BioS RESUMÃO DE FISIOLOGIA HUMANA Profª Mary Ann Saraiva
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- Benedicta Cipriano Bergler
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1 I. SISTEMA NERVOSO O Sistema nervoso é responsável pelo controle de nossos atos voluntários e involuntários. Nem todos os estímulos são capazes de gerar impulsos nervosos. Só os estímulos com uma intensidade mínima, chamada limiar excitatório geram impulsos. A partir deste limiar, o potencial da ação do neurônio será o mesmo, independente da intensidade do estímulo. O neurônio responde a lei do TUDO ou NADA. 2.No homem, o sistema nervoso pode ser dividido em sistema nervoso central (encéfalo e medula) e periférico (gânglios e nervos). Os gânglios são corpos de neurônios agrupados. aspectos da digestão. 3.No encéfalo encontramos como principais estruturas o cérebro que coordenação dos atos voluntários, possui o centro de controle dos sentidos, memória, etc. O cerebelo funciona na coordenação dos movimentos corporais, controle do equilíbrio. O tálamo funciona como uma "estação retransmissora". O hipotálamo atua no controle hídrico do corpo, temperatura, pressão sanguínea, comportamento sexual. O mesencéfalo atua no estado de concentração dos músculos, alguns reflexos. A ponte faz a conexão entre o cérebro e a medula. O bulbo atua sobre os ritmos cardíacos, respiratórios e 4.No córtex cerebral (região periférica) é cinzenta pela concentração de corpos celulares de neurônios, enquanto que na região central é branca pela concentração de axônios. Este aspecto é contrário na medula e no bulbo, apresentando a massa cinzenta no interior e a branca na periferia. 5.A medula localiza-se dentro da coluna vertebral. Atua recebendo e enviando impulsos nervosos ao cérebro e é a sede de vários atos reflexos (REFLEXO PATELAR, ETC). 6.Protegendo o sistema nervoso central encontramos as meninges: piamater (mais interna), aracnóide (mediana) e duramater (mais externa). 7.O sistema nervoso periférico é constituído por 12 pares de nervos cranianos (partem do crânio) e 31 pares de nervos raquianos ou raquidianos (partem da medula). 8.Os atos reflexos são respostas involuntárias a um estímulo sensorial. O estímulo chega ao órgão receptor, é enviado à medula através de neurônios sensitivos ou aferentes (chegam pela raiz dorsal). Na medula, neurônios associativos recebem a informação e emitem uma ordem de ação através dos neurônios motores (saem da medula através da raiz ventral). Os neurônios motores ou eferentes chegam ao órgão efetor que realizará uma resposta ao estímulo inicial. 9.O sistema nervoso autônomo ou visceral controla as atividades específicas do nosso corpo de forma involuntária. Funcionam de forma antagônica (contrária). Os nervos são considerados como simpáticos e parassimpáticos. COMPARAÇÃO ENTRE SISTEMAS SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO S. N. P. AUTÔNOMO Simpático Parassimpático Origem das fibras Medula torácica e lombar Bulbo e medula sacral pré-ganglionares Gânglio Próximo à medula espinhal Mais distante da medula espinhal Tipos de neurotransmissor liberado E II. SISTEMA ENDÓCRINO Fibra pré-ganglionar: acetilcolina Fibra pós-ganglionar: noradrenalina Fibra pré e pós-ganglionar: acetilcolina 1.Os hormônios são substâncias químicas produzidas por glândulas endócrinas ou mistas (exócrinas e endócrinas) que são lançadas na corrente sanguínea e vão atuar em determinadas células, as células alvo. 2.São glândulas do sistema endócrino: a hipófise, a tireóide, a paratireóide, as adrenais, o pâncreas, os testículos e os ovários. 3.Feed-back ou retroalimentação ocorre quando uma glândula recebe um estímulo, via hormônio e passa a secretar um segundo hormônio. Se este segundo hormônio inibir a síntese do primeiro hormônio, temos um feed back negativo; mas, se passar a estimular, denominados de feed back positivo. 4. A Hipófise, localiza-se na base do crânio. Apresenta duas regiões distintas: a adeno-hipófise e a neuro-hipófise. 1
