NEGRINHOS QUE POR AHI ANDÃO : CRIANÇAS NEGRAS NA ESCOLA NO FINAL DO SÉCULO XIX NA CIDADE DE SÃO PAULO Surya Aaronovich Pombo de Barros / FEUSP

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1 NEGRINHOS QUE POR AHI ANDÃO : CRIANÇAS NEGRAS NA ESCOLA NO FINAL DO SÉCULO XIX NA CIDADE DE SÃO PAULO Surya Aaronovich Pombo de Barros / FEUSP Este trabalho faz parte da pesquisa de mestrado Ação negra/ação branca: movimentos de inclusão/exclusão escolar de crianças negras em São Paulo ( ), que vem se desenvolvendo desde o início de 2002 na Faculdade de Educação da USP. A pesquisa tem como objetivo discutir o processo educacional referente às crianças negras sob dois enfoques: pensar se a criação de dificuldades ao acesso destas à escola foi um instrumento usado pela elite branca para gerar sua exclusão na sociedade e, por outro lado, como a importância do acesso à cultura letrada foi percebido pelos negros como instrumento de inclusão nessa mes ma sociedade. Pensamos seguir Zeila de Brito Fabri Demartini quando esta afirma a importância de serem incorporados neste processo de reconstrução histórica as experiências dos grupos sociais diferenciados que compõem nossa sociedade, especialmente a partir do momento em que se propõe uma educação igualitária para todos os cidadãos (Demartini, 2000, p. 690). Assumindo que até hoje essa educação não é igualitária no Brasil, principalmente em relação aos negros, reafirma-se a necessidade de estudar as diferentes vivências e estratégias adotadas por cada um dos grupos sociais ao longo deste século com relação à escolarização (idem, p. 691). INTRODUÇÃO A abolição da escravatura em 1888 foi precedida por amplas discussões sobre o que fazer com os libertos, que deveriam ser plenamente integrados à sociedade brasileira. Um dos meios aventados seria através da escolarização dos homens de cor, até bem pouco tempo impedidos de frequentarem os bancos escolares. Podemos acrescentar a isso as demandas pela universalição do ensino e a exigência pelo aumento de oferta da educação para as massas que permeia o final do século XIX no que se refere à educação no Brasil, tudo contribui para a questão do papel da educação na relação com os escravos e seus descendentes: Embora não possamos afirmar que seja uma mudança própria da

2 sociedade brasileira no século XIX, da confrontação dessa necessidade de leitura e escrita com o modelo cultural da escravidão, que articulou essa sociedade durante quase quatro séculos, emergem transformações que lhe fornecem um perfil específico. Na evolução cultural da sociedade brasileira do século XIX, tais transformações (...) relacionam-s e principalmente a mudanças de comportamento, de hábitos e mesmo de estrutura de personalidade de seus membros diante da apropriação de um conhecimento (Moysés, 1995, p. 53). Através das fontes e de trabalhos realizados sobre o assunto, podemos perceber esses movimentos de mudanças de comportamento apontados por Sarita Maria Affonso Moysés. Já no período anterior à Abolição encontram-se vestígios da presença de negros escravos, libertos ou ingênuos na escola. Esta comunicação pretende discutir essa presença e sua relação com os brancos professores, Estado, senhores de escravo. FONTES/METODOLOGIA A bibliografia disponível mostra as dificuldades existentes em estudar a criança negra na escola no final do século XIX, principalmente devido a falta de documentação que trate da questão negra 1. Ao pesquisador resta a utilização de diferentes documentos que pos sam servir de fonte para a reconstrução do período estudado, na tentativa de compreender o assunto. Para a realização deste trabalho, vem sendo realizada uma pesquisa na documentação manuscrita e impressa do Arquivo do Estado de São Paulo referentes à Instrução Pública da Província de São Paulo. Começamos a pesquisa pela série G O V E R N O, lendo os O F Í C I O S D I R I G I D O S A O I N S P E T O R G E R A L D A I N S T R U Ç Ã O P Ú B L I C A, que vai de 1857 a Esta subsérie se constitui de ofícios do Presidente de Província (depois Governador) ao Inspetor Geral, o responsável pela Instrução Pública da Província ( Estado). São as respostas a Ofícios do Inspetor Geral, tratando de assuntos burocráticos como permissão para eleições para preenchimento de vagas, demissão e contratação de professores e funcionários, 1 Entre outros, vide: Gonçalves. Luiz Alberto Oliveira. Negros e Educação no Brasil, In: Lopes, E. M. T., Faria Filho, L. M., Veiga, C. G. (orgs.) a n o s d e E d u c a ç ã o n o B r a s i l. Belo Horizonte: Autêntica, Fo nseca. Marcus Vinícius. A educação dos negros: uma nova face do processo de abolição da escravidão no Brasil. Bragança Paulista: EDUSF, 2002.

