Mineroduto e Porto PUBLICAÇÃO DESTINADA ÀS COMUNIDADES DE RELACIONAMENTO ANGLO FERROUS BRAZIL. ANO 1. N 4. MAI/JUN. 2009

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1 Mineroduto e Porto PUBLICAÇÃO DESTINADA ÀS COMUNIDADES DE RELACIONAMENTO ANGLO FERROUS BRAZIL. ANO 1. N 4. MAI/JUN ARQUIVO PESSOAL A c h e g a d a d a A n g l o é esperada com entusiasmo e tranquilidade, já que a empresa foi agraciada com importantes prêmios ligados à preservação ambiental. Helder Oliveira Ladeira, morador de Carangola, analista internacional e voluntário do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil. No prazo Ritmo de obras do mineroduto diminui em 2009, mas cronograma inicial está mantido. PÁG. 2 Igreja Matriz de Santa Luzia, em Carangola (MG), um dos municípios por onde passará o mineroduto da Anglo PÁG. 3 Trabalho a fundo Dragagens da obra do Porto do Açu, em São João da Barra (RJ) avançam. PÁGS. 4 E5 Morro de Itaoca Anglo obtém licença para construir quebra-mar a partir de pedreira em Campos dos Goytacazes (RJ).

2 EDITORIAL Preocupação e Respeito A relação da Anglo com as pessoas é permeada por Preocupação e Respeito, escrito assim mesmo, com iniciais maiúsculas, por se tratar de um dos nossos valores. Dispensamos a nossos colaboradores diretos e indiretos e às comunidades vizinhas um tratamento digno e cortês. A preocupação da Anglo com o impacto de nossas operações começa na implantação de projetos, como é o caso do Minas-Rio. Temos uma metodologia própria para identificar e gerenciar os impactos socioeconômicos de nossas atividades, o SEAT (Socio-Economic Assesment Toolbox), que, em português, significa Caixa de Ferramentas para Avaliação Socioeconômica (leia na página 6). Também estamos cercando de cuidados a pedreira do Morro de Itaoca, em Campos dos Goytacazes (RJ). Nosso respeito reflete-se em controles ambientais, em medidas de segurança no trânsito e na agenda permanente de reuniões com as comunidades vizinhas, como você pode ler nas páginas 4 e 5. Na Anglo é assim, construímos confiança por meio de uma comunicação aberta. Por isso, Preocupação e Respeito são traduzidos em cada linha deste Diálogo.? TIRE SUAS DÚVIDAS O telefone é um dos canais para falar com a Anglo sobre o projeto Minas-Rio. O Serviço de Atenção às Comunidades (SAC) é gratuito e funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 18 horas. Após esse horário, deixe seu nome completo e número de telefone, com o código de área, para que a atendente retorne a ligação. Toda chamada é protocolada, e o prazo para resposta é de até três dias. O cronograma da obra está sendo cumprido? As obras de construção do mineroduto caminham em ritmo mais lento em Isso ocorre porque a Anglo aguarda a conclusão de dois processos: a obtenção de Autorização para Supressão Vegetal (ASV) para o trecho de Minas Gerais, já solicitada ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); e a conclusão das negociações com os proprietários de terras da faixa de servidão do mineroduto, chamados superficiários. A Anglo espera obter a ASV em junho. Já o processo de negociação e indenização dos superficiários continua em andamento. As obras seguirão o ritmo atual até o final do ano, afirma Marcos Milo, gerente-geral de Engenharia do Mineroduto. Maurício Martins Gerente de Relações Corporativas ARQUIVO ANGLO Apesar disso, o cronograma inicial será mantido e a Anglo espera terminar o mineroduto no prazo previsto: janeiro de De acordo com o cronograma, as atividades serão revistas em

