SERVIÇO DE COMBATE À POLUIÇÃO DO MAR 1

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1 SERVIÇO DE COMBATE À POLUIÇÃO DO MAR 1 Por CMG RES ECN Jorge Silva Paulo 2 31 de Março de 2011 RESUMO Apresenta-se um balanço das actividades do Serviço de Combate à Poluição do Mar por Hidrocarbonetos no período de Novembro de 2007 a Dezembro de 2010, na perspectiva do CMG ECN que o chefiou. A descrição e a análise são breves, mas percorrem as mais importantes actividades, destacando-se os exercícios, o apoio externo com a capacidade sobrante, e as orientações para o futuro, assim como as actividades externas, incluindo a cooperação com a EMSA, e a participação em projectos de investigação internacionais. palavras-chave: combate à poluição do mar; HNS; Autoridade Marítima; exercícios; NRP Bacamarte. marine pollution response; HNS; Maritime Authority; drills; NRP Bacamarte. 1 Artigo apresentado em 31 de Março de 2011 e aceite em Na reserva e fora da efectividade de serviço. O autor pode ser contactado em jspmac@gmail.com.

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3 Anais do CMN: em apreciação desde Abr-2011 p. 1 INTRODUÇÃO Figura 1 O pessoal e as lanchas do SCPMH em finais de Neste artigo, apresento um balanço do Serviço de Combate à Poluição do Mar por Hidrocarbonetos 1 (SCPMH) da Direcção-Geral da Autoridade Marítima 2 (DGAM), que chefiei de Nov-2007 a Dez Entendo dever fazê-lo e divulgá-lo, por três razões: pela primeira vez, o chefe não era EMQ 3 ; houve mudanças de fundo; e a Lei Orgânica da Marinha 4 (LOMAR) criou a Direcção de Combate à Poluição do Mar (DCPM), como unidade orgânica permanente da DGAM, ainda por activar, que substituiu o SCPMH, que desaparecerá e encerrando-se assim um ciclo. O artigo concentra-se só no último triénio, porque o passado já foi abordado em artigos anteriores, publicados nestes Anais. Quando me apresentei na DGAM, em Nov-2007, já o meu antecessor, CMG RES EMQ Dias Rego, tinha destacado; não houve passagem do serviço. A sucessão sem entrega obrigou a recriar a cultura e as orientações de fundo do serviço, e não hesitei perante o desafio. Como sempre, a guarnição foi essencial no caminho percorrido e no que se fez. Não foi difícil mudar a cultura do SCPMH porque 80% do pessoal, incluindo todos os oficiais, mudou até ao fim de O SCPMH é conhecido de todas aquelas unidades e serviços da Marinha e da Autoridade Marítima que precisam de transportes pesados e gruas. A DGAM dotou-se há anos com estes meios, pois são necessários para efectuar operações de combate à poluição do mar, no mar e na costa, que requerem a movimentação de equipamentos pesados (como sugere a fig.1). Mas as marés negras são raras e o treino e a formação não preenchem todo o tempo, pelo que há capacidade sobrante, primeiro, para apoio à DGAM e à Polícia Marítima (PM) e, depois, à Marinha e outras entidades externas. Naturalmente que, de acordo com o Plano Mar Limpo 5, sendo a sua missão o combate à poluição do mar, foi nas operações de limpeza de marés negras, que o SCPMH se afirmou ao longo dos anos. A mais recente foi o derrame de fuelóleo na Vala Nova-Benavente, em 2008; felizmente, não houve nenhum derrame tão grave, nem sequer comparável, depois desse, no último triénio. 1 Criado por Despacho do Ministro da Marinha de 1973, e nunca alterado, nem inserido, por lei, na estrutura orgânica da Autoridade Marítima nem da Marinha, mantendo sempre um carácter transitório, mas de longa duração como é tão frequente em Portugal... 2 De 1984 a 2002, a Direcção-Geral de Marinha, e antes de 1984, a Direcção-Geral dos Serviços de Fomento Marítimo. 3 Embora EMQ seja a sua classe de origem. Cabe ainda notar que uma colocação fora da classe não foi nova para o autor, que já foi o primeiro (e único) ECN a prestar serviço no Estado-Maior da Armada e no Departamento de Formação de Administração Naval- Escola Naval. Com o autor também se interrompeu a prática dos chefes do SCPMH serem CMG EMQ muito antigos ou na reserva. 4 Aprovada e posta em vigor pelo DL 233/2009, de 14-SET, e que entrou em vigor em 01-OUT Um regulamento administrativo independente do Governo, aprovado e posto em vigor pela Resolução do Conselho de Ministros nº25/93 de 15-ABR. No essencial, mantém-se actual.

4 Anais do CMN: em apreciação desde Abr-2011 p. 2 O leque de actividades do SCPMH tem-se alargado da vertente operacional, para outras actividades, como a colaboração com outras entidades e a comunicação externa, no âmbito da protecção do meio marinho. Destaca-se a cooperação internacional, no seio da União Europeia (UE). Mas a acção operacional ou intervenção ambiental é a missão primária do SCPMH: é um serviço que existe para combater a poluição do meio marinho. Em Portugal, é o único organismo público ou privado com estas atribuições e capacidades, a nível nacional. Exige-se-lhe rapidez e eficácia na resposta, o que só se consegue com formação e treino. Sendo a primeira largamente passível de se combinar com o segundo, foi dado ênfase ao treino, e sobretudo, a exercícios de diversidade e complexidade crescentes, mas com objectivos bem definidos; assim, realizaram-se numerosos exercícios, incluindo o primeiro realizado em Portugal no 1ºgrau de prontidão do Plano Mar Limpo, o Espadarte OPERAÇÕES De 2007 a 2010, só houve uma operação de combate à poluição do meio marinho, com significativo empenho de recursos do SCPMH: o combate ao derrame de cerca de 10 toneladas de fuelóleo na Vala Nova-Benavente, em Set Houve mais derrames e operações, por exemplo, no Porto de Sines; mas o SCPMH empregou recursos pouco expressivos ou nem esteve envolvido. O encalhe do S.Gabriel, em 20-Nov-2009, em S.Miguel, levou ao envio de Lisboa para os Açores de pessoal e material do SCPMH; mas cingiram-se a acções de formação, por não haver derrame. A operação de Benavente merece atenção. Primeiro, foi uma operação da Autoridade Nacional de Protecção Civil: a Autoridade Marítima não tem jurisdição naquele local (Vala Nova), nem o dever de combater lá a poluição, por não ser um espaço marítimo. Segundo, o pedido de apoio chegou à Marinha pelo meio-dia de 14-Set (domingo), e às 16:30 o SCPMH tinha montada uma barreira para bloquear e absorver o fuelóleo, impedindo o escoamento para o Tejo, e contendo os danos na Vala Nova. Terceiro, na semana seguinte, o SCPMH recolheu mais de 100 toneladas de emulsão, e fez várias lavagens de locais afectados, em conjunto com uma empresa contratada pelo poluidor para eliminar os resíduos. Quarto, nos termos da lei, a DGAM emitiu a factura devida pelas despesas efectuadas, que foi honrada pelo poluidor, concluindo-se a limpeza da Vala Nova antes do Natal e o processo até Mar Talvez por ter corrido bem, pouco se disse na comunicação social. O SCPMH colaborou ainda com as capitanias e departamentos marítimos (DM) em numerosos pequenos episódios de poluição do meio marinho, assessorando ou enviando os meios específicos e necessários para apoiar as Autoridades Marítimas Locais e Regionais. Em 2008, o chefe do DM do Norte (DMN) criou uma Brigada de Intervenção Rápida de Combate à Poluição do Mar (BIRPOL), para apoio rápido das respectivas capitanias. A BIRPOL reuniu numa unidade orgânica estruturada o pessoal do Comando de Zona Marítima (CZM) do Norte e do DMN que se ocupava destas tarefas e da manutenção do equipamento de combate à poluição do mar. Após um período de observação da BIRPOL do DMN, e com o apoio do SCPMH, por se integrar no espírito e na letra do Plano Mar Limpo, foi superiormente decidida a criação de uma BIRPOL nos demais DM. A concretização leva tempo, devido à magna questão dos emolumentos que o pessoal dos CZM que integre a respectiva BIRPOL passa a ter direito, porque tem de se alterar as lotações 6 e porque repartir o bolo por mais comensais causa resistência. Antes de estarem resolvidas as questões burocráticas, nem por isso irrelevantes, a BIRPOL do DMN já mostrou que é um modelo organizativo eficaz e eficiente. Sistema CleanSeaNet Em , entrou em exploração o sistema CleanSeaNet (CSN) de detecção por satélite de manchas de poluição do mar por hidrocarbonetos; o serviço é prestado por contrato com a Agência Europeia 6 Como a BIRPOL integrará a estrutura orgânica da DGAM, através do respectivo DM, o pessoal que a integra tem de estar inserido na lotação do respectivo DM, para poder ter direito a receber emolumentos. 7 A cobertura das costas continentais iniciou-se em 2007, mas só em 2010 se estendeu aos arquipélagos da Madeira e dos Açores.

