CIÊNCIAS SOCIAIS E MEIO AMBIENTE: levantamento bibliográfico sobre consumo sustentável e base energética entre alguns autores brasileiros

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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS Ênfase em Desenvolvimento Sustentável COORDENAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CIÊNCIAS SOCIAIS E MEIO AMBIENTE: levantamento bibliográfico sobre consumo sustentável e base energética entre alguns autores brasileiros Simoni Jacomoliski Itajaí, junho/2007

2 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS Ênfase em Desenvolvimento Sustentável COORDENAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CIÊNCIAS SOCIAIS E MEIO AMBIENTE: levantamento bibliográfico sobre consumo sustentável e base energética entre alguns autores Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para obtenção do grau de bacharel em Ciências Sociais na Universidade do Vale do Itajaí, sob a orientação do Professor Sérgio Saturnino Januário. Simoni Jacomoliski Itajaí, junho/2007 2

3 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS Ênfase em Desenvolvimento Sustentável COORDENAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CIÊNCIAS SOCIAIS E MEIO AMBIENTE: levantamento bibliográfico sobre consumo sustentável e base energética entre alguns autores Simoni Jacomoliski Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para obtenção do grau de bacharel em Ciências Sociais na Universidade do Vale do Itajaí Banca Examinadora Prof. MSc. Sérgio Saturnino Januário Presidente Orientador Prof. Dr. FLÁVIO RAMOS Membro Prof. Dr. GUILLERMO ALFREDO JOHNSON Membro Itajaí, junho/2007 3

4 Sumário APRESENTAÇÃO... 5 I ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE A RELAÇÃO SOCIEDADE E AMBIENTE CIÊNCIAS SOCIAIS E MEIO AMBIENTE BIOLOGIA E SOCIOLOGIA NO SÉCULO XIX SOCIOLOGIA E MEIO AMBIENTE NO SÉCULO XX OU SOCIOLOGIA AMBIENTAL CIÊNCIAS SOCIAIS E MEIO AMBIENTE: ALGUMAS PERSPECTIVAS NO BRASIL BALANÇO BIBLIOGRÁFICO DE ALONSO E COSTA SOCIEDADES-NATUREZAS: A PERSPECTIVA DE PAULO VIEIRA II CONSUMO SUSTENTÁVEL E BASE ENERGÉTICA CONSUMO SUSTENTÁVEL CONSUMO E SUSTENTABILIDADE: A ANÁLISE DE LAZZARINI E GUNN Comportamento social sustentável e insustentável de Consumo Produção e consumo Responsabilidades de diversos agentes ENERGIA E AMBIENTE QUADRO ENERGÉTICO BRASILEIRO Situação atual das energias primárias Reservas energéticas Energia e meio ambiente (a) Poluentes atmosféricos locais (b) Poluentes atmosféricos globais (c) Futuro energético brasileiro III BIOCOMBUSTÍVEIS X CONSUMO SUSTENTÁVEL Será sustentável? Exploração de trabalho no campo Fome e escassez de água potável Problema sobre a disposição da vinhaça Destinação da vinhaça IV CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS

5 Apresentação Esta investigação está contida no conjunto das apreciações teóricas sobre as relações estabelecidas em campos científicos dos conceitos de natureza(s) e sociedade(s), sobretudo àqueles mais próximos do domínio das ciências sociais (sociologia, ciência política, antropologia, economia). De modo menos abrangente, este trabalho tem o objetivo de analisar aspectos teóricos sobre consumo sustentável nas ciências sociais, sobretudo na sociologia. Especificamente, concerne ao debate acerca da base energética decorrente da organização de relações sociedade(s)-natureza(s): o combustível de origem vegetal e sua passagem social e como mercadoria. Trata-se de levantamento de caráter bibliográfico (concentrada em alguns autores brasileiros) e não uma revisão de literatura como forma de preparo para prolongamento dos estudos em nível de mestrado. Na primeira parte, apresentamos sínteses sobre a relação entre meio ambiente e sociedade, baseados em autores clássicos e alguns contemporâneos. No segundo capítulo apresentamos um debate sobre consumo sustentável e base energética como preparação ao tema consumo sustentável, o qual compõe a terceira parte de nosso trabalho. Como apresentação panorâmica de correntes teóricas sobre sociedade e meio ambiente ainda que um debate em aberto e de muitas controvérsias -, a inclusão de consumo sustentável permite-nos afirmar que é necessário compreender os modelos segundo os quais passamos a orientar nossas práticas para, em seguida e por meio de autocríticas já que estes modelos se encarnam em nossas atividades, podermos realizar críticas e transformar nossas orientações e práticas diante de cenários de riscos a sobrevivência das espécies, inclusive a humana. Obviamente, não pretendemos expor um debate singular e fortemente fundamentado, mas um conjunto de idéias sistematizadas para fins de vôos mais altos. 5

6 I ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE A RELAÇÃO SOCIEDADE E AMBIENTE Nesta primeira parte de nossa pesquisa bibliográfica sobre o tema sociedade e natureza apresentamos como alguns autores brasileiros colocam o debate relativo ao mundo social e ambiental, sociedade e natureza. Vários autores analisam o contexto atual relativo à relação sociedade(s)-natureza(s), suas inter-relações (suas aproximações como fenômenos distintos) e suas interações (como se constituem como um único conjunto) considerando um contexto de crise de civilização dos padrões da modernidade e de risco à manutenção de vidas, inclusive as vidas humanas (ALONSO e COSTA, 2002; VIEIRA, 1992; WEBER & VIEIRA, 2000; BORN, 2002; MORAES, 2002; MORIN, 2005). Enfrentamos grandes desafios nos processos de co-evolução de sistemas ecológicos e sociais, sobretudo a partir de sistemas de apropriação e formas de gestão de recursos comuns no contexto de problemas ambientais no qual vivemos atualmente (WEBER & VIEIRA, 2000). Assim, a distinção e a conjunção das relações entre sociedade(s) e natureza(s), entre mundo social e mundo natural, por assim dizer, constituem a primeira parte da análise de nosso trabalho. Com base nestes autores, nosso trabalho caracteriza-se numa tentativa de compreender as intervenções humanas na natureza e os efeitos desta intervenção. A relação sociedades-naturezas se compõe na intensidade em que o homem atua sobre a natureza, e como esta responde a tais interferências. Portanto, nosso foco de investigação está concentrado em aspectos das relações entre o social e o ambiental, uma definição de caráter teórico-metodológico (nosso fenômeno de pesquisa). De modo mais específico, orientamos o recorte de pesquisa sobre como as Ciências Sociais tratam a questão do consumo social sob alguns aspectos: a) a relação entre ciências sociais e meio ambiente; b) como o conceito de consumo sustentável, em certos autores brasileiros, é apresentado no debate teórico sobre naturezas-sociedades, sobretudo no que diz respeito ao biocombustível? 1 CIÊNCIAS SOCIAIS E MEIO AMBIENTE 6

