UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Júnior Sandro dos Santos CRIME DE DANO

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Júnior Sandro dos Santos CRIME DE DANO CURITIBA 2011

2 2 CRIME DE DANO CURITIBA 2011

3 3 Júnior Sandro dos Santos CRIME DE DANO Trabalho de conclusão de Curso apresentada ao Curso de Direito da Universidade Tuiuti do Paraná como requisito de final de curso para obtenção de grau de Bacharel em Direito. Orientador: Professor Dálio Zippin Filho. CURITIBA 2011

4 4 TERMO DE APROVAÇÃO Júnior Sandro dos Santos CRIME DE DANO Esta monografia foi julgada a aprovada para aobtenção do grau de Bacharel em Direito da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, de de Dr. Prof. Eduardo de Oliveira Leite Curso de Direito Universidade Tuiuti do Paraná Orientador: Professor Dálio Zippin Filho Curso de Direito Universidade Tuiuti do Paraná 1º Examinador Curso de Direito Universidade Tuiuti do Paraná 1º Examinador Curso de Direito Universidade Tuiuti do Paraná

5 Dedico esta obra aos meus pais, primeiramente, pelo apoio. E, em especial, ao meu orientador, Professor Dálio Zippin Filho, por me abrir o campo de visão para novos horizontes. 5

6 Agradeço aos professores do Curso de Direito pelo incentivo constante no decorrer de todo esse tempo de estudo e um agradecimento especial a todos colegas e amigos de meu trabalho por permitirem e me doarem seu precioso tempo durante esses anos todos em que estive empenhado em meus estudos. 6

7 7 RESUMO O presente trabalho tem como objetivo analisar o delito definido no artigo 163 do Código Penal Brasileiro, em seu capítulo IV, o crime de dano. Serão enfocadas questões que dele emergem, as quais são de grande relevância doutrinária e forense. É certo que, ao analisarmos a essência do crime de dano, esta análise poderá trazer um poderoso manto protetor às liberdades individuais, trazendo assim uma luz esclarecedora sobre esse assunto que é tão pouco debatido entre os juristas.

8 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO O CRIME DE DANO NO CÓDIGO PENAL Características do Crime de Dano Sujeito Ativo Sujeito passivo Tipo subjetivo A distinção do crime de dano A desfigurização do crime de dano FORMAS DO CRIME DE DANO Simples Qualificação QUALIFICADORAS Dano praticado com violência ou grave ameaça à pessoa Uso de substância inflamável ou explosiva Dano contra o patrimônio da União, do Estado, do Município e de empresa concessionária de serviços públicos ou de sociedade de economia mista Por motivo egoístico ou com prejuízo considerável à vítima Motivo egoístico Prejuízo considerável PRESENÇA DE MAIS DE UMA QUALIFICADORA TENTATIVA CONSUMAÇÃO EXAME PERICIAL AÇÃO PENAL E PENA Ação penal privada Ação penal pública incondicionada PRAZOS PENAS JUÍZO DO CRIME AÇÃO CIVIL PARA RESSARCIMENTO DO PREJUÍZO O DANO NO CÓDIGO CIVIL...38

9 Dano direto Dano indireto O dano patrimonial A indenização civil COMPARATIVO ENTRE O DANO CIVIL E O CRIMINAL OUTRAS FIGURAS TÍPICAS DANOSAS A pichação Introdução ou abandono de animais em propriedade alheia Dano em coisa de valor artístico arqueológico ou histórico Alteração de local especialmente protegido CONCLUSÃO...44 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...46

10 10 1 INTRODUÇÃO O crime de dano é conhecido pelas legislações desde a antiguidade. Não só quando decorria dolosamente, mas também quando decorria de culpa. Entre os romanos foi considerado crime privado (damnum injuria datum), previsto na Lei Aquilia e na Lei das XII Tábuas, esta, inclusive, reprimia como crime de dano todos os atentados aos bens materiais de outrem, que não tivessem sua prática visando lucro, o princípio aquiliano não distinguia dolo e culpa. O Código Sardo, em 1859 definia o delito com uma forma casuística, sem importância. O Código Toscano em seu artigo 448 contribuiu, ao punir a destruição de bens móveis e imóveis, estes prevalecendo sobre os primeiros, já que considerava que o proprietário é quem deveria cuidar e zelar de seus bens móveis. Nas Ordenações Filipinas, o dano era integrado esparsamente no Livro V, danos em cortes de árvores e à morte de animais, Título LXXV. O Código Criminal do Império, de 1830, ao disciplinar o crime de dano, distinguiu o praticado contra o bem particular e o contra o bem público. O Código Penal de 1890 de influência republicana manteve a distinção entre o dano contra bens públicos e particulares, acrescentou a alteração de limites e a usurpação de águas, considerado um equívoco. O Código de 1940 afastou as semelhanças equivocadas da semelhança do dano com outras figuras penais. A Parte Especial desse Código de 1940 ainda vigora atualmente. Atualmente, o diploma legal brasileiro disciplina o dano no seu Capítulo IV do Código Penal, separando-os nas seguintes espécies: dano simples (artigo 163), dano qualificado (artigo 163, parágrafo único), introdução ou abandono de animais

11 11 em propriedade alheia (artigo 164), dano em coisa de valor artístico arqueológico ou histórico (artigo 165) e alteração de local especialmente protegido (artigo 166). O objetivo deste estudo é analisar o crime de dano, em seu artigo 163, suas qualificadoras, distinguindo-o do dano no Direito Civil, cujo conceito é bem mais amplo do que no Direito Penal. Haverá também uma breve abordagem dos outros artigos contidos no Capítulo IV. Desse modo, certamente tal estudo servirá para trazer à tona um pouco mais sobre o tema do dano na área penal, cujo debate não recebe tanta atenção por parte dos doutrinadores.