5 Anais do CMN: em apreciação desde Abr-2011 p. 3 de Segurança Marítima 8 (EMSA), que disponibiliza a informação obtida aos seus Estados-membros. O CSN detecta reduções de rugosidade da superfície do mar numa determinada área. As reduções de rugosidade podem ser devidas à presença de substâncias mais viscosas do que a água do mar à sua volta (como óleos, e hidrocarbonetos em especial); mas vento fraco ou ausência local de vento podem ter igual efeito; vento muito forte torna a superfície do mar tão irregular que o satélite deixa de poder detectar a presença de óleos. A detecção de manchas de hidrocarbonetos no mar alto é uma das grandes dificuldades do combate à poluição do mar; além disso, hoje sabe-se que as descargas de resíduos de porões ou de lavagem de tanques constituem a maior parcela da poluição do mar. Por isso, o CSN tem um papel crucial na protecção ambiental do mar. Mas à detecção tem de se somar a identificação e a punição, o que exige meios navais e aéreos do Estado ribeirinho, para: Identificar o poluidor; esta componente já inclui a indicação na imagem do satélite de navios perto da mancha, disponibilizada pelo Automatic Identification System (AIS); Obter as provas necessárias à aplicação de sanções administrativas ou penais; Obrigar o navio poluidor a arribar em portos nacionais; Sujeitar o poluidor aos procedimentos legais adequados; Através da patrulha dos espaços marítimos, dissuadir potenciais poluidores. Portugal tem falta de meios navais e aéreos para patrulhar os espaços marítimos sob a sua jurisdição pelo que são muito numerosos os alertas de manchas enviados pelo CSN que ficam por confirmar; mesmo quando são enviados meios navais ou aéreos para confirmar os alertas, é usual chegarem ao local assinalado várias horas mais tarde, e nada detectarem, porque a agitação marítima dispersou a mancha, porque ela se deslocou por acção do vento e das correntes, ou até por não haver mancha (falso positivo, devido a vento muito fraco). Portugal tem uma taxa de confirmação de alertas que está perto da média europeia; mas as costas continentais situam-se entre as costas mais patrulhadas na Europa; o contraste é grande e sugere que muitos navios efectuam as suas descargas operacionais nas costas portuguesas porque sabem ser muito baixa a probabilidade de serem apanhados 9. FORMAÇÃO e TREINO Sem prejuízo de outros períodos, 1999 a 2001 foi um período de ouro para o combate à poluição do mar em Portugal, e o SCPMH cujo chefe, CMG EMQ Baganha Fernandes, é uma referência neste meio esteve em grande destaque. Nesse período, realizou-se um exercício por ano, ao nível do que de mais avançado se fazia no mundo. Em 2004, realizou-se um exercício, no rio Lima, em Viana do Castelo, com algum empenho de recursos. Em 2007, impunha-se reanimar o SCPMH. Em 2008, fez-se uma opção de fundo por menos acções de formação autónomas (menos cursos) do pessoal da DGAM e pela associação da formação ao treino; aproveitar-se-ia o pessoal do SCPMH com formação específica, para realizar exercícios com significativo empenho de recursos, aos quais se associaram colóquios, acções de formação e treino operacional; destacam-se os maiores: (i) Tágide 2008, em Maio, em Lisboa, com a ARAMCO 10 e a OSRL 11, de comando, controle e comunicações, baseado num cenário de acidente com um navio-tanque da ARAMCO ( passing ship ), no 2ºgrau, e dirigido pelo chefe do DM do Centro. 8 A EMSA é uma agência da UE, com natureza intergovernamental, foi criada em 2000, como resposta europeia aos problemas de segurança marítima, na sequência do acidente do Erika ; em 2004, na sequência do acidente do Prestige, alargou as suas atribuições ao combate à poluição do mar; tem sede, desde 2009, no Cais do Sodré-Lisboa. 9 Trata-se de uma dívida que se constituiu perante a Nossa Senhora de Fátima, porque há muitos anos que não há nenhum derrame de relevo nestes espaços marítimos. Espanha não tem tido tanta sorte. 10 Empresa petrolífera estatal da Arábia Saudita, que se dedica a toda a fileira de actividades relacionadas com o petróleo, incluindo a exploração, o transporte e a distribuição; é a maior empresa do mundo e não está cotada em nenhuma bolsa de valores. 11 Oil Sea Response Limited, Empresa privada britânica, cujos accionistas são várias empresas petrolíferas de todo o mundo, que se dedica à formação e treino de pessoal no âmbito do combate à poluição do mar, e que também exerce, sob contrato, as funções de serviço de combate à poluição do mar para alguns Estados (em regime de outsourcing).

