RESUMO DO LIVRO ÉTICA de Adolfo Sánchez Vázquez

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1 FERNANDO COSTA FURLANI [Turma: 2º T] RESUMO DO LIVRO ÉTICA de Adolfo Sánchez Vázquez Trabalho de Graduação apresentado à Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, como exigência parcial para satisfazer os requisitos da Disciplina Ética e Cidadania Aplicada ao Direito II Professor: Marcos Peixoto Mello Gonçalves São Paulo 2004

2 SUMÁRIO CAPÍTULO I - OBJETO DA ÉTICA... 4 CAPÍTULO II - MORAL E HISTÓRIA... 7 CAPÍTULO III - A ESSÊNCIA DA MORAL CAPÍTULO IV - A MORAL E OUTRAS FORMAS DE COMPORTAMENTO HUMANO CAPÍTULO V - RESPONSABILIDADE MORAL, DETERMINISMO E LIBERDADE CAPÍTULO VI - OS VALORES CAPÍTULO VII - A AVALIAÇÃO MORAL CAPÍTULO VIII - A OBRIGATORIEDADE MORAL CAPÍTULO IX - A REALIZAÇÃO DA MORAL CAPÍTULO X - FORMA E JUSTIFICAÇÃO DOS JUÍZOS MORAIS CAPÍTULO XI - DOUTRINAS ÉTICAS FUNDAMENTAIS REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA... 52

3 4 CAPÍTULO I - OBJETO DA ÉTICA 1. Problemas Morais e Problemas Éticos Nas situações efetivas e reais que ocorrem no dia-a-dia de todos os indivíduos, surgem problemas quando as decisões e ações deles são objeto de julgamento pelos demais membros do grupo social. Tais problemas não afetam apenas um indivíduo, mas também outras pessoas, e pode até mesmo afetar a comunidade como um todo. Em tais situações, as pessoas pautam seu comportamento por normas que julgam mais adequadas cumprir, e é quando se pode dizer que o homem age moralmente, ou seja, é o resultado de uma decisão refletida e não espontânea. Destarte, de um lado temos os atos das pessoas, e do outro temos o juízo dos demais indivíduos sobre tais atos; ambos se pautam por certas normas de conduta. Desse plano prático-moral se passa à reflexão sobre os comportamentos práticos, surgindo então a teoria moral ou a passagem da moral vivida para a moral reflexa. Tal passagem, que coincide com o início do pensamento filosófico, marca a entrada na análise dos problemas éticos. Os problemas prático-morais cuidam das situações concretas, enquanto os problemas éticos são de natureza genérica, de caráter teórico, de quem investiga a moral. O problema da essência do ato moral remete a outro problema crucial: o da responsabilidade; responsabilidade por ter tomado uma decisão de agir num sentido e não em outro. A liberdade da vontade de escolher sempre gera uma responsabilidade, que pode ser um fator limitador para a total liberdade de escolha entre dois comportamentos. A teoria da moral não se pode distanciar das questões prático-morais, posto que são sua própria razão de ser.

4 5 2. O Campo da Ética A ética, por ser disciplina teórica que estuda a moral, deve se limitar a explicar, esclarecer ou investigar uma determinada realidade, pois seu valor como teoria está naquilo que explica, e não no fato de prescrever ou recomendar com vistas à ação em situações concretas. Quando se ocupa de analisar a prática moral de uma sociedade de determinada época, a ética deve meramente esclarecer o fato de os membros daquele grupo social terem recorrido a práticas morais diferentes e até opostas. Por ser ciência que estuda a moral, a ética nem se identifica com princípios de moral em particular, nem fica indiferente a eles. A ética deve fornecer a compreensão racional de um aspecto real e efetivo do comportamento dos homens, pautados em fatos de valor. 3. Definição da Ética A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. A ética procura determinar a essência da moral, e as condições objetivas e subjetivas do ato moral, as fontes de avaliação moral, a natureza e função dos juízos morais, os critérios de justificação desses juízos e o princípio que rege a mudança de diferentes sistemas morais. Seu caráter científico deve aspirar à racionalidade e objetividade, e proporcionar conhecimentos comprováveis. A moral é objeto da ciência ética, podendo sofrer influência desta. Hoje em dia já há uma diferenciação clara entre a moral e a ética, que nem sempre ocorreu. 4. Ética e Filosofia Dada a sua pretensão de estudar cientificamente o comportamento humano moral, a ética se opõe à concepção tradicional que a reduzia a um simples

5 6 capítulo da filosofia. Em tempos remotos, enquanto ainda não se havia elaborado um saber científico, a filosofia se apresentava como uma espécie de saber total que tratava de tudo. Modernamente, porém, abre-se espaço para um conhecimento científico verdadeiro; e a ética, como outras ciências, desprendese do tronco comum da filosofia para se ocupar de um objeto específico de investigação com metodologia própria e racionalidade. Embora ética se desprenda do seu tronco, volta e meia se remete a ele, dada a sua inegável riqueza e vitalidade. Considerando o comportamento moral do homem, que não é algo estável e sim dinâmico que sofre constantes variações ao longo do tempo, a ética tem como fundamento a concepção filosófica do homem, que nos dá um panorama generalizado deste como ser social, histórico e criador. 5. A Ética e Outras Ciências A ética inegavelmente se relaciona com outras ciências, como por exemplo a psicologia, quando a ética precisa compreender as leis que regem as motivações internas, subjetivas do ato moral que é o comportamento do indivíduo. Entretanto, há que se saber separar a ética das demais ciências, como da psicologia, por exemplo. Outrossim, a antropologia e a sociologia são ciências que contribuem para a ética, por analisar os indivíduos sob a óptica de seus relacionamentos sociais. Mas a ética tampouco se reduz à sociologia. Dado o processo de sucessão dos comportamentos morais na humanidade, a antropologia e a história propõem à ética um problema fundamental: o de determinar se existe um progresso moral. A ciência jurídica também dá suas contribuições, uma vez que trata de normas impostas com caráter de obrigação exterior e de forma coercitiva, diferentemente das normas morais, que não são exteriores nem coercitivas.