3 P A S S O A P A S S O Dragagem avança PORTO DO AÇU A LLX Logística e a Anglo Ferrous Brazil, parceiras na construção do terminal de minério do Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), avançam nas obras de dragagem na bacia de manobras e no canal de acesso aos berços de atracação de embarcações do terminal. O trabalho consiste na retirada de sedimentos e outros materiais depositados no mar para aumentar a profundidade no local. Isso permitirá, no caso do Porto do Açu, o recebimento de navios mercantes graneleiros de grande porte até 180 mil toneladas de peso bruto. ARQUIVO LLX Draga usada para aumentar a profundidade das áreas de acesso ao Porto Para receber navios com essa capacidade, é preciso dragar a uma profundidade de 18,5 metros nos píeres, canal de acesso e bacia de evolução, explica Marcos Roza de Abreu, que comanda as atividades de segurança marítima do Porto do Açu. Atualmente, as profundidades variam de 12 a 15 metros. O trabalho de dragagem é feito por meio de embarcações conhecidas como dragas. Maior obra portuária em execução no Brasil, o Porto do Açu começou a ser implantado em Já foram concluídos 900 metros de estrutura offshore (no mar) e 500 metros erguidos em terra, faltando, ainda, metros (de um total de 2.900) da ponte de acesso aos píeres. Cerca de trabalhadores estão envolvidos nas obras. O Porto do Açu é um empreendimento da LLX Minas-Rio Logística Comercial Exportadora, que tem a participação de 51% da LLX e 49% da Anglo. Na primeira fase das obras, está sendo investido cerca de R$ 1,5 bilhão na construção civil, nos equipamentos eletromecânicos e na capacitação de pessoal para operação do terminal, que permitirá a exportação de 26,1 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. O primeiro carregamento do produto está previsto para Animais e plantas a salvo O peso de um navio desse porte corresponde a vagões carregados de minério MINERODUTO O resgate de fauna e flora é uma das tarefas da equipe de Meio Ambiente da Anglo. Realizada antes das obras do mineroduto, ela atende às licenças e à legislação ambiental. Sementes e mudas são levadas para o viveiro provisório em Divino (MG). Pequenos mamíferos, répteis, anfíbios e aves são afugentados ou transferidos para centros de triagem, caso estejam machucados ou mortos. Encontrar animais silvestres é raro, pois o traçado do mineroduto passa por áreas já alteradas pelo homem, explica Rodrigo Gontijo, engenheiro de Meio Ambiente da Anglo. 03

4 P A N O R A M A PORTO DO AÇU Uma pedreira cercada de cuidados ARQUIVO ARCOENGE Panorâmica da região do Morro de Itaoca: pedreira fornecerá granito para obras no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ) A Anglo obteve a Licença de Operação (LO) para iniciar as operações de lavra na pedreira do Morro de Itaoca, em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. De lá sairão, em dois anos, cerca de 2 milhões de metros cúbicos de blocos de granito que serão usados na construção dos quebra-mares do Porto do Açu, na vizinha São João da Barra. A infraestrutura de operação da pedreira, formada pelos canteiros industriais, está praticamente pronta. Vamos lavrar apenas em áreas já tocadas pela atividade humana. Áreas intactas serão preservadas, garante o engenheiro de minas Oswaldo Menta Simonsen Nico, da Arcoenge, empresa de engenharia responsável pelas atividades de lavra no local. Os quebra-mares são estruturas que protegem as embarcações dos impactos das correntes marítimas, tempestades e oscilações de marés. Controle ambiental O empreendimento foi concebido a partir de avançado planejamento feito pela Anglo em parceria com técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Rio de Janeiro. Vamos implantar todos os controles ambientais para monitorar ruídos, vibrações, poeira e qualidade da água, explica o gerente de Meio Ambiente da Anglo Ferrous, Alberto Luiz Bernardo. O cuidado também caracteriza o plano de fogo, como é chamado o planejamento de detonações, necessárias para a extração das pedras. Usaremos os mais modernos explosivos industriais e, por meio de sirenes, os moradores serão avisados com antecedência a respeito das detonações. Faremos também um trabalho de evacuação das vias de acesso à pedreira antes de qualquer operação que envolva explosivos, garante Oswaldo Nico, lembrando, ainda, que haverá distribuição, nas comunidades, de folhetos explicativos sobre os procedimentos de segurança. 04