6 (ii) Anais do CMN: em apreciação desde Abr-2011 p. 4 Darque , em Setembro, no Minho, no 3ºgrau e dirigido pelo capitão de porto de Viana do Castelo; incluiu acção no mar com o Galp Marine, sob contrato da EMSA, e na costa, sendo as operações executadas por pessoal da DGAM e da PM, dos serviços de Protecção Civil, de bombeiros e das autarquias locais. Custou à DGAM (iii) Austral , em Novembro, no Algarve, no 2ºgrau e dirigido pelo chefe do DM do Sul; incluiu acção no mar com o Galp Marine, e na costa, sendo as operações executadas por pessoal da DGAM e da PM, do Zoomarine, dos serviços de Protecção Civil, de bombeiros e das autarquias locais. Custou à DGAM (iv) Concha , em Março, em S.Martinho do Porto, no 3ºgrau e dirigido pelo capitão de porto da Nazaré; a acção centrou-se na praia e nas águas da Baía, sendo as operações executadas por pessoal da DGAM e da PM, dos serviços de Protecção Civil, de bombeiros e das autarquias locais. Custou à DGAM (v) Mero , em Junho, no Funchal, no 2ºgrau e dirigido pelo chefe do DM da Madeira; incluiu acção no mar com o Galp Marine, e na costa, sendo as operações de protecção da Reserva Marinha do Garajau e de limpeza da costa executadas por pessoal da DGAM e da PM, do Parque Natural da Madeira, da Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira, dos serviços de Protecção Civil, de bombeiros e autarquias locais; o Lobo Marinho simulou o navio sinistrado; o On-Scene Coordinator-Mar embarcou no NRP Bacamarte, que actuou em coordenação com o Galp Marine. Custou à DGAM (vi) Espadarte , em Outubro, no 1ºgrau, dirigido pelo director-geral da Autoridade Marítima desde o Centro de Operações Marítimas (COMAR); incluiu a Shell, como armador do navio sinistrado (simulado pelo NRP Bérrio ), acção no mar com o Galp Marine, e o NRP Bacamarte, e acção na costa, sendo as operações de protecção do Estuário do Sado e de limpeza das praias de Tróia, Santo André e Costa-Norte (Sines) executadas por pessoal da DGAM e da PM, do Troiaresort, da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, dos serviços de Protecção Civil, de bombeiros e das Câmaras Municipais de Grândola, Santiago do Cacém e Sines, e de voluntários, docentes e discentes das Universidades de Évora e Nova de Lisboa; o On-Scene Coordinator-Mar embarcou no NRP Bacamarte, que actuou em coordenação com o Galp Marine. Custou à DGAM Registam-se a evolução, face aos exercícios anteriores: Foi activado, pela primeira vez, o 1ºgrau de prontidão do Plano Mar Limpo; A Força Aérea participou no exercício com um Aviocar para reconhecimento e seguimento de manchas de hidrocarbonetos; A Marinha activou três células de apoio sanitário e selecção médica de voluntários; A EMSA passou a disponibilizar serviços de assessoria técnica e de apoio com imagens de satélite, da rede CSN, que já tem associada informação de AIS; O dispositivo operacional incluiu a limpeza de três praias, em simultâneo e em mais do que uma capitania, obrigando a enfrentar as implicações logísticas que se põem no caso de uma extensa maré negra; Participaram 35 voluntários, universitários e funcionários do Troiaresort. 12 Ver Paulo (2008) Exercício de Combate à Poluição do Mar Darque 2008, Revista da Armada, Ano XXXVII, nº425, Nov, p Ver Paulo (2008) Combate à Poluição. Exercício Austral 2008, Revista da Armada, Ano XXXVII, nº428, Mar, p Apesar de elaborado e proposto para publicação na Revista da Armada um artigo sobre este exercício, ele não foi publicado. 15 Ver Paulo (2008) Combate à Poluição. Exercício Mero 2009, Revista da Armada, Ano XXXVII, nº432, Jul, p Ver Paulo (2009) Exercício de Combate à Poluição do Mar Espadarte 2009, Revista de Marinha, nº953, Dez 2009-Jan 2010, pp

7 Anais do CMN: em apreciação desde Abr-2011 p. 5 (vii) Galeota , em Março, no 3ºgrau e dirigido pelo capitão de porto do Porto de Aveiro; a acção decorreu na Ria de Aveiro e nas margens da Ria; as operações foram executadas por pessoal da DGAM (incluindo da BIRPOL do DMN) e da PM, da Administração do Porto de Aveiro, dos serviços de Protecção Civil, de bombeiros e das Câmaras Municipais de Ílhavo e Aveiro, e voluntários (discentes universitários). A Bacamarte actuou, pela primeira vez, no combate à poluição do mar em águas restritas e no transporte de material (fig.2). Custou à DGAM Figura 2 O NRP Bacamarte no combate à poluição do meio marinho (exercício Galeota 2010 ). A começar no Mero 2009, cada exercício foi precedido na véspera pela realização dum colóquio, onde se reuniram as entidades associadas no exercício, em especial, as universidades associadas, de modo a partilhar os conhecimentos específicos de cada uma em benefício de todas. Todos os exercícios foram observados por dezenas de convidados nacionais e estrangeiros, que se distribuíram pelos cenários, e contribuíram para a indispensável avaliação; a Marinha disponibilizou meios navais para o embarque dos convidados que observaram a componente de mar. Infelizmente, apesar de sempre convidada, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) nunca esteve presente, nem sequer respondeu aos convites, distinguindo-se de todas as demais entidades, que mostraram sempre muito e genuíno interesse em observar e até em cooperar com a DGAM/SCPMH. Exercício Tágide 2008 Darque 2008 Austral 2008 Concha 2009 Mero 2009 Espadarte 2009 Galeota 2010 Tabela I Sumário dos exercícios realizados (2008 a 2010). Local Entidades Pessoal Grau Depart.Marítimo associadas envolvido Destaques Lisboa ARAMCO; 2º DM Centro OSRL 90 Viana do Castelo DM Norte 3º 8 100* Salema DM Sul 2º 8 100* S.Martinho do Porto DM Centro 3º 4 60 Terra e água (baía); com UAM Vazante. Funchal DM Madeira Setúbal a Sines DM Centro Ria de Aveiro DM Norte 2º * 1º * 3º 9 140* Sem empenho de meios no terreno; armador actuou num salão de um hotel em Lisboa. Terra e mar; com Galp Marine ; com meios aéreos (heli; reconhecimento). Terra e mar; com Galp Marine ; com Zoomarine ; com meios aéreos (heli; reconhecimento). Terra e mar; com NRP Bacamarte e Galp Marine ; Lobo Marinho simulou navio sinistrado; com meios aéreos (C130; transporte). Terra e mar; com NRP Bacamarte e Galp Marine ; NRP Bérrio simulou navio sinistrado; com meios aéreos (dois heli; reconhecimento e seguimento). Terra e água (ria); com NRP Bacamarte para transporte e combate; com meios aéreos (heli; reconhecimento). *- Refere-se ao pessoal directamente envolvido na acção; há que somar as guarnições dos navios e dos meios aéreos. As restrições orçamentais aplicadas em 2010 impediram a realização do último exercício do ciclo que visava cobrir os cinco Departamentos Marítimos em três anos; seria realizado na Ilha Terceira- Açores e chamar-se-ia Bonito Mas cumpriu-se neste triénio a recomendação adoptada por vários Estados, de realizar um ou dois exercícios por ano com significativo empenho de recursos. 17 Ver Paulo (2010) Exercício Galeota 2010, Revista de Marinha, nº955, Abr-Mai, p.16.