2 5. Os principais hormônios produzidos na adeno-hipófise são: -S.T.H. - Hormônio do crescimento ou somatrotófico é o hormônio que promove o crescimento dos ossos, músculos e cartilagens. - Prolactina - estimula a produção do leite. - Hormônio tireotrófico (TSH) - estimula a hipófise a produzir seus hormônios (T3 e T4). - Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) - estimula o córtex das adrenais a produzir seus hormônios. - Hormônio gonadotróficos- vão estimular as gônadas (testículos e ovários) a liberar FSH- folículo estimulante, LH. Luteinizante. - Hormônios melanotrófico (MSH) - estimula a produção de melanina. 6.A neuro-hipófise não produz hormônios, entretanto, acumula e libera dois hormônios produzidos no hipotálamo: - Ocitocina- estimular a musculatura lisa responsável pelas contrações do parto e a ejeção do leite pelas glândulas mamárias. - Hormônio antidiurético (ADH)- promovendo a reabsorção da água nos túbulos dos néfrons. Distúrbios com falta de ADH provoca o diabetes insípidus. 7.A glândula tireoide, localiza-se na frente da traqueia e atua na produção dos seguintes hormônios: T3 ou triiodotironina e T4, tetraiodotironina ou tiroxina. A falta de iodo na alimentação ou estímulo do hormônio tireotrófico (TSH) da hipófise induzem uma redução na produção do T3 e T4, denominando de hipotireoidismo. Quando existe uma super produção de T3 e T4, através do estímulo da tireóide, denominamos de hipertireoidismo. Em ambos os casos ocorre a formação de bócio (aumento da tireóide). Outro hormônio produzido pela tireóide é a calcitonina. Este hormônio tem como função promover a passagem de cálcio do sangue para o osso. 8.As paratireoides são 4 pequenas glândulas localizadas atrás da tireóide. Produzem o paratormônio que tem como função estimular a passagem do cálcio para o sangue. As fontes de cálcio são: alimentação, néfrons e ossos. 9.A calcitonina e o paratormônio realizam atividades antagônicas em relação ao cálcio. Podem promover a hipercalcemia, com tendência a calculose (formação de cálculos renais) e a osteoporose e podem provocar a hipocalcemia (baixo cálcio no sangue) com uma super mineralização óssea. 10.As adrenais ou supra-renais são glândulas localizadas acima dos rins. No seu córtex produzem a aldosterona que atua na reabsorção de sais de sódio e cloro; glicocorticóides que produzem glicose a partir de aminoácidos e lipideos e androgênicos que são hormônios sexuais masculinos. Na medula, é produzida a adrenalina e a noradrenalina que produz vários efeitos no nosso corpo, como: taquicardia, vasoconstricção, aumento do tônus muscular, etc. 11.O pâncreas é uma glândula mista ou anfícrina, produzindo o suco pancreático e hormônios. A produção dos hormônios está diretamente ligado às células alfa e beta que formam as ilhotas de Langerhans. A insulina é um hormônio produzido pelas células beta e são responsáveis pela passagem de glicose para as células do organismo e a formação do glicogênio no fígado e nos músculos. O glucagon, é um hormônio que atua de forma antagônica à insulina, permitindo a transformação do glicogênio em glicose para ser liberada no sangue. Ambos hormônios são liberados no sangue quando os níveis de glicose varia. 