12 12 2 O CRIME DE DANO NO CÓDIGO PENAL O crime de dano, no ordenamento jurídico brasileiro, está tipificado no artigo 163 do Código de Penal. A sua forma qualificada é encontrada no parágrafo único do mesmo artigo. O conceito de crime de dano está estampado em nosso Código Penal Brasileiro mais especificamente em seu artigo 163, conforme reproduziremos abaixo: Art. 163 CP Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheira: Pena detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Parágrafo único - Se o crime é cometido: I - com violência à pessoa ou grave ameaça; II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave; III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista; (Alterado pela L ) IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa, além da pena correspondente à violência. Para DAMÁSIO (1999), crimes de dano são os que só se consumam com a efetiva lesão do bem jurídico. MIRABETE (2007) conceitua também: os crimes de dano só se consumam com a efetiva lesão do bem jurídico visado. Segundo NORONHA (2005): Crimes de dano são os que só se consumam com a efetiva lesão do bem jurídico tutelado.

13 Características do Crime de Dano Como não exige a condição especial do sujeito ativo, trata-se de crime comum material, já que produz um resultado naturalístico doloso. Não há previsão legal para a figura culposa, a qual, entretanto também é ilícita e sua proteção deve ser tutelada pela esfera civil. É um crime que pode ser praticado por qualquer meio, portanto tem sua forma livre. A consumação é instantânea, de imediato, pode ser unisubjetivo, praticado por um único sujeito, e plurissubisistente, quando vários atos integram a mesma conduta, assim seu inter criminis é fracionado, o que permite a tentativa. O bem jurídico atingido é a propriedade, bem móvel ou imóvel, é o patrimônio que está sofrendo o dano. Para que o crime de dano seja caracterizado e para que haja a sua tipificação, é necessário que a coisa ou o objeto tenha valor monetário e principalmente a vontade do agente em lesar coisa de outrem, trazendo prejuízo ao alheio. Quanto à característica da intenção de prejudicar (animus nocendi), Edgard Magalhães Noronha (2005) esclarece: Esse fim, esse escopo de prejudicar, é indispensável para a caracterização do crime e constitui dolo específico? Este, como se sabe, é a intenção particular, é o fim especial qual o delinqüente tem em vista, e que se acha além dos atos exteriores de execução do criem. Estará nessas condições o fim de prejudicar? A nós nos parece que não. Essa intenção de prejudicar não é dolo específico, porque está compreendida na própria ação criminosa. Quem destrói uma coisa sabe que prejudica seu dono ou possuidor. O prejuízo está ínsito no dano. Se destruir é desfazer, desmanchar, se inutilizar é tirar a utilidade, e se deteriorar é piorar, quem destrói, inutiliza ou deteriora a coisa alheia não pode deixar de prejudicar outrem. Esse prejuízo é, pois, inseparável da destruição, da inutilização e da deterioração, que são os resultados do crime. (NORONHA, 2005, p.309).

14 Sujeito Ativo Para Cezar Roberto Bittencourt (2006, p.286), o sujeito ativo é quem pratica o fato descrito como crime na norma penal incriminadora, é preciso executar na totalidade ou parcialmente a figura descritiva de um crime. Pode ser qualquer pessoa, sem qualquer condição especial, porém, via de regra, o proprietário da coisa, do bem tutelado, da coisa móvel ou imóvel não pode ser sujeito ativo do crime de dano, mesmo que essa se encontre na posse de terceiro (locatário, depositário, comodatário, etc.), uma vez que o tipo penal exige que a coisa seja alheia. Em caso de bem infungível, o condômino pode ser sujeito ativo no crime de dano, caso o prejuízo ultrapasse o valor de sua cota-parte, se não houver prejuízo patrimonial aos outros condôminos, a exclusão do crime ocorre por analogia com o furto de coisa comum (artigo 156, parágrafo segundo, do Código Penal). Noronha diz que pratica crime de dano quem destrói, inutiliza ou deteriora coisa alheia. No entanto, para ele, até o proprietário da coisa pode praticar o crime, nos casos em que outrem estiver na posse da coisa, (Mirabette, 2007, p. 257), essa é a figura típica prevista no artigo 346 do Código Penal (subtração ou dano de coisa própria em poder de terceiro). Essa mesma posição é defendida pelo autor Francisco Dirceu Barros, citando Nélson Hungria Sujeito passivo O sujeito passivo de um crime é geralmente o titular do bem jurídico atingido pela conduta criminosa: pode ser o ser humano nos crimes contra a pessoa; o

15 15 Estado nos crimes contra o bem público, a pessoa jurídica nos crimes contra o patrimônio e há ainda os crimes contra a coletividade, no caso de delito contra a administração pública. Para Bittencourt (2010, p. 202), o sujeito passivo do crime de dano, normalmente é o proprietário da coisa destruída, inutilizada ou deteriorada, porém não se exclui o possuidor da coisa. Se for o possuidor, caso excepcional, o mesmo será prejudicado diretamente pela ação delituosa, haja vista que o proprietário só é lesado indiretamente, pode assim ser demandado civilmente em juízo pelo proprietário para ressarcir o prejuízo. Francisco Dirceu de Barros (2004, p. 852), em sua posição diz que, na hipótese de bem público, o sujeito passivo é o Estado Tipo subjetivo O tipo subjetivo do delito de dano fica caracterizados pelo dolo, que é a vontade livre e consciente de destruir inutilizar ou deteriorar, causar prejuízo (animus nocendi) a terceiro, praticando uma das condutas previstas no Código Penal. Na inutilização, a coisa não é destruída, somente perde a atuação temporariamente ao fim que se destina. Com a deterioração a coisa é estragada, arruinada, não desaparece nem é destruída, sofre uma diminuição no seu valor econômico ou utilidade. Com a destruição, a coisa deixa de existir na sua individualidade, ainda que subsista materialmente ou ainda desapareça, sendo inviável a sua recuperação. Hungria entende indispensável a presença do dolo específico (animus nocendi) na destruição para se chegar a um objetivo final diferente, como por exemplo a fuga

16 16 de presos em que a destruição é objetivando a fuga em si, sendo a destruição do obstáculo somente o meio para tal, no caso a liberdade. Entretanto o Supremo Tribunal Federal se manifesta no sentido que o preso nesse caso responde pela forma qualificada do crime (artigo 163, parágrafo único, III). Damásio de Jesus e Magalhães Noronha dizem que basta a vontade de destruir, pois ela está compreendida na própria ação criminosa. A corrente majoritária dos doutrinadores dispensa a existência da finalidade de causar prejuízo, entendendo que a intenção de prejudicar está na própria ação criminosa. É a corrente jurisprudencial que diz que são irrelevantes os motivos que levaram o agente a produzir o dano. Afinal, a própria lei não exige nenhum fim especial por parte do agente. O objeto material do delito de dano é a coisa móvel ou imóvel, corpóreo para que existam condições de se realizar os atos descritos no artigo 163. Assim o crime de dolo só é punido a título de dolo, quando existe a presença, a consciência e a vontade de agir destruindo, inutilizando e deteriorando coisa alheia. No ordenamento jurídico brasileiro, o dano culposo não ultrapassa a órbita do ilícito civil A distinção do crime de dano O crime de dano é distinto dos outros crimes contra o patrimônio, nele a ofensa é dirigida contra o direito de propriedade, objetiva a prejudicar o dono, não há o intuito de vantagem financeira por parte do agente causador.