8 Anais do CMN: em apreciação desde Abr-2011 p. 6 Quase no fim do ciclo, foi com grande orgulho que informei superiormente que, tendo os chefes do SCPMH e da equipa operacional sido evacuados de modo imprevisto, por razões de saúde 18, durante um treino de operação e manutenção do Transrec 250, em Tróia, as acções previstas no plano de actividades, executaram-se em tempo e segurança. Penso que é dos mais nobres motivos de orgulho de um chefe, saber que o pessoal do seu serviço executa bem as tarefas que lhe cabem, mesmo que os chefes tenham de ausentar-se inopinadamente. Assim, o chefe pode dedicar mais tempo àquilo em que é insubstituível, que é preparar o seu serviço para o que o futuro poderá trazer. PESSOAL O meu antecessor destacou antes de eu me apresentar. E também destacou outro oficial, na reserva, com grande conhecimento e experiência do combate à poluição do mar, sem rendição 19. Poucos dias depois, tive de substituir o sargento mais antigo, que chefiava o grupo operacional, cuja experiência já vinha da maré negra do Aragón (Porto Santo, 1990). No fim de 2007, iniciou-se a troca de militares da Marinha por militarizados do Troço-de-Mar. No fim de 2008, destacou um oficial TSN com 6 anos de casa e, poucos dias depois, um oficial superior com 5 anos de serviço na DGAM e um ano no SCPMH. Em um ano, o SCPMH foi renovado por inteiro e desenvolveu-se uma nova cultura, decididamente virada para a missão e para os resultados operacionais. A substituição do sargento que chefiava o grupo operacional (Dez-2007) mostrou inequivocamente que deixaram de ser toleradas disfunções. Os riscos da saída de alguém muito experiente não podem levar a tolerar disfunções; como se veio a constatar, o receio de perda de eficácia pode impedir a revelação de pessoas com perfis pelo menos tão completos e adequados à função 20. A substituição de metade dos militares por pessoal do Troço-de-Mar foi uma iniciativa do CMG EMQ Dias Rego, e revelou uma visão estratégica a enaltecer. Vista, de início, com cepticismo, por muitos, entre os quais eu, esta mudança permitiu reduzir a rotatividade do pessoal (exigindo menos treino e formação) sem deixar de ter a liderança operacional a cargo de sargentos. E até permitiu um aumento nos efectivos do SCPMH, de 20 para 25; terá sido o único serviço a ver a sua lotação e efectivos a aumentar na última década. Nos oficiais, assumindo a perda de duas pessoas muito qualificadas no combate à poluição do mar, e faltando um oficial para preencher a lotação, registou-se um ganho em estabilidade e orientação para a acção. Além disso, assentou o princípio de os oficiais EMQ/EN-Mec que vão prestar serviço nos DM estagiarem por alguns meses no SCPMH antes de assumirem as novas funções, para terem a oportunidade de conhecer progressivamente as funções que virão a desempenhar, de combate à poluição do mar, de manutenção dos meios de acção naval da Autoridade Marítima, e ainda das actividades de peritagem técnica e inspecção. A execução de tarefas frequentemente fora das 9 às 5 às vezes, em verdadeiras urgências, como foi o caso de várias operações de esgoto inopinado da Doca da Fragata D.Fernando II e Glória, ou o esgoto de centros comerciais no Funchal em Fev-2010 nunca faltando pessoal para o efeito, nem enfrentando sobrolhos franzidos, com bons padrões de eficácia e eficiência, indiciam que o pessoal se sentia bem e, assim, trabalhava bem. E nunca foram precisas divisões de serviço nem escalas. MATERIAL Em 2006, foi aprovado um ambicioso plano a cinco anos de aquisições de material de combate à poluição do mar, a financiar pela Lei de Programação Militar (LPM), no total de 6m (base: 2005), para equipar as Bases Logísticas 21 (BLog) previstas no Plano Mar Limpo. O financiamento real, em 18 Pela hora do almoço de um dia muito preenchido de actividades, o chefe do SCPMH sofreu uma cólica renal e o chefe da equipa operacional teve uma suspeita de tromboflebite. À data, o segundo oficial do SCPMH estava a frequentar o Curso Complementar Naval de Guerra, pelo que a direcção das actividades ficou a cargo da STEN TSN Joana Jerónimo e do SAJ MQ Castro dos Santos. 19 Refiro-me ao CFR RES EMQ Fernando Costa Freire. 20 Refiro-me ao SMOR RES MQ Correia de Carvalho. 21 Genericamente, coincidentes com os DM, com duas diferenças: o DM do Centro tem pouco equipamento, confiando no SCPMH para o substituir; e existe uma Base Nacional, situada no Cais de Tróia, a cargo do SCPMH.

9 Anais do CMN: em apreciação desde Abr-2011 p. 7 cada ano, foi inferior a 500k, e não permitiu concretizá-lo (ver a tabela IV). A DGAM/SCPMH não está mal dotada de equipamento pesado e até tem sistemas subaproveitados, como é o caso do Transrec 250, para o qual não dispõe de meio naval para o operar, tornando a sua manutenção e treino muito difíceis. Por isso, discordo da aquisição de mais um Transrec, que está prevista no âmbito do contrato dos Navios de Combate à Poluição (NCP). Porém, havia uma lacuna significativa nas capacidades de primeira intervenção das capitanias, que são responsáveis pelo 3ºgrau de prontidão do Plano Mar Limpo. Assim, a partir de 2009, passou-se a concentrar os recursos da LPM em equipamento de primeira intervenção, mais flexível e menos dispendioso, como mantas absorventes, unidades de recolha de amostras, pás, baldes e equipamento de protecção individual (EPI), atribuídos a todas as capitanias, e lotes de reserva nas cinco BLog. De facto, ocorrem pequenos episódios de poluição do meio marinho diariamente e as capitanias não tinham capacidade de intervenção ambiental. De acordo com o Plano Mar Limpo, o SCPMH só tem que actuar nos grandes derrames (marés negras). Porém, o SCPMH é o único serviço em Portugal com atribuições e capacidades em todo o leque de operações de combate à poluição do mar por hidrocarbonetos; por isso, será injustificável que o SCPMH só actue no 1ºgrau (grandes marés negras) e esteja alheado dos pequenos e frequentes episódios, embora incumba às capitanias actuar nestes casos. Então, adoptou-se um compromisso: o SCPMH não se substitui às capitanias em face dos pequenos episódios de poluição do mar, mas apoia as intervenções locais, como organismo de direcção técnica; espera-se ver esta figura consagrada no futuro regulamento interno da DGAM. Importa assinalar que a lancha de desembarque NRP Bacamarte é a primeira unidade naval da Marinha a deter a capacidade de combate à poluição do mar, no mar 22. Concluída em Mar-2009 a adaptação do navio para operar um braço articulado com uma barreira ( V-Sweep ), iniciada após o acidente do Prestige (2002), realizaram-se acções de treino conjuntas com o SCPMH, e o navio foi dado como apto a participar em exercícios, o que já ocorreu por três vezes, designadamente em articulação com o Navio-tanque Galp Marine, sob contrato da EMSA. Falta ainda concluir a adaptação do navio para o transporte de quatro cisternas de 25 m 3, para a recolha de poluente, mas é possível fazer a recolha para tanques flexíveis, flutuantes ou transportados no poço. As lanchas de desembarque têm grandes vantagens para o combate à poluição do mar: acomodam um sistema de contenção e recolha sofisticado; têm boa capacidade de armazenamento; podem transportar material até locais da costa com difícil acesso por terra; e são navios pouco onerosos. Podem ainda desempenhar várias outras funções quando não estejam a combater a poluição do mar, pelo que oferecem good value for money (como é o caso de rebocadores e supply vessel ). Têm como desvantagens ser lentos e pouco confortáveis. Isto é, trata-se de um raro caso de um balanço claramente favorável a esta solução tecnológica. Cabe aqui referir que o SCPMH se foi pronunciando ao longo dos anos, conforme lhe era solicitado, sobre os requisitos do NCP, elaborados pelo Estado-Maior da Armada, como uma variante do Navio de Patrulha Oceânico (NPO). Em 2009, tomei a iniciativa de manifestar pelos meios próprios a minha convicção de que era errado adquirir outro Transrec 250, quando nem um se conseguia explorar 23. E fi-lo notando que o NCP, apesar do nome, seria um fraco navio de combate à poluição do mar, por não ter capacidade para armazenar resíduos recolhidos no mar, e a ideia de usar tanques flutuantes ter grandes desvantagens no mar. A Marinha precisa de mais NPO, sendo desejável que se explorem as economias de escala e de aprendizagem em mais NPO, e não noutro projecto, como será em certa medida o NCP. E sem perda no âmbito do combate à poluição do mar, pois a Marinha 22 Deve-se ao CMG EMQ Baganha Fernandes a ideia e o projecto (desenvolvido e executado pela Direcção de Navios) da alteração do NRP Bacamarte para as funções de combate à poluição do mar, como se lhe devem outras iniciativas que o tornaram uma referência na comunidade do combate à poluição do mar nacional e ainda hoje reconhecido no estrangeiro. 23 Esta iniciativa surgiu a propósito do início, pelo estaleiro construtor, do desenvolvimento do projecto do NCP, na tolda do qual se previa a instalar um Transrec 250, a comprar no âmbito do contrato de construção do NCP. A instalação do Transrec 250 obrigava à data (desconheço a evolução) a refazer todo o projecto da tolda em relação ao projecto do NPO e a excluir o convés de voo para um helicóptero, elemento que sempre me pareceu essencial num NPO a operar nas nossas águas.

