi MCT/MPEG rdalincourt@yahoo.com.br Marcio Roberto Pietrobom da Silva (Bolsista do projeto Calha Norte Botânica) Coordenação de Botânica Museu Paraense Emílio Goeldi MCT/MPEG pietrobomsilva@yahoo.com Maria Goreti Coelho de Souza (Pesquisadora Colaboradora Botânica) Secretaria Executiva de Educação do Estado do Pará SEDUC goretisouza@yahoo.com.br Roberta de Fátima Rodrigues Coelho (Pesquisadora Colaboradora Botânica) Escola Agrotécnica Federal de Castanhal EAFC roberta.fatimacoelho@gmail.com Auristela do Carmo (Bióloga SEMA) Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Estado do Pará SEMA auriscarmo@yahoo.com.br Taxidermistas Arlindo Pinto de Souza Jr. Nilton Santa-Brigida Fábio Ribeiro Silva (Pesquisador Colaborador Ictiofauna) Coordenação de Zoologia - Ictiologia Museu Paraense Emílio Goeldi MCT/MPEG fabioriba@yahoo.com.br Maria de Fátima Cunha Lima (Pesquisadora Avifauna) Coordenação de Zoologia - Ornitologia Museu Paraense Emílio Goeldi MCT/MPEG flima@museu-goeldi.br CI / Adriano Gambarini Tiago Magalhães da Silva Freitas (Aluno Mestrado Ictiofauna) Coordenação de Zoologia - Ictiologia Museu Paraense Emílio Goeldi MCT/MPEG tmsfreitas86@yahoo.com.br Marcelo de Castro Silva (Bolsista do projeto Calha Norte Logística e Avifauna) Coordenação de Zoologia Ornitologia Museu Paraense Emílio Goeldi MCT/MPEG mcsbio2003@yahoo.com.br Luiz Antonio Peixoto (Estagiário Ictiofauna) Coordenação de Zoologia - Ictiologia Museu Paraense Emílio Goeldi MCT/MPEG papaumzinho@hotmail.com Rogério Vieira Rossi (Pesquisador Colaborador Mastofauna) Coordenação de Zoologia Mastozoologia Museu Paraense Emílio Goeldi MCT/MPEG rogerrossi@gmail.com Arthur Brasil Araújo (Estagiário Ictiofauna) Coordenação de Zoologia - Ictiologia Museu Paraense Emílio Goeldi MCT/MPEG arthur-brasil-araujo@yahoo.com.br Cleuton Lima Miranda (Pesquisador Colaborador Mastofauna) Coordenação de Zoologia Mastozoologia Museu Paraense Emílio Goeldi MCT/MPEG cleutonlima@yahoo.com.br Teresa Cristina Sauer de Ávila-Pires (Pesquisadora Herpetofauna) Coordenação de Zoologia Herpetologia Museu Paraense Emílio Goeldi MCT/MPEG avilapires@museu-goeldi.br Lepidothrix serena

5 8 2 Perfil das Organizações Participantes 2 Perfil das organizações Participantes 9 MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI O Museu Paraense Emílio Goeldi/MPEG é um instituto de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia/MCT devotado a investigar o homem e a natureza na Amazônia. Desde os seus primórdios, no final do século XIX, as expedições biológicas organizadas pela instituição constituíram o esteio do conhecimento sobre espécies e suas distribuições geográficas na Amazônia brasileira. Pouco mais de um século depois, a Amazônia se converteu na mais recente fronteira agrícola nacional e num pólo minerador e gerador de energia elétrica e combustíveis fósseis para todo o Brasil, ao passo que, ao longo do mesmo período, o aprimoramento do conhecimento básico sofre a sua diversidade biológica não acompanhou nem de perto o mesmo ritmo do desenvolvimento econômico da região. Com o objetivo de preencher esta lacuna, o MPEG estruturou um moderno programa de Expedições Biológicas, cujo principal objetivo é realizar inventários detalhados e sistematizados da biodiversidade de vários pontos da região amazônica, com vistas a gerar, organizar e tornar disponível, informações inéditas e de alta qualidade sobre essa biodiversidade, contribuindo assim para o subsídio de políticas públicas que compatibilizem o uso sustentado e a conservação dos recursos biológicos existentes na região. O grande diferencial deste programa frente à ações isoladas de inventários biológicos rápidos realizados por demandas específicas e pontuais de vários setores da sociedade, atualmente em curso em vários pontos da Amazônia, é a conexão entre a realização do inventário propriamente dito por uma equipe de profissionais altamente experiente e qualificada e a coleção científica de espécimes e material genético destinados à coleções biológicas, elementos estes essenciais nas revisões taxonômicas modernas, que incorporam técnicas da biologia molecular às técnicas tradicionais, permitindo uma resolução inédita sobre a riqueza e distribuição de espécies dos diferentes grupos biológicos. MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI MPEG Av. Magalhães Barata, 376- S. Braz- Belém PA - Brasil Telefone (91) fax: + 55 (91) UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ A Universidade Federal do Pará é uma instituição federal de ensino superior, organizada sob a forma de autarquia, vinculada ao Ministério de Educação e Cultura (MEC) através da Secretaria de Ensino Superior (SESu). O princípio fundamental da UFPA é a integração das funções de ensino, pesquisa e extensão. Tem como missão gerar, difundir e aplicar o conhecimento nos diversos campos do saber, visando a melhoria da qualidade de vida do ser humano em geral, e em particular do amazônida, aproveitando as potencialidades da região, mediante processos integrados de ensino, pesquisa e extensão, com princípios de responsabilidade, de respeito à ética, a diversidade biológica, étnica e cultural, garantindo a todos o acesso ao conhecimento produzido e acumulado, de modo a contribuir para o exercício pleno da cidadania mediante formação humanística, crítica, reflexiva e investigativa, preparando profissionais competentes e atualizados para o mundo. A UFPA, hoje, é uma das maiores e mais importantes instituições do Trópico Úmido, abrigando uma comunidade composta por mais de 50 mil pessoas assim distribuídas: professores, incluindo efetivos do 3º grau, efetivos do ensino básico, substitutos e visitantes; servidores técnico-administrativos; alunos de cursos de Pós-graduação, sendo estudantes de cursos de pós-graduação stricto sensu; alunos matriculados nos cursos de graduação, na capital e no interior do Estado; alunos do ensino fundamental e médio, da Escola de Aplicação; alunos dos Cursos Livres oferecidos pelo Instituto de Letras e Comunicação Social (ILC), Instituto de Ciência da Arte (ICA), Escola de Teatro e Dança, Escola de Música e Casa