17 17 Só há o crime de dano autônomo do artigo 163 do Código Penal quando o dano for um fim em si mesmo, o que não ocorre quando é meio para outro delito A desfigurização do crime de dano Se o dano deixar de ser um fim em si mesmo, passando a ser meio ou modo para realizar outro crime, desfigura-se a figura de crime autônomo, a conduta passa a integrar a complexidade de outra figura penal como, por exemplo, furto com rompimento de obstáculo.

18 18 3 FORMAS DO CRIME DE DANO Pode ser simples ou qualificada. 3.1 Simples A forma simples do delito de dano está prevista no caput do artigo 163 do Código Penal: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia. A pena é detenção de um a seis meses ou multa. 3.2 Qualificação As hipóteses qualificadoras estão previstas no parágrafo único do artigo 163 do Código Penal. Cuja pena é de detenção, de seis meses a três anos, multa e ainda a pena correspondente à violência. O modus operandi, no crime de dano, pode apresentar características particulares de maior gravidade na violação do patrimônio alheio. Ao tornar a conduta mais censurável, merece maior punibilidade, tanto pelo desvalor de ação quanto o de resultado. Ao assumir diversos graus de intensidade, receberá agravantes (que elevam a pena-base, mas nunca ultrapassam seus limites, a lei não determina o montante que o juiz vai aumentar), majorantes (que são acrescentadas na terceira fase de aplicação da pena e podem ultrapassar o limite máximo da pena-base, a lei determina o montante) ou qualificadoras (é aquela que altera o patamar da penabase).

19 19 A graduação do injusto penal observa sua maior ou menor danosidade representada pelo desvalor da ação e do resultado. Ela serve para quem se utilizar de meios mais graves para produzir o resultado (substância explosiva, inflamável, etc.) e de violência ou grave ameaça, atingindo além do patrimônio a própria pessoa humana. No delito de dano, as qualificadoras são em geral de natureza objetiva (materiais), são as relacionadas com os meios e modos de execução do crime, qualidades da vítima, lugar, tempo, ocasião e natureza do objeto material do crime. Os coautores comunicam-se nos termos do artigo 30 do Código Penal, o qual diz que circunstâncias e condições objetivas (de caráter material) podem se comunicar aos coautores e partícipes, desde que estes conheçam tais circunstâncias ou condições. Nas figuras qualificadoras, a pena de multa é cumulativa com a de privativa de liberdade, na simples as penas são aplicadas alternativamente. O sujeito ativo deve praticar o crime de dano na intenção que seja causado prejuízo considerável à vítima, em relação à situação econômica do ofendido.

20 20 4 QUALIFICADORAS O crime de dano pode ser praticado com os seguintes modos que o qualificará: o dano qualificado com a violência e a grave ameaça (inciso l); o dano qualificado com o uso de substância inflamável ou explosiva (inciso ll); dano contra o patrimônio da União, do Estado, do Município e ainda de empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista (inciso lll), além do dano causado por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima (inciso lv). 4.1 Dano praticado com violência ou grave ameaça à pessoa: A violência contra a pessoa já é motivo para qualificar o dano, assim amplia consideravelmente o desvalor da ação, ao praticar o crime dessa forma, o agente ofende outros bens jurídicos, como a liberdade individual ou a incolumidade pública. A lei não exige que o crime de dano qualificado seja contra o proprietário ou possuidor do bem danificado, pode ser exercida contra outra pessoa para assegurar a execução do delito. O delito aperfeiçoa-se quando a violência à pessoa ou a grave ameaça são empregadas com o intuito de possibilitar o delito antes, durante ou após a execução do crime, a violência empregada após a consumação do delito não o qualifica. A violência e a grave ameaça devem ser o meio utilizado para a produção do prejuízo, visando a prática do dano, se não teve a finalidade de possibilitar o crime nem o meio para tal, não deve ser reconhecida sua qualificadora, assim diz Mirabete: Tanto a violência quanto a grave ameaça devem visar a prática do dano, isto é, devem ser o meio utilizado para a produção do prejuízo. Por isso, não se pode reconhecer a qualificadora quando evidente que a violência praticada

21 21 não teve a finalidade de possibilitara a prática de crime de dano, nem foi exercida pelo agente como meio para assegurar a sua execução. Se, por exemplo, o agente, após praticado o dano, sendo surpreendido pela vítima, agride-a, produzindo lesões corporais, não se tratará de dano qualificado pela violência ou grave ameaça. Nessa hipótese, responde pelo criem de dano simples em concurso com o crime de lesões corporais. (MIRABETE, 2010, p. 207). O agente passivo da violência não precisa ser o mesmo do dano, é necessário sim o elo entre o objetivo final, para que a causa, efeito, meio ou fim tenha relação com o delito causado. Se dois indivíduos diferentes, titulares de bens distintos se tornarem vítimas ao mesmo tempo, ocorrerá um crime de dupla subjetividade passiva (crime de dupla subjetividade passiva é aquele que, obrigatoriamente, em razão do tipo, tem pluralidade de vítimas). A ameaça (artigo 147) e as vias de fato (artigo 21 da Lei de Contravenções Penais) são absorvidas pelo dano qualificado. O legislador equiparou a violência à grave ameaça, assim juridicamente se deu a mesma importância. Para se ter a violência à pessoa, é necessário o emprego de força contra a vítima, no seu corpo, e não somente contra o patrimônio, o objeto do dano, é preciso a lesão corporal leve ou simplesmente vias de fato. Violência significa força física, material, podendo ser produzida pela energia corporal do sujeito ativo ou ainda por meio de agentes físicos como fogo, gases, água, eletricidade e toda a sorte de objetos. Ameaça grave é a violência moral, atemoriza vítima, tira-lhe a vontade de reagir, é uma força intimidatória, inibe sua vontade, para que assim a vítima não resista ao intento do agressor, por receio de um mal maior. A violência moral pode se dar por gestos, palavras, atos, escrita ou outro meio.

