POESIA E IMAGEM: UMA PERSPECTIVA DE LEITURA DO TEXTO POÉTICO

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1 POESIA E IMAGEM: UMA PERSPECTIVA DE LEITURA DO TEXTO POÉTICO Luciene SGOBERO ULLER/UEM 1 Introdução A poesia enquanto materialidade da relação sensível do homem consigo próprio ou dele com o mundo, desde remotos tempos vem sendo tema de teorização e estudo por parte de estudiosos os quais buscam, cada qual a seu tempo, desvendar os seus mistérios, descrevendo-a, decompondo-a, buscando, enfim, a sua essência. Os poetas codificam o seu mundo subjetivo ou mesmo o seu olhar objetivo para o mundo, em versos ritmados ou não, rimados ou não, metrificados ou não; propiciando ao leitor, mesmo sem a intenção, um ato de ler bastante complexo, pois para descodificar um poema é necessário que o leitor domine certos conhecimentos como as especificidades deste gênero literário, ou seja, a sua estrutura composicional, além de precisar reconhecer os símbolos gráficos, verbais e visuais, os quais servem para estimular as várias leituras possíveis e, por conseguinte, a produção de imagens as quais já existem na mente do leitor, mas que são incentivadas a aparecer após leitura efetiva dos versos e estrofes. Nesta perspectiva, esta reflexão busca apresentar a poesia com o que há de mais fascinante: o seu caráter de composição de imagens, sejam as proporcionadas intencionalmente pelo poeta, sejam aquelas despertadas pelo leitor no momento da leitura, perfazendo uma relação dialógica extremamente satisfatória em que o universo de ambos: leitor e poeta encontram-se no texto poético por meio de sua composição, produzindo sentidos. Contudo, há que se ressaltar que as imagens produzidas pelo poema não necessariamente precisam representar a realidade imediata do leitor ou a contextual do autor, pois o caráter ficcional da obra literária liberta-a deste compromisso. 1 Professora da Rede Pública de Ensino e aluna regular do Mestrado em Letras/Universidade Estadual de Maringá lucieneuller@gmail.com

2 Assim, a leitura literária produz efeitos no leitor o qual segundo Hansen (2005, p.19) concretiza o ler literariamente, pois o leitor é capaz de ocupar a posição semiótica do destinatário do texto, refazendo os processos autorais de invenção que produzem o efeito de fingimento. 1. Leitura do texto poético: Linguagem e produção de sentidos Para Cândido (1996), a poesia se faz com palavras e na sua relação das palavras com o verso, também se faz da parte para o todo. Assim, o verso funciona primeiro como um conjunto de fonemas; depois como combinação de uma série de fonemas, formando sílabas e em terceiro como sequência de sílabas que, combinadas, formam ritmo, por meio de palavras. Faz relação entre ritmo e significado, pois o ritmo significa um elemento de expressão que dá origem à unidade sonora do verso, enquanto a palavra seria a unidade sonora que desperta prazer sensorial, estabelecendo-se em unidades. Neste sentido, para que um poema seja de fato classificado como poema, nele devem constar elementos caracterizadores desse estilo, sendo eles: a. A sonoridade, pois a poesia está intimamente ligada à música e todo poema tem a sua unidade sonora e está interligada ao sentido. A sonoridade dos versos nos remete à uma ideia sobre algo que o texto fala. É na composição rítmica, mas também nos sons dos fonemas que essa construção se dá. Como exemplo, citamos a sonoridade, contida abertamente nos versos do poema trem de Ferro de Manuel Bandeira, remete-nos à imagem do trem de ferro literalmente e do barulho e movimento que faz. É a sonoridade produzindo imagens: Café com pão/ Café com pão/ Café com pão Virge Maria que foi isso maquinista? /Agora sim/ Café com pão/agora sim/voa, fumaça (...). O leitor tem a sensação de que o trem está dentro dele e diversas imagens podem invadir a sua leitura, inclusive de cenas fílmicas. b. O ritmo, que, segundo o autor, é o movimento ondulatório que caracteriza o verso e o distingue de outro fenômeno. Está ligado indissoluvelmente ao tempo. Como exemplo citamos os versos clássicos de Camões: A mor é fo go que ar de sem se ver/é fe ri da que dói e não se sen te/é um con ten ta men to des con ten te/é dor que de sa ti na sem do er (...). A marcação do ritmo por meio das sílabas fortes e fracas, conduz o leitor à sensações contraditórias de amor e dor ao mesmo tempo. O poeta tenta conceituar o amor