6 7 A ciência das relações econômicas também se relaciona com a ética, na medida em que modificam a moral dominante em dada sociedade, e também na medida em que os fenômenos econômicos colocam problemas morais no cotidiano das pessoas. CAPÍTULO II - MORAL E HISTÓRIA 1. Caráter Histórico da Moral Historicamente, o conjunto de normas e regras de dada comunidade representadas pela moral sofre variações ao longo do tempo. Ocorre a sucessão de certas morais sobre outras morais, podendo-se falar da moral da Antigüidade, da moral feudal da Idade Média, da moral burguesa na sociedade moderna, etc. A ética considera a moral mutável com o tempo. Portanto, a origem da moral se situa fora da história ela é anistórica, ou antihistórica, e esse a-historicismo segue três direções fundamentais: a) Deus como origem ou fonte da moral: quando as normas morais derivam de um poder sobre-humano; as raízes da moral estão fora e acima do homem, e não nele próprio. b) A natureza como origem ou fonte da moral: a conduta moral do homem seria mero aspecto da conduta natural e biológica. As qualidades morais teriam origem nos instintos, e poderiam ser encontradas até mesmo nos animais. c) O Homem como origem e fonte da moral: considera o homem como detentor de uma essência eterna e imutável inerente a todos os indivíduos; assim, a moral constituiria um aspecto desta maneira de ser, que permanece através das mudanças históricas e sociais.

7 8 Nas três concepções, há a coincidência quanto à busca da origem e da fonte da moral fora do homem concreto. Além disso, acentua-se o caráter histórico da moral, onde ocorrem as mudanças históricas na moral, que levam a questionar acerca (i) das causas ou fatores que determinam as mudanças, e (ii) do seu sentido ou direção se há ou não um progresso moral. 2. Origens da Moral A moral surge quando o homem atinge sua natureza social, sendo membro de uma coletividade, onde ele sente que precisa se comportar de certo modo por ter uma consciência de sua relação com os demais. O trabalho do homem também adquire um caráter coletivo, e o fortalecimento da coletividade se torna uma necessidade vital para vencer as dificuldades de sobrevivência; é então que surgem uma série de normas não escritas que irão beneficiar a comunidade, e assim nasce a moral, para conciliar o comportamento individual com os interesses coletivos. Os indivíduos, então, passam a julgar o comportamento alheio como bom /útil ou mau /nefasto para manter a coletividade. A questão do benefício da comunidade é a origem do que modernamente chamamos de virtudes ou vícios. O conceito de justiça corresponde também ao mesmo princípio coletivista, seja no sentido de igualdade na distribuição, seja no de fazer a reparação de um mal causado a um membro da coletividade. Destarte, nas comunidades primitivas o aspecto coletivo absorve o individual, dizendo-se ser uma moral pouco desenvolvida, em contraposição com a moral mais elevada, baseada na responsabilidade pessoal. O progresso da moral se dá em virtude das novas condições econômico-sociais, particularmente o aparecimento da propriedade privada e a divisão da sociedade em classes.

8 9 3. Mudanças Histórico-Sociais e Mudanças da Moral O aumento generalizado da produtividade de trabalho tornou possível estocar quantidades excedentes de produtos, criando assim condições para que surgisse a desigualdade de bens entre chefes de família que antes repartiam igualmente os frutos em razão de sua necessidade mútua. Tal situação possibilitou ainda a apropriação privada dos bens ou produtos de trabalho alheio, e daí o antagonismo entre pobres e ricos. A propriedade privada acentuou a divisão entre os homens livres e os escravos, e fez surgir uma moral própria de cada uma dessas condições de escravidão ou de liberdade, sendo dominante a moral dos homens livres, tanto no campo prático como no teórico não só porque se baseava na moral dos filósofos da Antigüidade, mas também porque a moral dos escravos não se conseguia alçar a um nível teórico. Com o desaparecimento do mundo Antigo, assentado na escravidão, nasce a sociedade feudal, cujo regime econômico-social se baseia na divisão em duas classes sociais fundamentais: a dos senhores feudais e a dos camponeses servos. Embora suas condições de vida continuassem difíceis, os servos já eram formalmente reconhecidos como seres humanos, em vez de coisas. Na pirâmide social de então se incluía a Igreja, que também possuía seus feudos; além disso, devido ao seu papel preponderante, a moral da Idade Média estava impregnada de conteúdo religioso, mas havia também as morais próprias dos nobres e dos cavaleiros. Aos poucos surgiu uma nova classe social: a burguesia, com sua moral peculiar, que era a dos trabalhadores assalariados princípio da lei de produção de maisvalia econômica e que também exigia mão-de-obra livre. A economia passa a ser regida pela lei do máximo lucro, que gera uma moral própria: uma moral muito individualista que dá lugar ao espírito de posse e ao egoísmo, tendo também métodos brutais de exploração do trabalho humano em busca da maisvalia. Tal situação evolui para o capitalismo baseado em métodos científicos e racionalizados de produção em série, e deste passo evolui ainda para um maior

9 10 respeito aos trabalhadores e à preocupação com seus interesses e necessidades, mas tudo visando ao benefício da empresa onde ele trabalha, visando maior produtividade. Ao longo de séculos, os mais diversos modos de exploração do homem pelo homem no capitalismo e a violência usada por conquistadores nas colônias se deu sem que se levantassem problemas morais para seus executores. Esta situação muda nos tempos modernos, quando se começa a recorrer à moral na tentativa de justificar as opressões. Entretanto, aos poucos os povos subjugados começam a desenvolver sua própria moral: com sua honra, a fidelidade aos seus, etc. A conclusão da exposição anterior é de que a moral vivida realmente na sociedade muda historicamente de acordo com as reviravoltas fundamentais verificadas no desenvolvimento social. Uma nova moral, autenticamente humana, implicará numa grande mudança de atitude, menos individualista e com mais espírito coletivista; entretanto, essa nova moral está longe de ser atingida, pois são necessárias várias mudanças de ordem econômica, social e política. 4. O Progresso Moral Já vimos que a moral se desenvolve ao longo do tempo de acordo com o momento histórico e social. É importante sabermos comparar as diversas morais já havidas para determinar qual delas se apresenta mais avançada, ou mais elevada. O progresso moral não pode ser concebido independentemente do progresso histórico-social, mas não se limita a este; destarte, é mister saber diferenciar uma coisa da outra. Pode-se usar como índice de progresso humano quando ocorre um desenvolvimento das forças produtivas. Porém isto não basta, posto que o homem produz somente em sociedade. Portanto, outro critério de progresso humano reside no tipo de organização social e no grau correspondente de