12.As gônadas são glândulas mistas ou anfícrinas e são representadas pelos testículos e ovários. Nos testículos, nas células intersticiais ou células de Leydig, são produzidos a testosterona que é um hormônio masculinizante que confere as características sexuais masculinas. Nos ovários, são produzidos o estrogênio e a progesterona. O estrogênio promove o desenvolvimento do ovócito I e das características sexuais femininas e a progesterona atua, principalmente, no útero preparando-o para a gravidez. EVENTOS DA OVULAÇÃO 1. A hipófise libera FSH. 2. O FSH estimula as células foliculares do ovário a liberarem estrógeno. 3. O estrógeno estimula o ovócito I a concluir a Meiose I e formar o ovócito II. Inibe ainda o FSH (feed back negativo) e estimula o LH (feed back positivo). 4. O LH determina a ovulação e o corpo lúteo, passa a produzir progesterona. 5. A progesterona estimula o crescimento do endométrio uterino e inibe o LH. 6. Como FSH e LH são inibidos, há queda hormonal. 7. O endométrio uterino descama (menstruação), sinalizando o final do ciclo e o 1º dia de um novo ciclo. 2
3 III. DIGESTÃO 1. Caminho do Alimento: Boca > faringe > esôfago > estômago > duodeno > jejuno > íleo > ceco > cólon > reto > ânus. 2. Órgãos do sistema digestório Boca local da mastigação e início da digestão do amido, por ação da amilase salivar, que atua em ph = 7,0. Faringe órgão comum para a respiração e a digestão. A epiglote impede a entrada de alimento na traquéia. Esôfago tubo por onde passa o bolo alimentar, se encontra com o estômago. Estômago digestão de vários tipos de alimentos protéicos. Secreção do suco gástrico composto por enzima (pepsina) e ácido clorídrico, este que inibe a proliferação bacteriana, além de ativar o pepsinogênio em pepsina e facilitar a absorção de ferro. A pepsina (protease gástrica) trabalha em meio ácido (ph 2). Digestão de proteínas. Intestino Delgado nele atuam várias enzimas, produzidas pelas células do intestino formando o suco entérico, ou pelas células exócrinas do pâncreas formando o suco pancreático. No intestino a absorção é facilitada devido à presença das microvilosidades e vilosidades, responsáveis pelo aumento da superfície de absorção. Pâncreas glândula anficrina ou mista, anexa ao tubo digestivo. - Porção endócrina (Ilhotas de Langehans) produz a insulina e o glucagon. - Porção exócrina (ácinos pancreáticos) produz o suco pancreático, rico em enzimas, além de apresentar grande quantidade de bicarbonato, que atuará na neutralização total da acidez do quimo (alimento + HCl); o ph, agora, ficará entre 7,8 e 8,2 que é o ideal para ação das enzimas pancreáticas. A regulação hormonal do pâncreas é dada por dois hormônios secretados por células do duodeno: secretina (libera suco com bicarbonato para alcalinizar o quimo) e colecistocinina (determina a liberação das enzimas pancreáticas que atuarão no duodeno). Vesícula biliar armazena a bile que é produzida no fígado, a partir da destruição das hemácias envelhecidas, e posteriormente armazenada na vesícula biliar. A bile atua na emulsificação das gorduras, o que facilita a ação das lipases; e também facilita a absorção dos produtos lipídicos. A liberação da bile é estimulada pela presença de gordura no alimento que chega ao intestino, havendo a liberação do hormônio colecistocinina, que atuará na vesícula biliar promovendo a contração da mesma. Intestino Grosso segmento final do tubo digestivo, onde ocorrerá a formação do bolo fecal, ou seja, o quimo que chega ao intestino grosso sofrerá uma grande modificação com a reabsorção de água e eletrólitos. No intestino grosso existem bactérias simbiontes que atuam na produção de vitaminas. 