de estudos Germânicos, além de 664 alunos nos cursos técnico profisionalizantes do ICA. Oferece 338 cursos de graduação e 39 programas de pós-graduação, com 38 cursos de mestrado e 17 de doutorado (obs.: dados referentes a abril de 2008). UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ UFPA Rua Augusto Corrêa, 01 - Guamá. CEP Caixa postal 479.PABX Belém - Pará Brasil CONSERVAÇÃO INTERNACIONAL CI CI / Adriano Gambarini A missão da Conservação Internacional (CI) é preservar a biodiversidade global e demonstrar que as sociedades humanas podem viver em harmonia com a natureza. A CI é uma organização privada, sem fins lucrativos, dedicada à conservação e utilização sustentada da biodiversidade. Fundada em 1987, em poucos anos a CI cresceu e se tornou uma das mais eficientes organizações ambientalistas do mundo. Atualmente, trabalha para preservar ecossistemas ameaçados de extinção em mais de 30 países distribuídos por quatro continentes. A organização utiliza uma variedade de ferramentas científicas, econômicas e de conscientização ambiental, além de estratégias que ajudam na identificação de alternativas que não prejudiquem o meio ambiente. No Brasil, o primeiro projeto de conservação da CI teve início em A CI-Brasil tem sede em Belo Horizonte-MG e possui outros escritórios localizados em Brasília- -DF, Belém-PA, Campo Grande-MS e Salvador-BA. CONSERVAÇÃO INTERNACIONAL Escritório Regional da Amazônia Rua Antonio Barreto, 130-4o andar - Sala Umarizal Belém - Pará -Brasil Fone/fax: (55 91)

6 R 10 2 Perfil das organizações Participantes 3 Sumário da Expedição 11 Figura 1 Mosaico de unidades de conservação da Calha Norte no estado do Pará, mostrando a localização da REBIO Maicuru em relação a outras unidades do mosaico. Guiana Trombetas-Mapuera (4,0 milhões ha) Nhamundá Mapuera (1,0 milhão ha) Flota de Faro (0,6 milhão ha) Esec do Grão Pará (4,2 milhões ha) Flota do Trombetas (3,2 milhões ha) Rebio Trombetas (0,4 milhão ha) Suriname Zo É (0,6 milhão ha) Tumucumaque (3,1 milhões ha) Rio Paru d Este (1,2 milhão ha) Flona da Mulata (0,2 milhão ha) Guiana Francesa Rebio Maicuru (1,2 milhão ha) Brasil América do Sul AMAPÁ Flota do Paru (3,6 milhões ha) Esec do Jari (0,2 milhão ha) Este relatório é referente à um Inventário Ecológico Rápido (RAP) realizado na Reserva Biológica do Maicuru (daqui em diante denominada REBIO Maicuru), município de Almeirim, entre os dias 22 de outubro a 5 de novembro de 2008 e que contou com equipes de ictiologia, herpetologia, ornitologia, mastozoologia e botânica. A REBIO Maicuru conta com cerca 1,15 milhões de hectares e abrange os municípios de Almeirim (94,4%) e Monte Alegre (5,6%) no estado do Pará. A REBIO Maicuru foi criada pelo governo do Pará em dezembro de 2006 como parte de um grande mosaico de Unidades de Conservação no trecho paraense da calha norte do Rio Amazonas (Figura 1). A área da REBIO Maicuru está 100% inserida na zona destinada à criação de unidades de conservação no estado do Pará de acordo com as diretrizes do Macrozoneamento Ecológico-Econômico do estado (lei estadual nº 6.745/05). A REBIO Maicuru incorpora porções importantes das bacias hidrográficas dos rios Maicuru, Paru e Jari, além de fazer limites com as seguintes terras indígenas e unidades de conservação que, juntas, integram o maior corredor de unidades de conservação de florestas tropicais do mundo: Parque Indígena do Tumucumaque, Terra Indígena Rio Paru D Este, Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e Floresta Estadual do Paru. Nas figuras 2, 3 e 4 mostradas abaixo são apresentados, respectivamente: a) a localização do sítio onde ocorreu o RAP na REBIO Maicuru; b) a carecterização altitidinal, e c) a caracterização vegetacional deste sítio. Figura 2 Localização do sítio de amostragem do Inventário Ecológico Rápido (RAP) conduzido na REBIO Maicuru no período de 22 de outubro a 5 de novembro de O acampamento utilizado durante o RAP situava-se nas coordenadas 00o49 N e 53o55 W no município de Almeirim, Estado do Pará. 56 0'0"W 2 0'0"N 55 0'0"W 54 0'0"W 53 0'0"W 2 0'0"N Estradas AMAZONAS Sedes Municipais Limite Municipal Oficiais Não-oficiais Flona de Saracá-Taquera (0,4 milhão ha) Oriximiná Faro Terra Santa Juruti Desmatamento até 2006 Terras Quilombolas Óbidos Curuá APA Paytuna (0,06 milhão ha) Alenquer Santarém Áreas Protegidas Terras Indígenas UC - Proteção Integral PFS Monte Alegre (0,006 milhão ha) Monte Alegre Prainha km 1 0'0"N TI Parque Indígena do Tumucumaque REBIO Maicuru!( PN Montanhas do Tumucumaque AMAZONAS PARÁ AMAPÁ 1 0'0"N UC - Uso Sustentável TI Rio Paru d Este ESEC Grão-Pará RIO JARI RDS Rio Iratapuru 0 0'0" FLOTA Trombetas TI Zo é 0 0'0" RIO PARU DE ESTE FLOTA Parú ESEC Jari RIO MAICURU Km FLOTA Parú 56 0'0"W 55 0'0"W 54 0'0"W 53 0'0"W RIO CUMINAPAN

7 12 3 Sumário da Expedição Guiana 3 Sumário Suriname Francesa da Expedição 13 Brasil Figura 3 Altimetria do sítio de amostragem do Inventário Ecológico Rápido (RAP) conduzido na REBIO Maicuru no período de 22 de outubro a 5 de novembro de T1, T2, T3 e T4 referem-se às trilhas utilizadas para o RAP. 0 55'0"N 0 52'30"N Rebio Maicuru 54 2'30"W Figura 4 Fitofisionomias encontradas no sítio de amostragem do Inventário Ecológico Rápido (RAP) conduzido na REBIO Maicuru no período de 22 de outubro a 5 de novembro de T1, T2, T3 e T4 referem-se às trilhas utilizadas para o RAP. PARÁ 54 0'0"W AMAPÁ 53 57'30"W Rio Ipitinga 53 55'0"W 53 52'30"W 53 50'0"W 53 47'30"W 0 55'0"N 0 52'30"N 0 50'0"N 0 50'0"N 0 47'30"N 0 47'30"N 0 45'0"N 0 45'0"N 54 2'30"W 54 0'0"W 53 57'30"W 53 55'0"W 53 52'30"W 53 50'0"W 53 47'30"W 0 2, Km

