Tema II. Qualidade do Gasto Público

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1 Tema II Qualidade do Gasto Público

2 Qualidade do Gasto Público Terceiro Lugar Juliana Carolina Frigo Baptistella * Os Impactos dos Programas de Transferência Condicionada de Renda na Desigualdade do Rendimento Domiciliar Per Capita nas Macrorregiões Brasileiras pós-2000 * Bacharel em Economia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Mestranda em Economia Aplicada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).

3 Agradecimentos Agradeço a todos que contribuíram, cada qual de sua forma, para a concretização deste trabalho. A Deus, pela minha vida e pelas oportunidades que nela surgiram. À minha família, especialmente meus pais, Marco e Rita, pelo incentivo, amparo e esperança depositados em mim e no meu potencial. Ao meu namorado, Carlos Augusto, pelo apoio e pela compreensão infinitos, principalmente nas horas em que não pude retribuir da mesma forma. À minha orientadora, professora Solange de Cássia Inforzato de Souza, essencial na realização deste trabalho, pela motivação e pelo aprendizado. À Universidade Estadual de Londrina, pela oportunidade da graduação no curso de Economia. Agradeço também ao Tesouro Nacional, pelo reconhecimento deste trabalho e pela concessão do prestigiado Prêmio, que me traz imenso orgulho e satisfação.

4 Resumo Este trabalho analisa a importância dos programas de transferência monetária na composição do rendimento domiciliar per capita do Brasil e de suas macrorregiões entre 2001 e 2006 e sua contribuição para a recente queda da desigualdade de renda. Para isso, mede a participação dessa fonte de rendimento na composição da renda domiciliar per capita e sua razão de concentração, obtidas por meio da técnica de decomposição do índice de Gini, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2001 a O estudo mostra ainda a evolução da pobreza e da distribuição de renda no Brasil pós-2000 e as disparidades entre suas regiões. Apresenta brevemente um histórico das políticas brasileiras de transferência monetária, destacando o Programa Bolsa Família e suas especificidades. Verifica-se expressivo aumento da participação do componente transferências condicionadas de renda na formação do rendimento domiciliar per capita em todas as macrorregiões do Brasil, especialmente no Norte e no Nordeste, onde, em média, essa participação é mais elevada. Além disso, registrase notável colaboração desse componente para a redução da disparidade de renda nas macrorregiões, seguindo a tendência do país. A despeito da queda do índice de Gini entre 2001 e 2006, as transferências condicionadas de renda tiveram um papel importante, especialmente na Região Nordeste, onde essa fonte de renda foi a principal responsável pela redução do Gini. No Norte e no Centro-Oeste, o componente contribuiu com a segunda maior parte dessa queda, seguindo a tendência do Brasil; e no Sudeste e no Sul, com a terceira maior parcela. Sugere-se que o Bolsa Família, dada sua magnitude na esfera dos programas de transferência condicionada de renda, teve participação especial na recente queda da disparidade de renda das macrorregiões brasileiras, especialmente após a ampliação da cobertura e da focalização de seus beneficiários. Enfim, o estudo colabora com a identificação dos principais determinantes da redução da disparidade de renda no país e contribui para avaliar as políticas sociais adotadas no período, verificando que os recursos gastos com essas políticas estão gerando efeitos significativos sobre a desigualdade brasileira. Palavras-chave: desigualdade de renda; programas de transferência condicionada de renda; Bolsa Família.

5 Sumário 1 Introdução, 7 2 Metodologia, Procedimento de pesquisa e base de dados, Procedimentos da análise, 10 3 Distribuição de renda e pobreza no Brasil dos anos 2000, O comportamento da distribuição de renda nas macrorregiões brasileiras, Pobreza e extrema pobreza, 16 4 A centralidade dos programas de transferência de renda, Antecedentes, A experiência do Brasil, O Programa Bolsa Família, As dimensões do Programa Bolsa Família: recursos e abrangência, 31 5 Queda na desigualdade da distribuição de renda: uma análise pela decomposição do rendimento domiciliar per capita, Estrutura e evolução das fontes de renda, Concentração das fontes de rendimento, 40 6 Conclusão, 48 Referências, 50 Apêndices, 56 Apêndice A, 56 Apêndice B, 58 Anexos, 60 Anexo A, 60 Anexo B, 62 Anexo C, 63

6 Lista de gráficos Gráfico 1. brasil: distribuição da renda domiciliar per capita ( ), 12 Gráfico 2. região Centro-Oeste: distribuição da renda domiciliar per capita ( ), 13 Gráfico 3. região Norte: distribuição da renda domiciliar per capita ( ), 13 Gráfico 4. região Nordeste: distribuição da renda domiciliar per capita ( ), 14 Gráfico 5. região Sul: distribuição da renda domiciliar per capita ( ), 15 Gráfico 6. região Sudeste: distribuição da renda domiciliar per capita ( ), 15 Gráfico 7. Brasil: proporção de miseráveis (% da população) , 18 Gráfico 8. Brasil: extrema pobreza (% da população) , 19 Gráfico 9. participação percentual do componente trabalho principal no rendimento domiciliar per capita, Brasil e macrorregiões de 2001 a 2006, 37 Gráfico 10. participação percentual do componente aposentadorias e pensões no rendimento domiciliar per capita, Brasil e macrorregiões de 2001 a 2006, 38 Gráfico 11. participação percentual do componente transferências condicionadas de renda no rendimento domiciliar per capita, Brasil e macrorregiões de 2001 a 2006, 39 Gráfico 12. Índice de Gini do rendimento domiciliar per capita, Brasil e macrorregiões de 2001 a 2006, 40 Gráfico 13. razão de concentração (C) do componente transferências condicionadas de renda, Brasil e macrorregiões de 2001 a 2006, 43 Gráfico 14. razão de concentração (C) do componente trabalho principal, Brasil e macrorregiões de 2001 a 2006, 44 Gráfico 15. razão de concentração (C) do componente aposentadorias e pensões, Brasil e macrorregiões de 2001 a 2006, 45 Lista de tabelas Tabela 1. brasil: proporção de miseráveis (% população) , 17 Tabela 2. brasil: extrema pobreza (% da população) , 18 Tabela 3. bolsa Família: benefícios e critérios de elegibilidade (junho/2009), 27 Tabela 4. brasil: domicílios particulares que receberam dinheiro de programa social do governo (%) 2006, 31 Tabela 5. famílias residentes e famílias beneficiadas com o Programa Bolsa Família por unidade da Federação 2007, 33 Tabela 6. transferência de renda diretamente às famílias por intermédio do Programa Bolsa Família ( ) em R$, 35 Tabela 7. razão de concentração (C) na decomposição do índice de Gini do rendimento domiciliar per capita, Brasil e macrorregiões de 2001 a 2006, 42 Tabela 8. contribuição (%) de cada componente do rendimento domiciliar per capita à redução do índice de Gini entre 2001 e 2006, 46