10 Anais do CMN: em apreciação desde Abr-2011 p. 8 agora já tem o NRP Bacamarte para o efeito, que demonstrou que a aplicação de recursos em lanchas de desembarque é mais eficiente do que nos NCP; portanto, o Estado deve adquirir lanchas de desembarque e NPO, mas não NCP baseados nos NPO. A minha posição não teve acolhimento, e parece-me claro que Portugal fica a perder. ORGÂNICA Com a nova LOMAR foi criada a DCPM e aguarda-se a sua activação desde então 24. A DCPM não vai ter a autonomia da Direcção de Faróis, nem do Instituto de Socorros a Náufragos, e continuará a ser um serviço central da DGAM. Sendo o combate à poluição do mar uma atribuição permanente da Autoridade Marítima, deve haver uma unidade orgânica permanente para o efeito; é discutível a passagem a direcção, pois não havia uma necessidade claramente identificada nesse sentido; nem havia uma tradição de autonomia da função que levasse a separá-la dos serviços centrais. De resto, esta integração nos serviços centrais permite uma partilha de recursos administrativos, matéria que não é de ignorar. Mas a DCPM foi cristalizada na lei e agora do que se trata é de a concretizar. Defendo que se privilegie a flexibilidade orgânica; neste caso, mantendo os oficiais como adjuntos do director da (futura) DCPM, pois, nos tempos que correm, a rigidez de funções, sobretudo com poucos (só 3) oficiais, com títulos e cargos cujo conteúdo técnico seja muito específico, acaba por constituir um obstáculo ou travão à prontidão, à eficácia e à própria execução das actividades. Mas quem procura títulos não concorda com esta orientação. HAZARDOUS AND NOXIOUS SUBSTANCES 25 (HNS) O Plano Mar Limpo, como o seu nome completo indica 26, foi concebido a pensar também nas HNS. Porém, os planos de acção aplicáveis aos hidrocarbonetos não se aplicam directamente às HNS. De facto, os crudes, que são substâncias naturais, podem causar danos à vida marinha e às actividades humanas, mas são tão poluição como o magma dum vulcão ou a água dum tsunami: a natureza sabe lidar com os crudes, e havendo agitação marítima, limpa-os em alguns meses. A viscosidade e o negro dos crudes, que tanto perturbam as pessoas, depois de um pico de danos, são absorvidos pela natureza. Há perigo nos componentes voláteis, alguns cancerígenos, mas eles tendem a dispersar-se na atmosfera ao fim de algumas horas. Entretanto, desvaloriza-se a gravidade dos refinados, como a gasolina e o gasóleo, pois são voláteis e depressa deixam de ser notados, mas eles têm numerosos aditivos tóxicos, que se dissolvem na água, ficam em suspensão ou se depositam no fundo; estes, sim, são muito poluentes e duradouros, até porque tendem a entrar nas cadeias alimentares. O combate à poluição do mar por HNS é muito mais complicado e para elas (ainda) não há planos de acção gerais nem cá nem noutros países, excepto em casos muito especiais. De modo simples e só excepcionalmente simplista, é seguro dizer que pouco se pode fazer perante a maioria das HNS tóxicas ou explosivas 27, e o que se pode fazer resume-se assim, de acordo com o estado: gases: não é possível contenção e recolha, como se visa com os hidrocarbonetos; por isso, há que confiar no vento para as dispersar, evitar fontes de ignição e procurar manter as pessoas distantes e abrigadas; ocorrendo na costa, fica sob a jurisdição dos serviços de protecção civil se a nuvem evoluir para terra; 24 A activação teria de ser feita como se fez com outras unidades orgânicas criadas na nova LOMAR: por despacho do CEMA e Autoridade Marítima Nacional (AMN) que a caracterizaria (localização, lotação, etc) e que nomearia o seu director. Por isso, apesar de amavelmente alguns camaradas me terem chegado a chamar director sempre fiz notar que essa designação não tinha qualquer suporte normativo e era por isso indevida; se a usasse fora da Marinha, poderia mesmo ser acusado de estar a actuar fora da lei, pois o facto de eu ter sido o último chefe do SCPMH não implica necessariamente que viesse a ser o director da DCPM. 25 Compreendendo centenas de milhar de substâncias químicas, sólidas líquidas e gasosas, mas excluindo os hidrocarbonetos e as substâncias radioactivas. 26 A designação integral, que consta da RCM nº25/93 é: Plano de Emergência para o Combate à Poluição das Águas Marinhas, Portos, Estuários e Trechos Navegáveis dos Rios, por Hidrocarbonetos e Outras Substâncias Perigosas. 27 Os danos que as HNS podem causar ao ambiente (físico e humano) variam desde as HNS não muito perigosas, outras pouco conhecidas até às muito tóxicas e explosivas.