3 por meio do seu avesso, o que produz imagens de incertezas e satisfações, produzindo sentidos por meio da pronúncia cadenciada de sílabas fortes e fracas. c. O metro que, segundo Cândido, é um utensílio do ritmo; Como exemplo citamos a primeira estrofe do poema Canção do Exílio de Gonçalves Dias: Minha terra tem palmeiras/onde canta o sabié/ As aves que aqui gorgeiam/não gorgeiam como lá (...). Os versos simples em redondilha maior exprimem um estado de ânimo de um eu, o eu lírico. Os elementos de cenário servem como metáforas desse estado de espírito e tem papel muito mais importante do que os cenários onde se desenrola uma história. A Singeleza dos versos podem favorecer o desencadear de imagens representativas de um lugar aprazível onde a alma se regozija de paz e harmonia. d. O Verso: É a unidade do poema cuja alma é o ritmo. (CÂNDIDO, 1996, p..60); é o movimento respiratório em função da poesia. No interior do verso, o poeta expõe seu mundo e na escolha das palavras para dizê-lo, faz seu jogo. Manuel Bandeira nos versos do poema A Estrela, por exemplo, brinca de produzir imagens no arranjo das palavras: Vi uma estrela tão alta, /Vi uma estrela tão fria! /Vi uma estrela luzindo/ Na minha vida vazia. //Era uma estrela tão alta! /Era uma estrela tão fria! /Era uma estrela sozinha /Luzindo no fim do dia (...). O primeiro verso do poema inicia-se pelo pretérito perfeito do verbo ver, vi situando firmemente a ação no passado, contudo essa firmeza é quebrada pelo advérbio tão, o qual nos diz do estado de sua alma: o poeta demonstra certo tédio e desânimo diante da distância da estrela, revelando-nos a imagem de alguém triste. Essa hipótese será confirmada no quarto verso quando o poesia adentra definitivamente no poema dizendo do vazio no qual se encontra a sua vida, enquanto para ele a estrela alta (distante), fria, sozinha. Na segunda estrofe, o primeiro verso se inicia pelo pretérito imperfeito do verbo ser, o qual nos diz que a estrela ganha significado na vida do poeta, pois ele não descreve apenas uma sensação momentânea de alguém que observa uma estrela, mas de alguém que já a conhecia. Mediante estas constatações fica um questionamento: De qual estrela fala o poeta? A construção dos versos vai construindo também imagens para o leitor: o de alguém triste, o de alguém sozinho, o de alguém desesperançado, mas que o significado disso está na sua menção/relação com uma estrela que ao final do poema diz que brilha tão alto para

4 dar uma esperança mais triste ao fim do dia do eu lírico. Ou seja, esse eu lírico está sofrendo e essa dor está sendo intensificada pela estrela. Assim, a relação das unidades expressivas que compõem os versos, combinadas às palavras nascem imagens por meio, principalmente, de metáforas, alegorias ou símbolos. Contudo, é necessário distinguir...a linguagem figurada espontânea, que representa simplesmente um modo normal da expressão humana, e a linguagem figurada elaborada, construída com intenção definida, visando a determinado efeito. (CÂNDIDO.1996, p.70). A poesia é tomada como a forma suprema de atividade criadora da palavra, pois dá acesso a um mundo extremamente expressivo. Contudo, a linguagem poética é duplamente imprecisa porque primeiro conduz a se pensar que a poesia tem o estatuto de uma língua. Segundo porque mantém no vago a relação entre poesia e literatura. (Todorov. 1992). Para o autor, também, a poesia está em verso, cuja versificação caracteriza o discurso poético, postura teórica que o aproxima de Antônio Candido. É um teórico que descarta o sentimentalismo e valoriza objetivo e o científico. Pensa também que a leitura de um texto e sua análise não podem ultrapassar os limites do texto. A partir do poema, sabe-se, portanto, o estado do autor e para ler poesia precisa ter posicionamento de estudo, contudo, o discurso poético desperta emoção estética que é a comoção literariedade, regras a serem observadas; o texto poético é carregado significado. Contudo, a versificação travaria o contrato particular com o leitor, o que o leva a estudar o semantismo poético, o estrutural. A teoria decorativa está relacionada ao Belo, estético ornamentos poéticos. O poeta faz a escolha das palavras que não é por caso, palavras com o mesmo sentido pode ter efeitos diferentes no poema. Por isso, a poesia estaria ligada à música (Todorov 1992). Para o autor, segundo a teoria afetiva, a poesia é caracterizada pela subjetividade. Fora da poesia, a palavra prima pela objetividade. A diferença entre linguagem poética e não poética é a de que a primeira é sentimento e a segunda, a não poética, são ideias e reflexões e questionamentos. Neste sentido, é importante situar o poema no momento histórico, pois o entendimento do que significa poesia e o posicionamento do eu lírico diante do texto poético variou conforme o contexto de sua criação. Assim, a vivência do de