22 22 A grave ameaça é a forma típica da violência moral e a via que se exerce a força intimidativa para inibir a vontade da vítima, tirando-lhe a liberdade de querer agir. Não é necessário que o dano ameaçado de se causar à vítima seja injusto, somente que seja grave. A injustiça deve resistir na ameaça em si, não no dano ameaçado. Nesse inciso cuida-se, portanto, do concurso material entre o crime de dano qualificado pela violência à pessoa, de grave ameaça ou lesões corporais. Quando a violência para o dano produzir lesões corpóreas, serão acumuladas as penas relativas ao dano qualificado com as do dano qualificado, é um sistema de cúmulo material de penas. 4.2 Uso de substância inflamável ou explosiva São substâncias infamáveis o álcool, a gasolina, o querosene, ceras, ou seja, derivados de petróleo em geral dentre outras coisas. A substância inflamável caracteriza-se pela facilidade e violência com que se acende e se comunica o fogo. Substâncias explosivas são: a pólvora, dinamite nitroglicerina, etc. A substância explosiva é a que se destina à explosão, se transforma em gás ao ser submetida à temperatura elevada e se desintegra totalmente. Embora diferente da substância combustível, é equiparada para o fim de qualificadora. É apta a produzir os mesmos efeitos para a lei. O uso de tais substâncias irá qualificar o crime, exceto se não for constatado crime mais grave.

23 23 A pena do crime de dano praticado com o uso de tais meios é justificada pela grande comoção e repercussão no meio social provocada, como, por exemplo, essa reportagem publicada pelo jornal Correio Brasiliense, em 14 de junho de 2011: Casal é preso após tentar colocar fogo na casa de vizinho no Jardim Ingá Duas pessoas foram presas, na madrugada desta terça-feira (14/6), após tentarem colocar fogo na casa de um vizinho na Rua 10, quadra 28, lote 20, no Jardim Ingá. Maria Lucineide Alves dos Santos e Lindomar Ferreira Batista foram flagrados por policiais militares que impediram o início do incêndio. De acordo com a Central de Flagrantes de Luziânia, a dupla vai responder por dano qualificado. Lindomar e Maria arrombaram, por volta das 3 horas, a casa da vítima, José Moreira Campos, 55 anos. Eles levaram até o local materiais infláveis e tentaram atear fogo na casa. A dupla ainda quis impedir que a vítima fugisse pela janela da casa. Policiais militares da região foram informados do fato e chegaram até a residência. O fogo não chegou a ser iniciado e ninguém ficou ferido. Lindomar e Maria não quiseram falar o motivo do fato. No entanto, a Polícia Civil afirmou que há informações de que os vizinhos estavam brigando na Justiça para que José se mudasse da região e, também, de que há três ocorrências registradas por José Moreira na delegacia do Jardim Ingá relacionados a discriminação. Segundo a Central de Flagrantes, o casal acabou sendo preso e vai responder por dano qualificado, com pena de um seis meses ou pagamento de multa de R$ 1,5 mil. Lindomar foi recolhido ao Centro de Prisão Provisória (CPP) de Luziânia e Maria ao presídio feminino de Luziânia. (CORREIO BRAZILIENSE, 2011). Geralmente o crime de dano não recebe tanta atenção dos meios de comunicação quando praticado na sua forma simples. O emprego da substância inflamável ou explosiva tem que ocorrer antes da consumação do delito, para que seja clara a incriminação da conduta do sujeito que praticar o crime. O delito de dano, qualificado pelo uso de substância explosiva ou inflamável, é subsidiário expresso (o princípio da subsidiariedade determina que o todo prevalece sobre a parte, isto é, manda aplicar a norma primária, mais abrangente, em detrimento da subsidiária, menos abrangente, que deverá ser aplicada, apenas, quando a primária não puder ser aplicada), ou seja, se o crime do agente for mais grave, surgirá outro tipo legal, por exemplo, se a explosão causar perigo comum,

24 24 incidirão as sanções do artigo 251 do Código Penal, o crime será o contra a incolumidade pública, tornando o delito mais grave. 4.3 Dano contra o patrimônio da União, do Estado, do Município e de empresa concessionária de serviços públicos ou de sociedade de economia mista Nos antigos Códigos de 1830 e 1890, era separado o crime praticado contra as propriedades de natureza privada das de natureza pública, tal situação era inspirada no Código Penal Francês de O aumento da pena ocorre por se considerar que o dano praticado contra os bens públicos é mais injusto, já que existe prevalência do interesse público. Tem-se, sobre os bens públicos, por sua natureza, a noção que é de todos e de ninguém ao mesmo tempo, por isso recebem politicamente, um cuidado especial, por estarem mais vulneráveis a ações de vandalismo e outras. Muitas vezes tais bens não detêm uma proteção direta efetivamente, ao contrário do que ocorre geralmente com bens particulares. O conceito de patrimônio público das pessoas jurídicas de direito público não deve ser confundido com o conceito do Código Civil. Os bens protegidos e qualificados pelo Código Penal são os efetivamente pertencentes ao patrimônio público, podem ser coisas de uso comum ou especial. Os bens de uso comum do povo são os de que todos podem usar como as ruas e as praças. Bens de uso especial são os destinados às instalações e aos serviços públicos, como prédio em que estão as repartições públicas, aeroportos e escolas públicas.