11 Anais do CMN: em apreciação desde Abr-2011 p. 9 líquidos e sólidos, solúveis na água: não é possível contenção e recolha; quando chegam os meios de combate já o dano está feito; cabe só desejar que a agitação das águas e as correntes dispersem rapidamente as HNS; onde possível, há que recolher a vida marinha afectada; líquidos e sólidos insolúveis na água e que flutuam: é possível a contenção e recolha, pois é uma situação em abstracto idêntica aos hidrocarbonetos, e é viável usar a maioria dos sistemas e técnicas usados com estes, excepto se forem substâncias corrosivas de metais e plásticos; líquidos e sólidos insolúveis na água que não flutuam: nalguns casos é possível a contenção e recolha, sobretudo em fundos baixos; na maioria, pouco há a fazer, porque a tecnologia de contenção e recolha só está desenvolvida para operações à superfície as operações na coluna de água são muitíssimo mais complicadas e, por isso, muitíssimo mais dispendiosas. Também se podem aplicar às HNS, como aos hidrocarbonetos, substâncias que visem minimizar os danos, neutralizando, decompondo e dispersando as substâncias nocivas. É o caso dos dispersantes, no caso dos hidrocarbonetos, cuja tecnologia está desenvolvida e em uso, mas cuja aplicação se tem de fazer até um dia após o derrame para poderem ser eficazes. A situação é mais complicada com as HNS, pois cada uma exige o seu antidoto específico, se é que existe. As HNS que são mais perigosas viajam em tambores, o que viabiliza a contenção e recolha, mesmo que caiam ao mar. O problema é que a sua contenção e recolha exige que o pessoal envergue EPI muitos sofisticados, que podem exigir horas para vestir e despir, e permitir menos de uma hora de operação, tal como sucede com a operação com substâncias radioactivas. São, obviamente, EPI muito caros; a DGAM não possui nenhum e os poucos que há em Portugal pertencem a bombeiros e fábricas de produtos químicos. DISPERSANTES Ainda não foi desta que se resolveu a questão dos dispersantes. Os dispersantes são substâncias que visam quebrar os hidrocarbonetos derramados no mar, para que se difundam na coluna de água, e se reduza o seu impacto nas costas e na vida marinha; contam com alguma agitação marítima para os dispersar (daí o nome). Antes eram químicos (os primeiros eram detergentes), mas alguns já têm incorporação biotecnológica. Portugal tem poucas dezenas de milhar de litros adquiridos há 20 anos que estão a cargo da DGAM/SCPMH e fora de prazo. O Ministério do Ambiente concedeu licença para o seu uso limitado, por serem, isoladamente, um poluente, e poderem sê-lo também quando funcionam bem e dispersam hidrocarbonetos; fora de prazo são poluentes. A evolução tecnológica e o hidrocarboneto derramado determinam que se aplique um dispersante específico a cada episódio. O que se pretende é acordar com o Ministério do Ambiente um procedimento de autorização rápida, até 12 horas após o derrame. Portugal só tem uma capacidade limitada de pulverizar dispersantes, no NRP Schultz Xavier. Ante uma maré negra, haverá que contratar aviões para o efeito, e contar com 6 a 12 horas para contratar e iniciar a pulverização; a aplicação de dispersantes perde eficácia depois de passarem 24 horas sobre o derrame, pois a emulsão água-hidrocarboneto é pouco afectada pelo dispersante. Não foi possível sequer dialogar com a autoridade na matéria, a APA. A situação agrada aos ambientalistas fundamentalistas, que se opõem a todo o tipo de dispersantes o que seria óptimo num mundo ideal, com mar chão e aragens em permanência e com todos os navios necessários prontos e junto à maré negra, logo que ela ocorresse. APOIO EXTERNO O SCPMH constituiu muitas vezes a direcção de transportes pesados da Marinha, tal a frequência com que apoiou os serviços da Marinha, incluindo a Direcção de Transportes, nesse domínio e em serviços de elevação. A procura de viaturas pesadas reduziu-se quando a Direcção de Transportes adquiriu um potente tractor com reboque longo ( camião-tir ). A procura dos meios de elevação chegou mesmo ao ponto em que se sugeriu que uma das duas gruas do SCPMH deixasse de estar na dependência operacional da DGAM, e ficasse sedeada no Alfeite. Esta é uma questão importante que merece uma explicação clara.

12 Anais do CMN: em apreciação desde Abr-2011 p. 10 A DGAM tem capacidades de movimentação de cargas pesadas, cuja gestão corrente está entregue ao SCPMH, e que inclui várias viaturas pesadas, algumas com grua, e duas auto-gruas. Estes meios foram adquiridos para garantir uma autonomia mínima do SCPMH em operações de combate à poluição do mar, em todas as costas de Portugal; não dispensam a colaboração de meios de outras entidades nacionais e estrangeiras, mas garantem a capacidade de mover os sistemas de combate à poluição do mar e do seu pessoal; satisfazem, assim, critérios elementares de autonomia, essenciais, dada a posição única do SCPMH no âmbito do combate à poluição do mar em Portugal. Felizmente, não temos tido muitos episódios de poluição do mar a exigir o empenho de tais capacidades. Resta, assim, uma capacidade sobrante média que, naturalmente, deve estar à disposição de outros serviços da DGAM, da PM, da Marinha e até do Estado, sem prejuízo de se manter a disponibilidade para combater os imprevisíveis (no tempo e no espaço) episódios de poluição do mar. Aliás, o principal requisito de localização do material pesado do SCPMH é, desde há muitos anos, a proximidade das principais auto-estradas, para garantir o mais rápido acesso ao aeroporto de Lisboa e à Base Aérea do Montijo, e a todos os pontos da costa. Por isso, quando se tem abordado a hipótese de a Marinha deixar a Doca da Marinha é preterida a opção de se deslocarem os equipamentos do SCPMH para a BNL, preferindo-se a manutenção na margem Norte do Tejo por exemplo, mudando para o espaço da Administração do Porto de Lisboa 28 (APL) em Algés, onde existem rampa, cais, espaço livre e também fácil acesso a auto-estradas, através da CRIL. A prioridade de atribuição da capacidade sobrante tem de começar pela DGAM e pela PM, porque estas têm, com alta frequência, necessidade de recolher ou mover embarcações ou meios de prova (como redes), serviços que exigem viaturas pesadas e gruas. A DGAM nunca regateou a atribuição da capacidade sobrante a outros serviços da Marinha, mesmo quando teve de suportar despesas significativas, nos termos da lei; logicamente, as restrições orçamentais e os cortes nas despesas, que atravessam todo o Estado nos últimos tempos, também criaram dificuldades à DGAM, que teve de restringir as acções de apoio externo que tiveram impacto de relevo no seu orçamento. Também com grande procura, estão as bombas de elevado caudal da DGAM/SCPMH, com débitos nominais de água até 300 m 3 /h, vocacionadas para esgotar substâncias muito viscosas de tanques, e de que há poucas em Portugal com igual ou maior débito, como se viu quando houve que esgotar a água que alagou vários subterrâneos no Funchal em Fev O Arsenal do Alfeite conhecia bem estas bombas, pois serviram para esgotar a doca-seca quando as suas bombas tinham limitações. E foram usadas para se evitar que a doca de Almada enchesse demais e fizesse flutuar a Fragata D. Fernando II e Glória, com os danos, por certo irreversíveis, que isso traria à estrutura deste navio. Aliás, importa notar que o pessoal do SCPMH teve, por várias vezes, que acorrer em emergência, de noite e fins-de-semana, àquela doca para o efeito, apesar de não ter um serviço de piquete para este efeito (que se afigura podia ter sido prevenido 29 ) por não ser essa a sua missão. Em conclusão, tal como uma Marinha não se improvisa, também não se improvisa um serviço de combate à poluição do mar. E aos que sugerem que os sistemas do SCPMH estão subaproveitados e, por isso, devem ser afectos a outras entidades ou funções, porque não há marés negras, respondo que concordo com essa linha de acção quando aceitarem disponibilizar unidades navais à GNR e à Polícia Judiciária para o combate ao narcotráfico, porque também não há guerra no mar. OUTRAS ACTIVIDADES Há cerca de uma década, que as actividades do SCPMH se estão a alargar progressivamente para lá dos domínios estritamente técnicos e operacionais; desde logo, o foco passou do combate à poluição do mar para o ambiente marinho, e da poluição por hidrocarbonetos para a poluição por qualquer 28 Convém referir que os dois armazéns usados pelo SCPMH não se situam, de facto, dentro do perímetro da Doca da Marinha, mas dentro do espaço adjacente, que está afecto à Administração do Porto de Lisboa (APL); o limite da Doca da Marinha a Leste coincide com os limites a Oeste dos armazéns, que são propriedade da APL. 29 Tratou-se de mais uma dívida que se constituiu perante a Nossa Senhora de Fátima, pois as ditas bombas podiam estar avariadas ou empenhadas noutra missão (por exemplo, num dos arquipélagos, como já aconteceu) e então o navio flutuaria mesmo, porque não haveria meios de parar oportunamente a subida do nível da água na doca.