3 procedimentos com alunos, cancelamento de aulas, licenças médicas, etc. São importantes para percebermos a relação do Estado com a educação, e mais especificamente qual a posição relativa aos negros. A subsérie O F Í C I O S D A C A P I T A L, q u e f az parte dos documentos da série INSTRUÇÃO PÚBLICA, que vai de 1867 a 1896 consitui-se de relatórios e ofícios de professores, relação de alunos matriculados, ofícios da Inspetoria Geral para os professores e inspetores de distrito, etc. Esses ofícios mostr am a visão do professor, suas reclamações, demandas, o cotidiano escolar mesmo. Dentro da mesma série, temos os documentos referentes aos R E L A T Ó R I O S D A S L O C A L I D A D E S D E L E T R A S CAPITAL, de 1852 a 1896, que são basicamente os mesmos mencionados acima, constiuindo -se de relatórios e ofícios dos professores. Por f i m h á o s L I V R O S D E M A T R Í C U L A S, tanto de Escolas Masculinas como Femininas e Mistas. Estes são documentos fundamentais para esta apresentação. Os livros de matrícula possuem informações importantes s obre os (as) alunos (as), como nome, filiação, moradia, data de matrícula e às vezes de abandono da escola, idade, nacionalidade, naturalidade e nacionalidade, além de um campo denominado observações, que é preenchido de modos diferentes de acordo com cada professor. Há os que preenchem se o aluno é filho de pais indigentes, outros apenas a data em que o aluno deixou a escola, outros o tempo de aprendizagem do aluno. O confrontamento com essas pistas permite ao historiador realizar a reconstrução do perí odo estudado, e é isso que pretendemos fazer neste trabalho. Além das fontes primárias, é de fundamental importância a utilização da bibliografia corrente sobre o assunto, que ajudam a clarear idéias e colocam questões que poderiam passar sem que atentássemos para sua devida relevância. INGÊNUOS Em 1871 é promulgada a Lei do Ventre Livre. A Lei de 28 de Setembro de não é clara em relação à educação dos ingênuos. No artigo 1 o, parágrafo 1 o, consta que 2 A t a s d o P o d e r L e g i s l a t i v o, L e i n o 2.040, de setembro de In: Leis do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Ofici a l, , p

4 os ditos filhos menores [de escravas] ficarão em poder e sob a autoridade dps sehores de suas mãis, os quaes terão obrigação de crial-os e tratal- os até a idade de oito annos completos, tendo a partir dessa data a opção de entregá -los ao Estado, recebendo uma idenização por isso, ou utilisar-s e d o s serviços do menor até a idade de 21 annos completos. O artigo 2 o diz que as associações as quais o Governo entregasse os ingênuos seriam obrigadas a criar e tratar os menores. Esse criar parece ser entendido como educar pelos contemporâneos, como mostra o Relatório apresentado à Assembléia Legislativa Provincial de São Paulo pelo Presidente da Província, o Exmo. Sr. Dr. José Fernandes da Costa Pereira Jr., em 2 de fevereiro de 1872: De feito, nas circunstâncias atuais do país, depois da promulgação da Lei de 28 de setembro de 1871, deve ser objeto de especial cuidado, quer dos simples particulares, quer dos que governam, promover com sério empenho a imigração, e não menos atentos velarem pela educação dos nascidos de escravas e das escravas que se forem manumitindo (...) (Giglio, 2001, p. 119). Marcus Vinícius Fonseca, analisando esse caráter híbrido da Lei, afirma não haver dúvidas quanto à cisão que a lei estabeleceu em relação à criação e educação: devem ser educadas as crianças que, ao saírem das mãos dos senhores, passarem pelos juízes de orfãos e forem entregues a associações ou particulares; às que fossem retidas na posse dos senhores para serem exploradas até os vinte e um anos não se aplicava a instrução elementar, ou a educação; como defini ram os membros do parlamento, deveriam ser somente criadas (Fonseca, 2002, p. 54). Ele conclui que a distinção entre educação e criação, em termos de conteúdo, estava ligada à instrução, na qual a leitura e a escrita eram os elementos mais valorizados (i d e m, ibidem). Instrução esta que, segundo Fonseca, só as crianças entregues ao Estado receberiam. A análise das fontes primárias 3, porém, revelam que nem sempre era assim. No Livro de Matrículas da Escola de Primeiras Letras do Largo Sete d Abril, ano de 1875, por exemplo, a aluna Laura Rabello, de 10 anos de idade, cuja filiação é Anna (fallecida), tem o campo moradia preenchido por: Com D. Maria Rabello. Eduardo Silva trata do costume de escravos e libertos adotarem o sobrenome de seus senhores (Silva, 1997, p. 3 As informações deste parágrafo estão contidas nos seguintes documentos: ARQUIVO DO ESTADO DE S Ã O P A U L O. I n s t r u ç ã o P ú b l i c a. E s c o l a s F e m i n i n a s d a C a p i t a l. E s c o l a d a C o n s o l a ç ã o. L i v r o d e M a t r í c u l a, E02926.

