MODOS E CUSTOS NO MICRO-TERRACEAMENTO EM CAFEZAIS DE MONTANHA
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- Talita Antunes Bayer
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1 MODOS E CUSTOS NO MICRO-TERRACEAMENTO EM CAFEZAIS DE MONTANHA J. B. Matiello, Eng Agr Mapa/Fundação Procafé e Lucas Franco e J. R. Dias Engs Agrs Fdas Sertãozinho
2 Importância da Cafeicultura de Montanha Abrange diferentes regiões - Zona da Mata de Minas, Espirito Santo, Norte do RJ, parte do Sul de MG e Zona limítrofe em SP. Cerca de 700 mil ha de cafezais - produção anual de cerca de milhões de sacas de café arabica e robusta Concentrada em pequenas propriedades, - em média menos de 10 ha de lavouras por propriedade. O café ocupa apenas cerca de 20% das áreas, mas representa mais de 70% da renda bruta das propriedades. Ocupa áreas e gera empregos em áreas sem boas outras alternativas agrícolas. A lavoura cafeeira (cultura perene) - muito adequada à conservação dos solos e todo o ambiente.
3 Distribuição da cafeicultura de montanha nas regiões cafeeiras do Brasil Área e produção estimadas Regiões Área cafeeira (mil ha) Produção anual de café (mil scs.) Espirito Santo arabica 175 3,0 robusta 100 3,5 Total 275 6,5 Minas Gerais Z. Mata e Jequitinhonha 368 7,5 Sul de Minas 40 0,8 Total 408 8,3 São Paulo 20 0,5 Rio de Janeiro 13 0,2 Total Brasil ,5
4 Facilidades e dificuldades da cafeicultura de montanha Boa infra-estrutura. Boa condição climática e condição física adequada do solo. Boa tradição no café. Cafeicultura mais familiar. Topografia desfavorável. Exige o uso de tratos predominantemente manuais, que demandam mais mão-de-obra e maior custo. Região mais úmida, com maiores dificuldades no preparo de cafés de bebida suave e maior evolução de ferrugem e Phoma. Falta de opções de exploração agricola.
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12 Mecanização e competitividade Nas montanhas a mecanização, dos tratos e da colheita, não é possível com o uso de maquinas, tratorizadas ou automotrizes. Com isso, a competitividade dessa cafeicultura vem sendo reduzida. A mecanização é fator essencial na redução dos custos de produção. Mão de obra - se tornou mais cara, escassa e de baixa produtividade.
13 Manejo alternativo nas montanhas Adaptar o terreno. Adaptar maquinário. Adequar as lavouras e seus tratos.
14 Adaptação do terreno para a entrada de máquinas O micro-terraceamento em lavouras de café, em áreas montanhosas, é uma técnica nova, que vem sendo desenvolvida mais recentemente. Por isso, seu uso pelos cafeicultores ainda é pequeno, no entanto, o uso dessa prática vem ganhando força, nestes 2 últimos anos, em função da divulgação realizada e dos bons resultados alcançados. A técnica consta da abertura de terraços, com cerca de 1,3-1,5 m de largura, nas ruas ou no espaço entre-linhas, do cafezal, para ali formar caminhos mais planos, onde possam transitar tratores estreitos que, com seus implementos, venham facilitar os tratos da lavoura, no controle do mato, na adubação, nas pulverizações, nas podas e até na colheita.
15 Modos de teraceamento O método inicial utiliza tratores traçados, operando de marcha-ré, com lâmina traseira. Experiências também com pequenos tratores de esteira, com lâmina dianteira e de BobCat de esteira, com concha escavadeira e lamina dianteira, para acerto do terraço. Não se tem, ainda, trabalhos científicos Tem-se trabalhos de custo operacional e observações sobre o manejo pós terraceamento.
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21 Rend = h/ha, Custo = ,00/ha
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23 Faz 1,2 m por minuto, custando a hora= R$100,00, fica a 1,50 por m ou, para lavoura de 3 m de rua, à razão de cerca de 5000,00 por ha.