7 1 Introdução A desigualdade de renda sempre esteve presente na realidade brasileira, colocando o país entre os mais desiguais do mundo. Isso resulta, entre outros motivos, do passado colonial e escravista do Brasil, que deu origem a uma formação econômica e social que impossibilitou os estratos mais pobres da população a aumentarem sua fração de renda ao longo do tempo, contribuindo assim para que o elevado grau de desigualdade de renda no país persistisse (FURTADO, 1959; TAVARES, 1978; BRESSER PEREIRA, 1980; 1998; HOFFMANN, 2001). A heterogeneidade da força de trabalho, sobretudo em termos educacionais, manifestada no mercado laboral pelos desníveis salariais; o declínio do valor real do salário-mínimo, decorrente da política econômica adotada nas duas décadas de regime militar; e a alta inflação brasileira, especialmente nos anos 1980 e início da década de 1990, também colaboraram para a manutenção dessa desigualdade (LANGONI, 1973; BARROS; MENDONÇA, 1995; SUPLICY; BUARQUE, 1997; FRANCO, 1995; 1999). Entretanto, após duas décadas de estabilidade, o Brasil tem passado nos últimos anos por modificações significativas nas suas características distributivas. Entre 2001 e 2007 é registrada no país melhora nos indicadores econômicos, sociais e de mercado de trabalho. As políticas de proteção social expandem-se, rompe-se com a tendência de longo prazo de desestruturação do mercado de trabalho, e a economia brasileira, favorecida pelo cenário internacional pós-2003, apresenta aceleração no crescimento do PIB e redução da inflação. Nesse período, a desigualdade de renda, a pobreza e a extrema pobreza reduzem-se de forma expressiva no Brasil, ao mesmo tempo em que ocorre uma notável expansão dos programas de transferência de renda. Esses programas passaram a integrar a agenda governamental nos anos 1990, mas se consolidaram no início do século XXI após a unificação dos programas preexistentes e as modificações dos critérios de seleção, concessão e coordenação dos benefícios. A fim de financiar esse gasto no pós-2000, registra-se um aumento da parcela do orçamento do governo federal destinada à assistência social, principalmente às transferências diretas de renda. É interessante, no entanto, constatar que as transferências assistenciais não contributivas, que utilizam algum critério de renda para concessão, foram as que apresentaram maior crescimento. A literatura especializada aponta que entre 20% e 25% da redução da desigualdade de renda brasileira ocorrida nos anos 2000 se deve às transferências monetárias (SOARES, 2006; HOFFMANN, 2005; 2006; 2007; BARROS et al., 2006; CACCIAMALI; CAMILLO, 2007; 2009). Segundo o Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional

8 PNUD (2007, p. 183), o Programa Bolsa Família é responsável por quase um quarto da recente queda abrupta na desigualdade no Brasil e por 16% do seu declínio na pobreza extrema. Portanto, preliminarmente, pode-se indicar que existe uma relação direta e positiva entre a expansão dos programas de transferências monetárias e a recente diminuição na desigualdade de renda brasileira. Como a distribuição dos rendimentos no país permanece ainda em níveis muito desiguais, essa intensidade da queda na disparidade de renda deve continuar por um longo período para que o Brasil saia do topo do ranking da desigualdade mundial. Assim, identificar os principais determinantes da redução da disparidade de renda no país pode contribuir para a avaliação das políticas sociais adotadas pelo governo, de modo que se verifique se os recursos gastos com essas políticas estão gerando efeito significativo sobre a desigualdade ou se devem ser alocados em outras medidas cujo impacto sobre a desigualdade seja maior. A temática desta pesquisa é atual e relevante, uma vez que trabalhos realizados anteriormente sobre o assunto apontam resultados divergentes e salientam a complexidade do tema. Assim, espera-se que esta pesquisa preencha algumas lacunas não abordadas em trabalhos anteriores, contribua para uma melhor compreensão da realidade econômica e social do Brasil, colabore para a identificação das causas da elevada desigualdade existente no país e possa nortear políticas adequadas para solucionar esse problema. Diante disso, este trabalho tem por objetivo estudar as políticas sociais e investigar o peso dos programas de transferência condicionada de renda na composição do rendimento domiciliar per capita com a intenção de descobrir em que medida esses programas contribuíram para a queda da desigualdade de renda no Brasil e em suas macrorregiões no pós Para isso, utiliza-se como base de dados a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do período de 2001 a Revisa-se a literatura sobre distribuição de renda e políticas sociais para, em seguida, fazer o tratamento e a análise dos dados obtidos pela decomposição das fontes de rendimento e do índice de Gini para as macrorregiões brasileiras. O trabalho está organizado em seis seções, incluindo esta Introdução. Na seção 2 são descritos a base de dados e os procedimentos de pesquisa e análise. A seção 3 apresenta um panorama da distribuição de renda e pobreza no Brasil e em suas macrorregiões nos anos Na seção 4 mostram-se as experiências de alguns países da América Latina com programas de transferência de renda e a evolução recente das políticas sociais no Brasil. Dispensa-se atenção especial ao Programa Bolsa Família, detalhando seus pressupostos, recursos e abrangência. Na seção 5 explora-se quantitativa e graficamente a composição do rendimento 8 Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional 2010