7 Nesta parte do trabalho, serão analisados autores como Frederick Buttel, John A. Hannigan e David Goldblatt, que apresentam relações sobre ciências sociais e ambiente. Tais pesquisadores descrevem autores que deram origem ao debate entre Ciências Sociais (ou sociologia) e meio ambiente, inclusive autores contemporâneos. Esta parte é desenvolvida com o objetivo de compreendermos o termo ou disciplina denominada sociologia ambiental, realizando posteriormente um estudo/análise do consumo sustentável. Segundo Buttel (1992), duas abordagens fundamentam o campo das estruturas ambientais. De um lado, há um processo de análise das bases de interação entre o meio social e natural, identificados como macroprocessos. Por outro, há o desenvolvimento de estudos com relação aos valores, as ações e a intencionalidade dos indivíduos responsáveis pela questão ambiental bem como sua atuação na mesma. Em seus estudos, a sociologia, como quase todo pensamento social, é fortemente influenciada pelas ciências denominadas naturais, principalmente a ecologia biológica. A sociologia acaba por utilizar grande parte dos métodos de análises que caracterizam essas ciências, como a questão do desenvolvimento, da evolução e da adaptação dos organismos naturais. Porém, muitos dos modelos utilizados, como o darwinismo social ou o determinismo ambiental, vêm encontrando resistência pelo que se denomina simplismo biológico. Muitos daqueles que se aventuraram na sociobiologia foram alvo de desprezo por parte dos demais representantes da área. Em períodos mais recentes, a sociologia teria por objetivo possibilitar uma análise conjunta de todo o âmbito institucional da sociedade, no nível micro que pode ser entendido como a psicologia social e macro entendido como a estrutura da sociedade, estabelecendo ligações entre essas duas esferas. Contudo, há forte tendência antropocêntrica na sociologia, o que acaba por limitar sua expansão de análise. O que podemos perceber é que existe uma dualidade com relação à existência humana. Por um lado, o ser humano como parte da biosfera e, por outro, o homem como modificador e criador de ambientes, levando a uma relação ambivalente entre biologia e sociologia. É desta incerteza entre as duas disciplinas que emergem debates teóricos que passam a constituir a sociologia ambiental Por sua vez, Hannigan (1995) considera o Earth Day 1970 como início do movimento ambiental moderno. Surgiu com o estudo feito entre professores e alunos a nível nacional e foi um acontecimento com diversos participantes. Buscou-se através desse movimento o reconhecimento simbólico como Dia primeiro do ambientalismo, ganhando força nos meios de comunicação norte-americanos a importância da questão ambiental. Diante desse contexto ocorrido na década de 1970, os sociólogos se deram conta de que não possuíam nenhum corpo teórico para interpretar a relação entre sociedade e meio ambiente. Karl Marx, Émile Durkheim e 7

8 Max Weber tiveram uma dimensão ambiental, mas seus tradutores e intérpretes norte-americanos favoreceram a estrutura social ao invés da física ou das relações ambientais. 1.1 BIOLOGIA E SOCIOLOGIA NO SÉCULO XIX É consensual considerar Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber como os maiores teóricos clássicos da sociologia. Entretanto, as teorias clássicas são deficientes (mas não nulas) com relação à abordagem ecológica (BUTTEL, 1992). Também consensualmente, considera-se que a teoria sociológica moderna desenvolveu-se a partir de um tabu inerente a aplicação de variáveis ecológicas às suas análises. Para muitos, a ruptura entre o social e o biológico, proporcionada pelos clássicos da sociologia, é considerada como lamentável, pois criou barreiras para a análise dos aspectos biológicos e ecológicos. A abordagem clássica é tida como limitada em termos ecológicos. Para Hannigan (1995), no século XIX foi construído um grande interesse intelectual referente ao ambiente geográfico na condição humana. Como o geógrafo Henry Thomas Buckle ( ), com a tese de que o ambiente geográfico define a sociedade como resultado das forças naturais (clima, alimentos, solo). Outro geógrafo de grande influência foi Ellsworth Huntington ( ), que relaciona clima com aspectos humanos e sociais (delito, loucura, capacidade intelectual, suicídio). Logo entram no discurso sociológico as teorias darwinistas (Charles Darwin, ), como a seleção natural, evolução, sobrevivência dos mais aptos, seguido por Herbert Spencer ( ), que propôs uma doutrina evolutiva na qual aumenta o princípio da seleção natural até o domínio do ser humano. Sumner (s/d), nesta mesma linha, apresenta o conceito da competição da vida. Buttel (1992) começa seu argumento com Augusto Comte ( ), cujo pensamento era centrado em analogias biológicas. Para ele, cada esfera da sociedade funcionava como partes de um todo, como o corpo humano. Herbert Spencer é considerado como principal expoente do evolucionismo, e teve em Comte e Darwin suas principais influências. Acreditava na seleção evolutiva e não na mudança, no progresso e no conhecimento como Comte. Embora haja divergências em suas teorias, Spencer e Comte compartilhavam as bases do funcionalismo dentro de um âmbito de analogias orgânicas. Pelos trabalhos de Comte e Spencer, na segunda metade do século XIX, podemos afirmar que a sociologia estava epistemologicamente e ontologicamente 1 1 Epistemologia: parte da ciência e da filosofia que estuda como e quais os fundamentos do conhecimento científico, ou seja, é a área do conhecimento que estuda o conhecimento científico. Ontologia: parte da filosofia que estuda o 8