5 poema, em contato com a matéria (o assunto do poema) e com o material (a forma do poema), significa produção de imagens conforme o que se concebe por poema e as vivências do leitor. Alfredo Bosi (2000) afirma: Contextualizar o poema não é simplesmente datá-lo, é inserir as suas imagens e pensamentos em uma trama já em si mesma multidimensional: uma trama em que o eu-lírico vive ora experiências novas, ora lembranças de infância, ora valores tradicionais, ora anseios de mudança, ora suspensão desoladora de crenças e esperanças. A poesia pertence à História Geral, mas é preciso conhecer qual é a história peculiar imanente e operante em cada poema. BOSI (2000, p. 9) Nesta perspectiva, é necessário que se estabeleça uma relação importante entre poema e imagem: esta última pode também ser despertada pelas situações e acontecimentos presentes no contexto histórico-social no qual o poeta está inserido. Por menos relação com a realidade a poesia precisa ter, ela poderá apresentar sinais, desse tempo. Como exemplo claro, podemos citar o poemas Morte e vida Severina de João Cabral de Melo Neto, o qual traz imagens muito concretas ao leitor do tempo atual visto que a situação abordada tão poeticamente está quase diariamente veiculada pelos meios de comunicação; diferente das imagens as quais poderiam ser produzidas a, por exemplo, um leitor no século passado: ".E não há melhor resposta/ que o espetáculo da vida:/ vê-la desfiar seu fio,/ (...) ver a fábrica que ela mesma,/ teimosamente, se fabrica,/vê-la brotar como há pouco/ em nova vida explodida;(...)de uma vida severina.(...) Mais do que uma obra ficcional de qualidade estética inquestionável, os versos oportunizam ao leitor, uma viagem maravilhosa ao universo social sofrido do nordestino sertanejo que, em meio à hostilidade do ambiente, também se torna hostil, quase como um segmento da seca que deixa marcas em sua alma, aprofundando as rugas que chegam muito cedo. A realidade rústica e difícil do sertanejo nordestino vai se revelando numa temática voltada à relação homem versus o meio e o quanto este último influencia na essência do primeiro, como se observa no trecho: _ O meu nome é Severino/ não tenho outro de pia/ (...)Somos muitos Severinos/ iguais em tido na vida/(...)morrendo de