3. Fisiologia do Intestino A chegada do quimo ácido no duodeno desencadeia os seguintes processos: Secreção de enterogastrona (ou peptídeo inibidor gástrico) para inibir a gastrina estomacal. Secreção de secretina pelas células S do duodeno para que o pâncreas libere uma solução com íons de bicarbonato de sódio (NaHCO3), a fim de alcalinizar o quimo, transformando-o em quilo. A presença de lipídios não digeridos no quimi determina: Secreção de colecistocinina CCK ou pancreozima pelas células I do duodeno para estimular a vesícula biliar a despejar a bile (não é enzima; emulsiona lipídeos) e o pâncreas eliminar o suco pancreático, rico em enzimas (ver quadro abaixo). ATENÇÃO O intestino secreta a enzima enteroquinase para ativar o tripsinogênio em tripsina. Sintetiza o hormônio enterogastrona que inibe a gastrina(hormônio ativados do estômago). A enterogastrona reduz o peristaltismo estomacal. 4. Enzimas que atuam no intestino ÓRGÃO PRODUTOR ENZIMA AÇÃO Tripsina e Quimotripsina Digestão de proteínas e peptídios. PÂNCREAS Carboxipeptidase Degrada os AA de peptídios que têm carboxila (-COOH) livre. (ácinos pancreáticos) Lípase pancreática Digestão de Triglicerídeos e gorduras naturais. Para agir requer Ca ++, que a torna mais estável e bile para emulsão dos lipídios. Amilase pancreática ou Digestão de Amido e Glicogênio. Amilopsina Ribonuclease (RNAse) e Digestão dos Ácidos Nucléicos. Desoxirribonuclease (DNAse) Colesterosterase Enzima lipolítica que atua de forma reversível, catalizando tanto a síntese como a hidrólise de ésteres de colesterol, sendo a hidrólise predominante. Para agir necessita de sais biliares. Enteroquinase Ativar o tripsinogênio e quimotripsinogênio. DUODENO E JEJUNO Maltase Digestão da Maltose em Glicose + Glicose. (criptas de Lieberkuhn) Lactase Digestão da lactose em Glicose + Galactose. Sacarase Digestão da Sacarose em Glicose + Frutose. Lípase Entérica Digestão de Lipídios. Aminopeptidase Degrada os AA de peptídios que têm o grupo amino livre (NH2) 3
4 IV. RESPIRAÇÃO & CIRCULAÇÃO IV.I. RESPIRAÇÃO Mecanismo de respiração - participação dos músculos intercostais e do diafragma. Atividade regulada pelo centro respiratório situado no bulbo. Inspiração contração dos intercostais e do diafragma, diminuição da pressão, aumento do volume Expiração relaxamento dos respectivos músculos, aumenta a pressão interna e o volume diminui Hematose fenômeno de trocas gasosas que ocorrem nos alvéolos pulmonares, ricamente vascularizados. Por diferença de concentração de gases, o oxigênio passa dos alvéolos para os capilares. Controle do mecanismo o bulbo é sensível ao acúmulo de CO2, gerando no plasma ácido carbônico que reduz o ph do sangue. Esta acidose acelera o ritmo dos movimentos respiratórios, promovendo a eliminação do CO2 excessivo. Transporte dos gases: a. Oxigênio - a maioria do oxigênio é transportado pelo sangue, ligado a hemoglobina formando a oxi-hemoglobina (HbO2) b. Dióxido de Carbono - a maioria do dióxido de carbono é transportado diluído no plasma na forma de bicarbonato (HCO3 - ). IV.II. CIRCULAÇÃO 1.Nos vertebrados podemos dividir o sistema circulatório em três partes: sangue, vasos sanguíneos e coração. 2.As artérias são vasos que saem do coração (eferentes) e possuem paredes espessas com três camadas: a mais interna é o endotélio, uma camada de tecido muscular liso e tecido conjuntivo rico em fibras elásticas. As veias são vasos flácidos que retornam o sangue ao coração e também possuem três camadas menos espessas, semelhantes às artérias. As veias possuem válvulas que ajudam no retorno do sangue. Os capilares são vasos muito finos, contendo apenas o endotélio, permitindo, assim a passagem de líquido sanguíneo. 3.O coração humano é um órgão musculoso, com 4 cavidades internas: 2 atrios e 2 ventrículos. O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito por meio da válvula tricúspide. O átrio esquerdo comunica-se com o ventrículo esquerdo através da válvula bicúspide ou mitral. 