13 Anais do CMN: em apreciação desde Abr-2011 p. 11 tipo de substância nociva; do foco centrado no Marine Environment Protection Committee (MECP) da International Maritime Organization (IMO), passou-se para a ligação activa à EMSA. A relação com a International Tanker Owners Pollution Federation (ITOPF) também cresceu, com a presença mais frequente de elementos desta organização privada nos exercícios acima referidos, contribuindo para uma avaliação bem fundamentada e imparcial dos mesmos. Menos intensa, mas relevante, foi a relação do SCPMH com as autoridades ambientais portuguesas, em geral através das capitanias; há a lamentar, apesar das tentativas feitas pela DGAM, não se ter conseguido estabelecer sequer uma relação informal com a APA. Também relevantes para o combate à poluição do mar, a relação com as organizações internacionais encarregues de gerir os fundos para o combate a grandes derrames de hidrocarbonetos foram apenas acompanhadas pelo SCPMH, pois a sua natureza jurídica recomenda que seja atribuída aos serviços jurídicos da DGAM. Abaixo destacar-se-á a relação com o CILPAN, a EMSA e a presença em acções de comunicação externa. Acordo de Lisboa O Centro Internacional de Luta contra a Poluição no Atlântico Nordeste (CILPAN) é o embrião do secretariado da convenção internacional Acordo de Lisboa (1990) de que são partes contratantes Portugal, Marrocos, Espanha, França e a Comissão Europeia, mas não está em vigor, porque ainda não foi ratificado por todos; espera-se que entre em vigor em Ao contrário do que se refere algumas vezes, o CILPAN não é um organismo português, nem sequer ainda tem actividade formal. Por isso, a DGAM tem uma relação informal e de permanente troca de informação com o CILPAN, chefiado por um vice-almirante desde que a tutela mudou do Ministério do Ambiente para o MDN. Cooperação com a EMSA A EMSA; assim, tem dois principais parceiros em Portugal: o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), para a Administração Marítima; a DGAM, para a Autoridade Marítima; nesta destacam-se as atribuições relativas ao combate à poluição do mar, em que a ligação se faz quase directamente com o SCPMH; dentro destas actividades destacam-se as relativas à exploração do CSN. A EMSA tem realizado um trabalho de grande valor, com o propósito de harmonizar os conceitos e os procedimentos dos Estados-membros da UE pelos mais altos padrões, em particular no combate à poluição do mar. Facilitado pela proximidade física, Portugal, através da DGAM/SCPMH, é dos países que mais tem beneficiado dos trabalhos da EMSA, destacando-se: a realização de exercícios em que participaram os navios sob contrato da EMSA, em especial o Galp Marine (até 2010); o melhor conhecimento do que se passa nos seus espaços marítimos; e a adopção dos documentos da EMSA como referências das suas acções. A EMSA disponibiliza ainda apoio técnico especializado, que será de grande utilidade em caso de um grave episódio de poluição do mar. Projectos internacionais A protecção dos oceanos é uma matéria que suscita grande interesse, e por isso estão a ser aplicados muitos recursos em investigação e desenvolvimento, com fins de prevenção e com fins correctivos. A DGAM/SCPMH integrou os conselhos consultivos de projectos como o Emergency Response to coastal Oil, Chemical and Inert Pollution from Shipping (EROCIPS, ) e o seu sucessor sobretudo no âmbito das HNS, o Atlantic Regions Coastal Pollution Response (ARCOPOL, ), nos quais participam entidades académicas e de investigação portuguesas. Esta participação permite à DGAM/SCPMH influenciar e aproveitar os resultados; com o EROCIPS ficou disponível uma versão dos tão almejados mapas de sensibilidade da costa portuguesa, essenciais para conhecer em pormenor a vida marinha que pode ser afectada pelos episódios de poluição do mar, e portanto essenciais para planear exercícios e intervenções ambientais. Presença e comunicação externa O SCPMH assegurou uma média de seis presenças anuais em cerimónias com material e pessoal, de

14 Anais do CMN: em apreciação desde Abr-2011 p. 12 que se destacam o Dia de Portugal, o Dia das Forças Armadas, o Dia da Marinha, a Abertura do Ano Operacional, exposições da protecção civil e feiras, além de apoiar a presença de outros com os seus transportes. O SCPMH, sobretudo através dos seus três oficiais, também representou a DGAM em conferências e colóquios no âmbito da protecção civil e combate à poluição do mar ante uma grande diversidade de entidades públicas e privadas, não só nacionais, que o solicitaram. E participou na formação de alunos da Escola Naval e da Escola de Autoridade Marítima. Licenciamentos Uma actividade discreta, muito variável, de grande responsabilidade e impacto externo é a emissão de pareceres técnicos que habilitem as autoridades competentes ao licenciamento de instalações que operam com hidrocarbonetos no domínio público marítimo. O rigor com que estes pareceres foram elaborados melhorou em 2008, com uma identificação mais correcta do quadro normativo aplicável, de que resultou um aumento substancial da produtividade. Realizaram-se 10 em 2008, 09 em 2009 e 12 em Mas é um domínio passível de alargamento, pois há operadores em portos nacionais, licenciados para operar, mas com vulnerabilidades no âmbito dos seus planos de contingência em caso de derrame de hidrocarbonetos ou HNS; há aqui espaço para a DGAM/SCPMH legitimamente intervir no respectivo licenciamento, através de pareceres técnicos, em moldes semelhantes aos que foram adoptados no licenciamento da monobóia da GALP, de Leça da Palmeira. ALGUNS NÚMEROS Revelam-se agora alguns números extraídos dos relatórios anuais, que dão uma ideia mais objectiva e abstracta das actividades do SCPMH neste triénio; no primeiro ano, a ocupação do tempo baseouse sobretudo em estimativas, mas vieram a estabilizar-se normas e práticas de recolha de dados; eles são indispensáveis à boa gestão em todas as organizações 30. A tabela II mostra a relevância do CSN na detecção de potenciais episódios de poluição do mar e a sua distribuição pela costa portuguesa. ANO POLREP Alertas do CSN Tabela II Estatísticas da poluição do mar. Operações do SCPMH Capitanias mais afectadas Lagos, 32. Nazaré, 13. Sines e Setúbal, 12. Aveiro, 11. Funchal e Figueira da Foz, 10. Lagos, 13. Lisboa, 12. Sines, 10. Douro, 9. Aveiro, Funchal e Portimão, 7. Lisboa, 9. Funchal e Ponta Delgada, 8. Sines, 7. Leixões e Aveiro, 6. A tabela III revela a ocupação do tempo do pessoal e as principais tarefas. É de notar que, em 2010, as restrições de despesas implicaram reduções nas actividades de treino, tendo sido afectado mais tempo às actividades de apoio externo, em que se ocupam mais sargentos, praças e equiparados. As tarefas em que os oficiais se têm empenhado mais têm sido a representação externa (sob o título de palestras na tabela III consideram-se conferências, aulas e apresentações pedidas ao SCPMH). As palestras ocupavam em geral meio-dia dum oficial por sessão, incluindo a preparação, que se cingia a adaptar uma apresentação mais antiga. Já as reuniões variaram de poucas horas (no SCPMH) até vários dias (caso dos congressos que se realizavam no estrangeiro). 30 Há anos que defendo que a aplicação de conceitos e métodos da gestão privada ao sector público é, genericamente, boa, mas tem de ser feita com muito cuidado, pois as diferenças de fundo entre os dois sectores inviabilizam a adopção directa; depois de muitas tentativas feitas no âmbito do chamado New Public Management, hoje descredibilizado entre quem sabe do assunto, está hoje clara aquela tese. Não deixa de ser curioso que o instrumento de gestão privada que seria mais fácil de introduzir no sector público, e que constitui uma poderosa ferramenta de gestão, a contabilidade de custos ou contabilidade analítica, que permite saber exactamente como são gastos os recursos, é justamente a que mais demora a ser adoptada, enquanto o marketing, por exemplo, foi depressa adoptado, com uma cedência significativa à lógica mediática. Sem alargar a um tema lateral ao artigo, cabe referir que não vejo nenhuma razão aceitável para que cada ministério tenha um logótipo, e que os seus documentos tenham de transportar esse logótipo. Os ministérios são parte da pessoa colectiva Estado, e o único logótipo ou símbolo que devem usar nos documentos é o símbolo da República Portuguesa. Assim se evitariam gastos que só servem fins de imagem, superficiais e efémeros.