8 4 14 Principais resultados 5 Conclusões e Recomendações Conservacionistas Gerais 15 Ictiofauna - Peixes Durante a campanha foram coletados 2535 indivíduos de peixes pertencentes a 88 espécies/ morfoespécies distribuídas em 19 famílias e seis ordens. O material coletado durante a expedição se encontra depositado na coleção de peixes do MPEG, necessitando de uma maior atenção no que diz respeito à taxonomia e identificação de novas espécies, principalmente dos grandes grupos da ictiofauna amazônica: Characidae, Cichlidae e Loricariidae. Herpetofauna Répteis e anfíbios Durante o período de coleta foram registradas 65 espécies de répteis e anfíbios (19 famílias), sendo 31 de anfíbios anuros (seis famílias), 21 espécies de lagartos (seis famílias), 10 espécies de serpentes (quatro famílias), duas espécies de quelônios (duas famílias) e uma espécie de crocodiliano (uma família). Uma espécie de sapo fossorial da família Microhylidae (Chiasmocleis sp.) e uma espécie pequena de Scinax registrados durante a expedição provavelmente ainda não são descritos, tratando-se possivelmente de novas espécies. Avifauna Aves e pássaros De um total de 302 espécies de aves registradas durante os trabalhos de campo, 58 podem ser consideradas de especial interesse para conservação. Registros obtidos para algumas espécies (Colaptes rubiginosus, Cercomacra nigrescens, Synallaxis macconnelli, Cranioleuca gutturata, Phyllomyias griseiceps, Pachyramphus viridis griseigularis, Parula pitiayumi e Euphonia plumbea) constituem extensões de distribuição bastante significativas para a região da Calha Norte no Brasil. Mastofauna - Mamíferos Durante os trabalhos de campo foram registradas 33 espécies de mamíferos distribuídas em oito ordens. Das 33 espécies registradas, 13 (cerca de 40%) podem ser consideradas de especial interesse para a conservação, atestando o valor da REBIO Maicuru como um sítio importante para a conservação de mamíferos. Registros com uma espécie de rato-de-bambú (Dactylomys sp.) constituem uma importante extensão da distribuição conhecida da espécie na Amazônia. Botânica - Plantas Para a REBIO Maicuru foram registradas 88 espécies de pteridófitas (uma família, um gênero e três espécies de licófita; 16 famílias, 34 gêneros e 85 espécies de monilófitas). Um levantamento fitossociológico focado nas espécies de fanerógamas amonstrou 1551 indivíduos, entre espécies s e s, pertencentes a 306 espécies, distribuídas em 161 gêneros e 60 famílias. Com base nestes resultados e outros estudos, verificou-se que a área possui alta representatividade, quanto ao número de famílias, gêneros e espécies. Ictiofauna - Peixes Durante o RAP não foram coligidas espécies que figuram na Instrução Normativa Nο 203, de 22 de outubro de 2008, emitida pelo IBAMA, e que dispõe sobre as normas, critérios e padrões para a explotação com finalidade ornamental e de aquarofilia de peixes nativos ou exóticos de águas continentais. Do mesmo modo, não foram registradas espécies endêmicas do planalto das Guianas, mas um estudo mais aprofundado do material coletado e depositado na coleção ictiológica do MPEG pode levar a descrição de novas espécies, algumas possivelmente endêmicas da região das Guianas. Herpetofauna Répteis e anfíbios Nenhuma espécie registrada para a área de estudo faz parte da lista nacional de espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção (www. mma.gov.br/port/sbf/fauna/ index.cfm); da lista vermelha de espécies ameaçadas da IUCN ( ou da lista de espécies ameaçadas para o Estado do Pará ( Quatro répteis (Iguana iguana, Corallus hortulanus, Chelonoidis denticulata e Caiman crocodilus) e dois anfíbios (Allobates femoralis e Epipedobates hahneli) constam no Apêndice II da CITES ( app/e-appendices.pdf). A REBIO Maicuru abriga algumas espécies de valor cinegético o jabuti Chelonoidis denticulata, o jacaré Caiman crocodilus e os lagartos Iguana iguana e Uranoscodon superciliosus, além dos sapos Dendrobatidae Allobates femoralis e Epipedobates trivittatus e da perereca Phyllomedusa bicolor, apreciados como animais de terrrário e de interesse farmacêutico, por possuírem diversas toxinas na pele. Essas espécies devem ser monitoradas para se verificar se estão sob pressão de caça ou captura. Avifauna Aves e pássaros pelo registros com várias espécies indicadoras de boa qualidade ambiental, o que indica que atividades humanas na unidade como a formação de garimpos, por exemplo, podem ter um impacto bastante local. Recomenda-se que estudos futuros na unidade envolvendo a avifauna se concentrem no impacto local das atividades garimpeiras sobre a comunidade de aves. Mastofauna - Mamíferos Apesar de ter sido realizada apenas uma amostragem rápida, os resultados obtidos neste estudo demonstram que a REBIO Maicuru detém uma rica mastofauna com 13 espécies de especial interesse para a conservaçãode mamíferos, incluíndo três (tamanduá-bandeira - Mymercophaga tridactyla, onça-pintada - Panthera onca e sussuarana Puma concolor) consideradas ameaçadas de extinção na listas da fauna brasileira ameaçadas de extinção (MMA, 2003) e da fauna ameaçada do Estado do Pará (SEMA, 2007). Além disso, a presença regular de espécies de alto valor cinegético como a coamba ou coatá (Ateles paniscus), indica que a pressão de caça dentro da unidade é ainda modesta. Portanto, a REBIO Maicuru pode desempenhar um papel chave na conservação da mastofauna da região da Calha Norte paraense e, de maneira mais ampla, contribuir para a conservação das populações de mamíferos da área de endemismo das Guianas. Recomenda-se o monitoramento contínuo da mastofauna da área, com um enfoque na ampliação do levantamento da mastofauna e realização de censos das espécies de grandes mamíferos de interesse cinegético. Botânica - Plantas A REBIO Maicuru encontra-se em excelente estado de conservação como atestado pela grande representatividade de várias famílias de pteridófitas como Hymenophyllaceae e pelos altos valores de riqueza e diversidade para as angiospermas. Das 302 espécies de aves registradas na REBIO Maicuru, nenhuma é atualmente considerada ameaçada de extinção. Apenas o uiraçu-falso (Morphnus guianensis) é listado na categoria quase-ameaçada ( near-threatened ) pela IUCN (2008). Apesar disso, a avifauna registrada revelou que a unidade se encontra ainda em excelente estado de conservação, como atestado Das 306 espécies de angiospermas registradas na REBIO Maicuru, seis são consideradas ameaçadas de extinção, o que torna a unidade importante para a preservação destas espécies, além do potencial de contribuir para a realização de estudos ligados aos seus respectivos planos de manejo.