5 36). Sabendo -se dessa prática, mais o fato de o nome da mãe ser simplesmente Anna, assim como a observação de que é filha de pais indigentes, todos são indícios de que a aluna é filha de escrava. Outra aluna, B a r b a r a M a r i a, de seis anos, tem por filiação Anna, é filha de pais indigentes e mora com Joaquina Alves de Siqueira. Há anotações ainda mais evidentes: em 1876, na mesma escola, encontra-se matriculada a aluna Josepha, de cinco anos, cuja mãe é Benedicta Catharina de Jesus (escrava), e que mora Com sua senhora Maria Pinto de Carvalho Sá. Ou ainda Deolinda Maria, de seis anos, filha de Leocadia (Escrava) de Isabel Taques, que mora com sua senhora. Esses são alguns exemplos, entre vários que podem ser encontrados nas Listas de Matrículas dessa escola. Eles mostram que existia a possibilidade de donos de escravos mandarem ingênuos para a escola. O ano de 1879 é considerado por Marcus Vinícius Fonseca um marco para a ação do Governo e para o próprio entendimento da educação dos negros (Fonseca, 2002, p. 66), já que as primeiras crianças nascidas sob a Lei do Ventre Livre completariam oito anos e os senhores deveriam fazer a opção de entregá-las ao Estado ou mantê-las, sendo que no último caso elas não seriam instruídas, segundo a divisão de Fonseca entre educar e criar. A partir deste ano não há mais anotações tão evidentes como aquelas acima 4. Existem, porém, outras formas de notação que nos permitem lançar hipóteses sobre a procedência das alunas. A aluna Balbina do Espírito Santo, de 10 anos, c u j a filiação é Romão do Espírito Santo, considerada filha de pais indigentes, mora com seu padrinho José Leandro de Toledo. Engracia Maria de Jesus, de seis anos, filha de Christina Maria de Jesus, mora com seu padrinho José Roiz Fontes, e também é f i lha de pais indigentes. Outros exemplos semelhantes poderiam ser dados, já que um número significativo de alunas moram com seu padrinho/madrinha. O fato de essas alunas terem nomes característicos de escravos, assim como seus pais ou mães; serem consideradas filhas de pais indigentes; morarem com padrinhos ou madrinhas que, por sua vez, não têm nomes que pareçam de escravos, nos fazem cogitar se o epíteto padrinho/madrinha não seria uma forma de escamotear o fato de essas pessoas serem seus proprietários. Or a, se os senhores enviavam os escravos à escola mesmo quando eram legalmente suas 4 V i d e : ARQUIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Instrução Pública. Escolas Femininas da Capital. Escola da Consolação. Livro de Matrícula, E