4.A contração de uma câmara cardíaca (cavidade) é denominada sístole e seu relaxamento de diástole. A frequência cardíaca (frequência dos batimentos do coração) varia de acordo com o momento de atividade. 5.A frequência cardíaca é controlada pelo nódulo sino-atrial ou marcapasso, que é um aglomerado de células especiais, localizadas perto da junção entre o átrio direito e a veia cava inferior. A contração dos átrios ocorre quando o marcapasso emite ondas elétricas. Outra região especializada do coração é o nódulo atrioventricular, que atua como distribuidor do sinal gerado pelo marcapasso, estimulando a musculatura dos ventrículos a entrar em sístole. O sangue bombeado entram nas artérias sob alta pressão, denominada pressão arterial. A pressão sistólica média é de 120mmHg e a diastólica média de 80mmHg. 6..A circulação humana pode ser dividida em pequena circulação (pulmonar) ou grande circulação (sistêmica), portanto o sangue ao circular passa duas vezes pelo coração, sendo considerada dupla. O trajeto da circulação pulmonar pode ser assim resumido: O sangue que chega do corpo pela veia cava inferior, entra no átrio direito e passa para o ventrículo direito que bombeia o sangue, através das artérias pulmonares, até o pulmão (ocorre a hematose). Do pulmão, o sangue retorna ao coração pelas veias pulmonares, entrando no átrio esquerdo. A circulação sistêmica é representada pela circulação do sangue pelo corpo. O sangue passa para o ventrículo esquerdo, que bombeia o sangue para a artéria aorta que inicia a condução para cada célula do corpo. 7..O sistema circulatório linfático é constituído por uma rede de vasos linfáticos que se distribuem por todo o corpo. Caracterizam-se por apresentar maiores calibres que os capilares sanguíneos e por terminar em fundo cego. Estes, recolhem o excesso de líquidos tissulares que foram extravasados dos capilares sanguíneos, devolvendo-os à circulação. No interior dos vasos linfáticos, circula um líquido claro (sem hemácias), denominada linfa. 8..Os glânglios linfáticos (órgão de defesa) ocorrem em determinados locais do nosso corpo e atuam na filtração da linfa. V.SISTEMA EXCRETOR 1. Excretar significa eliminar do nosso corpo os resíduos metabólicos celulares. 2.Os produtos de nossa digestão, após a absorção pelo intestino, são conduzidos, pelo sangue, para todas as células do nosso corpo. A utilização destas substâncias durante o metabolismo celular, produz resíduos. Os resíduos mais comuns são 4
5 o CO2 e H2O que são facilmente eliminados. Entretanto, os resíduos da utilização das proteínas, devido ao grupamento amina (NH2), produz os resíduos nitrogenados (amônia, uréia e acido úrico). 3.Em relação à toxidade e a solubilidade poderemos considerar a seguinte ordem descrescente: amônia, uréia e ácido úrico. 4.Parte do sangue que sai do coração pela artéria aorta, é desviado para as artérias renais que penetram nos rins. Após os processos fisiológicos que ocorrem nos rins, o sangue sai através das veias renais que desembocam na veia cava inferior e retorna ao coração. A urina produzida é drenada através dos ureteres e acumulada na bexiga urinária. Desta, é eliminada para o ambiente através da uretra. 5.A unidade filtrante dos rins é o néfron que é composto basicamente por: cápsula de Bowmann (local de contato direto com os capilares - glomérulo), onde ocorre a filtragem dos líquidos sanguíneos; ligado à cápsula de Bowmann, encontramos o túbulo contornado proximal (local de ativa reabsorção (transporte ativo) de glicose, aminoácidos, etc; na alça de Henle, ocorre, principalmente, a reabsorção de sais (transporte ativo) e de água por osmose; na parte final do néfron encontramos o túbulo contornado distal, que termina a reabsorção ativa de sais e, passiva, de água. Todas as substâncias que não retornaram ao sangue formarão a urina. 