9 6 16 Ictiofauna 6 ICTIOFAUNA 17 Tabela 1.1 Código, coordenadas e tipo de ambiente das estações de coleta estabelecidas na avaliação da ictiofauna da REBIO Maicuru. Introdução A bacia Amazônica e as demais bacias que fazem parte do bioma Amazônia concentram a maior riqueza de peixes de água doce do mundo. Estima-se que possam existir entre 3500 e 5000 espécies de peixes na Amazônia (Bohlke et al., 1978; Malabarba et al., 1998). Ainda sem descrição taxonômica, muitas espécies se encontram em coleções de museus, sendo analisadas ou a espera de identificação, enquanto outras provavelmente ainda não foram encontradas na natureza. Ainda que a maioria dos estudos de ictiofauna desenvolvidos até o presente na Amazônia enfoque grandes rios e espécies explotadas comercialmente (Paiva, 1983; Ferreira et al., 1998; Sabino & Zuanon, 1998). Pesquisas sobre distribuição espacial e estrutura de comunidades de peixes em pequenos igarapés, realizadas recentemente, vem aumentado significativamente o número de espécies para a maior bacia hidrográfica do mundo (Bührnheim, 1999; Bührnheim & Cox- -Fernandes, 2003), porém este número parece ser ainda um sub-estimativa desta rica ictiofauna, e as atividades antrópicas, mesmo que planejadas como no caso de áreas de concessão florestal, em áreas de proteção ambiental, podem estar gerando a perda de uma biodiversidade ainda desconhecida pela ciência. Na Amazônia, a grande extensão geográfica das bacias, aliada à condições climáticas favoráveis proporciona a formação de uma variedade de ambientes que sustentam comunidades ricas em organismos aquáticos. Como descrito por Goulding (1980); Goulding (1988) e Lowe & Mc- Connell (1999), muitos peixes amazônicos apresentam adaptações relacionadas a estes ambientes como órgãos respiratórios acessórios semelhantes a pulmões, que permitem a respiração do ar atmosférico garantindo a sobrevivência de organismos adaptados a ambientes com baixo teor de oxigênio dissolvido; adaptações ecomorfológicas a vida em ambientes de alta energia como corredeiras; adaptações ao pulso de inundação como migrações alimentares e reprodutivas, ou adaptações que permitem a certas espécies passar por estiagens em poças isoladas no meio da floresta. De acordo com Sioli (1967, 1968), os rios amazônicos são classificados em três tipos quanto à cor das águas: há os rios de água branca, cujo maior exemplo é o rio Amazonas, de coloração barrenta devido a grande quantidade de sedimentos trazidos dos terrenos geologicamente jovens de suas nascentes nos Andes; os rios de água clara, como o rio Tapajós, que por terem nascentes em terrenos geológicos antigos carreiam baixa quantidade de sedimentos conferindo a água maior transparência; e os rios de água preta, como o rio Negro, que apresentam esta coloração devido aos ácidos húmicos e fúvicos diluídos na água, provenientes da decomposição de matéria orgânica da floresta. As características da água também moldam as comunidades de peixes, que para colonização desses habitats, desenvolveram diferentes estratégias adaptativas sob a influência da disponibilidade de minerais, nutrientes orgânicos, presença de algas, características de ph, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica e temperatura. A REBIO Maicuru está localizada na porção nordeste do estado do Pará (Figura 1, página VIII). Em seu territórios se encontram as bacias dos rios Ipitinga, Maicuru, Paru e Jari. Neste relatório são apresentados os resultados referentes à avaliação da ictiofauna da REBIO Maicuru. A avaliação foi realizada com base em uma campanha ocorrida na estação seca no mêses de outubro e novembro de Foram feitas amostragens no rio Ipitinga e igarapés em diversos pontos dentro da referida unidade de conservação. O objetivo do estudo foi fornecer embasamento técnico para a elaboração do plano de manejo da REBIO Maicuru. Material e métodos No intuito de obter uma descrição dos corpos d água amostrados, foram mensurados alguns parâmetros abióticos dos igarapés, a saber: largura, profundidade, ph, condutividade e temperatura. A amostragem foi concentrada em igarapés de pequeno porte, apresentando aproximadamente quatro metros de largura e 0,4m de profundidade, temperatura média de 24,5ºC, condutividade de 90 mv e ph ácido de 4,3. No total, as coletas foram realizadas em sete igarapés, duas praias e uma área alagada, denominada igapó (Tabela 1.1). Nas coletas, realizadas dos dias 23 a 30 de outubro de 2008, foram utilizados métodos tradicionais de coleta de peixes que abrangem rede de arrasto, redes de mão e redes de espera (Figura 1.1). As redes de mão ou peneiras tinham 50 cm de diâmetro e tela metálica de malha cinco milímetros. As redes de arrastos possuíam dois metros de comprimento e dois metros de altura (igarapés) e cinco metros de comprimento e dois metros de altura (praias), onde os seus tamanhos de malhas entre nós opostos eram igual a 0,5 cm. As redes de espera apresentaram malhas de 3, 4 e 5 cm entre nós opostos e permaneceram na água por aproximadamente 24 horas. Estação de Coleta (EC) Latitude (N) Longitude (O) Ambiente Métodos aplicados EC , ,8 Igarapé Rede de mão Rede de arrasto EC , ,7 Igarapé Rede de mão Malhadeira EC , ,7 Igarapé Rede de mão Rede de arrasto EC , ,0 Igarapé Rede de mão Rede de arrasto EC , ,6 Igarapé Rede de mão EC , ,4 Igarapé Rede de mão Rede de arrasto EC , ,7 Igarapé Rede de mão EC , ,6 Rio/Praia Rede de arrasto EC , ,6 Rio/Praia Rede de arrasto EC , ,4 Igapó Rede de mão Rede de arrasto Malhadeira