6 propriedades, como os exemplos dados demonstram, por que deixariam de fazê-lo após a Lei? CRIANÇAS NEGRAS É interessante notar que numa sociedade ainda escravocrata, em qu e as relações são sempre permeadas pela cor da pele, cor não apareça como uma categoria a ser preenchida na Lista de Matrículas das escolas do período. Essas categorias são: nome, filiação, moradia, naturalidade, nacionalidade, idade, matrícula e observações. Porém, através de diversos mecanismos podemos constatar que algumas crianças são negras, sendo isso mais fácil quando elas são escravas, como foi demonstrado acima. Entretanto, imaginamos conseguir perceber também quando elas são negras mesmo sendo livres 5. Um primeiro indício é a ausência de sobrenomes, ou sobrenomes tipicamente de escravos como da Silva, de Jesus, ou do Espírito Santo. 6 Numa sociedade machista morar apenas com sua mãi, ou ter como filiação apenas o nome da mãe q u ando a maioria tem o nome do pai também parecem pistas importantes. A observação filha de pais indigentes, quando ao lado de nomes, filiações e moradias como as citadas parecem dar mais peso à hipótese lançada. Podemos dar alguns exemplos, como o da aluna Francisca de Paula do Espírito Santo, filha de Benedicta Maria da Silva, que mora com sua avó e é filha de pais indigentes; Benedicta da Silva, filha de Jacintha da Silva, que mora com sua mãi e é filha de pais indigentes; Maria da Glória, filha de Anna Carolina de Jesus, que mora com sua mãe e é também filha de pais indigentes. Mesmo que alguma anotação seja diferente, como o caso de Engracia Maria Rosa, f i l h a d e Joaquim Macario (africano), que mora com seus pais, que por sua vez são indigentes, e m q u e existe o nome do pai, e que ela não mora apenas com a mãe, outras informações são suficientes para saber a origem racial da aluna. 5 A R Q U I V O D O E S T A D O D E S Ã O P A U L O. I n s t r u ç ã o P ú b l i c a. E s c o l a s M a s c u l i n a s d a C a p i t a l. E s c o l a d a Consolação. Livro de Matrícula, E Silva chama a atenção também para essa característica em relação aos nomes: Na Bahia (...) pesquisas recentes mostram uma preferência por sobrenomes portugueses ligados a santos, símbolos, cerimônias ou festividades da Igreja católica ( S i l v a, , p ). P e n s a m o s n ã o h a v e r r a z ã o p a r a q u e i s s o n ã o t e n h a o c o r r i d o t a m b é m e m S ã o P a u l o.

7 Outros professores não utilizam a categoria filho(a) de pais indigentes como a Professora Fortunata, utilizando o campo o bservações para anotações como a data em que o (a) aluno (a) se retirou da escola, ou há quanto tempo lá aprende. Mesmo nesses casos entendemos ser possível perceber a origem racial do aluno, como é o caso do estudante Martinho Antonio de Oliveira, cuja filiação é simplesmente orfão enquanto outros alunos possuem o nome do pai com a observação de que é fallecido e mora com Benedicto Antonio de Oliveira. Ou o aluno Pedro Paulo, filiação i n c o g n i t a e que mora com D. Maria Gertrudes. Ou Jose Amaro da Silva, cujos pais são incógnitos e cuja moradia é M a r i a J u s t i n a. Ou Benedicto Domingos, que mora com sua mãi e cuja filiação é incógnito. Esses exemplos atestam a presença de crianças negras na escola. O que se pretende ressaltar aqui é como essa presença é indesejada. Em 1871 o Relatório da Polícia, ao tratar dos menores, mostra o preconceito que vigorava no período: Há o preconceito de só freqüentar escolas quem tem vestido decente. O ensino obrigatório acabará com ele. (Giglio, 2001, p. 118). Em o ensino é declarado obrigatório na província de São Paulo. Um ano depois, Sebastião Jacobino, em ofício ao Inspetor Geral da Instrução Pública relata: Declaro a Vm ce, para os devidos effeitos e em resposta ao seu officio n o 516 do mez findo, que não ha verba para o serviço de alistamento de menores sujeitos ao ensino obrigatorio, e que esse serviço deve ser feito pelos Inspectores de quarteirão, podendo, em caso de necessidade, requisitar uma praça de destacamento, que saiba escrever 7. Isto é, o ensino obrigatório não resolveu a questão. O Estado que, em tese, deveria cuidar da educação dos ingênuos, na prática não consegue (ou não quer) se responsabilizar pelo ensino obrigatório dos menores, dos quais uma boa parte é negra. Para os primeiros anos do século XX temos o depoimento do ativista negro Correia Leite. Mostrando uma das dificuldades sofrida pelas crianças de pele escura em ingressarem na escola, ele repete o Relatório de 1871, de aproximadamente três décadas anterior: Não precisava nem falar nada, chegava lá e já olhava pro traje, a maneira de falar, né? Já se via tudo, que eram pessoas que não tinham, então eles achavam que não tinha importância ser analfabeto... (...) (Demartini, 1989, p. 54). Esse relato, mais de 7 ARQUIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Governo. Ofícios para o Inspetor Geral C04987.