10 11 participação dos homens na sua praxis social. Há ainda outro índice: o da produção de bens culturais, como no campo da ciência e da arte. Todos esses índices atividade produtiva, social e espiritual são usados conjuntamente para avaliar o sujeito do progresso histórico: o homem social. Há de se atentar para os fatos de que o progresso histórico é fruto da atividade coletiva consciente dos homens, e também de que tal progresso se dá em ritmos diferentes nos diversos povos. Tiram-se duas conclusões das características do progresso histórico-social: (a) ele cria as condições necessárias para o progresso moral; e (b) ele pode afetar negativa ou positivamente os homens de dada sociedade sob o ponto de vista moral. O primeiro fator de medição do progresso moral é a ampliação da esfera moral na vida social. Isto se dá quando os indivíduos passam a reger seus atos por normas internas ou de ordem íntima e subjetiva, e não mais por normas externas, como a coação ou estímulos materiais como maior recompensa econômica. O segundo fator é a elevação do caráter consciente e livre do comportamento dos indivíduos ou dos grupos sociais, e pelo conseqüente crescimento da responsabilidade destes indivíduos ou grupos no seu comportamento moral. Assim, o progresso moral é inseparável do desenvolvimento da livre personalidade. O terceiro índice de progresso moral é o grau de articulação e de coordenação dos interesses coletivos e pessoais. A moral dita superior ocorre quando há um equilíbrio entre os interesses da comunidade e os estritamente individuais. O progresso moral também se dá na negação e na reafirmação de alguns elementos morais anteriores; os mais elevados como a solidariedade, por exemplo adquirem certa universalidade e se mantêm na história.

11 12 CAPÍTULO III - A ESSÊNCIA DA MORAL Propõe-se a seguinte definição de moral como ponto de partida: a moral é um conjunto de normas, aceitas livre e conscientemente, que regulam o comportamento individual e social dos homens. 1. O Normativo e o Fatual Encontramos na moram dois planos: (a) o normativo, constituído pelas normas ou regras de ação, o dever-ser; e (b) o fatual, ou plano dos fatos morais, constituído por atos humanos concretos, e portanto independentes do dever-ser. Os fatos morais estão em constante interação com o normativo, posto que sempre adquirem um significado moral positivo ou negativo; e o normativo não existe independentemente do fatual, pois aponta para um comportamento efetivo. As normas existem e valem independentemente da medida em que sejam cumpridas ou violadas. 2. Moral e Moralidade A distinção entre moral e moralidade corresponde à indicada entre normativo e fatual. Entretanto, o melhor é empregar um único termo: moral mas significando os dois planos, ou seja, o normativo e o prático. 3. Caráter Social da Moral A moral possui, em sua essência, uma qualidade social, e portanto ela se manifesta somente na sociedade. Essa socialidade se revela em três aspectos fundamentais:

12 13 A) Cada pessoa, comportando-se moralmente, sujeita-se a determinados princípios, valores ou normas morais válidas segundo a época histórica, a sociedade e o tipo relação social dominante. B) O comportamento moral é tanto de indivíduos como de grupos sociais humanos, e tem caráter livre e consciente. C) As idéias, normas e relações sociais surgem em decorrência de uma necessidade social. Para cumprir certas normas sociais, o poder coercitivo do Estado não é suficiente; busca-se que os indivíduos aceitem íntima e livremente a ordem social estabelecida, e aqui reside a função social da moral. A moral possui um caráter social porque (a) os indivíduos se sujeitam a normas social estabelecidas; (b) regula somente atos que acarretam conseqüências para os outros; e (c) cumpre a função social de induzir os indivíduos a aceitar livre e conscientemente determinados princípios, valores ou interesses. 4. O Individual e o Coletivo na Moral O indivíduo pode agir moralmente apenas em sociedade. No nível da regulamentação moral consuetudinária, o indivíduo sente sobre si a pressão do coletivo. Entretanto, por mais fortes que sejam os elementos objetivos e coletivos, a decisão e o ato respectivo emanam de um indivíduo que age livre e conscientemente, assumindo uma responsabilidade individual. Por outro lado, mesmo quando o indivíduo pensa que age em obediência exclusiva à sua consciência, a uma suposta voz interior, e portanto pensa que decide sozinho conforme sua consciência, ele não deixa de acusar a influência do mundo social do qual faz parte. A moral implica sempre uma consciência individual que faz suas ou interioriza as regras de ação que se lhe apresentam com um caráter normativo.

13 14 5. Estrutura do Ato Moral O ato moral há de ser analisado pelo seu motivo, e também pelo seu fim visado. O motivo, como aspecto importante do ato moral, pode ser de naturezas várias, inclusive inconscientes, e não pode ser objeto de aprovação ou desaprovação. O fim do ato moral é (i) algo voluntário, ou seja, houve uma decisão de realizar o fim escolhido, e (ii) pressupõe a escolha de um único fim em detrimento de outros fins possíveis, por achar que o escolhido é preferível. A seguir, vem a escolha dos meios para a consecução do fim escolhido, sendo que mesmo um fim muito elevado não justifica meios baixos para a sua consecução. O ato moral, ademais, supõe um sujeito real dotado de consciência moral. A intenção também é um aspecto importante do ato moral, e elas não se podem salvar moralmente, porque não podemos isolá-las dos meios nem dos resultados em outras palavras: meios e resultados maus não se justificam com intenções boas. 6. Singularidade do Ato Moral A singularidade, novidade e imprevisibilidade de cada situação real colocam o ato moral num contexto particular que impede a possibilidade de ditar por antecipação uma regra de realização pretensão vã do casuísmo ou casuística, que por sua vez empobrece a vida moral. 7. Conclusão Os traços essenciais da moral são os seguintes: 1) A moral é uma forma de comportamento humano que compreende um aspecto normativo (regras de ação) e outro fatual (atos de natureza prática). 2) A moral é um fato social; verifica-se somente em sociedade. 3) Embora a moral possua caráter social, o indivíduo nela desempenha papel decisivo, dada a exigência de interiorização das normas e da sua adesão íntima a elas.

