TEXTO 2 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER DE MAMA. Tânia Aparecida Correia Furquim 1
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- Ana Luísa Angelim Farias
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1 TEXTO 2 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER DE MAMA Tânia Aparecida Correia Furquim 1 A prevenção, a detecção e o tratamento do câncer de mama (CM) formam hoje o grande objetivo para a melhoria da saúde da mulher. O Ministério da Saúde, por intermédio do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em sua publicação de 2011: Estimativa 2012: Incidência de câncer no Brasil projetou que ocorreriam casos novos deste tipo de câncer no Brasil em , contra em (Figura 1). Um estudo destes dados publicados 3 mostrou que, no período de 1979 a 2006, houve um aumento porcentual da taxa de mortalidade por CM de 80,3%, passando de 5,77 para 9,74 por mulheres (Figura 2), sendo que no ano 2000 foram registrados óbitos 2. Uma das possíveis justificativas para este aumento pode ser devido tanto ao aumento no número de diagnósticos como à melhoria da informação nos atestados de óbito. Figura 1- Comparação do crescimento do número de incidência de casos de câncer no, período de 2003 a ,2, mesmo com aumento do número de instalações com mamógrafos. 1 Física Médica do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo. Doutora em Tecnologia Nuclear - Aplicações (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - SP), Mestre em Biofísica (Instituto de Física da USP), Especialista em Radiologia Diagnóstica (Associação Brasileira de Física Médica) 1
2 Figura 2- Registro do número de mortalidade por câncer de mama entre 1979 e A distribuição da estimativa para o ano de 2012 do aparecimento de novos casos no Brasil de CM em mulheres é bastante irregular. A Figura 3 apresenta a distribuição das taxas brutas de incidência por mulheres por Unidade da Federação e a Figura 4 mostra os tipos de câncer mais incidentes, estimados para 2012, na população brasileira. Conforme mostram as Figura 5 Figura 6, o tipo de câncer que causa a maior mortalidade em mulheres é o de mama e, a região Sudeste apresenta a maior taxa de mortalidade das mulheres brasileiras, seguido do Sul, Centro Oeste, Nordeste e Norte. Sabe-se que métodos para a prevenção deste tipo de câncer estão em fase de estudo e nada existe de concreto para sua implementação. Também, os processos de cura são controversos e nem sempre alcançam sucesso. Assim, ressalta-se a importância dos métodos de detecção dos tumores o mais prematuramente possível, o que leva à necessidade de se manter os equipamentos para a obtenção da imagem mamográfica os mais precisos e em melhor estado de funcionamento possível, principalmente quando se trata de imagens de mulheres assintomáticas. De acordo com o INCA 1, apesar deste tipo de neoplasia maligna ser de relativamente bom prognóstico, desde que diagnosticado e tratado em estádio inicial, as taxas de mortalidade por CM continuam elevadas no Brasil, dado que 50% em média dos tumores de mama foram diagnosticados em estádios III e IV (de acordo com a classificação TNM) no biênio 2000/
3 Figura 3- Representação espacial das taxas brutas de incidência por 100 mil mulheres, estimadas para o ano de 2012, segundo a Unidade da Federação (neoplasia maligna da mama feminina) 1. Fonte: Atualmente, o equipamento mamográfico é o que fornece imagens mais precisas para que se possa detectar o câncer de mama de forma mais precoce. No Brasil, existem destes equipamentos de mamografia, de acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) 5, o que corresponde a um equipamento para cerca de mulheres. Este número é muito grande, aumentando a responsabilidade do diagnóstico por um equipamento de mamografia. Conforme mostra a Figura 4, estima-se para 2012 que o segundo tipo de câncer que mais afetará a mulher será o de mama, com uma taxa de incidência de 52 casos por mulheres no Brasil. Figura 4 - Estimativas de novos casos para o ano de 2012, para os dez tipos de câncer mais incidentes na população brasileira, segundo localização primária, exceto pele não melanoma 1. Fonte: 3
4 Figura 5 Taxas de mortalidade feminina por câncer, segundo as cinco localizações primárias mais frequentes por mulheres, Brasil, no período entre 1988 e Fonte: Sistema de Informação sobre Mortalidade; Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Ministério da Saúde/Instituto Nacional do Câncer/Comprev/Divisão de Informação Figura 6 Taxa bruta de mortalidade por câncer de mama, segundo regiões brasileiras no período de 2000 a Fonte: Sistema de Informação sobre Mortalidade; Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Ministério da Saúde/Instituto Nacional do Câncer/Conprev/Divisão de Informação Assim, percebe-se que, apesar de grave, este problema é de solução clara, e citando afirmações do INCA 2 : a reversão deste cenário está amparada em estratégias que se constituem de investimentos tecnológicos e em recursos humanos no âmbito de um programa 4
5 estruturado para detecção precoce desta neoplasia e um sistema nacional de informações. Figura 7 Diagrama representativo das necessidades de reversão do quadro atual relacionado à detecção do câncer de mama Continue pesquisando, outros dados estão disponíveis em: Epidemiologia e Serviços de Saúde Revista do Sistema Único de Saúde do Brasil IBGE divulga Indicadores Demográficos e de Saúde. Referencias Bibliográficas 1 MINISTÉRIO DA SAÚDE. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Estimativa 2012: Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro, INCA, MINISTÉRIO DA SAÚDE. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Estimativas da Incidência e Mortalidade por câncer no Brasil Rio de Janeiro, INCA, MINISTÉRIO DA SAÚDE. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Vigilância do Câncer e fatores de risco. Atlas de Mortalidade por câncer. Disponível em: Acesso em 29/02/ MINISTÉRIO DA SAÚDE. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Estimativas da Incidência e Mortalidade por câncer no Brasil Rio de Janeiro, INCA, MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. DATASUS. Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde Indicadores Equipamentos. Disponível em < Acesso em 29/02/
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