8 duas décadas após Abolição, parece demonstrar que durante muito tempo, se o acesso aos alunos negros não era negado logo em princípio, sua permanência na escola era posta em cheque de maneira constante, sendo as táticas de impedimento de sua presença sendo sempre reiteradas. NEGRINHOS QUE POR AHI ANDÃO Analisando a documentação referente aos relatórios de professores públicos ao Inspetor Geral Instrução Pública, encontramos um relatório de um professor público datado de Nesse período os professores deveriam enviar semestralmente um relatório ao Inspetor Geral, informando sobre a situação em suas escolas: número de alunos matriculados, número de freqüentes, sexo, grau de adiantamento e filiação. O professor Antonio José Rhormens, responsável pela escola do 8 o. Distrito ( Largo do Arouche), além das informações citadas, acrescenta em seu relatório uma longa descrição da situação vivida por sua escola. Ali encontraria- se uma situação desagradável para ele e para a maioria de seus alunos: certos negrinhos que por ahi andão, filhos de Africanos Livres que matriculão -se mas não frequentam a escola com assiduidade, que não sendo interessados em instruir - se, só freqüentariam a escola para deixar nella os vicios de que se achão contaminados; ensinando aos outros a pratica de actos e usos de expressões abominaveis, que aprendem ahi por essas espeluncas onde vivem. O professor demonstra claramente a aversão contra a presença desses alunos negros na escola, que só estão lá porque ele não os pode proibir: Não tendo limite o numero de al umnos que devão ser admitidos nas escolas publicas, e não podendo o professor fazer escolha delles, devendo acceitar a todos (...). Não que ele discorde que esses alunos sejam educados, o problema é eles freqüentarem a mesma escola onde também estão os bon s meninos. Para lidar com sua presença, o professor sente-se as vezes obrigado a usar de rigor, afim de contel-o s nos limites do honesto. A solução sugerida para os indesejados: Para estes devião haver escolas aparte. Esse relato parece sintetizar a situação dos negros que tentavam feqüentar a escola no final do século. Desabafos desse tipo não foram encontrados nos relatórios de 8 ARQUIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Instrução Pública. Ofícios da C a p i t a l C

9 professores contemporâneos examinados, que se limitavam na maioria das vezes a responder o que era exigido e solicitar ajuda material para a escola. Entretanto procurando em outras fontes, como os Livros de Matrícula, Ofícios da Instrução Pública e do Governo, podemos perceber como o desinteresse e mesmo o impedimento ao acesso e permanência de crianças negras na escola não foi uma questão meramente pessoal em nossa História. Falta de alistamento; preconceito contra a falta de vestido decente e contra a maneira de falar; utilização de rigor contra falta de assiduidade e falta de disposição. Apesar da aparente ausência que envolve a criança negra em relação ao ensino escolar no período estudado, elementos retirados de diferentes fontes (além das já citadas, as que ainda serão pesquisadas como jornais de época, arquivos do Juizado de Orfãos, etc.) revelam que o assunto é passível s er trabalhado, havendo muitas possibilidades pela frente. FONTES - Atas do Poder Legislativo, Lei n o 2.040, de setembro de In: Leis do Brasil. Rio de Janeiro: Imprena Oficial, 1871, p ARQUIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Instrução Pública. Escolas Femininas da Capital. Escola da Consolação. Livro de Matrícula, E ARQUIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Instrução Pública. Escolas Femininas da Capital. Escola da Consolação. Livro de Matrícula, E ARQUIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Instrução Pública. Escolas Masculinas da Capital. Escola da Consolação. Livro de Matrícula, E ARQUIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Governo. Ofícios para o Inspetor Geral C ARQUIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Instrução Pública. Ofícios da Capital C05038 BIBLIOGRAFIA

10 - Demartini. Zeila de Brito Fabri. A escolarização da população negra na cidade de São Paulo nas primeiras décadas do século. Revista da ANDE, n. 14, Novos sujeitos, novas histórias: a necessária abordagem de grupos sociais diferenciados na pesquisa sobre a educação brasileira. Atas do II Congresso Luso- Brasileiro de História da Educação, vol. II. São Paulo: Faculdade de Eucação da Universidade de São Paulo, Fonseca. Marcus Vinícius. A educação dos negros: uma nova face do processo de abolição da escravidão no Brasil. Bragança Paulista: EDUSF, Giglio. Celia Maria Benedicto. Uma genealogia de práticas educativas na Província de São Paulo: Tese de Doutoramento: mimeo. São Paul o: USP Gonçalves. Luiz Alberto Oliveira. Negros e Educação no Brasil, In: Lopes, E. M. T., Faria Filho, L. M., Veiga, C. G. (orgs.). 500 anos de Educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, Moysés. Sarita Maria Affonso. Literatura e história. Imagens de leitura e de leitores no Brasil no século XIX. Revista Brasileira de Educação, n. 0, Silva. Eduardo. Dom Obá d África, o príncipe do povo: vida, tempo e pensamento de um homem livre de cor. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

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