9 domiciliar per capita do Brasil e de suas macrorregiões e, por meio da decomposição do índice de Gini, analisa-se a contribuição das fontes de rendimento para a desigualdade de renda. Finalmente, na seção 6, são apresentadas as conclusões. 2 Metodologia 2.1 Procedimento de pesquisa e base de dados Esta pesquisa ocorreu em duas etapas: primeiramente, realizou-se uma ampla pesquisa bibliográfica e documental sobre o assunto; em um segundo momento, as parcelas do rendimento domiciliar per capita foram decompostas; e, finalmente, fez-se o tratamento dos dados. Na primeira etapa, com os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA, 2009c) sobre distribuição de renda por estrato, construiu-se a distribuição de renda apropriada pelos 10% mais ricos, 50% mais pobres e 40% intermediários nas macrorregiões brasileiras entre 2001 e Com base nos dados de registros do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV/CPS, 2009), tabulou-se a proporção de miseráveis e extremamente pobres existentes em cada macrorregião no mesmo período. Na segunda etapa, foram utilizados os dados brutos gerados por Ferreira e Souza (2009) com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) no período pós-2000 para realizar a decomposição do índice de Gini e calcular os indicadores de participação das fontes de renda domiciliar per capita e suas razões de concentração. A PNAD é realizada anualmente desde 1971 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio de uma amostra de domicílios que abrange todo o país, exceto a área rural dos estados da antiga Região Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima). 1 O objetivo da PNAD é investigar diversas características socioeconômicas da população, entre elas o rendimento domiciliar per capita, obtido mediante a divisão do rendimento mensal domiciliar pelo número de pessoas do domicílio com 10 anos ou mais de idade, excluindo pensionistas, empregados domésticos e seus parentes. Os componentes do rendimento domiciliar são os provenientes do trabalho principal, de outros trabalhos, de aposentadorias e pensões, de aluguéis, de doações e de outros rendimentos apresentados para as pessoas de 10 anos ou 1 A partir de 2004, a PNAD alcançou a cobertura completa do território nacional. Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional

10 mais de idade. Consideram-se rendimentos de trabalho os decorrentes dos pagamentos brutos mensais aos empregados, aos empregadores e em conta própria, sejam advindos do trabalho principal ou dos demais trabalhos. Os rendimentos de aposentadorias e pensões são aqueles pagos pelo governo federal ou por instituto de previdência, entidades seguradoras ou fundos de pensão. As doações são provenientes de pessoas não moradoras na unidade domiciliar, e os rendimentos dos aluguéis incluem sublocação e arrendamento de móveis, imóveis, máquinas, equipamentos, animais, etc. O componente denominado outros rendimentos abrange todas as outras fontes de renda, tais como as advindas de juros, as decorrentes de aplicações financeiras em ativos financeiros de renda fixa, as da caderneta de poupança, etc., e as do programa oficial de auxílio educacional (como o Bolsa Escola) ou social (Renda Mínima, Bolsa Família, Benefício Assistencial de Prestação Continuada BPC, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil Peti e outros) (IBGE, 2008b; HOFFMANN, 2006; SCHWARTZMAN, 2006). Entretanto, de acordo com Cacciamali e Camillo (2009), a parcela juros do componente outros rendimentos é muito pequena diante da magnitude das transferências públicas de renda. Assim, como não é possível desagregar essas duas fontes de renda do componente e diante do objetivo deste trabalho, convencionou-se renomear esse componente como transferências condicionadas de renda. 2.2 Procedimentos da análise Considerando a metodologia desenvolvida por Ferreira (2003) e Ferreira e Souza (2004; 2008), 2 mensurou-se a participação percentual dos componentes: trabalho principal, aposentadorias e pensões e transferências condicionadas de renda na composição do rendimento domiciliar per capita. Pela técnica da decomposição do rendimento domiciliar per capita por meio do índice de Gini, investigou-se a contribuição de cada componente para a desigualdade de renda no Brasil e em suas macrorregiões no pós Segundo Ferreira (2003) e Ferreira e Souza (2004; 2008), um componente contribui para reduzir a disparidade na distribuição de renda quando sua razão de concentração é menor que o índice de Gini total e apresenta o comportamento oposto quando a razão de concentração supera o Gini total. O coeficiente de Gini utilizado na decomposição do rendimento domiciliar per capita é uma medida de concentração de renda que varia entre 0 e 1, sinali- 2 Ver detalhes metodológicos no Anexo C. 10 Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional 2010

11 zando menor disparidade distributiva ao aproximar-se de 0 e completa desigualdade de renda ao igualar-se a 1, ou seja, 0 significa, hipoteticamente, que todos os indivíduos têm a mesma renda, e 1 mostra que apenas um indivíduo tem toda a renda de uma sociedade. Os dados e as informações obtidos foram analisados quantitativa e qualitativamente. Quantitativamente privilegiou-se a elaboração de tabelas, quadros e gráficos que permitem reunir as informações e suas interseções. Qualitativamente, a análise do conteúdo de textos de autores renomados na área e de documentos públicos permitiu buscar o entendimento e a interpretação dos eventos. 3 Distribuição de renda e pobreza no Brasil dos anos 2000 O Brasil é o 10º país mais desigual numa lista com 126 nações, de acordo com o PNUD (2006b), sendo melhor apenas que Colômbia, Bolívia, Haiti e seis países da África Subsaariana e pouco à frente da África do Sul e do Paraguai, que, empatados, ocupam o 11º lugar. A comparação entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres mostra que, no Brasil, a fatia da renda obtida pelo quinto mais rico da população (62,1%) é quase 24 vezes maior do que a fatia de renda do quinto mais pobre (2,6%). Contudo, em relação aos 10% mais ricos da população, apenas em oito países estes se apropriam de uma fatia da renda nacional maior que a dos ricos brasileiros. No outro extremo, só em sete países a parcela da riqueza apropriada pelos 10% mais pobres é menor que no Brasil (PNUD, 2006b). O Relatório de desenvolvimento humano 2006 aponta o país como exemplo de melhoria na distribuição de renda, pois em relação ao Relatório do ano anterior caiu duas posições no ranking da desigualdade. Os avanços ainda tiraram o Brasil da penúltima posição no ranking de distribuição de renda da América Latina no último Relatório, só a Guatemala estava em situação pior (PNUD, 2006a). A partir de 2001, o Brasil tem apresentado um avanço significativo na distribuição de renda. De acordo com o Ipea (2009b), o grau de desigualdade registrado em 2008 é o menor das últimas três décadas. Entre 2001 e 2008, a queda na concentração de renda foi de 8,4%, o que significa uma taxa média de redução de 1,2% ao ano. Ao analisar a porcentagem de renda domiciliar per capita apropriada pelos estratos da população, nota-se claramente essa queda. No Brasil, entre 2001 e Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional

12 2007, a parcela da renda total em poder dos 50% mais pobres aumentou 2,2 pontos percentuais (de 12,6% para 14,8%), e, em contrapartida, a dos 10% mais ricos teve uma redução de 3,6 pontos percentuais (de 47,4% para 43,8%) (Gráfico1). Além disso, a renda dos 40% intermediários aumentou 1,4 pontos percentuais (de 40,0% para 41,4%), reduzindo a diferença em relação à parcela detida pelos 10% mais ricos. Em 2001 essa diferença era de 7,4 pontos percentuais, e em 2007 passou para 2,4 pontos percentuais, ou seja, uma redução de 5 pontos de percentagem. O mesmo ocorreu com a proporção de renda apropriada pelos 10% mais ricos em relação à dos 50% mais pobres, que em 2001 era 3,77 vezes maior e em 2007 reduziu-se para 2,97 vezes, totalizando uma queda de 21,2% entre esses estratos. Gráfico 1 Brasil: distribuição da renda domiciliar per capita ( ) Fonte: elaboração da autora com base em dados do Ipea (2009c) 3.1 O comportamento da distribuição de renda nas macrorregiões brasileiras O comportamento da distribuição de renda nas macrorregiões é semelhante ao do Brasil no mesmo período, mas em magnitudes diferentes. O Gráfico 2 mostra a percentagem de renda apropriada pelos 10% mais ricos, os 40% intermediários e os 50% mais pobres na Região Centro-Oeste entre 2001 e A renda dos 10% mais ricos caiu 2,1 pontos percentuais (de 49,2% para 47,3%), e a dos 50% mais pobres aumentou 1,3 pontos percentuais (de 13,1% para 14,4%), valores inferiores ao registrado pelo Brasil. Os 40% intermediários tiveram sua renda elevada em 0,6 ponto percentual (de 37,7% para 38,3%), reduzindo a diferença em relação à parcela dos 10% mais ricos em 2,6 pontos percentuais. 12 Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional 2010

13 Gráfico 2 Região Centro-Oeste: distribuição da renda domiciliar per capita ( ) Fonte: elaboração da autora com base em dados do Ipea (2009c) Na Região Norte (Gráfico 3), a queda da renda em poder dos 10% mais ricos também foi menor que no Brasil: 3,4 pontos percentuais (de 45,6% para 42,2%), assim como o aumento da fração de renda dos 50% mais pobres: 1,5 pontos percentuais (de 14,7% para 16,2%). A fração de renda detida pelos 40% intermediários aumentou em 1,9 pontos percentuais, e a diferença em relação à dos 10% mais ricos reduziu-se em 5,3 pontos percentuais, queda superior à ocorrida no Brasil. Gráfico 3 Região Norte: distribuição da renda domiciliar per capita ( ) Fonte: elaboração da autora com base em dados do Ipea (2009c) Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional

14 A renda dos 50% mais pobres na Região Nordeste cresceu menos que no Brasil: 1,6 pontos percentuais, passando de 13,1% para 14,7% da renda total. Entretanto, a renda dos 10% mais ricos teve a maior queda entre as macrorregiões: 3,8 pontos percentuais (de 49,5% para 45,7%), superando inclusive a redução ocorrida no país. Por sua vez, a fatia dos 40% intermediários cresceu 2,2 pontos percentuais, também superando as outras macrorregiões, e a diferença para a porção de renda dos 10% mais ricos diminuiu 6 pontos de percentagem (Gráfico 4). Na Região Sul (Gráfico 5), os 50% mais pobres tiveram sua renda elevada em 2,4 pontos de percentagem, de 15,4% para 17,8% da renda total, e a renda apropriada pelos 10% mais ricos diminuiu 3,5 pontos percentuais (de 43,4% para 39,9%). Os 40% intermediários tiveram um acréscimo de 1,1 ponto percentual em sua fração de renda (de 41,2% para 42,3%); em 2001, de 2,2 pontos percentuais abaixo da parcela detida pelos 10% mais ricos; e em 2006 superou-a em 2,4 pontos percentuais. Esse comportamento ocorreu em 2002, invertendo-se novamente em 2003 e a partir de 2004 manteve-se constante, ou seja, com a renda dos 40% intermediários superando a dos 10% mais ricos. Participação (%) 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 49,5 49,5 47,9 48,3 46,9 47,1 45,7 37,4 37,0 38,3 37,6 38,5 38,4 39,6 13,1 13,5 13,8 14,1 14,6 14,5 14, % mais pobres 40% intermediários 10% mais ricos Gráfico 4 Região Nordeste: distribuição da renda domiciliar per capita ( ) Fonte: elaboração da autora com base em dados do Ipea (2009c) 14 Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional 2010

15 Gráfico 5 Região Sul: distribuição da renda domiciliar per capita ( ) Fonte: elaboração da autora com base em dados do Ipea (2009c) A Região Sudeste foi a que apresentou o maior incremento na renda dos 50% mais pobres: 2,7 pontos de percentagem (0,5 p.p. acima do Brasil), passando de 14,1% para 16,8% da renda total. A renda em poder dos 10% mais ricos reduziuse de 44,9% para 41,3%, totalizando uma queda de 3,6 pontos percentuais. Em contrapartida, a fatia dos 40% intermediários elevou-se 0,9 pontos de percentagem (de 41% para 41,9%), superando a dos 10% mais ricos em 2007 (Gráfico 6). Gráfico 6 Região Sudeste: distribuição da renda domiciliar per capita ( ) Fonte: elaboração da autora com base em dados do Ipea (2009c) Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional

16 Comparando-se as macrorregiões brasileiras, percebe-se que no Sul os 50% mais pobres detêm fatia maior da renda do que nas outras regiões, em média 16,7% da renda total entre 2001 e No Norte, no Sudeste, no Centro-Oeste e no Nordeste, essa população recebeu em média 15,9%, 15,4%, 14,0% e 14,0% da renda, respectivamente. O mesmo ocorre com a renda em poder dos 40% intermediários, que no Sul, em média, detiveram 42,2% do total, parcela superior à do Sudeste (41,2%), à do Norte (40,6%), à do Centro-Oeste (38,5%) e à do Nordeste (38,1%). Em relação à renda dos 10% mais ricos, a Região Sul também se destaca, pois essa fração da população abocanha menos renda que nas demais regiões, em média 41,1% do total, contra 43,4% no Sudeste, 43,5% no Norte, 47,4% no Centro-Oeste e 47,8% no Nordeste. Dessa forma, pode-se concluir que na Região Sul a disparidade entre a renda dos ricos e a dos pobres é menor que nas demais regiões. Em 2007, o percentual de renda apropriado pelos 10% mais ricos foi 2,24 vezes maior que o dos 50% mais pobres. No Sudeste, no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste essa proporção foi de 2,47; 2,61; 3,11; e 3,27, respectivamente. Em 2001, a proporção entre a renda dos mais ricos e a dos mais pobres era de 2,82 no Sul, 3,11 no Norte, 3,18 no Sudeste, 3,74 no Centro-Oeste e 3,80 no Nordeste. Destaca-se que em relação à Região Sul existe uma semelhança entre a distribuição de renda por estratos nas Regiões Sudeste e Norte e Nordeste e Centro-Oeste, que tanto em 2001 como em 2007 apresentam proporções similares, sendo as duas últimas as mais desiguais do país. Quando comparados os valores de 2001 com os de 2007, nota-se também que a razão entre as rendas dos estratos caiu significativamente em todas as macrorregiões: 22,3% no Sudeste; 20,7% no Sul; 18,1% no Nordeste; 16% no Norte; e 12,6% no Centro-Oeste. 3.2 Pobreza e extrema pobreza Concomitantemente à redução na concentração de renda nos anos 2000, o Brasil apresentou avanços no combate à miséria e à pobreza. De acordo com Neri e Melo (2008, p ), são consideradas miseráveis pessoas com renda familiar per capita proveniente de todas as fontes abaixo da linha de miséria: R$ 135,00 a preços de São Paulo em 2008 (Linha CPS); e extremamente pobres pessoas com renda familiar per capita proveniente de todas as fontes abaixo da linha de extrema pobreza ajustada por paridade de poder de compra (PPP), que corresponde a R$ 47,60 a preços de São Paulo em Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional 2010

17 A Tabela 1 mostra a proporção da população em situação de miséria entre 2001 e 2007 no Brasil e em suas macrorregiões. Tabela 1 Brasil: proporção de miseráveis (% população) Região Norte 32,5 33,7 35,5 28,9 25,8 22,3 22,0 Região Nordeste 49,1 48,1 49,8 46,3 42,5 36,6 34,2 Região Sudeste 17,7 16,7 18,4 16,7 14,1 11,9 11,6 Região Sul 15,4 14,0 13,8 12,2 11,3 8,8 8,0 Região Centro-Oeste 23,3 22,7 24,7 19,7 18,3 14,5 13,0 Brasil 27,5 26,6 28,0 25,3 22,7 19,2 18,1 Fonte: elaboração da autora com base em dados da FGV/CPS (2009) Percebe-se que no Brasil a proporção de miseráveis em todos os anos, com exceção de 2003, reduziu-se constantemente, com uma queda, no período como um todo, de 34,15% (de 27,5% para 18,1%), o que representa quase 13 milhões de pessoas saindo da situação de miséria. Na Região Sul ocorreu a maior redução percentual de miseráveis: 47,79%, representando cerca de 1,69 milhão de pessoas a menos nessa situação. Em números absolutos, na Região Nordeste a queda foi maior: 5,82 milhões de pessoas (30,25%) saíram da situação de miséria. No Centro-Oeste, a queda foi de 43,96%; no Sudeste, de 34,71%; e no Norte, de 32,41%. A população de miseráveis é mais significativa no Nordeste, a qual representa 34,2% (em 2007) da população da região. Em seguida aparecem a Região Norte, que possui 22% de miseráveis, e a Região Centro-Oeste, com 13%. O Sul e o Sudeste figuram em posição favorável: 8% e 11,6%, respectivamente, de pessoas assim classificadas (Gráfico 7). Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional

18 Gráfico 7 Brasil: proporção de miseráveis (% da população) Fonte: elaboração da autora com base em dados da FGV/CPS (2009) A Tabela 2 mostra a porcentagem da população em situação de extrema pobreza entre 2001 e No Brasil, a queda no número de pessoas extremamente pobres foi ainda mais expressiva do que na quantidade de miseráveis: passou de 7,9% da população para 4,9%, ou seja, houve uma redução de 37,15%, totalizando 4,07 milhões de pessoas que melhoraram de posição. Tabela 2 Brasil: extrema pobreza (% da população) Região Norte 6,2 6,2 7,1 5,0 3,7 3,4 4,4 Região Nordeste 15,4 13,1 14,6 12,2 11,1 9,4 9,5 Região Sudeste 5,0 4,0 4,6 4,0 3,1 3,1 3,4 Região Sul 3,6 2,7 2,7 2,5 2,3 1,8 1,9 Região Centro-Oeste 5,3 4,8 5,0 3,4 3,7 2,8 2,9 Brasil 7,9 6,6 7,3 6,1 5,3 4,7 4,9 Fonte: elaboração da autora com base em dados da FGV/CPS (2009) A maior variação percentual ocorreu na Região Sul, na qual o número de pessoas em extrema pobreza caiu 46,7%, quase 390 mil pessoas a menos. Na Região Nordeste esse número foi bem mais expressivo: cerca de 2,44 milhões de pessoas (37,97%) saíram dessa situação. No Centro-Oeste, no Sudeste e no Norte as reduções foram respectivamente de 45,97%, 31,6% e 29,08%. 18 Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional 2010