9 dependente ou subordinada à biologia: Spencer, influenciado por Darwin, combinou evolução, seleção e variação com o desenvolvimento social; Malthus estudou os efeitos do grande crescimento da população versus a escassez dos recursos; Ricardo e John Stuart Mill, concentraram-se sobre o grande crescimento que ocorreu no início do século XIX e os limites naturais e econômicos (GOLDBLATT, 1996). Em síntese, pode-se considerar o pensamento clássico como reflexo das simplificações biológicas presentes em suas épocas (BUTTEL, 1992). Em sua obra, Karl Marx critica o pensamento de Malthus e Ricardo, principalmente o pensamento malthusiano (de fundamento estritamente matemático) sobre o crescimento da população e alimentação no planeta. Marx recusava a atribuição máxima de Malthus com relação à falta no diferencial aritmético, no tocante às relações de crescimento e subsistência da população. Não desconsiderava a lógica biológica na teoria social, mas rejeitava a analogia biológica de que todas as esferas sociais eram importantes para a sobrevivência ou evolução da sociedade (BUTTEL, 1992). Embora os estudos de Malthus e de Ricardo perdessem reconhecimento de consistência analítica, pois, o crescimento da população era intenso e, concomitantemente a este, crescia a produtividade agrária, as preocupações em torno da alteração do meio ambiente foram desviadas. Na obra de Marx, a economia agrícola ficou para segundo plano. Para Weber e em muitos aspectos para Durkheim, conhecimentos como os da biologia e da natureza diferentes da sociologia e seus temas de investigação teriam de ser separados (GOLDBLATT, 1996). Émile Durkheim opunha-se às idéias evolucionistas de Spencer e de outros teóricos da época, porém, não descartava completamente essas idéias. Considerava as sociedades como organismos, porém, não entendia que as variáveis biológicas devessem ser tomadas como essenciais no estudo sociológico. Não considerava a idéia de que o homem fosse o centro da evolução e da seleção natural, além de recusar a imagem simplista de evolução linear em direção ao progresso e uma teoria global de mudança social. A sociologia ambiental está muito presente e influente no pensamento de Durkheim, sendo alguns de seus trabalhos considerados como inspiradores para a ecologia humana. Porém, Durkheim enfatizou apenas um lado da idéia sociológica ambiental, que foi o papel desempenhado pelo meio físico em relação à sociedade (BUTTEL, 1992). As doutrinas evolutivas do século XIX deram um novo destaque sobre a planificação social e a reforma social por volta de Franz Boas, conhecido como fundador da antropologia cultural americana, respondeu algumas questões como o racismo, a relação entre biológico e cultural, condições primárias de desenvolvimento social e individual, atenuando o ser enquanto ser, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres (Dicionário de Ciências Sociais) 9

10 ambiente físico e a herança biológica. Pela teoria do funcionalismo de Durkheim, afirmava-se que a sociedade era como um organismo que deveria adaptar-se ao seu meio físico e social. Esta teoria foi amplamente utilizada na América durante a década de 1950 (HANNIGAN, 1995). Neste período, a ecologia humana havia perdido força, pois um novo pensamento acabara de ser desenvolvido. Este modelo foi conhecido como parsoniano. Nos quinze anos seguintes, houve diversas tentativas para o ressurgimento da ecologia humana, porém, sem sucesso (BUTTEL, 1992). Max Weber critica o pensamento marxista de determinismo econômico, opondo-se também ao pensamento de tendência evolucionista, pois acreditava que nenhum das forças em particular é predominante. Weber não é lembrado por muitos como um teórico ecológico. Ele considerava os fatores ambientais como componentes influentes dentro de sistemas causais abrangentes, afetando sociedades complexas e favorecendo a sobrevivência de certas camadas sociais sobre as demais (BUTTEL, 1992). Dentre os clássicos da sociologia Weber foi o que mais se limitou a falar sobre o mundo natural. Conforme Goldblatt (1996), para Weber o fator ambiental só é importante se influenciar a atividade humana. Em Durkheim e Weber, percebemos que as relações de ambiente e sociedade se estabelecem nas relações da demografia e do meio ambiente. Para Durkheim, a densidade populacional e a sua relação com os recursos materiais como força impulsionadora que move a estratificação evolutiva das sociedades humanas, transformou o mundo natural em fator causal decisivo na história da humanidade (GOLDBLATT, 1996, p. 20). De Marx, a sua interpretação materialista de mão-de-obra, e ele como Durkheim, colocou o fator econômico como contato entre sociedade e natureza e como centro das transformações históricas. No momento em que se encontravam, não parecia que o capitalismo e seu crescimento econômico se revelariam um problema para a natureza. Posteriormente, em algumas relações entre sociedade e ambiente, Engels afirma que o ambiente urbano contribuía para a miséria dos pobres, e Marx percebeu que o capitalismo tinha a capacidade de destruir os solos férteis e usar excessivamente os recursos naturais. Segundo Goldblatt (1996) Os teóricos sociais clássicos estavam historicamente demasiado atrasados para testemunhar não só a fuga das sociedades modernas dos seus constrangimentos orgânicos, mas também a sua capacidade dinâmica de transformar igualmente o mundo natural. Por outro lado, estavam demasiado avançados para exprimir na totalidade as conseqüências dessas transformações; longe de superarem os constrangimentos ecológicos, as sociedades modernas iam adquirindo rapidamente novos constrangimentos criados por si próprias (p. 22). Para a teoria social, o principal problema não era a destruição do meio ambiente, e sim, como as sociedades modernas ultrapassaram os limites de controle ambiental, baseada no paradigma segundo o qual o conhecimento serve para prever o futuro e controlar os fenômenos 10