6.A secreção que ocorre a nível do néfron está relacionada ao controle do ph do sangue. Íons hidrogênio reduzem o ph do sangue e íons amônio aumentam o ph, tornando a sangue estável. 7.Dois hormônios atuam nos processos de excreção: a vasopressina ADH (hormônio antidiurético) e o aldosterona. 8. O ADH é produzido no hipotálamo e acumulado na hipófise, e atua no controle hídrico do nosso corpo e o aldosterona no controle de sal (Na). Quando o nosso corpo está com pouca água, o ADH é liberado aumentando a permeabilidade das membranas e facilitando o processo de reabsorção de água pelos capilares que envolvem os néfrons. A liberação do ADH é controlada pelo sistema renina-angiotensina. 9. O aldosterona é produzido no córtex da supra-renal e a sua liberação é ativado pela angiotensina (presente no sangue) e produzida no fígado sob a forma de angiotensinogênio. A transformação de angiotensinogênio em angiotensina ocorre através da participação da renina, uma enzima produzida nos rins. VI. SISTEMA IMUNE E IMUNIDADE VI.1. Resposta Inflamatória É desencadeada pelas células do tecido conjuntivo propriamente dito (ou tecido conectivo). Tal resposta é realizada por plasmócitos (produzem anticorpos), macrófagos (fazem fagocitose) e mastócitos (liberam heparina e histamina). O tecido agredido libera substâncias químicas, como a bradicinina, entre outras. Essas substâncias químicas promovem o extravasamento de líquido dos vasos sangüíneos para os tecidos, produzindo um inchaço localizado. Isso auxilia a isolar a substância estranha, impedindo-a de entrar em contato com os tecidos do corpo. A inflamação é desencadeada toda vez que um patógeno entra no organismo, ocorrendo às seguintes reações: Macrófagos fazem fagocitose dos patógenos que alcançam; ainda liberam sinais químicos que aumentam o fluxo de sangue no local da inflamação. Plasmócitos liberam anticorpos, tentando neutralizar a invasão dos patógenos. Os mastócitos liberam a heparina (anticoagulante) e a histamina (vasodilatador), que são substâncias vasoativas, provocando a saída de leucócitos dos vasos sanguíneos próximos. Isso causa vermelhidão, inchaço, aumento da temperatura e dor sintomas característicos de uma inflamação. O aumento da temperatura dificulta a sobrevivência dos microorganismos patogênicos e estimula a migração dos leucócitos, dentre estes os neutrófilos, que passam a fagocitar intensamente os patógenos. 5
6 VI.2. Mecanismo da resposta imune 1º: os macrófagos fagocitam microorganismos, exibindo na sua membrana os antígenos no complexo MHCantígeno. Também liberam interleucinas que atuamnos linfócitos T4 estimulando-os a interpretarem o antígeno. 2º: o linfócito T auxiliador (CD4, T helper ou T4) reconhece o complexo MCH-antígeno e passa a liberar interleucinas para estimular os linfócitos B e os linfócitos T citotóxicos. 3º: os linfócitos B passam a se multiplicar rapidamente nos linfonodos e se diferenciam em plasmócitos que atuarão produzindo anticorpos específicos as gamaglobulinas (imunidade humoral). Outros serão os linfócitos B de memória. 4º: os linfócitos T citotóxico ( T8, CD8 ou matadores) e linfócitos NK matam as células infectadas e também células cancerígenas ao perfurarem a membrana destas células a partir de perforinas. 5º: os linfócitos T e B especiais vão formar células de memória, que guardam os genes para reagirem aos antígenos específicos. 6º: Linfócitos T supressores quando a infecção é controlada passam a inibir os linfócitos B. VI.3. Resposta imunitária primária e secundária Resposta imunitária primária: quando o indivíduo recebe o antígeno pela primeira vez o tempo para a produção de anticorpos é maior e a quantidade de anticorpos produzidos é menor, comparando-se com o que ocorre na resposta imune secundária. Resposta imunitária secundária: quando o indivíduo recebe o mesmo antígeno pela segunda vez, o tempo para a produção de anticorpos é menor e a quantidade de anticorpos é maior, pois já há atuação da memória imunológica. 6