19 No entanto, o Nordeste também possui a maior proporção de pessoas em situação de extrema pobreza: 9,5% de sua população total em Na Região Norte, 4,4% das pessoas são consideradas extremamente pobres; no Sudeste, 3,4%; no Centro-Oeste, 2,9%; e no Sul, 1,9% (Gráfico 8). 18,0 16,0 14,0 (%) da população 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0, Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Gráfico 8 Brasil: extrema pobreza (% da população) Fonte: elaboração da autora com base em dados da FGV/CPS (2009) De modo geral, entre 2001 e 2007 o Brasil e suas macrorregiões progrediram em relação à concentração de renda e pobreza. Nesse período, a renda em poder dos mais pobres aumentou, e, em contrapartida, a fração dos mais ricos diminuiu, provocando queda na disparidade de rendimentos domiciliares per capita. Com isso, parte da população melhorou de situação social: saiu da miséria e da pobreza. O período de 2001 a 2007 apresenta comportamentos que permitem dividi-lo em dois subperíodos: de 2001 a 2003 e de 2004 a Em ambos os períodos, a renda em poder dos mais pobres elevou-se, mas a renda dos mais ricos teve uma queda maior no primeiro subperíodo no Brasil e em suas macrorregiões. O mesmo ocorreu com a proporção da população extremamente pobre, que diminuiu nos dois subperíodos, mas entre 2004 e 2007 houve uma redução vertiginosa. Por sua vez, no primeiro período têm-se uma manutenção da pobreza, uma vez que a proporção de miseráveis se eleva no início dos anos 2000, enquanto no pós-2004 a tendência se inverte, com essa parcela da população diminuindo de forma contínua. Trabalhos realizados por Hoffmann (2005; 2006; 2007) mostram que a queda da desigualdade de renda brasileira está relacionada principalmente ao rendimento do trabalho, que segundo o autor, no período , esteve Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional

20 associado a 68,2% dessa redução e à ampliação das rendas de transferência, que respondeu por 20,5%. Soares (2006) segue a mesma linha e confirma que o principal fator provém do mercado de trabalho, mas afirma que os programas de transferência de renda do governo assumem notável papel na redução da desigualdade e chegam a representar 25%. Para Barros et al. (2006, apud SCHWARTZMAN, 2006), 20% da redução da desigualdade deve-se aos programas de transferência de renda do governo, 12% seriam devidos à redução das desigualdades causadas pelas variações na educação. Acredita-se que outros fatores, como o aumento do salário e a redução do desemprego, compõem respectivamente 8% e 2% do conjunto. Os demais 58% seriam o reflexo de outros fatores não identificados. Na pesquisa de Cacciamali e Camillo (2007), foram analisados os efeitos renda e concentração entre 2001 e 2004, e os resultados mostram que a importância da renda do trabalho para essa desconcentração foi de 64,04%, e a das transferências públicas, de 25,71%. Lavinas et al. (2006, p. 2) confirmam que as causas prováveis dessa tendência favorável seriam tanto a elevação do salário-mínimo em termos reais quanto o aumento do volume das transferências de renda compensatórias. Barros et al. (2006) analisaram a contribuição da renda não derivada do trabalho e a renda derivada do trabalho por trabalhador para explicar a redução na desigualdade de renda per capita ocorrida entre 2001 e Os resultados apontaram que a colaboração da renda derivada do trabalho se situou entre 32% e 46%, ao passo que a renda não derivada do trabalho contribui entre 42% e 48% com a desconcentração de renda registrada pelo país. De acordo com o Ipea (2006, p. 53), o desenvolvimento de uma rede de proteção social mais efetiva, a maior integração dos mercados de trabalho e as melhorias na qualificação da força de trabalho foram os fatores que mais se destacaram para que ocorresse essa diminuição na desigualdade de renda do país. No contexto de queda da desigualdade de renda, miséria e extrema pobreza, a questão que ora se levanta neste trabalho é: qual a centralidade dos programas de transferência condicionada de renda para a concentração de renda no Brasil e em suas macrorregiões? Diante disso, torna-se imprescindível o estudo das políticas sociais brasileiras, especialmente as de transferência monetária, para possíveis respostas a essa indagação, assim como para melhor compreensão da queda da disparidade de renda ocorrida recentemente no país. 20 Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional 2010

21 4 A centralidade dos programas de transferência de renda 4.1 Antecedentes Um dos primeiros programas de transferência de renda conhecidos mundialmente foi o implantado na Inglaterra em Nas décadas de 1930 e 1940 e após a Segunda Guerra Mundial, muitos países europeus passam a introduzir um sistema de seguridade social ao adotar políticas com esse perfil redistributivo, consolidando o chamado Estado de Bem-Estar Social (COSTA, 2005, p ): A partir de 1975, quando os empregos passam a se tornar escassos na Europa, os governos introduziram políticas compensatórias, como o salário-desemprego. Em 1986 fundou-se a Rede Europeia da Renda Básica, a Basic Income European Network (BIEN), com o propósito de se tornar um fórum para debater intensamente todas as experiências de renda de mínima, básica ou de cidadania, nos mais diversos países, rede que difundiu esta ideia mundialmente. Na América Latina, no entanto, os programas de transferência de renda começam a ser implementados somente na década de Pinto (2009) afirma que, de forma geral, os programas nesses países apresentam algumas similaridades, como contrapartidas nas áreas de educação, saúde e alimentação. No Chile, o Programa Chile Solidário foi criado em 2002 e tem como foco as 225 mil famílias extremamente pobres existentes no país. Ele é um componente do Programa Puente, de maior espectro, no qual as famílias em condições de extrema pobreza, inclusas com base em um índice que considera condições da moradia, educação, renda e inserção no mercado de trabalho, passam a receber apoio psicossocial. As famílias participantes do programa assinam um contrato de melhoramento de suas condições de vida e, em contrapartida, o governo compromete-se a oferecer um conjunto de serviços de apoio. Os benefícios têm valores decrescentes, de modo que as famílias recebem pesos mensais durante os seis primeiros meses, diminuindo para até pesos nos seis últimos meses. Em 2006, o programa cobria 6,5% da população e consumia 0,10% do PIB (COUTINHO; SANT ANNA, 2008; SOARES et al., 2007). Na Venezuela existe um conjunto de programas de combate à pobreza conhecido por Missões. Sucessor do Plan Bolívar, criado em 2000, era conduzido pelas Forças Armadas, responsáveis pelo desenvolvimento de condições de habi- Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional

22 tação e infraestrutura nas regiões mais pobres da Venezuela. Entretanto, devido a acusações de corrupção, o programa foi suspenso. Coutinho e Sant Anna (2008) informam que os programas que compõem as Missões são: Missão Barrio Adentro, destinado a oferecer tratamento de saúde permanente e preventivo nas favelas das grandes cidades; Missão Robinson, voltada para a alfabetização em favelas e zonas rurais; e Missões Ribas e Sucre, voltados, respectivamente, aos ensinos médio e superior. Os estudantes matriculados e beneficiários do Missão Sucre recebem 160 mil bolívares mensais como estímulo à participação na escola. De maneira geral, as Missões não têm nenhuma relação com o orçamento central do governo, sendo financiadas pela renda do petróleo por transferências diretas da estatal Petróleos de Venezuela. Na Bolívia, o Programa Bono Juancito Pinto foi criado em 2006 e destina 200 bolivianos por ano, entregues em duas parcelas, às crianças em idade escolar. O benefício é distribuído pelas Forças Armadas e tem como condicionalidade a matrícula das crianças e dos jovens na rede de ensino. O programa mexicano Oportunidades é o programa de transferência de renda mais conhecido internacionalmente. Com foco nas famílias pobres de áreas rurais com menos de 2,5 mil habitantes, com acesso a escolas e postos de saúde, teve início em 1997 sob o nome de Progresa e atendia 300 mil famílias. Em 2001 foi estendido a áreas urbanas com menos de 15 mil habitantes, e em 2002 passou a cobrir todo o país, chegando a atender 5 milhões de famílias em De acordo com Soares et al. (2007), o processo de identificação das famílias beneficiárias do programa mexicano ocorre em três fases: i) classificação dos municípios de acordo com um índice de marginalidade econômica e social; ii) escolha dos domicílios de cada município com base em um método estatístico de análise de discriminantes; e iii) verificação na comunidade se a lista dos selecionados inclui ou exclui famílias indevidamente. Em municípios com alta marginalidade, 90% dos domicílios são selecionados, mas nos municípios com índice de marginalidade mais baixo apenas 6%. O programa tem três tipos de benefícios: um incondicional: $250 pesos por idoso; e dois condicionados: $189 pesos para a compra de alimentos, desde que a mãe da família participe de palestras sobre nutrição e tratamentos preventivos; e uma bolsa de estudos concedida a crianças e jovens que cursam da terceira à décima segunda série, desde que frequentem a escola e visitem regularmente o posto de saúde. 22 Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional 2010

23 A bolsa de estudos varia de acordo com a série cursada: quanto maior o nível de escolaridade atingido, maior o valor do benefício. As crianças do ensino primário recebem $120 pesos, e os jovens da décima segunda série, $760 pesos. O limite por família é $1.095 para aquelas cujos filhos estão no primeiro ciclo do secundário, e $1.855 para as famílias com ao menos um filho no segundo ciclo da educação secundária. Segundo Soares et al. (2007), o programa proporciona, juntamente com as transferências, uma poupança para o estudante com base nos pontos que ele acumular durante o ciclo secundário. Ao concluir essa fase do ensino, o valor poupado pelo governo pode ser usado pelo estudante para cursar o ensino superior, realizar reformas em sua moradia, abrir um negócio ou pagar um seguro saúde. Com as condicionalidades, as famílias compartilham a responsabilidade pelo combate à pobreza, uma vez que têm de se enquadrar a regras específicas para obter a ajuda financeira. Os programas de transferência condicional de renda tornaram-se muito populares e, com o apoio de instituições internacionais como o Banco Mundial, acabaram se espalhando por diversos países. Ao final de 2005, México, Brasil, Turquia, Chile, Colômbia, Equador, Jamaica, Honduras, Panamá, África do Sul, Nicarágua, Burkina Faso, Lesoto, Camboja, Paquistão e Bangladesh figuravam na lista de países que tinham algum programa desse tipo. Existiam ainda no final de 2005 outras nações, em sua maioria pobres, estudando a possibilidade de criação de novos programas (VAZ, 2006, p. 12). 4.2 A experiência do Brasil A Constituição brasileira de 1988 colaborou para significativos avanços no tocante às políticas sociais. Com a consolidação da seguridade social, a assistência social passou a ser considerada uma política de direito no país. De fato, ao buscar resgatar parte da enorme dívida social brasileira, a Constituição Federal de 1988 ressignificou os princípios da justiça e da solidariedade e colocou a ação social do Estado em novo patamar, ampliando os âmbitos da vida coletiva que passaram a estar sob sua responsabilidade e inscrevendo inúmeras garantias sociais básicas entre os direitos que gozam de proteção legal. [...] Entre outras conquistas, inseriu-se na organização das políticas sociais brasileiras a ideia de seguridade social para promover a articulação dos direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social e afiançar o compromisso com a garantia de segurança aos indivíduos diante de riscos como a doença e a pobreza relacionada à insuficiência de renda, ao desemprego ou à incapacidade para o trabalho (IPEA, 2009a, p. 31). Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional

24 O conceito de programas de transferência de renda passa então a compor a agenda pública brasileira. O Programa de Garantia de Renda Mínima (PGRM), aprovado no Senado em dezembro de 1991, foi o pioneiro. Proposto pelo senador Eduardo Suplicy na forma de um Imposto de Renda Negativo, visava a beneficiar todos os brasileiros residentes no país, de 25 anos ou mais de idade, que recebessem menos de 45 mil cruzeiros na época, com o direito de receber 30%, ou até 50%, da diferença entre aquela quantia e sua renda, o que corresponde a cerca de dois salários mínimos em valores de 2006 (SUPLICY; BUARQUE, 1997; DINIZ, 2007; COSTA, 2005; MAIOR, 2009). A efetivação dessa política pública ocorreu em 1995 com a implantação de programas pioneiros em Campinas, Brasília, Salvador e Ribeirão Preto. A partir de então, programas dessa natureza expandiram-se amplamente (SILVA et al., 2003; SUPLICY; BUARQUE, 1997). 24 Nos anos 1990, foi-se consolidando uma forma de intervenção na área social na qual a transferência monetária substituía antigas formas de distribuição de benefícios (distribuição de alimentos ou serviços, por exemplo). As vantagens dessa forma de atingir as populações marginalizadas eram múltiplas e iam desde perspectivas econômicas (maior eficiência nos gastos) até éticas (como redução do clientelismo, maior autonomia dos beneficiários) (COSTA, 2005, p. 60). Em termos federais, podem ser consideradas três etapas de ação social na evolução dos programas de transferência monetária no Brasil. A primeira caracteriza-se pela instituição do Benefício de Prestação Continuada (BPC) em 1993 pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Previsto na Constituição Federal de 1988, esse benefício passou a ser implementado a partir de O BPC é uma transferência de renda sem condicionalidades e independente de contribuição destinada à população com 65 anos ou mais e a portadores de deficiência incapacitados para o trabalho que possuem renda familiar per capita inferior a ¼ do salário-mínimo. O valor do benefício é igual a um salário-mínimo. A segunda etapa é marcada pela implantação, na segunda metade da década de 1990, durante o mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, de um conjunto de programas sociais de transferência de renda de caráter focalizado: Peti, Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e Auxílio Gás. O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) foi criado e implementado em 1996 e consiste na transferência de renda para as famílias com crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos que estejam trabalhando ou em risco de trabalhar em atividades consideradas perigosas e prejudiciais à saúde das crianças. O valor do benefício atualmente é de R$ 25,00 por criança nas áreas rurais e R$ 40,00 nas áreas urbanas, para recebê-lo as famílias assumem as seguintes condicionalidades: afastamento definitivo das crianças menores de 16 anos do Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional 2010

25 trabalho, frequência mínima dessas crianças a 85% do período mensal de aulas e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento infantil das crianças menores de 7 anos, bem como da vacinação e da vigilância alimentar e nutricional (BRASIL, 2009d; SOARES et al., 2006; 2007). O Programa Bolsa Escola federal foi instituído e implantado em 2001 e atingia crianças entre 6 e 15 anos de idade cujas famílias tinham uma renda per capita abaixo de R$ 90,00. Com a condicionalidade da frequência da criança a pelo menos 85% das aulas, as famílias recebiam um benefício de R$ 15,00 por criança até um máximo de três crianças (R$ 45,00). O Bolsa Alimentação foi um programa criado em setembro de 2001 com o objetivo de combater a mortalidade infantil em famílias com renda per capita mensal de ½ salário-mínimo. O programa concedia um benefício de R$ 15,00 por criança entre 0 e 6 anos ou mulher grávida até um máximo de R$ 45,00 por família. Em contrapartida, a família comprometer-se-ia a atualizar o cartão de vacinação das crianças e a visitar regularmente o posto de saúde para o pré-natal e o acompanhamento do período de amamentação. O Programa Auxílio Gás foi criado em dezembro de 2001 como uma medida compensatória ao fim do subsídio do gás de cozinha. Sem nenhuma condicionalidade, o programa beneficiava as famílias com uma renda familiar per capita de, no máximo, R$ 90,00, exclusive a renda proveniente dos outros programas de transferência de renda, com R$ 7,50 por mês, pagos bimestralmente. A terceira etapa ocorre após 2003, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2003, no início do seu mandato, é criado o Cartão Alimentação do Fome Zero, um programa que consiste na transferência de R$ 50,00 para famílias com uma renda familiar per capita menor do que metade do salário-mínimo por seis meses (podendo ser prorrogado até 18 meses). O programa tinha por objetivo lutar contra a insegurança alimentar das famílias. A esse respeito, Silva (2006, p. 2) diz: Até 2003 registrava-se uma diversidade de Programas de Transferência de Renda no Brasil com a implementação de experiências de iniciativa de municípios e de estados, além de diversos programas federais implementados de modo descentralizado nos municípios brasileiros. O momento mais recente no desenvolvimento dos programas de transferência de renda no Brasil situa-se em 2004, com a criação do Programa Bolsa Família, que marca a 3ª etapa da manifestação da preocupação social iniciada no final da década de 1990 e altera mais profundamente a situação social do país, principalmente pela concepção de maior atuação do Estado em assistência social. Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional

26 4.3 O Programa Bolsa Família O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência direta de renda criado pela Medida Provisória n. 132, de 20 de outubro de 2003, convertida em 2004 na Lei n , que unificou os Programas Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Auxílio Gás e Cartão Alimentação (BRASIL, 2009c). Em dezembro de 2005, o Peti também foi integrado ao PBF. A partir dessa junção, o governo ampliou o número de beneficiários e os recursos destinados a cada família. De acordo com Costa (2005), após a unificação, o valor médio do benefício por família triplicou, passando de R$ 24,00 para R$ 73,00 em média. De acordo com o Decreto n , que regulamenta a Lei n (BRA- SIL, 2004), o programa tem por objetivo: 26 I promover o acesso à rede de serviços públicos, em especial de saúde, educação e assistência social; II combater a fome e promover a segurança alimentar e nutricional; III estimular a emancipação sustentada das famílias que vivem em situação de pobreza e extrema pobreza; IV combater a pobreza; e V promover a intersetorialidade, a complementaridade e a sinergia das ações sociais do poder público. A unificação dos programas e a utilização do CadÚnico visam a, além de reduzir os custos operacionais, garantir a participação das famílias pobres em políticas sociais, a evitar a sobreposição de programas e a otimizar o uso dos recursos públicos. O PBF integra o Fome Zero, que visa assegurar o direito humano à alimentação adequada, promovendo a segurança alimentar e nutricional e contribuindo para a erradicação da extrema pobreza e para a conquista da cidadania pela parcela da população mais vulnerável à fome (BRASIL, 2009c, p. 1). As famílias são selecionadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social com base nas informações inseridas pelos municípios no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), um instrumento de coleta de dados utilizado para identificar todas as famílias em situação de pobreza existentes no país. O critério principal é a renda per capita da família e são incluídas primeiro as famílias com a menor renda (BRASIL, 2009c). No CadÚnico, é considerada família uma unidade nuclear composta por uma ou mais pessoas, independentemente do parentesco, que dividam as rendas e Finanças Públicas XV Prêmio Tesouro Nacional 2010

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