11 como forma de estabelecimento de poder sobre o mundo como conjunto e sobre cada fenômeno em particular. 1.2 SOCIOLOGIA E MEIO AMBIENTE NO SÉCULO XX OU SOCIOLOGIA AMBIENTAL Contudo, no século XX, o contexto de emergência sobre as preocupações ambientais passam a orientar a entrada das análises sociológicas. Uma das primeiras tentativas de compreensão entre mundo social e mundo ambiental pode ser percebida na Escola de Chicago ou Ecologia Humana. A Ecologia Humana pode ser considerada como o ponto de partida para a explicação ecológica da destruição ambiental. Este modelo exerceu forte influência nos anos de 1920 até Robert Park é tido como um dos fundadores da ecologia urbana. Utilizando-se da teia da vida, demonstra que cada elemento procura uma forma de sobreviver e localizar-se em determinada posição no ambiente físico e na divisão do trabalho. Porém, Park não considerou a participação humana como influente neste processo, e que tal participação acabaria por gerar desequilíbrios nesta teia. Ele considera como sendo diferentes a ecologia humana e a ecologia da fauna e flora, pois, os seres humanos não estão atrelados diretamente ao ambiente físico, podendo modificá-lo conforme suas necessidades, sendo também determinadas por variáveis culturais e não somente biológicas (HANNIGAN, 1995). A partir da década de 1970, o que se pôde perceber foi o forte aumento da consciência ambiental tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. Quatro explicações podem ser atribuídas a esse processo: a reflexão da hipótese ; a tese pós-materialista ; a tese da nova classe média e a abordagem de encerramento político/regulador (HANNIGAN, 1995, p. 36). De acordo com a noção de reflexão da hipótese, devido ao agravamento da situação ambiental após a Segunda Guerra Mundial, houve na década de 1970 uma crescente conscientização a respeito do assunto. Porém, outras informações não apoiaram esta explicação, pois, segundo as mesmas, o tema foi ignorado durante grande parte do tempo. Portanto, tal conscientização não se deve ao fato de se perceber problemas agravados no meio ambiente, e sim, pela influência exercida por especialistas e pela comunicação social. Outra explicação é atribuída às modificações ocorridas nos valores de determinadas camadas da sociedade. Para Cotogrove (HANNIGAN, 1995), os problemas ambientais não podem ser considerados numa forma de vazio cognitivo e moral, e sim, através das discussões morais acerca da natureza da boa sociedade. Para ele o ambientalismo está relacionado aos interesses de uma classe média com um modelo de valores pró-empresariais : tese da nova classe média (p. 39). Este conceito é 11

12 muito parecido ao do pós-materialismo, diferenciando-se mais na esfera da localização social do indivíduo em questão, considerados com especialistas sociais e culturais (p. 40). Por sua vez, para que se possa definir mais precisamente o campo de pesquisa das ciências sociais ambientais, Hannigan (1995) considera dois problemas como fundamentais na literatura existente. O primeiro está relacionado à destruição ambiental, e o segundo, à conscientização acerca do tema. Entre tantos outros pensadores contemporâneos, os trabalhos de Catton, Dunlap e Schnaiberg podem ser considerados como os mais visíveis e influentes para os sociólogos ambientais norte-americanos (BUTTEL, 1992). Para Hannigan (1995), uma das maiores dificuldades dos sociólogos tem sido a de encontrar o foco de suas pesquisas ao conciliar meio ambiente e sociedade. Catton e Dunlap defendem que uma nova ecologia humana deve ser afirmada como o centro desses estudos, que levaria em conta as relações entre ambiente físico e sócio-comportamental. De acordo com Alonso e Costa (2002), sociedade e natureza foram separadas pela teoria clássica com o intuito de delimitar sua área de abrangência na análise relativa à biologia, tornando os fenômenos sociais independentes dos estudos ambientais. Porém, Catton e Dunlap buscaram uma reformulação dos moldes clássicos visando abarcar também questões ambientais no processo de análise. Em seu New Ecological Paradigm (NEP), procuram identificar as relações recíprocas entre ambiente físico e social. Contudo, essa visão não repercutiu da forma esperada, dando origem, na verdade, a outras subespecialidades. Contudo, duas esferas podem ser apresentadas como as principais na explicação da destruição ambiental, pois a partir da década de 1970, boa parte das discussões sociológicas estavam relacionadas à destruição ambiental. Uma está relacionada a Catton e Dunlap funções ambientais em competição, e a outra diz respeito ao pensamento de Schnaiberg, o qual aborda o assunto pela perspectiva da economia política, expressa na dialética social-ambiental e no trabalho rotativo da produção (HANNIGAN, 1995). Catton e Dunlap abordam muitos aspectos importantes, como a rejeição à abordagem sociológica clássica, bem como a visão de que a questão ecológica leva consigo o modelo subentendido, o qual pretendem tornar claro e mais atuante dentro da sociologia. Eles afirmam que algumas proposições são compartilhadas por adeptos de algumas teorias modernas como, por exemplo, a de que o ser humano, por ser um indivíduo de identidade cultural, se diferencia dos demais seres vivos. Eles também afirmam o fato de que a cultura pode se modificar constantemente, bem como progredir continuadamente, até mesmo mais rapidamente que os 12

13 aspectos biológicos. Portanto, muitas das divergências humanas não são inatas, e sim, influenciadas socialmente, sendo passíveis de modificação (BUTTEL, 1992). Para estes dois autores, identificam-se três finalidades apresentadas para o meio ambiente: armazém de provisões, espaço para viver e depósito de resíduos. Para Schnaiberg, de acordo com a visão dos pensadores da esfera da economia política, o capitalismo industrial avançado é tido como principal responsável pela degradação ambiental, levando a questão para o âmbito das classes sociais, no qual o Estado, juntamente com as corporações, opõe-se aos elementos comuns da sociedade. Os trabalhos de Marx e Engels abordam fortemente a questão das lutas de classe, no qual, segundo eles, o povo torna-se alienado não só de seu trabalho, mas de sua própria natureza. Acreditavam que deveria haver uma transformação nas relações entre homem e natureza, e consideravam o capitalismo e o Estado como agentes responsáveis pela destruição ecológica (HANNIGAN, 1995). Seguindo a mesma perspectiva da economia política, Schnaiberg relaciona o problema ambiental à estrutura da sociedade industrial moderna, classificada por ele como rotação da produção. Coube à publicidade o papel de difusor da cultura de consumo exercida por essa sociedade moderna. Para Schnaiberg, quando ocorre o esgotamento dos recursos naturais em determinado nível, não são alterados os níveis de produção, e sim, o espaço de exploração ambiental (HANNIGAN, 1995). Assim, limita-se a rever o método marxista do materialismo histórico, assim como, na utilização dos modelos neomarxistas e neoweberianos para explicação dos problemas ambientais. Schnaiberg afirma que a dinâmica qualitativa dos processos ecológicos e humanos se diferenciam, necessitando-se, então, de abordagens e conceitos específicos. Por exemplo, considera que os ecossistemas mais simples e com crescimento mais rápido, com o tempo, passam a se tornar mais complexos e de crescimento mais lento, enquanto nas economias humanas ocorre o inverso (BUTTEL, 1992). As abordagens influenciadas por interpretação neomarxista trazem uma visão da economia política na avaliação das relações sócio-ambientais. Responsabiliza a estrutura do capitalismo no que tange a degradação do meio natural e das mazelas da sociedade, atribuindo também relações recíprocas. Porém, não podemos ignorar os efeitos do próprio socialismo sobre essas questões, que em essência, não provocou profundas alterações. Deste modo, pode-se perceber tal condição com relação à gestão do Estado no âmbito ecológico. O Estado atua muitas vezes como regulador das relações econômicas em determinada esfera, porém, esse processo na maior parte das vezes é contraditório às questões ambientais. Cabe ao Estado, portando, ser moderado em suas decisões legislativas, de forma que não prejudique nem ao progresso nem ao meio ambiente. Para Schnaiberg, existem três forças e suas 13