14 15 4) O ato moral é uma unidade indissolúvel dos seus diversos elementos: motivo, intenção, decisão, meios e resultados. 5) O ato moral concreto é parte de um contexto normativo em vigor em uma determinada comunidade que lhe dá sentido. 6) O ato moral, sendo consciente e voluntário, supõe uma participação livre do sujeito em sua realização. Definição de moral: a moral é um sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livre e conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma maneira mecânica, externa ou impessoal. CAPÍTULO IV - A MORAL E OUTRAS FORMAS DE COMPORTAMENTO HUMANO 1. Diversidade do comportamento Humano As relações do homem com o mundo exterior, diferentemente do animal, são de ordens muito diversas: trabalho, arte, conhecimento e religião. Além disso, as relações dos homens entre si também são muitas: econômicas, políticas, jurídicas, morais, etc. Cabe aqui examinar, em termos gerais, a distinção entre o comportamento moral e outras formas do comportamento humano, a seguir. 2. Moral e Religião Há duas teses sobre religião e moral: (i) a religião inclui certa moral; e (ii) Deus como garantia da moral. Entretanto, a história da humanidade demonstra que a moral não somente não se origina da religião como também é anterior a ela.

15 16 3. Moral e Política Enquanto a moral regulamenta as relações mútuas entre os indivíduos e entre estes e a comunidade, a política abrange as relações entre grupos humanos (classes, povos ou nações). Na política, o indivíduo encarna uma função coletiva, ao passo que agindo moralmente o elemento íntimo e subjetivo desempenha um papel importante. As relações extremas entre política e moral são: (i) a do moralismo abstrato, que leva a reduzir a política à moral, e (ii) do realismo político, que defende a busca de resultados a qualquer preço, sejam quais forem os meios empregados, desconsiderando a moral. 4. Moral e o Direito De todas as formas de comportamento humano, o jurídico, ou do direito, é o que mais intimamente se associa com a moral, pois os dois estão sujeitos a normas que regulam as relações do homem. Há algumas diferenças entre as duas formas: (i) as normas morais são cumpridas pela convicção íntima dos indivíduos, ao passo que as normas jurídicas são cumpridas por motivos formais ou externos; (ii) a esfera da moral é mais ampla do que a do direito; (iii) a moral não depende necessariamente do Estado, como o direito. 5. Moral e Trato Social Também guardam relação com a moral os atos de trato social, como por exemplo o cavalheirismo, a pontualidade, a galanteria, etc., que podem ou não variar de um grupo social para outro, e de uma época para outra. O trato social procura regulamentar formal e exteriormente a convivência dos indivíduos na sociedade, mas sem o apoio da convicção e adesão íntima do sujeito (moral) e sem a imposição coercitiva do cumprimento das regras (direito).

16 17 6. Moral e Ciência As relações entre a moral e a ciência podem ser colocadas em dois planos: (a) o que diz respeito à natureza da moral, e se é cabível falar-se em caráter científico da moral. Esta questão foi abordada ao definir ética como a ciência da moral; e (b) o que diz respeito ao uso social da ciência, e aqui se fala do papel moral ou da atividade do cientista. A primeira questão enuncia o que alguma coisa é, e não o que deve ser. Assim, a ética nos diz o que a moral é, mas não estabelece normas. A moral não é ciência, e sim ideologia que pode se relacionar com as diversas ciências. A segunda questão diz respeito à responsabilidade moral assumida pelo cientista no exercício da sua atividade e pelas conseqüências sociais. O cientista não pode ser indiferente diante das conseqüências sociais do seu trabalho, que pode ser usado pra o bem ou para o mal da sociedade. Sob este aspecto, a ciência não pode ser separada da moral. CAPÍTULO V - RESPONSABILIDADE MORAL, DETERMINISMO E LIBERDADE 1. Condições da Responsabilidade Moral O enriquecimento ou progresso da vida moral acarreta o aumento da responsabilidade pessoal, e portanto a determinação das condições dessa responsabilidade adquire importância primordial. A chave da questão consiste em saber quais são as condições necessárias para poder imputar a alguém uma responsabilidade moral por determinado ato, e elas são duas: (a) que o sujeito conheça as circunstâncias e as conseqüências da sua ação ou seja, seu ato deve ser consciente; e (b) que a causa dos seus atos seja interior, e não exterior, ou seja, em outro agente que o force a agir de certa

17 18 maneira, isto é: sua conduta deve ser livre. Pelo contrário, a ignorância de um lado e a falta de liberdade do outro, permite eximir o sujeito da responsabilidade moral. 2. A Ignorância e a Responsabilidade Social A ignorância das circunstâncias, da natureza ou das conseqüências dos atos humanos autoriza a eximir um indivíduo da sua responsabilidade pessoal, mas essa isenção será justificada somente quando, por sua vez, o indivíduo em questão não for responsável pela sua ignorância; ou seja, quando se encontra na impossibilidade subjetiva (por motivos pessoais) ou objetiva (por motivos históricos e sociais) de ser consciente do seu ato pessoal. Para ilustrar esta questão, cita-se o caso de Aristóteles, que não poderia ser responsabilizado pela sua ignorância em saber que o escravo também era um ser humano e não um simples instrumento. 3. Coação Externa e Responsabilidade Moral A coação externa pode anular a vontade do agente moral e eximi-lo da sua responsabilidade pessoal, mas isto não pode ser tomado num sentido absoluto, porque há casos em que, apesar das suas formas externas, sobra-lhe certa margem de opção, e portanto de responsabilidade moral. Um exemplo de exceção é o caso do processo de Nurenberg contra os principais dirigentes do nazismo alemão, em que eles não podiam ser absolvidos de sua responsabilidade moral. 4. Coação Interna e Responsabilidade Moral Aqui há as hipóteses de doenças mentais, em que seu portador sente uma vontade irresistível de agir de certo modo, sobre o qual o agente não tem controle, como na cleptomania. Mas falando de pessoas normais a maioria,