As peneiras ou redes de mão foram utilizadas em meio à vegetação marginal, de fundo e de superfície, folhiço e raspagem do leito, a fim de desalojar a fauna presente. O esforço de coleta em cada local selecionado foi de 200 peneiradas, dentro de um trecho de 20m selecionado de acordo com a facilidade de acesso. A rede de arrasto teve como esforço 50 lances, nas mesmas áreas da rede de mão. A combinação desses métodos foi padronizada na medida do possível em decorrência da estrutura física dos corpos d água. Somente em quatro, dos sete igarapés, foram aplicados a combinação de rede de mão e rede a c de arrasto. Nos demais, foram utilizadas somente a rede de mão, em decorrência da estrutura dos mesmos, que impossibilitaram o manuseio da rede de arrasto. A utilização das redes de espera foi restrita a um igarapé e ao igapó, na tentativa de explorar uma fauna de coluna d água e de maior porte, além de completar o inventário ictiológico. Nos ambientes de praias foram empregadas somente a rede de arrasto, com o mesmo número de lances previamente estabelecidos. As coletas foram autorizadas pela licença 001/2008, emitida pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente SEMA-PA. Figura Alguns ambientes amostrados durante a avaliação da fauna de peixes da REBIO Maicuru: a) ambiente praia no rio Ipitinga; rede de arrasto; b) ambiente igarapé; rede de mão; c) ambiente igapó ; rede de espera; d) aspecto geral dos igarapés. b d

10 18 6 ICTIOFAUNA 6 ICTIOFAUNA 19 Preservação, fixação e rotina de curadoria Os exemplares coletados foram fixados em formol 10% durante um período mínimo de 50h, devidamente etiquetados e acondicionados em lotes. Ainda em campo, o material foi previamente triado e morfotipado, sendo em seguida preservado em álcool 70%. A subdivisão dos lotes segundo as espécies, contagem de exemplares por lotes e por espécie, etiquetagem e identificação, foram feitos com maior rigorosidade no laboratório de Ictiologia do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), onde fazem parte do acervo científico com a numeração MPEG e MPEG a 15813, totalizando 258 lotes. Os espécimes capturados foram identificados até categoria taxonômica mais particular possível com auxílio de bibliografia especializada (Mago-Leccia, 1994; Géry, 1977; Britski, et al. 1984; Whitehead, 1985a, 1985b; Vari, 1992, 1995; Buckup,1993; Burguess, 1989; Reis, 1996; Rosen & Greenwood, 1976; e Kullander, 1986), assim como de especialistas de diferentes grupos taxonômicos. Análise dos dados A eficiência do inventário dos corpos d água amostrados foi avaliada pelos métodos de acumulação de espécies (rarefação) e estimativas de riqueza não paramétricas do Jackknife de 1ª ordem (Colwell & Coddington, 1994), ambos pelo programa Estimates 7.52 com aleatorizações, e o gráfico foi gerado no software Statistica 7.1 ( ). Por se tratar de uma avaliação ecológica rápida, baseada em inventários intensivos, o estimador de riqueza Jackknife é bastante aconselhado, pois é fundamentado na ocorrência de singletons/doubletons, isto é, o número de espécies representadas por somente um ou dois indivíduos, respectivamente, para estimar a riqueza total e o desvio padrão (Colwell & Coddigton, 1994, Colwell, 2005). Foram estabelecidos como unidades amostrais os grupos de espécies capturados por um método, independente da localidade, totalizando 17 amostras (Tabela 1.1). Resultados e discussão Foram coletados 2535 indivíduos, pertencentes a seis Ordens, 19 famílias e 88 espécies/morfoespécies (Tabela 1.2; Figura 1.2). Em relação à riqueza de espécies, houve uma predominância da Ordem Characiformes, que apresentou 53 espécies (60%), seguidos por Siluriformes (14 espécies; 16%), Gymnotiformes (12 espécies; 14%), Perciformes com seis espécies (7%), Cyprinodontiformes com duas espécies (2%) e Synbranchiformes representada por apenas um indivíduo de Synbranchus marmoratus Bloch, 1795 (Figura 1.3a). Dentre os Characiformes, a família Characidae foi a de maior representatividade em espécies (25 espécies; 47% dos Characiformes), seguida por Curimatidae (7; 13%), Lebiasinidae (5; 9%), Crenuchidae e Erythrinidae com 8% cada, representadas por quatro espécies; as demais famílias corresponderam 15% do total de espécies de Characiformes (Figura 1.3b). Tabela 1.2 Lista de espécies de peixes da REBIO Maicuru coletados no período de 23 a 30 de outubro de ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE NºIND Acestrorhynchidae Acestrorhynchus falcatus (Bloch, 1794) 9 Anostomus ternetzi Fernández-Yépez, Anostomidae Leporinus sp. 11 Leporinus sp.n. 26 Aphyocharax sp. 16 Astyanax bimaculatus (Linnaeus, 1758) 4 Astyanax aff. microlepis Eigenmann, Bryconops caudomaculatus (Günther, 1864) 6 Bryconops durbini (Eigenmann, 1908) 116 Charax sp. 5 Cheirodon sp. 28 Hemigrammus cf. bellottii (Steindachner, 1882) 63 Hemigrammus lunatus Durbin, Hemigrammus aff. schmardae (Steindachner, 1882) 119 Hemigrammus sp. 28 Jupiaba acanthogaster (Eigenmann, 1911) 1 Characidae Jupiaba keithi (Géry, Planquette & Le Bail, 1996) 73 Jupiaba polylepis (Günther, 1864) 135 Knodus sp. 66 Microschemobrycon sp. 14 Moenkhausia collettii (Steindachner, 1882) 29 Moenkhausia lepidura (Kner, 1858) 23 Moenkhausia aff. oligolepis (Günther, 1864) 217 Characiformes Phenacogaster megalostictus Eigenmann, Phenacogaster sp. 2 Poptella brevispina Reis, Roeboexodon cf. guyanensis (Puyo, 1948) 10 Serrapinnus sp. 1 Tetragonopterus sp. 110 Aphyocharacidium sp. 2 Crenuchidae Characidium aff. zebra