25 25 O patrimônio de empresa pública ou de fundação instituída pelo poder público não está tutelado pela qualificação do crime de dano. Empresa pública, segundo o doutrinador Cezar Roberto Bitencourt: Por definição legal, empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criada por lei para a exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer, por força de contingência ou de conveniência administrativa, podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito (Art. 5º, II, do Decreto-Lei nº 20/67). (BITENCOURT, 2010, p. 211). As empresas públicas possuem personalidade de direito privado. São empresas estatais, de natureza ambivalente, pois pertence ao mesmo tempo ao poder público e ao domínio privado, são voltadas para a exploração de serviços ou prestação de serviços. São exemplos de empresa pública: Caixa Econômica Federal e Correios. O conceito de fundações públicas diz que são organizações com natureza jurídica de direito privado ou público. Não podem possuir fins lucrativos. São criadas para um fim específico de interesse público como, a cultura, a educação e ainda a pesquisa. Devem possuir amparo legal. Possuem patrimônio próprio, funcionamento custeado por recursos públicos e a sua administração é autônoma. Exemplos: de privada, Fundação Roberto Marinho, e públicas a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Os bens dominicais, que são aqueles que integram o acervo público sem destinação especial, também integram a noção de bens públicos para fins penais, já que a qualquer momento podem ser transformados em bens públicos se de interesse da administração pública. Exemplos de bens dominicais: prédios pertencentes à administração pública desativados e terras devolutas.

26 26 Os bens locados ou utilizados pela administração pública e seus órgãos, que não são pertencentes diretamente ao poder público, não têm o seu crime de dano qualificado, já que sua propriedade não é do estado e não integram o patrimônio público em sentido amplo. Já os bens pertencentes às concessionárias de serviços públicos ou sociedade de economia mista, esses sim, por estarem afetos ao interesse público, gozam de tutela da qualificadora. Exemplo de dano contra o patrimônio público publicado no jornal paranaense Gazeta do Povo em 4 de setembro de 2011: Onze jovens são presos por participarem de festa no Cemitério Municipal De acordo com guardas municipais, cerca de 80 pessoas estariam bebendo e fazendo sexo no local na madrugada deste domingo Onze pessoas foram presas na madrugada deste domingo (4) após serem flagradas fazendo uma festa no Cemitério Municipal de Curitiba. Segundo a Polícia Civil, a Guarda Municipal foi acionada para atender a ocorrência por volta das 5 horas. No local, havia cerca de 80 pessoas, mas a maioria conseguiu fugir. Nenhuma sepultura foi violada, mas foram encontrados vasos, ornamentos e estátuas quebradas. "Eles quebraram a tampa de um túmulo e derrubaram uma estátua de bronze. Também havia velas espalhadas e garrafas de vinho e vodca quebradas", afirma Isael Ribeiro Bicalho, 42 anos, agente administrativo que trabalha no cemitério. O funcionário conta que chegou ao local às 7 horas, quando os invasores já haviam deixado o cemitério. De acordo informações passadas pela Guarda Municipal ao delegado Francisco Alberto Caricati, do 10º Distrito Policial, as pessoas estavam ingerindo bebida alcoólica e praticando sexo no local. Os detidos têm aproximadamente 20 anos e nenhum era menor de 18, segundo a polícia. Entre os presos, oito são homens e três mulheres. A principal suspeita é que eles estariam promovendo uma festa gótica. Eles vão permanecer presos no Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac-Sul) e vão responder pelo crime de dano ao patrimônio público. A pena varia seis meses a três anos de detenção, mas os jovens podem ser liberados com o pagamento de fiança, que pode chegar a R$ 2 mil. (GAZETA DO POVO, 2011.)

27 Por motivo egoístico ou com prejuízo considerável à vítima Motivo egoístico Para Nelson Hungria (1956), O motivo egoístico é quando ele se prende a uma expectativa de obter um posterior proveito pessoal indireto, moral ou econômico. A definição de Hungria, citada por Rogério Greco (2007): Motivo egoístico, no sentido do texto legal, não é o que se liga à satisfação de qualquer sentimento pessoal (ódio, inveja, despeito, prazer da maldade, desprezo da propriedade alheia, etc.), pois, de outro modo, não haveria como distinguir entre o dano qualificado em tal caso e o dano simples (sempre informado de algum sentimento pessoal na sua motivação). Egoístico é o motivo quando se prende ao desejo ou expectativa de um ulterior proveito pessoal indireto, seja econômico ou moral. Exemplo: o ás automobilístico, na esperança de assegurar o prêmio do circuito da Gávea ou manter a sua reputação esportiva, destrói o carro em que iria correr um competidor perigoso. (GRECO p.175). O motivo egoístico não se vincula a sentimentos como, desprezo, inveja, despeito e ódio, nesse caso seria considerado dano simples, o qual geralmente se motiva por esses tipos de sentimentos. Magalhães Noronha (2005) diz que motivo egoístico é o egoísmo exacerbado, que para satisfazer os seus interesses particulares extingue o interesse dos semelhantes, é um amor próprio exagerado, um grande egocentrismo em que o eu é o centro de todo o interesse do indivíduo, o qual se sobrepõe ao interesse do outro. Pode acontecer de que, em caso excepcional, ocorra no motivo egoístico o animus lucrandi, ou seja, a intenção de obter lucro.

28 Prejuízo considerável No prejuízo considerável para a vítima, o agente deve ter a intenção de causar prejuízo considerável, que deve ser aferido relacionando as condições financeiras do ofendido. O agente tem que ter a consciência ou pelo menos assumiu o risco de estar causado sério prejuízo. O critério da proporcionalidade é justo no sentido de se relaciona com a capacidade de a vítima suportar o prejuízo, algo de pouco valor para alguém pode ser de muito para outro que seja menos favorecido economicamente, podendo assim, trazer ou afastar a qualificadora. A lei penal determina expressamente, portanto, que se leve em consideração o patrimônio da vítima, a fim de se concluir se o prejuízo sofrido foi de relevo. Como as pessoas têm capacidade econômica diferente, aquilo que pode importar em considerável prejuízo para uma já não terá o mesmo significado para outra. O doutrinador Rogério Greco exemplifica: Assim imagine-se que o agente vá até uma fábrica de automóveis e destrua um dos veículos que se encontrava estacionado no pátio. Por outro lado, suponha-se, agora, que o agente vá até a garagem de um prédio de apartamentos e destrua um veículo que tinha sido recentemente adquirido pela vítima, depois de, com muito sacrifício, conseguir um financiamento bancário. Olhando-se objetivamente para os dois fatos, o prejuízo com a destruição do primeiro veículo sequer arranhou o patrimônio da fábrica, ao passo que, no segundo caso, visualiza-se, com tranqüilidade, o considerável prejuízo experimentado pela vítima. (GRECO p.176).