18 estas sempre têm controle sobre seus atos, por mais que sintam um ou outro impulso Responsabilidade Moral e Liberdade A responsabilidade moral pressupõe a possibilidade de decidir e agir vencendo a coação externa ou interna. Somente haverá responsabilidade moral se existir liberdade. 6. Três Posições Fundamentais no Problema da Liberdade 1ª O determinismo é incompatível com a liberdade. 2ª A liberdade é incompatível com qualquer determinação externa ao sujeito. 3ª Liberdade e necessidade se conciliam. 7. O Determinismo Absoluto A tese central é a seguinte: tudo é causado, e portanto não existe liberdade humana nem responsabilidade social. 8. O Libertarismo Ser livre significa decidir e operar como se bem desejar. A característica desta posição é a contraposição entre liberdade e necessidade causal. A liberdade de vontade, longe de excluir a causalidade no sentido de romper a conexão causal ou a negação total desta (indeterminismo) pressupõe inevitavelmente a necessidade causal. 9. Dialética da Liberdade e da Necessidade As três tentativas mais importantes de superar dialeticamente a antítese entre liberdade e necessidade causal foram elaboradas por Spinoza, Hegel e Marx- Engels. Para Spinoza, não se pode conceber a liberdade independentemente da necessidade. Hegel o complementa, afirmando que além desse fator há de ser

19 20 considerado o fator do desenvolvimento histórico quando se fala da liberdade a historicidade. Marx e Engels aceitam as duas teorias acima, e partem do princípio que a liberdade é a consciência histórica da necessidade. 10. Conclusão O ideal é a conciliação dialética entre a necessidade e a liberdade, em conformidade com a solução de Marx e Engels. A responsabilidade moral pressupõe necessariamente certo grau de liberdade, mas esta, por sua vez, implica também inevitavelmente a necessidade causal. Responsabilidade moral, liberdade e necessidade estão, portanto, entrelaçadas indissociavelmente no ato moral. CAPÍTULO VI - OS VALORES Todo ato moral inclui a necessidade de escolher entre vários atos possíveis. O comportamento moral faz parte da vida cotidiana de todos os indivíduos, e as preferências por um ato sobre outro também. As preferências sempre envolvem algum juízo de valor sobre os atos. 1. Que são os valores Os valores podem ser atribuídos às coisas ou objetos naturais ou produzidos pelo homem, bem como podem ser relativos à conduta humana, particularmente a conduta moral. O objeto valioso não pode existir sem certa relação com um sujeito, nem independentemente das propriedades naturais, sensíveis e físicas que sustentam seu valor.

20 21 2. Sobre o valor econômico O termo valor deriva da economia. Para que um objeto tenha valor de uso deve satisfazer uma necessidade humana, independentemente de ser natural ou produto do trabalho humano. Quando estes objetos se transformam em mercadorias, adquirem duplo valor: de uso e de troca. O valor de troca é adquirido pelo produto do trabalho humano ao ser comparado com outros produtos. O valor de troca da mercadoria é indiferente ao seu valor de uso, ou seja, é independente de sua capacidade de satisfazer uma necessidade humana determinada. 3. Definição do valor O valor não é propriedade dos objetos em si, mas propriedade adquirida graças à sua relação com o homem como ser social. Mas, por sua vez, os objetos podem ter valor somente quando dotados realmente de certas propriedades objetivas. 4. Objetivismo e subjetivismo axiológicos O subjetivismo axiológico pode ser considerado como psicologismo axiológico, visto que reduz o valor de uma coisa a um estado psíquico subjetivo. Uma pessoa não deseja um objeto porque vale, mas este vale porque é desejado. De acordo com a posição subjetivista, não existem objetos de valor em si independentemente de qualquer relação com um sujeito. Esta tese recusa por completo as propriedades do objeto, sejam naturais ou criadas pelo homem. A tese do objetivismo axiológico rejeita o subjetivismo axiológico e afirma que há objetos valiosos em si, independentemente do sujeito. Segundo essa teoria, existe uma separação radical entre valor e bem (coisa valiosa) e entre valor e existência humana. 5. A objetividade dos valores

21 22 Os valores não existem em si e por si independentemente dos objetos reais (cujas propriedades objetivas se apresentam como propriedades valiosas humanas e sociais), nem tampouco independentemente da relação com o sujeito (o homem social). Existem com uma objetividade social. Por conseguinte, os valores existem unicamente em um mundo social, ou seja, pelo homem e para o homem. 6. Os Valores Morais e Não Morais Os objetos úteis não encarnam valores morais, embora possam encontrar-se numa relação instrumental com estes valores. A bondade instrumental ou funcional de um objeto está alheia a qualquer qualificação moral, pois pode servir de meio ou instrumento para realizar um ato moralmente bom ou um ato moralmente mau. Os objetos devem ser excluídos do reino dos objetos valiosos que podem ser qualificados moralmente. Quando o termo bondade se aplica a eles (por exemplo, faca boa ) deve ser entendido no sentido axiológico adequado, e não propriamente moral. Os valores existem unicamente em atos ou produtos humanos. Tão-somente o que tem um significado humano pode ser avaliado moralmente mas apenas os atos realizados livremente, ou seja, de modo consciente e voluntário. Um mesmo produto humano pode assumir vários valores, embora um deles seja o determinante. Por exemplo: uma obra de arte pode ter não só um valor estético, como também político, moral ou religioso. No entanto, nunca se pretende deduzir desses valores o seu valor propriamente estético. Um mesmo ato ou produto humano pode ser avaliado a partir de diversos ângulos, podendo realizar diferentes valores. Mas ainda que os valores se juntem num mesmo objeto, não devem ser confundidos. Os valores morais se encarnam somente em atos ou produtos humanos realizados de modo consciente e voluntário.