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25 Rend. = 1,5 m por minuto. Cafezal de 3x05m = cerca de 35 hs
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29 Rend h por ha Custo = ,00/ha
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32 Características de tratores cafeeiros estreitos, para trabalho de tratos culturais em cafezais, sobre micro-terraços. Marca e modelo Potencia (CV) Bitola (m) Yanmar ,96 a 1, ,11 a 1,19 Agrale ,88 a 0, ,06 a 1,20 Massey 250 XF 50 1,30
33 Evolução no Micro-terraceamento Emprego de tratores de esteira, mais estreitos, na abertura. Viabilidade do terraceamento com tração animal, em pequenas propriedades. Trator andando nos terraços e uso de colhedeiras de galhos esqueletados. Desenvolvimento de equipamentos colhedores para tratores pequenos.
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35 Terraceamento com tração animal Nova opção na adaptação das áreas de lavouras
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41 Abertura a tração animal, Rend. = 4 dias por ha, custo= 600,00 por ha.
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43 Abertura manual Rend 25 hd/ha Custo= 1300,00/ha
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45 Novas opções no terraceamento Terraceamento combinado com o sistema de linhas duplas. 3,5 m X 2 x 2 x 0,5 m um terraço, mais largo, aberto na rua de 3,5 m, atendendo a 2 linhas adensadas (2x0,5m). Terraceamento a maiores distâncias, cada 4-5 ruas. Ambos com colheita de ramos esqueletados, usando máquina recolheitadeira, andando no terraço.
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51 Espaçamentos adequados ao micro-terraceamento 2,5 a 3,0 m x 0,5 m. Para o micro-terraço ficar com 1,30-1,5 m Para transitar tratores com bitola de 1,10 a 1,30 m
52 Trabalho na Fda Sertãozinho Um trabalho extensivo de micro-terraceamento em cafezais pode ser observado na Fda Sertãozinho, em Botelhos-MG. Ali, 2 tratores, munidos de laminas traseiras, trabalham continuamente na abertura de terraços. Uma área de cerca de 70 ha de lavouras já foi terraceada. Em cafezais já implantados e em áreas antes do plantio do café. A orientação da Fazenda é a de preparar, com micro-terraços, todas as áreas cafeeiras onde a topografia não permita a mecanização normal.
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54 Trabalho na Fda Sertãozinho Com esse trabalho de terraceamento, o cenário mudou completamente. As operações de trato das lavouras, que eram efetuadas manualmente, passaram a ser feitas de forma mecanizada, com maior rapidez e menor custo. A experiência na Fda - rendimento e custos do micro-terraceamento variam conforme a declividade do terreno. Em áreas menos declivosas se gasta cerca de 10 hs por ha e naquelas muito íngremes, onde o corte precisa ser mais profundo, pode-se gastar até 40 hs de trator com lamina por ha.
55 Trabalho na Fda Sertãozinho Assim, o custo para a Fda pode ficar entre 500,00 e 2000,00 por ha, um investimento que, rapidamente, será compensado pelo menor gasto nos tratos mecanizados da lavoura. Outras observações efetuadas - é possível construir o terraço mesmo em lavouras com 2,5 m de rua, no entanto, uma distância de 3 m é melhor. Já se verificou maior retenção de águas de chuvas pelo terraço, restando verificar, a prazo mais longo, o efeito do corte de raízes, que ocorre junto à parte baixa da linha de cafeeiros. Parece que este corte vai ser compensado por um maior desenvolvimento radicular na parte superior da linha de plantas.
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58 Implementos em uso O trator que está sendo usado para fazer os terraços é o John deere x4, de 75 CV; está trabalhando com bitola de 1,5 m. Nas operações de trato, após o terraçeamento o trabalho vem sendo realizado com o Yanmar 1155, bitola de 1,11 a 1,19 m. Estão, já, sendo operados a esqueletadeiradecotadeira, o pulverizador de 400l, a adubadeira Hp 600 da Kamaq, cno hidraulico mas as rodas de descanso e a roçadeira de 1,30 e 1,50 m
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60 Recomendações no manejo Nas montanhas, modos diferentes adotados na execução das práticas Usar insumos de preferência via solo, com pulverizações dificultadas pela topografia e pelo adensamento. Em áreas maiores usar o canhão atomizador. No controle do mato dar prioridade para herbicidas, com menor gasto de mão-de-obra. Trabalhar com o sistema safra zero. Colheita simplificada ou acoplada à poda. Na colheita adotar a derriçadeira motorizada e no preparo pós-colheita, dar prioridade ao sistema CD.
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62 CONTATO (Fundação Procafé)
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