7 BIOS MÚSICAS BEIJO NERVOSO (Diga que valeu) Um beijo em você eu quero dar Pro neurônio aferente levar Eu ando doida alucinada O meu Cérebro apaixonado Pensa em você. É nessa que o Cerebelo Vem movimento coordenar Enquanto o meu Bulbo Palpita e faz respirar Então diga que aprendeu Que no Hipotálamo, Calor demais Sente sede, e faz ADH (is) SONÍFEROS SENTIDOS (Sonífera Ilha) Não posso mais viver assim Ao seu ladinho Por isso eu colo meu ouvido Num radinho de pilha Pra tímpano vibrar MBE Corti - Coclear Sonífera ilha Encanta meus olhos Córnea H. aquoso Passando a luz Pupila cristalino Encanta meus olhos H. Vítreo retina Percebe a luz RAP HORMONAL (By Mary Ann) Preste muita atenção De hormônio vou falar TSH na tireóide T4 vai secretar Também tem calcitonina Pro osso calcificar Enquanto o Paratormônio Quer o cálcio retirar REFRÃO Dá, pra passar no vestibular(bis) Bócio é falta de iodo Mas muito TSH Causa exoftalmia Pra seu olho estufar O pâncreas faz insulina Pra glicemia abaixar Mas o glucagon no sangue Vem glicemia aumentar Dá, pra passar no vestibular(bis) Adrenal adrenalina O coração palpitar Mas o ACTH Vem o cóxtéx ativar Liberando aldosterona Para o sódio voltar Enquanto o cortisol Vem defesa regular Adeno-hipófise mandando Prolactina pra mamar GH pra crescer E ainda o FSH Pra estrógeno produzir E chamar o LH Prá ovular e também Progesterona estimular DIGESTÃO (Diana) Não se esqueça que digestão Começa logo na boca Amido vira maltose Com ptialina neutrinha E no estômago o HCl Vem pepsina ativar Pra depois No duodeno despejar Lá produz colecistocinina Pro pâncreas e fígado liberar QUI-TAL-NU e muita bile Que gordura vai emulsionar Tudo ocorre no alcalino Pra trazer o seu calor... Vem viver pra comer e digerir... CIRCULAÇÃO (Sorte Grande) A minha sorte grande É ter uma circulação Dupla e completa Com artéria aorta Saindo do coração Veia cava traz do corpo inteiro Indo pro pulmão Tem art. Pulmonar Sangue venoso ruim Fica arterial No alvéolo pulmonar Traz O2 pra mim Volta no AE Pela veia pulmonar Nas aves é assim também DEFESA PERFEITA (Amor Perfeito ) Fecho os olhos pra não ver passar o sangue Hemácias com O2 No plasma, proteínas, nutrientes Sem isso não sei viver Então vem Que o neutrófilo com núcleo trilobular Eosinófilo parasita alergia Cada um fagocitando prá você, prá você... Os basófilos liberando lentamente Heparina histamina Capilar vai dilatando - diapedese Meu coração a bombear Então vem Que os monócitos reniforme fagocitam E eu consigo me defender Cada leucócito é importante prá você, pra você Eu já vou saber lhe explicar Timo e medula prá maturar Linfócito T e B prá defender Com anticorpos, amor prá você Vem o T4 ativar E o T8, meu coração Já não importa ele matou Célula acabou, acabou, acabou... Então vem Que o neutrófilo com núcleo trilobular Eosinófilo parasita alergia Cada um fagocitando prá você, prá você... Dá, pra passar no vestibular(bis) Neuro-hipófise só libera Quando hipotálamo faz Ocitocina pra parir E ADH pra não urinar. Incompleta é no sapo Réptil bem no compasso Peixe é simples completa Tô fera, tô fera Tô fera, em circulação 7
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