14 inter-relações dialéticas expressam-se da seguinte maneira: (a) um maior crescimento econômico requer a exploração de uma maior parte do meio ambiente; (b) por conseqüência das maiores explorações ambientais, há uma maior exploração ecológica; e (c) os problemas ecológicos gerados acarretarão em barreiras para o crescimento econômico (HANNIGAN, 1995). Em sua síntese da escassez planejada, Schnaiberg tem como foco somente os problemas ambientais mais drásticos, permitindo, concomitantemente, uma expansão econômica moderada. Como exemplos, são citadas as medidas de controle ambiental aplicadas nos Estados Unidos na década de Schnaiberg desenvolve o conceito de rotina da produção, desobstruindo cada vez mais a natureza das forças sociais na expansão econômica das sociedades industriais capitalistas. Acredita-se que os problemas socioeconômicos gerados pela expansão econômica concentrada no capital devem ser enfrentados pela política, com medidas de incentivo e apoio a uma maior expansão, ou seja, a rotina de produção (BUTTEL, 1992). Assim como Catton e Dunlap, os trabalhos de Schnaiberg apresentam algumas inconsistências. Seu trabalho é analisado de forma positiva pela ótica intelectual, porém, possui em sua análise um nível bastante abstrato. Ele trata dos problemas ecológicos e ambientais como um conjunto de problemas de ruptura ecológica não-diferenciada, cabendo-lhe uma posição desfavorável comparativamente ao trabalho de Catton (BUTTEL, 1992). Segundo o autor, Schnaiberg não estava interessado em dar um novo direcionamento à sociologia, concentrando sua análise na utilização de idéias específicas dentro de modelos da ciência moderna que orientam (apesar de críticas epistemológicas) a sociologia e a economia política, identificadas para compreender os aspectos problemáticos da ecologia. Buttel (1992) afirma que os trabalhos realizados por Catton, Dunlap e Schnaiberg, apesar de inovadores e persuasivos, pouco puderam fazer pela projeção da sociologia ambiental no cenário ocidental. Porém, certos pontos em comum entre esses pensadores, no que tange às questões ambientais, levam a crer que a sociologia ambiental está em avanços significativos, pois, percebe-se que começa a haver um paralelismo entre as correntes que anteriormente eram divergentes entre si. Uma demonstração de tal consideração pode ser verificada na revisão das prioridades da sociologia nos anos 70 e início dos anos 80 (BUTTEL, 1992), e com o debate teórico, metodológico e, muitas vezes, epistemológico sobre o desenvolvimento das ciências socioambientais (JANUÁRIO, 2006) ou socioecológicas (VIEIRA & WEBER, 2000). Tais revisões passaram a considerar a questão da problemática ecológica. Estudos do pós-industrialismo e a economia de serviços, a economia política da crise econômica e o Estado, a análise do curso da vida e a nova economia doméstica e por fim, a crescente popularidade da pesquisa histórica comparada, são alguns desses problemas abordados. 14

15 A sociologia ambiental, como apenas mais um recente tema das discussões sociológicas, vem ganhando projeção com a especialização da disciplina sociológica nos Estados Unidos. Essas análises ecológicas poderão ser realizadas orientadas pela ótica sociológica: seus modelos de análises e sua tradição teórico-metodológica. Porém, esses diferenciais não serão suficientemente fortes para a mudança de perspectiva dentro da sociologia, objetivando um novo paradigma ecológico. Para que se possa alimentar o debate para além de perspectivas disciplinares, é necessário que se transponha o debate para além da sociologia e que se incorpore a dimensão interdisciplinar ao desenvolvimento dos modelos de análise. Acredita-se que a visão mundial dos sociólogos foi determinante para o fracasso sociológico em temas ambientais. Segundo Catton e Dunlap, grande parte dos sociólogos acreditava haver diferenças entre os princípios que dirigiam o ser humano e as demais espécies: as sociedades humanas eram desprovidas de tais restrições. Algumas esferas da sociologia eram defensoras dos benefícios do desenvolvimento econômico e tecnológico. Inkeles e Smith, bem como Lerner, podem ser considerados como estudiosos do processo de modernização. Utilizando-se da análise de Hannigan sobre Inkeles e Smith, a modernização pode ser entendida como um processo de transformação social e pessoal, sendo no aspecto social a criação de nações e instituições. De acordo com o pensamento desses autores, a modernização não obteve sucesso pelo fato de que a comunidade está presa a idéias do passado, sem que se quebrem essas amarras rumo à modernização. Consideram a fábrica como a verdadeira escola da modernidade (HANNIGAN, 1995, p. 20), pois, segundo eles, a fábrica é a síntese do modelo institucional moderno. Já para Lerner, coube a comunicação social o papel de uma mudança psicológica para a transformação nas populações camponesas. O ambiente físico passou a ter menos influência com o processo de modernização, pois, segundo Inkeles e Smith, a capacidade de dominação sobre o meio ambiente dá um sentido de produção do efeito moderno esperado (HANNIGAN, 1995). Clifford Wharton, economista agrícola da década de 1960, foi um dos poucos a identificar os obstáculos impostos pelo meio ambiente ao desenvolvimento da modernidade, opondo-se a uma maioria de sociólogos que acreditavam ser o ambiente natural como algo secundário frente aos benefícios da modernidade, principalmente o individualismo. Apesar de admitida à acentuação do problema ambiental, a maior parte dos críticos acreditava ser os aspectos de classe e poder os responsáveis pelos problemas da modernidade (HANNIGAN, 1995). Porém, a partir da década de 1970, houve nos Estados Unidos um maior reconhecimento por parte dos sociólogos em relação aos problemas do meio ambiente. Grande 15