5 Tráfego O principal efeito das atividades na pedreira será provocado pelo intenso fluxo de caminhões que percorrerão os 67 quilômetros entre a pedreira e o Porto do Açu, transportando os blocos de granito. Para minimizar o problema, a Anglo desenvolverá programa para treinar os motoristas e prepara plano de melhoria das rodovias que cortam a região. Esse plano inclui sinalização, alargamento de vias, recapeamento, instalação de redutores de velocidade e construção de viadutos sobre a BR-101 (interseção com a RJ-246) e melhorias no trevo de acesso à RJ-216. ARQUIVO LLX Reuniões com a comunidade O trabalho na pedreira do Morro de Itaoca baseia-se em diálogo permanente com as comunidades vizinhas. A mais próxima é a de Pedra Negra, localizada a 4 km do local das detonações, onde moram cerca de 70% dos trabalhadores envolvidos nas obras. Vamos estabelecer uma agenda mensal de encontros, anuncia a analista de Relações com a Comunidade, Andreia Barbosa, da Anglo. As reuniões começaram em fevereiro e serão aprofundadas nos próximos meses. Além da comunidade de Pedra Negra, a Anglo também vem mantendo encontros periódicos com grupos de pessoas que usam a região para a prática de voo livre e de mountain bike (ciclismo em montanha). Como um dos acessos a essas práticas esportivas foi afetado pelas atividades da pedreira, a empresa avalia formas de compensar os transtornos. Estamos estudando a construção de nova pista de pouso para o pessoal do voo livre e de novo acesso ao morro para aqueles que praticam ciclismo, explica Andreia Barbosa. Moradores de Pedra Negra, nas imediações da pedreira: agenda permanente de reuniões 05

6 É DE CASA Com lenço e com documento Aos 79 anos, o agricultor João Morgado tirou carteira de identidade pela primeira vez. Agora poderei ir ao banco sem problemas, conta. Assim como o agricultor, moradores de Santo Antônio do Grama (MG) puderam fazer seu documento durante o Dia de Lazer e Cidadania, promovido em janeiro pela Anglo e pela Camargo Corrêa, construtora do mineroduto. As 400 carteiras de identidade foram entregues durante o mês de abril. ARQUIVO CAMARGO CORRÊA Além da emissão do documento, a programação do Dia de Lazer e Cidadania teve brincadeiras, teatro, exames médicos e oficina de confecção de armadilha para o mosquito da dengue. João Morgado: carteira facilita atendimento em agência bancária Conhecer antes de tudo A Anglo está aplicando nos sistemas Minas-Rio e Amapá o conjunto de ferramentas SEAT (Socio-Economic Assessment Toolbox; em português, Caixa de Ferramentas para Avaliação Socioeconômica), usadas para identificar e gerenciar aspectos e impactos socioeconômicos de suas atividades. Trata-se de uma metodologia desenvolvida pela empresa com apoio de consultoria especializada, e reconhecida por organismos internacionais, como o International Finance Corporation (IFC). O SEAT busca trazer benefícios tanto para a empresa quanto para as comunidades por meio da participação efetiva de ambas. Entre os resultados esperados estão a obtenção e a ampliação de conhecimentos sobre os impactos das operações para que sejam maximizados os impactos positivos. São sete etapas, e a segunda delas inclui consultas às partes interessadas, por meio de entrevistas individuais ou em grupo, painéis e workshops, explica Bianca Leite, coordenadora corporativa de Sustentabilidade da Anglo Ferrous Brazil. O processo de consultas tem previsão para acontecer no segundo semestre de 2009 nas cidades que irão abrigar as futuras operações de mineração (Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas) e do porto (São João da Barra), além dos 32 municípios por onde o mineroduto vai passar. 06