Eigenmann, Microcharacidium eleotrioides (Géry, 1960) 72 Microcharacidium aff. weitzemani Buckup, Cyphocharax festivus Vari, Cyphocharax helleri (Steindachner, 1910) 1 Cyphocharax mestomyllon Vari, a b Curimatidae Cyphocharax spilotus (Vari, 1987) 29 Cyphocharax spilurus (Günther, 1864) 31 Cyphocharax sp. 95 Steindachnerina sp. 24 Hoplerythrinus unitaeniatus (Spix & Agassiz, 1829) 2 Erythrinidae Hoplias aimara (Valenciennes, 1847) 23 Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) 33 Figura Representantes da ictiofauna da REBIO Maicurú: a) Electrophorus electricus (CP=172 cm); b) Hoplerythrinus unitaeniatus (180mm); c) Krobia guianensis (87,5mm) e d) Tetragonopterus sp. (39mm). c d Gasteropelecidae Lebiasinidae Erythrinidae gen. sp1 1 Gasteropelecus maculatus Steindachner, Gasteropelecus sternicla (Linnaeus, 1758) 25 Copella compta (Myers, 1927) 16 Copella eigenmanni (Regan, 1912) 4

11 20 6 ICTIOFAUNA 6 ICTIOFAUNA 21 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE NºIND Characiformes Cyprinodontiformes Gymnotiformes Perciformes Lebiasinidae Prochilodontidae Rivulidae Gymnotidae Hypopomidae Cichlidae Copella metae (Eigenmann, 1914) 28 Pyrrhulina laeta (Cope, 1872) 7 Pyrrhulina sloti Boeseman, Prochilodus lacustris Steindachner, Prochilodus rubrotaeniatus Jardine & Schomburgk, Rivulus dibaphus Myers, Rivulus sp. 5 Electrophorus electricus (Linnaeus, 1766) 2 Gymnotus anguillaris Hoedeman, Gymnotus coatesi La Monte, Gymnotus coropinae Hoedeman, Gymnotus aff. inaequilabiatus (Valenciennes, 1839) 1 Gymnotus cf. paraguensis Albert & Crampton, Gymnotus sp.1 1 Gymnotus sp.2 9 Gymnotus sp.3 1 Brachyhypopomus beebei (Schultz, 1944) 2 Brachyhypopomus sp. 1 Hypopomus aff. artedi (Kaup, 1856) 3 Aequidens cf. mauesanus Kullander, Crenicichla albopunctata Pellegrin, Crenicichla aff. cyclostoma Ploeg, Crenicichla sp. 5 Krobia guianensis (Regan, 1905) 34 Krobia sp. 67 Callichthys callichthys (Linnaeus, 1758) 16 Figura A) Percentual de espécies nas seis ordens de peixes capturadas; B) representatividade das famílias de Characiformes em relação ao número total de espécies encontrado durante a avaliação da ictiofauna da REBIO Maicuru A B 14% 14% 16% 16% 8% 8% 8% 8% 9% 9% 7% 7% 15% 15% 2% 1% 2% 1% 13% 13% 60% 60% 47% 47% Characiformes Siluriformes Characiformes Gymnotiformes Siluriformes Perciformes Gymnotiformes Cyprinodontiformes Perciformes Synbranchiformes Cyprinodontiformes Synbranchiformes Characidae Curimatidae Characidae Lebiasinidae Curimatidae Crenuchidae Lebiasinidae Erythrinidae Crenuchidae Outros Erythrinidae Outros I 5% I 5% A Guildas (% I Guildas (% I H NP 5% H 9% NP 5% 9% F 77F 77 Educação Educação Callichthyidae Corydoras sp Corydoras sp.2 93 Pimelodella cristata (Müller & Troschel, 1849) 9 Siluriformes Heptapteridae Pimelodella geryi Hoedeman, Pimelodella sp. 16 Farlowella cf. knerii (Steindachner, 1882) 1 Helogenes uruyensis Fernández-Yépez, Figura Curva acumulativa de espécies de peixes (rarefação e estimativa de riqueza Jackknife 1ª ordem) para os corpos d águas amostrados da REBIO Maicuru. Loricariidae Lasiancistrus sp. 1 Otocinclus mariae Fowler, Paraotocinclus sp. 22 Loricariidae gen. sp Tricomycteridae Ituglanis amazonicus (Steindachner, 1882) 8 Stegophilus sp. 1 Synbranchiformes Synbranchidae Synbranchus marmoratus Bloch, Apenas duas ocasiões de coleta, consideradas ocasionais, não foram incluídas na rarefação e estimativa de riqueza (Jackknife 1ª ordem), pois as mesmas não apresentaram a padronização estabelecida para o estudo. Entretanto, apenas uma espécie, Electrophorus electricus, com dois indivíduos, não fez parte das aleatorizações das análises. Sendo assim, o estimador Jackknife propôs uma riqueza de aproximadamente 116±8 espécies, contra as 87 espécies capturadas, já subtraindo E. electricus (Figura 1.4), indicando que com a continuidade do esforço amostral poder-se-ia resultar em valores mais próximos da quantidade real de espécies para a área. nº de espécies amostras Spp.obs Jackknife nº de espécies 10

12 22 6 ICTIOFAUNA 6 ICTIOFAUNA 23 nº de espécies 120 Apenas dez espécies ocorreram em mais de 30% das localidades exploradas, o que representa aproximadamente 9% das espécies cap- 100 turadas durante o estudo, a saber: Characidium das 87 espécies, aproximadamente 25%, enquadram-se na condição de singletons ou doubletons. Entretanto, foi observado que não houve predominância de espécies, pois nenhuma obteve mais de 10% da abundância relativa, como 80 aff. zebra (n=184), Hemigrammus aff. schmardae (n=119), H. lunatus (n=70), Hoplias aimara demonstra a figura 1.5. Provavelmente, a condição dos singletons ou doubletons mudaria (n=23), Jupiaba polylepis (n=135), Krobia guianensis (n=34), Krobia sp. (n=67), Moenkhausia caso houvesse um maior esforço de coleta, em 60 aff. oligolepis (n=217), M. lepidura (n=23), Phenacogaster megalostictus (n=58). apesar da relativa eficiência da amostragem, os períodos hidrológicos Spp.obs diferentes. Sendo assim, 40 Jackknife 1 resultados indicam a necessidade de novas coletas nestes ambientes. A diferença numérica obtida entre a riqueza de 20 espécies observada e a riqueza esperada possivelmente teria explicações devido ao fato de, amostras Figura 1.5 Abundância relativa das espécies de peixes encontradas durante a avaliação da REBIO Maicuru. abundância das espécies (%) 10 9,5 9 8,5 8 7,5 7 6,5 6 5,5 5 4,5 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0, espécies nº de espécies Curvas de Rarefação - Anfíbios e Répteis Referências Böhlke, J.E., Weitzman, S.H. & Menezes, N.A Estado atual da sistemática dos peixes de água doce da América do Sul. Acta Amazônica, 8(4): Britski, H. A., Y. Sato & A. B. S. Rosa Manual de identificação de peixes da região de Três Marias. Brasília, Câmara dos Deputados/CODEVASF, 115p. Bührnheim, C.M Habitat abundance patterns of fish communities in three Amazonian rainforest streams. 