16 parte das discussões sociológicas estava relacionada ao tema. Na Europa, este fato pode ser observado pela maior participação de forças políticas denominadas verdes, cujo foco principal era o ambientalismo e o movimento ambiental. No mesmo período, Catton e Dunlap procuram difundir seu Novo Paradigma Ecológico (NPE) no domínio sociológico (HANNIGAN, 1995). Ulrich Beck procurou relacionar a questão ambiental através de uma perspectiva da macrossociologia da mudança social (HANNIGAN, 1995, p. 24) e não de um modelo fixado particularmente na sociologia ambiental Ulrich Beck também contribui para a questão ambiental, analisando natureza e sociedade pela idéia de risco sistêmico, segundo o qual se trata de uma das características das sociedades pós-industriais. Essas sociedades, caracterizadas por problemas ambientais acentuados, sofreriam as conseqüências de um problema em escala global proporcionado por elas mesmas (ALONSO e COSTA, 2002). O pensamento de Elisabeth Shove nos diz que os sociólogos podem contribuir na questão ambiental de duas formas, que seriam através da incorporação ou do empenho. Segunda ela, a incorporação seria o processo de enriquecimento da investigação ambiental através de bolsas ou lugares de investigação, e o empenho trata da identificação dos benefícios obtidos pela utilização da abordagem sociológica no contexto ambiental. Para Mary Douglas e Aaron Wildavsky, os valores de uma sociedade são respaldados por suas visões do ambiente físico, sendo impossível o conhecimento objetivo da natureza (p. 37). Há aqueles que vão mais além, como os construtivistas, que consideram as questões ambientais e sociais analiticamente inseparáveis. Latour adota uma abordagem mais rígida de análise, considerando como inexistentes os conceitos puros de sociedade ou natureza. Conforme uma nova abordagem sugerida por Ronald Inglehart, as sociedades pósindustriais no período subseqüente a Segunda Guerra Mundial, estavam em vias de modificação de seus valores, proporcionadas pela prosperidade e pela segurança do pós-guerra. Esses valores são considerados como pós-materiais e seriam dados por uma nova classe média. Habermas sustenta a interação de três fatores como responsáveis pelo surgimento dos movimentos sociais: o resultado das tensões estruturais da sociedade ocidental, reações defensivas contra a intrusão do Estado e da economia no mundo da vida (p. 38). Uma diferente vertente é abordada por Jordan e Maloney, que consideram como sendo mais importantes as formas como os movimentos são organizados e os recursos materiais disponíveis. Um outro pensamento considera que os fatos históricos e sócio-políticos são importantes para a construção de ideais de ação ambiental. Alguns autores acreditam que seja necessária uma inserção definitiva da questão ambiental nos círculos de debates sociais, porém, os estudos parecem caminhar em direção 16

17 oposta a essa unificação. Na década de 1990, se percebe a diversificação das análises empíricas de caráter realista-materialista. Uma crítica às idéias construtivistas-culturalistas refere-se a seu apego ao âmbito simbólico da vida social, ignorando praticamente as questões institucionais, as divergências por poder e as motivações para ações de cunho ambiental. Grande parte dos autores percebe a importância das relações sociedades-naturezas e consideram a forma como essas sociedades se organizam e atuam sobre o meio ambiente as principais responsáveis pela degradação dos ecossistemas. É necessário um maior aprofundamento epistemológico para estas relações sociedades-naturezas. Brechin e Krempton questionam a teoria pós-materialista por acreditarem não haver preocupação ambiental somente no nível dos países industrializados, mas em nível global. Para isso, apresentam dois fundamentos: movimentos generalizados de ativismo ambiental do povo e um par de inquéritos de opinião transnacionais (HANNIGAN, 1995, p. 39). Conforme concluem, o pós-materialismo não pode ser visto como simples resultado de uma transformação dos valores, e sim, como um processo de caráter complexo e de proporções iguais entre nações pobres e ricas. Steinmetz afirma que na sociedade a qual estamos inseridos, a consciência sobre os problemas ambientais, cedo ou tarde, irá transpor as barreiras de classe. Ele observa também que apesar da consciência ambiental estar presente tanto na classe baixa quanto na classe média, a mesma dispõe de maiores recursos na percepção e mobilização de tais problemas (HANNIGAN, 1995). Com relação à questão de regulação política da modernidade (aspecto regulador político da vida social), procurou-se estabelecer relações entre o aumento da consciência ambiental e os movimentos na esfera política na Europa Ocidental. Acredita-se que os Novos Movimentos Sociais foram uma forma de impedir a intromissão do Estado na vida do indivíduo comum, sendo conhecida por Habermas como a colonização do mundo vivo (HANNIGAN, 1995, p. 42). Halfmann e Japp identificam esses movimentos como sendo de caráter seletivo, pois escolhem problemas a serem combatidos de acordo com a necessidade de preservação de nossa hipótese de vida. Apesar das hipóteses discutidas apresentarem suas fundamentações, nenhuma delas é capaz de dar um tronco teórico com força de explicar como são articuladas as relações entre sociedade e meio ambiente. Conforme Thompson (HANNIGAN, 1995), os debates carecem não só de proposições confiáveis, como também de colocações que não sejam incoerentes, e que possam fundamentar um estudo sobre os problemas ambientais, sendo necessária a participação global do público e não somente de uma minoria de especialistas. 17