6 emboscada antes dos vinte/- e de fome um poço por dia/(...)passo a ser o Severino/ Que em vossa presença emigra(...) Morte e Vida Severina apresenta como protagonista um retirante, um nordestino que foge da seca e da vida sofrida e miserável do Sertão e que, caminhando às margens do rio Capibaribe em direção à cidade do Recife, tem a esperança de encontrar vida melhor. Não é por acaso que o escritor escolheu esse nome, já que Severino é um nome muito comum no Sertão nordestino. Milhares de nordestinos partilham com o protagonista seu nome, bem como sua miséria e seu sofrimento. Isso concede à personagem um caráter de universalidade pois Severino encarna todos os retirantes do Sertão, iguais em tudo na vida e na perspectiva constante do mesmo tipo de morte severina: que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte, de fome um pouco por dia. Viver uma vida severina é o mesmo que viver sem perspectiva, apenas seguindo uma sina coletiva de cultivar o sertão dentro de si, numa terra sempre mais extinta. Sem apoio suficiente do Poder Público, submetidos ao domínio, à violência e à exploração dos coronéis do sertão, sem meios de produzir para sua subsistência, estes severinos veem-se obrigados a emigrar de suas terras ou moradias para as cidades grandes. A migração de pessoas em nosso país é uma realidade incontestável, contudo, esse elemento real quando transfigurado em linguagem metafórica pela criação do autor, constitui-se em verossimilhança, o qual produz imagens sobre uma realidade construída no dia-a-dia tanto pelas mídias quanto pela escola e pela sociedade, associadas às concepções, conhecimentos e vivências do leitor. Nesta perspectiva, a poesia sofre a Influência das questões externas ao ato da criação, bem como de símbolos produzidos pelo poeta, conduzido por gestos, o que propõe certa inconstância devido à diferença de significados das palavras, as quais têm o seu valor a partir da versificação. A poesia também permite a repetição das palavras e o refrão ajuda a buscar o tema do poema. Todorov (1992). Assim, a constituição e construção do poema diz muito do seu significado e as prováveis imagens as quais podem produzir. Neste sentido, as regras da poesia refletem sobre a palavra dizendo que já correga, em si, características poéticas que na poesia coincide o ato criador e sua expressão, não

7 havendo a diferenciação entre o mundo real e o poético ou literário. O efeito é produzido por meio da conotação, musicalidade, sinonímia. (JÚDICE, 1998). A poesia nasce da desilusão do homem com o mundo e a criação poética e em qualquer contexto histórico pode evocar aspectos diferentes do estilo dominante. necessário que haja uma relação entre poesia e comunidade, pois o homem tem necessidade de manter a memória das coisas e dos fatos. O texto que vive na dimensão oral comporta dois sujeitos: o locutor e o auditor, concretizando proximidade entre os dois, assim como haverá um distanciamento entre autor e leitor a partir do momento em que os textos passam a ser escritos. Neste sentido, surge o leitor ideal que é aquele desconhecido do poeta. (JÚDICE, 1998). Nesta perspectiva, a poesia, segundo Júdice, ainda, nasce do raciocínio, não da lógica, mas de um raciocínio difícil de ser encontrado, oculto, escondido, pois estaria construída sob figuras de linguagem, as quais são o aspecto explicativo e É da linguagem e por isso transcende ao seu significado denotativo, produzindo imagens. Já o ritmo e suas manifestações formais são o elemento que, no poema, traduzem a sua memória e a sua história; tem vínculo com o sagrado e com a épica. Seu arranjo faz com que o leitor entre no imaginário do poema, fazendo a introdução de outros sentidos, é como se o discurso poético tivesse autonomia linguística, o que o afasta do mundo real. Assim, a construção do poema está baseado em dois momentos de realização: o da leitura e o da significação. O primeiro no sentido de execução fônica, sonora, em que intervêm elementos de natureza material, linguístico (sintaxe, ritmo, som...); a segunda diz respeito ao privilégio que se dá ao elemento do significado do texto. A poesia se serve das palavras, contudo de um modo diferente da prosa, pois existe numa zona de pensamento que utiliza a linguagem que é um instrumento social do homem. O que torna um texto literário, é o seu grau de literariedade, constituída pelos elementos formais do texto que leva ao prazer no processo de sentir o texto. Neste sentido, escrever poesia, atualmente, seria uma forma de conservar: o ser no tempo, a identidade do eu, na dissolução do sujeito devorado pelo movimento do mundo em comunhão com a ficção. Então, o leitor ideal é o próprio autor, aquele que se pode dispensar a si mesmo e que procura, ao escrever, recriar-se, encontrando os outros rostos de si próprio.