22 23 CAPÍTULO VII - A AVALIAÇÃO MORAL 1. Caráter concreto da avaliação moral A avaliação moral compreende três elementos: (a) o valor atribuível (b) o objeto avaliado (c) o sujeito que avalia Numa caracterização geral da avaliação moral, a avaliação, por ter atribuição de um valor constituído ou criado pelo homem, possui um caráter concreto, histórico-social. Também é preciso considerar que se pode atribuir valor moral a um ato se e somente se tiver ele conseqüências que afetam a outros indivíduos, a um grupo social ou à sociedade inteira. A avaliação é sempre atribuição de um valor por parte de um sujeito. Portanto, pelo valor atribuído, pelo objeto avaliado e pelo sujeito que avalia, a avaliação tem sempre um caráter concreto, ou seja, é a atribuição de um valor concreto numa situação determinada. Os itens a seguir se referem ao exame do valor moral fundamental: a bondade. 2. O bom como valor O ato moral pretende ser uma realização do bom. Comportando-se moralmente, os homens aspiram ao bem, isto é, a realizar atos moralmente bons. Definir o bom implica definir o mau. De uma sociedade para outra, mudam as idéias sobre o bom e o mau de acordo com as diferentes funções da moral efetiva de cada época, e essas mudanças se refletem sob a forma de novos conceitos nas doutrinas éticas. Nos povos primitivos o bom é, antes de tudo, a valentia, enquanto o mau é a covardia. Com a divisão da sociedade em classes,

23 24 perde o seu significado universal humano. Na Idade Média é bom o que deriva da vontade de Deus. Nos tempos modernos, o bom é o que concorda com a natureza humana concebida de uma maneira universal e abstrata que podemos definir no pensamento ético como felicidade, prazer, boa vontade, utilidade. Mas também pode ser caracterizado como verdade, poder, riqueza e Deus. 3. O bom como felicidade (eudemonismo) Para Aristóteles, a felicidade é o mais alto dos bens e está no exercício da razão. Isso significa que a felicidade está no alcance somente de uma parte privilegiada da sociedade, da qual, refletindo a realidade de sua época, estavam excluídos os escravos e as mulheres. O pensamento ético moderno sustenta o direito dos homens de serem felizes neste mundo, mas concebem a felicidade num plano abstrato, ideal, fora das condições concretas da vida social que favorecem ou constituem obstáculos para a consecução. Ou seja, a tese de que a felicidade é o único bom resulta demasiado geral se não se concretiza o seu conteúdo. Este conteúdo varia de acordo com as relações sociais que o determinam e a cujos interesses serve. Portanto, não se pode considerar como adequada à natureza humana em geral a felicidade que hoje se reduz às tendências egoístas do indivíduo ou ao seu espírito de posse. Numa sociedade na qual não vigore o princípio da propriedade privada nem a onipotência do dinheiro, e na qual o destino pessoal não se possa conceber separado da comunidade, os homens terão de buscar outro tipo de felicidade. 4. O bom como prazer (hedonismo) As teses básicas do hedonismo ético, citadas abaixo, consideram prazer no sentido de prazeres mais duradouros e superiores, como os intelectuais e os estéticos.

24 25 1ª. Todo prazer ou gozo é intrinsecamente bom. 2ª. Somente o prazer é intrinsecamente bom. 3ª. A bondade de um ato ou experiência depende do (ou é proporcional à quantidade de) prazer que contém. As teses, quantitativas e qualitativas do hedonismo ético reduzem o bom a reações psíquicas ou vivências subjetivas, deduzindo o juízo de valor a partir do juízo de fato. 5. O bom como boa vontade (formalismo Kantiano) Kant defende que o bom deve ser algo incondicionado, sem restrição alguma. A felicidade está sujeita a certas condições, e se essas não se verificam não se pode ser feliz. A boa vontade é uma determinação de fazer algo, de ser bom de uma maneira absoluta, sem restrição alguma, em toda circunstância e em todo momento, sejam quais forem os resultados ou as conseqüências da nossa ação, ou seja, a vontade que age não só de acordo com o dever, mas pelo dever, determinada, única e exclusivamente pela razão. Contra esta concepção Kantiana da boa vontade, existem algumas objeções mas em suma, por seu caráter ideal, abstrato e universal, oferece-nos um conceito do bom totalmente inexeqüível neste mundo real e, portanto, inoperante para a regulamentação das relações entre os homens concretos. 6. O bom como útil (utilitarismo) Útil para quem? O utilitarismo concebe, portanto, o bom como o útil, mas não num sentido egoísta ou altruísta, e sim no sentido geral de bom para o maior número de homens. Em que consiste o útil? A concepção pluralista sustenta que se os bens intrínsecos que os nossos atos podem causar não se reduzem a um só, mas a uma pluralidade dos mesmos, onde o bom não é só uma coisa ou o prazer ou a

25 felicidade mas várias coisas que podem, ao mesmo tempo, considerar-se como boas Conclusões a respeito da natureza do bom Os hedonistas e os eudemonistas consideram que os homens estão dotados de uma natureza universal e imutável, que nos faz procurar o prazer ou a felicidade, e exatamente nestes bens fazem consistir o bom. O formalismo Kantiano apela para um homem ideal, abstrato e situado fora da história, cuja boa vontade absoluta e incondicionada seria o único verdadeiro bom. Os utilitaristas põem o bom em relação com o interesse dos homens e, ao mesmo tempo, procuram encontrá-lo em certa relação entre o particular e o geral. A relação entre o indivíduo e a comunidade varia com o tempo e com as diferentes sociedades. Na sociedade moderna o bom só pode ocorrer realmente na superação da cisão entre o indivíduo e a comunidade, ou na harmonização dos interesses pessoais com os verdadeiramente comuns ou universais. A realização do bom na superação do círculo estreito dos interesses exclusivamente pessoais, no significado social da atividade do indivíduo, do trabalho ou do estudo e na transformação das condições sociais, acarreta uma peculiar relação determinada pela estrutura social. O egoísmo e suas opostas manifestações solidariedade, cooperação e ajuda mútua são encorajadas ou obstaculizadas de acordo com as condições concretas nas quais vivem os homens. Por isso, o problema do bom como conjunção dos interesses pessoais e dos interesses coletivos é inseparável do problema das bases e das condições sociais que tornam possível a sua realização.