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FAO Fisheries Synopsis (125), vol. 7, pt. 2: Curvas de Rarefação - Anfíbios e Répteis Espécies de especial interesse para a conservação Na área explorada da REBIO Maicuru não foram encontradas espécies sob risco de extinção. Dentre os exemplares identificados ao nível de espécie também não foram detectados casos de endemismo. Do ponto de vista científico, e por se tratar de uma região ainda pouco conhecida da Amazônia Brasileira, essa área passa a apresentar grande interesse para a conservação. O material coletado, que se encontra depositado na coleção de peixes do MPEG, necessita de uma maior atenção no que diz respeito à taxonomia e identificação de novas espécies, principalmente dos grandes grupos da ictiofauna amazônica: Characidae, Cichlidae e Loricariidae.

13 7 24 Herpetofauna 7 Herpetofauna 25 Introdução Devido à dimensão continental da Amazônia, muitas regiões desse bioma ainda permanecem como lacunas de informação para a herpetofauna. A parte norte do estado do Pará constitui uma região onde há muito poucas áreas razoavelmente bem amostradas (Hoogmoed & Avila Pires: 1988 Rio Nhamundá e Cruz Alta, Trombetas; Galatti et al.,: projeto Trombetas; Gardner et al.,: Projeto Jari). Toda área do norte do Pará (informalmente chamada Calha Norte) forma parte da região das Guianas ou região guianense (Escudo Guianense e seu entorno), como definido por Hoogmoed (1979a). Dessa região delimitada pelos rios Orinoco, Negro e Amazonas, só uma parte da herpetofauna do Suriname (lagartos [Hoogmoed, 1973], alguns grupos de cobras [Hoogmoed, 1980] e anuros [Hoogmoed,1969a, b, 1979b]), da Guiana Francesa (anfíbios [Lescure & Marty, 2000; Kok et al., 2006a] e cobras [Gasc & Rodrigues, 1980; Chippeaux, 1986; Starace, 1998]), da região de Manaus (Lima et al., 2006; Martins & Oliveira, 1998; Vitt et al., 2008) e dos tepuis na parte Venezuelana das Guianas (anfíbios e répteis) foram estudados com alguma profundidade. Há também alguns estudos sobre quelônios no rio Trombetas (Vogt, 1994; Haller & Rodrigues, 2005, 2006). A herpetofauna da Guiana (com ênfase na área oeste do país) está sendo estudada intensivamente no momento por alguns pesquisadores (Cole & Kok 2006; Kok 2005, 2006a,b; Kok et al., 2006b; Kok, 2008a, b; Kok, 2009; Kok & Castroviejo-Fisher, 2008; Kok & Ernst, 2007; Kok & Kalamandeen, 2008; Kok et al., 2007; Lathrop & MacCulloch, 2007; MacCulloch & Lathrop 2001, 2002, 2004, 2005; McCulloch et al., 2008), mas o nosso conhecimento da herpetofauna deste pais ainda é fragmentário. A herpetofauna da região guianense partilha uma grande parte de suas espécies com outras regiões da Amazônia, mas também inclui um número de espécies endêmicas, especialmente na área dos tepuis, montanhas areníticas que se elevam acima de 1500 m (considerada inclusive como uma região biogeográfica à parte Pantepui). Na área da Calha Norte não há tepuis e, portanto, as espécies endêmicas de tepuis não são aí esperadas, apenas aquelas que ocorrem nas terras baixas (< 750 m). A região das Guianas é considerada como uma área de endemismo, diferenciando-se claramente de outras regiões da Amazônia. Na Amazônia como um todo são registradas próximo de 350 espécies de répteis e um pouco mais de 350 espécies de anfíbios. Dessas, cerca de 62% entre os répteis e 82% entre os anfíbios são endêmicas à região amazônica (Avila-Pires et al., 2007; Duellman, 1999). Hoogmoed (1979a) estimou que, do total de espécies presentes nas terras baixas das Guianas, cerca de 52% dos anfíbios e 26% dos répteis eram endêmicos dessa região. Contudo, à medida que novas áreas foram sendo melhor inventariadas observou-se que muitas das espécies consideradas próprias das Guianas apresentavam uma distribuição mais ampla. Considerando também os tepuis, Señaris & MacCulloch (2005) registraram 54% das espécies de anfíbios que ocorrem nas Guianas como endêmicas da região. Para os répteis, também incluindo as espécies dos tepuis, Avila-Pires (2005) indicou 30% de endêmicos em relação ao total de espécies encontradas na região. Apesar dos estudos já realizados, existem ainda grandes lacunas de conhecimento sobre a região das Guianas e tanto novos registros como novas espécies são ainda esperados. Até o momento, não há uma compilação publicada sobre a herpetofauna da Calha Norte ou do Estado do Pará como um todo. Os estudos mais intensos sobre a herpetofauna realizados no norte do Pará referem-se à área sob influência da mineração de bauxita em Trombetas, mas a maior parte desses dados não está publicada e não houve, de fato, um inventário intensivo da fauna aí existente. Foram realizadas coletas esparsas na região, especialmente nas proximidades dos grandes rios, mas os dados referentes à essas expedições estão dispersos. Em Ávila-Pires (1995), um catálogo sobre os lagartos da Amazônia brasileira, encontram-se vários espécimes analisados que possuem procedência do norte do Pará. A publicação de Vogt (2008) sobre quelônios da Amazônia fornece dados gerais sobre a distribuição de cada espécie e, em alguns casos, menciona especificamente o rio Trombetas como