8 Cada poema é escrito, portanto, pelo que se leu e pelo que se continua a ler. Para ele, poesia é diferente de sonho, pois é uma construção poética e o sonho não pertence à linguagem. (JÚDICE, 1998) Poesia, linguagem e imagem Para falarmos em poesia e imagem vamos nos reportar à Otávio Paz (2009) em sua obra Signos em Rotação, onde, res salta que o vocábulo possui valor psicológico, pois as imagens são produtos do imaginário. A palavra e a imagem entram no campo da pluralidade e estão centradas na função poética. Toda imagem aproxima realidades opostas. No processo dialético, pedras e plumas desaparecem em favor de um terceiro significado que já não é nem pedra e nem plumas mas outra coisa. O poema não diz o que é, mas o que poderia ser. Segundo o autor, a aprendizagem não consiste em acúmulo de conhecimento, mas na depuração do corpo e do espírito e neste sentido, a linguagem deve ser considerada como significado, sentido de isto ou aquilo e o idioma o qual é uma gama de infinitas possibilidades que se fixam em uma direção quando formam uma frase, mas a pluralidade de significações não desaparecem. Neste sentido, a imagem do poeta tem sentido em diversos níveis: autênticas, genuínas, pois trata-se de uma verdade psicológica, ao mesmo tempo em que constituem uma realidade objetiva, válida por si mesmas, que são as obras. Por ex: Uma paisagem de Gôngora não é a mesma coisa que uma paisagem natural, mas ambas possuem realidade e consistência, como se percebe nestes versos, de Gôngora, de 1582: Al tramontar del sol, la ninfa mía,/de flores despojando el verde llano,/cuantas troncaba La hermosa mano,/tantas el blanco pie crecer hacía. A leitura destes versos eleva a natureza à objeto inspirador sensível e harmonioso, promovendo imagens tendo o belo como foco. A palavra poética remete o leitor à imagem. O poeta não descreve a realidade, coloca-a diante dos leitores, assim, o poema sugere recordações: A imagem é um recurso desesperado contra o silêncio que nos invade cada vez que tentamos exprimir a terrível experiência do que nos rodeia e de nós mesmos. O poema é linguagem em tensão: um extremo de ser e em ser até o extremo. (PAZ, 2009, p.48). Assim, o autor completa as

9 suas conjecturas dizendo que a poesia coloca o homem, que é sua própria imagem, para fora de si, fazendo-o regressar ao seu original. Nesta perspectiva, a imagem que antecede à própria palavra, fator importantíssimo para o estudo da poesia. A imagem, como sensação visual, pode ser retida e depois liberta pela lembrança ou pelo sonho. Neste sentido, a experiência visual capta não somente a aparência das coisas, mas as relações que dela advém. busca aprisionar a alteridade estranha das coisas e dos homens (BOSI, 1996, p.14), aproximando a imagem ao devaneio no sentido de que ela (a imagem) possui uma dinâmica ativa que assume várias fisionomias, enquanto que na relação estabelecida entre o tempo e a palavra, Bosi propõe um questionamento sobre o que a imagem pode propor no poema. Assim, expõe a ideia de que a imagem seria uma palavra articulada: a matéria verbal se prenderia à significação, atreladas a uma série de articulações fônicas, além do pensamento o qual seria considerado um signo. Falar significa colher e escolher perfis de experiência, recortá-los, transpô-los e arrumá-los em uma sequência fono-semântica. (BOSI, 1996, p.24). O autor, ainda, abordando a linguagem enquanto materialidade de imagens, afirma que pela analogia, o discurso recupera, no corpo da fala, o sabor da imagem. A analogia é responsável pelo peso da matéria que dão ao poema as metáforas e às demais figuras. Isso significa que as expressões metafóricas recuperam a fala e aproximam as palavras de imagens Imagem subjetiva de um mundo caótico: uma leitura do poema Os ombros suportam o mundo de Carlos Drummond de Andrade Carlos Drummond de Andrade, em seu poema Os ombros suportam o mundo (in anexo) propõe, por meio de um vocabulário escolhido, uma série de imagens que vão caracterizando o mundo como caótico e degradado. A palavra tempo, constante no poema está relacionada à imagem negativa, obscura de um passado olhado com nostalgia: Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus./ Tempo de absoluta depuração./ Tempo em que não se diz mais: meu amor (...). A imagem de Deus e do amor apresentam-se de forma idealizada representando um passado vivo apenas na lembrança. Na comparação entre o ontem e o hoje sobressai a imagem de um eu lírico triste, cansado, desanimado e descrente.