26 27 CAPÍTULO VIII - A OBRIGATORIEDADE MORAL O comportamento moral é um comportamento obrigatório e devido. A obrigatoriedade moral impõe deveres ao sujeito. Toda norma funda um dever. 1. Necessidade, Coação e Obrigatoriedade Moral A obrigatoriedade moral não pode ser confundida com a simples necessidade causal e tampouco com a coação externa ou interna. Estas formas de obrigação tornam impossível a verdadeira obrigação moral. 2. Obrigação Moral e Liberdade A obrigação moral supõe necessariamente uma liberdade de escolha, bem como na determinação do comportamento, orientando-o numa certa direção. A obrigação moral deve ser assumida livre e internamente pelo sujeito e não imposta de fora. 3. Caráter Social da Obrigação Moral O fator social é essencial na obrigação moral, mas não é algo estritamente individual, mas também social. 4. A Consciência Moral A consciência moral acarreta uma compreensão dos nossos atos, mas sob o ângulo específico da moral. Além disso, o conceito de consciência está estreitamente relacionado com o de obrigatoriedade, posto que implica em avaliar e julgar nosso comportamento de acordo com certas normas conhecidas e reconhecidas como obrigatórias. A consciência moral dos indivíduos, por ser um produto histórico-social, está sujeita a um processo de desenvolvimento e de mudança.

27 28 5. Teorias da Obrigação Moral As teorias da obrigação moral nos respondem à questão de como devemos agir, ou que tipo de atos somos moralmente obrigados a realizar. As duas teorias predominantes são: (i) a denominada deontológica (de déon: dever) quando a obrigatoriedade de uma ação não depende das conseqüências da própria ação ou da norma com a qual se conforma; e (ii) a chamada teleológica (de telos: fim), quando a obrigatoriedade de uma ação deriva unicamente de suas conseqüências. Teorias da A) Deontológicas a) do ato obrigação moral b) da norma B) Teleológicas a) egoísmo ético b) utilitarismo 1) do ato 2) da norma 6. Teorias Deontológicas do Ato Há consenso entre as teorias deontológicas no sentido de que não se pode apelar para uma norma geral a fim de decidir o que devemos fazer em cada situação específica. 7. Teorias Deontológicas da Norma (A Teoria Kantiana da Obrigação Moral) Em cada caso particular, o dever deve ser determinado por normas válidas independentemente das conseqüências de sua aplicação. Pode-se dizer que os indivíduos agem realmente por dever e não obedecendo a uma inclinação ou interesse por temor ou castigo, quando agem como seres racionais. A exigência da razão assume a forma de um mandamento, ou um

28 29 imperativo, que Kant divide em categóricos e hipotéticos. Os categóricos rejeita atos que não podem ser universalizados, e não admite exceção a favor de ninguém. A teoria kantiana de obrigação moral é inoperante e inexeqüível para o homem real. 8. Teorias Teleológicas (egoísmo e utilitarismo) Estas teorias têm em comum o relacionar a nossa obrigação moral com as conseqüências da nossa ação, ou seja, com o benefício que podem trazer, para nós ou para os demais. A tese fundamental do egoísmo ético, defendida por Thomas Hobbes e outros, é a seguinte: cada um deve agir de acordo com o seu interesse pessoal, promovendo o que é bom ou vantajoso para si. Entretanto, as observações empíricas fazem com que esta teoria não se sustente, posto que não explica os atos praticados a favor do próximo em detrimento de si próprio. Ao contrário, o utilitarismo se baseia em que devemos visar, acima de tudo, o benefício dos outros. O utilitarismo se divide em utilitarismo do ato e da norma. 9. Utilitarismo do Ato e Utilitarismo da Norma. Esta doutrina defende que devemos fazer aquilo que traz melhores resultados para o maior número. Para aplicar esta tese aos casos concretos, em certo ponto terá de ser feita a opção entre: fazer o maior bem para menor número de pessoas, ou menor bem para um maior número de pessoas. Entretanto, há muitas objeções de várias naturezas ao utilitarismo da norma, que o obrigam a passar do geral ao particular e deste àquele numa espécie de círculo vicioso. O utilitarismo da norma acaba coincidindo com a teoria deontológica kantiana da obrigação moral.

29 Conclusões relativas à Obrigatoriedade Moral 1º) O defeito comum das teorias da obrigação moral consiste em partirem elas de uma concepção abstrata do homem, fazendo com que a concepção da obrigatoriedade moral também seja abstrata, alheia à sociedade e à história. 2º) A obrigação moral deve ser concebida como própria de um homem concreto que, na sua prática moral real, vai modificando o conteúdo de suas obrigações morais de acordo com as mudanças que se verificam no modo como a moral cumpre a sua específica função social. 3º) A obrigatoriedade moral exige, em maior ou menor grau, uma adesão íntima, voluntária e livre dos indivíduos às normas que regulam as suas relações numa determinada comunidade. Por isto, o conceito de obrigatoriedade moral só tem sentido no contexto da vida social, no seio de uma comunidade. 4º) O sistema de normas, e com isto, o conteúdo da obrigação moral muda, historicamente, de uma sociedade para outra e, inclusive, no seio de uma mesma comunidade. O permitido hoje foi proibido ontem. O que atualmente se proíbe, talvez seja permitido amanhã. Contudo, seja qual for a época ou a sociedade de que se trate, os homens sempre admitiram uma obrigatoriedade moral. Sempre existiu um sistema de normas que define os limites do obrigatório e do não obrigatório. 5º) Não é somente o conteúdo da obrigação moral que se modifica histórica e socialmente e, com ele, as normas que prescrevem determinada forma de comportamento, mas se modifica também o modo de interiorizar ou de assumir as normas em forma de deveres. 6º) Nenhuma teoria e ainda menos aquela que não conceba a obrigatoriedade moral em função de necessidades sociais pode indicar o que o homem deve fazer em todos os tempos e em todas as sociedades. E, quando uma teoria faz semelhante tentativa, fica-se diante do formalismo ou universalismo abstrato, no qual caem não somente as doutrinas deontológicas (kantiana) mas também as teleológicas (como a do utilitarismo da norma).