área de ocorrência. Contudo, até 2008, não haviam sido realizadas amostragens abrangentes no norte do Pará que pudessem eliminar várias das lacunas de informação existentes. O trabalho de Ávila-Pires (1995) e alguns trabalhos sobre a herpetofauna da região das Guianas podem ser utilizados para identificar espécies encontradas no norte de Pará, como por exemplo, o catálogo de lagartos do Suriname (Hoogmoed, 1973), lagartos da Guiana Francesa (Hoogmoed & Lescure, 1975; Gasc, 1990), amphisbaenidae das Guianas (Hoogmoed & Ávila- -Pires, 1991a; Starace, 1998), catálogos de serpentes da Guiana Francesa (Chippeaux, 1986; Starace, 1998), quelônios da Amazônia (Vogt, 2008) e da Venezuela (Pritchard & Trebbau, 1984), anfíbios da Guiana Francesa (Lescure & Marty, 2000) e anfíbios do Parque Nacional Kaieteur, Guyana (Kok & Kalamandeen, 2008). Em Hoogmoed (1979a; 1983), Hoogmoed & Ávila-Pires (1991b, 1992), Celsa Señaris & Mac- Cullough (2005) e Avila-Pires (2005) pode-se encontrar listas da herpetofauna das Guianas, contando também com muitos dados provenientes dos estados do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima. Os guias de campo para identificação dos sapos (Lima et al., 2006) e lagartos (Vitt et al., 2008) da Reserva Ducke, próxima a Manaus, também tratam de muitas espécies que podem ser encontradas no norte de Pará, apesar da distância geográfica, constituindo esses livros ferramentas adicionais para a identificação dos sapos e lagartos da região. O livro de Bartlett & Bartlett (2004) serve como um guia introdutório da herpetofauna na região amazônica, e Rueda-Almonacid et al. (2007) para os quelônios e jacarés (este inclusive com chaves de indentificação), mas não são completos. Considerando-se a literatura, pode-se esperar, para a área da Calha Norte, cerca de 100 espécies de anfíbios anuros e até 9 de Gymnophiona (Lescure & Marty, 2000; Señaris & McCullough, 2005; obs. pess. MSH). Entre os répteis, o número de espécies de lagartos deve ser em torno de 40, dos anfisbenídeos 10, o número de ofídios em torno de 100, o de quelônios em torno de 11, e há três espécies de jacarés que aí ocorrem (Hoogmoed, 1973; Chippeaux, 1986; Starace, 1998; obs. pess. MSH). Apesar da existência de vários trabalhos da região das Guianas que indiretamente fornecem dados sobre a herpetofauna do norte do Pará, deve-se reconhecer que nessa área, especialmente nas áreas influenciadas diretamente pelo Rio Amazonas, podem ocorrer mais espécies tipicamente amazônicas do que o encontrado nas três Guianas (Guiana Francesa, Suriname e Guiana). Os resultados aqui apresentados referem a um Inventário Ecológico Rápido (RAP) de herpetofauna realizado na REBIO Maicuru, com o objetivo de gerar subsídios para a consolidação do plano de manejo desta e outras unidades do mosaico de unidades de conservação da Calha Norte no Estado do Pará. Ainda que esses resultados não sejam exaustivos e novos estudos sejam necessários para melhorar nosso entendimento sobre a herpetofauna desta unidade de conservação, eles representam um avanço importante, que permitirá estabelecer as bases para o seu plano de manejo. Objetivos Fornecer subsídios para um diagnóstico da diversidade da herpetofauna da REBIO Maicuru, tendo como base um RAP, de forma a embasar a elaboração do plano de manejo da referida unidades de conservação estadual. Material e métodos A amostragem da herpetofauna foi realizada através de dois métodos complementares Procura Limitada por Tempo (PLT) e Armadilhas de Interceptação e Queda (AIQ): 1) Procura limitada por tempo (Greenberg et al., 1994; Ribeiro Jr. et al., 2008): procura ativa, computando-se o tempo dispendido, realizada nos períodos diurno e noturno, ao longo das trilhas demarcadas e ambientes contíguos considerados propícios para répteis e/ou anfíbios (unidade amostral = horas.homem). A expedição da REBIO Maicuru contou com dois herpetólogos. A PLT é importante para uma amostragem geral da herpetofauna, tanto em termos de cobertura taxonômica (armadilhas em geral são adequadas apenas a alguns grupos), como de cobertura dos diferentes ambientes. Por outro lado, é um método que exige pessoas treinadas e, mesmo com coletores experientes, é sujeita ao viés do coletor, o que traz dificuldades na comparação entre áreas ou estudos por esse método. 2) Armadilhas de interceptação e queda (Jones, 1981; Gibbons & Semlitsch, 1981; Corn, 1994; Cechin & Martins 2000; Ribeiro Jr. et al., 2008): cada armadilha foi composta por 4 baldes de 60L enterrados ao rés do chão, dispostos em Y, isto é, com um balde central ligado a 3 baldes periféricos por 8 m de lona plástica. Um total de 16 armadilhas foi utilizado, divididas em 2, 3 ou 4 conjuntos. Em cada conjunto as armadilhas distavam entre 125m-250m uma da outra. Cada conjunto ocupava uma trilha e buscou-se, no total das armadilhas, amostrar tantos ambientes quanto possível. As armadilhas foram verificadas diariamente (uma vez por dia) durante o período de amostragem; todos os indivíduos capturados foram coletados. As armadilhas foram montadas na semana anterior ao início de cada expedição e retiradas ao seu final. Coletas por AIQ têm a vantagem de serem independentes de coletor e amostrarem algumas espécies que raramente são capturadas em coleta ativa. Por outro lado, a armadilha se direciona a animais da serapilheira, ainda que capture algumas espécies arborícolas que eventualmente vêm ao solo; nem todos os grupos são captura-

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