29 29 5 PRESENÇA DE MAIS DE UMA QUALIFICADORA É possível ocorrer mais de uma qualificadora no crime de dano. Por exemplo, se o sujeito que destruir o patrimônio de uma empresa prestadora de serviço público com o uso de explosivo e causa prejuízo considerável à vítima, estarão presentes três qualificadoras, as presentes no inciso l, lll e lv do artigo 163 do Código Penal. A repercussão prática por Cezar Roberto Bitencourt: A presença de uma delas é suficiente para qualificar o crime, mudando a sua capitulação e, substancialmente, sua punição; eventual concurso de duas ou mais qualificadoras não modifica a pena abstratamente cominada; contudo, deve ser considerada na medição da pena, ou seja, uma delas, a mais grave ou mais bem comprovada nos autos, servirá para estabelecer a pena-base, fixando o marco do tipo penal derivado (qualificado), enquanto as demais devem ser trabalhadas na operação dosimétrica da pena, visando encontrar o resultado definitivo. (BITENCOURT, 2006, p. 199).

30 30 6 TENTATIVA É admitida a tentativa. Sendo plenamente possível, quando o agente não obtiver o resultado que seja visto como de grande estrago. A tentativa em geral acontece quando a agente é interrompido em sua ação delituosa, o resultado parcial já configura o crime de dano. Exemplifica Luiz Regis Prado: A tentativa se consuma quando o dano causado não for relevante. A tentativa é admissível, desde que não tenha o agente obtido o resultado, compreendido este como um estrago relevante (v.g. o agente é surpreendido ao desferir o primeiro golpe de machado no grosso tronco da árvore alheia, que pretendia derrubar). (PRADO p. 391).

31 31 7 CONSUMAÇÃO O crime de dano é consumado quando o dano é efetivado contra o bem material. A destruição, inutilização ou deterioração, pode ser na sua totalidade ou mesmo parcialmente, causando prejuízo para a vítima. É necessário comprovar, de preferência por meio pericial, o resultado danoso, caso contrário não será tipificado o delito. Destarte em sua forma tentada o crime se consuma. Se houver a pretensão do agente de danificar o bem alheio, sua intenção, portanto, de praticar o delito estará consumada, mesmo que na forma do crime de delito tentado. Rogério Greco, a respeito da consumação e tentativa diz: Por se tratar de crime material, o dano se consuma quando o agente, efetivamente, destrói, inutiliza ou deteriora coisa alheia, seja ela móvel ou imóvel. Além de material, o dano também é considerado como um delito plurissubsistente, permitindo o fracionamento do inter criminis, razão pela qual se poderá raciocinar acerca da tentativa, quando o agente não consegue a produção do resultado por ele pretendido, por circunstâncias alheias à sua vontade. Merece ser ressalvado, entretanto, o fato de que o resultado, mesmo que parcial, consuma a infração penal em estudo. Assim, imagine-se a hipótese daquele que, embora tendo o dolo de destruir a coisa alheia, somente consegue inutilizá-la ou deteriorá-la. Nesse caso, deverá responder por dano consumado, e não tentado. Nesse sentido, afirma Cezar Roberto Bitencourt: Consideramos temerário afirmar que há tentativa quando o agente não obtém o resultado pretendido, uma vez que o resultado parcial já é suficiente para consumar o crime de dano. Na verdade, a tentativa somente pode configurar-se quando o estrago não for relevante, ou, acrescentamos, na hipótese da chamada tentativa branca, quando o agente não consegue acertar a coisa contra a qual era dirigida a sua conduta. (GRECO, 2007, p. 170).

32 32 8 EXAME PERICIAL O crime de dano é uma infração que deixa vestígios, faz-se então necessária a realização de exame pericial para a comprovação. Tal exame se dá nos termos do artigo 158 do Código de Processo Penal, que diz: Quando a infração deixar vestígios será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

33 33 9 AÇÃO PENAL E PENA A ação penal nos termos em que diz o artigo 167, os danos simples (caput) ou nos qualificados somente o inciso IV (por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima) procede-se mediante queixa. Nos outros incisos I, II e lll (com violência à pessoa ou grave ameaça, com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave e contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista) a ação será pública incondicionada. 9.1 Ação penal privada A ação penal privada segundo Julio Fabrinni Mirabete, em sua obra de Processo Penal: Queixa crime, ou simplesmente queixa, é a denominação dada pela lei à petição inicial da ação penal privada intentada pelo ofendido ou seu representante legal, tanto quando é ele principal ou exclusiva, quando é subsidiária da ação pública. O autor é mencionado como querelante, enquanto o réu recebe o nome de querelado, denominações derivadas de querela que, no vernáculo, significa demanda, discussão, questão. Já se tem utilizado também o termo queixoso e as ordenações Filipinas mencionavam também o quereloso. (MIRABETE, 2008, p. 119) Ação penal pública incondicionada Em geral, o ministério público é dono da ação penal pública e está submetido ao princípio da obrigatoriedade. É incondicionada porque independe da manifestação de vontade da vítima ou de qualquer outra pessoa.

34 34 O artigo 24 da Lei nº 8.699/1993, em seu parágrafo 2º, incluindo o crime de dano, quando praticado contra o interesse e patrimônio da União, Estado e Municípios, diz que a ação será penal pública.

35 35 10 PRAZOS A queixa só será admitida dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que o ofendido, no caso da queixa venha saber quem é o autor do crime, não havendo a propositura da queixa no prazo, ocorre à decadência, causa extintiva da punibilidade. A ação pública pode ser instaurada até ocorrer a prescrição da pretensão punitiva, no dia em que se esgota o prazo para o oferecimento da denúncia. De acordo com o artigo 46 do Código de Processo Penal que diz: O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado.

36 36 11 PENAS No delito em sua forma simples, será aplicada pena de detenção, de um a seis meses ou multa. Na forma qualificada, a pena do dano será cumulativa com a detenção de seis meses a três anos, sem prejuízo da multa.