30 31 CAPÍTULO IX - A REALIZAÇÃO DA MORAL Por realização da moral, há que se entender a encarnação dos princípios, valores e normas de comportamento de uma dada sociedade, no âmbito coletivo e não só no individual, ou seja, como processo social. 1. Os Princípios Morais Básicos Em cada época a realização da moral é inseparável de alguns princípios básicos ou regras básicas de comportamento cuja elaboração se dá na atividade prática social e que regem efetivamente o comportamento das pessoas. Tais princípios têm duas características: de um lado, respondem a uma determinada necessidade social, e do outro, por serem propriamente fundamentais, servem de fundamento para as normas que regulamentam o comportamento em certo sentido em uma sociedade. Embora o aspecto pragmático seja primordial nos referidos princípios morais, estes também podem ser objeto de uma elaboração teórica, cuja finalidade é fundamentar sua validade. Em tempos de crise social, certos princípios morais básicos também podem entrar em crise, que é solucionada quando tais princípios são substituídos por outros mais adequados às novas exigências sociais. Entretanto, enquanto tal substituição não ocorre, pode reinar durante algum tempo uma situação de confusão e incerteza como se pode observar em nossa sociedade atualmente. Como a realização da moral é a concretização de certos princípios, estes guardam relação com as condições sociais às quais se referem, e mudam de tempos a tempos para atender às aspirações e interesses que os inspiram.

31 32 2. A Moralização do Indivíduo O ato moral implica consciência e liberdade. O verdadeiro agente moral é o indivíduo, mas enquanto ser social, e não considerado na sua individualidade. A realização da moral é uma tarefa individual, mas, dada a natureza social do indivíduo, não é um assunto meramente individual. O conjunto de formas características de comportamento peculiares de cada indivíduo, que formam uma unidade indissolúvel, constituem o caráter de uma pessoa; o caráter é algo adquirido, modificável e dinâmico. O indivíduo pode adquirir uma série de qualidade morais sob o influxo da educação e da própria vida social e tais qualidades morais, quando realizadas numa situação concreta, são designadas virtudes. 3. As Virtudes Morais A virtude supõe uma disposição estável ou uniforme de comportar-se moralmente de maneira positiva; isto é, de querer o bem. O seu oposto é o vício, enquanto disposição também uniforme de querer o mal. Vale lembrar o ensinamento de Aristóteles, segundo o qual a virtude é um hábito. 4. A Realização Moral como Empreendimento Coletivo Há três tipos de fatores sociais que contribuem de forma diversa para a realização da moral: a) Relações econômicas, ou vida econômica da sociedade. b) Estrutura ou organização social e política da sociedade. c) Estrutura ideológica, ou vida espiritual da sociedade. 5. A Vida Econômica e a Realização da Moral. A Vida Econômica da sociedade compreende a produção material de bens destinados a satisfazerem as necessidades humanas: alimentar-se, vestir-se, morar, etc. Compreendem-se também como as relações sociais que os homens

32 33 contraem nas relações de produção, por exemplo, na medida em que o trabalhador é uma força produtiva e na medida em que a produção satisfaz suas necessidades vitais. Dentro das forças produtivas surgem problemas morais que não podem ser descuidados. Como o homem é afetado pelo seu trabalho? Eleva-o como ser humano ou o degrada? De que forma o uso dos meios ou instrumentos de produção afetam o trabalhador em sua verdadeira natureza? Os problemas morais da vida econômica surgem quando o homem é tratado como uma peça de um sistema econômico, o homem econômico ; tal fato é conflitante, já que não se pode desprezar o ser humano concreto. Significação Moral do trabalho humano o trabalho como expressão exclusiva da atitude humana tem em si um sentido moral, dado o fato de que o homem deve trabalhar para ser verdadeiramente homem. Quem trabalha possui uma humanidade que não lhe pertence, pois não contribui para conquistar e enriquecer. Este é um caso onde o valor mudou com o passar do tempo: na Grécia Antiga, o valioso era o ócio físico, e o trabalho era tido como de menor categoria; exaltavam-se o estudo e a pesquisa. Na Modernidade há o problema do trabalho alienado, pois o operário não vê no seu trabalho uma atividade realmente sua mas sim um empobrecimento material e espiritual. Neste caso o trabalho perde o seu conteúdo vital e criador, propriamente humano, e com isso se atenua também a significação moral. Moral e Consumo observa-se ainda a alienação do consumidor, o homem econômico não é somente produtor, mas também o consumidor, que, pressionado pela propaganda, cria em si necessidades que não são propriamente suas e adquire produtos que realmente não lhe são queridos. Assim como no

33 34 trabalho alienado o homem real não pertence a si mesmo, mas àqueles que o manipulam ou o persuadem de modo sutil, podemos apontar duas graves conseqüências: primeiramente, o homem como consumidor é rebaixado à condição de coisa ou objeto manipulável; em segundo lugar, impedido de suas escolhas livre e conscientemente, minam-se as bases do ato moral, restringindolhe seu domínio moral. Avaliação Moral da Vida Econômica numa sociedade na qual o trabalho é antes de tudo um meio para subsistir e não uma necessidade humana vital, na qual domina o culto ao dinheiro e na qual um sujeito é avaliado pelo que possui privadamente, tendo portanto a economia a sua moral apropriada. 6. A Estrutura Social e Política e a Vida Moral A Família chamada célula social, é nela em que se inicia o processo de educação e formação da personalidade, e por isso tem grande importância do ponto de vista moral. A família conservará um elevado valor moral para si e para a sociedade se for uma comunidade livre, não egoísta, amorosa e racional. As Classes Sociais os indivíduos têm interesses e aspirações comuns como membros de uma mesma classe social, e isso se dá de forma independente da consciência do indivíduo. O fato de uma classe social se relacionar com uma moral determinada não descaracteriza o comportamento individual livre, consciente e responsável. Porém, mesmo com as escolhas próprias e livres, o meio social no qual um indivíduo vive tem grande influência, já que cria obstáculos ou favorece a realização da moral numa determinada sociedade. O Estado como instituição social, exerce poder efetivo sobre os membros da sociedade. Nenhum Estado renuncia a vestir com um manto moral a sua ordem

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