15 Anais do CMN: em apreciação desde Abr-2011 p. 13 Tabela III Actividades do pessoal do SCPMH. ANO Total Operações Exercícios Correntes Extraordinárias Férias Palestras Reuniões Treinos 32 (hom.dia) (%) (%) (%) (%) transportes 31 (%) (#) (#) (#) / 62 / / 61 / / 45 / Por fim, a tabela IV revela bem as restrições de despesas em 2010, sobretudo na LPM; e é patente a inviabilidade de execução do programa de reequipamento de Salienta-se ainda a ordem de grandeza das despesas com apoio externo, sobretudo transportes. CONCLUSÃO Tabela IV Despesas mais relevantes do SCPMH (, milhares). ANO LPM Material Apoio diverso externo Como a típica comissão em terra na Marinha, esta durou três anos e ficou muito por fazer; acabou por motivos alheios à DGAM e ao SCPMH, quando passei à reserva e fiquei fora da efectividade de serviço, num processo que conto noutro lugar. Feito o balanço global, com um distanciamento de 3 meses, concluo, destacando os principais tópicos relativos ao SCPMH neste triénio; começo pelos negativos: não valorizei os planos de actividades, nem as propostas sectoriais de orçamento, pois obtinha financiamento para as actividades não-programadas com os desvios de outras; ficou por completar a actualização da base de dados do material (já falta pouco); ficou por rever e arrumar metade do acervo documental, com referências valiosíssimas; ficou por fazer a actualização do Plano Mar Limpo, e dos planos de intervenção em especial; ficou por fazer a actualização do MTAMN-1 34 ; ficou por se encontrar um conceito de acção da UAM Enchente que a rentabilizasse; ficaram por estabelecer padrões de treino e operação do sistema de aplicação de dispersantes a instalar no NRP Schultz Xavier, e a realização de treinos conjuntos com o SCPMH; ficou por concluir a adaptação do NRP Bacamarte para receber as cisternas de transporte de resíduos em operações de combate a marés negras; o aprofundamento e a acumulação de saber sobre as HNS ficou muito aquém do desejável. Há ainda aspectos que falharam, relacionados com o SCPMH, mas que não dependeram só dele: ficou por realizar um exercício nos Açores, que encerraria o ciclo dos cinco DM em três anos; ficou por acordar com a APA uma autorização rápida para uso de dispersantes; não se explorou o programa de intercâmbio de especialistas de Estados-membros da UE, por esta financiado, EMSA Marine Pollution Expert Exchange Programme (EMPOLLEX); depois de um feliz impulso inicial, esmoreceu-se a ligação às administrações portuárias; 31 Nesta coluna indica-se a parte do tempo de actividades extraordinárias que cada categoria (oficiais/sargentos e equiparados/praças e equiparados) ocupou nos transportes externos. 32 Refere-se a acções de treino interno, muitas vezes coincidentes com acções de manutenção preventiva dos equipamentos. 33 Valores obtidos a partir de 01-Out-2009, de acordo com a Portaria nº558-a/2008, que fixa as taxas aplicáveis a serviços prestados. 34 Publicação promulgada pela Autoridade Marítima Nacional: Guia de Apoio ao Combate à Poluição do Mar por Hidrocarbonetos.

16 Anais do CMN: em apreciação desde Abr-2011 p. 14 ficou por criar uma página completa da Autoridade Marítima na Internet, disponibilizando as informações que deviam ser do domínio público, sobretudo os planos de intervenção locais e regionais, e os mapas de sensibilidade; o aumento da capacidade do Centro de Operações Móvel, para poder comunicar em UHF; o congestionamento das comunicações em VHF nos exercícios e, por certo, em operações; a saída da Doca da Marinha é inevitável a prazo, mas continua envolta em incerteza. Por fim, registo os seguintes resultados positivos de 2007 a 2010: acabaram algumas actividades cujos benefícios não superavam os custos de oportunidade, de que saliento a participação de oficiais do SCPMH em algumas reuniões internacionais; o programa de treino ministrado por pessoal do SCPMH nos cinco DM (em curso); a capacidade adquirida pelo NRP Bacamarte de combater a poluição do mar no mar; a procura consistente de pessoal que pretendia prestar serviço no SCPMH; as boas relações externas, observáveis no planeamento e execução dos exercícios realizados, em particular com parceiros de projectos de investigação, como o ARCOPOL, com a EMSA, com as universidades que se associaram aos nossos exercícios, e com o CILPAN; e no âmbito da Marinha, quero destacar o Estado-Maior do Comando Naval, a Direcção de Transportes, e a maioria dos DM e das capitanias; mesmo com poucos episódios de poluição do mar, não faltou ocupação útil aos recursos, na preparação para a acção e no apoio externo com a capacidade sobrante; implantou-se e enraizou-se uma cultura de orientação para a missão de combate à poluição do mar, e de cumprimento das regras aplicáveis na gestão da coisa pública, observável na forma e na rapidez como pessoal e material foram aprontados para responder a solicitações urgentes, na Madeira, nos Açores ou na doca de Almada; a iniciativa, aprovada superiormente, de abandonar um programa de aquisições, que a LPM suportaria, por ser desajustado à situação e às prioridades do país. Foi pouco, para a ambição de todo o pessoal do SCPMH. Mas o que se fez, foi sempre com gosto e com os olhos postos no serviço ao país.

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