37 37 12 JUÍZO DO CRIME O processo e o julgamento do delito de dano competem aos Juizados Especiais Criminais, artigo 61 da Lei 9.099/95, na forma simples. Na qualificada, somente o inciso lv. O prejudicado deve representar através de uma queixa crime. Porém, de acordo com o parágrafo 2º do artigo 24 do CPP, acrescentado pelo artigo 1º da Lei 8.699/93, qualquer tipo de crime, o de dano inclusive, ao ser praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado ou Município, ou seja, bens públicos, a ação será pública incondicional, devendo o Ministério Público oferecer a denúncia, que é de sua titularidade, ao juízo comum. É possível a proposição de suspensão condicional do processo nas modalidades de crime de dano simples e qualificado, já que as penas mínimas a eles cominadas não ultrapassam o limite de um ano, determinado pela Lei 9.099/95 em seu artigo 89. Para o delito de crime contra o patrimônio público, entrou em vigor nova Lei de nº /2011, a qual trouxe mudanças em assuntos como prisões preventivas e pagamento de fianças. A prisão preventiva passa a não ser mais utilizada para crimes com penas inferiores a quatro anos, como furtos simples e crimes de dano ao patrimônio público, desde que o acusado seja réu primário. O arbitramento do valor da fiança é estipulado pelo próprio delegado, na delegacia de polícia, no momento da apresentação do detido para o flagrante.

38 38 13 AÇÃO CIVIL PARA RESSARCIMENTO DO PREJUÍZO No tocante à indenização civil, a sentença penal é declaratória. Não existe na sentença penal mandado expresso de o réu reparar o dano resultante do crime. A responsabilidade civil é independente da criminal, diz assim Julio Fabrinni Mirabete, na obra Processo Penal: Como princípio, a responsabilidade civil é independente da criminal (art. 935 do CC). Assim, inexistindo sentença condenatória irrecorrível, a ação ordinária civil para reparação do dano pode ser proposta contra o autor do crime, seu responsável civil ou seu herdeiro (art. 64 do CPP). Dessa forma, é possível o desenvolvimento paralelo e independente de uma ação penal e de uma ação civil, o juiz poderá suspender o curso da ação civil, até o julgamento definitivo da ação penal (art. 64, parágrafo único). Procura-se, com a suspensão, evitar, quando possível, decisões contraditórias. Não pode, porém, o juízo cível obrigar o lesado a aguardar o trânsito em julgado da sentença penal, sob fundamento da prejudicialidade. A suspensão é uma faculdade concedida ao juiz, que a decretará em vista da defesa que for alegada e só é imprescindível quando o conhecimento jurídico da ação civil depender da existência de crime, o que é raro. No mais, a suspensão deve ser evitada ou reduzida ao mínimo. Dispõe, aliás, o artigo 265, lv, a, e 5º, do CPC que o período de suspensão nunca poderá exceder um ano e que, findo esse prazo, o juiz deve mandar prosseguir no processo. (MIRABETE, 2008, p. 146). Entretanto, para obter a reparação do dano causado, o interessado não precisará comprovar na esfera civil a materialidade, a ilicitude e a autoria do fato que já tenha sido julgado na esfera penal.

39 39 14 O DANO NO CÓDIGO CIVIL O dano no Código Civil está tutelado em seu capítulo da Responsabilidade Civil, segundo Maria Helena Diniz, é prejuízo experimentado pelo lesado que pode ser ressarcido. É definido como a lesão, a diminuição ou a destruição sofrida contra a vontade de uma pessoa podendo ser bem de interesse jurídico, patrimonial ou moral. O dano patrimonial é a lesão concreta que afeta o interesse do lesado, tem que ser praticado por um terceiro para que haja a possibilidade de indenização por parte do autor, podendo ser o dano no Código Civil direto ou indireto, como a doutrinadora Maria Helena Diniz cita em sua obra: O dano patrimonial é a lesão concreta, a qual afeta um interesse relativo ao patrimônio da vítima, consistente na perda ou deterioração, total ou parcial, dos bens materiais que lhe pertencem, sendo suscetível de avaliação pecuniária e de indenização pelo responsável. Abrange o dano emergente (o que o lesado efetivamente perdeu) e o lucro cessante (o aumento que seu patrimônio teria, mas deixou de ter, em razão do evento danoso). (DINIZ, 2007, p. 120). Para Silvio de Salvo Venosa (2009), o dano consiste no prejuízo sofrido, podendo ser individual ou coletivo, moral ou material, ou seja, econômico e não econômico. Para ele, apesar da noção de dano estar sempre associada a prejuízo, não necessariamente uma transgressão ocasiona um dano, somente haverá possibilidade de reparação se o ato ilícito ocasionar um dano injusto prejudicando alguém, para isso aplicando-se o princípio pelo qual a ninguém é dado prejudicar a outrem (neminem laedere), o dano deve ser atual e certo e sua materialização se dá com o efetivo prejuízo suportado pela vítima.

40 Dano direto É quando o dano é causado diretamente ao patrimônio do lesado, à própria vítima, um imediato prejuízo ao patrimônio Dano indireto É uma conseqüência de um possível dano, podendo ser um dano moral que pode causar reflexo prejudicial à economia do ofendido O dano patrimonial O que nos interessa no Código Civil, o objeto de nosso estudo, é o dano relativo ao patrimônio. O qual é um conjunto de bens de numa pessoa, um atributo da personalidade e intangível, é a totalidade de bens economicamente úteis que se encontram à disposição e poder de uma pessoa. Para Maria Helena Diniz o dano patrimonial é: (...) a lesão concreta, que afeta um interesse relativo ao patrimônio da vítima, consiste na perda ou deterioração, total ou parcial, dos bens materiais que lhe pertencem, sendo suscetível de avaliação pecuniária e de indenização pelo responsável. Constituem danos patrimoniais a privação do uso da coisa, os estragos nela causados, a incapacitação do lesado para o trabalho, a ofenda a sua reputação, quando tiver repercussão na sua vida profissional ou em seus negócios. (DINIZ, 2007, p. 66).