10 Nesta perspectiva, o sentimento de impotência do eu lírico, desencadeia a imagem de uma absoluta solidão; não importando a sua vida, o tempo que passa e a velhice que avança, em face dos problemas do mundo, dos quais ele tem uma dolorosa consciência. Como exemplo citamos os versos: Porque o amor resultou inútil e Em vão as mulheres batem à porta, não abrirás. A descrença no homem e em seus valores simboliza que, diante do conturbado contexto histórico-social vivido pelo autor, em que a imagem da segunda Guerra Mundial aparece como pano de fundo, seus versos se nos apresentam como vozes que denunciam a, para a própria sociedade, a degradação desta sociedade. Assim, o emprego de algumas palavras com forte carga semântica como amor, mulheres, trabalho, olhos, coração, mãos colaboram para compor a imagem de uma existência baseada no existir por existir, sem luta, sem perspectiva. O amor, resultou inútil; as mulheres promovem uma única ação: bater à porta, mas sem resultado, não agem mais; o trabalho é caracterizado como rude; os olhos não choram; o coração está seco; as mão apenas tecem o rude trabalho. O poema se origina da reação de um autor ao mundo e ganha o caráter de acontecimento à medida que traz uma perspectiva para o mundo presente que não está nele contida. Em princípio, a reação do eu-lírico ao mundo, que se manifesta no texto, rompe as imagens dominantes no mundo real, os sistemas sociais e de sentido, as interpretações e as estruturas. Exceder ao real significa dar vazão ao ato do fingir, selecionando e organizando, segundo o seu estilo, os fatos que permeiam o seu contexto. A arte da palavra visa a provocação de estímulos emocionais, pois o riso, o choro, a comoção, a raiva e até a indignação podem acometer aqueles que leem uma obra literária. Isso acontece porque se estabelece entre leitor e obra, uma cumplicidade que reflete um mundo ficcional próximo ao mundo real, mas que é liberto, pois não tem nenhum compromisso em ser real ou ter que parecer real. Assim, poesia de Carlos Drummond corrobora com o dito anteriormente que a poesia nasceu da desilusão do homem com o mundo. Neste sentido, como um quadro surrealista, Carlos Drummond de Andrade sobrepõe palavras, associando-as umas às outras, para formarem a imagem ou imagens de um mundo caótico e aprisionador que, com suas negações e asperezas, também forma a

11 imagem de um ser existente destruído e sem forças. Assim, o leitor vai dando sentido e significado às suas próprias imagens. Considerações finais A relação entre palavra e imagem na poesia demonstra que cada verso de um poema propõe, por meio dos arranjos feitos, inúmeras imagens, segundo o contexto de produção e as experiências do leitor. O resultado deste trabalho metafórico em que o autor explora ao máximo o significado das palavras na sua relação com os demais vocábulos, é a concretização de que um texto literário é capaz de conduzir o leitor a caminhos que até mesmo ele próprio desconhece. O encantamento na poesia gera uma intimidade entre autor, leitor e obra consolidando uma relação de diálogo entre eles, o qual permitirá a descoberta da essência do poema. Neste sentido, como material de efetuação poética, a palavra pode ser moldada plasticamente em variadas matrizes, expressando uma multiplicidade de significações, as quais simbolizam o mundo interior do poeta na sua relação com o mundo, que no caso do poema Os ombros suportam o mundo, constitui-se numa realidade caótica e significativamente degenerada dos acontecimentos da sociedade que o leitor pode até se esquecer de que o poema é ficcional, contudo, as imagens de cada palavra, de cada verso e de cada estrofe ficarão gravadas para sempre nas suas lembranças. Referências ANDRADE. Carlos Drummond. Os ombros suportam o mundo in: Sentimento do Mundo", Irmãos Pongetti - Rio de Janeiro, BANDEIRA. Manuel. A Estrela. Disponível em: < zodyx/>. Acesso em: 20 maio O trem de ferro. Disponível em: < trem.htm>. Acesso em: 20 maio BOSI, Alfredo. Sobre alguns modos de ler poesia: memórias e reflexões. In: (org.). Leitura de Poesia. São Paulo, Editora Ática, O Ser e o Tempo da Poesia. Companhia das Letras, São Paulo, 2000.

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