7 DA JANELA MARCELO SANT ANNA/EM/D.A PRESS Maria do Lilico costura os chapéus de palha trançada por ela em Morro do Pilar (MG) Habilidade em extinção É de Morro do Pilar, município localizado na Serra do Espinhaço, na região central de Minas Gerais, que sai parte dos chapéus usados pelos mineiros nas tradicionais festas juninas. Produzidos com a fibra do taquaraçu e da indaipa, eles são trançados e costurados por um grupo pequeno de mulheres, que não encontrou nas moças jovens da cidade quem se interessasse por levar a tradição adiante. Ninguém daqui quer aprender, lamenta Maria Vicente da Silva, viúva de 67 anos, conhecida como Maria do Lilico, apelido que herdou do marido Carlindo Gentil. Natural de Conceição do Mato Dentro, Maria do Lilico mora em Morro do Pilar há 35 anos. Ela, que já costurava, aprendeu a fazer os chapéus logo que chegou à cidade, durante a gravidez de seu único filho, Ricardo. Nos últimos nove dias fiz 34 dúzias. Mas não tenho o mesmo pique que há dez anos, quando chegava do trabalho e ficava na máquina de costura até meia-noite, conta. Maria recebe a fibra desbastada, ferve o material e coloca para secar. Quanto mais forte o sol, mais clara a palha fica, revela. São três voltas de tranças para os chapéus comuns, vendidos a R$ 7 a dúzia. E 12 voltas de tranças para os do tipo sombreiro, que custam R$ 28 a dúzia. 07 DIÁLOGO. MAI/JUN. 2009

8 LEIA E USE Não ultrapasse a vida Investimentos em sinalização viária e treinamento de motoristas estão entre algumas medidas que a Anglo e a LLX vêm executando para reduzir os efeitos do tráfego no entorno do mineroduto, que corta 32 municípios, e do Porto do Açu. Se não houver, por parte dos motoristas, uma condução responsável e defensiva, tais esforços são insuficientes para garantir a segurança nas estradas. Confira algumas dicas: Respeito ao limite de velocidade vale para qualquer estrada. No caso das vias que passam pelo Sistema Minas- Rio, há um detalhe que reforça essa necessidade: a maior parte delas não é asfaltada. Dirigir em alta velocidade levanta muita poeira e pode causar danos aos veículos. Cinto de segurança é obrigatório para motorista e passageiros, inclusive para os que viajam no banco traseiro. Álcool e volante são como água e óleo: não se misturam. Evite ao máximo dirigir durante a noite e tome cuidado redobrado nos dias de chuva. Carro também precisa de check-up. Não deixe de levá-lo para revisões periódicas. DE MINAS AO RIO Paisagem de estimação O elefante visto de frente ARQUIVO PESSOAL ROBERTO RODRIGUES Roberto Rodrigues Em Porciúncula, cidade fluminense localizada na divisa do Rio de Janeiro com os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, um gigante repousa marcando a paisagem da região. O imenso bloco de granito de 992 metros de altura e cerca de três milhões de metros quadrados de área tem a impressionante forma de um elefante. Batizado como Pedra do Elefante, em 1871, desde 1945 passou a ser chamado de Pedra Elefantina. Uma estrada circunda o animal e permite admirá-lo de todos os ângulos, deixando ver as nuances de tromba, boca e olhos marcados pela natureza no bloco de granito. Costumo fazer esse circuito de bicicleta, é um passeio muito gostoso, conta Roberto Luiz do Carmo Rodrigues, instrutor de teatro de Porciúncula, conhecido como Kuey. Uma escada, destruída por um incêndio, dava acesso ao topo da pedra, onde Roberto já esteve oito vezes. O visual é maravilhoso. Há um córrego de água limpa que transborda na época da cheia, formando uma queda d água, e muitas nascentes. E dá para avistar o Pico da Bandeira e cidades mineiras e capixabas, revela Roberto. EXPEDIENTE Coordenação: Gerência de Relações Corporativas Comitê de Comunicação Comunidades Mineroduto e Porto: Andréa Amaral, Bianca Leite, Fernanda Lima, Fernanda Martins, Júlia Chagas, Juliana Hermont, Sílvia Nunes, Thais Lopes, Walter Vancura de Moraes Produção editorial: BH Press Comunicação Projeto gráfico: NETi Comunicação Integrada Diagramação: AVI Design Foto de Capa: Ronaldo Guimarães Impressão: Gráfica Real Tiragem: exemplares 08