Aula 2 Contextualização
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- Jorge Malheiro de Miranda
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1 Custos Industriais Aula 2 Contextualização Profa. Me. Marinei A. Mattos Além da terminologia de custos, existe a necessidade de comprender sua classificação Instrumentalização diante deste contexto Conceitos trabalhados no capítulo 4, 5 e 6 Esquema básico da contabilidade de custos Custos dos Produtos Vendidos (CPV) Material e mão de obra 1. Esquema básico da contabilidade de custos consiste na separação de gastos em custos e despesas, mas para que isso ocorra, precisamos compreender alguns conceitos, como: 1
2 Custos Fixos Custos e despesas fixos Custos e despesas semifixos e semivariáveis Custos e despesas variáveis São os custos que permanecem constantes dentro de determinada capacidade instalada, independente do volume de produção (SCHIER, p. 57, 2005) Exemplo: aluguel, seguros e salários do pessoal da chefia de produção Despesas Fixas São as despesas que permanecem constantes dentro de determinada faixa de atividades geradoras de receitas e independem do volume de vendas ou prestação de serviço (SCHIER, p. 57, 2005) Exemplo: salário da administração Custos semifixos ou semivariáveis Alguns gastos têm parte de sua natureza fixa e parte variável Exemplo: a taxa de consumo de água Custos variáveis Despesas variáveis São os custos que variam de acordo com variação de volume de produção (SCHIER, p. 57, 2005) As despesas variáveis são as que alteram porporcionalmente as variações no volume de receitas Exemplo: comissões de vendedores 2
3 Outros conceitos importantes Os custos ainda devem ser classificados em relação à produção, em diretos e custos indiretos E as despesas podem ser entendidas como diretas e indiretas Custos Diretos São aqueles que estão relacionados diretamente com os produtos e não precisam de uma base de rateio devido ao controle prévio que é realizado Custos Indiretos Os custos indiretos também estão estão relacionados com a produção, no entanto, seu controle não é tão fácil de ser identificado, necessitando que uma base de rateio lhe direcione Despesas Diretas As despesas diretas são as que podem ser facilmente quantificadas e apropriadas em relação às receitas de vendas e prestação de serviços Exemplo: no caso de receita de vendas, para cada bem vendido, é possível identificar o custo incorrido em sua aquisição ou produção, os impostos incidentes sobre o faturamento e despesas de fretes e seguro de transporte Despesas Indiretas São os gastos que não podem ser identificados, com precisão, com as receitas geradas Exemplos: despesas administrativas, despesas financeiras 3
4 Custos dos Produtos Vendidos (CPV) O custo dos produtos vendidos contribui diretamente para a obtenção de receitas. É definido como sendo a somatória dos custos incorridos nos produtos vendidos em determinado período (SCHIER, p. 63, 2005) Para determinação dos custos dos produtos vendidos, deve ser considerada a somatória dos custos incorridos nos produtos vendidos em determinado período O custo de produção é definido pelos seguinte itens: MD + MOD + CIF O custo dos produtos vendidos (CPV) é definido por meio da seguinte fórmula: Custo de Produção (CP) + estoque inicial dos produtos acabados (EIPA) - estoque final dos produtos acabados + estoque inicial de produtos em processo (EIPP) - estoque final de produtos em processo (EFPP) = custos do produto vendido APURAÇÃO DO CPV 01. Estoque inicial de material direto (EIMD) 02. (+) Compras de material direto 03. (-) Estoque final de material direto (EFMD) 04. (=) Material direto consumido (MD) 05. (+) Mão de obra Consumida (MOD) 06. (+) Custos Indiretos de Fabricação (CIF) 07. (=) Custo de produção do período 08. (+) Estoque inicial de produtos em elaboração (EIPE) 09. (-) Estoque final de produtos em elaboração (EFPE) 10. (=) Custo da Produção Acabada do período (CPA) 11. (+) Estoque Inicial de Produtos Acabados (EIPA) 12. (-) Estoque Final de Produtos Acabados (EFPA) 13. (=) Custo dos produtos Vendidos no período (CPV) Considerações gerais sobre material O material é o mais importante elemento do custo industrial, pois é constituído pelas matérias-primas e secundários que, transformados, irão constituir o produto fabricado (SCHIER, p. 73, 2005) Controle de material O controle do custo do material inicia-se com a sua aquisição pelo departamento de compras, que deverá obedecer a critérios técnicos de avaliação da qualidade do material e da adequação do preço, buscandose, de preferência, o melhor material e o menor preço 4
5 Consumo de materiais O controle de saída do material do almoxarifado para consumo deve ser feito por meio da requisição, sem a qual não deve ser entregue nenhum material pelo almoxarifado Inventário permanente de materiais O controle do material é de suma importância, pois refere-se à guarda e à movimentação do mais importante componente do processo produtivo Contabilização do material Ordem de produção A contabilização da entrada do material pode ser efetuada diretamente quando da entrada do material pelo almoxarifado (contabilidade integrada) A ordem de produção é um dos mais importantes formulários utilizados na apropriação do custo O preenchimento da OP é iniciada no momento em que se começa o processo de fabricação do produto, e nela são anotados os materiais requisitados em cada seção por que passa o produto nas diversas fases de fabricação Apropriação do material na ordem de produção Todo material requisitado pelas seções de fabricação foi ou será aplicado em determinada OP As requisições encaminhadas ao almoxarifado, solicitando a entrega do material, indicam a OP em que o material será aplicado 5
6 Mão de obra direta É definida como sendo aquela aplicada diretamente na produção Mão de obra direta (MOD) é o gasto relativo ao pessoal que trabalha diretamente na produção, sendo possível a averiguação do tempo dispensado na elaboração do produto e, portanto, é um gasto cujo valor é apropriável a este sem necessidade de qualquer critério de rateio Os gastos relativos ao pessoal da produção que necessitam de algum critério de rateio para sua apropriação ao produto são classificados como mão de obra (MOI) Assim, por exemplo, um operário que trabalha supervisionando quatro máquinas, cada uma executando uma operação num produto diferente, terá seu custo classificado como MOI, pois inexiste forma objetiva de apropriação a qualquer um deles, devendo ser usado algum critério subjetivo para essa alocação Da mesma forma, são classificados como MOI os gastos com o pessoal de manutenção das máquinas, com o pessoal da limpeza da fábrica etc. Aplicação 6
7 Foram os seguintes gastos feitos por uma empresa, num determinado período: Matéria-prima consumida R$ ,00 Mão de obra direta R$ ,00 Energia elétrica fábrica R$ ,00 Salário da administração R$ ,00 Depreciação de máquinas R$ ,00 da fábrica Despesa de entrega R$ ,00 O custo de produção do período foi de (R$): a) R$ ,00 b) R$ ,00 c) R$ ,00 d) R$ ,00 e) R$ ,00 Em um determinado mês, a escrituração contábil de uma empresa industrial registrou os seguintes dados: Contas R$ 1) Estoque de matérias-primas no inicío do mês ,00 2) Compras efetuadas durante o mês ,00 3) Estoque de matérias-primas no final do mês ,00 4) Despesas com mão de obra direta ,00 5) Gastos gerais de fabrição ,00 6) Produção em andamento no início do mês ,00 7) Produção em andamento no final do mês ,00 O custo dos produtos elaborados foi, portanto, de (R$): a) b) ,00 c) ,00 d) ,00 e) ,00 Além da terminologia de custos, Síntese é necessário compreender sua classificação 7
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