18 2 CIÊNCIAS SOCIAIS E MEIO AMBIENTE: ALGUMAS PERSPECTIVAS NO BRASIL Após uma breve explicação sobre o surgimento do debate acerca da problemática ambiental, nos deteremos na análise das relações entre Ciências Sociais e o meio ambiente, no âmbito nacional. A obra de Ângela Alonso e Valeriano Costa será utilizada aqui como instrumento de estudo do desenvolvimento da perspectiva ambiental no Brasil. Para estes autores o Brasil carece de uma perspectiva ambiental de análise. Em contrapartida, o mesmo tema apresenta-se nos Estados Unidos e na Europa concomitantemente aos acontecimentos relativos às décadas de 80 e 90, que se concentravam principalmente no tema desenvolvimento sustentável. A inclusão da perspectiva ambiental no debate vem com intuito de criticar o modelo capitalista de vida e dar suporte a padrões alternativos de relação entre sociedade e natureza, entre consumo e recursos 2 naturais. Moraes (2002) apresenta três referências filosóficas gerais como sistematização teórica que caracterizam relações sociedades-naturezas, inclusive no contexto atual: naturalismo, tecnicismo e romantismo. Naturalismo: postura filosófica naturalista perante o mundo, história e relação sociedade-natureza, a qual desconsidera a dimensão social da problemática ambiental. Aqui o homem é fator de alteração do equilíbrio do meio, e não há sociedade, mas ação antrópica (uma variável adicional num conjunto de fatores naturais). A relação homem-natureza não é mediada pelas relações sociais. Tecnicismo: dilui as implicações políticas no tratamento da questão ambiental (soluções técnicas sem envolvimento de decisões políticas, interesses, projetos e perspectivas conflitantes). A autolegitimação da razão técnica, por meio de sua lógica interna, busca autonomizar a ciência frente à sociedade que a gerou, dispondo-se acima de conflitos e disputas. A própria razão técnica, portanto, só se torna acessível aos seus adeptos. No caso da pesquisa ambiental, aqueles pesquisadores mais diretamente envolvidos com o planejamento e os órgãos públicos, logo, os que mais podem aferir o peso político das decisões técnicas, são os que geralmente professam com maior ênfase o neutralismo tecnicista (p. 54). Romantismo: caracteriza-se pelo excesso de politização ou ideologização, com frágeis fundamentações baseadas em bom senso bem intencionado e ingênuo. Considera a política como arena maniqueísta da vontade, sem suas lógicas internas e determinações estruturais (estruturantes). Na questão ambiental, o romantismo se apresenta no preservacionismo radical, anti-humanística (natureza com valor maior que o homem). 2 A idéia de recurso que percorre toda a modernidade refere-se à reificação ou coisificação da natureza, tornando-a somente um objeto de utilidade ao consumo humano. 18

19 Estas três posturas estão presentes nos discursos das pesquisas universitárias, nos modelos instituições de formulação de pesquisas e nas relações com sociedade e, sobretudo, o Estado. Estas concepções se materializam em projetos de pesquisa, estruturas burocráticas, procedimentos de pesquisa, programas e financiamentos, em políticas públicas relacionadas à questão ambiental. Portanto, discutir questões ambientais requer refletir idéias e concepções que inspiram ou presidem suas origens, estruturação e dinâmicas. 2.1 BALANÇO BIBLIOGRÁFICO DE ALONSO E COSTA Os autores fazem um balanço bibliográfico dos cientistas sociais brasileiros, fundamentalmente os que vêm da sociologia rural ou da sociologia dos movimentos sociais que voltam suas atenções para a questão ambiental. Assim, podemos dizer que a Ciências Sociais x meio ambiente ou sociologia ambiental começa a ganhar um corpo teórico no caso brasileiro. Segundo os autores, as questões ambientais já fazem parte das discussões sociológicas e políticas da sociedade brasileira. Três pontos de vista são tomados como fundamentais: como um movimento social, como parte de um processo político global, e como foco de um novo tipo de conflito social (ALONSO E COSTA, 2002, p. 40). Associam-se os movimentos ambientais brasileiros ao processo de redemocratização do país. Também, algumas características puderam ser observadas no modelo ambientalista brasileiro. O primeiro fato observado foi a dominação da teoria de Viola nas discussões ambientais. E, segundo, houve uma supremacia dos estudos de caso, o que acabou por gerar uma falta de análises empíricas sobre a questão da mobilização social. A tese elaborada por Eduardo Viola (multissetorialismo) foi, durante muito tempo, a base para o pensamento teórico ambiental brasileiro. No seu método multissetorialista, sustentase que as divergências ambientais seriam de valor. Segundo sua concepção, apesar dos movimentos sociais serem de cunho marxista, não apresentam uma composição homogênea de classe, tendo como atores, portanto, todas as camadas da sociedade. No Brasil, acredita-se que a partir da década de 70, influências externas teriam dado início a um processo de criação de legislações e instituições ambientalistas, ocorrendo um diálogo nos âmbitos estatal e das entidades ambientalistas da sociedade civil. Após 1986, houve uma maior expansão dessas discussões, conhecida como ambientalismo multissetorial e, a partir do Rio-92, houve a aproximação das idéias ambientais em torno do desenvolvimento sustentável. 19

20 Contudo, Viola não demonstra quais são os mecanismos de funcionamento e quais os resultados obtidos pelo seu modelo. Percebemos a partir dessas afirmativas que a preocupação com a problemática ambiental é algo muito recente, limitando nossa capacidade de ação na resolução dos impactos ambientais negativos, pois muitas das causas e conseqüências dessa degradação ainda não foram completamente identificadas. A globalização da questão ambiental tem em Viola e Leis seus principais contribuintes. Esta análise procura demonstrar como o processo de debates e conscientização da sociedade vem paulatinamente modificando as concepções humanas acerca dos riscos naturais. Posteriormente, Viola reconhece que só as motivações ambientalistas não são suficientes para um bom resultado. Fatores políticos também são importantes nesse processo. Como Viola, Vigevani acredita que os assuntos ambientais devem ser abordados de forma conjunta, de um modo cooperativo, num âmbito global de acordos. Alguns autores também colocam os problemas ambientais como conseqüências do modelo de desenvolvimento econômico, pois, esses sistemas provocam alterações nos padrões de vida de algumas sociedades, bem como, modificações no ambiente físico. Jacobi, em defesa de bases de participação política, nos remete ao fato de que para que ocorra o verdadeiro reconhecimento dos problemas ambientais, é necessário que os agentes participem ativamente dessas mobilizações, sem que haja uma dependência de soluções oriundas do Estado. Ele contesta a participação popular como forma de ambientalismo, pois estes não estariam aptos a desempenhar tal função. Para ele, as camadas mais baixas da sociedade não possuem uma visão ambiental tão centrada como ocorre com a classe média. Para a classe mais baixa, os problemas com infra-estrutura e violência são mais fundamentais. Leitão considera que as discussões ambientais recebem a mesma importância tanto no Brasil quanto nos países de primeiro mundo. A elite brasileira, principalmente do sul e sudeste, seria a grande responsável por esta difusão da conscientização ecológica na sociedade brasileira. Herculano opõe-se, em parte, ao pensamento de Jacobi afirmando que os problemas ambientais seriam levados à esfera estatal, a qual seria o palco das discussões políticas sobre o tema. Mais recentemente, pesquisadores brasileiros vêm sendo influenciados por uma visão construtivista dos problemas ambientais, principalmente aqueles ligados a Hannigan. Hannigan acredita que os problemas sociais não devem ser considerados de forma passiva, pois muitos dos problemas ambientais são dependentes das comunidades especializadas, portanto, não podemos muitas vezes percebê-los de forma real. Essa perspectiva observa como os agentes modificadores atuam sobre os problemas ambientais e como são estabelecidos os conflitos. 20