41 A indenização civil O ofendido deve provar que sofreu um dano, sem que para isso, necessariamente valorar o prejuízo, indicando um valor pecuniário, pois isso pode depender de serem avaliados em uma liquidação. A ocorrência do dano é essencial para que ocorra uma indenização. Pode ser ressarcido pela restauração ao estado anterior em que a coisa se encontrava (statu quo ante). Na impossibilidade, pela indenização pecuniária. Maria Helena Diniz doutrina a respeito da indenização: O dano patrimonial mede-se pela diferença entre o valor atual do patrimônio da vítima e aquele que teria, no mesmo momento, se não houvesse a lesão. O dano, portanto, estabelece-se pelo confronto entre o patrimônio realmente existente após o prejuízo e o que provavelmente existiria se a lesão não se tivesse produzido. O dano patrimonial é avaliado em dinheiro e aferido pelo critério diferencial. Mas, às vezes, não se faz necessário tal cálculo, se for possível a restituição ao statu quo ante por meio de uma reconstituição natural. (DINIZ, 2007, p. 66). Para Silvio de Salvo Venosa (2009) o dano patrimonial é aquele suscetível de avaliação pecuniária, podendo ser reparado por reposição em dinheiro, denominador comum da indenização.

42 42 15 COMPARATIVO ENTRE O DANO CIVIL E O CRIMINAL O dolo, a vontade de agir é essencial para diferenciar o dano no crime do dano no âmbito civil. No dano criminal o agente age com a vontade ou ainda assume o risco de causar prejuízo, quando danifica o bem, o patrimônio de outrem, produz um fato atípico, antijurídico e culpável, seja ele doloso, seja ele culpável. Se não existe inicialmente a vontade de causar o prejuízo ao terceiro, se o dano ocorre por descuido, acidentalmente e ainda estando amparado por excludentes de ilicitude, como o estado de necessidade, legítima defesa e estrito cumprimento do dever, teremos o dano na égide no Código Civil, em seu artigo 927, que traz: Aquele que com ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência causar dano a outrem fica obrigado a repará-lo. E ainda no caput do mesmo artigo, haverá a obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. É lúcido observar que, mesmo que não intencionalmente, não é prejudicada a responsabilidade de indenizar o ofendido, quanto por meio de um acordo extrajudicial ou amparado pela justiça. Portanto no Código Penal é aplicada uma pena que varia de restrição de direitos a detenção e até prisão, afetando a liberdade do indivíduo. No Código Civil, o autor é obrigado a reparar o prejuízo causando, ou seja, afetando o patrimônio do causador. Sabemos que por muitas vezes a legislação Civil complementa a Penal, para o lesado em sua intenção de ver o seu prejuízo reparado, mesmo que em uma ação independente, no Juízo Cível. Nesse caso cabem ações simultâneas.

43 43 16 OUTRAS FIGURAS TÍPICAS DANOSAS 16.1 A Pichação A Pichação, em que o agente se utiliza de pinturas para danificar o patrimônio alheio, no entendimento majoritário da doutrina, tem sido amoldada no núcleo deteriorar, pois produz um estrago parcial ao alterar a coisa em seu estado original. A Lei nº 9.605/98 relativa às condutas lesivas ao meio ambiente possui um tipo específico, em seu artigo 65, para a pichação em edifícios e monumentos urbanos: Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano. A pena é de detenção, de três meses a um ano, e multa. Se for contra monumento ou coisa tombada por valor artístico, arqueológico ou histórico apena é de seis meses a um ano de detenção e multa Introdução ou abandono de animais em propriedade alheia É tutelada a posse e a propriedade imóvel, contra danos causados por animais. Esta prevista no artigo 164 do Código Penal. A ação incriminadora é fazer penetrar ou abandonar animal em propriedade alheia sem o consentimento do proprietário do local, que com isso cause prejuízo. A pena é de detenção de quinze dias a seis meses, ou multa.

44 Dano em coisa de valor artístico arqueológico ou histórico O bem jurídico tutelado é o patrimônio histórico, arqueológico ou artístico, contra danos causados por qualquer pessoa, inclusive o proprietário da coisa tombada. Esta prevista no artigo 165 do Código Penal. A ação incriminadora é destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada. O dolo é indispensável para que o agente tenha conhecimento de que a coisa é tombada, caso contrário o crime será o de dano do artigo 163. Ação penal é pública incondicionada. A pena cominada é de detenção de seis meses a dois anos e multa Alteração de local especialmente protegido O bem jurídico tutelado é o meio ambiente, em especial o patrimônio público nacional, legalmente protegido. É previsto no artigo 166 do Código Penal. A ação incriminadora é alterar mudar, desfigurar local especialmente protegido. O proprietário pode ser o agente ativo na prática do delito, é crime comum. Ação penal é pública incondicionada. A pena cominada é de detenção de um mês a um ano ou multa.

45 45 17 CONCLUSÃO O crime de dano é tutelado pelas legislações desde a antiguidade, era previsto na Lei Aquilia e na Lei das Xll Tábuas. No Código Penal Brasileiro, o crime de dano está previsto no artigo 163, é conceituado como destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia. Damásio de Jesus diz que o crime de dano se consuma com a efetiva lesão do bem jurídico. É crime comum material, tem a forma livre de consumação instantânea podendo ser unissubjetivo e plurissubisistente. Para ser caracterizado, exige que a coisa atingida possua valor material e a vontade do agente de lesar a coisa pertencente a outro. O sujeito ativo é quem pratica o dano, pode ser qualquer pessoa e o sujeito passivo o proprietário ou o possuidor da coisa. É imprescindível a vontade de causar o prejuízo alheio, contra a coisa móvel ou imóvel, o animus nocendi, para a existência do crime. O crime de dano visa prejudicar o dono, não existe vantagem financeira para o agente. Se o crime for praticado com a intenção de praticar outro delito, é desfigurado e integrará a figura do outro crime O crime de dano pode ser simples ou qualificado por meio de violência e a grave ameaça, por uso de substância inflamável ou explosiva, se o dano for contra o patrimônio público e ainda por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima. É possível a existência de várias qualificadoras em um mesmo fato. É um crime que admite a tentativa e o resultado parcial já configura o crime. Consuma-se com a efetivação do dano, mesmo que parcialmente.

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