21 Essa visão pode ser percebida nos trabalhos de Guivant, que mostram como são criadas as compreensões ambientais em casos de conflito. Já para Fuks, a discussão pública em torno do meio ambiente seria apenas uma generalização de interesses de determinados grupos. Em um estudo realizado por Alexandre, na cidade de Florianópolis (SC), percebeu-se que o cenário judicial tornou-se o principal campo de batalhas de questões ambientais. Costa, Alonso e Tomioka acreditam que a conscientização ambiental do tema não ocorre pela atuação dos agentes, mais sim, pelos embaraços moral, jurídico e políticos proporcionados aos atores, através de legislações e instituições específicas. Outra vertente importante é a de Pacheco e seus colaboradores. Estes afirmam que as relações sociais, econômicas e ambientais estariam ligadas pelo processo dinâmico das cidades e seus vários atores. O âmbito público seria o abrigo das discussões ambientais e, quanto aos atores, seriam consideradas variáveis não-econômicas nas discussões. Estes estão baseados na teoria do processo político desenvolvida por McAdam, Tarrow e Tilly que considera concomitantemente as dimensões estruturalistas e culturalistas. Até o princípio da década de 90, o grande foco das discussões ambientalistas brasileiras dizia respeito aos impactos gerados pelo desenvolvimento econômico nos aspectos socioambientais e que estavam diretamente ligadas à formulação de sistemas de desenvolvimento sustentável. Grande parte da literatura referente ao tema surge da junção entre desenvolvimento sustentável e uma nova visão da concepção marxista de meio ambiente em Ciências Sociais. Neste modelo, o capitalismo é apontado como causa dos problemas socioambientais, além dos impactos gerados por ele. A análise demográfica e socioeconômica também é utilizada como ferramenta de estudos, apontando também para o capitalismo a responsabilidade pela pobreza e a degradação do ambiente natural. Segundo Hogan, o problema da falta de recursos naturais é originado pela falta de uma consciência de consumo, cujos recursos não são utilizados de forma racional. A inovação tecnológica também é apontada como solução para essa escassez. Percebemos que alguns autores já consideram a insustentabilidade do consumo como sendo um grave problema para o meio ambiente. Posteriormente, abordaremos de forma mais específica esse tema. Para alguns autores, o problema ambiental poderia ser discutido através da participação do Estado neste processo, pois se acredita que este possua as ferramentas necessárias para efetuar uma mudança nas estruturas legais e comportamentais da sociedade. Porém, para outros, essa situação não ocorreria, por considerarem o Estado incapaz de atender à demanda por tais soluções. 21

22 Leis afirma a impossibilidade dos conselhos ambientalistas participarem de forma integral na questão ambiental, por não poderem reunir em seus métodos o conjunto integrado de interesses, cabendo, portanto, à comunidade científica e política estabelecer tais relações. Alguns confiam na possibilidade de difusão e democratização da consciência ambiental na sociedade. Porém, há aqueles que acreditam que esta perspectiva está mais preocupada com a abordagem social do que ambiental. Pádua procurou abordar a questão das idéias ambientais brasileiras relacionando seus aspectos históricos, reconstruindo uma tradição ecológica original no pensamento político brasileiro (apud ALONSO e COSTA, 2002, p. 49). Essa tradição ecológica, essencialmente, seria de duas formas: rural e nativa ou original. J. M. Carvalho escreve sobre um tipo de pensamento predominante no Brasil, o do endenismo, caracterizado pela exaltação das qualidades da natureza do Brasil (apud ALONSO e COSTA, 2002, p. 50). Segundo ele, o Brasil carece de uma tradição cívica, que seria o fundamento da democracia SOCIEDADES-NATUREZAS: A PERSPECTIVA DE PAULO VIEIRA Neste tópico, trataremos das relações entre sociedades e naturezas e suas conseqüências para as demais esferas da vida humana. Apesar de seu caráter recente, os estudos realizados acerca das sociedades-naturezas contribuem para o entendimento e crítica dos modelos convencionais de estudo. Conforme Vieira (1992), no início dos anos 70, começa uma conscientização planetária dos riscos sócio-ambientais, no contexto do desenvolvimento recente da industrialização e tecnologia. Trata-se de um estudo da sociedade e do meio ambiente, verificando uma nova reorganização das sociedades científicas. Vieira (idem) explica que ciências sociais do meio ambiente indica a junção de todas as disciplinas das ciências sociais e humanas sociologia, demografia, ciência política, antropologia, geografia humana e a economia que estão compreendidas nas relações entre comunidades, grupos sociais e o meio ambiente em que se encontram. A intenção do autor é oferecer um mapeamento do esforço da pesquisa, no qual inclui a identificação da área temática de cada disciplina, bem como, caracterizar as principais lacunas de conhecimento, que servirão para incrementar a pesquisa nos próximos anos. O autor fez uma sistematização de textos que discorrem sobre problemas para ecologia política e sociedade. A área temática refere-se a uma identificação exploratória, colocada como linhas de força. Citando Meadows (1978, apud VIEIRA, 1992) a definição de 22

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